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1. CONCEITOS DE CONTABILIDADE GERENCIAL (1/3)

A contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração,


acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de
informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento,
avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar o uso
apropriado de seus recursos.

A contabilidade gerencial deve-se ser avaliada de maneira diferenciadas da


contabilidade financeira, pois cada uma delas tem suas particularidades, e
sobre tudo a contabilidade gerencial utiliza-se da própria contabilidade
financeira.

1.1 OBJETIVO DA CONTBILIDADE GERENCIAL

O objetivo da contabilidade gerencial é enfocar todos os temas


escolhidos dessas disciplinas no processo de administração, no processo
integrado de tomada de decisões.

2. CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial é uma ferramenta indispensável para a gestão


de negócios. De longa data, contadores, administradores e responsáveis pela
gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações contábeis
vai bem de um além do simples cálculo de impostos e atendimento de
legislações comerciais, previdenciárias e legais.
Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa, não é
justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes podem estar
sendo desperdiçadas, quando a contabilidade é encarada como um mero
cumprimento da burocracia governamental.
Os gestores de empresas precisam aproveitar as informações geradas
pela escrituração contábil, pois obviamente este será um fator de
competitividade com seus concorrentes: a tomada de decisões com base em
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fatos reais e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da


contabilidade.

2.1 VANTAGENS DE DADOS CONTÁBEIS NO GERENCIAMENTO:

1. APURAÇÃO DE CUSTOS;
2. PROJEÇÃO DE ORÇAMENTOS EMPRESARIAIS;
3. ANÁLISE DE DESEMPENHO (ÍNDICES FINANCEIROS);
4. CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO;
5. DETERMINAÇÃO DE PREÇOS DE VENDAS;
6. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO;
7. CONTROLES ORÇAMENTÁRIOS

3. A INFORMAÇÃO PARA A DECISÃO

As informações contábeis são úteis ao gestor, ou seja, para aquela


pessoa que está dentro das organizações ocupando funções gerenciais. Essas
pessoas decidem sobre comprar, vender, conceder um crédito, gerenciar
pessoas, investir em um novo negócio, ou novo equipamento, ampliar seu mix
de produção, etc.
1. Ex: Utilizando o método de margem de contribuição resolva a questão abaixo, não
esquecendo de indicar a quantidade produzida quando solicitado.
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Preço de venda (PV) = R$ 60,00 por unidade para o produto A, B e C.


Custos variáveis (CV) = R$ 15,00 por unidade p/ A, R$ 10,00 p/ B e 8,00 p/ C
Custos fixos (CF) = R$ 50,00 por unidade

Descrição
Níveis de Produção
Unidades Produto A Produto B Produto C
500 900 2500
Receita Total
CDVT
MCT
CDFT
Lucro ou Prejuízo
2. Utilizando o método de margem de contribuição resolva a questão abaixo, não
esquecendo de indicar a quantidade produzida quando solicitado.
Preço de venda (PV) = R$ 40,00 por unidade para o produto A, 2/4 do PV do produto A
para o produto B e 2/8 do produto A para o produto C.
Custos variáveis (CV) = R$ 8,00 p/A, R$4,00 p/ B e R$ 2,00 p/ C
Custos fixos (CF) = R$ 2,00 por unidade

Descrição
Níveis de Produção
Unidades Produto A Produto B Produto C
500 2000 2500
Receita Total
CDVT
MCT
CDFT
Lucro ou Prejuízo
SISTEMA: constitui-se em um todo, formado por elementos independentes que podem
agir de forma integrada ou decompostos em parte, que melhor permitam sua análise.
Um sistema pose ser classificado em aberto e fechado, sendo que um sistema aberto
relaciona-se com o ambiente externo e pode relacionar-se com ele. As empresas, por
exemplo, pode ser vistas como sistemas abertos. Os sistemas de informações
gerenciais são abertos, dadas as suas características de busca de informações do
mercado concorrente ou consumidor, além de outras.
O funcionamento de um sistema se dá por entradas, processamentos e
saídas. Os sistemas de informações gerenciais são formados pelo conjunto de
recursos tecnológicos da informática, eletrônica e telecomunicações, recursos
humanos caracterizados por pessoal capacitado para a sua concepção e
manutenção, por recursos financeiros demandados na sua implementação,
desenvolvimento e manutenção e recursos materiais, por meio dos
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equipamentos de hardware e software e outros necessários ao seu uso.

SISTEMA
DE SISTEMA DE
MATERIAIS SISTEMA VENDAS
DE
CONTABILIDADE

SISTEMAS
DE
PRODUÇÃO OUTROS SISTEMA
DE
COMPRAS
SISTEMA DE
CUSTOS

O enfoque trazido pela contabilidade gerencial ao ambiente de sistemas é dos


sistemas de informação como apoio às decisões, cuja concepção lógica é de
reunir vários subsistemas contábeis.

4. A Limitação da Contabilidade Gerencial

A contabilidade gerencial nos dias atuais começa a ter a sua limitação


questionada, já que o nível de informação só vem crescendo ultimamente. Com
todas essas mudanças no ambiente, ela precisa de ajuda. Isso faz com que as
informações fornecidas pela contabilidade tradicional não sejam mais tão
coerentes com o momento da tomada de decisão. Com as constantes
mudanças, as empresas não podem ter informações distorcidas. Se a sua
contabilidade gerencial não estiver adequada aos novos tempos você não terá
como competir. Uma boa contabilidade gerencial não é receita para o sucesso,
mas um pré-requisito.
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Isto é referido por Kaplan & Johnson (1991, p.4) ao dizer que "um
excelente sistema de contabilidade gerencial não vai sozinho garantir o
sucesso nos mercados de hoje (...). Mas um sistema de contabilidade gerencial
ineficaz pode minar o desenvolvimento de produtos, o aprimoramento de
processos e os esforços de marketing. Onde um sistema de contabilidade
gerencial prevalece, o melhor resultado ocorre quando os administradores
entendem a irrelevância do sistema e se desviam dele criando sistemas de
informação personalizados".

Segundo Coelho (1999; p.26) a contabilidade gerencial será eficaz se


contiver um sistema de informações contábeis integrado ao sistema de gestão
empresarial, que é aquele que reúne e consolida todas as informações
relevantes e necessárias para gerir a organização, e se considerar o controle
como uma forma de se estudar novas possibilidades ou analisar novos
caminhos que possibilitem redução de custos, agilidade de operação,
maximização de lucros e manutenção qualidade do produto ou serviço
prestado pela empresa.

Tinha sido ignoradas até algum tempo atrás, na contabilidade gerencial,


as mudanças ocorridas nos meios de produção. Ela precisa evoluir, precisa
adaptar-se aos novos tempos.

Kaplan (1993; p. 177) diz que "obsolescência dos sistemas de


contabilidade gerencial contemporâneo deve ser uma fonte de grandes
problemas para os administradores das grandes organizações diversificadas".

Sistemas contemporâneos de contabilidade de custos e controle

gerencial, já não fornecem sinais precisos da eficiência e rentabilidade das


transações internamente administradas. Em conseqüência, os administradores
não estão obtendo informações que os auxiliem na comparação entre
transações apropriadas de custos e rentabilidade, a capacidade de "mão
visível" de efetivamente administrar a infinidade de transações que ocorrem
numa hierarquia complexa vem sendo seriamente comprometida.
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A alta administração quando deixa de receber informações exatas sobre


a eficiência e efetividade das operações internas, a organização torna-se
vulnerável à competição das organizações menores e mais focalizadas.

As necessidades de informações das empresas concentradas numa


gama estreita de atividades ou produtos de acordo com Kaplan (1995; p. 178)
"é bem inferior às das que procuram administrar múltiplas etapas nos
processos de conversão, ou que oferecem linhas de produtos diversificados e
até heterogêneos. As organizações focalizadas se tornarão altamente
eficientes em seus limitados segmentos de produtos ou variedades de
processos produtivos, superando as organizações diversificadas incapazes de
continuar avaliando a rentabilidade relativa de suas atividades variadas e,
geralmente, independentes entre si".

5. ONDE A CONTABILIDADE GERENCIAL É ENCONTRADA

Já a contabilidade gerencial não precisa de um departamento específico,


porque ela tem que estar no nosso subconsciente que em todos os momentos
de uma organização este fator estará presente, pois hoje com todas as
concorrências, globalização avançando rapidamente, leva nós gerentes a
desenvolver análises rápidas, criarmos orçamentos que nos possibilita uma
orientação do que precisamos fazer, e ou mesmo o que estamos praticando
dentro de nossa organização.

1. CUSTOS PARA PLANEJAMENTO E DECISÃO (2/3)

1.1 Relação Custo/Volume/Lucro

A relação Custo/Volume/Lucro é a relação que o volume de vendas tem


com os custos e lucros.
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1.1.1Custos e Despesas Variáveis

Os custos e despesas variáveis são aqueles que variam


proporcionalmente em relação aos produtos fabricados ou aos serviços
prestados. Esses custos e despesas aumentam ou diminuem conforme a
ocorrência de acréscimos nos níveis de produção e vendas.

Exemplo:
- A matéria-prima na área de produção;
- Os fretes na área de comercialização.

1.1.2 Custos e Despesas Fixas

Nenhum custos ou despesa são eternamente fixos. Eles são fixos dentro
de certos limites, níveis de atividade. E suas oscilações ocorrem
proporcionalmente, em faixas de níveis, para que não deixem de serem fixos.
Exemplo: Aluguel, o imposto predial, a depreciação.

Suas principais características são:


- Em unidades – quanto maior for o volume de produção, menores serão os
custos fixos unitários
- No total – os custos fixos não variam e independem das quantidades
produzidas em um determinado nível de atividade.

2. Análise do Custo/Volume/Lucro

A análise exige que os custos fixos e variáveis sejam separados e


calculados de modo que todos os custos possam ser divididos simplesmente
em fixos e variáveis.

Objetivo: Existe uma diferença qualitativa importante entre o longo e o curto


prazo, definido da seguinte forma: longo prazo é o planejamento para
mudanças e curto prazo é a adaptação às mudanças.
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A análise Custo/Volume/Lucro é uma ferramenta importante no


planejamento de curto prazo, porque explora o relacionamento existente entre
as suas quatro principais variáveis: custo, receita, volume de saídas e lucro.

2.2.1 Aplicação da Análise Custo/Volume/Lucro

Ao planejarem suas estratégias de curto prazo, os gestores de uma


organização precisam saber qual será o efeito das mudanças em uma ou mais
dessas variáveis, e o efeito dessas mudanças no lucro.

O relacionamento entre o custo e o volume das saídas auxilia o


estabelecimento nas estratégias de preço e também do melhor mix de vendas.
A análise Custo/Volume/Lucro da ênfase ao comportamento dos padrões
de custo em relação às diferentes saídas de produção, como um guia para
selecionar os níveis de lucro e a adoção de uma política apropriada de preço.

2.2.2 Fatores que Envolvem a Análise do Custo/Volume/Lucro

- Preços de Venda (PV)


- Volume de Vendas
- Custos Variáveis (CV)
- Custos Fixos (CF)

2.3 Margem de Contribuição

É a diferença entre a Receita e o Custo Variável de cada produto. É o


valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita
e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro.

Exemplo:
Produto “X”
Preço de Venda = R$ 20,00 / unidade
Custos Fixos = R$ 120.000 por ano
Custo Variável = R$ 4,00 / unidade
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Fabricação com venda integral = 20.000 unid./ano, com capacidade para


aumentar a produção para 40.000 unid./ano.

Unid Vendidas 20.000 unid 40.000 unid


Total (R$) Unid (R$) Total (R$) Unid (R$)
Receita Total
Custo Variável
Margem de Contribuição
Custo Fixo
Lucro Líquido

Análise:
Com o aumento do Nível de Produção de 20.000 unidades para 40.000
a Margem de Contribuição também aumentou no total, mas manteve-se fixo
por unidade. Isto porque, mesmo com o aumento da produção o Custo Variável
por unidade permaneceu igual, e não houve alteração no preço de venda.

Os custos totais variáveis aumentaram proporcionalmente com o volume


das vendas, já o custo variável unitário ficou constante.

O custo fixo total é constante para estes níveis de atividade, já o


unitários varia conforme muda a quantidade vendida. Quanto maior for o
volume vendido, menor será o custo fixo unitário, e quanto menor for, maior
será o Lucro Líquido.

Obs: Para uma empresa ter lucro, a MC deverá cobrir e execeder os CF,
caso contrário ela terá prejuizo.

Unid Vend Prod A 1000 Prod B 1600 Prod 1500 Prod 3000
Total Unid Total Unid Total Unid Total Unid
Receitas
C.Variáveis
MC
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Custo Fixo
Lucro ou
Prejuizo

INFORMAÇÕES

Preço de Venda R$ 0,15 até 1000 unidades vendidas


Preço de Venda R$ 0,13 até 1600 unidades vendidas
Preço de Venda R$ 0,12 até 1500 unidades vendidas
Preço de Venda R$ 0,09 até 3000 unidades vendidas

Custos Variaveis: R$ 0,02 por unidade. Custos Fixos Totais: R$ 150,00

2.4 Ponto de Equilibro

A análise do Ponto de Equilíbrio é muito importante para a esfera


gerencial, os que tomam decisões devem compreender a relação entre o custo
de realização dos negócios e a receita gerada pelas vendas da empresa. Esta
relação é importante porque, em sua forma mais simples, é a própria definição
de Lucro.
No conceito de Ponto de Equilíbrio, verificamos que este ocorre na
igualdade dos Custos Totais e as Receitas Totais. Portanto, o lucro de uma
empresa é obtido a partir de vendas ocorridas acima do Ponto de Equilíbrio.
Para a determinação do ponto de Equilíbrio, é necessário definir alguns
termos usados:
- Receita Total (RT): É o número, Quantidade (Q) de Unidades Vendidas,
multiplicado pelo preço de Venda.
- Custo Total (CT): É composto pelos Custos Variáveis (CV) mais os
Custos Fixos (CF).

- Margem de Contribuição (MC): Diferença entre o preço de venda unitário


(PVu) menos o custo variável unitário (CVu). Ou seja, MC = PV – CV.

Concluímos então que: RT = CT + L


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RT

LUCRO
PE

CDF
PREJUÍZO

2.5 Cálculo do Ponto de Equilíbrio

O cálculo do Ponto de Equilíbrio pode ser resolvido de três maneiras


para sua determinação e apresentação:
- MÉTODO DA EQUAÇÃO, MÉTODO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E
MÉTODO GRÁFICO

2.5.1 Método da equação

A determinação do Ponto de Equilíbrio sai da seguinte equação:

PEu = CDFT ou seja: PEu = CDFT


PVu – CDVu MCu

Exemplo: Preço de venda (PV) = R$ 20,00 por unidade


Custos variáveis (CV) = R$ 4,00 por unidade
Custos fixos (CF) = R$ 130.000,00 por mês

Calculo do Ponto de Equilíbrio em quantidade e valor.

PEu = 130.000,00 PEu = 8.125 unidades por mês.


20,00 – 4,00
PE$ = PEu x PVu
PE$ = 8.125 unidades x R$ 20,00
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PE$ = R$ 162.500,00 por mês

2.5.2 Método da Margem de Contribuição

Este método é usado para determinar o Ponto de Equilíbrio, Lucro ou


Prejuizo
Exemplo: - Mesmos valores do Método da Equação
- Níveis de produção para 7.500 u/m, 8.125 u/m e 8.850 u/m.
Descrição
Níveis de Produção
Unidades 7500 8125 8850
Receita Total
CDVT
MCT
CDFT
Lucro ou Prejuízo

2.5.3 Método Gráfico

Ele demonstra o Ponto de Equilíbrio no gráfico, a relação entre custos,


receitas, volumes de saídas e o lucro resultante.
Eixo Horizontal – representa as saídas em unidades.
Eixo Vertical - representa os valores monetários.

lucro

CT

177.000.00
PE

162.500,00

Prejuízo
prejuízo
150.000,00
CDF

130.000,00

7.500 8.125 8.850 Unidades


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2.5.4 Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC)

O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) será obtido quando o volume


(monetário ou físico) o suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas
(MC), ou seja, o ponto a onde não há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto a
onde a Receita Total é igual ao Custo Total.

Exemplo: Dados da empresa “Custos Ltda”


CV = $ 5,00/u
CF = $ 4.000,00/mês
PV = $ 10,00/u

PEC = CF PEC = 4.000,00


MC 10,00 – 5,00

PEC = 800 u/mês ou seja, vendas de $ 8.000,00/mês

2.5.5 Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE)

As empresas perseguem a obtenção de lucro e operar no PEC significa


ter resultado nulo. O PEE acontece quando existe lucro na empresa e este
busca comparar e demonstrar o lucro da empresa em relação a taxa de
atratividade que o mercado financeiro oferece ao capital investido.
Tomamos como exemplo a empresa “Custos Ltda” e supondo que a
empresa possua um CAPITAL de $ 50.000,00, e que se colocado para render
a taxa de atratividade do mercado financeiro seria de 2% ao mês. Assim
teríamos um rendimento mensal de $ 1.000,00.
O lucro da atividade da empresa será obtido quando, contabilmente, o
resultado seja superior a esse retorno de 2% do mercado financeiro. Este
retorno sobre o investimento é também denominado de Custo de
Oportunidade. O Custo de Oportunidade representa a remuneração que a
empresa obteria se aplicasse seu capital no mercado financeiro, ao invés de no
seu próprio negócio.

Exemplo:
PEE = CAPITAL + Custo de Oportunidade
MCu
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PEE = 50.000,00 + 1.000,00


5,00
PEE = 10200 u/mês

Podemos concluir que, para a empresa cobrir no mínimo o retorno que o


mercado financeiro daria ao capital investido, a empresa necessita vender
10200 u/mês, para chegar ao PEC e mais 200 unidades para chegar ao PEE,
portanto 1.000 u/mês.

2.5.6 Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF)

É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa


possa fazer frente a seus compromissos (desembolsos) financeiros.
Os resultados contábeis e econômicos não coincidem com os
financeiros, pois nem todos os custos de fabricação exigem desembolsos.
Como exemplo de despesa não desembolsáveis temos as depreciações,
que podem ser classificadas nos Custos Fixos e não exigem contrapartida,
uma saída de caixa.

Seguindo o exemplo da empresa “Custos Ltda”, vamos supor que 20%


dos CDFT sejam referente à depreciação.

PEF1 = CDFT – Despesas não Desembolsáveis


MCu
PEF1 = 4.000,00 – (4.000,00 x 0,20)
5,00
PEF1 = 640 u/mês

2.5.7 Limitações ao Uso do Ponto de Equilíbrio

Até aqui trabalhamos com o PE em exercícios de um único produto,


sendo assim muito mais fácil e simplificado. A limitação é justamente, quando
existem vários produtos, pelo fato que cada um possui custos e despesas
variáveis diferenciados, tornando assim impossível o cálculo do PE num âmbito
global.
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2.6 Margem de Segurança

Margem de Segurança

É a parcela de produção e vendas que a empresa tem que está acima


do Ponto de Equilíbrio. E conseqüentemente esta empresa poderá amortizar
uma redução em sua produção e vendas sem entrar na faixa de prejuízos.

Vamos ver isto no exemplo da empresa fabricante de Azulejos .


Custos e Despesas Variáveis: R$ 2,00 m²
Custos e Despesas Fixas: R$ 6.000,00 /mês
Preço de Venda: R$ 5,00 / m²

O seu Ponto de Equilíbrio é de:


PE = 6.000,00
5,00 – 2,00
PE = 2.000 m² / mês
Comprovação:
Vendas (2.000m² x 5,00) $ 10.000,00
( - ) CDVT (2000 m² x 2,00) $ 4.000,00
MC $ 6.000,00
( - ) CDFT $ (6.000,00)
L.O $ 0

Se esta empresa produzisse e vendesse 2.500 m² de azulejos por mês,


qual seria o lucro?

Vendas (2.500m² x $ 5,00) $ 12.500,00


( - ) CDVT (2500m² x $ 2,00) $ (5.000,00)
MC $ 7.500,00

( - ) CDFT $( 6.000,00)
Lucro Operacional $ 1.500,00

Veja: - 500m² foram vendidos acima do Ponto de Equilíbrio


- Isto corresponde a um Lucro Operacional de 500m² x 3,00 (Mcu)
= $ 1.500,00.
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Estes 500m2 de azulejos a mais representa a margem de segurança


desta empresa, pois se houver alguma redução nas vendas e na produção ela
não entrará na faixa de prejuízo.

1.DA CONTABILIDADE GERENCIAL AO SIG (3/3)

O SIG abrange a empresa nos setores:


1. Estratégico
2. Tático
3. Operacional

Conceitos Básicos:

DADO: Qualquer elemento identificado em sua forma bruta, que por si só, não
conduz a compensação de determinado fato.

 Deve-se distinguir DADO de informação.


 O que diferencia um dado de uma informação é o conhecimento que ela
propicia ao tomador de decisões.
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DADO TRANSFORMADO GERA CONHECIMENTO

Exemplo de dados de numa empresa:

 Quantidade de produção.
 Custo de matéria prima.
 Número de empregados.

TRANSFORMAÇÃO RESULT. DA ANÁLISE DADOS

O resultado da análise desses dados é a informação. Ou seja.

 Capacidade de produção.
 Custo de venda do produto.
 Produtividade do funcionário.

Partimos então para a definição do SIG

É o processo de transformação de dados em informações. E, quando


esse processo está voltando para a geração de informações que são
necessárias e utilizadas no processo decisório da empresa, diz-se que
esse é um sistema de informações gerenciais.

Estas informações é que serão usadas pelos executivos.

RESULTADOS
AÇÕES

DECISÕES
INFORMAÇÕES

RESULTADOS
DADOS
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Modelo proposto de sistema de informações gerenciais.

 Há uma grande interligação do sistema de informações gerenciais o com


processo decisório.
 É necessário um S.I eficiente para um processo adequado de decisões.
 A forma de apresentação da informação pode afetar sua utilização.
 A informática é uma inovação tecnológica que permite o armazenamento
e tratamento da informação.
 As empresas têm tratado a informação como um recurso vital. Ela afeta
e influencia a produtividade, a lucratividade e as decisões estratégicas
das empresas.
 Para o processamento da informação, são necessários recursos
tecnológicos e humanos, novas formas de coordenação e controle.
RESUMINDO DADOS LEVA A INFORMAÇÃO QUE LEVA AO
CONHECIMENTO E CONSEQUENTEMENTE LEVA A RESULTADOS.

2. IMPORTÂNCIA DO S.I PARA AS EMPRESAS.

Sistemas de informações gerenciais e seus benefícios as empresas:

1. Redução de custos nas operações.


2. Melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais precisos
e rápidos, com menos esforço.
3. Melhoria na produtividade.
4. Melhorias nos serviços realizados e oferecidos.
5. Melhoria na tomada de decisões, por meio do fornecimento de
informações mais rápidas e precisas.
6. Fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões.
7. Melhoria, para facilitar o fluxo de informações.
19

8. Melhoria na estrutura de poder, proporcionando maior poder para


aqueles que entendem e controlam o sistema.
9. Redução de grau de centralização de decisões na empresa e,
10. Melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos
não previstos.

2.1 Alguns aspectos que podem fortalecer o sistema de informações


gerenciais nas empresas

Vantagens básicas do sistema de informações gerenciais.

a. Exige competência intrínseca às pessoas que irá utilizá-los.


b. O uso de um plano mestre.
c. A atenção especifica ao fator humano da empresa.
d. A habilidade para identificar a necessidade de informações.
e. A existência de dados e informações relevantes e atualizados.
f. Adequada relação custos X benefícios.

2.1.2 Alguns Aspectos das Decisões

As fases do processo decisório:

 Identificação de problemas;
 Análise de problemas;
 Estabelecimento de soluções alternativas;
 Seleção de alternativas mais adequadas;
 Implantação de alternativa selecionada;
 Avaliação de alternativa selecionada.

2.1.3 Classificação das decisões


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Decisões programadas: Caracterizam-se pela rotina e repetitividade,


podendo ser possível estabelecer um procedimento padrão.

Decisões não programadas: Caracterizam-se pela novidade. Estão inseridas


num contexto do ambiente dinâmico, que se modifica rapidamente com o
decorrer do tempo.

2.1.4 Condições de tomada de decisões

Busca de alternativas.
As situações em que as decisões são tomadas podem ser:
 Tomada de decisão sob condição de certeza.
 Tomada de decisão em condições de risco.
 Tomada de decisão em condições de incerteza.

2.1.5 Esquema básico do sistema de informações gerenciais

O sistema de informações é representando pelo conjunto de


subsistemas. Permite caracterizar as informações básicas que serão
necessárias à contribuição dos cadastros de cada subsistema
Áreas funcionais do sistema de informações gerenciais (SIG):

 Marketing; Produção; Administração Financeira; Administração de


materiais; Administração de recursos humanos; Administração de
serviços; Gestão empresarial.

2.1.6 Descrição das funções e atividades


Dois tipos de áreas funcionais: fim e meio.
Servem, basicamente, como exemplo e não como uma abordagem estática.

Áreas funcionais fim


21

Funções e atividades envolvidas diretamente no ciclo de transformação.


Podem pertencer a essa categoria as seguintes áreas funcionais:

 Marketing
 Produção

Áreas funcionais meio


Funções e atividades que proporcionam os meios para que haja a
transformação de recursos.
Podem ser desse tipo as seguintes áreas funcionais:

 Administração Financeira; Administração de materiais; Administração de


recursos humanos; Administração de serviços; Gestão empresarial.

Área Funcional: Marketing


 Função produto:
- Desenvolvimento dos produtos atuais;
- Lançamento de novos produtos; - Estudo de mercado;
- Forma de apresentação; - Embalagem.

 Função distribuição:
- Expedição; Venda direta; e Venda por atacado.
 Função promoção:
- Material promocional; Promoção; Publicidade; Propaganda e Amostra
grátis.

 Função preços:
- Estudos e análises e Estrutura de preços, descontos e prazos.

Bibliografia

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços, 4a. Edição. S. Paulo : Atlas, 1998.
22

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial, 4 a Edição. S. Paulo : Atlas,


1989.

IUDICIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Análise de balanços: livro de


exercícios., 3a edição. São Paulo : Atlas, 1982
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis. S. Paulo : Atlas,
1998.

1. Custeio Baseado em Atividades ou ABC (Activity Based


Costing) (1/3)

O sistema ABC de custeio baseado em atividades é uma ferramenta


empresarial que tem como objetivos principais medir e melhorar as
atividades que compõem os processos de negócios e calcular com
precisão os custos dos produtos. Uma empresa, representada por uma
sucessão de processos de negócios, que utiliza o sistema de custeio baseado
em atividades, consegue identificar quais os recursos e as atividades
consumidas por cada produto da empresa, conseguindo alocar de forma
coerente os custos indiretos consumidos por cada produto.

O sistema ABC é uma tentativa de suprir falhas do sistema de custeio


tradicional das despesas indiretas, que utiliza o critério de rateio baseado na
mão-de-obra direta, ou nos materiais diretos, entre outros, propiciando o
23

aparecimento de distorções. Esta técnica foi muito útil no passado, quando os


custos indiretos (overhead) não ultrapassavam 10% dos custos totais.

Atualmente, entretanto, os custos indiretos podem representar até 70%


dos custos totais, enquanto que a participação de mão de obra direta reduziu-
se sensivelmente, chegando em alguns casos de empresas muito
automatizadas, com não mais do que 5% dos custos totais de fabricação.

2. Processo de Negócio (business process)

Possuir uma Visão holística de um negócio é importante para seu


gerenciamento e a modelagem do negócio torna esta visão abstrata em algo
mais tangível para uma grande parte das pessoas da empresa. Desta forma
consegue-se permear esta visão para toda organização. A visão holística de
um negócio é aproximadamente representada por um processo de negócio
(business process - BP).

2.1 Definição e localização

Processo de Negócio é um fenômeno que ocorre dentro das empresas.


Compreendem um conjunto de atividades realizadas na empresa, associadas
às informações que são manipuladas e utilizadas na organização. A
organização engloba não somente os aspectos organizacionais e estruturais
das empresas, como também os seus agentes, ou seja, as pessoas com sua
qualificação e motivação necessária para desenvolver as atividades.

3. Visão holística do negócio

A visão holística de uma empresa equivale a se ter uma "imagem única",


sintética de todos os elementos da empresa, que normalmente podem ser
24

relacionados a visões parciais abrangendo suas estratégias, atividades,


informações, recursos e organização (estrutura da empresa, cultura
organizacional, qualificação do pessoal, assim como suas inter-relações).

3.1 Importância

Todo empresário e o seu pessoal gerencial deveriam ter uma visão


holística de sua empresa. Essa visão possui diferentes ênfases e graus de
abstração. No entanto, a visão do todo (a imagem única) é essencial para que
eles cumpram o seu papel. Algumas empresas possuem pessoas com essa
visão, e normalmente elas se destacam de suas concorrentes. Porém uma
grande parte dos dirigentes atingiu seu posto vindo de uma área específica,
trazendo assim uma visão distorcida do todo. É comum encontrar gerentes
empolgados com os recursos computacionais, outros achando que a solução
está somente na estrutura organizacional, outros que consideram suas
máquinas e equipamentos como sendo a salvação da empresa, etc.

4. Exemplo Prático do ABC

Uma máquina de cópia de uma empresa onde a mesma serve a


diversos setores de uma organização, vamos tentar identificar a quem pertence
os custos desta máquina.

Ex: 1 CDF da máquina R$ 1.200,00


Setores que utilizam a máquina ( RH, Financeiro, MKT, Produção e
Almoxarifado)
Horas máquinas do RH 30, Finan 22, Mkt, 20, Prod 15 e Alm 13. ou seja,
essas horas totais de simbolizam 100%.
Qual o valor de cada setor?

RH FINANCEIRO MKT PRODUÇÃO ALMOXARIFADO


30% 22% 20% 15% 13%
25

TABELA DE DEPRECIAÇÃO

EQUIPAMENTOS PERCENTUAL TEMPO


EDIFICIOS E BENFEITORIAS 4% 25
INSTALAÇÕES 10% 10
MAQUINÁRIOS 10% 10
MOVEIS E UTENSILIOS 10% 10
APARELHOS DE COMUNICAÇÃO 20% 5
FERRAMENTAS 20% 5
MÁQUINAS E APARELHOS PARA BRITAGEM E 20% 5
MINERIOS
COMPUTADORES E PERIFERICOS 20% 5
MAQUINÁRIOS DE TERRAPLANAGEM E 25% 4
PAVIMENTAÇÃO
VEICULO DE CARGA E USO ESPECIAL 25% 4
FONTE: RECEITA FEDERAL 2012

1. Decisões de Orçamento de Capital (2/3)

O orçamento é uma ferramenta muito importante para o sucesso de


qualquer organização, em especial as indústrias, comércio e serviço. Ele tem
seu início nos objetivos que a organização almeja alcançar, passando pela
análise dos pontos fortes e das limitações deste tipo de empresa, sempre
buscando alocar da maneira mais eficiente os recursos para aproveitar as
oportunidades identificadas no meio ambiente, trazendo um retorno satisfatório
para os recursos empregados pela empresa.
No que diz respeito às fases do orçamento, deverá ser iniciado com pelo
menos três meses de antecedência da sua implementação, partindo do
inventário das hipóteses e seguida pela escolha das hipóteses que puderem
ser validadas, implementação das hipóteses e acompanhamento dos
resultados - controle.
Caberá ao administrador financeiro verificar as diferenças entre o orçado
e o planejado, com o intuito de programar as mudanças necessárias, quando o
26

orçado ficar abaixo do real e a manutenção dos resultados, e de manter os


resultados, quando estes forem superiores aos orçados.
Os orçamentos dividem-se em: orçamento de vendas, orçamento de
produção, orçamento de custos da produção, orçamento de custos
administrativos e com vendas, orçamento de outros itens DR – demonstrativo
de resultados, orçamento de capital e orçamento de caixa.
Os seus métodos de controle de todos os orçamentos (relatórios, sistemas
de informática e etc.) devem possuir uma linguagem comum, visando facilitar
o fluxo dos dados e sua integração, bem como possibilitar o bom entendimento.

O orçamento requer uma discussão dos objetivos em todos os níveis


hierárquicos da organização, o que gera um aumento da integração e do
comprometimento por parte dos colaboradores, uma vez que eles envolvem-se
diretamente com os resultados planejados. Outro ponto importante seria o
detalhamento por meio de metas que prevêem o que deverá ser feito - Como?
Quando? E por quem? Ainda, pode ser citada a possibilidade de se identificar
problemas com antecedência, o que aumenta a chance de se encontrar
soluções apropriadas e eficazes.
Uma das desvantagens do orçamento empresarial é a geração de custos
em todas as suas etapas e, por isso, é necessário que a organização tenha
clareza dos seus objetivos e envolvimento, desde a alta direção até a área
operacional, para a geração de um retorno ainda maior que estes custos.
Ressalte-se que para o orçamento possa ser bem acompanhado,
necessário se faz que os dados sejam atualizados e comentados, exigindo,
conseqüentemente, mais esforço dos colaboradores, o que por sua vez pode
gerar indiferença para aqueles que não compreendem a sua importância.
Um dos pontos mais importantes do orçamento empresarial é a previsão
de vendas, que deve ser iniciada pela análise dos aspectos internos e externos
da organização. Internamente deve ser cuidadosamente levantado se a
empresa te uma capacidade produtiva que atenda às suas metas de vendas,
analisado se a mão-de-obra está qualificada para atingir a produtividade na
qualidade pretendida e, por fim, se a estrutura administrativa da organização é
adequada ao atendimento da demanda. Já externamente deve se examinar a
27

concorrência, detalhando as suas forças e fraquezas competitivas, o


comportamento das políticas econômicas e o seu impacto sobre o consumo e
ainda acompanhar atentamente a legislação, para identificar novas
oportunidades e promover mudanças amparadas ns aspectos legais.
Posteriormente, adotando-se um enfoque mercadológico, deve-se basear
no que diz (pesquisa), no que se faz (lançamento em pequeno mercado como
teste) e no que se fez (análise de regressão).
O orçamento tem um desafio importante que é atender eficazmente as
vendas e ainda minimizar os custos com matéria-prima, estoques e produtos
acabados. Para tanto é necessária à identificação do melhor tipo de produção
para determinado bem, pois com produção constante há ganhos de
produtividade e diminuição dos custos. Assim, a produção por ciclo deverá ser
usada quando se fizer necessário um alto investimento para máquinas e
instalações.
Sendo assim, o controle será a peça fundamental para a retro alimentação
do sistema, possibilitando ao administrador financeiro tomar decisões alinhadas
ao planejamento estratégico, sendo fundamental para o sucesso destas
decisões, o entendimento e o comprometimento de todos os colaboradores.

2 . ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

MÉTODOS DE ORÇAMENTO DE CAPITAL: SEM RISCO

Métodos e Orçamento de Capital referem-se às técnicas que são


utilizadas pelas empresas, com objetivo de selecionar projetos que irão
maximizar a riqueza dos proprietários.

2.1. TAXA MÉDIA DE RETORNO (TMR)

Tem objetivo determinar a lucratividade de um projeto. Fórmula: = média


dos lucros líquidos anuais futuros pela metade do investimento inicial EX:
Lucros líquidos projetados para os próximos 05 anos: Investimento Inicial: R$
180.000.
28

1. Lucro Líquido Médio =


1. Ano: 25.000
2. Ano: 30.000
3. Ano: 35.000
4. Ano: 35.000
5. Ano: 55.000
Qual o retorno médio do investimento nesses 5 (cinco) anos?
Qual o percentual necessário para se chegar ao retorno médio anual?
Embora, seja de fácil entendimento e de elaboração, este método não é
recomendado para a análise financeira, uma que:
- Não considera o valor do dinheiro no tempo.
- Utiliza o lucro contábil. Não considera a depreciação como origem de recurso.
- Desconsidera a seqüência cronológica dos lucros líquidos, o que pode colocar
o projeto em risco.

2.2. PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO (PAYBACK):

Indicador bastante utilizado na seleção de projetos. Indica o período


de tempo exato para recuperação do investimento inicial. Se o período de
recuperação do investimento encontrado for aceitável seleciona-se o
investimento.
O procedimento de cálculo desse indicador também é bastante
simples. Para calcular o período de retorno do investimento, somam-se os
valor dos benefícios, período a período, até que essa soma se iguale ao
valor do investimento inicial

Ex: Se no exemplo acima o período de retorno fosse 4 (quatro anos) qual


seria o percentual aceitável? E o retorno ano a ano em valores iguais?

2.3 UTILIDADE DA ANÁLISE DE INVESTIMENTOS


29

A utilidade de conhecer o PRI é que ele pode ser interpretado também,


como uma medida de grau de risco do projeto. As incertezas associadas a um
projeto tendem a aumentar à medida que as previsões das receitas e dos
custos se afastam da data focal zero. Nesse sentido, o PRI pode ser utilizado
para mensurar o risco associado ao projeto, isto é, quanto maior for o PRI mais
incertas estará à recuperação do capital. Algumas empresas podem ter como
estratégia de investimentos não aceitarem projeto cujo período de recuperação
esteja acima de um número X de período.
A desvantagem do Payback reside no fato de ele não considerar o valor
do dinheiro no tempo e de desconsiderar tudo que acontece após o período de
recuperação.

2.4 Dificuldades na análise de investimentos

A principal dificuldade na análise de investimentos é a obtenção de


dados confiáveis, principalmente as projeções de entradas de caixa. Estas se
originam basicamente das estimativas de vendas.
Quando as estimativas sobre os dados do projeto de investimento são
imprecisas,
É recomendável que a análise de investimentos utilize três hipóteses:
provável, otimista e pessimista. Desse modo, a análise de investimentos
produzirá uma Taxa Interna de Retorno ou Valor Presente Líquido máximo,
médio e mínimo esperados.

3. Critérios de Decisão

Para decidir se é conveniente o projeto de investimento ser


implementado ou não, a empresa deve comparar a taxa interna de retorno dele
(ir) com o custo de captação do capital (k) a ser nele aplicado, seja este próprio
ou de terceiros.
Evidentemente, caso a TIR do projeto seja superior ao custo do capital
(k) para a empresa, ele deve ser implementado, porque o seu retorno será
maior que o preço ser pago pelo uso dos recursos.
30

Se a TIR do projeto for exatamente igual à taxa do custo do capital, será


indiferente à empresa efetuar ou não o investimento. Caso inferior, o projeto
deve ser descartado.

1. Como funciona o grau de liquidez de uma empresa? (3/3)

O grau de liquidez funciona através do montante do fundo da empresa, o


qual deverá ser adequado à atividade da empresa, não devendo, pois ser
insuficiente, pois em tal situação não estaria garantida uma boa liquidez, nem
excessivo, pois dessa forma contribuiria para uma diminuição da rentabilidade
da empresa.

1.1Indicador de Liquidez Geral

Liquidez Geral = Capitais Circulantes / Exigível a curto Prazo


A liquidez da empresa, depende não só da relação entre os montantes dos
capitais circulantes e do exigível a curto prazo, mas também dos prazos de
disponibilização dos primeiros e de exigibilidade dos segundos.
31

1.2 Medidas para Melhoria da Liquidez

Poderemos obter uma melhoria da liquidez da empresa, sem ser


necessário recorrer ao autofinanciamento ou a crédito bancário, através das
seguintes medidas:

1. Diminuição do Tempo Médio de Recebimento de Clientes.

2. Diminuição do Tempo médio de Estocagem

3. Aumento do Tempo médio de Pagamento a Fornecedores

Desta forma, antes de tomar qualquer ação que tenha como conseqüência:

• Conceder mais crédito aos clientes


• Aumentar o prazo médio da Estocagem
• Pagar mais rapidamente aos fornecedores

1.3 Grau de Dependência

Total do Passivo / Total do Ativo Líquido – Permite-nos analisar em que


dimensão a empresa utiliza capitais alheios para financiar os seus ativos.
Normalmente quanto menor for este calculo melhor estão às finanças da
empresa.
Deverá ser sempre inferior a 1 (um), caso contrário a empresa está com
uma situação líquida (Patrimônio líquido) negativa, ou seja tecnicamente falida.
Valores inferiores a 2/3 são considerados bons.

2. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

Pontos Importantes:
32

 O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional


das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus ativos totais
investidos.
 A administração do capital de giro trata de ativos e passivos correntes como
decisões interdependentes.
 A presença de ativos correntes na estrutura financeira das empresas é
importante para viabilizar financeiramente seus negócios e contribuir para a
formação do retorno econômico do investimento realizado.
 A importância e o volume do capital de giro são determinados
principalmente pelo volume de vendas, pela sazonalidade dos negócios, por
fatores cíclicos da economia, pela tecnologia e pelas políticas de negócios.
 A administração do capital de giro envolve basicamente as decisões de
compra e venda para as tomadas de decisões da empresa, assim como
suas atividades operacionais e financeiras.
 A importância do capital de giro varia em função das características da
empresa, do desempenho da economia e da relação risco/rentabilidade
desejada.

Formula do Capital de Giro Líquido

CGL = ATIVO CIRCULANTE – PASSIVO CIRCULANTE

Conceitos Diversos

O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está


continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela
empresa. Solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na
recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de
seu fluxo de caixa. Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de
grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e
a eliminação de outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a
reconfiguração do negócio como um todo. Desse modo, a solução dos
problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que
medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras,
33

precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de


normalidade.

Necessidade de um Capital de Giro

A necessidade de capital de giro é função do ciclo de caixa da empresa.


Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e
vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa - em resumo, significa receber
mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma meta da administração financeira.
Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de
natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem,
produção, operação e vendas. O cálculo através do ciclo financeiro possibilita
mais facilmente prever a necessidade de capital de giro em função de uma
alteração nas políticas de prazos médios ou no volume de vendas.

1. Capital de Giro Líquido Circulante Nulo

Onde a situação da empresa se equipara ao ponto de equilíbrio contábil,


ou seja, todas as receitas da empresa equiparam-se as obrigações da
mesma.

2. Capital de Giro Líquido Circulante Negativo

É quando as obrigações das empresas superar as receitas, ou seja, o


que a empresa tem para pagar é insuficiente para honra seus
compromissos.
3. Capital de Giro Positivo

É interpretado como o volume de recursos próprios que a empresa tem


aplicado em seu ativo circulante e dessa forma esse volume seja maior que
as obrigações da empresa.

2.1 Investimento em Capital de Giro


34

 A manutenção de recursos aplicado em giro visa à sustentação da atividade


operacional da empresa.
 O capital de giro é composto por valores depreciáveis perante a inflação e
constitui-se no grupo patrimonial menos rentável.
 Assim, o ativo circulante deve conter valores mínimos ou exatamente iguais
às necessidades operacionais da empresa.
 Dilema risco-retorno: Baixos níveis de ativo circulante determinam
aumento de rentabilidade e elevação nos riscos de solvência da empresa

Exemplo ilustrativo:
Considerando 3 ( Três) níveis de aplicação em capital de giro:

Supondo-se um custo nominal de crédito de 15% para curto prazo e de 20% no


longo prazo e um lucro operacional bruto de $ 1.000.00, temos:
35

2.2 Financiamento do Capital de Giro

 O custo de um crédito em longo prazo é mais caro que o de curto prazo


devido ao risco na duração do empréstimo.
 O tomador de recursos de longo prazo obriga-se também a fazer um
planejamento maior para honrar as taxas de juros por um tempo maior.

2.3 Classificação do Capital de Giro

1. Sazonal (Variável)

É determinado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente


nos negócios de uma empresa. Exemplo: maiores vendas em determinados
períodos do ano, ou grandes aquisições de estoques na entressafra.

2. Permanente (Fixo)

 Investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente,


assumindo caráter de permanente.
 É determinado pela atividade normal da empresa.
 Seu montante é definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos
demandados pelo ciclo operacional.
36

3. Análise das Demonstrações Financeiras

As demonstrações financeiras são publicadas para satisfazer as necessidades


de informações de pessoas interessadas em saber como anda a saúde financeira das
empresas: acionistas, banqueiros, fornecedores, fisco, clientes, funcionários etc.

A técnica para analisar a evolução de uma empresa e calcular a situação


financeira das empresas denomina-se de Análise Financeira.

A Análise Financeira tem como objetivo fundamental, analisar a situação


econômica da empresa e medir a rentabilidade do capital investido. A análise
financeira está centrada principalmente nas condições de equilíbrio das
estruturas patrimoniais e dos fluxos financeiros da empresa.

Não basta que uma empresa seja economicamente rentável. É


necessário também que sua estrutura financeira seja adequada à sua estrutura
econômica nos momentos presente e futuro. Uma empresa, embora muito
rentável, que não consiga cumprir suas obrigações de pagamento na data do
vencimento por problemas de liquidez será classificada pelo mercado como
insolvente e de pouco valerá sua rentabilidade.

A principal função do administrador financeiro é garantir a liquidez da


empresa e depois maximizar a rentabilidade dos fluxos financeiros. De outro
lado, o analista financeiro, tem como principal função antecipar e prevenir os
estados de insolvência.

A perspectiva de liquidez e a antevisão do estado de insolvência


decorrem das respostas a algumas questões:
Para atender ao plano estratégico a empresa necessitará de um
financiamento adicional no próximo ano ou nos próximos anos?

Trata-se de uma empresa com necessidades de financiamento sazonal?

É uma empresa rentável?

A tendência da rentabilidade é crescente? Decrescente? Sazonal?

Existem informações encobertas que geram ativo e passivo ocultos?:


nível elevado de duplicatas a receber; compromissos de pagamento de leasing;
desinformação sobre a estrutura de vencimento da dívida.?
37

Existe a possibilidade de a empresa emitir mais ações para captar


recursos?

A empresa pode conseguir financiamentos em longo prazo?

3.1 - Estrutura econômico-financeira da empresa.

A estrutura financeira da empresa pode ser percebida na análise que se


faz das demonstrações financeiras.

3.2 - O Balanço Patrimonial

O balanço está dividido em três grandes grupos: ativo, passivo e


patrimônio líquido.

Constam do ativo todos os recursos colocados à disposição da empresa


para que ela exerça sua atividade, e são classificados na ordem decrescente
de liquidez, isto é, em ordem com a extensão de tempo que normalmente se
leva para convertê-los em caixa.

No passivo estão arroladas as obrigações da empresa para com


terceiros: fornecedores, empregados (salários, férias, etc.), governos
(impostos).

A participação financeira dos sócios (acionistas ou cotistas) é


classificada no patrimônio que figura no lado do passivo.

No balanço, tudo que aparece sob a rubrica circulante (curto prazo) é


algo que deve ser pago (passivo) ou vira dinheiro (ativo) em menos de um
exercício social (ano).

Longo prazo é tudo que ultrapassa o período de um ano ou prazos


chamados indeterminados (ações que dependem de decisões judiciais etc.).

No ativo permanente são classificados os bens de uso necessários à


manutenção das atividades da empresa e o patrimônio líquido é inexigível.

A figura 1 mostra a estrutura do Balanço Patrimonial.


38

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE

EXIGÍVEL LP
REALIZÁVEL LP
EXIGÍVEL LP

ATIVO
PERMANENTE
PAT. LÍQUIDO

Figura 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial

O ativo circulante é igual ao passivo circulante. Normalmente, porém,


ambos são diferentes. O que sobra após subtrair-se o passivo circulante do
ativo circulante é o capital de giro líquido da empresa, que poderá ser positivo
ou negativo.

Se for positivo, provavelmente, a empresa conseguirá saldar suas


obrigações de curto prazo, mas se for negativo, demonstrará que a empresa
estará utilizando recursos de terceiros de curto prazo para investir em ativos
considerados permanentes, ou seja, de realização de longo prazo.

O grupo dos passivos apresenta as obrigações da empresa. O quanto


essas obrigações estão custando para a empresa até o momento em que foi
fechado o balanço aparece na Demonstração de Resultados.

3.3 - Demonstração do Resultado

Pode-se dizer que o balanço patrimonial é o retrato da empresa em um


determinado momento, geralmente no de 31 de dezembro. A empresa, porém,
está em um processo contínuo e a peça contábil que registra o dinamismo da
empresa é a Demonstração de Resultados. Ela sintetiza as atividades
exercidas desde o último balanço até o fechamento de um novo balanço.

O lucro bruto operacional é o item que mostra quanto à empresa ganhou


realizando sua atividade principal (no caso de uma indústria alimentícia, por
39

exemplo, quanto ela ganhou vendendo os alimentos que produziu menos os


custos da produção alimentos vendidos).

O lucro líquido operacional demonstra quanto à empresa ganhou após


descontar tudo o que foi necessário para concretizar essa atividade (salários e
encargos do pessoal administrativo, vendedores, despesas com marketing para
realizar as vendas etc.; ou seja, todas as despesas para colocar o produto ou o
serviço à disposição do cliente).

Alguns ganhos e algumas perdas não são operacionais, como, por


exemplo, se a indústria de alimentos vender um imóvel que faz parte do seu
imobilizado, ela irá realizar um ganho não-operacional. O resultado do exercício
antes dos impostos é o item que registra o lucro final, depois de somar ou
descontar ao resultado operacional os ganhos ou perdas ocorridas com
atividades alheias as atividades operacionais da empresa.

Depois de deduzidos os impostos e eventuais participações sobre o


resultado obtém-se o Lucro Líquido do Exercício.

Em síntese, a Demonstração de Resultados parte da receita de vendas


da empresa para mostrar quanto, afinal, sobrou após um determinado período.
Ela fornece ao investidor uma idéia da qualidade do lucro obtido pela empresa
analisada.

3.4 - Análises das demonstrações financeiras

Para analisar as demonstrações financeiras é necessário levar em conta


alguns pressupostos básicos. O analista deve verificar a evolução histórica da
empresa e precisa comparar os resultados com os de outras empresas do
setor.

A análise consiste na comparação de valores isolados ou de grupos de


valores constantes dos demonstrativos contábeis, com a finalidade de obter
informações sobre a situação econômico-financeira da empresa ou sobre o
ritmo de seus negócios.

Recomenda-se que seja analisado um mínimo de três anos, para que se


possa ter, de fato, uma visão geral da situação da empresa.
40

3.5 - Os índices

A análise por meio dos índices consiste na interpretação dos dados


extraídos das demonstrações financeiras, visando fornecer a situação
econômica e financeira da entidade. Ou seja, é são as formas padrões de se
analisarem as demonstrações empresariais. Entre os índices podemos citar
dois que são:

 Índices que evidenciam a Situação Financeira.


 Índices que evidenciam a Situação Econômica.
Os índices que evidenciam a Situação Financeira são os Índices de
Liquidez, Endividamento ou Estrutura de Capitais e Imobilizações; os que
evidenciam a Situação Econômica são os Quocientes de Rentabilidade e
Atividade.

Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas e


facilitam sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de
certas relações ou percentuais é mais relevante que a observação de
montantes, por si só.

Cada índice contempla um determinado aspecto da empresa que deve


ser analisada por todos os aspectos para se ter uma visão correta a respeito de
sua saúde financeira. Isso não significa, porém, que se deve calcular um
número excessivo de índices sobre informações contábeis que pouco
represente a realidade e que ao final além de gerar excessivas informações,
acabam confundindo o usuário.

Quando as informações contábeis efetivamente representam à realidade


econômico-financeira da empresa, uns poucos índices são suficientes para se
conhecer a situação financeira e patrimonial e julgar os resultados da gestão.

Os índices a serem estudados são os seguintes:

 Índices de solvência;
 Índices de rentabilidade;
 Índices da estrutura de capital;
 Índices de rotação ou de atividade.
41

3.6 - Índices de solvência

Conceito: Do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente


quando está em condições de fazer frente a suas obrigações corrente e ainda
apresenta uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam
a sobrevivência desta no futuro.

Quando se está avaliando a solvência, a principal preocupação reside


na capacidade da empresa de pagar suas contas sem demasiada dificuldade
(o que ela possui para fazer frente às suas dívidas). Esta é um sinalizador da
capacidade de pagamento.

Desse modo, os índices de solvência são usados para avaliar a


capacidade de pagamento da empresa. Isto é, constituem uma apreciação
sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos.

São quatro os índices para determinar a solvência: liquidez


imediata, liquidez seca, liquidez corrente e liquidez geral.

O índice de liquidez imediata é calculado dividindo-se as


disponibilidades pelo passivo circulante. Ele apura a capacidade da empresa
de saldar seus compromissos, no curto prazo, sem que, para isso, tenha de
vender suas mercadorias ou receber suas duplicatas.

O índice de liquidez seca é calculado com a mesma fórmula do índice de


liquidez corrente, mas os estoques são excluídos (ativo circulante – estoques /
passivo circulante). Apura a capacidade da empresa de saldar seus
compromissos, no curto prazo, sem que, para isso, tenha de vender suas
mercadorias, desfazer-se de seus estoques. Serve para verificar até que ponto
uma retração nas vendas afetará a capacidade de pagamento da empresa no
curto prazo.

O índice de liquidez corrente compara ativo circulante e passivo


circulante. A relação é o ativo circulante dividido pelo passivo circulante e serve
para mostrar quanto a empresa tem de valores disponíveis e realizáveis dentro
de um ano, para garantir o pagamento de sua dívidas vencíveis no mesmo
período. Serve para verificar se há recursos em giro suficientes para o resgate
42

dos compromissos em curto prazo. Quanto maior o número apurado maior a


liquidez.

O índice de liquidez geral (que mostra qual a capacidade da empresa


para saldar seus compromissos) é calculado da seguinte forma: ativo circulante
mais ativo realizável em longo prazo, dividindo-se pelo passivo circulante mais
o exigível em longo prazo. Quanto maior for o índice, melhor a situação
financeira da empresa. Se ele for de 2, por exemplo, significa que a empresa
tem condições de saldar suas dívidas duas vezes, utilizando apenas o que
dispõe de ativo circulante e de ativo longo prazo.

Mas é relevante esclarecer que esses índices são globais, que existe um
fator muito importante a ser considerado, quando se avalia a capacidade de
pagamento que é a estrutura de prazos (prazos de recebimentos e
pagamentos) e do ciclo operacional, como se verá adiante. Exemplo: um
supermercado que compra a prazo e vende quase tudo à vista. A mera
comparação entre ativo e passivo pode assustar o investidor, mas será um
susto infundado: esses números são normais no setor, pois os estoques giram
com muita rapidez e os fornecedores são pagos em 60 dias, geralmente. Já
nas indústrias de alimentos, a compra e a venda são a prazo.

3.7 - Índices de Rentabilidade

É preciso relativizar a rentabilidade pelo exame da qualidade do lucro. É


necessário verificar se ele provém das atividades normais da empresa ou se é
resultado de realizações não-operacionais (venda de ações, de ativos
permanentes ou participações em outras sociedades, etc.). O leitor do balanço
deve ir à Demonstração de Resultados examinar com cuidado os dados sobre
as receitas e despesas não-operacionais.

A rentabilidade mostra também a evolução do Patrimônio Líquido. O


objetivo é constatar quanto os sócios lucraram com seu investimento. O
Patrimônio Líquido não é dinheiro da empresa, mas sim dos sócios. Para se
mostrar a rentabilidade sobre o capital próprio compara-se o Lucro Líquido da
empresa no exercício pelo seu Patrimônio Líquido (LL/PL).
43

A Taxa Interna de Retorno do Investimento (TIR) permite comparar cada


aspecto das diversas operações internas da companhia com usos alternativos
do capital e, ao mesmo tempo, preserva as melhores informações de gerência.

3.8 - Índices da estrutura de capital

Estes índices relacionam as fontes de fundos entre si, procurando


retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros,
indicando a relação de dependência da empresa com relação ao capital de
terceiros.

O ativo (aplicação de recursos) é financiado por capitais de terceiros


(passivo circulante e passivo exigível a longo prazo) e por capitais próprios
(patrimônio líquido). Portanto, capitais de terceiros e capital próprio são fontes
(origens) de recursos.

O índice de participação de capitais de terceiros sobre recursos totais


mostra o endividamento que é a extensão pela qual a empresa utiliza capital de
terceiros. Na relação entre capital de terceiros e o total de capital aplicado
(ativo total) obtém-se o índice de endividamento.

O índice de garantia de capital próprio ao capital de terceiros é obtido


pela divisão do valor do capital próprio (patrimônio líquido) pelo total do capital
de terceiros (passivo circulante + passivo exigível a longo prazo). Uma
participação pequena de capital próprio em relação ao capital de terceiros torna
a empresa vulnerável a qualquer intempérie.

É preciso distinguir, dentro do passivo, o que são obrigações normais


(salários, fornecedores, impostos, etc) do que é dívida de
financiamentos/empréstimos. E estes débitos, por sua vez, devem ser
examinados em função das taxas de juro praticadas no País, e não em função
somente de seu tamanho. Até o limite de risco aceitável, poderá ser “bom
negócio” alto endividamento, desde que o retorno do ativo seja maior do que o
custo de capital de terceiros.

É comum encontrar um alto nível de endividamento nas empresas


européias e norte-americanas (de até 80% dos seus ativos), pois a inflação é
44

baixa e os financiamentos são obtidos a taxas de juro super baixas. Essa


acaba sendo a melhor forma de financiar o crescimento da produção. No Brasil,
um endividamento de 80%, em função do custo de capital de terceiros ser
muito elevado (geralmente) será considerado absurdo na maioria das vezes.

É possível determinar também o endividamento de curto prazo,


bastando dividir o Passivo Circulante pelo Patrimônio Líquido. O resultado
desta fórmula demonstra a relação entre a dívida da empresa a curto prazo e o
seu capital próprio, isto é, a quantidade de unidades de reais de propriedade de
terceiros.

3.9 - Índices de Rotação ou de atividade

Os índices de rotação permitem conhecer o ritmo ou velocidade de


transformação de certas massas patrimoniais ativas ou passivas. Quanto maior
for o número de rotações destas massas patrimoniais, maior será a eficácia
com que os executivos administram os capitais dos proprietários.

O Índice de rotação dos recebimentos indica quantos dias, semanas ou


meses à empresa deverá esperar, em média, antes de receber suas vendas a
prazo.

O Índice de Posicionamento de atividade indica se o prazo médio de


recebimento das vendas, mais o prazo que demora para receber vendas está
compatível com o prazo necessário para pagamento das compras e é obtido
somando-se o prazo de estocagem mais o prazo que demora para receber as
vendas dividindo-se pelo prazo de pagamento das compras.

4 - Análises do Capital de Giro

O excesso de capital permanente sobre o Ativo Fixo, que é o capital de


giro, constitui uma margem de garantia ou de segurança (solvência) financeira
que permite compensar os desajustes entre os fluxos financeiros de entrada e
saída provocados pelo ciclo operacional.

O diagrama a seguir sintetiza o fluxo de caixa.


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FORNECE-
DORES

ESTOQUES
CAIXA

CLIENTES

Fornecedores abastecem estoques que são vendidos aos clientes que


aportam recursos ao caixa que paga fornecedores.

As linhas de fornecimento de estoques e de pagamento a fornecedores


têm a mesma dimensão porque mercadorias são compradas ao custo e
também pagas ao custo.

Como a empresa realiza vendas com lucros, a seta de transformação de


estoques em clientes tem uma dimensão maior. Possíveis inadimplências
fazem com que a seta de clientes seja mais estreita que a de estoques para
clientes.

5 - Fatores que afetam o Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa de uma empresa sofre impacto por uma série de


fatores, tanto internos quanto externos.

São fatores internos:

 Expansão descontrolada das vendas, implicando em um volume


maior de compras e custos operacionais;

 Aumento no prazo de vendas concedido pela empresa como


forma de aumentar seu grau de competitividade ou aumentar sua
participação no mercado;
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 Capitalização inadequada com a conseqüente utilização de


capital de terceiros de forma excessiva, aumentando o nível de
endividamento;

 Compras em volume incompatíveis com as projeções de vendas;

 Diferenças acentuadas no giro das contas a pagar e a receber em


decorrência dos prazos médios de recebimento e pagamento;

 Ciclos de produção extremamente longos e incompatíveis com o


prazo médio concedido pelos fornecedores;

 Giros do estoque lento significando o carregamento de produtos


obsoletos ou de difícil venda, imobilizando recursos da empresa
no estoque;

 Distribuição de lucros em volumes incompatíveis com a


capacidade de geração de caixa;

 Custos financeiros elevados em decorrência de um nível de


endividamento incompatível com a estrutura de capital da
empresa;

 Política salarial totalmente incompatível com o nível de receitas e


demais despesas operacionais;

 Aumento do nível de inadimplência.

São fatores externos:

 Redução nas vendas causadas por retração do mercado;

 Aumento da concorrência em decorrência da entrada de novos


concorrentes no mercado;

 Alterações nas alíquotas de impostos sejam tributos sobre a


venda interna como sobre a importação de produtos
concorrentes;

 Aumento geral do nível de inadimplência causada por fatores


como, por exemplo, o aumento das taxas de juros.
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5.1 - Desequilíbrio Financeiro

A análise do fluxo de caixa permite determinar com precisão, uma


empresa que se apresente em uma situação de desequilíbrio financeiro. São
causas básicas de desequilíbrio financeiro:

 Excesso de investimentos em estoque;

 Prazo médio de recebimento maior do que o prazo médio de


pagamento das compras;

 Excesso de investimentos em ativos fixos

 Alto giro de estoques e ciclo de produção elevado

5.2 Como conseqüência do desequilíbrio financeiro, tem-se:

 Maior grau de vulnerabilidade ante as flutuações nas condições


do mercado em que a empresa atua

 Atrasos nos pagamentos aumentando as perspectivas de


concordata ou falência

5.3 - Medidas saneadoras

Como medidas saneadoras para equilibrar o caixa podem ser


citadas:

 Aumento do capital próprio através do aporte de novos recursos


dos proprietários atuais ou de novos sócios

 Redução ou adequação do nível de atividade aos volumes de


recursos disponíveis para financiamento das operações

 Controle rígido de custos e despesas operacionais

 Desmobilização de ativos ociosos

6 – Bibliografia
48

COGAN , S. (1994). Activity based costing (ABC) : a poderosa estratégia


empresarial. São Paulo : Pioneira. (Disponível na biblioteca FEA -USP).

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços, 4a. Edição. S. Paulo : Atlas,


1998.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial, 4a Edição. S. Paulo : Atlas,


1989.

IUDICIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Análise de balanços: livro de


exercícios. 3a edição. São Paulo : Atlas, 1982
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis. S. Paulo :
Atlas, 1998.

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