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CASOTECA/PRÁTICAS DE GESTÃO DO

CONHECIMENTO

Elaborado por Fábio Ferreira Batista


(2015)
1 - Introdução
Implementar a gestão do conhecimento organizacional (GC) para produzir resultados em
benefício dos alunos era uma das prioridades da Escola Municipal Asdrubal Cardoso de
Albuquerque em 2012. Localizada no interior do Rio Grande do Sul, numa cidade de 80 mil
habitantes, a escola oferecia à comunidade os seguintes níveis de ensino: 1) Educação Infantil:
para alunos de 02 a 05 anos; 2) No Ensino Fundamental I: 1º ao 5º de escolaridade; e 3) No
Ensino Fundamental II: 6º ao 9º ano de escolaridade.
O diretor, Ricardo Rodrigues, havia concluído no ano anterior, um curso de especialização em
GC e não via a hora de colocar em prática o que havia aprendido. Para isso, ele contava, além
dos conhecimentos recém-adquiridos, com a assessoria de Gustavo Lima, consultor de
empresas com 15 anos de experiência na área e pai de dois alunos da escola que ofereceu ajuda
gratuita na elaboração do Plano de GC.
A escola era conhecida pela excelência gerencial tendo, inclusive, implementado um processo
contínuo e participativo de planejamento estratégico. A missão da escola havia sido definida
como contribuir para a constante melhoria das condições educacionais da sociedade, visando
assegurar uma educação de qualidade aos alunos, num ambiente de responsabilização social e
individual, participativo, criativo, inovador e de respeito ao próximo. Já a visão de futuro era ser
uma escola reconhecida em todo o território nacional pela excelência das práticas educativas,
pelo trabalho participativo, comprometido, inovador de sua equipe e pelo respeito dispensado
aos alunos, pais e colaboradores.
Um dos objetivos estratégicos da escola era elevar o desempenho acadêmico dos alunos. Para
isso, a comunidade escolar havia definido as seguintes estratégicas: 1) reduzir o índice de
reprovação nas disciplinas e séries críticas; 2) reduzir o abandono escolar; 3) promover a
capacitação dos professores das disciplinas críticas; e 4) reduzir a distorção idade-série. Uma
das metas estabelecidas para melhorar o aproveitamento dos alunos era reduzir o índice de
reprovação em matemática na 5ª Série do Ensino Fundamental I de 45% para 3% até dezembro
de 2012.
2 - Lacuna do Conhecimento
Ricardo Rodrigues e Gustavo Lima escolheram um método de implementação da GC cujo
primeiro passo era identificar uma lacuna de conhecimento, isto é, a diferença entre o que
escola sabe e o que ela deveria saber para elevar o desempenho acadêmico dos alunos. Logo
no início da elaboração do Plano de GC ficou claro que a maior lacuna do conhecimento existente
na escola era a falta de conhecimento e habilidade dos professores sobre como ensinar
matemática, de maneira efetiva, aos alunos da 5ª série do Ensino Fundamental I. O índice de
reprovação da escola nessa disciplina e série era considerada muito elevado: 45%. O problema
era registrado desde a fundação da escola, em 2005, e havia consenso de que algo precisava
ser feito.
3 - Elaboração do Plano de GC
O Plano de GC foi elaborado durante oficina de dois dias realizada nas dependências da escola
que contou com a presença do diretor, do diretor adjunto, dos supervisores de ensino, dos
professores e de Gustavo Lima. No primeiro dia, o consultor Lima ministrou três módulos: “O que
é GC”; “Para que Serve”; e “Como implementar” para harmonizar o conhecimento dos
participantes sobre o tema e expor a metodologia a ser utilizada na implementação da GC. No
segundo dia, com base no conteúdo teórico apresentado no dia anterior, definiu-se o seguinte:
1) lacuna de conhecimento a ser eliminada: os professores da escola não sabiam como ensinar
matemática de maneira efetiva aos alunos da 5ª série; 2) visão de GC: professores da escola
com o conhecimento e habilidades necessárias para ensinar matemática de tal forma que os
alunos aprendessem e, consequentemente, melhorassem seu aproveitamento; 3) objetivo de
GC: transferir o conhecimento de docentes da escola com o melhor desempenho no ensino de
matemática no Estado do Rio Grande do Sul, isto é, a escola de referência, para os professores
da escola; 4) Estratégia de GC: identificar a escola de referência no Estado no ensino de
matemática e, portanto, detentora do conhecimento pretendido; viabilizar a captação, o
compartilhamento e transferência dos conhecimentos tácito e explícito dos docentes de tal escola
para os professores da Escola Municipal Asdrubal Cardoso de Albuquerque; armazenar os
conhecimentos para que eles pudessem ser utilizados e reutilizados; e utilizar os conhecimentos
transferidos para melhorar o desempenho dos alunos da 5ª série em matemática; 5) Indicadores
para avaliar os resultados da estratégia: i) número de práticas inovadoras de ensino de
matemática identificadas na escola de referência; ii) número de práticas inovadoras captadas e
compartilhadas pelos professores da escola de referência com os professores da escola do
interior; iii) número de práticas inovadoras armazenadas nos planos de ensino; iv) número de
práticas inovadoras utilizadas; e v) índice de reprovação dos alunos da 5ª série; 6) Plano de GC:
1) curso de metodologia de ensino; 2) estágio supervisionado; 3) Programa de Mentoria; 4)
Narrativa; e 5) Comunidade de Prática (COP); e 6) elaboração de planos de aula com a
metodologia de ensino inovador da escola de referência.
O objetivo do curso de metodologia era identificar e captar as práticas inovadoras de ensino de
matemática adotadas na escola de referência.
O estágio supervisionado visava dar aos professores da escola do interior oportunidade de
utilizar as práticas inovadoras de ensino compartilhadas durante o curso. Durante o estágio, os
professores ministravam aulas com a supervisão dos professores da escola de referência.
No Programa de Mentoria, os professores da escola de referência atuariam como mentores dos
professores da escola do interior com o intuito de desenvolver a competência deles na utilização
das práticas inovadoras de ensino.
A técnica de Narrativas serviria para que os professores da escola de referência comunicassem
as lições aprendidas por eles ao longo da sua experiência docente no ensino de matemática. Por
exemplo, como lidar com alunos com dificuldades, como orientar os pais desses alunos, como
ministrar aulas de reforço, as práticas de ensino mais eficazes para cada situação.
A Comunidade de Prática (COP) serviria para que os docentes pudessem interagir em um
ambiente virtual para esclarecer dúvidas, discutir soluções de problemas de aprendizagem,
compartilhar informações e conhecimento sobre o ensino de matemática.
Finalmente, a elaboração de planos de aula com as práticas inovadoras de ensino da escola de
referência permitiria explicitar o conhecimento tácito adquirido durante o curso de metodologia,
o estágio supervisionado, o Programa de Mentoria, as seções de Narrativas e a interação virtual
na Comunidade de Prática (COP).
4 - Execução do Plano de GC e os Resultados Alcançados
A escola de referência no ensino de matemática no Estado do Rio Grande do Sul foi facilmente
identificada. Era a Escola Municipal Emília Heisig de Albuquerque. Localizada na capital, a escola
era conhecida pela excelência no ensino de matemática no Ensino Fundamental desde 2002.
Por coincidência, a diretora dessa escola, Marilda dos Santos Muller, havia conhecido Ricardo
Rodrigues no curso de especialização em GC e, ao saber do desempenho no ensino de
matemática na 5ª série da escola do colega, colocou-se à disposição para ajudar.
O passo seguinte foi a apresentação do Plano de GC à diretora e aos professores de matemática
da escola de referência. Após pequenos ajustes, decidiu-se que o plano seria executado durante
o ano letivo de 2012, isto é, de fevereiro a dezembro daquele ano.
A equipe responsável pela implementação do plano, formada por professores das duas escolas,
conseguiu realizar todas as atividades previstas. Na última avaliação, realizada em dezembro de
2012, a situação era a seguinte:
Indicadores Resultados
Número de práticas inovadoras de ensino de matemática identificadas 25
Número de práticas inovadoras captadas e compartilhadas pelos 23
professores da escola de referência como os professores da escola do
interior
Número de práticas inovadoras armazenadas ou registrados nos planos de 21
ensino
Número de práticas inovadoras utilizadas 21
Índice de reprovação dos alunos da 5ª Série em 2012 10%
A meta de 3% de índice de reprovação em matemática dos alunos da 5ª série não foi alcançada
em 2012. Isso só aconteceu no ano seguinte. No entanto, o diretor e os professores da Escola
Municipal Asdrubal Cardoso de Albuquerque ficaram muito satisfeitos com a transferência do
conhecimento e com a melhoria do aproveitamento dos alunos. O alinhamento do Plano de GC
com o planejamento estratégico mostrou também à comunidade escolar que a implementação
da GC pode contribuir para alcançar os objetivos estratégicos do Plano de Desenvolvimento da
Escola (PDE) e produzir resultados em benefícios dos alunos.

Questões para o debate:

1. Quais as atividades realizadas pela escola na elaboração e implementação do Plano de GC?

2. Como foi realizado o alinhamento da estratégia de GC com o planejamento estratégico da

escola?

3. Quais foram as práticas de GC adotadas pela escola. Há alguma prática adicional que você

recomendaria?

4. Como a escola mediu o impacto do Plano de GC no desempenho do processo ensino-

aprendizagem?

5. A metodologia de elaboração e implementação do Plano de GC utilizada pela escola

funcionaria na organização que você trabalha? Por quê?

6. Quais são as principais lacunas de conhecimento que você identifica na organização que você

trabalha? Como seria possível eliminá-las?

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