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Laudêmio
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Laudêmio é um percentual sobre o valor venal ou da transação do imóvel a ser pago quando ocorre uma transação
onerosa com escritura definitiva dos direitos de ocupação, ou aforamento de terrenos. No Brasil, os principais titulares
destes direitos são a União (terrenos de marinha) e a Igreja Católica Apostólica Romana, mas há enfiteuses
pertencentes a particulares, como a do Ramo de Petrópolis da Família Imperial Brasileira, o que se justifica por não
constituirem estas prestações, em termos jurídicos, um imposto, ou tributo, e sim um direito real, tal como a
percepção de alugueres.
Segundo o Dicionário Houaiss laudêmio é a "compensação devida ao senhorio direto, por não usar o direito de
preferência quando o enfiteuta aliena onerosamente o imóvel foreiro".
O órgão responsável pela demarcação das áreas sobre as quais incide a cobrança de laudêmio da União é a Secretaria
de Patrimônio da União (SPU), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento.[1]
O novo posicionamento adotado no novo Código Civil, na verdade já nos seus 14 anos de vigência, que pontifica em
relação à “enfiteuse” (art. 678, C.C.), forma superada de constituição de direito real sobre coisa alheia, pois relegada
para o capítulo das disposições transitórias. Logo, surge daí a proibição da cobrança da taxa de transferência do
contrato, denominada de “laudêmio” e, no contexto em foco, será vedada a “subenfiteuse”, como meio de desestimular
o contrato de enfiteuse.
Índice
Terrenos de Marinha
Terrenos da Família Imperial
Foro e Taxa de Ocupação
Polêmicas
Referências
Ver também
Ligações externas
Terrenos de Marinha
O conceito de terrenos de marinha foi definido desde 22 de fevereiro de 1868, quando foi publicado o decreto imperial
nº 4.105 (http://arisp.files.wordpress.com/2009/07/dec-_4-105-1868.pdf), que, em seu artigo 1º, § 1º, estabelece:[2]
São terrenos de marinha todos os que banhados pelas águas do mar ou dos rios navegáveis até a distância de 15
braças craveiras (33 metros) para a parte da terra, contadas desde o ponto a que chega o preamar médio.
Este ponto refere-se ao estado do lugar no tempo da execução da lei de 15 de novembro de 1831, artigo 51, parágrafo 14
(instrução de 14 de novembro de 1832, artigo 4º).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laudêmio 1/3
28/07/2019 Laudêmio – Wikipédia, a enciclopédia livre
"Art. 2º - São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para
a parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831: "a) os situados no continente, na costa marítima e nas
margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; "b) os que contornam as ilhas situadas em
zona onde se façam sentir a influência das marés. "Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a influência das marés
é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pela menos do nível das águas, que ocorra em
qualquer época do ano."
Em março de 1843, D. Pedro II assinou um decreto que aprovou, dentro dos limites da propriedade, a construção da
residência e o arrendamento dos arredores, no intuito de iniciar um povoamento planificado, eventualmente vindo a
se tornar, por outro decreto na década seguinte, o município de Petrópolis.[4] Assim, desde antes da própria criação da
cidade, toda a região povoada pertencia à família imperial, e seguia os conformes de uma enfiteuse, instituto presente
no Brasil desde tempos coloniais, e substitutivo ao aforamento português após a Independência. Por direito, em vigor
até hoje, qualquer transação imobiliária no chamado Primeiro Distrito de Petrópolis acrescenta uma contraprestação
à família imperial (laudêmio), fixada atualmente em 2,5% da operação.
Todavia, desde a década de 1940, após acordo familiar, somente descendentes do ramo de Petrópolis passaram a
carregar esse direito, mediante a Companhia Imobiliária de Petrópolis, enquanto os do ramo de Vassouras, este no
qual faz parte o atual chefe da Casa Imperial do Brasil, já não recebem quantia alguma.
Os possuidores de imóveis localizados em áreas de marinha dividem-se em dois tipos: OCUPANTES (tem apenas o
direito de ocupação e são a maioria) e os FOREIROS (os que têm contratos de foro e possuem mais direitos que o
ocupante, pois têm também o domínio útil) - estão incluídos nessas categorias os moradores da Baixada Santista e
demais cidades brasileiras.
Conforme Decreto-Lei nº 9.760/1946, são terrenos de marinha em uma profundidade de 33 metros, medidos
horizontalmente para a parte da terra, da posição da linha da preamar-média de 1.831: a) Os situados no continente,
na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; b) Os que contornam
as ilhas, situados em zonas onde se faça sentir a influência das marés.
Polêmicas
Recentemente, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) se coloca no centro de muita polêmica por conta dos
seguidos questionamentos quanto à forma como realiza demarcações e à maneira com que vem efetuando a cobrança
de laudêmio. Um destes questionamentos é ao fato de a SPU entender que benfeitorias feitas no terreno cru são alvo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laudêmio 2/3
28/07/2019 Laudêmio – Wikipédia, a enciclopédia livre
de cobrança de laudêmio; em contraponto, os proprietários das benfeitorias afirmam que as melhorias (área
construída) não devem ser consideradas no cálculo do do laudêmio.
Referências
1. «Del2398compilado» (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2398compilado.htm).
www.planalto.gov.br. Consultado em 6 de abril de 2017
2. Decreto n° 4105 de 22 de fevereiro de 1868 (http://arisp.files.wordpress.com/2009/07/dec-_4-105-1868.pdf).
Regula a concessão dos terrenos de marinha; dos reservados nas margens dos rios e dos acrescidos natural ou
artificialmente.
3. «História do Museu Imperial de Petrópolis.» (http://www.museuimperial.gov.br/historico-personagens.html). Museu
Imperial. Consultado em 6 de abril de 2017. Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. AMBROZIO, Júlio César Gabrich. «O território da enfiteuse e a cidade de Petrópolis - RJ, Brasil» (http://www.ub.e
du/geocrit/coloquio2012/actas/07-J-Gabrich.pdf) (PDF). www.ub.edu. Consultado em 6 de abril de 2017
Ver também
Enfiteuse
Ligações externas
1. O que é isso: Tudo o que você precisa saber sobre Laudêmio, Foro e Ocupação (https://web.archive.org/web/2
0140416182033/http://patrimoniodetodos.gov.br/gerencias-regionais/spu-pb/o-que-e-isso-1)
2. Entenda o que é laudêmio (http://www.laudemio.com.br/)
3. O que significa e como funciona o laudêmio? (http://www.precisao.eng.br/fmnresp/laudemio.htm)
4. A ilegalidade no processo de cobrança pela União da taxa de ocupação, foro e laudêmio dos imóveis situados
na zona costeira do Estado do Rio de Janeiro (em PDF) (https://web.archive.org/web/20140417073125/http://ww
w.felipepeixoto.com.br/admIN/upload/secoes_arquivos/COBRANCA_DE_FORO_E_LAUDEMIO.pdf)
5. Como funciona a estrutura de valores na economia? (http://www.garridoconsultoria.com/pagina/o-que-e-laude
mio-9667)
6. Ver artigo 2038 do Código Civil de 10 de Janeiro de 2002.
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