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Gracieli Mezzomo Fabris

A IDENTIFICAÇÃO DE ALUNOS COM ALTAS


HABILIDADES

Clevelândia - PR
2012
Gracieli Mezzomo Fabris

A IDENTIFICAÇÃO DE ALUNOS COM ALTAS


HABILIDADES

Artigo, apresentado ao Instituto CENSUPEG –


Centro Sul – Brasileiro de Pesquisa, Extensão e
Pós-graduação como requisito para a obtenção do
título de Especialista em Neuropsicopedagogia e
Educação Especial Inclusiva, sob a orientação do
professor (a): Bárbara Madalena Heck.

Clevelândia - PR
2012
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade Jangada
Bibliotecária responsável: Aline Menin Ferreira CRB – 14/1360

F128i

Fabris, Gracieli Mezzomo


A identificação de alunos com altas habilidades / Gracieli Mezzomo Fabris. –
2012.
09 f.

Orientador (a): Bárbara Madalena Heck.


Artigo apresentado ao Instituto CENSUPEG – Centro Sul – Brasileiro de
Pesquisa, Extensão e Pós-graduação como requisito para a obtenção do título de
Especialista em Neuropsicopedagogia e Educação Especial Inclusiva, Clevelândia -
PR, 2012.

1. Aprendizagem. 2. Altas habilidades. 3. Desempenho escolar.


4. Superdotação. I. Título.
CDD: 371.95

Esta obra é licenciada por uma licença Creative Commons de atribuição, não é de uso
comercial, licença 2.5.
A IDENTIFICAÇÃO DE ALUNOS COM ALTAS
HABILIDADES

Gracieli Mezzomo Fabris1


Bárbara Madalena Heck 2

Resumo

O presente artigo buscou apresentar algumas dificuldades enfrentadas pelos professores na


identificação e atendimento adequado aos alunos portadores de altas
habilidades/superdotação. Sabe-se da necessidade do professor estar bem preparado para
identificar alunos com altas habilidades/superdotação, de possuir um suporte teórico para
embasar sua prática pedagógica, de forma adequada, às necessidades dos alunos que
apresentam tais habilidades. Justificamos a necessidade de se fazer uma pesquisa sobre
esse tema, pois se acredita que tal conhecimento se faz necessário para que os educadores
não confundam crianças com altas habilidades com as que apresentam transtorno de déficit
de atenção com ou sem hiperatividade. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica,
utilizando matérias impressas. Através da leitura e análise sobre o assunto pode-se
comprovar que alunos com altas habilidades também têm necessidades educacionais
especiais, precisam ser atendidas por profissionais especializados e professores com boa
formação a fim de que seu potencial se desenvolva plenamente.

Palavras-chave: Aprendizagem. Altas habilidades.Superdotação. Desempenho Escolar.

1 INTRODUÇÃO

Pessoas com altas habilidades são pessoas que possuem um grau de habilidades,
como o nome já diz significativamente maior que a maioria da população. Geralmente
possuem grande facilidade e rapidez em aprender, possuem um grau elevado de criatividade,
são curiosos, possuem grande capacidade para analisar e resolver problemas, além de
possuírem um elevado senso crítico.

A maioria dos professores tem conhecimento do conceito apresentado acima, mas


identificar este aluno faz parte das inúmeras dificuldades que o professor vem enfrentado no
seu dia a dia em sala de aula. Atualmente, a identificação de alunos com altas habilidades
está entre um dos grandes vilões que influenciam nas relações escolares e familiares,
repercutindo na aprendizagem do aluno. Identificar que esses alunos merecem um
atendimento à altura de suas potencialidades não é uma tarefa fácil, pois na maioria das
vezes, pela deficiência de conteúdos apropriados as aulas de tornam cansativas provocando
dessa maneira o desinteresse do aluno.

1
Graduada em Pedagogia.E-mail: gracifame@hotmail.com
2
Especialista em Direito. E-mail: barbara.madalena@gmail.com
A necessidade dos professores estarem preparados e acima de tudo qualificados para
identificar que o seu aluno possui altas habilidades e não cair no erro de classificá-lo como
hiperativo é urgente. O professor ao identificar o aluno com altas habilidades deve buscar
condições para realizar um trabalho que contribua para o desenvolvimento desse aluno
direcionando-o para o sucesso e não para o fracasso através da desmotivação.

Ao identificar o aluno com altas habilidades, o professor deve estar provido de


recurso e condições que facilitem e ao mesmo tempo, contribuam para que ocorra uma
convivência saudável no relacionamento com os colegas, que se sobreponham as
implicações positivas, favorecendo assim as interações e a sua integração no contexto
escolar.

Assim sendo, esta pesquisa tem fundamental importância no sentido de oferecer


meios para o professor identificar os portadores de altas habilidades e contribuir para que
esses alunos possam ter uma aprendizagem significativa e, em caso da impossibilidade de
que isso ocorra, o mesmo seja encaminhado a uma escola que ofereça condições para o
desenvolvimento de todas as potencialidades desses alunos.

2 A IDENTIFICAÇÃO DE ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES

Quando falamos em alunos com altas habilidades, superdotados vem a nossa mente a
imagem de gênio. Compreensível mas não verdadeiro. Segundo as Diretrizes Nacionais para
a Educação Básica (Ministério da Educação 2001) considera crianças superdotadas e
talentosas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos
seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica
específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para
as artes e capacidade psicomotora.
Formular uma definição universalmente aceita e precisa de quem são os alunos com
altas habilidades ou superdotados é impossível, pois se trata de um conceito psicológico:

[...] a ser inferido a partir de uma constatação de traços ou características de uma


pessoa. Nós não temos condições de medi-lo diretamente, da mesma forma como
podemos fazê-lo com relação à altura ou o peso. A exatidão de nossas inferências
vai depender da extensão em que as características ou comportamentos que
escolhemos para observar forem relevantes para o conceito e forem avaliados de
uma forma válida e precisa. (ALENCAR e FLEITH, 2001, p. 52).

Na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva


(BRASIL, 2008, p.15), os alunos com altas habilidades são definidos como aqueles que
“demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou
combinadas; intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes” Bem como elevada
criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu
interesse.

Para um professor identificar o aluno com altas habilidades é como definir um


conjunto de características que promovem a identidade de um indivíduo ou de um grupo de
indivíduos. Sendo assim, quando se aborda; identificação das altas habilidades refere-se à
observação sistemática dos comportamentos com indicadores nas diferentes áreas das
inteligências, considerando a freqüência, a intensidade e a consistência com que esses
comportamentos se manifestam.

Um dos principais motivos da identificação dos alunos portadores de altas


habilidades é o de fomentar a própria ação educativa estabelecendo intervenções que
possibilitem o atendimento adequado.

SILUK, 2011, p. 319, antes de procurar os procedimentos para identificação das altas
habilidades, destaca dois aspectos importantes: “em primeiro lugar, a identificação deve
basear-se em uma concepção de inteligência, e em segundo lugar, ela deve ser subsidiada
por uma teoria ou modelo compreensivo de altas habilidades/superdotação”.
As altas habilidades, de acordo com RENZULLI (1986, p. 11), consistem na
presença de “comportamentos que refletem a interação entre três grupamentos: habilidades
gerais, ou específicas acima da média, elevados níveis de comportamentos com a tarefa e
elevados níveis de criatividades. As crianças superdotadas e talentosas são aqueles que
possuem ou são capazes de desenvolver este conjunto de traços e que aplicam a qualquer
área potencialmente valiosa do desempenho humano”.

Os alunos com altas habilidades/superdotação são aqueles que “demonstram


potencial elevado em qualquer das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes; também apresentam elevada criatividade,
grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de interesse”. (MEC,
2008).

Historicamente, os alunos com altas habilidades não encontraram obstáculos no


acesso à escola comum – ingresso e matricula. No entanto, muitos deles passavam
despercebidos nessas escolas. Parte do motivo que os leva a tal invisibilidade diz respeito à
utilização de teste de aferição do quociente intelectual, orientados por uma concepção
restrita de inteligência e altas habilidades/superdotação, e que não contemplam as diferentes
aptidões e formas de expressão da criatividade destes alunos.

A elaboração desses instrumentos, a partir de uma concepção centrada no


desempenho acadêmico, linguístico e lógico matemático, desconsideravam no processo de
avaliação, as habilidades diversas, a exemplo daquelas relacionadas às soluções de
problemas do cotidiano.

A interpretação destes resultados aponta, segundo Delpretto, Gilffoni e Zardo,


(2010), para uma capacidade cognitiva superior ou inferior do sujeito, definindo o tipo de
intervenção a ser realizada fora da escola ou da sala de aula comum, e, no geral, dissociada
do projeto escolar. A concepção das altas habilidades/superdotação preservava desta forma,
a crença de que esses alunos possuíam valores “superiores” e saberes inquestionáveis.

No campo educacional, isso contribuiu para fortalecer a concepção equivocada de


que as altas habilidades poderiam ser manifestadas em diferentes áreas, mesmo sem
oportunidades escolares adequadas, a crença era explicada por um desenvolvimento
individualizado e de ordem predominantemente biológica. O imaginário social reforçava a
proposição de que alunos com tais habilidades e necessidades não precisavam de recursos e
serviços especializados para o desenvolvimento de suas potencialidades.
A concepção atual sobre os processos de identificação de alunos com altas
habilidades/superdotação rompe com esse paradigma tradicional, que enfatizava somente a
hereditariedade da inteligência e considerava o desenvolvimento de habilidades e
comportamentos a partir de uma visão estanque e linear. “Ela investe em estratégias que
envolvem a observação, o contexto e as experiências desses alunos na escola e fora dela para
o reconhecimento de potencialidades”. (ALENCAR & FLEITH, 2001, p. 20).

O objetivo da identificação não é “rotular” os alunos com altas


habilidades/superdotação, mas verificar elementos individuais de aprendizagem para a
elaboração de atividades e provisão de recursos específicos para estes alunos. O professor
deve entender que não basta um rendimento ou uma produção padrão que homogeneízam os
alunos, mas consideram-se as diferenciações quanto aos interesses e habilidades e níveis de
comprometimento com a tarefa, ou seja, as habilidades apresentadas são demonstradas em
determinadas áreas e ocasionalmente vislumbradas em períodos e situações distintas.

A escola deve em sua proposta pedagógica possibilitar aos alunos com altas
habilidades/superdotação na superação das possíveis dificuldades na construção do
conhecimento de forma individual e coletiva, no reconhecimento de características de
aprendizagem distintas e individuais reconhecendo a importância da interação e da
participação de todos os alunos nos espaços comuns de aprendizagem.

A organização de sistemas educacionais inclusivos demanda a interrelação de ações


entre a educação comum e a educação especial. O processo de identificação de alunos com
altas habilidades/superdotação, realizada em sala de aula comum e apoiado pelo atendimento
educacional especializado, fundamentado na concepção e nas práticas pedagógica s
inclusivas, contribui para o planejamento e execução de propostas de enriquecimento
curricular nesses dois ambientes.

Ao promover o debate sobre as concepções de altas habilidades/superdotação, entre


os professores e a comunidade escolar, é necessário definir quais as assertivas estão em
consonância com as práticas desenvolvidas na perspectiva da educação inclusiva, de forma
que estas expressem a importância de ambientes de aprendizagem integrados e da
manifestação do conhecimento das diferentes áreas de interesse destes alunos.

A avaliação é outro aspecto essencial para o reconhecimento das diferenças na


escola. Ela pode ser considerada um obstáculo quando compreendida como um elemento
sancionador e qualificador em que os sujeitos da avaliação são somente os alunos e o objeto
da avaliação as aprendizagens realizadas por eles.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão educacional de alunos com altas habilidades/superdotação inicialmente se


estabelece pelo esclarecimento de suas características e particularidades, posteriormente pelo
reconhecimento da real exclusão que sofrem e do reconhecimento da importância do
atendimento especializado na sua área de interesse por meio de ações efetivas no contexto
escolar, desenvolvidas por equipe consciente de seu papel frente a esse alunado.
Acreditamos, portanto, que esta pesquisa propiciará contribuições ao contexto educacional
no sentido de esclarecer aos educadores e aos profissionais que compõem o Núcleo de
Atividades de Altas Habilidades/Superdotação e demais pesquisadores desta temática, o
conhecimento de que alunos com altas habilidades/superdotação não são somente aqueles
com habilidades cognitivas na área acadêmica.

Conceber a educação como um processo, permeado de definições, articulação e


interação, contribui para a sauperação dos pressupostos que atribuem a aprendizagem dos
alunos em geral um carácter padronizado e fixo. Desse entgendimento, deriva o modelo de
mensuração da inteligência e a tradicional prática de encaminhamento dos alunos com altas
habilidades/superdoltação para atividades desvinculadas do contexto escolar.

A inclusão de sistemas educacionais inclusivos implica a criação de um ambiente


escolar rico em estimulos e o fortalecimento da participação plena dos alunos na sala de
aula, por meio de oportunidades efetivas de desenvolvimento potencial e do atendimento as
suas necessidades educacionais especificas.

O projeto pedagógico da escola deve prever a oferta de serviços, recursos e


atencimento educacional especializado para os alunos com altas habilidades, superdotação.

Os planejamentos das práticas pedagógicas refletem o reconhecimento dos diferentes


estilos de aprendizagem, interesses, motivações, habilidades e necessidades, valorizando as
potencialidadeds de cada aluno. Essa prática estimula a participação dos alunos com altas
habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e nas atividades de
atendimento educacional especializado, orientado nas salas de recursos multifuncionais e
articulados a outros aspectos da aprendizagem.

4 REFERÊNCIAS

ALENCAR & FLEITH superdotados: um determinantes, educação e ajustamento.


Petropolis: EPU, 2001

ALENCAR, E L M S ; FLEITH, D,S. Superdotados: determinantes, educação e


ajustamento. São Paulo: EPU, 2001

ALENCAR, E S Criatividade e educação de superdotados, Petropolis, Vozes, 2001.

ALENCAR, E. M. L. S., & FLEITH, D. S. (2001). Superdotados: Determinantes,


educação e ajustamento(2ª. ed.). São Paulo: EPU.

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Política Nacional da Educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva: Brasília: MEC/SEESP, 2008

DELPRETTO, B M L. A Educação especial na perspectiva da Inclusão Escolar: altas


Habilidades/superdotação. Brasília: Ministério da Educação estadual, 2010.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar- caminhos e descaminhos, desafios, perspectivas.
Ensaios Pedagógicos. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial,
2006.
MELLO, R.M.; GUIMARÃES, G. R. Grupo de trabalhos sobre altas
habilidades/superdotação. Disponível em <http:// altas habilidades. blogspot.com >. acesso
em: 30 jan.2013.

SILUK, A C P Formação de Professores para o atendimento Educacional


Especializado. Santa Maria: Universidade federal de santa Maria, 2011.

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