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CINCO DICAS SOBRE

AÇOS
INOXIDÁVEIS

Artista: Gil Bruvel (Sidney, Austrália)


Coleção: Flow Series
Obra: Dichotomy

ADAYR BORRO JUNIOR


DOUTOR EM ENGENHARIA DE MATERIAIS
ESPECIALISTA EM INOXIDÁVEIS
OLÁ BEM-VINDO A ESTE E-BOOK!!!

ACHO QUE POSSIVELMENTE, EU E VOCE TEMOS ALGO EM COMUM.

EM ALGUM MOMENTO DE NOSSAS CARREIRAS, NOS DEPARAMOS


COM AÇOS INOXIDÁVEIS, ESSE MATERIAL FANTÁSTICO E CADA VEZ
MAIS CONSUMIDO PELA HUMANIDADE.

MEU MAIOR OBJETIVO É QUE VOCE ADQUIRA CONHECIMENTOS


SOBRE O INOX DE UMA FORMA DIDÁTICA, SIMPLES E QUE ESSES
CONHECIMENTOS TRANSFORMEM VOCE EM UM PROFISSIONAL MAIS
CONFIANTE E SEMPRE EM ASCENDÊNCIA.

ESSA JORNADA, QUE INCLUI ESSE E-BOOK, PROSSEGUE COM VÍDEOS,


WEBNÁRIOS, MATERIAIS DIDÁTICOS (COMO MAIS EBOOKS),
CONTATOS PELAS REDES SOCIAIS ETC.

ACREDITO QUE A INFORMAÇÃO DÁ PODER. DESSA FORMA, FAZER


ALGUÉM UM ESPECIALISTA EM AÇO INOX, SIGNIFICA PARA MIM,
TRANSFORMAR ESSA PESSOA, EM ALGUÉM MAIOR DENTRO DE SUA
ÁREA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL OU ACADÊMICA.

VAMOS JUNTOS, TREINAR SEMPRE!!

Adayr Borro Junior

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CINCO DICAS BÁSICAS QUE
IRÃO POTENCIALIZAR
RESULTADOS PARA QUEM
LIDA COM AÇOS INOXIDÁVEIS

Sumário

Dica 1: Entenda definitivamente o “segredo do inox”. 3

Dica 2: Saiba explicar porque o inox não enferruja,


mas por outro lado, pode corroer. ................................. 6

Dica 3: Conheça um pouco da história do inox e


motive-se pelo futuro à frente. ....................................... 8

Dica 4: Conheça as famílias dos Aços Inoxidáveis ..... 14

Dica 5: Identifique as vantagens dos inoxidáveis e entre


para a “família inox” .................................................... 20

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Dica 1: Entenda definitivamente o “segredo do inox”.

Profissionais que lidam com inoxidáveis, perdem

muito poder e confiança, quando não assimilam de

fato o fenômeno responsável pelo sucesso destes


O QUE É
CAMADA
materiais.
PASSIVA?
Aços inoxidáveis são naturalmente capazes de

produzir uma camada própria de proteção, sempre que sua superfície fica

exposta a um meio contendo oxigênio, suficiente para se ligar ao elemento

cromo, formando assim uma película de óxido de cromo, a qual é natural,

estável e nanométrica. Essa camada é denominada “camada passiva”, sendo

responsável por todas as características fundamentais dos aços inoxidáveis,

tais como resistência a corrosão, facilidade de assepsia e até mesmo pelo

apelo estético destas ligas. A Figura 1 apresenta esquematicamente o

fenômeno.

Figura 1: Esquema do fenômeno de passivação dos aços inoxidáveis

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A grande vantagem dos aços inoxidáveis reside no fato da camada passiva ser

um revestimento natural de caráter auto-regenerativo, isto é, quando a

superfície de um inoxidável é danificada por um risco ou arranhão, na presença

de oxigênio, a mesma se refaz em milésimos de segundo. Superfícies

protegidas por processos de revestimento não-naturais como fosfatização,

galvanização, pintura e cromatização, além de não apresentarem caráter

regenerativo, não possuem aderência estável com o substrato. Recentemente

com a expansão das fronteiras relacionadas à microscopia eletrônica, foi

possível até mesmo registrar o espetacular desenvolvimento do filme passivo,

em escala nanométrica, conforme mostra a figura 2.

10 nm

ÓXIDO DE CROMO Imagem de Microscopia de Tunelamento (STM)


Universidade Tecnologia de Tampere - Finlândia
METAL BASE (Liga Fe-Cr) (Tampere University of Technology)

Figura 2: Imagem do desenvolvimento do filme passivo em aço inoxidável


ferrítico.

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O simples fato de se entender o fenômeno da passivação, transforma a visão

daqueles que se interessam ou se relacionam com as ligas inoxidáveis. Um

exemplo clássico disso está no fato que ao assimilarmos a existência do filme,

nos certificamos que na superfície dos aços inoxidáveis é que reside todo seu

segredo e seu futuro desempenho.

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Dica 2: Saiba explicar porque o inox não enferruja, mas
por outro lado, pode corroer.
Há uma importante confusão no mundo dos inoxidáveis em relação ao que

popularmente conhecemos por “ferrugem” e mecanismos de corrosão.

Primeiramente é importante pontuar que os aços inoxidáveis não “enferrujam”.

Quando observamos superfícies de aços inoxidáveis com aspecto de ferrugem,

como mostrado na figura 3 (B), devemos considerar que o fenômeno em

questão se denomina “contaminação”.

(A) (B)
Superfície inox original Superfície inox contaminada

Figura 3: (A) Inox com superfície passivada. (B) Inox contaminado por íons de
Fe.

Sendo a “ferrugem” um composto instável de óxido de ferro hidratado e, com

base no conceito de passivação ou camada passiva, sabemos que o oxigênio

presente em um meio qualquer, estando em contato com uma superfície

inoxidável, irá formar óxido de cromo e não de ferro. Assim, os aços inoxidáveis

não enferrujam. De fato, o aspecto observado na figura 3 (B) mostra que

partículas de ferro contaminaram uma superfície inoxidável, ou seja, ocorreu

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depósito de íons de ferro sobre o filme passivo. Tais partículas é que se oxidam

e se hidratam, portanto “enferrujam”, dando a impressão que o próprio aço

inoxidável está submetido a esse processo. Vale destacar que superfícies

inoxidáveis contaminadas, exceto em estágio extremamente avançado, são

totalmente recuperáveis através de processo de decapagem química

preferencialmente a base de ácido nítrico e fluorídrico. No entanto, isso não

significa que aços inoxidáveis estão imunes a outros fenômenos ou

mecanismos de corrosão. De fato, caso a camada passiva do inoxidável esteja

exposta a um meio agressivo, agregando-se ou não tensões residuais, ciclos

térmicos ou outras características, o aço inoxidável pode começar a ser

submetido a um processo corrosivo.

Excetuando-se fenômenos associados à corrosão a alta temperatura, pode-se

dividir os principais mecanismos de corrosão associados aos aços inoxidáveis,

como segue:

 Corrosão geral
 Corrosão por pites OS AÇOS

INOXIDÁVEIS
Corrosão por fresta
 Corrosão sob tensão (CST)
 Corrosão intergranular NÃO
 Corrosão erosão
 Corrosão Microbiológica (MIC) ENFERRUJAM
 Outros fenômenos minoritários em
incidência.

Dessa forma, embora nunca “enferrujem”, os aços inoxidáveis, quando mal

selecionados ou mal manuseados, podem apresentar fenômenos ou

mecanismos de corrosão que diminuem sensivelmente a vida útil dos mesmos.

Tais fenômenos corrosivos podem estar associados a presença de íons cloreto,

ácidos fortes, erosão e até mesmo microrganismos presentes em biofilmes.

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Dica 3: Conheça um pouco da história do inox e motive-se
pelo futuro à frente.

Talvez você já tenha reparado que quando conhecemos a história de

algo, passamos a entender melhor o presente e o futuro relativo a este. Com os

aços inoxidáveis não é diferente. O efeito do cromo nos aços-carbono vinha

sendo estudado por diversos grupos no início do século passado. Embora

repleto de controvérsias, o marco do surgimento dos inoxidáveis é credenciado

ao ano de 1912 e de uma forma bem peculiar quando o cientista inglês Harry

Brearley (figura 4) notou que suas experiências com ligas contendo 12,8%Cr e

0,24%C, se caracterizavam pela dificuldade de ataque antes da observação

microscópica.

Figura 4: Harry Brearley, o pioneiro. (Fonte Sheffiled City Council)

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Brearley, nascido em família simples na cidade de Sheffield – Inglaterra, no

ano de 1871, estudava possíveis estequiometrias que pudessem levar os aços

a resistirem à erosão. O apelido dado por Brearley para a liga, “stainless steel”

(aço que não mancha), acabou se tornando o nome eternizado desta família. O

pesquisador inglês, que de forma modesta sempre declarou que não tinha

como objetivo descobrir uma liga resistente à corrosão, jamais poderia imaginar

que sua experiência geraria, décadas depois, um impacto tão grande na

economia mundial e no próprio desenvolvimento da humanidade.

Embora o início da produção industrial dos inoxidáveis tenha se dado

através da empresa alemã Krupp no ano

de 1914, a produção e o consumo deste


AÇO QUE
material permaneceram incipientes por

décadas. As sérias dificuldades da


NÃO
manutenção dos elementos de liga MANCHA
durante a produção dos mesmos foi o

principal motivo de sua inicial estagnação. A partir do pós-guerra, os

inoxidáveis foram responsáveis pelo avanço e desenvolvimento das indústrias

químicas, petroquímicas, farmacêuticas, nucleares, entre outras. A prova

concreta deste fato foi que a produção mundial de aços inoxidáveis registrada

em 1934, da ordem de 56.000 toneladas, atingiu em 1953, a marca de um

milhão de toneladas. Ainda assim, tecnicamente havia barreiras para a

produção dos inoxidáveis, principalmente no que se referiam as práticas de

aciaria. Os metais em geral apresentam produção e consumo mundial

crescentes nas últimas décadas. A produção dos aços inoxidáveis lidera essa

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tendência superando, em taxa de crescimento percentual, todos os demais

metais, inclusive as outras famílias de aços-carbono. A figura 5 apresenta um

estudo gráfico do crescimento relativo dos principais metais entre 1985 e 2012.

Figura 5: Evolução do consumo mundial dos metais de 1985 a 2012. (Fonte ISSF
Relatório 2013)

A importante expansão no consumo dos aços inoxidáveis no mundo,

superior, por exemplo, às demais classe de aços-carbono, observada na figura

5, possivelmente está ligada às campanhas mundiais de incentivo a estes

materiais valorizando seu apelo estético, asséptico, durabilidade, nobreza,

resistência a ataques e mais recentemente, apelos ecológicos ligados a sua

reciclabilidade.

Tal conjunto de fatores levou os aços inoxidáveis à gradativamente,

durante o século passado, substituir diversos outros materiais, de diferentes

naturezas como materiais poliméricos, cerâmicos e mesmo metálicas,

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principalmente no caso dos aços-carbono, atacados diretamente pelos aços

inoxidáveis até os dias de hoje.

Na década de 60, com o desenvolvimento do conversor AOD (Argon-Oxygen

Decarburization), realizado pela Union Carbide, os processos se tornaram cada

vez mais refinados e as ligas inoxidáveis passaram a apresentar propriedades

otimizadas. Inicia-se então uma fase de diminuição dos custos de produção e

ao mesmo tempo, campanhas de utilização invocando as vantagens

conhecidas desses materiais.

Consumo e produção continuaram a crescer de forma incontestável,

como mostrado na figura 6.

Figura 6: Evolução em peso da produção mundial de inoxidáveis no mundo


(1953 a 2015).

Pode-se ainda inferir pela figura 6 que os aços inoxidáveis não somente

apresentam consumo crescente através das décadas, como efetivamente vem

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potencializando esse crescimento nos últimos anos. A princípio, acreditava-se

que a produção alcançasse 30 milhões de toneladas ao final de 2009. Tal fato

foi antecipado para o final de 2007, ratificando assim a tendência de

crescimento no consumo desse material, acima da expectativa histórica. De

fato, o consumo a partir de 2007 continua em ascensão até atingir marca

próxima a 42 milhões de toneladas em 2015. Trata-se, portanto de mercado

ascendente há décadas, o que beneficia demais aqueles que trabalham neste

mercado. A taxa média desde 1950 continua acompanhando a tendência futura

de crescimento da produção, estimada entre 5,5% a 6% ao ano.

Os aços inoxidáveis não apenas alavancaram o desenvolvimento das

indústrias de processo, como também contribuíram para o aumento da

longevidade humana, assunto esse pouco explorado pela literatura. As

questões de assepsia, inerentes aos aços inoxidáveis, contribuíram

significativamente para a redução de infecções e doenças adquiridas em salas

cirúrgicas e consultórios odontológicos (figura 7).

Figura 7: (A) Instrumental odontológico pré-explosão do consumo mundial do


inox. (B) Instrumental nos dias atuais.

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Não bastasse a evolução de consumo, esses materiais revolucionaram o

processamento e manuseio de alimentos, contribuindo para a redução dos

desperdícios do passado. Claramente, o surgimento dos aços inoxidáveis

contribuiu para a geração de riquezas, para o incremento da qualidade de vida

e saúde, para um melhor aproveitamento dos recursos, credenciando assim

esse material como um dos grandes desenvolvimentos do século passado.

Melhor ainda, trata-se de um mercado extremamente em franca expansão.

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Dica 4: Conheça as famílias dos Aços Inoxidáveis

Aços inoxidáveis são classificados de acordo com suas estruturas cristalinas,

as quais estão diretamente relacionadas à composição química do material.

Assim, encontramos cinco principais famílias:

 Austeníticos

 Ferríticos

 Martensíticos

 Austeno-Ferríticos (duplex)

 Endurecíveis por Precipitação - PH (Precipatation Hardening)

No caso das três primeiras famílias, os nomes utilizados na classificação dos

inoxidáveis estão relacionados aos pesquisadores que apresentaram as

respectivas estruturas cristalinas ao microscópio, como Austen, Ferri e Marten.

Os aços inoxidáveis duplex foram desenvolvidos pelo corpo técnico da Sandvik

Steel, Suécia no início da década de 80 e aparecem com grande tendência de

consumo para os próximos anos.

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Os aços inoxidáveis austeníticos
AÇOS
são os mais importantes e mais
INOXIDÁVEIS
AUSTENÍTICOS consumidos dentre as famílias de

inoxidáveis apresentadas. Sua

composição química, além de Fe-C-Cr, apresenta alta porcentagem de Ni,

variando de 8 a 20 %. O mais famoso e empregado inoxidável no mundo é o

AISI 304, conhecido como 18/8, o que significa 18% de Cr e 8% de Ni. Dele

derivam-se outras ligas como mostra o esquema da figura 8. Outra importante

liga presente na família austenítica é o AISI 316L, apresentando cerca de 18%

Cr, 9% Ni e 2% Mo. Quando se necessita soldar tais materiais utiliza-se o AISI

304L e 316L, sendo o significado da letra “L“, baixo teor de carbono, em inglês,

Low. Os austeníticos apresentam excelente resistência à corrosão geral, ótima

soldabilidade e excelente relação custo/benefício. Estão presentes em todas as

indústrias de processo como química, petroquímica, papel e celulose,

farmacêutica, têxtil, nuclear, automobilística e alimentícia.

Austeníticos Resistência à
corrosão por pites

316
316 317
317
C  0,08
C 0,08 +Mo C  0,08
C 0,08
304
304 Cr
Cr 16/18
16/18 Cr
Cr 18/20
18/20
Série 200 CC  0,08
0,08
+Mo Ni
Mo
10/14
Ni 10/14
Mo 2/3
2/3
Ni 11/15
Ni 11/15
Mo
Mo 3/4
3/4
Cr
Cr 18
18 /20
/20
Ni 8 /10,5
Ni 8 /10,5 -C -C -C
201
201
C  0,15
C 0,15 304
304 LL 316L
316L 317
317 LL
Cr
Cr 16
16 /18
/18 C  0,03
C 0,03 C  0,03
C 0,03 C  0,03
C 0,03
Ni Cr
Cr 18/20
18/20 Cr
Cr 16/18 Cr
Cr 18/20
18/20
Ni 3,5
3,5 Ni
16/18
Mn Ni 8/12
8/12 Ni
Ni 10/14
10/14 Ni
Ni 11/15
11/15
Mn 5,5
5,5 Mo
Mo 2/3
2/3 Mo
Mo 3/4
3/4
321
321
+Ti CC  0,08
0,08 347
347
Cr
Cr 17/19
17/19
Ni
CC  0,08
0,08
Ni 9/12
9/12 Cr
Cr 17/19
17/19 Resistência
Ti  55 xx (C+N)
Ti (C+N) Ni
Ni 9/13
+Nb 9/13 à corrosão
(Nb+Ta)  10
(Nb+Ta) 10 xx C
C intergranular
+Ta

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Figura 8: Principais ligas austeníticas.

Os aços inoxidáveis ferríticos apresentam em sua composição química,

basicamente, baixos teores de C, com Cr superior a 11% e poucos elementos

de liga adicionais. Trata-se da família de inoxidáveis com menor custo,

apresentando boa resistência à corrosão geral e boa soldabilidade. São

exemplos de aplicações dos aços inoxidáveis ferríticos, escapamentos

automotivos, moedas, talheres e adornos em geral. Destacam-se o AISI 430,

AISI 409 e AISI 444. Veja o esquema da figura 9 e conheça as ligas mais

comuns.

Figura 9: Principais ligas inoxidáveis ferríticas

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Os aços inoxidáveis martensíticos constituem uma família específica,

apresentando em sua composição química, elevado teor de carbono, o que

possibilita a têmpera destes aços, isto é, o acréscimo de dureza através de

tratamento térmico. Sua principal aplicação se encontra em cutelaria em geral,

ou seja, situações onde resistência à corrosão, propriedade de corte e

resistência a abrasão, são requeridos. São exemplos de aplicação, facas,

tesouras, ganchos e demais ferramentas de corte. Os principais aços

inoxidáveis martensíticos são o AISI 420 e o AISI 410. A figura 10 mostra a

família martensítica e as ligas que derivam do AISI 420.

Martensíticos

440A
440A
54 HRc C
C 0,60/0,75%
0,60/0,75%
Cr
Cr 16/18%
16/18%
Mo  0,75
Mo 0,75 %
%
440B
440B
57 HRc C
C 0,75/0,95%
0,75/0,95%
Cr
Cr 16/18%
16/18%
Mo  0,75%
Mo 0,75%
+C
440C
440C +Cr 420
420
60 HRc C
C 0,95/1,20%
0,95/1,20% +Mo C  0,15%
C 0,15%
Cr
Cr 16/18%
16/18% Cr
Cr 12
12 /14%
/14%
Mo  0,75%
Mo 0,75%
Cutelaria
Maior dureza, Discos de freio
Resistência ao Turbinas
desgaste -C
Equip. cirúrgicos
57 HRc

DIN 1.4110
DIN 1.4110
(ACE
(ACE 498)
498) 410
410
CC 0,42/0,47%
0,42/0,47% CC  0,15%
0,15%
Cr
Cr 13,0/13,5%
13,0/13,5% Cr
Cr 11,5/13,5%
11,5/13,5%
Mo
Mo 0,50/0,55%
0,50/0,55%

Maior dureza,
Resist. ao desgaste,
Cutelaria profissional

Figura 10: Principais ligas martensíticas.

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Os aços inoxidáveis duplex constituem a mais moderna família dos

inoxidáveis onde, na estrutura cristalina do material, coexistem duas fases, a

austenita e a ferrita, em proporções igualitárias. Tal desenvolvimento levou ao

surgimento de um inoxidável que reúne as excelentes características de

resistência à corrosão geral da fase austenítica, com as excelentes

propriedades mecânicas da ferrita. Trata-se de uma família recente que vem

ganhando espaço no mercado europeu, apresentando boa soldabilidade e

custo, por enquanto, alto. Destacam-se os aços inoxidáveis duplex SAF 2205

e SAF 2507 que apresenta em sua composição química, Fe-C-Cr-Ni-Mo-N.

Sua aplicação ocorre em ambientes excessivamente cloretados, onde ligas

austeníticas tendem a apresentar corrosão pontual. Neste momento a ferrita

atua impedindo tais ataques devido a suas elevadas propriedades mecânicas.

Tabela 1: Principais ligas duplex


Características
Aço %C %Cr %Ni %Mo %N %Mn &
Designação
Aplicações
Maior resistência a corrosão sob
tensão que o 316L.
2101 0,03 21 1,5 0,3 0,22 5,00
Tanques alimentícios, plantas
de açúcar e álcool, arquitetura.
Resistência a corrosão similar
ao 316L, com LE e LR
2304 0,02 23 4,8 0,3 0,10 2,5 superiores.
Acido Nítrico, Naval, Alimentícia
e Mineração.
Resistência a corrosão superior
ao 317L maior resistência
2205 0,03 22 5,7 3,1 0,17 2,0 mecânica e a abrasão.
Petroquímica, tanques
químicos, naval, alimentícia.
Extrema resistência a ambientes
severos, ricos em cloretos.
2507 0,02 25 7,0 4,0 0,27 1,20 Excelente resistência a abrasão.
Petroquímica, química,
refinarias, umbilicais.

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Os aços inoxidáveis endurecíveis por precipitação (PH) têm sua dureza

aumentada por tratamento de envelhecimento, apresentando mecanismo de

endurecimento diferente dos aços martensíticos, Estes aços são capazes de

atingir valores de dureza na escala HRC e resistência a tração até 1700 MPa.

Dependendo do tratamento térmico a que são submetidos, os aços

endurecíveis por precipitação (PH) têm boa ductilidade e tenacidade, aliando

sempre alta resistência a corrosão. Foram desenvolvidos principalmente para

componentes aeroespaciais, mas migraram para área naval, nuclear e atpe

mesmo médico-cirúrgica. A mais importante liga desta família é o aço 17-4 PH

(AISI 630), cuja composição química encontra-se na tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Composição Química da liga 17-4 PH


Composição Química (% em peso)

17-4 PH C Si Mn P S Cr Ni Mo Cu Nb
(AISI 630)

15,0 a 3,0 a 3,0 a 5x


0,07 0,70 1,50 0,040 0,030 0,60
17,0 5,0 5,0 %C

Uma forma simples de navegar com simplicidade pelas


famílias e suas ligas é dispor de uma tabela única e à mão,
toda vez que precisar.

Vamos providenciar isso para vocês muito em breve!!!!

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Dica 5: Identifique as vantagens dos inoxidáveis e entre
para a “família inox”

Uma vez inseridos no mundo os inoxidáveis, não importa em que contexto

estejamos inseridos, tais como vendas, compras, inspeção, ensaios, usuários,

soldadores, fabricantes, pesquisadores ou simplesmente amantes dos

inoxidáveis, sempre será uma tarefa fácil apontar as inúmeras vantagens

destes materiais.

A tabela 3 apresenta pontos fortes dos aços inoxidáveis, baseados tanto em

fatores técnicos como em mercadológicos.

Tabela 3: Pontos fortes dos aços inoxidáveis

 Life Cycle Cost (LCC) – (Custo-Benefício)


 Resistência flexível a qualquer projeto (corrosão & mecânica & térmica)
 Multiplicidade de aplicações
 Facilidade de manutenção
 Material de fácil assepsia
 Material inerte
 Apelo estético
 Sustentabilidade ambiental
 Durabilidade
 Vasto campo para novas aplicações
 Vasto campo para substituição de outros materiais
 Alto potencial em mercados não maduros (c. civil, arquitetura, energia)
 Cadeia de suprimentos estruturada
 Evolução distribuição – centros de serviço
 Listas de Referencias
 Status

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Embora as vantagens dos aços inoxidáveis sejam evidentes e sacramentadas,

pode-se apresentar um exemplo relacionado a assepsia alcançada pelos

inoxidáveis, em relação a outros materiais. Um estudo comandado por J. Holah

verificou a tendência à formação de colônias de bactérias em superfícies

expostas a alimentos. A figura 11 apresenta os resultados obtidos em

microscopia eletrônica de varredura, antes e após a lavagem das superfícies.

Aço inoxidável 304

Aço esmaltado

Resina mineral

Policarbonato

Figura 11: Aspecto antes e depois (molduras vermelhas e azuis,


respectivamente) das superfícies contaminadas por bactérias e submetidas à
lavagem para diferentes matérias.

Pode-se observar através da figura 11 que em se tratando de assepsia, os

aços inoxidáveis levam importante vantagem sobre os demais materiais

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estudados, materiais estes amplamente utilizados no manuseio e estocagem

de alimentos.

Outro exemplo, aqui no Brasil, destaca a atual aplicação de tubos inoxidáveis

duplex em indústrias de sal, substituindo tubos de cobre, apresentando

vantagens que vão desde a pureza e qualidade do produto final, até o aumento

da produtividade dos evaporadores, uma vez que a redução dos intervalos de

parada para limpeza dos tubos

saltaram de 8 para 70 dias. O MERCADO DO


As políticas de incentivo ao AÇO INOXIDÁVEL
É UM “TIME QUE
consumo dos aços inoxidáveis no
ESTÁ
GANHANDO”
mundo visam justamente

apresentar ao mercado mundial

todas as vantagens destes materiais, paralelamente aos esforços de formação

técnica em todos os níveis, seja formando engenheiros capacitados a

especificar corretamente as ligas, seja desenvolvendo mão-de-obra qualificada

para processar os inoxidáveis. Inúmeros outros estudos relacionados à LCC

(Custo-Benefício), resistência a corrosão, durabilidade e outros, comprovam as

vantagens da aplicação dos inoxidáveis como soluções para questões de

interesse da Engenharia e da própria humanidade.

Em resumo, qualquer que seja seu interesse em aço inoxidável, saiba que você

já trilha para o sucesso, afinal uma coisa é certa........o mercado do aço

inoxidável é “time que está ganhando” com números em expansão e um

futuro de novas aplicações inesgotável.

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Chegamos ao final desse E-book lembrando que um passo fundamental
na carreira ou na vida de quem se depara com os inoxidáveis é estudar
esse material, desde sua história até suas aplicações mais modernas.
Aqui, sempre de uma forma bem didática, o mundo dos inoxidáveis ficará
simples e na profundidade certa.

Conte com a TREINAR SEMPRE!!!

ADAYR BORRO JUNIOR

ACESSE:

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ACESSE:

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PARCEIRIA:

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