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CANDIDO MENDES
MATERIAL DIDÁTICO
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS E
PÂNICO
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Vamos começar nosso curso e módulo com uma palavra básica e essencial:
o fogo! Definido no dicionário Aurélio como produto da combustão de matérias
inflamáveis, mas também com o sentido figurado de ardor, paixão, entusiasmo,
energia, excitação. Do latim “focu”, substantivo masculino, podemos interpretar a
palavra fogo de várias maneiras, nos interessando, é claro, nesse momento, a sua
capacidade de causar danos pessoais e
patrimoniais ao ser humano.
melhorar a regulamentação;
aumentar os contingentes;
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melhorar os equipamentos;
Ele acredita que talvez a SCI tenha sido colocada em segundo plano dentro
desse desenvolvimento desenfreado, por ser uma área complexa do conhecimento
humano, envolvendo todas as atividades do homem, todos os fenômenos naturais,
toda a produção industrial, ou seja, deve estar presente sempre e em todos os
lugares e justifica que a pouca literatura nacional em SCI contribui para o pouco
avanço da área, o que faz parte das deficiências naturais de um país em construção.
nos últimos quarenta anos, a população brasileira dobrou e aliado a isto, ela
migrou dos campos para a cidade, ocasionando um incremento industrial, a
diversificação comercial e uma alta capacidade de prestação de serviços.
Embora o dado seja de 20 anos atrás, vale a citação de Seito (1995), o qual
estima que as perdas indiretas superam as perdas diretas dos sinistros de incêndio e
mais de 30% das empresas que sofreram incêndio total, apesar de receberem
indenização securitária e retomarem suas atividades, saem do mercado dentro de 2
a 3 anos após seu retorno.
Sabemos também que o incêndio deixa rastros tais como: motivos, origem,
temperaturas, reações químicas incompletas, velocidade de propagação, materiais
queimados, carga incêndio, entre outros, portanto, a pesquisa científica e
investigativa pode nos levar a uma análise conclusiva dos fenômenos físicos,
químicos e humanos envolvidos no incêndio.
O incêndio pode surgir por variadas razões, cujas causas mais comuns são:
as causas fortuitas e as acidentais (GOMES, 1998).
b) Indústria Volkswagen
c) Edifício Andraus
Características do edifício:
d) Edifício Joelma
Características do edifício:
A boate tinha apenas um acesso, usado tanto para entrada quanto para
saída de pessoas, com porta de tamanho reduzido. Não havia saídas de
emergência. A porta, quando totalmente aberta, chegava a uma largura de 3 metros.
Guarde...
demais devido a sua importância fundamental para a vida humana e por sua
ação básica nos trabalhos de resposta a emergências, visto que as equipes
de resposta normalmente acessam a edificação e as vítimas por meios de
escape.
UNIDADE 3 – OS INCÊNDIOS
calor;
fumaça;
chama.
a) características do fogo;
c) causas de incêndios;
Para que ocorra essa reação química, dever-se-á, ter no mínimo dois
reagentes que, a partir da existência de uma circunstância favorável, poderão
combinar-se.
a) Combustível
b) Comburente
c) Calor
O calor propicia:
- elevação da temperatura;
d) Condições propícias
2. sólido > aquecimento > líquido > aquecimento > vapor: exemplo: parafina.
Guarde...
Segundo Assis (2001), um incêndio tem seu início a partir do instante onde,
provocada uma ignição, o desenvolvimento da reação de combustão se torna
autossustentável. Para tal, a fonte de ignição é geralmente pequena e com pouca
energia. Porém, se essa é capaz de iniciar uma pirólise de algum material
combustível, será suficiente para iniciar um incêndio na presença de oxigênio.
Assim, poderá ser alcançado êxito na proteção da vida humana e dos bens
materiais envolvidos diretamente no sinistro.
Obs.:
Os combustíveis da classe “A” são identificados por um triângulo verde com a letra
“A” no centro.
Os combustíveis da classe “C” são identificados por um círculo azul com a letra “C”
no centro.
Os combustíveis da classe “D” são identificados por uma estrela amarela de cinco
pontas com a letra “D” no centro.
Assis (2001) fala ainda que uma classificação moderna da severidade dos
incêndios deveria considerar necessariamente os seguintes parâmetros:
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Habilidade com que um elemento atende, por um período de tempo requerido, a suas funções
portantes, integridade e/ou isolamento térmico, especificados em método de ensaio de resistência ao
fogo, conforme descrito na norma ISO 834 – Fire resistance tests – Elements of building construction
(ISO/GUIDE52/TAG5, 1990).
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As formas físicas dos materiais que queimam por abrasamento são diversas.
Por exemplo: serragem de madeira, pilhas de sacos de papel ou de fibras naturais,
palhas, folhas secas, capim seco e alguns tipos de material sintético expandido
(espuma plástica).
A duração desse estágio está ligada à carga de incêndio que passa dos 80%
para 30% do valor inicial.
original do incêndio precisa ser diluída 50 vezes seu próprio volume com ar isento de
fumaça.
4.2 A toxicidade
Entretanto, como efeito nas pessoas que inalam o gás carbônico foi
verificado que a respiração é estimulada, os pulmões dilatam-se e aumenta a
aceleração cardíaca.
Materiais mais comuns que produzem o gás cianídrico na sua queima são:
seda, náilon, orlon, poliuretano, ureia-formoldeido, acrilonitrila, butadieno e estireno.
Eles exercem uma ação inibidora de oxigenação nas células vivas do corpo.
situações de mudança das condições do andar, por exemplo, num edifício com
detalhes especiais de construção.
Guarde...
2 Acidose é acumulação de ácido ou perda da reserva alcalina do sangue e dos tecidos, que se
caracteriza por um aumento da concentração de hidrogênio iônico e um decréscimo do potencial de
hidrogênio.
3 Alcalose é o estado em que os fluídos do corpo ficam muito alcalinos, com pH superior a 7,45.
resultar em edema pulmonar. Em casos mais sérios, isto pode efetivamente fechar o
trato respiratório, enchendo os alvéolos com fluidos, interferindo seriamente na troca
dos gases entre o ar nos pulmões e o sangue nos capilares pulmonares.
As medidas de proteção contra incêndio podem ser, por sua vez, divididas
em duas categorias: as medidas de proteção passiva; e as medidas de proteção
ativa. Falaremos de cada uma delas e ao final da unidade teremos um quadro
ilustrativo dessas medidas, classificadas em função dos objetivos da proteção
definidos pelos elementos propostos por Berto (1991).
sinalização de segurança;
afastamentos; e,
aceiros.
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sistema de alarme;
d) Meios de escape:
saídas de emergência; e,
vias de acesso;
acesso à edificação;
hidrantes urbanos; e,
mananciais.
Como pode ser visto ao longo deste módulo, fizemos uma explanação geral
sobre a engenharia de segurança contra incêndios e pânico. Todos os conteúdos
serão amplamente discutidos ao longo dos demais módulos.
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REFERÊNCIAS
DEL CARLO, Ualfrido. A segurança contra incêndio no mundo. In: SEITO, Alexandre
Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008.
LINZMAYER, Eduardo; SILVA, Silvio Bento da; ATIK, Vítor Eduardo Guarnieri.
Manutenção aplicada em sistemas e equipamentos de segurança contra incêndio.
In: SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008.
NOVAIS, Josiane Carolina Melo; PINTO, Nilsomar Laignier; SOUZA, Euzébio D. de.
Sistema de detecção alarme de incêndio: estudo de caso. 2013. Disponível em:
http://semanaacademica.org.br/artigo/sistema-de-deteccao-alarme-de-incendio-
estudo-de-caso
SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008.
SEITO, Alexandre Itiu. Fundamentos de fogo e incêndio. In: SEITO, Alexandre Itiu et
al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008.