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UNIDADE ACADÊMICA
CURSO MEDICINA
A organogênese já ocorreu no período até a 8ª semana. Durante o período fetal (9ª semana ao
parto) ocorre apenas o crescimento do corpo a maturação dos tecidos, órgãos e sistemas.
Tomando como base o primeiro dia do último período menstrual normal (UPMN) a idade
gestacional em média dura 40 semanas (pode-se utilizar também a data provável da fecundação
como ponto de referência, nesse caso dura 38 semanas). Fetos que nascem antes da 40ª semana
são considerados prematuros pela idade, e fetos que nascem abaixo de 2500g são considerados
prematuros pelo peso. Clinicamente, o período gestacional é dividido em três trimestres, sendo
que no segundo trimestre, o feto cresce o suficiente em tamanho para tornar possível a
visualização de detalhes anatômicos na ultrassonografia, caracterizando este como um ótimo
período para se identificar malformações.
Nona à Décima Segunda Semana: No início a cabeça constitui quase a metade do feto, essa
proporção diminui no final da 12ª semana. Os olhos encontram-se lateralizados as orelhas com
implantação baixa, e a genitália externa masculina e feminina é indistinguível. No fim da 12ª
semana, centros de ossificação aparecem no esqueleto.
Décima terceira à décima sexta semana: Os movimentos dos membros tornam-se
coordenados na 14ª semana, mas ainda são imperceptíveis pela mãe. Ossos já são claramente
visíveis ao ultrassom. Os ovários se diferenciaram e contêm folículos primordiais com ovogônias.
Décima sétima à vigésima semana: O crescimento, torna-se mais lento, os movimentos fetais,
tornam-se perceptíveis pela mãe, a pele está coberta pela verniz caseosa (material gorduroso e
células mortas da epiderme). Com 18 semanas, o útero está formado, com 20 semanas os
testículos começaram a descer. Com 20 semanas são visíveis as sobrancelhas, cabelo e o lanugo.
A gordura parda forma-se e é o local da produção de calor.
Vigésima primeira à vigésima quinta semana: Há ganho substancial de peso e o feto já está
mais bem proporcionado. Com 21 semanas, começam os movimentos rápidos dos olhos. Com
24 semanas os pneumócitos tipo II, começam a secretar o surfactante.
Vigésima sexta à vigésima nona semana: Os pulmões e os vasos pulmonares já podem realizar
trocas gasosas adequadas, o sistema nervoso central já amadureceu. Na 26ª semana as
pálpebras estão abertas; O baço fetal torna-se um local importante de hematopoese até a 28ª
semana, quando passa para a medula óssea.
Trigésima à Trigésima Quarta Semana: O reflexo pupilar dos olhos à luz pode ser induzido com
30 semanas. No fim deste período, a pele é rosada e lisa, e os membros superiores e inferiores
parecem gordos. Fetos com 32 semanas e mais velhos geralmente sobrevivem quando nascem
prematuramente.
Da Trigésima Quinta à Trigésima Oitava semana: O feto já consegue segurar-se com firmeza,
com 36 semanas, as circunferências da cabeça e do abdome são quase iguais, com 37 semanas
o tamanho do pé do feto é um pouco maior do que o comprimento do fêmur e torna-se um
padrão de medida fetal.
O canal neural, dá origem aos ventrículos encefálicos e ao canal central da medula espinhal. As
paredes do tubo neural se espessam pela proliferação das células neuroepiteliais. Essas células
dão origem a todas as células nervosas e às células da macróglia do sistema nervoso central. A
micróglia diferencia-se a partir de células mesenquimais que chegam ao sistema nervoso central
posteriormente. A hipófise origina-se de duas partes complementares distintas: uma evaginação
do ectoderma do estomodeu que dá origem à adenoipófise e uma invaginação do
neuroectoderma do diencéfalo - o broto neuroipofisário - que dá origem à neuroipófise.
O mesênquima que circunda o tubo neural se condensa para formar uma membrana
denominada meninge primitiva ou meninge. A camada externa dessa membrana se espessa,
para formar a dura-máter. A camada interna, a pia-aracnóide, composta da pia-máter e
aracnóide-máter (leptomeninge), é derivada das células da crista neural.
Fatores Maternos como Teratógenos: Doenças maternas podem levar a um maior risco de
anormalidades nos filhos. O diabetes melito mal controlado da mãe com hiperglicemia e cetose
persistentes fazem com que o feto nasça geralmente grande (macrossomia). Estes bebês têm
um risco maior de anomalias encefálicas, defeitos esqueléticos, angenesia sacral e defeitos
cardíacos congênitos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que o aumento de cesáreas em todo o mundo
nos últimos 20 anos transformou o parto cirúrgico em uma “epidemia”. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), índices superiores a 15,0% (quinze por cento) seriam difíceis de
justifcar do ponto de vista médico. De acordo com o DATASUS, de 1994 até 2013, verifica-se
que, no Brasil, mais de 95,0% dos partos foram atendidos em hospitais, sendo que enquanto em
1970 a taxa de cesáreas era de 14,6%, no ano de 2006 registra proporção de 45,0% e em 2013
de 55,6% dos nascidos vivos. Levando-se em conta a taxa de cesáreas recomendada pela OMS
nenhum estado brasileiro conseguiu atingir esse valor ideal, entre 10 a 15%, o estado que
chegou mais próximo, o Maranhão, tinha uma taxa de 36,59% (Obs.: isso em 2011). A cesárea
deve ser uma opção sempre que o risco do parto vaginal for maior do que pela cesariana. Isso
pode ocorrer em situações clínicas ou obstétricas que aumentem o risco para a mãe ou bebê,
como por exemplo, em caso de desproporção do tamanho do bebê em relação à pelve,
infecções, gestantes diabéticas, hipertensas ou posição desfavorável do bebê. No entanto, por
mais que o parto normal seja incentivado, por princípio ético, ao médico cabe respeitar a escolha
da paciente que opta pelo parto cesáreo (sendo a escolha da gestante indicação aceita pela
OMS).
Referências:
RODRIGUES, Jefferson C. T. et al. Cesariana no Brasil: Uma análise epidemiológica. São Paulo:
Revista Multitexto.2016.
MOORE, Keith L. PERSAUD, Vid. Embriologia clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2008.
SADLER, T. L. Langman Embriologia Médica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2014.