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SALVADOR
2005
ii
iii
SALVADOR
2005
iv
CDD 674
TERMO DE APROVAÇÃO:
Dedico à
Minha família
Meu tesouro
viii
ix
AGRADECIMENTOS
Esse trabalho, fruto da minha busca pelo conhecimento, coincidiu com momentos decisivos na
minha vida, portanto o apoio sincero de algumas pessoas foi muito importante para a conclusão
do mesmo. A lista de nomes é imensa, mas seleciono aqui as pessoas determinantes:
Minha mãe, Profa Marli, pelo incentivo página a página deste trabalho;
À minha esposa Idalícia, sua mãe Dona Dulce e seu pai, Seu Edgar (In memorian);
Aos primos de São Paulo, em especial Tia Emília, Tio Walter, Clauber e Gabi;
Aos Srs. Paulo Venturoli, da CMVenturoli, e José Sobrinho da BAKAR Fiberglass, que acreditaram
neste trabalho e abriram as respectivas empresas à pesquisa;
Ao Professor Sandro Machado, DCTM - UFBA, pela grande ajuda nos ensaios de flexão.
Aos professores José Geraldo, Ricardo Carvalho, ambos da UFBA, e Paulo Fernando, da UNEB,
que contribuíram com discussões importantes e Luis Eduardo Bragatto da USP-EESC com parte
da bibliografia usada.
Ao pessoal da Solução Visual que me ajudaram nas cópias e impressões durante toda a jornada;
Ao Sr. Sílvio Roberto, da metalúrgica Ycaro Victal, pelo excelente trabalho na mini-prensa.
x
xi
Lao Tsé
xii
xiii
RESUMO
PALAVRAS CHAVE:
Ecologia Industrial, serragem de madeira, reciclagem, eco-compósito.
xiv
xv
ABSTRACT
KEY WORDS:
Industrial ecology, wood waste, recycling, eco - composite
xvi
xvii
SUMÁRIO
RESUMO XIII
ABSTRACT XV
LISTA DE FIGURAS XXI
LISTA DE TABELAS XXIII
ABREVIAÇÕES XXV
SIMBOLOS XXV
INTRODUÇÃO 1
PROBLEMATIZAÇÃO 3
PROBLEMA 5
OBJETIVOS 5
Objetivo Geral 5
Objetivos Específicos 5
JUSTIFICATIVAS 6
METODOLOGIA 6
Natureza da Pesquisa 6
Etapas da metodologia aplicada na pesquisa 7
LIMITES DA PESQUISA 8
ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO 8
ANEXOS 121
ANEXO I BOLETIM TÉCNICO CRAY VALLEY 123
ANEXO II FICHA DE EMERGÊNCIA DINU 125
ANEXO III MINI-PRENSA DE MESA 127
ANEXO IV DETERMINAÇÃO DA PORCENTAGEM DE SERRAGEM RECICLADA NA
MISTURA DO COMPÓSITO. 129
ANEXO V MENSAGEM ELETRÔNICA DA DURATEX ®
131
xx
xxi
LISTA DE FIGURAS
FIG 01 - Sistema linear de produção e consumo 9
FIG 02 - Evolução tecnológica da prevenção da poluição 10
FIG 03 - Gráfico conceitual da Ecologia Industrial 13
FIG 04 - Ciclo de vida do produto e intervenção do Eco-design na cadeia produtiva 19
FIG 05 - Países com a maioria da área florestal mundial, em porcentagem 23
FIG 06 - Cadeia industrial da madeira 26
FIG 07 - Camadas do tronco de árvore 28
FIG 08 - Panorama mundial da produção de aglomerados e MDF em 2002 29
FIG 09 - Produção de madeira serrada 30
FIG 10 - Vendas das principais chapas de madeira reconstituída no Brasil 33
FIG 11 - Etapas da industrialização e resíduos de madeira 34
FIG 12 - Maneiras de valorização do resíduo de madeira 38
FIG 13 - Mesa Piano e Porta Lápis 40
FIG 14 - Classificação das cargas quanto a composição 48
FIG 15 - Classificação das fibras quanto a composição 48
FIG 16 - Contextualização do WPC 55
FIG 17 - Ciclo de vida do WPC baseado no esquema do item 1.3.1 56
FIG 18 - Processo de fabricação HAND-LAY-UP 61
FIG 19 - Processo de fabricação SPRAY-UP 61
FIG 20 - Processo de fabricação RTM 62
FIG 21 - Processo de fabricação HPM 62
FIG 22 - Processo de fabricação CPM 63
FIG 23 - Etapas do processo de prensagem a frio 64
FIG 24 - Fabricação de molde em plástico reforçado 65
FIG 25 - Planejamento experimental 67
FIG 26 - Relação entre as empresas na fase experimental 68
FIG 27 - Geração de resíduos no processo de fabricação de madeira serrada nas 73
máquinas
FIG 28 - Silo de estocagem da serragem 74
FIG 29 - Tocos de destopo, sobras e rejeitos 74
FIG 30 - Procedimento da classificação granulométrica 76
FIG 31 - Dimensões dos Corpos de Prova em mm 79
FIG 32 - Seqüência do procedimento de mistura do compósito e de fabricação dos 79
corpos de prova
FIG 33 - Plugs e Moldes CP1 e CP2 80
FIG 34 - Ingredientes da fabricação dos CP's 80
FIG 35 - Procedimento de fabricação dos Corpos de Prova 81
FIG 36 - Ensaio de absorção de água 82
xxii
LISTA DE TABELAS
ABREVIAÇÕES
ABIMCI - Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABS - Acrilonitrila Butadieno Estireno
ACV - Análise do Ciclo de vida
CCA - Chromated Copper Arsenate (Arsenato de cobre cromatado)
CETREL - Central de Tratamento de Efluentes Líquidos
CNSL - Cashew Nut Shell Liquid (Líquido da castanha do caju)
CP - Corpo de Prova
CPM - Could Press Moulding (Moldagem por prensagem a frio)
DCE - Departamento de Construção e Estruturas - UFBA
DCTM - Departamento de Ciências e Tecnologia dos Materiais - UFBA
DfE - Design for Environment (Design orientado ao meio-ambiente)
HB - Hard Board (Chapa dura)
HPM - Hot press molding (Moldagem por prensagem a quente)
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis
ICME - International Council on Metals and the Environment (Conselho Internacional
em metais e meio-ambiente)
LABMAD - laboratório de madeira - UFBA
MDF - Médium Density Fiberboard (Chapas de fibras de média densidade)
OSB - Oriented Strand Board (Chapa de flocos orientados)
PB - Particule Board (Chapa de partículas)
PET - Polietileno Tereftalato
PI - Poliéster Insaturado
PRFV - Plástico Reforçado com Fibra de Vidro
PU - Poliuretano
PVA - Poliálcool Vinílico
PVC - Policloreto de Vinila
RSM - Reforço de Serragem de Madeira
RTM - Resin transfer molding (Moldagem por transferência de resina)
SPMP - Syndicat des Producteurs de Matières Plastiques (Sindicato dos Produtores de
materiais plásticos)
UFBA - Universidade Federal da Bahia
WPC - Wood plastic composites (Compósitos de plástico com madeira)
WWF - Wood Wast Flour (Farinha de madeira)
SIMBOLOS
± - Imagem Inexistente
xxvi
1
0
INTRODUÇÃO
[...] tudo que não serve para o comércio regular vai para o lixo ou é
queimado. Os resíduos da serragem nem sequer são depositados de forma
adequada. Alguns são queimados em caldeiras, mas não é uma prática
comum. A maioria deposita nas áreas periféricas das serrarias. Quando
estes são queimados contribuem com aumento da poluição do ar
provocando danos ao meio ambiente e às populações existentes próximas
a essas indústrias.
2
De acordo com o IBAMA, a indústria brasileira produziu 166.310 milhões de m3 de
madeira de reflorestamento ou nativa no ano de 2000 (IBAMA, 2002), estimando-se que
pelo menos a metade desse volume, cerca de 80 milhões de m3 de madeira foi
transformada em resíduos.
A. Como um material cujo uso é considerado tão nobre pode ter mais da metade
de seu volume subutilizado ou descartado?
B. Por que as sobras desta matéria-prima não podem ser consideradas de alto
valor, apenas por se apresentar fisicamente diferente do estado de antes do
beneficiamento, visto que é o mesmo material?
Um material deixa de ser resíduo pela sua valorização como matéria prima, para a
obtenção de novos produtos. Neste caso, o resíduo passa a ser tratado como subproduto
do processo produtivo (VALLE, 1995 apud SAVASTRANO Jr, 2000). Do ponto de vista do
produtor, esta pode ser uma excelente oportunidade de negócio, pois estará produzindo
produtos a custos muito mais baixos, já que estará utilizando como matéria prima algo
que era visto como descartável, além de usar de maneira quase completa toda madeira
disponível, já que esta é uma matéria prima considerada nobre.
PROBLEMATIZAÇÃO
Desdobramento do problema.
O problema pode ser desdobrado quanto às suas variáveis como se segue: A variável
dependente, ponto de referência inicial do problema, afirma que a formulação de um eco-
compósito depende da aplicação dos princípios da Ecologia Industrial, da utilização de
resíduos de madeira e do processo de fabricação dos compósitos. Esses três elementos
constituem-se como variáveis independentes, visto estabelecerem condições autônomas
para o desenvolvimento da análise do ponto de referência inicial (variável dependente).
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
METODOLOGIA
Natureza da Pesquisa
ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
Esta dissertação está dividida em duas partes distintas: a primeira parte é destinada
aos capítulos teóricos e da revisão de literatura, os quais embasam a pesquisa,
compondo esta primeira parte os capítulos 1, 2 e 3. Os capítulos, 4, 5 e 6, descrevem os
experimentos, incluindo o método de desenvolvimento do eco-compósito, os resultados
da pesquisa, as conclusões e as recomendações.
1
CAPÍTULO
ECOLOGIA INDUSTRIAL
Este capítulo apresenta uma visão geral das Tecnologias Limpas, da Ecologia
Industrial e os conceitos de Eco-eficiência, Circulação de Recursos, Eco-design e Análise
do Ciclo de Vida, que são a base teórica da pesquisa. Ainda neste capítulo são
apresentadas uma lista de requisitos de Eco-Design e uma ilustração do ciclo de vida
material de bens de consumo.
1.2.1 – Eco-Eficiência
A Análise do ciclo de vida, ou ACV pode ser descrita como uma técnica de avaliação
que relaciona atividades, produtos e materiais do início ao fim de sua existência, desde o
projeto e suas pesquisas, passando pela seleção, extração, transformação das matérias
primas; construção e produção dos produtos relacionados; processos de marketing,
transporte, venda e distribuição, uso das mais variadas formas, incluindo o uso correto,
incorreto, alternativo, reuso, desuso; desmontagem, conserto, remontagem,
reaproveitamento de partes, reciclagem ou compostagem nas mais variadas formas e
finalizando com o descarte final. Isso pode ocorrer não em todos esses itens nem nessa
ordem propriamente dita. Enfim, segundo MANZINI (2002. p. 99), Análise de Ciclo de Vida
é a implicação “do projeto de um produto, ou projeto de sistema produtivo inteiro
entendido exatamente como o conjunto de acontecimentos que determinam o produto e o
acompanha durante o seu ciclo de vida”.
Esta visão mais ampla leva a considerar, na fase de projeto, todas as atividades que
caracterizam o produto durante o ciclo de vida, relacionando-as com o conjunto das trocas
(os inputs e outputs dos vários processos) que elas terão com o meio ambiente
(MANZINI, op cit). Um dos requisitos considerados pelo ACV é o uso de matérias primas
e insumos de baixo impacto ambiental no maior número possível de etapas em toda
cadeia produtiva do produto (IDHEA, 2004).
1.2.4 – Eco-Design
Normalmente o termo inglês Design, cujo termo em português que mais se aproxima
é Desenho Industrial, se refere a uma atividade multidisciplinar que converge
conhecimentos de tecnologia, criatividade, arte, ergonomia dentre outros, com o propósito
de projetar, através de metodologias próprias, soluções para problemas concretos.
Eco-Design, conhecido também como DfE (Design for Envoironment ou Projeto para
o Ambiente), é uma especialização do design que leva em consideração requisitos
ambientais em todo ciclo de vida dos produtos. Apesar de ser uma atividade em evidência
desde a Revolução Industrial, apenas na década de 1970 e que se começou a repensar o
Design no que se refere a sua importância sobre problemas do mundo real, ou seja,
problemas ambientais e sociais majoritariamente.
Um dos seus primeiros pensadores, Victor Papanek, definiu assim o novo discurso
para o Design:
[...] A ecologia e o equilíbrio ambiental são os esteios básicos de toda a
vida humana na Terra; não pode haver vida nem cultura humanas sem ela.
O design preocupa-se com o desenvolvimento de produtos, utensílios,
máquinas, artefatos e outros dispositivos, e esta atividade exerce uma
influência profunda e direta sobre a ecologia. A resposta do design deve
16
ser positiva e unificadora; deve ser a ponte entre as necessidades
humanas, a cultua e a ecologia (PAPANEK, 1998. p 31).
OBJETIVOS DESCRIÇÃO
UTILIDADE Garantia de uma performance mínima no cumprimento de uma função
USABILIDADE Ter uma interface ergonômica para facilitar o uso e proteger o usuário
ESTETICAMENTE DESEJÁVEL Ter aparência em sintonia com o desejo do usuário – beleza
DE FÁCIL PRODUÇÃO Projeto que o torne factível industrialmente
VENDÁVEL Que atenda exigências mercadológicas
DIFERENCIAÇÃO Que seja inovador, atendendo a novas funções e oferecendo novos
benefícios
Baseado em BETTERPRODUCTDESIGN, (2002), MORAES (2004), LÖBACH (2001)
Para atender os requisitos ambientais, no entanto, além dessas metas, deve haver
outras específicas para que o produto seja eco-eficiente, e para se tornar operacional, o
Eco-Design segue princípios ou critérios que permitem um desempenho ambiental
otimizado. Diferentes critérios podem ser usados de maneira sistemática tal como visto
na TABELA 03:
17
TABELA 03 – Critérios de Design para requisitos ambientais
CRITÉRIOS AÇÕES
• Simplificação da forma;
• Agrupar funções / multi-funcionalidade / multi-configuração / modularidade;
REDUÇÃO DO USO • Evitar superdimensionamentos;
• Diminuir volume e peso;
DE RECURSOS
• Diminuir uso de água;
NATURAIS • Usar materiais vindos de fontes abundantes;
• Usar materiais abundantes e sem restrição de uso;
• Reduzir o número de tipos de material de fabricação;
• Reduzir energia na fabricação;
REDUÇÃO DO USO • Reduzir energia na utilização do produto;
DE ENERGIA • Reduzir a energia no transporte;
• Usar fontes de energia alternativas, renováveis e limpas
• Usar materiais reciclados e recicláveis;
• Usar materiais compatíveis entre si;
REDUÇÃO DE
• Usar materiais que provenham de refugos de processos produtivos;
RESÍDUOS
• Evitar material que produza emissões, resíduos ou efluentes tóxicos;
• Usar tecnologias e processos produtivos de baixo impacto e eco-eficientes;
AUMENTAR A • Facilitar manutenção e substituição de peças;
DURABILIDADE • Incentivar mudanças culturais (p. ex: descartável x durável);
• Na mesma função ou em outras funções;
PROJETAR PARA O • Possibilidade para reconhecer peças e materiais;
REUSO • Possibilidade para um segundo ciclo de vida;
• Projeto para revenda, redistribuição;
• Facilitar desmontagem;
PROJETAR PARA A • Possibilidade de ser recriado (re-design), sofrer adaptações melhorias e atualizações
REMANUFATURA tecnológicas;
• Projetar intercâmbio das peças;
• Facilitar desmontagem;
PROJETAR PARA A
• Identificar diferentes materiais;
RECICLAGEM
• Agregar valor estético aos materiais reciclados;
• Projeto para facilitar transporte e armazenamento;
• Projeto para logística reversa, facilitando a recolha e transporte do produto após o uso
OTIMIZAR A para reuso ou reciclagem;
LOGÍSTICA • Projetar para que os produtos usem menos embalagem ou mesmo não usá-las;
• Produção na exata demanda do consumo;
• Trocar produtos por serviços;
PLANEJAR FINAL DA • Utilizar materiais biodegradáveis e/ou compostáveis em produtos de vida útil breve;
VIDA ÚTIL DOS • Possibilidade de ser usado como matéria prima para outros processos produtivos;
PRODUTOS E • Utilizar materiais que possam ser incinerados para a geração de energia sem que
MATERIAIS produzam emissões tóxicas;
Baseado em RAMOS E SELL (2002) e complementado por MANZINI (2002); MORIMOTO (2001); MASUI
(2000); LINDBECK (1995) apud LIMA E FILHO (2002); BARBOSA (2002), SOUSA (2002), KIPERSTOK
(2003); LEITE (2003); CASTILHOS (2003), JÚNIOR (2003), ROSE (2002), IDHEA (2004).
18
Para uma melhor integração das atividades do design, neste contexto, pode-se
organizar os critérios por variáveis, passando a ser chamado de DfX ou Design para X
variáveis, sendo que X representa as características que devem ser maximizadas e
enfatizadas para atender um propósito específico, como visto na TABELA 04:
Df X DIRIGIDO A:
ASSEMBLY Facilitar a montagem, evitar erros de montagem,
A
(montagem) projetar peças multifuncionais, etc;
Cumprir as normas necessárias para manufatura e
COMPLIANCE
C uso, como por exemplo, quantidade de substâncias
(conformidade)
tóxicas ou biodegradabilidade;
Possibilitar e facilitar a desmontagem do produto,
DISASSEMBLY
D facilitar a remoção e separação de peças, prever
(desmontagem)
produtos modulados com partes de fácil desencaixe;
Diminuir as emissões e os resíduos do produto desde
ENVIRONMENT
E sua fabricação até seu descarte, determinando o
(ambiente) ou Eco-Design
ACV do produto;
Facilitar o transporte e armazenamento através do
LOGISTIC
L gerenciamento direto e reverso de materiais;
(logística)
minimizar embalagens;
MANUFACTURABILITY Integrar o design do produto com os processos de
M
(processabilidade) fabricação, como processamento e montagem;
Integrar o design no processo de manufatura e
ORDERABILITY
O distribuição de forma a satisfazer às expectativas do
(ordenamento)
consumidor;
Atender condições de operação em condições de
RELIABILITY
R(1) ambiente agressivo, como meios corrosivos ou de
(resistência)
descarga eletrostática;
Permitir que partes dos produtos possam ser
(2) RECYCLING identificadas, separadas, recuperadas, reusadas.
R
(reciclagem) Determinar uso matérias primas recicláveis.
Prever redesign, revenda e redistribuição;
SAFETY AND LIABILITY
Atender aos padrões de segurança, evitar usos
PREVENTION
SL equivocados, prevenção de falhas e de ações legais
(segurança e prevenção de
delas decorrentes;
falhas)
SERVICEABILITY Facilitar a instalação inicial, o reparo e a modificação
S(1)
(utilização) em campo ou em uso;
TESTABILITY Facilitar testes tanto no processo de fabricação como
T
(testabilidade) em campo;
Procurar favorecer a preservação dos recursos
(2) SUSTEINABILITY social, econômica e cultural de maneira que não
S
(sustentabilidade) cause impactos negativos na sociedade humana nem
no meio ambiente;
Baseado em JUNIOR (2003) e complementado com LIMA E FILHO (2002), SOUZA (2002),
SOUZA & PEREIRA (2003); GRAEDEL e ALLENBY (1995), MAZINI (2002).
Maximizar o uso: tudo que signifique aumentar a utilidade e a vida útil do produto
além de diminuir o consumo de água e energia durante esta fase de uso. Assim, o
Eco-Design prevê produtos multifuncionais, multiconfiguráveis, duráveis, econômicos,
que possam ser de fácil manutenção, que possam ser substituídos por serviços, que
possam servir a vários usuários (uso compartilhado), que tenham interface
ergonômica e que agreguem valor estético, fortalecendo sua relação com o usuário.
Remanufatura: prevê produtos que possam ser desmontados, ter peças de fácil
identificação, separação, limpeza e reparação, para permitir o aproveitamento
de peças em outros produtos na mesma função ou em funções diferentes da
original. Conta para isso a possibilidade de desmontagem, modularidade,
montagem.
21
Reaproveitamento de material: Formas de reutilização da matéria prima residual
oriunda tanto de processos industriais quanto oriunda de produtos e bens de
consumo descartados, atitude que além de reutilizar matéria descartada, ajuda tanto
a diminuir a demanda por matéria virgem e recursos naturais como também ajuda a
poupar energia, dependendo do material e do processo de reaproveitamento. A meta
é o reaproveitamento de 100% do material e para isso o Eco-Design prevê produtos
de fácil desmontagem, com partes e peças modulares facilmente identificáveis
permitindo separação rápida, diminuição do número de materiais de fabricação no
produto, uso de material de fabricação reciclados e recuperados (oriundos de
processos de reciclagem e de recuperação) e recicláveis ou recuperáveis (que
permitam ser reciclados ou recuperados), uso de materiais similares e compatíveis
entre si, uso de materiais não tóxicos e uso de materiais cuja reciclagem tenha
impactos ambientais mínimos.
2
CAPÍTULO
FIGURA 05 – Países com a maioria da área florestal mundial, em porcentagem. Fonte: SERRANO, 1998
24
2.2 – CAUSAS E CONSEQUENCIAS DO DESMATAMENTO
CONSEQUÊNCIA DESCRIÇÃO
A quebra dos elos do ecossistema põe em risco de extinção plantas e animais. O
EXTINÇÃO DA
desaparecimento de algum destes elos, causado pela destruição de um habitat, atinge todo o
BIODIVERSIDADE
ecossistema. As atividades humanas são apontadas como uma destas causas.
Culturas que tradicionalmente habitam as regiões atingidas de forma harmônica com o meio
DESLOCAMENTO ambiente são obrigadas a deslocar-se para outras regiões. Geralmente são culturas com
DE CULTURAS conhecimentos sobre a biodiversidade do antigo habitat e que desaparecem ou se acomodam
LOCAIS nos grandes centros urbanos, geralmente em locais pouco apropriados tal como favelas.
Portanto são, sobretudo conseqüências sociais e econômicas.
A degradação das florestas atinge diretamente tanto a qualidade do solo, que depende dos
DEGRADAÇÃO DO nutrientes para renovar a fertilidade quanto a qualidade ou mesmo a existência da água, pois a
SOLO E DA ÁGUA floresta age como reservatório natural de água regulando o ciclo das águas. A destruição das
florestas atinge, portanto, o controle das enchentes, das secas e da erosão.
As florestas são as responsáveis pelo controle do clima tanto regional quanto global. O
desaparecimento de florestas descontrola primeiramente os ventos e as chuvas em nível
ALTERAÇÃO
regional. Em seguida descontrola principalmente o ciclo do carbono contribuindo com o
CLIMÁTICA
desequilíbrio e aumento do efeito estufa. O aumento de temperatura global e o aumento do
nível dos oceanos são apenas duas das conseqüências do desmatamento.
PERDA DE A grande variedade de recursos contida na biodiversidade é um fator valioso para a obtenção
RECURSOS de novos produtos agrícolas, industriais, medicinais e genéticos. A extinção desta
NATURAIS biodiversidade pelo desflorestamento porá um fim a estes recursos naturais.
Fonte: CORSON (2002), IBAMA (2002), MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI (2003), MARTINI (1998)
25
2.3 – A EXPLORAÇÃO DA MADEIRA NO BRASIL
TABELA 06 – Consumo de madeira industrial em toras no Brasil no ano de 2000 (103 m3)
• Celulose: Polímero natural (C6H10O5) que forma as fibras que constituem grande
parte da massa da madeira, conferindo-a resistência mecânica.
• Lignina: Composto de alto peso molecular que age como uma matriz de resina
ou adesivo que une as fibras de celulose entre si.
Um tronco de árvore pode ser estruturado em camadas sendo que nem todas destas
partes têm um destino no comercio tradicional. A FIGURA 07 nos mostra as principais
camadas de um tronco de madeira seguido da explicação funcional e importância
comercial, visto na TABELA 09:
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
• Material de fácil obtenção, renovável por reflorestamento;
• Relativamente leve de acordo com a espécie;
• Facilidade no preparo industrial e de desdobro (corte em dimensões exigidas previamente);
VANTAGENS
usando pouca energia;
• Simplicidade e esteticamente agradável;
• Bom isolante térmico em relação à pedra, concreto ou metal; elétrica (seca)
• Instabilidade dimensional: muda de dimensão de acordo com a umidade e temperatura,
com possibilidade de rachar e empenar;
• Higroscopicidade, ou a capacidade de absorver ou eliminar água;
DESVANTAGENS
• Resistência unidirecional, somente no sentido das fibras, transversalmente é frágil;
• Biodegradável pela ação de insetos e fungos;
• Ignífuga, altamente combustível (quando não usados para esse fim específico);
Fonte: TEIXEIRA, 1999
FIGURA 08 – Panorama mundial da produção de aglomerados e MDF em 2002. Fonte: JUVENAL (2003)
30
Este gráfico mostra que, em 2002, a participação do Brasil na produção mundial de
madeira reconstituída era e ainda é muito pequena. Segundo IBAMA (2002), grande parte
da madeira usada no Brasil é a madeira sólida serrada que contribui com o volume de
49.100 m3 do total da produção nacional de madeiras, que é de 166.310 m3, sendo que
69,2% destas madeiras serradas são de árvores nativas como visto na TABELA 06.
Trata-se do uso de chapas ou peças oriundas do tronco que foi beneficiado apenas
pelos processos de desdobro, serragem e secagem. Assim, estas partes são basicamente
a madeira sólida, FIGURA 09, que são usadas pela indústria na fabricação de inúmeros
produtos, principalmente para o setor mobiliário e a construção civil. Suas propriedades
são as que foram apresentadas no item 2.4.
Formado por
Chapas de boa
partículas de
resistência física,
madeira secas e
AGLOMERADO com a tendência Móveis e na
prensadas com cola
ou chapa de a se fragmentar construção
sob ação de calor
partículas com o tempo ou civil como
em disposição
na presença de pisos, degraus
(PB – Particule multicamada.
água.
CHAPAS DE PARTÍCULAS
board) e divisórias.
Possibilidade de
Usa cerca de
usar resíduos como
100% do tronco
matéria prima.
Chapas de
grande
resistência
Formado por flocos mecânica, melhor
ou lascas de madeira que o
orientadas em aglomerado e Usadas na
OSB direções alternadas, igualando as construção
Chapas de flocos dispostos em chapas de civil em peças
orientados camadas coladas e compensado, e estruturais,
(Oriented Strand prensadas ao calor. de madeira móveis,
Board) sólida, mesmo divisórias e
Impossibilidade de outros objetos.
usando madeiras
usar resíduos como
de menor
matéria prima.
qualidade.
Usa cerca de
100% do tronco
Chapas de boa
Construídas a partir resistência física
da polpa de madeira, e de densidade
reduzidas à fibras variando entre
que são prensadas a semiduras, duras, Indústria
CHAPAS DURAS moveleira,
quente sem a adição extraduras e
(HB – Hard de colas ou outros isolantes. divisórias e
Board) adesivos e resinas. Popularmente isolamento
conhecidas como acústico
Possibilidade de
Eucatex.
CHAPAS DE FIBRA
Material de
grande
homogeneidade,
Construídas a partir
grande
da polpa de madeira,
resistência física.
reduzidas à fibras Indústria
MDF Facilmente
que são prensadas a moveleira em
( médium density trabalhável,
quente com a adição geral, objetos
fiberboard) ou permitindo
de colas ou outros e utensílios,
chapas de média usinagem e
adesivos e resinas. perfis de
densidade acabamento de
Possibilidade de grande qualidade madeira.
usar resíduos como em toda a sua
matéria prima. extensão.
Usa cerca de
100% do tronco
32
TABELA 11 – Classificação e descrição das madeiras reconstituídas (continuação)
Chapas de lâminas
Chapas de
finas de madeira Indústria
grande
coladas moveleira,
resistência
alternadamente com naval;
devido a
orientação das divisórias e
COMPENSADOS orientação
lâminas de forma
CHAPAS DE LÂMINAS
Constituídas por um
sanduíche de duas
Grande Indústria da
faces de laminados
resistência física construção
ou chapas de fibra
e com excelentes civil, vedação
com o interior
SARAFEADOS propriedades verticais,
formado de ripas de
estruturais. divisórias e
madeira maciça.
Usa cerca de fôrmas para
Possibilidade de concreto.
100% do tronco
usar resíduos como
matéria prima.
Fonte: CÉSAR (2002); GONÇALVES e CASTRO (2003); IWAKIRI (2003); MENDES, ALBUQUERQUE &
IWAKIRI (2003); LATORRACA (2003), TIBURCIO e GONÇALVES (1998).
FIGURA 10 – Vendas das principais chapas de madeira reconstituída no Brasil. Fonte: OLIVEIRA (2003)
Proveniente do processo de
lixamento, na fase de acabamento,
de uma peça. Apresenta-se como
PÓ DE LIXAMENTO
um pó muito fino cuja partícula
varia de acordo com o número de
aspereza da lixa.
Peças processadas e acabadas,
apresentando boa qualidade
SOBRAS
técnica e comercial, mas que não
foram usadas nos produtos finais.
Tradicionalmente, o resíduo de madeira tem dois fins principais: como material para
queima para produção de energia térmica e/ou elétrica, e o uso em granjas e currais
como forragem de piso (cama de galinha). Outros usos menos importantes são o uso
como adubo e também na indústria de madeiras reconstituídas, como descrita na
37
TABELA 11. Este uso não é uma prática largamente usada, pois há a preferência da
industria de madeiras reconstituídas por insumos virgens, conforme informação obtida por
correio eletrônico da DURATEX (LUNARDI, 2004) e descrito no ANEXO V. Esta madeira
virgem pode vir tanto de florestas plantadas quanto de florestas nativas, apesar da grande
oferta de resíduos de madeira. A TABELA 13 discrimina os principais usos do resíduo de
madeira atualmente:
3
CAPÍTULO
A) B)
FIGURA 13 - A) Mesa Piano B)Porta Lápis - Fonte: NASCIMENTO (2003)
41
3.1.2 – Compósitos de matriz cimentícia
São materiais alternativos aos tradicionais e que estão aumentando sua participação
no mercado. Usam como matéria prima principalmente madeira reflorestada e resinas
sintéticas, por exemplo, o MDF e o OSB. Por sua vez, são inúmeros os produtos com
possibilidade de serem construídos com os eco-compósitos, principalmente o WPC
descrito a seguir, visto que estes foram idealizados para substituir as matérias primas
tradicionais nas suas mais variadas aplicações. Produtos para as indústrias de construção
civil, indústria de transportes, moveleira, artigos esportivos entre outros.
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
Resíduos de Substitui peças de plásticos
madeira em pó convencionais, tal como o ABS.
ou de papel INDÚSTRIA NAVAL
+ Conteiners, equipamentos para
Resinas termoplásticas barcos, pallets.
recicladas de copos plásticos INDÚSTRIA MOVELEIRA
(polipropileno e polietileno) Móveis em geral, objetos utilitários
e decorativos.
Casca de arroz
CONSTRUÇÃO CIVIL
+
Fibras de bambu Placas para fechamento vertical
em casas populares, portas,
+
esquadrias de janelas, divisórias.
CNSL
INDÚSTRIA MOVELEIRA
(cashew nut shell liquid)
Móveis, tampos de mesa, peças
Resina da casca residual da decorativas.
castanha de caju
Maderon
Cascas de noz e INDÚSTRIA MOVELEIRA
amêndoas em pó Móveis, tampos de mesa, peças
+ decorativas.
Resinas sintéticas ou naturais
MATERIAIS DA TECNOSFERA
Aço carbono; 60 – 72
Termoplásticos em geral; 85 – 180
Alumínio e ligas leves; 235 – 335
Compostos Termoplásticos e
400 – 600
Termofixos;
Ouro e demais metais preciosos; 5600 – 6000
Fonte: FUAD-LUKE (2002, p277)
3.3 – ECO-COMPÓSITOS
3.3.3 – Reforços
São impregnados pelas matrizes, quando líquidas, e tem função estrutural, dando
resistência física e mecânica ao compósito. Segundo CARVALHO (2003 – 2) os reforços
podem ser classificados como particulados ou fibrosos, e têm origens diferentes:
48
• Particulados: também chamados como cargas, apresentam-se como partículas
esféricas, cúbicas ou plaquetas, aumentam a rigidez, podendo ou não aumentar a
resistência do compósito. Devem ser inertes à matriz e podem ter origem mineral,
vegetal ou artificial, como visto na FIGURA 14. As cargas tradicionais são o talco,
carbonato de cálcio e caulim. A serragem de madeira exemplifica as cargas de origem
natural.
FIGURA 15 – Classificação das fibras quanto a composição (ZHU 1993 apud SILVA 2002 -2 - modificado)
As vantagens dos plásticos são inúmeras, e segundo GORNI (2004) algumas são:
• Leveza
• Boa resistência mecânica
51
• Transparência
• Possibilidade de ser moldado na cor do produto
• Baixas Temperaturas de Processamento, até 250ºC
• Baixa Condutividade Elétrica
• Baixa Condutividade Térmica
• Baixo custo
• Impermeabilidade
• Toxicologicamente inertes
O ciclo fechado de circulação do resíduo de madeira, que pode ser usada na forma
de WPC pode ser esquematizado na FIGURA 17, que é baseada na FIGURA 04, e que
demonstra o caminho deste resíduo na busca de um melhor desempenho eco-eficiente.
FIGURA 17 – Ciclo fechado do resíduo de madeira na forma de WPC, baseado no esquema do item 1.3.1
Matéria Prima: Após a reciclagem, o resíduo pode ser considerado como insumo e
estará apto a ser aproveitado em outros sistemas produtivos.
TABELA 19 – Organização dos requisitos ambientais da Ecologia Industrial para materiais de fabricação
A matriz polimérica foi escolhida entre o grupo dos termofixos. Segundo CARVALHO
(2003 – 2) os termofixos são particularmente adequados como materiais para a fabricação
de compósitos, por sua facilidade de fabricação e adesão com a fibra. Foram exploradas
as vantagens da cura a frio, facilidade de aquisição comercial e de processos de
fabricação de baixo custo sintonizando os materiais e o processo de fabricação com os
requisitos eco-eficientes.
RESINA CARACTERÍSTICAS
Resinas de baixo custo e de uso geral. Suas propriedades físicas e mecânicas são
inferiores que as demais resinas poliéster. É usada na confecção de barcos,
ORTOFTÁLICA
carrocerias, calhas, tanques e revestimentos na construção civil, equipamentos
esportivos, e esculturas artísticas.
Tem grande resistência mecânica, elétrica e térmica, a maior entre as resinas
TEREFTÁLICA
poliéster. Resistência química um pouco maior que as Isoftálicas.
Tem maior estabilidade das propriedades físicas e mecânicas que as ortoftálicas.
ISOFTÁLICA Utilizadas para tubos, tanques e recipientes com especial resistência a agentes
químicos.
Alta resistência química e à hidrólise. Aprovada pelo Instituo Adolfo Lutz para
BISFENÓLICA
produtos que entram em contato com alimentos. Usada para fins industriais.
Elevada resistência química, a maior entre as resinas poliéster e elevada resistência
mecânica. Grande longevidade, rivalizando com o aço inoxidável. Usada em
ÉSTER VINILICA
equipamentos industriais em ambientes corrosivos, de alta temperatura tais como
industrias químicas, petroquímicas, papel e celulose, cloro-soda e outras.
Fonte: ISAR (2004)
60
A resina ortoftálica é a resina termofixa mais conhecida e usada comercialmente
devido ao baixo preço de aquisição, facilidade de manipulação e de moldagem. Os
processos de moldagem e de produção são variados, incluindo processos de molde
aberto ou processos de molde fechado que permitem maior controle dimensional e melhor
qualidade dos produtos.
As aplicações das resinas de poliéster ortoftálicos são para o uso geral, na grande
maioria das aplicações, como o compósito conhecido com PRFV – plástico reforçado com
fibras de vidro ou simplesmente fiberglass. São usadas nas indústrias náutica,
automotivas e de transportes em geral, moveleira, piscinas, utensílios, indústria esportiva
e outras. Sua resistência física e química a impede de ser usada em condições mais
severas, enquanto que outros tipos de resinas têm melhor desempenho.
Emprega moldes fêmeas, de cavidade simples, e que permitem apenas uma face de
acabamento, sendo que a outra face fica na textura do reforço (BARANOWSKI &
SHREVE, 1981). Esse tipo de processo não permite um controle rigoroso na espessura
da peça moldada nem o controle de volume de aparas ou de rebarbas. Há também o
problema de emissão de vapores visto que há a manipulação de resinas ao ambiente
aberto. Usam-se moldes simples feitos de madeira, gesso, alumínio, aço ou fiberglass, e
as resinas são endurecidas a frio, com o uso de catalisadores. São os processos mais
simples e baratos, sendo muito difundidos e usados na maioria das micro-indústrias de
plásticos reforçados. Os principais processos são:
Usam moldes de pares macho / fêmea que formam uma cavidade de moldagem
quando unidas. Seus moldes, portanto, precisam de sistemas de fechamento mecânico
que elimine espaços entre as metades do molde, impedindo que o material a ser moldado
62
vaze para fora. Tem as vantagens de permitir acabamento superficial em toda peça
fabricada e controlar a espessura da peça de maneira rigorosa. Também há a diminuição
de emissão de vapores, pois o processo de moldagem é em ambiente fechado, assim
como há a diminuição de rebarbas. Os moldes são construídos com aço, borracha ou
fiberglass, sendo mais caros e complexos que os moldes abertos (CLAVADETSCHER,
1981). As resinas podem ser endurecidas tanto por cura a quente como por cura a frio,
os principais processos são descritos abaixo:
• HPM (Hot Press Molding): Prensagem a quente onde a resina não catalisada
é misturada com as cargas e reforços de fibras antes da aplicação no molde.
Deposita-se a mistura no molde metálico e em seguida, com o molde fechado
aplica-se calor durante um determinado tempo. A peça endurece pela pressão
e calor aplicados.
Os sistemas usados para união dos moldes fechados podem ser resumidos a três
tipos, sendo que a finalidade é de unir as abas e batentes laterais dos moldes não
deixando espaços por onde o material a ser moldado possa vazar. O respiro permite a
saída de ar e de excesso de material.
É baseada na metodologia por etapas descrita pela Owens Corning (2001, p. 05)
para a prensagem a vácuo e cura a frio de peças de fiberglass. Neste caso esta
metodologia foi modificada para adaptar a pesquisa ao sistema de produção descrito no
capítulo 4, usando para isso uma prensa leve, descrita no ANEXO III. Assim, seguem-se
os seguintes passos mostrados na FIGURA 23:
Por ser um processo simples e de baixo custo, é bastante usado nas pequenas e
micro indústrias de PRFV (plásticos reforçados com fibras de vidro), na fabricação de
produtos para variadas aplicações.
4
CAPÍTULO
MATERIAIS E MÉTODOS
Æ
MOLDAGEM
FASE DOS CORPOS
• ESCOLHA DOS ENSAIOS
• CONFECÇÃO DOS CORPOS DE PROVA
II DE PROVA
Æ
FASE ENSAIOS
• ENSAIO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA
• ENSAIO DE DUREZA SHORE
III • ENSAIO DE FLEXÃO
FURADEIRA
SERRA FITA SERRA CIRCULAR SERRA INDUSTRIAL
MÚLTIPLA
FUNÇÃO: FUNÇÃO: FUNÇÃO: FUNÇÃO:
Desdobro e serragem Serragem em geral; Serragem de maior Furar
em geral precisão
RESÍDUO: RESÍDUO:
RESÍDUO: Pó-de-serra, RESÍDUO: Material fibroso e macio
Pó de serra, apresentando-se como Apresentando-se como ao toque apresentando-
apresentando-se como um pó fibroso; uma mistura de pó e se como uma mistura de
uma farinha granulosa fibras; pó, fibras e maravalha
de cor escura; de pequenas
dimensões;
RESÍDUO 2:
Tocos e pontas de toras e de tábuas;
A) B)
C)
D)
A) Plaina – B) Furadeira Múltipla – C) Desempenadeira - D) Serra Fita
FIGURA 27 – Geração de resíduos no processo de fabricação de madeira serrada nas máquinas:
74
• Sobras e rejeitos: São peças que foram descartadas por empenamento, que ficaram
defeituosas durante o processo de fabricação ou que ficaram abaixo dos padrões
técnicos. Sua geração é de pouca quantidade e geralmente seu volume é inserido
junto ao volume dos tocos de destopo. Este resíduo não foi aqui estudado.
Essa etapa tem a função final de gerar o material reciclado necessário para montar
uma tabela de porcentagens de misturas (TABELA 24), misturas estas que foram
moldadas em corpos de prova. .
a) b) c)
a) Secagem à 105ºC b) Peneiramento c) Pesagem
FIGURA 30 - Procedimento da classificação granulométrica
Os corpos de prova (CP) foram construídos a partir das normas acima citadas,
sendo que as dimensões e número de CP’s estão relacionados na TABELA 25.
2. Fabricação dos moldes a partir dos plugs. Os plugs servem como matriz para a
fabricação dos moldes. No caso foram construídos dois moldes de PRFV (Plásticos
Reforçados com Fibras de Vidro) para peças CP1 e três para peças CP2;
Foi usada uma prensa leve de mesa, descrita no ANEXO III, com pressão suficiente
para fechar as duas partes do molde. A experiência de mistura e moldagem pode ser
descrita pela na FIGURA 32 e explicada em seguida:
a) b) c)
FIGURA 34 – Ingredientes da fabricação dos CP’s: a) Resina b) SRM c) Catalisador
81
PRENSA
BLOCO
DE MANIVELA
MADEIRA
MOLDE
BASE DE
MADEIRA
Baseado na norma NBR 8514, Método 01, os corpos de prova CP1, 4 para cada
traço formulado, foram fixados em suportes de madeira com rasgos de encaixe e depois
foram mergulhados na água contida num recipiente plástico em temperatura ambiente
(±30ºC, para o mês de outubro em Salvador), durante 15 dias, tendo seu peso medido
duas vezes no dia, exceto os fins de semana, às 08:00 e ás 16:30, tal procedimento
resultou em 20 medições para cada traço desenvolvido. O esquema de ensaio e o
procedimento adotados são retratados na FIGURA 36.
a)
CP 1 CP 1
b) c)
a) esquema do ensaio b) CP’s imersos c) pesagem dos CP’s
FIGURA 36 – Ensaio de absorção de água:
CP 1
a)
b) c)
a) disposição dos equipamentos b) pontos de teste c) ensaio
FIGURA 37 – Esquema do ensaio de Dureza Shore
PONTA DE
CARREGAMENTO
CP 2
SUPORTE
CP 2
TRAÇO T
5
CAPÍTULO
ANÁLISE E RESULTADOS
Este capítulo apresenta os resultados dos ensaios descritos no Capítulo 4, com
explicações de cada Fase com o auxílio de gráficos, imagens dos resíduos e imagens dos
compósitos em tamanho real, 1:1.
5.1.2 – Peneiramento
25,4 7,25 0,25 47,88 0,97 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 39,22 6,11
19.10 1,35 0,05 480,93 2,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 22,24 3,46
9,52 10,91 0,38 2279,86 31,89 13,49 1,63 1,68 0,22 64,20 12,37 0,00 0,00 14,83 2,31
4,76 22,88 0,79 793,03 37,92 157,42 18,99 10,87 1,43 143,75 27,71 0,26 0,06 10,96 1,71
2,00 77,78 2,68 409,91 14,93 244,77 29,53 95,18 12,51 154,29 29,74 9,46 2,17 148,39 23,11
0,84 428,43 14,76 197,99 7,40 260,15 31,39 315,02 41,39 118,72 22,88 164,90 37,78 235,66 36,70
0,59 197,44 6,80 47,38 1,40 107,69 12,99 125,46 16,48 22,77 4,39 115,28 26,41 62,14 9,68
<0,59 2157,14 74,30 67,91 2,80 45,30 5,47 212,86 27,97 15,09 2,91 146,60 33,59 108,60 16,91
M TOTAL 2903,18 100,00 4324,89 100,00 828,82 100,00 761,07 100,00 518,82 100,00 436,50 100,00 642,04 100,00
87
Com este resultado, mostrado na TABELA 27 e nas FIGURAS 40 e 41, nota-se que
a geração de resíduos seque uma forma não homogênea, sendo que cada máquina gera
diferentes tipos de resíduos em proporções também diferentes. A FIGURA 41 mostra a
curva de distribuição granulométrica do resíduo, demonstrando que grande parte do
resíduo gerado tem composição média e fina. A FIGURA 42, que mostra as imagens em
escala real (1:1), dos resíduos já classificados por máquina, permite o conhecimento mais
abrangente das fases de partículas que formam o resíduo estudado.
88
SERRA FITA
± ± ±
PENEIRA 4,76mm PENEIRA 9,52mm PENEIRA 19,10mm PENEIRA 25,40mm
SERRA CIRCULAR
± ±
PENEIRA 4,76mm PENEIRA 9,52mm PENEIRA 19,10mm PENEIRA 25,40mm
FURADEIRA MULTIPLA
± ±
PENEIRA 4,76mm PENEIRA 9,52mm PENEIRA 19,10mm PENEIRA 25,40mm
PLAINA
± ±
PENEIRA 4,76mm PENEIRA 9,52mm PENEIRA 19,10mm PENEIRA 25,40mm
Considerando o uso das partes grossas, médias e finas do resíduo recuperado como
matéria prima, conclui-se que há uma grande diminuição dos resíduos, que antes eram de
30 toneladas, passando para, aproximadamente, 1,72 toneladas.
F1 F2 M1 M2
MF1 MF2 G1 G2
GMF1 GMF2
FIGURA 44 – Detalhe de todos os traços em escala 1/1
Os traços de 10% de SRM são mais fluidos e, portanto, mais fáceis de aplicação no
molde. Os traços de 20% de SRM formam uma massa, que é menos fluida que os traços
de 10%, mas que permitem preencher a cavidade do molde sem dificuldade. Os traços
que têm como componentes o SRM Grosso são mais difíceis de moldar, pois o tamanho
destas partículas dificultam a moldagem nos cantos ou nas curvas do molde.
O grau de homogenização da mistura variou com a granulometria. As partículas
finas permitem um compósito mais homogêneo e que preenche os espaços entre as
partículas médias e grossas nos traços mistos. Quanto maior for a partícula menos
homogêneo será o compósito, ficando visíveis as fases de madeira e de resina.
Estes traços mostram, portanto, que o limite do uso de partículas médias mais grossas ou
grossas puras, nas condições impostas pelos ensaios, não podem atingir valores de 20%.
A TABELA 30 mostra que o traço T (de resina pura) absorveu em torno de 0,5% de
água, podendo concluir que tal absorção foi insignificante. Observou-se, também que os
traços com 20% de SRM absorveram mais água que os traços com 10% de SRM
similares, portanto, quanto mais madeira mais a absorção.
FIGURA 48 - Equivalência entre escalas SHORE. Fonte: (ASTM D2240-91, 1991; CALCE, 2001).
Como comparação entre materiais, podemos aproximar os plásticos mais duros, tal
como o bakelite com os metais mais macios tais como o cobre ou alumínio, seguindo a
escala SHORE D como sugere CALCE (2001). Nos ensaios de dureza do material
pesquisado, foi usada a escala Shore D, de acordo com a NBR 7456, o que classifica o
compósito estudado como um material polimérico duro. Pode-se verificar o resultado do
ensaio na TABELA 31.
97
TABELA 31 - Resultado do ensaio de dureza SHORE D
Tomando como base o valor obtido pelo traço T, com valor 80, pode-se notar que,
de um modo geral, os valores das leituras individuais foram quase sempre inferiores à 80,
normalmente entre 69 e 80, apesar que alguns valores se apresentam bem abaixo dos
demais, entre 49 à 68. Observou-se que tais valores mais baixos foram feitos em regiões
dos CP1’s com fibras de madeira muito próximas à superfície, o que serviu para reduzir o
valor SHORE D destes pontos medidos. Os traços que têm resíduo médio e grosso são
os mais propensos a tal redução de dureza, devido a possibilidade de fibras estarem na
superfície dos CP’s. Os traços F1 e F2, mais homogêneos e sem partículas médias ou
grossas, apresentaram grande aproximação com o valor do traço T. A quantidade de
madeira também influenciou na medida da dureza sendo que os traços de 20% de SRM
mostraram-se um pouco menos duras que os traços de 10% de SRM. A quantidade de
SRM na superfície dos CP’s para os traços de 20% também é maior, o que influenciou
nos valores de dureza menores.
98
Para o calculo das tensões em flexão (σf) e módulo de elasticidade (Eb) foram
utilizadas as fórmulas sugeridas pela norma NBR 7447:
3FL L3 F2
σf = 2bh2
Eb= 4bh3
•
Y
Onde:
σf = Tensão de flexão
Eb = Módulo de elasticidade
L = Distância entre suportes
b = Largura do corpo de prova
h = Espessura do corpo de prova
F = Carga no ponto 1/2L
F2 = Carga na porção linear (elástica) da curva carga x deflexão
Y = Deflexão em F2
99
Os dados de Força máxima, Tensão máxima, Deformação e alongamento foram
medidos automaticamente pelo software de controle da prensa usada no ensaio. Para o
cálculo do módulo de elasticidade, foi retirado um valor médio dos valores de deformação
de cada corpo de prova, equivalente à 1/3 da tensão de flexão para cada traço formulado,
garantindo que o valor usado se encontrasse na zona elástica do compósito. Assim tem-
se na TABELA 32 o desempenho dos traços estudados:
Isso pode ser explicado pela propriedade da madeira em ser mais frágil
mecanicamente no sentido transversal às fibras. As partículas grossas promovem uma
descontinuidade do compósito, interrompendo a adesão da matriz ao mesmo tempo em
que não suporta a carga aplicada. Desta forma, uma força aplicada perpendicularmente a
uma das superfícies ao corpo de prova provoca componentes de tração na superfície
oposta, fazendo com que a partícula de madeira localizada na região de aplicação da
força seja rasgada, resultando na fratura do compósito.
Partículas grossas dispostas perpendicularmente em relação ao comprimento do
corpo de prova são, portanto, pontos de fragilidade do material. A resultado semelhante
chegou SILVA (2003) testando um compósito de fibras de sisal e coco em matriz de
poliuretano de mamona, segundo SILVA (2003, p. 79) “as fibras com orientação
103
perpendicular atuam no sentido de diminuir a resistência mecânica do compósito, e neste
caso, a resistência à flexão é dominada pela resistência à flexão da matriz”.
O ensaio de flexão, por sua vez, mostrou que a serragem reciclada (SRM) melhora
as propriedades mecânicas da resina na presença de uma carga de flexão, apesar da
resina pura ter suportado mais carga. Também ouve aumento da rigidez do compósito em
relação à resina pura, permitindo concluir que a serragem reciclada se comporta como
carga e também como reforço para plásticos reforçados.
6
CAPÍTULO
CONCLUSÕES
6.1 – RECICLAGEM
6
REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
REFERÊNCIAS
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Produtos de Madeira Sólida no Brasil e Contribuições à Política Industrial. Curitiba, PR.
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6
ANEXOS
122
123
ANEXO I
CRAY VALLEY
BOLETIM TÉCNICO
POLYDYNE 5061
Descrição:
Resina poliéster insaturado ortoftálico, rígido, baixa reatividade, média viscosidade, cristal pré-
acelerado com sistema especial de promotor.
Aplicações Recomendadas:
• 100,0 g de resina
1,0 ml de BUTANOX M-50
Condições de Armazenamento:
Depto. Técnico.
Divisão Poliester.
As recomendações ou sugestões de uso de nossos produtos, contidos neste boletim são fornecidas de boa fé como
orientação ao usuário, porém sem nenhuma espécie de garantia explicita. Solicitamos aos nossos clientes que
inspecionem e testem nossos produtos entes de sua utilização. Não assumimos qualquer responsabilidade decorrente
do armazenamento e manuseio em condições inadequadas.
Cray Valley do Brasil Ltda – Rua Áurea Tavares, 580 – Pq Industrial das Oliveiras – Taboão
da Serra – SP – CEP:06765902 – tel/fax: 47882000 – e-mail: crayvalley@crayvalley.com
124
125
ANEXO II
126
RESUMO DOS DADOS RELEVANTES SOBRE A
RESINA POLIÉSTER ORTOFTÁLICA CRISTAL
(FONTE: FICHA DE EMERGÊNCIA DINU)
MINI-PRENSA DE MESA
A necessidade de uso de uma prensa que estivesse sempre disponível para a pesquisa
levou ao projeto de uma prensa leve de mesa, de conceito e construção simples, mas robusta o
bastante para permitir o uso no fechamento dos moldes dos corpos de prova.
O conceito foi o do macaco sanfona, usado em automóveis, que foi fixado de cabeça para
baixo em um chassi metálico. O movimento de extensão do macaco para baixo é usado como
prensa. O chassi foi construído com uma haste de aço de 3/4” cortada e dobrada em peças
posteriormente soldadas.
Esta prensa foi construída, com baixo custo, especialmente para a pesquisa, usando peças
compradas em ferro-velho, e construída pela empresa Ycaro Victal Metalurgica’s. A figura abaixo
mostra as vistas da mini-prensa de mesa.
MINI-PRENSA DE MESA
128
TRAÇO COM
30% SRM FINO
TRAÇO COM
25% SRM FINO
Partes moles e não curadas
depois de desmoldagem
gerando grandes bolhas e
falhas na superfície da peça.
130
131
ANEXO V
Prezado Marcelo,
Em nosso processo produtivo não é utilizada a serragem. Apenas geramos como resíduo pó e refilo
proveniente do corte e lixamento das chapas. Esse resíduo não é classificado e é utilizado como
combustível (biomassa) em nossas caldeiras.
Atenciosamente,
Tiago Lunardi
Tel. (11) 4588-2108
Fax. (11) 4588-2130
E-mail - tiago.lunardi@duratex.com.br
MAT - Assistência Técnica e Serviços
132
133
UFBA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
MESTRADO PROFISSIONAL EM
GERENCIAMENTO E TECNOLOGIAS
AMBIENTAIS NO PROCESSO PRODUTIVO