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net/publication/303837355

Cloud Radio Access Network (CRAN): Tecnologia Emergente para Arquiteturas


de Redes Celulares de 5G

Research · June 2016


DOI: 10.13140/RG.2.1.4582.6165

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2 authors:

Alex Vidigal Bastos Diogenes C. Da Silva Jr..


Federal University of São João del-Rei Federal University of Minas Gerais
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D2D Communication Mobile Networks View project

WBAN (Wireless Body Area Net) Cross-layer protocols. View project

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Minicurso - Cloud Radio Access Network (C-RAN): Tecnologia
Emergente para Arquiteturas de Redes Celulares de 5G
Alex Vidigal Bastos1,2 , Diógenes Cecílio da Silva Júnior2
1
DTECH – Departamento de Tecnologia
Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) – Ouro Branco, MG – Brasil
alexvbh@ufsj.edu.br
2
Departamento de Engenharia Elétrica
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte, MG – Brasil
diogenes@ufmg.br

Abstract. The study of mobile communications 5G is a recent research topic


that addresses the communication needs for humans and devices beyond 2020.
Unlike changes to previous generations, the 5G cellular networks is intended to
be an architecture more heterogeneous network, allowing an increase in the
supported services, such as efficient transport and vehicle safety, industrial
control, healthcare applications in real time machine to machine communica-
tion, among other challenges. In this scenario, communication moves beyond
communication between people, including communication between machines,
which generates a fundamental impact on the network architecture. The aim
of this short course is to present the C-RAN (Cloud Radio Access Network)
technology, which includes state of the art, as well as an overview of specific
works that illustrate the research trends and the main challenges of the area.
Some of the key questions that the text of the short course will answer: What
are the challenges of C-RAN? What are the trends? What are the challenges
of the area? What are the opportunities? What are the emerging technologies?
What are the business opportunities? The proposed work has theoretical profile,
but will also be presented examples and proposals platforms and/or simulation
tools that seek to implement the theoretical models to analyze the differences
in performance. Then, in order to present the research opportunities in the
area, as well as some of the main challenges to be worked out, some emerging
technologies for 5G networks and the challenges and research opportunities and
business areas will be described.

Resumo. O estudo das comunicações celulares de 5G é um tema recente de


pesquisa que aborda as necessidades de comunicação para os seres humanos e
dispositivos muito além de 2020. Diferente das mudanças realizadas nas gera-
ções anteriores, a 5G de redes celulares tem o propósito de ser uma arquitetura
de rede mais heterogênea, permitindo uma evolução nos serviços suportados,
como por exemplo, transporte eficiente e segurança veicular, controle industrial,
aplicações de saúde em tempo real, comunicação máquina com máquina, dentre
outros desafios. Nesse cenário, a comunicação se move além da comunicação
entre pessoas, incluindo a comunicação entre máquinas, o que gera um impacto
fundamental na arquitetura da rede. O objetivo desse minicurso é apresentar a
tecnologia C-RAN (Cloud Radio Access Network), o que inclui o estado da arte,
bem como uma visão geral de trabalhos específicos que ilustram as tendências
de pesquisa e os principais desafios da área. Algumas das principais perguntas
que o texto do minicurso irá responder: Quais os desafios do C-RAN? Quais
as tendências? Quais os desafios da área? Quais as oportunidades? Quais
as tecnologias emergentes? Quais as oportunidades de negócio? O trabalho
proposto possui perfil teórico, no entanto serão também apresentados exemplos
e propostas de plataformas e/ou ferramentas de simulação que buscam imple-
mentar os modelos teóricos para analisar as diferenças de desempenhos. Em
seguida, como forma de apresentar às oportunidades de pesquisa da área, bem
como alguns dos principais desafios a serem trabalhados, serão descritos algu-
mas tecnologias emergentes para as redes de 5G e os desafios e oportunidades
de pesquisa e negócio nas áreas.

1. Introdução
O estudo das comunicações celulares de 5G é um tema recente de pesquisa que aborda as
necessidades de comunicação para os seres humanos e dispositivos muito além de 2020.
Diferente das mudanças realizadas nas gerações anteriores, a 5G de redes celulares tem o
propósito de ser uma arquitetura de rede mais heterogênea, permitindo uma evolução nos
serviços suportados, como por exemplo, transporte eficiente e segurança veicular, contro-
le industrial, aplicações de saúde em tempo real, comunicação máquina com máquina,
dentre outros desafios.
Nesse cenário, a comunicação se move além da comunicação entre pessoas, in-
cluindo a comunicação entre máquinas, o que gera um impacto fundamental na arquite-
tura da rede. Antigos problemas se tornam possíveis para serem resolvidos e soluções
antigas são substituídas por novas, surgindo novas oportunidades de negócios e refor-
mulações dos processos industriais existentes. Arquiteturas de Redes Celulares de 5G
irão desempenhar um papel importante nessa mudança, uma vez que fornece a base de
comunicação para uma melhor integração das partes envolvidas.
O principal desafio na concepção da 5G, ao contrário das gerações de comuni-
cações anteriores, está relacionado a um caso de uso claramente especificado (tal como
foi a 4G, que desde o início foi adaptada para dados de pacote de banda larga móvel), mas
ao invés disso, é previsto servir uma vasta gama de casos de uso, para os quais os modelos
de negócios nem sempre são totalmente abrangentes.
O objetivo desse minicurso é apresentar a tecnologia C-RAN (Cloud Radio Access
Network), o que inclui o estado da arte, bem como uma visão geral de trabalhos especí-
ficos que ilustram as tendências de pesquisa e os principais desafios da área. Algumas
das principais perguntas que o texto do minicurso irá responder: Quais os desafios do
C-RAN? Quais as tendências? Quais os desafios da área? Quais as oportunidades? Quais
as tecnologias emergentes? Quais as oportunidades de negócio?
O trabalho proposto possui perfil teórico, no entanto serão também apresentados
exemplos e propostas de plataformas e/ou ferramentas de simulação que buscam imple-
mentar os modelos teóricos para analisar as diferenças de desempenho. Em seguida, como
forma de apresentar às oportunidades de pesquisa da área, bem como alguns dos princi-
pais desafios a serem trabalhados, serão descritos algumas tecnologias emergentes para
as redes de 5G, descrevendo os desafios e oportunidades de pesquisa.
O restante desse artigo está organizado da seguinte forma. Na Seção 2 é apresen-
tado uma visão sobre a quinta geração de arquiteturas de redes celulares. Na Seção 3 é
apresentado a arquitetura C-RAN (Cloud Radio Access Network). Na Seção 4, apresenta-
se plataformas e/ou ferramentas de simulação. Na Seção 5, apresenta-se as tecnologias
emergentes para a 5G de arquiteturas celulares. Na Seção 6, as conclusões.

1.1. Arquiteturas de Comunicação sem Fio


Durante décadas, diferentes tecnologias de comunicação tem surgido para melhorar a
forma como as pessoas e os dispositivos comunicam-se, transformando o estilo de vida
da sociedade. Na Figura 1 é apresentado a evolução das tecnologias sem fio em termos
de taxa de dados, mobilidade, cobertura e eficiência espectral.

Figure 1. Evolução das Tecnologias sem fio

A medida que as tecnologias sem fio estão crescendo em relação as taxas de da-
dos, mobilidade, cobertura e eficiência espectral; novas oportunidades são criadas, mas
consequentemente novos problemas precisam ser resolvidos.

1.2. Arquiteturas de Redes Celulares


Conforme a evolução das tecnologias sem fio, redes celulares é um tipo de rede que é
composta de uma rede de células, com trasceptores de rádio, chamados de estação base
(Base Station - Bs), no centro de cada célula. A célula é a área de cobertura de uma única
estação base. A célula pode tomar diversas formas, de acordo com a topografia da região,
pois morros e prédios podem afetar, ou mesmo bloquear sinais.
Diante da evolução das redes celulares, a indústria classifica os sistemas de tele-
fonia celular em gerações, com a primeira geração (1G) analógica, funcionando a partir
de 1979. A seguir, é apresentado as diferentes gerações de tecnologias celulares até o
presente momento.

1.2.1. Primeira Geração - 1G

A primeira geração (1G) começou a funcionar em torno de 1979, com velocidades muito
baixas, cerca de 9,6 Kbps. O sistema tinha uma série de desvantagens como funcionar
abaixo da capacidade nominal, sujeito a interferências, inseguro e projetado para trafegar
somente voz. Esses sistemas eram analógicos e utilizavam a técnica de acesso Frequency
Division Multiple Access (FDMA), onde cada usuário era alocado em uma frequência
distinta, permitindo uma boa cobertura mas um número limitado de usuários.

1.2.2. Segunda Geração - 2G

A segunda geração (2G) foi introduzida em 1990, impulsionado pelo avanço dos circuitos
integrados que permitiram a efetivação da tecnologia digital. Global Systems for Mobile
communications (GSM), utilizado principalmente para comunicação de voz, tendo uma
taxa de dados de até 64 Kbps, provendo serviços como Short Message Service (SMS) e
e-mail. Comparado com os sistemas analógicos, os sistemas de segunda geração, além de
possibilitarem uma maior capacidade, ofereciam como vantagens: técnicas de codificação
digital de voz mais poderosas, maior eficiência espectral, melhor qualidade na ligações,
tráfego de dados na rede e criptografia da informação transmitida. Algumas tecnologias
da segunda geração: GSM, Code Division Multiple Access (CDMA) e IS-95.

1.2.3. Segunda e meia Geração - 2.5G

A geração (2.5G) utiliza a estrutura da 2G, mas introduzindo a comutação de pacotes, jun-
tamente com a comutação de circuitos. Com as tecnologias High Speed Circuit Switched
Data (HSCSD), Enhanced Data Rates for Global Evolution (EDGE) e o General Pur-
pose Radio Services (GPRS), muitos problemas relacionado a capacidade dos sistemas
anteriores foram resolvidos. Permitia uma taxa de dados de aproximadamente 144 Kbps.
Algumas tecnologias da 2.5 são: GSM/GPRS e Code Division Multiple Access (CDMA)
2000.

1.2.4. Terceira Geração - 3G

A terceira geração (3G) foi introduzida no final de 2000, tendo como características uma
taxa de transmissão de até 2 Mbps, maior imunidade a interferências e permite acesso
móvel de alta velocidade para serviços baseados no protocolo IP (Internet Protocol -
IP). Além da melhora na taxa de transmissão, os serviços da terceira geração permitem
oferecer qualidade de servico (Quality of Service - QoS). Uma das desvantagens dessa
geração, é o fato que os aparelhos precisam de mais energia em comparação as gerações
anteriores. Os principais padrões desenvolvidos para a terceira geração foram: Wide-
band Code Division Multiple Access (WCDMA), Universal Mobile Telecommunications
Systems (UMTS) e a tecnologia Code Division Multiple Access (CDMA) 2000, que en-
volve tecnologias como High Speed Uplink/Downlink Packet Access (HSUPA/HSDPA) e
Evolution-Data Optimized (EVDO).

1.2.5. 3.5 G

A 3.5G é uma geração intermediária entre a 3G e a 4G, que provê uma taxa de dados
entre 5 e 30 Mbps. A tecnologia Long-Term Evolution technology (LTE) tem o poten-
cial para complementar a capacidade da rede e fornecer um número maior de usuários,
acessando uma ampla gama de serviços de alta velocidade como vídeo sob demanda,
compartilhamento de arquivos e serviços ponto a ponto.

1.2.6. Quarta Geração - 4G

A quarta geração (4G) é geralmente referida como descedente dos padrões de 2G e 3G.
O 3rd Generation Partnership Project (3GPP) padronizou a tecnologia Long-Term Evo-
lution Advanced (LTE-A) sendo o padrão de 4G. Um sistema de 4G melhora as redes
de comunicação transmitindo uma solução completa e confiável com base em pacotes IP.
Serviços como voz, dados e multimídia tem como propósito transmitir aos assinantes em
qualquer lugar a qualquer momente a taxas de dados muito mais elevadas em relação as
gerações anteriores. Para a 4G, algumas aplicações como Multimedia Messaging Ser-
vice Digital Video Broadcasting (DVB) e bate-papo de vídeo, conteúdo de TV em alta
definição e TV móvel são fornecidos.

2. Quinta geração(5G) das arquiteturas de redes celulares


A 5th geração de redes móveis (5th generation mobile networks - 5G) propõe a próxi-
ma fase para os padrões de telecomunicações móveis, com o intuito de ser lançado em
2020 para atender às demandas de empresários e consumidores. Além de simplesmente
fornecer velocidades mais rápidas, é previsto que as redes 5G também satisfaçam as ne-
cessidades dos novos casos de uso, como a Internet das Coisas, os serviços de radiodifusão
e comunicação em situações de desastres naturais [Gupta and Jha 2015].
A 5G é uma nova proposta que irá fornecer todas as aplicações possíveis, uti-
lizando apenas um dispositivo universal, interligando as diferentes infraestruturas de co-
municação existentes. Os terminais 5G serão dispostitivos reconfiguráveis com rádio
cognitivo habilitado, sendo equipado com esquemas de modulação de rádio definidos por
software (Software Defined Radio – SDR [Mitola 1995],[Ulversoy et al. 2010]). Todo
o software reconfigurável deverá deve ser obtido através da Internet. Os terminais dos
usuários terão acesso a diferentes tecnologias sem fio ao mesmo tempo e irão combinar
diferentes fluxos de diferentes tecnologias. Além disso, o terminal terá a possibilidade de
fazer a escolha final entre os diferentes provedores wireless/móveis de acesso à rede para
um determinado serviço. O núcleo das tecnologias 5G tende a ser uma tecnologia recon-
figurável, construído a partir da convergência de novas tecnologias como a nanotecno-
logia, computação em nuvem e Rádio Cognitivo, tendo como base as plataformas IP.
Essas novas tecnologias e os requisitos acima mencionados serão os desafios em direção
ao desenvolvimento de tecnologias da 5G.
Segundo [Hossain and Hasan 2015], se compararmos com outras gerações de tele-
fonia celular, 5G terá características e vantagens extraordinárias, entre as quais:
• melhor área de cobertura e alta taxa de dados na borda da célula;
• baixo consumo de bateria;
• disponibilidade de vários caminhos de transferência de dados;
• aproximadamente 1 Gbps de taxa de transferência de dados;
• maior segurança;
• eficiência energética e eficiência espectral;
Essas novas tecnologias e requisitos acima mencionados direcionam para os de-
safios ao desenvolvimento da 5G, tendo como principais desafios de desenvolvimento:
• Rádio Cognitivo (CR) - novas formas de uso do espectro;
• Rádio Definido por Software (Software Defined Radio - SDN) - habilitar recon-
figuração;
• Interoperabilidade Reconfigurável entre muitos tipos de redes de acesso sem fio;
• Eficiência Energética da Rede;
• Nanotecnologia;
• Comunicação Máquina-Máquina (Machine-type communication – M2M);
• Toda a rede sobre o IP (Internet Protocol);
• Computação nas Nuvens (Cloud Computing);
Os objetivos para os terminais dos usuários e para o núcleo das redes na 5G, será
a possibilidade de ser reconfigurado de forma dinâmica (adaptado) a nova situação, mu-
dando suas funções de comunicação, dependendo da rede e/ou as demandas dos usuários.
Tendo o foco em 4 principais fatores: acesso ao rádio, taxa de dados, largura de banda e
esquemas de comutação nas arquiteturas da rede.
Dentre algumas tecnologias que serão importantes para o futuro dos padrões sem
fio, Computação Móvel nas Nuvens (Mobile Cloud Computing) [Fernando et al. 2013],
[Khan et al. 2014] ganhou muita admiração, pois é uma junção de muitos campos da área
computacional, dispondo de computação, armazenamento, serviços e aplicações através
da Internet, oferecendo flexibilidade em termos de provisionamento de recursos. A Figura
2, representa uma arquitetura para redes celulares de 5G.

3. C-RAN (Cloud Radio Access Network) para Redes Móveis


Cloud Radio Access Network (C-RAN) é uma arquitetura de rede em que os recursos de
banda base são reunidos de modo que eles possam ser compartilhados entre as estações
base [Checko et al. 2015], [Rost et al. 2014].
Todavia, C-RAN não é a única arquitetura que pode responder às mudanças en-
frentadas pelas operações de redes móveis. Outras soluções incluem small cells, being
part of HetSNets, Massive MIMO (Multiple-input and multiple-output), mm wave, dentre
outras tecnologias, conforme [Gupta and Jha 2015].
O conceito de C-RAN foi introduzido inicialmente pela IBM com o nome de
Wireless Network Cloud (WNC) e construído sobre o conceito de Distribuited Wireless
Figure 2. Uma arquitetura geral de uma rede celular de 5G [Gupta and Jha 2015]

Communications System. C-RAN é o novo termo que descreve essa arquitetura, onde a
letra C pode ser interpretada como : Cloud, Centralized Processing, Cooperative Radio,
Collaborative or Clean.
No entanto, com o crescimento da demanda dos usuários, devido ao número de
smartphones e tablets acessando a rede, é necessário o investimento na arquitetura da
rede para suportar toda a demanda por tráfego. Para as operadoras do serviço celular,
o Total Cost of Ownership (TCO) em uma rede celular inclui o CAPital EXpenditure
(CAPEX) e OPerating EXpenditure (OPEX). CAPEX refere-se principalmente a despesas
relevantes para a construção da rede, que podem abranger desde o planejamento de rede
para aquisição de local, hardware RF, licenças de software, conexões de linhas alugadas,
a instalação, o custo civil e apoio local, como energia e refrigeração. OPEX cobre o custo
necessário para operar a rede, ou seja, o aluguel do local, linha alugada, eletricidade,
operação e manutenção, bem como atualizações. Ou seja, os custos referente ao CAPEX
e OPEX aumentam significativamente quando mais estações base são necessárias para
suportar todo o tráfego da rede, conforme Figura 3.
Cloud RAN é uma nova proposta de arquitetura, que tem o potencial de responder
aos desafios e requisitos mencionados acima. O processamento da banda base é central-
izado e compartilhado entre os sites virtuais denominados de BBU Pool. Isto significa que
estão adaptados para tráfego não uniforme e utilização de recursos. Ex.: estações bases
mais eficientes. Devido a esse fato que menos BBUs são necessários em C-RAN em com-
paração com a arquitectura tradicional, C-RAN também tem potencial para diminuir o
custo de operação de rede, porque o poder de consumo de energia são reduzidos em com-
paração com a arquitetura RAN tradicional. Novas BBUs Pool podem ser adicionadas e
atualizadas facilmente, melhorando assim a escalabilidade e facilidade a manutenção da
rede virtualizada.
Figure 3. CAPEX versus OPEX

3.1. O que significa C-RAN (Cloud Radio Access Network)

Esta seção, dá uma introdução à evolução das estações base e o conceito sobre C-RAN
(Cloud Radio Access Network), abordando as arquiteturas tradicionais, bem como a ar-
quitetura proposta para C-RAN.
A Figura 4 apresenta uma visão geral da arquitetura C-RAN, em que as fun-
cionalidades de controle e gerencia estão em uma arquitetura centralizada.

Figure 4. Arquitetura CRAN

A área em que as redes móveis cobrem é dividida em células, portanto, redes


móveis são frequentemente chamadas de redes celulares. Tradicionalmente, em redes
celulares, os usuários se comunicam com uma estação base que cobre uma célula sob a
cobertura em que estão localizados. As principais funções de uma estação base podem
ser divididas em funcionalidades de processamento de banda da base e funcionalidades
de rádio. As principais subfunções de processamento da banda base são codificação,
modulação, Transformada de Fourier e as principais funcionalidades de rádio são proces-
samento digital, filtragem de frequência e amplificação de potência.

3.1.1. Arquitetura Tradicional

Em uma arquitetura tradicional, funcionalidades de processamento de rádio e banda são


integrados dentro da estação base, conforme Figura 5. O módulo da antena é geralmente
localizado próximo (poucos metros) ao módulo de rádio, conectado através de um cabo
coaxial que permite perdas elevadas. A interface X2 é utilizada entre as estações base, e a
interface S1 conecta as estações base com o núcleo da rede. Essa arquitetura foi popular
na 1G e 2G de redes móveis.

Figure 5. Arquitetura Tradicional

3.1.2. Estação Base com Remote Radio Head (RRH)

No caso das redes da 3G, as funcionalidades da arquitetura RRH (Remote Radio Head)
e a estação base estão separadas, conforme Figura 6. A unidade de rádio é chamada
de RRH ou Remote Radio Unit (RRU). RRH fornece a interface para a fibra e executa o
processamento digital, conversão digital para analógico, conversão analógico para digital,
amplificação de potência e filtro. A parte do processamento de sinal de banda base é
denominada de BBU ou Data Unit (DU).
Essa arquitetura foi introduzida quando as redes 3G foram implantadas e agora
a maioria das estações base a utilizam. Uma das limitações dessa arquitetura está rela-
cionado a distância entre a RRH e a BBU, não podendo ultrapassar 40 Km de distância,
devido as limitações de atraso de processamento e propagação. Como meio de comuni-
cação, pode-se usar a fibra óptica e ondas de microondas para conectar a RRH e a BBU.
Nessa arquitetura, os equipamentos da BBU podem ser colocados em locais de
acesso mais fácil, diminuindo custos de aluguel e manutenção, comparado com a tradi-
cional arquitetura RAN, onde a BBU necessita estar próxima a antena.

Figure 6. Estação Base com Remote Radio Head (RRH)

3.1.3. Centralized Base Station Architecture (C-RAN)

No C-RAN, para otimizar a utilização da BBU entre as estações base, as BBUs são cen-
tralizadas em uma única entidade que é chamada de BBU/DU Pool. A BBU Pool é com-
partilhada entre as células da rede celular e virtualizadas conforme Figura 7. A BBU
Pool é um cluster virtualizado que pode consistir de um processador de proposta geral
(GPP) para executar o processamento da banda base (PHY/MAC), sendo que a interface
X2 é uma nova forma , muitas vezes referida como X2 + que organiza a comunicação
inter-cluster.

Figure 7. Centralized Base Station Architecture (C-RAN)

A Figura 8, exibe um exemplo de uma rede móvel C-RAN LTE. A parte fronthaul
da rede se estende a partir dos sites RRHs até os BBUs Pool. O backhaul conecta as BBUs
Pool com o núcleo móvel da rede. Em um local remoto, RRHs são conectadas com as
antenas. RRHs são conectadas com processadores de alto desempenho na BBU Pool com
baixa latência, alta largura de banda e ligações ópticas.

Figure 8. Rede Móvel C-RAN LTE

A Tabela abaixo compara a arquitetura tradicional, as estações base com RRH e a


estação base com uma arquitetura C-RAN.

3.2. Vantagens do C-RAN


Ambos macro e pequenas células podem-se beneficiar da arquitetura C-RAN. Para a in-
stalação de macro estações base, a centralização da BBU Pool, habilita uma eficiente uti-
lização das BBUs e reduz o custo da implantação e operação das estações base, reduzindo
também o consumo de energia e proporcionando maior flexibilidade para atualizações da
rede e adaptabilidade de tráfegos não uniformes, tendo como outras vantagens, conforme
Checko et al. (2015).
• Adaptabilidade para Tráfego Não Uniforme e Escalabilidade;
• Economia de Energia e Custos de Operação e Implantação;
• Aumento da Taxa de Transferência e Diminuição dos Atrasos;
• Facilidade para atualização e manutenção da Rede;

3.2.1. Adaptabilidade para Tráfego Não Uniforme e Escalabilidade

Tipicamente, durante o dia, usuários se movem entre diferentes áreas, como por exemplo,
residencial e comercial. A Figura 9, ilustra como a utilização da rede varia através do dia.
Estações base são frequentemente dimensionadas conforme sua utilização, que significa
que quando usuários se movem entre as áreas, a enorme quantidade de poder de proces-
samento que é desperdiçado a partir das áreas o qual os usuários se mudaram. A carga de
tráfego de pico pode ser até 10x maior do que durante as horas de baixo pico. Em cada
célula, a distribuição de tráfego varia, onde picos de tráfego podem ocorrer em diferentes
horas. Uma vez que, no C-RAN o processamento de banda base das células múltiplas
será realizada na BBU Poolcentralizada, a taxa de utilização global pode ser melhorada.
A capacidade de processamento de banda de base necessária da pool deve ser menor do
que a soma das capacidades das estações base individuais. A relação da soma da capaci-
dade única das estações base para a capacidade necessária da pool é denominada ganho
de multiplexação estatística.

Figure 9. Carga diária das estações base variando dependendo da localização


[Checko et al. 2015].

3.2.2. Economia de Energia e Custos de Operação e Implantação

Ao implantar C-RAN, energia, e como conseguência, a economia de custos pode ser


conquistada. Energia em redes móveis é utilizada com amplificadores de potência, que
fornecem energia para as RRH, BBU e ar-condicionado. Sendo que, 40% dos gastos do
OPEX em uma célula são relacionados a eletricidade. A implantação de C-RAN oferece
uma potencial redução de custos de eletricidade, pois o número de BBUs em C-RAN é re-
duzido comparado com o tradicional RAN. Além disso, no período de menor tráfego, por
exemplo, durante a noite, algumas BBUs Pool podem ser desligadas sem afetar a cober-
tura global da rede. Outro fator importante é a diminuição dos recursos de refrigeração,
que tem 46% de consumo de energia em cada célula.

3.2.3. Aumento da Taxa de Transferência e Diminuição dos Atrasos

Em uma rede LTE-A, características como eICIC (Inter-cell Interference Coordination) e


CoMP são facilitadores para a implementação do C-RAN. Devido aos compartilhamentos
de recursos no C-RAN, como processamento de sinal a partir de muitas células podendo
ser feito por mais de um BBU Pool, essas características facilitam a implementação e
reduzem o processamento e os atrasos nas trasmissões, tendo o LTE operando apenas
com recursos compartilhados. Basicamente, existem duas propostas direcionadas para as
questões de interferência: minimizando a interferência e explorando caminhos de inter-
ferência construtiva.
A maneira mais avançada de lidar com a interferência entre as células é de-
nominada CoMP, que baseia-se na ideia fundamental de transformrar a interferência em
sinal útil. Isso aumenta a relação sinal-ruído (SINR) nas redes móveis, que por sua vez
transforma-se em taxa de bits mais elevadas.
Com várias células CoMP, agrupadas em um CoMP set, cooperar em servier um
usuário ou um grupo de usuários, com base no feedback dos celulares móveis. Especial-
mente no downlink (DL), isso requer uma sincronização mais apertada e uma coordenação
melhor entre as estações base em um CoMP set. Se todas as células dentro de um CoMP
set são servidas por um BBU Pool, em seguida, uma única entidade realiza o processa-
mento do sinal permitindo uma interação entre as estações de base. Por consequeência,
a interferência pode ser reduzida ao nível mais baixo e, consequentemente, o rendimento
pode ser aumentado.

3.2.4. Facilidade para atualização e manutenção da Rede

Devido a centralização das BBUs, a arquitetura C-RAN irá permitir uma maior central-
ização das implantações e operações realizadas na rede. A necessidade de intervenção
humana, sempre que falhas de hardware e atualizações são realmente necessárias, poderá
ser feita somente em poucos locais que estiveram instalados as BBUs Pool. C-RAN com
uma BBU Pool virtualizada, dá uma forma suave para a introdução de novas atualizações.
Portanto implantá-lo pode ser considerado pelos operadores como parte de sua estratégia
de migração de novos serviços.
As BBUs Pool frequentemente exigem a atualização das CPUs, para se beneficiar
da melhorias nas tecnologias com relação a frequência de operação das CPUs ou rela-
cionado a eficiência energética. Como forma, de melhorar as atualizações de hardware, a
tecnologia Software Defined Radio (SDR) é uma tecnologia que facilita a implementação
em software das funcionalidades de rádio como modulação/demodulação, geração
de sinal, codificação e protocolos da camada de enlace, tendo o sistema suportando
múltiplos padrões e tendo a possibilidade de atualizações de forma remota e otimizada.

Como a tecnologia C-RAN não é a única tecnologia emergente para o futuro das
Arquiteturas de Comunicação de 5G, na seção "Tecnologias Emergentes para 5G", serão
apresentados outras tecnologias que irão dar suporte para a evolução da arquiteturas de
5G.

4. Plataformas e/ou Ferramentas de Simulação


Uma importante peça da infraestrutura de Redes Celulares é o Radio Access Network
(RAN), que faz parte do sistema de telecomunicações móveis, implementando a tecnolo-
gia de acesso ao rádio. Um dos problemas fundamentais que a RAN resolve é descobrir
a melhor forma de usar e gerenciar espectro limitado para alcançar a conectividade dese-
jada. Como base para o estudo e análise das ferramentas de simulação NS3 e OMnet++,
é apresentado alguns trabalhos que buscam representar uma arquitetura de C-RAN e/ou
arquiteturas de comunicação celular.
Em [Piro et al. 2011a], foi proposto o desenvolvimento de um módulo LTE (Long
Term Evolution) para o simulador NS3 que provê implementações básicas, incluindo
modelos de propagação e as camadas PHY e MAC. As características importantes provi-
das pelo módulo são: uma implementação básica dos dispositivos dos usuários (UE) e das
estações bases (eNB), Controle de Recursos de Rádio (RRC) para ambos UE e eNB, o es-
tado da arte do esquema de modulação e codificação adaptativo para downlink, gerencia-
mento de indicativo de qualidade do canal (CGI), suporte para agendamento de pacotes
para ambos downlink e uplink. Apesar desse módulo não incluir todas as funcionalidades
definidas para o padrão, ele permite avaliar diversos aspectos das redes LTE.
Em [Piro et al. 2011b], é apresentado uma plataforma livre de simulação para o
padrão LTE chamado LTE-Sim, que provê uma completa verificação de performance de
rede, com estratégicas de agendamento para downlink e uplink em ambientes multi célu-
las, otimização de recursos de rádio, técnicas de reuso de frequência, modulação adapta-
tiva e módulo de codificação, entre outros aspectos.
Em [Baldo et al. 2013], é apresentado uma implementação de um modelo de
simulação baseado no simulador NS3 que permite a simulação de uma arquitetura LTE em
cenários que permitem handover. Em adicional, suporta as características de mobilidade,
propagação, canal e modelo das camadas física e MAC. Baseado nessas características,
LTE handover é modelado seguindo fielmente as especificações do 3GPP (3rd Generation
Partnership Project).
Kalle Ruttik e Riku Jantti - [Kerttula et al. 2014], propuseram uma arquitetura
de Estação Base (BS) em que a maior parte do processamento em tempo real está con-
finado em um Virtual Hardware Enhancement Layer (VHEL). VHEL oculta do hard-
ware as condições não ideais do software e vice-versa. Os benefícios da arquitetura
são demonstrados implementando o Time-Division LTE system (TD-LTE) . A proposta
provê a possibilidade de implementar TD-LTE sobre GPPs (General Purpose Processor)
e máquinas virtuais.
Marco Mezzavilla - [Mezzavilla et al. 2015], propôs um framework baseado no
simulador NS3 que implementa um modelo de canal customizado, camada física (PHY)
e controle de acesso ao meio (MAC) para um estrutura celular de ondas milimétricas,
com o objetivo de investigar o potencial da comunicação com ondas milimétricas para as
tecnologias celulares de 5G.
Em [Sundaresan et al. 2015], é proposto o framework FluidNet, que propõe uma
configuração inteligente de rede fronthaul entre o BBU Pool e o RRH, em que os benefí-
cios de desempenho e energia são essenciais, respectivamente. É aplicado estratégicas de
transmissão em diferentes partes da rede para fornecer de forma eficaz padrões de tráfego
em redes heterogêneas. Os algoritmos do framework FluidNet determinam configurações
que tendem a maximizar a demanda de tráfego sobre a RAN, enquanto otimizações si-
multâneas ocorrem nos recursos computacionais na BBU Pool.
Conforme citado acima, algumas propostas de ferramentas tendem a possibilitar
pesquisas em direção as tecnologias que servirão de base para a 5G. Pesquisa sobre desen-
volvimento é inicialmente motivada pela necessidade de implementar funcionalidades de
rádio que são projetadas e implementadas em circuitos integrados específicos, passando a
ser implementadas em software, utilizando técnicas de software definido por rádio (SDR).

4.1. Análise da Ferramenta de Simulação e as considerações


Com base no estudo realizado, foi analisada a ferramenta de simulação NS3, verificando
a viabilidade de estender a ferramenta para dar suporte a simulação da tecnologia C-
RAN. A análise desse trabalho foi baseado no trabalho do [Baldo et al. 2012], que propõe
um modelo de simulação baseado no plano de dados das redes LTE-EPC (Long-Term
Evolution - Evolved Packet Core [Ghosh et al. 2010].
Conforme o 3GPP 1 , a tendência da evolução das arquiteturas celulares de 5G
tende a ser uma evolução do padrão LTE-EPC (atual 4G), dispondo de elevadas taxas
de transmissão, redes heterogêneas, maior ocupação do espectro, M2M (Machine-to-
Machine) em larga escala, arquitetura flexível, dentre outras características. Diante desse
cenário, a importância de uma ferramenta de simulação que permita analisar diferentes
cenários e configurações, é fundamental para a realização de experimentos, visando uma
possível definição de um padrão e sua implementação.
O simulador NS3 é uma ferramenta poderosa para sistemas de Internet baseado em
eventos discretos (definido por unidade de tempo), desenvolvido seguindo as premissas
do software livre, sendo seu código aberto.
O módulo LTE-EPC para o simulador NS3, foi construído sobre o módulo LTE
que continha funcionalidades das camadas PHY, MAC e agendamento para funcionali-
dades da rede LTE. Nesse novo módulo, foi adicionado suporte para os protocolos LTE
RLC (Radio Link Control) e PDCP (Packet Data Convergence Protocol), juntamente com
recursos do plano de dados EPC, tais como a interface S1-U e as entidades SGW (Serving
Gateway ) e PGW (PDN Gateway), tendo como resultado final um modelo que suporta a
simulação fim-a-fim da conectividade IP sobre a rede LTE-EPC.
Analisando a arquitetura do modelo que foi proposta, conforme a Figura 10, pode-
se verificar que o modelo LTE-EPC tem a característica de ser uma arquitetura centrali-
zada, conforme objetivos da tecnologia C-RAN.
1
Generation Partnership Project:http://www.3gpp.org
Figure 10. Topologia suportado pelo modelo proposto [Baldo et al. 2012]

Com relação a implementação no NS3, os modelos são projetados usando o padrão


de orientação a objetos, permitindo uma maior flexibilidade para estender ou generalizar
uma funcionalidade.
Analisando algumas classes propostas no modelo, pode-se verificar que existem
algumas arquiteturas para os modelo LTE e o modelo EPC, dentre elas:

• Modelo LTE
– Arquiteturas do UE (User Equipament): Modelo da pilha de protocolos de
rádio LTE;
– eNB (Enhanced NodeB): Modelo da pilha de protocolos de rádio LTE para
eNB;
• Modelo EPC
– EPC data plane: Representa a pilha de protocolos fim-a-fim do modelo do
simulador;
– EPC control plane: Representa o controle das interfaces modeladas ex-
plicitamente, sendo a S1-AP, X2-AP e a interface S11.
• Modelos de Propagação e Canal
• Modelos de Enfraquecimento de Sinal
• Modelos de Antenas
• Modelos de Camada Física e MAC
• Modelos de Interferência

Dentre os modelos citados, vários outros modelos foram propostos, sendo que
esses podem ser generalizados ou herdados as características para atenderem a diferentes
propostas de funcionamento e/ou serviço. A figura 11, apresenta a pilha de protocolos do
plano de dados do LTE-EPC, apresentado uma comunicação fim-a-fim entre um disposi-
tivo em funcionamento dentro de uma área celular e um dispositivo que esteja fora da rede.
Apesar dos modelos propostos, o módulo do LTE-EPC simplica algumas funcionalidades
que são executados em uma plataforma real.
Figure 11. Pilha de Protocolos do plano de dados do LTE-EPC [Baldo et al. 2012]

Destacando a flexibilidade da ferramenta de simulação como alternativa de propi-


ciar cenários heterogêneos para a avaliação de diferentes técnicas que possam ser pro-
postas como alternativas para o padrão de 5G, foi citado nos trabalhos relacionados, a pro-
posta de um novo módulo para o NS3 [Mezzavilla et al. 2015] possibilita a customização
do canal na camada física (PHY) e o controle de acesso ao meio (MAC) para um estrutura
celular de ondas milimétricas.
Maiores informações sobre a implementação do modelo e as funcionalidades das
classes podem ser obtidas em LENA 2 . A seguir, será apresentado uma simulação do
modelo para verificar o funcionamento e o comportamento da ferramenta para uma rede
LTE-EPC.

4.2. Simulação no NS3

Nessa seção, apresenta-se uma simulação para uma rede LTE-EPC com uma implemen-
tação completa da rede E-UTRAN (PHY+MAC+RLC/UM+PDCP) e a arquitetura EPC.
Essa simulação foi baseada no exemplo fornecido na documentação do módulo que é
encontrado dentro do diretório de instalação, no endereço /src/lte/examples/lena-simple-
epc.cc. Na figura 12, é apresentado o cenário utilizado na simulação.

Figure 12. Cenário da Simulação

2
LENA v8 documentation:http://lena.cttc.es/manual/lte-design.html
Para a simulação, foram configurados alguns parâmetros conforme a tabela
abaixo, definindo o funcionamento da rede com relação ao modelo de propagação de
sinal, o agendamento de quadros na camada MAC, a largura de Banda, a potência de
transmissão, ruído, taxa de transferência, Mtu, delay, intervalo de envio de pacotes, den-
tre outros parâmetros.

Parâmetros Fixos Valores


Propagação de Sinal ns3::FriisSpectrumPropagationLossModel
Schedule quadros MAC ns3::PfFfMacScheduler
Largura de Banda 25
Potência de Transmissão 10 db
Delays 0.010 s
Taxa de Transferência 1Gb/s
Intervalo de Envio de Pacotes 100 ms
Tempo de Simulação 1s
Mtu 1500

Alguns parâmetros como Número de dispositivos na rede e distância foram alter-


ados para verificar o comportamento da rede com relação a taxa de entrega de pacotes
fim-a-fim.

Parâmetros Variáveis Valores


Número de Nós e eNB na Rede 1,10,100
Distância do dispositivo da eNB (m) 10,100,1000,10000

Para a simulação realizada, foi verificada a confiabilidade na entrega de pacote,


baseado nos logs gerados pelo simulador. Para cada configuração foram realizadas 10
simulações e realizada uma média dos valores encontrados. A seguir, é apresentado os
resultados gerados.
Na tabela abaixo, são apresentados os resultados para a taxa de entrega de pacotes
para cada cenário proposto.

Nós Distância Tx. Pacotes enviados e recebidos %


1 10 100
1 100 98
1 1000 98
1 10000 92
10 10 97
10 100 95
10 1000 94
10 10000 93
100 10 90
100 100 88
100 1000 87
100 10000 84
Após a simulação, foram analisados os dados gerados. Para a quantidade de pa-
cotes enviados na rede foi gerado um arquivo que pode ser analisado pela ferramenta
tcdump ou Wireshark. Foi verificado que ocorreu uma entrega de 100% dos pacotes
enviados para os diferentes cenários simulados. Considerando, que nesse cenário não foi
adicionado ruídos externos, é importante destacar nessa simulação que muitos parâmetros
devem ser configurados para a realização de uma simulação mais próxima da realidade.

5. Tecnologias Emergentes para 5G - Desafios e Oportunidades


Essa seção apresenta de forma sucinta, algumas tecnologias emergentes relacionados com
a Quinta Geração (5G) das Arquiteturas de Redes Celulares. Para cada uma das tecnolo-
gias, serão discutidos os desafios, as oportunidades de pesquisa e oportunidades de negó-
cio, analisando dentro da academia, indústria e/ou órgãos de padronização com relação
aos aspectos relacionados à tecnologia, observando o que tem convergido ou que ainda
não convergiu.

5.1. Massisse MIMO


Massisse MIMO é uma tecnologia emergente, que evoluiu a partir da tecnologia MIMO
atual. O objetivo principal da tecnologia Massisse MIMO é extrair todos os benefícios da
tecnologia MIMO, mas em uma escala maior. Em geral, Massisse MIMO é uma tecnolo-
gia em evolução da próxima geração de redes, com o propósito de eficiência energética,
robustez, segurança e eficiência do espectro [Larsson et al. 2013].

5.2. Gerenciamento de Interferência


Para a utilização eficiente de recursos limitados, a reutilização é um dos conceitos utiliza-
dos em muitas especificações de sistemas de comunicações celulares sem fios. Com base
nesse entendimento, será fornecida uma visão sobre a gestão avançada na interferência
para sistemas celulares 5G, sendo que as gestões das interferências do lado de rede pre-
cisam ser complementadas por gestão das interferências no lado do dispositivo do usuário
para executar um verdadeiro fator de reuso [Nam et al. 2014].

5.3. Compartilhamento do Espectro


Para atender as perspectivas do futuro dos sistemas móveis de banda larga de desempenho,
há uma necessidade considerável de mais espectro e bandas mais largas, em comparação
com o atual espectro disponível. Portanto, para superar essa dificuldade, espectros serão
colocados à disposição no âmbito dos sistemas de espectro horizontais ou verticais. É
identificado uma gama de cenários de compartilhamento do espectro que são considerados
relevantes para sistemas futuros e delinear a gama de artefatos técnicos que podem ser
usados para resolver esses cenários [Irnich et al. 2013].

5.4. Sistemas de Comunicação - D2D


Sistemas de comunicação D2D (device-to-device) pode ser explicado pela visualização
em dois níveis de uma rede celular 5G, sendo nomeada como nível de macro célula e
nível do dispositivo. O nível de macro célula compreende a estação base para dispositivos
de comunicações. Na visão de comunicação no nível de dispositivo, a estação base poderá
ter o controle total ou parcial sobre a alocação de recursos em meio à origem, destino de
dispositivos, ou não ter qualquer controle [Fowler et al. 2014], [Tehrani et al. 2014].
5.5. Redes Ultra Densas

Atendendo a crescente demanda de tráfego devido ao aumento do número de usuários, em


que a densificação da infraestrutura será o aspecto antes de comunicações de 5G. Mas para
alcançar redes ultra densas, redes heterogêneas irão desempenhar um importante papel.
Para superar esses desafios, surge uma necessidade de conceber novas funcionalidades
da camada de rede para maximizar o desempenho a partir do desenho da camada física
existente [Rost et al. 2014], [Ihalainen et al. 2013].

5.6. Rádios Full Duplex

Por um longo período de duração da comunicação, foi assumido no projeto do sistema


sem fio que rádios tem que operar em modo half-duplex. Isso significa que não irá trans-
mitir e receber simultaneamente no mesmo canal. Muitos estudiosos, pesquisadores em
diferentes universidades e grupos de investigação tentaram minar essa suposição, pro-
pondo muitos projetos para construir em banda de rádios full-duplex, mesmo sabendo que
a construção de rádios full-duplex tem diversas implicações. É apresentado a concepção
e implementação do primeiro rádio sem fio full-duplex que pode transmitir simultanea-
mente e receber no mesmo canal usando o padrão 802.11ac [Bharadia et al. ].

5.7. Solução para Onda Milimétrica em Redes Celulares de 5G

A indústria sem fio está crescendo dia a dia, apesar dos esforços dos pesquisadores e
indústrias para criar as tecnologias sem fio proficientes, a indústria sem fio continua en-
frentando as demandas de capacidade avassaladora de suas tecnologias atuais. Pesquisas
recentes tem apresentado que as frequências mm de ondas de espectro de rádio na faixa
de 2,6 GHz possivelmente irão apoiar a implementação da atual banda de 700 MHz para
comunicações sem fios. Viabilidade de comunicações sem fios de ondas milimétricas é
apoiada pelo fato de que a utilização de alto ganho, e antenas dirigíveis na estação móvel
pode funcionar bem nas bandas de ondas milimétricas [Rappaport et al. 2013].

6. Conclusão
Essa trabalho tem o objetivo de apresentar a tecnologia Cloud Radio Access Network,
baseado na proposta do 3GPP, demonstrando os desafios, vantagens e desvantagens da
utilização da tecnologia para dar suporte a próxima arquitetura de 5G das redes celulares.
Desafios e potenciais tecnologias para implementar a separação funcional, descrevendo
os principais ganhos, aspectos críticos, desde a necessidade de incrementar a capacidade
do fronthaul, técnicas de virtualização e implementação em hardware.
Como forma de fomentar as pesquisas sobre C-RAN, é apresentado algumas ferramentas
para a implantação de um C-RAN, abordando os softwares e hardwares necessários, bem
como ferramentas de simulação que permitem simular um cenário com essa tecnologia.

7. Agradecimentos
Gostariamos de agradecer a Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e a Uni-
versidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pelo apoio no desenvolvimento do trabalho.
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