Вы находитесь на странице: 1из 3

28/07/2019 Laudêmio – Wikipédia, a enciclopédia livre

Laudêmio
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Laudêmio é um percentual sobre o valor venal ou da transação do imóvel a ser pago quando ocorre uma transação
onerosa com escritura definitiva dos direitos de ocupação, ou aforamento de terrenos. No Brasil, os principais titulares
destes direitos são a União (terrenos de marinha) e a Igreja Católica Apostólica Romana, mas há enfiteuses
pertencentes a particulares, como a do Ramo de Petrópolis da Família Imperial Brasileira, o que se justifica por não
constituirem estas prestações, em termos jurídicos, um imposto, ou tributo, e sim um direito real, tal como a
percepção de alugueres.

Segundo o Dicionário Houaiss laudêmio é a "compensação devida ao senhorio direto, por não usar o direito de
preferência quando o enfiteuta aliena onerosamente o imóvel foreiro".

O órgão responsável pela demarcação das áreas sobre as quais incide a cobrança de laudêmio da União é a Secretaria
de Patrimônio da União (SPU), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento.[1]

O novo posicionamento adotado no novo Código Civil, na verdade já nos seus 14 anos de vigência, que pontifica em
relação à “enfiteuse” (art. 678, C.C.), forma superada de constituição de direito real sobre coisa alheia, pois relegada
para o capítulo das disposições transitórias. Logo, surge daí a proibição da cobrança da taxa de transferência do
contrato, denominada de “laudêmio” e, no contexto em foco, será vedada a “subenfiteuse”, como meio de desestimular
o contrato de enfiteuse.

Índice
Terrenos de Marinha
Terrenos da Família Imperial
Foro e Taxa de Ocupação
Polêmicas
Referências
Ver também
Ligações externas

Terrenos de Marinha
O conceito de terrenos de marinha foi definido desde 22 de fevereiro de 1868, quando foi publicado o decreto imperial
nº 4.105 (http://arisp.files.wordpress.com/2009/07/dec-_4-105-1868.pdf), que, em seu artigo 1º, § 1º, estabelece:[2]

São terrenos de marinha todos os que banhados pelas águas do mar ou dos rios navegáveis até a distância de 15
braças craveiras (33 metros) para a parte da terra, contadas desde o ponto a que chega o preamar médio.

Este ponto refere-se ao estado do lugar no tempo da execução da lei de 15 de novembro de 1831, artigo 51, parágrafo 14
(instrução de 14 de novembro de 1832, artigo 4º).

O Decreto-Lei 9.760/46 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del9760.htm), em seu artigo 2º, atualizou


o texto da seguinte forma:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Laudêmio 1/3
28/07/2019 Laudêmio – Wikipédia, a enciclopédia livre

"Art. 2º - São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para
a parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831: "a) os situados no continente, na costa marítima e nas
margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; "b) os que contornam as ilhas situadas em
zona onde se façam sentir a influência das marés. "Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a influência das marés
é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pela menos do nível das águas, que ocorra em
qualquer época do ano."

Terrenos da Família Imperial


Em 1822, o então príncipe D. Pedro, em viagem à Vila Rica, Minas Gerais, em busca de apoio ao movimento da
Independência do Brasil, decidiu se hospedar numa propriedade às margens do vale do Rio Piabanha. Durante a
estadia, encantou-se com a Mata Atlântica e ao clima ameno da região serrana, hoje conhecida como Serra dos Órgãos.
Oito anos depois, em 1830, a pouco de resignar-se como imperador, adquiriu uma propriedade próxima, chamada
Fazenda do Córrego Seco, renomeada Imperial Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir uma residência de
verão. Após sua morte, em 1834, a propriedade foi deixada como herança a seu filho, o futuro imperador D. Pedro
II.[3]

Em março de 1843, D. Pedro II assinou um decreto que aprovou, dentro dos limites da propriedade, a construção da
residência e o arrendamento dos arredores, no intuito de iniciar um povoamento planificado, eventualmente vindo a
se tornar, por outro decreto na década seguinte, o município de Petrópolis.[4] Assim, desde antes da própria criação da
cidade, toda a região povoada pertencia à família imperial, e seguia os conformes de uma enfiteuse, instituto presente
no Brasil desde tempos coloniais, e substitutivo ao aforamento português após a Independência. Por direito, em vigor
até hoje, qualquer transação imobiliária no chamado Primeiro Distrito de Petrópolis acrescenta uma contraprestação
à família imperial (laudêmio), fixada atualmente em 2,5% da operação.

Todavia, desde a década de 1940, após acordo familiar, somente descendentes do ramo de Petrópolis passaram a
carregar esse direito, mediante a Companhia Imobiliária de Petrópolis, enquanto os do ramo de Vassouras, este no
qual faz parte o atual chefe da Casa Imperial do Brasil, já não recebem quantia alguma.

Foro e Taxa de Ocupação


Os terrenos da União são submetidos, além do laudêmio, à cobrança de foro (taxa anualizada correspondente a 0,6%
do valor do imóvel) e de taxa de ocupação (que pode ser de 2% ou 5%, e é cobrada do proprietário que ainda não
firmou um contrato de aforamento com a União).

Os possuidores de imóveis localizados em áreas de marinha dividem-se em dois tipos: OCUPANTES (tem apenas o
direito de ocupação e são a maioria) e os FOREIROS (os que têm contratos de foro e possuem mais direitos que o
ocupante, pois têm também o domínio útil) - estão incluídos nessas categorias os moradores da Baixada Santista e
demais cidades brasileiras.

Conforme Decreto-Lei nº 9.760/1946, são terrenos de marinha em uma profundidade de 33 metros, medidos
horizontalmente para a parte da terra, da posição da linha da preamar-média de 1.831: a) Os situados no continente,
na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; b) Os que contornam
as ilhas, situados em zonas onde se faça sentir a influência das marés.

Polêmicas
Recentemente, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) se coloca no centro de muita polêmica por conta dos
seguidos questionamentos quanto à forma como realiza demarcações e à maneira com que vem efetuando a cobrança
de laudêmio. Um destes questionamentos é ao fato de a SPU entender que benfeitorias feitas no terreno cru são alvo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Laudêmio 2/3
28/07/2019 Laudêmio – Wikipédia, a enciclopédia livre

de cobrança de laudêmio; em contraponto, os proprietários das benfeitorias afirmam que as melhorias (área
construída) não devem ser consideradas no cálculo do do laudêmio.

Referências
1. «Del2398compilado» (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2398compilado.htm).
www.planalto.gov.br. Consultado em 6 de abril de 2017
2. Decreto n° 4105 de 22 de fevereiro de 1868 (http://arisp.files.wordpress.com/2009/07/dec-_4-105-1868.pdf).
Regula a concessão dos terrenos de marinha; dos reservados nas margens dos rios e dos acrescidos natural ou
artificialmente.
3. «História do Museu Imperial de Petrópolis.» (http://www.museuimperial.gov.br/historico-personagens.html). Museu
Imperial. Consultado em 6 de abril de 2017. Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. AMBROZIO, Júlio César Gabrich. «O território da enfiteuse e a cidade de Petrópolis - RJ, Brasil» (http://www.ub.e
du/geocrit/coloquio2012/actas/07-J-Gabrich.pdf) (PDF). www.ub.edu. Consultado em 6 de abril de 2017

Ver também
Enfiteuse

Ligações externas
1. O que é isso: Tudo o que você precisa saber sobre Laudêmio, Foro e Ocupação (https://web.archive.org/web/2
0140416182033/http://patrimoniodetodos.gov.br/gerencias-regionais/spu-pb/o-que-e-isso-1)
2. Entenda o que é laudêmio (http://www.laudemio.com.br/)
3. O que significa e como funciona o laudêmio? (http://www.precisao.eng.br/fmnresp/laudemio.htm)
4. A ilegalidade no processo de cobrança pela União da taxa de ocupação, foro e laudêmio dos imóveis situados
na zona costeira do Estado do Rio de Janeiro (em PDF) (https://web.archive.org/web/20140417073125/http://ww
w.felipepeixoto.com.br/admIN/upload/secoes_arquivos/COBRANCA_DE_FORO_E_LAUDEMIO.pdf)
5. Como funciona a estrutura de valores na economia? (http://www.garridoconsultoria.com/pagina/o-que-e-laude
mio-9667)
6. Ver artigo 2038 do Código Civil de 10 de Janeiro de 2002.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Laudêmio&oldid=55815990"

Esta página foi editada pela última vez às 02h12min de 24 de julho de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Laudêmio 3/3

Вам также может понравиться