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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

UNIDADE ACADÊMICA
CURSO MEDICINA

Resumo - Caso 4 – 1º Período

Módulo III – Concepção e Formação do Ser Humano

Aluno: Maurício Bernardo da Silva

Arapiraca, 15 de maio de 2018


Desenvolvimento fetal

A organogênese já ocorreu no período até a 8ª semana. Durante o período fetal (9ª semana ao
parto) ocorre apenas o crescimento do corpo a maturação dos tecidos, órgãos e sistemas.
Tomando como base o primeiro dia do último período menstrual normal (UPMN) a idade
gestacional em média dura 40 semanas (pode-se utilizar também a data provável da fecundação
como ponto de referência, nesse caso dura 38 semanas). Fetos que nascem antes da 40ª semana
são considerados prematuros pela idade, e fetos que nascem abaixo de 2500g são considerados
prematuros pelo peso. Clinicamente, o período gestacional é dividido em três trimestres, sendo
que no segundo trimestre, o feto cresce o suficiente em tamanho para tornar possível a
visualização de detalhes anatômicos na ultrassonografia, caracterizando este como um ótimo
período para se identificar malformações.

Nona à Décima Segunda Semana: No início a cabeça constitui quase a metade do feto, essa
proporção diminui no final da 12ª semana. Os olhos encontram-se lateralizados as orelhas com
implantação baixa, e a genitália externa masculina e feminina é indistinguível. No fim da 12ª
semana, centros de ossificação aparecem no esqueleto.
Décima terceira à décima sexta semana: Os movimentos dos membros tornam-se
coordenados na 14ª semana, mas ainda são imperceptíveis pela mãe. Ossos já são claramente
visíveis ao ultrassom. Os ovários se diferenciaram e contêm folículos primordiais com ovogônias.
Décima sétima à vigésima semana: O crescimento, torna-se mais lento, os movimentos fetais,
tornam-se perceptíveis pela mãe, a pele está coberta pela verniz caseosa (material gorduroso e
células mortas da epiderme). Com 18 semanas, o útero está formado, com 20 semanas os
testículos começaram a descer. Com 20 semanas são visíveis as sobrancelhas, cabelo e o lanugo.
A gordura parda forma-se e é o local da produção de calor.
Vigésima primeira à vigésima quinta semana: Há ganho substancial de peso e o feto já está
mais bem proporcionado. Com 21 semanas, começam os movimentos rápidos dos olhos. Com
24 semanas os pneumócitos tipo II, começam a secretar o surfactante.
Vigésima sexta à vigésima nona semana: Os pulmões e os vasos pulmonares já podem realizar
trocas gasosas adequadas, o sistema nervoso central já amadureceu. Na 26ª semana as
pálpebras estão abertas; O baço fetal torna-se um local importante de hematopoese até a 28ª
semana, quando passa para a medula óssea.
Trigésima à Trigésima Quarta Semana: O reflexo pupilar dos olhos à luz pode ser induzido com
30 semanas. No fim deste período, a pele é rosada e lisa, e os membros superiores e inferiores
parecem gordos. Fetos com 32 semanas e mais velhos geralmente sobrevivem quando nascem
prematuramente.
Da Trigésima Quinta à Trigésima Oitava semana: O feto já consegue segurar-se com firmeza,
com 36 semanas, as circunferências da cabeça e do abdome são quase iguais, com 37 semanas
o tamanho do pé do feto é um pouco maior do que o comprimento do fêmur e torna-se um
padrão de medida fetal.

Embriogênese do Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso central (SNC) origina-se da placa neural, espessamento do ectoderma. A


placa neural é induzida pela notocorda a se dobrar para formar um sulco neural com pregas
neurais de ambos os lados, na quarta semana, as pregas neurais começam a se fundir do meio
para as extremidades para formar o tubo neural, algumas células se desprendem e ficam entre
i tubo neural e o ectoderma da superfície, constituindo a crista neural que vai gerar entre outras
coisas o sistema nervoso periférico. O tubo neural vai formar o sistema nervoso central, a
extremidade do tubo neural, cefálica ao quarto par de somitos, forma o encéfalo, cujos
primórdios são o encéfalo anterior, o encéfalo médio e encéfalo posterior. O encéfalo anterior
dá origem aos hemisférios cerebrais e ao diencéfalo. O encéfalo médio continua como encéfalo
médio e o encéfalo posterior dá origem à ponte, ao cerebelo e ao bulbo. O restante do tubo
neural se torna a medula espinhal.

O canal neural, dá origem aos ventrículos encefálicos e ao canal central da medula espinhal. As
paredes do tubo neural se espessam pela proliferação das células neuroepiteliais. Essas células
dão origem a todas as células nervosas e às células da macróglia do sistema nervoso central. A
micróglia diferencia-se a partir de células mesenquimais que chegam ao sistema nervoso central
posteriormente. A hipófise origina-se de duas partes complementares distintas: uma evaginação
do ectoderma do estomodeu que dá origem à adenoipófise e uma invaginação do
neuroectoderma do diencéfalo - o broto neuroipofisário - que dá origem à neuroipófise.

O mesênquima que circunda o tubo neural se condensa para formar uma membrana
denominada meninge primitiva ou meninge. A camada externa dessa membrana se espessa,
para formar a dura-máter. A camada interna, a pia-aracnóide, composta da pia-máter e
aracnóide-máter (leptomeninge), é derivada das células da crista neural.

No embrião, a medula espinhal estende-se por todo o comprimento do canal vertebral. Os


nervos espinais passam pelos forames intervertebrais próximo aos seus níveis de origem. Uma
vez que a coluna vertebral e a dura-máter crescem mais rapidamente que a medula espinal, essa
relação não persiste. A extremidade caudal da medula espinhal coloca-se gradualmente em
níveis mais altos. Com 6 meses, ela está no nível da primeira vértebra sacral. A medula espinhal
no recém-nascido termina no nível da segunda ou terceira vértebra lombar. No adulto, a medula
espinhal geralmente termina na borda inferior da primeira vértebra lombar. Como resultado, as
raízes nervosas espinhais, especialmente as dos segmentos lombar e sacral, correm
obliquamente da medula espinhal até o nível correspondente da coluna vertebral.

Mielinização das Fibras Nervosas: Na medula espinhal, as bainhas de mielina começam a se


formar durante o período fetal tardio e continuam a fazê-lo durante o primeiro ano pós-natal.
Em geral, os feixes de fibras se tornam mielinizados aproximadamente no momento em que se
tornam funcionais. As raízes motoras mielinizam-se antes das raízes sensitivas. As bainhas de
mielina que envolvem as fibras nervosas situadas na medula espinhal são formadas pelos
oligodendrócitos. A membrana plasmática destes se enrola ao redor do axônio, formando um
certo número de camadas (Fig. 17-11F a H). As bainhas de mielina ao redor de axônios de fibras
nervosas periféricas são formadas pelas membranas plasmáticas de células do neurolema
(células de Schwann), análogas aos oligodendrócitos. Essas células neurogliais são originadas de
células da crista neural que migram para a periferia e se enrolam em torno dos axônios.

Principais causas da microcefalia

A microcefalia resulta da microencefalia, porque o crescimento da calvária é induzido, em


grande parte, pela pressão exercida pelo encéfalo em crescimento. É uma condição
relativamente rara, caracterizada pelo subdesenvolvimento do encéfalo e do crânio. A
microcefalia primária (em contraste com a secundária que surge após o nascimento) é
provavelmente causada por uma redução no número de neurônios formados no cérebro fetal.
Ela também pode surgir a partir do fechamento prematuro das suturas cranianas, nela o cérebro
e, consequentemente, o crânio não crescem. Geralmente, microcéfalos são gravemente
retardados mentalmente.
A causa da microcefalia é frequentemente incerta. Alguns casos parecem ter origem genética
(autossômica recessiva), e outros são causados por fatores ambientais. A exposição a grandes
quantidades de radiação ionizante, agentes infecciosos (p. ex., citomegalovírus, vírus da rubéola
e Toxoplasma gondii), e a algumas drogas (alcoolismo materno) durante o período fetal são os

Segundo a Organização Mundial de Saúde, microcefalia é definida como a presença de um


perímetro cefálico igual ou inferior a 31,9 centímetros para bebês do sexo masculino e 31,5
centímetros para os do sexo feminino, nascidos a termo. A microcefalia não é uma doença
propriamente dita, mas sim um sinal de destruição ou de diminuição do crescimento cerebral,
sendo que quanto mais precoce a afecção, mais graves serão as complicações no Sistema
Nervoso Central. As complicações mais frequentes da microcefalia são déficit intelectual,
paralisia cerebral, epilepsia, dificuldades na deglutição, anormalidades nos sistemas visual e
auditivo, além de distúrbios comportamentais.

Principais agentes teratogênicos e suas consequências

Um conceito fundamental da teratologia é o de que certos estágios do desenvolvimento


embrionário são mais vulneráveis a perturbações do que outros. As malformações ocorrem
durante a formação de estruturas, por isso no período das 2 primeiras semanas a sensibilidade
a tetatógenos é mais reduzida, nesse estágio é mais fácil haver um efeito letal que um efeito
teratogênico. Já no período da 3ª a 8ª semana devido as altas taxas de diferenciação tissular,
durante a organogênese, o embrião possui a sensibilidade mais elevada à teratógenos, a partir
daí a sensibilidade decresce. A maioria das malformações ocorrem durante o período da 3ª a 8ª
semana.

Tabagismo: A nicotina contrai os vasos sanguíneos do útero, causando hipóxia fetal e


diminuindo o suprimento de nutrientes para o embrião/feto. Prejudicando assim o crescimento
celular, resulta em parto prematuro e em fetos com peso abaixo do normal, pode resultar em
retardo mental, anomalias do trato urinário e defeitos cardíacos. Álcool: Causa deficiência no
crescimento pré e pós natal, retardo mental e outras anomalias como microcefalia, fissuras
palpebrais curtas, nariz curto, lábio superior delgado, sulcos da palma da mão anormais,
anomalias das articulações e doença congênita do coração. Este padrão de anomalias formam a
síndrome do alcoolismo fetal (SAF). Androgênios e progestógenos: Risco teratogênico baixo,
incluem masculinização da genitália feminina e o oposto na genitália masculina. Além de
anormalidades cardiovasculares.

Agentes infecciosos: Rubéola: O vírus causador da rubéola, é o exemplo clássico de um


teratógeno infeccioso, as seguintes anormalidades são observadas ocasionalmente: deficiência
mental, glaucoma, microftalmia e defeitos dentários. Citomegalovírus: A infecção pelo
citomegalovírus é a infecção viral mais comum do feto humano ocorrendo em
aproximadamente 1% dos recém-natos. Como esta infecção parece ser fatal quando afeta o
embrião, acredita-se que a maioria destas gestações termina em aborto espontâneo quando a
infecção ocorre durante o primeiro trimestre. Em fase posterior da gravidez, a infecção por CMV
pode resultar em microftalmia, coriorretinite, cegueira, microcefalia, calcificação cerebral,
retardamento mental, surdez, paralisia cerebral e hepatoesplenomegalia. Vírus do herpes
simples: A infecção materna por HSV, no início da gravidez, triplica a frequência de abortos, e
após a 20ª semana está associada as lesões cutâneas e, em alguns casos, microcefalia,
microftalmia, espasticidade, displasia da retina e retardamento mental. Varicela (catapora) nos
4 primeiros meses de gravidez causa lesões da pele, atrofia muscular, hipoplasia dos membros,
dedos rudimentares, danos aos olhos e cérebro e retardamento mental. Depois das 20 semanas
de gestação, aparentemente não há risco teratogênico comprovado.

Fatores Maternos como Teratógenos: Doenças maternas podem levar a um maior risco de
anormalidades nos filhos. O diabetes melito mal controlado da mãe com hiperglicemia e cetose
persistentes fazem com que o feto nasça geralmente grande (macrossomia). Estes bebês têm
um risco maior de anomalias encefálicas, defeitos esqueléticos, angenesia sacral e defeitos
cardíacos congênitos.

O parto cesáreo vs o parto normal

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que o aumento de cesáreas em todo o mundo
nos últimos 20 anos transformou o parto cirúrgico em uma “epidemia”. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), índices superiores a 15,0% (quinze por cento) seriam difíceis de
justifcar do ponto de vista médico. De acordo com o DATASUS, de 1994 até 2013, verifica-se
que, no Brasil, mais de 95,0% dos partos foram atendidos em hospitais, sendo que enquanto em
1970 a taxa de cesáreas era de 14,6%, no ano de 2006 registra proporção de 45,0% e em 2013
de 55,6% dos nascidos vivos. Levando-se em conta a taxa de cesáreas recomendada pela OMS
nenhum estado brasileiro conseguiu atingir esse valor ideal, entre 10 a 15%, o estado que
chegou mais próximo, o Maranhão, tinha uma taxa de 36,59% (Obs.: isso em 2011). A cesárea
deve ser uma opção sempre que o risco do parto vaginal for maior do que pela cesariana. Isso
pode ocorrer em situações clínicas ou obstétricas que aumentem o risco para a mãe ou bebê,
como por exemplo, em caso de desproporção do tamanho do bebê em relação à pelve,
infecções, gestantes diabéticas, hipertensas ou posição desfavorável do bebê. No entanto, por
mais que o parto normal seja incentivado, por princípio ético, ao médico cabe respeitar a escolha
da paciente que opta pelo parto cesáreo (sendo a escolha da gestante indicação aceita pela
OMS).

Referências:

RODRIGUES, Jefferson C. T. et al. Cesariana no Brasil: Uma análise epidemiológica. São Paulo:
Revista Multitexto.2016.

GUIDO, Luanna M. S. et al. Alterações Morfofisiológicas da microcefalia em decorrência da


infecção pelo zika vírus. II Conbraciss. 2017.

MOORE, Keith L. PERSAUD, Vid. Embriologia clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2008.

SADLER, T. L. Langman Embriologia Médica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2014.

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