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Inspeção de Tubulações e Dutos

Industriais

2ª. Parte
Prof. Edgard de Castro Souza
Agosto 2018
Tópicos – 2ª. Parte

1. Critérios para especificação de materiais para tubulação;


2. Arranjo, Traçado e Detalhamento da Tubulação;
3. Suportação de Tubulações Industriais;
4. Noções de Flexibilidade de Tubulações;
5. Projeto de tubulações industriais;
6. Fabricação, montagem, testes e condicionamento de tubulações;
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais;
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Fatores de influência na seleção do material das Tubulações Industriais

 Fluido conduzido – Natureza e concentração do fluído, contaminantes, PH,


velocidade, toxidez, resistência à corrosão e possibilidade de contaminação;

Condições de serviço – Temperatura e pressão de trabalho (incluindo condições


extremas, mesmo que transitórias);

 Nível de tensões do material – Resistência mecânica compatível com a ordem de


grandeza dos esforços (pressão interna, peso, dilatações térmicas, sobrecargas,
esforços de montagem, ventos, etc.);

 Natureza dos esforços mecânicos – Tração, compressão, esforços cíclicos, choques;

 Sistema de ligações – Adequado ao material e às características de montagem;


1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Fatores de influência na seleção do material das Tubulações Industriais (cont.)

 Custos dos Materiais – Fator decisivo normalmente. Deve ser considerado


tanto o custo da implantação do projeto quanto de operação e manutenção
durante a vida útil do sistema;
 Segurança e Meio Ambiente – O grau de segurança desejado e o nível de
impacto ambiental, no caso de acidente, podem influenciar a seleção do material;
 Facilidade de fabricação e montagem – Entre as limitações incluem-se a
soldabilidade, usinabilidade, facilidade de conformação, etc.;
 Experiência prévia – Com exceção de casos muito particulares, deve-se adotar
soluções já consagradas na industria;
Tempo de vida previsto - Depende da natureza e importância da tubulação e o
tempo de amortização do investimento. Tempo usual de projeto - 15 anos.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha do material da tubulação

 Conhecer os materiais disponíveis no mercado, suas características e limitações;

 Selecionar o grupo mais adequado, considerando as condições de trabalho, nível e


tipo de corrosão porventura esperado, nível de tensão, etc.;

 Considerar os aspectos econômicos, tanto na implantação do projeto bem como


em toda a vida útil projetada;

 Nível de dificuldade ou de complexidade da soldagem e conformação dos tubos;

 Necessidade ou não de alívio de tensões.


1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha dos tubos

Tubos de aço-carbono (chamados de uso geral)


Contem entre 0,008 a 2,1% de carbono, além de outros elementos
residuais, como o manganês, o silício, o fósforo e o enxofre, participam
igualmente do ajuste do nível de resistência do aço.

‒ Baixo custo Representa


‒ Excelentes qualidades mecânicas 90% dos tubos
‒ Fácil de soldar e conformar das Industrias

Aplicação: Água doce, vapor, hidrocarbonetos acabados, gás


natural, gases em geral e demais fluídos com baixa corrosividade.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha dos tubos

Tubos de aço-carbono

450°C para serviço severo;


Limites de trabalho 480°C para serviço não severo;
por temperatura 520°C máximo em picos;
do aço carbono 530°C oxidação intensa (escamação);
- 45°C torna-se quebradiço.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha dos tubos


Aço-liga
É um tipo de aço com a adição de algum elemento químico acima da quantidade
de carbono, encontrados no aço-carbono comum (até 2,1 % de carbono).
A adição de elementos de liga tem o objetivo de promover mudanças micro
estruturais que, por sua vez, promovem mudanças nas propriedades físicas e
mecânicas, permitindo ao material desempenhar funções específicas.
Os elementos de liga mais utilizados são manganês, níquel, cromo, molibdênio,
vanádio, tungstênio e silício. Os aços-liga costumam ser designados de acordo
com os elementos predominantes, como, por exemplo, aço-níquel, aço-cromo etc.

‒ Altas temperaturas;
‒ Baixas temperaturas;
Casos gerais de emprego ‒ Alta corrosão;
‒ Necessidade de não contaminação;
‒ Segurança
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha dos tubos


Aços liga para tubulações

Melhora resistência à fluência

Mo p/ Altas temperaturas
Mo + Cr
Destacam-se duas
Melhora resistência à corrosão
classes importantes

Ni p/ Baixas temperaturas

Nota - Definição de Fluência: é a deformação permanente de materiais quando


estes são sujeitos a cargas ou tensões constantes e em função do tempo.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha dos tubos


Aços Inoxidáveis

Apresentam pelo menos 12% de Cr, que conferem a propriedade de não se


oxidarem, mesmo em exposição prolongada em uma atmosfera normal.
1. Austenítico - Composição mais comum contém 18% Cr e 8% Ni (ex. aços 18/8,
tipo 304). Um aço com melhor resistência à corrosão é criado pela adição de
2-3% de molibdênio.
 equipamentos para indústria química e petroquímica;
 equipamentos para indústria alimentícia (cutelaria) e farmacêutica;
 construção civil;
 baixela e utensílios domésticos.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha dos tubos


Aços Inoxidáveis
2. Ferrítico - Resistente à corrosão, mais barato por não conter níquel. Contêm de 16 a
30 % de cromo, com teores de carbono inferiores a 0,5 %.
 Eletrodomésticos (fogões, geladeiras, etc);
 Frigoríficos;
 Moedas;
 Indústria automobilística;
 Talheres;
 Sinalização visual - Placas de sinalização e fachadas.

2. Martensítico - Dureza elevada, menor resistência à corrosão. teor de carbono


inferior a 0,1 %, teor de cromo entre 12 e 18 % e teor de níquel entre 2 e 4 %
 instrumentos cirúrgicos como bisturi e pinças;
 facas de corte;
 discos de freio especiais.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Considerações na escolha dos tubos

Nota: Os aços carbono estruturais são aços de baixo carbono, isto é, com
teores de carbono até 0,30%.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Seleção de válvulas
Fatores que determinam o tipo de válvula selecionada:
 Finalidade da válvula (bloqueio, controle, retenção, etc.);
 Natureza e estado físico do fluído transportado;
 Condições de corrosão, erosão, depósito de sedimentos, sólidos, etc.;
 Pressão e temperatura (em regime permanente e condições máximas);
 Diâmetro nominal da tubulação;
 Necessidade de:
 Fechamento estanque;
 Fechamento rápido;
 Operação frequente;
 Comando remoto ou automático;
 Resistência ao fogo.
 Custo;
 Espaço disponível e disposição da instalação.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Seleção de válvulas
Válvulas Gaveta X Válvulas Esfera

Fator Válvula Gaveta Válvula Esfera


Vedação 
Operação frequente 
Falha 
Alta velocidade do fluido 
Facilidade de manutenção 
Custo 
Espaço limitado 
Operação hidráulica 
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Seleção de válvulas
Válvulas de bloqueio em dutos de transporte (boas práticas)

 Recomenda-se o uso de válvulas de bloqueio do tipo esfera, tanto para


gasodutos quanto para oleodutos;

 As válvulas de by-pass deverão ter diâmetro de 1/3 do diâmetro nominal da


válvula da linha tronco;

 Em gasodutos as válvulas de bloqueio deverão fechar automaticamente por


pressão mínima ou por velocidade de queda de pressão;

 As válvulas deverão ter passagem plena (para permitir passagem de pigs) e


possibilidade para receberem acionadores elétricos, hidráulicos ou pneumáticos.
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Alternativas básicas para conexões em tubulações de aço

Serviços de baixa Diâmetro até 4” Rosqueada com luvas


responsabilidade ou não
severos Diâmetro de 6” ou maiores Solda de topo
Ligações ao longo
da tubulação Solda de encaixe com
Diâmetro até 1 ½”
luvas
Serviços severos
Diâmetro de 2” ou maiores Solda de topo

Rosqueada com
Diâmetro até 4”
Serviços de baixa uniões
Ligações nos responsabilidade ou não Flangeada
extremos da severos Diâmetro de 6” ou maiores (flanges rosqueados ou
tubulação, ou onde sobrepostos)
for exigido Solda de encaixe com
facilidade de Diâmetro até 1 ½”
uniões
desmontagem Serviços severos
Flangeada
Diâmetro de 2” ou maiores (flanges de pescoço
ou do tipo anel)
Serviço não severo: Fluído não perigoso, pressão até 0,7 Mpa e temperatura até 100° C
1. Critérios para especificação de materiais para tubulação

Mais importante Experiência prévia

Avaliar e considerar sempre as soluções adotadas em


instalações similares
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Considerações iniciais

 Em um projeto de uma planta industrial o layout das unidades do processo


está intimamente ligado ao traçado das tubulações;

 O projeto de layout geral das unidades é afetado pela necessidade de


otimização de custos das inúmeras tubulações, bem como na redução das
perdas de carga, na disposição adequada das linhas de sucção de bombas,
entre outros fatores.
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Considerações iniciais

 O arranjo das tubulações deve considerar a viabilidade e facilidades tanto


para a sua construção e montagem , como para a futura manutenção e
inspeção das mesmas;
 Inicialmente devemos considerar três possibilidades básicas de arranjo:
tubulações enterradas, em galerias ou aéreas.
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações enterradas
 Melhor aspecto visual e de acesso às unidades;
 Maiores custos de instalação (revestimento, escavações e proteção catódica);
 Dificuldades de inspeção e manutenção, com riscos maiores de vazamentos,
perda de produto e contaminação do solo, no caso de produtos contaminantes.
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações em galerias
 Maior facilidade de acesso que as enterradas, desde que previsto em projeto;
 Apresenta aspecto visual e acessos melhores do que as instalações aéreas;
 Normalmente caracteriza-se “Espaço Confinado“ (previsto na NR33), com
necessidade de cuidados de segurança para o acesso, com custos maiores para
inspeção e manutenção.
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações em galerias
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações aéreas
 Aspecto visual a princípio mais “congestionado”;
 Pode limitar acesso às unidades, exigindo estruturas de elevação da tubulação;
 Custos menores para instalação;
 Melhores condições de inspeção e manutenção;
 Eventual falha com vazamento ou ruptura mais facilmente perceptível.
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações aéreas
Tubovias (pipe ways) - trincheiras
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações aéreas
Tubovias (pipe ways) – nível do solo
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações aéreas
Pontes de tubulação (pipe rack)
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Tubulações aéreas
Pontes de tubulação (pipe rack)
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Arranjo das Tubulações – Outros aspectos

 Por segurança adotar, sempre que possível, dois acessos às instalações;


 Paralelismo com ruas e acessos principais;
 Prever condições de drenagem pluvial, de preferência por gravidade;
 Para produtos perigosos, considerar necessidade de contenção para
evitar perda de controle no caso de vazamentos.
A drenagem dos produtos deve ser segregada da drenagem pluvial;
Válvulas de bloqueio e controle com fácil acesso, se possível no nível
do solo;
 Em arranjo típico de unidades de processo, as tubulações ficam em pipe
rack na parte central da unidade.
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Arranjo das Tubulações


2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Traçado das Tubulações


 A determinação dos traçados das tubulações deve começar pelas
linhas de maior diâmetro, pelas linhas tronco e pelas áreas mais
congestionadas.

 Além disso, as tubulações que devem ter menor traçado são as de:
 Fluxos de grande vazão,
 Temperatura e pressão elevadas,
 Custo mais elevado.
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Traçado das Tubulações


Afastamento padrão em função do diâmetro
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Traçado das Tubulações


Afastamento padrão em função do diâmetro
2. Arranjo, traçado e detalhamento de tubulações industriais

Traçado das Tubulações


Afastamento padrão em função do diâmetro
Notas (figura slide anterior)

1. As distâncias deverão ser aumentadas nos seguintes casos:


a) Quando um ou ambos os tubos tiverem isolamento térmico;
b) Quando existirem flanges coincidentes em tubos adjacentes;
c) Quando forem esperados grandes movimentos laterais.

2. Distância “A” é a distância mínima da linha de centro de um tubo à


extremidade do suporte.

3. Medidas em milímetros.
3. Suportação das tubulações industriais
3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações – Funções


 Orientar a tubulação quanto à dilatação térmica;
 Melhorar a flexibilidade das tubulações;
 Proteção de equipamentos ligados à tubulação como também pontos mais
frágeis da mesma, decorrentes dos esforços de dilatação;
 Dividir o conjunto de dutos para melhor flexibilização, distribuindo melhor as
tensões;
 Proteger tubos paralelos e ou equipamentos de danos causados por flambagens
decorrentes de dilatações;
 Evitar deslocamentos laterais e angulares em juntas de expansão, de torção em
ramais ligados à tubos ou equipamentos sujeitos a grande variação térmica;
 Evitar desalinhamento de haste de válvulas e eixos de bombas, compressores,
turbinas, etc.
3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações – Tipos

 Fixos;

Suportar pesos  Semimóveis


 Suportes de Mola
 Móveis
 Suportes de contrapeso

Ancoragem (total fixação);


Limitar movimentos dos
 Guias (movimento axial);
tubos
 Batentes (limitação de movimentos);

Absorver vibrações  Amortecedores


3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações – Fixos


3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações – Semimóveis (pendurais)


 Aplicáveis para tubulações leves fixadas em lajes ou outras estruturas
3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações Móveis – suportes de mola


 Permitem movimentos verticais, sem deixar de suportar a tubulação.
3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações Móveis – Amortecedores de vibração


3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações – Bloco de ancoragem

 Não permite nenhuma movimentação no ponto


3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações – Guias


 Permite movimentos axiais
3. Suportação das tubulações industriais

Suportes de tubulações – Batentes


 Limitação de movimentos

Movimento livre

Movimento limitado
3. Suportação das tubulações industriais

Vão entre suportes de tubulações


3. Suportação das tubulações industriais

Vão máximo entre suportes em unidades de processo


3. Suportação das tubulações industriais

Vão máximo entre suportes em unidades de processo


3. Suportação das tubulações industriais

Vão máximo entre suportes em unidades de processo

Notas (figuras dos slides anteriores)


1. Margem de corrosão adotada 1,3 mm;
2. Flecha máxima de 6mm;
3. Os valores básicos são para tubos horizontais, retos e sem
acidentes;
4. Vãos calculados para tubos API 5L Gr. B ou equivalentes, sem
sobrecarga adicional, com fluídos com densidade menor ou
igual à água, não sujeitos à vibrações excessivas.
3. Suportação das tubulações industriais

Cálculo do vão entre suportes

 Tensão máxima de flexão, no ponto de maior


Fatores Limitantes momento fletor;

 Flecha máxima no meio do vão


3. Suportação das tubulações industriais

Cálculo do vão entre suportes

a) Tensão Máxima de Flexão (Sv)


Sv = L x qL + 2(Q + W) , Onde:
10 Z
Sv = Tensão máxima de flexão (MPa);
L = vão entre suporte (m);  Peso próprio do tubo;
 Peso do fluído ou da água do TH;
q = Soma das cargas distribuídas (N/m)
 Peso do isolamento térmico;
 Peso do sistema de aquecimento

Q = Soma de cargas concentradas (N). Exemplo: peso de outras linhas;


W = Sobrecarga aplicada no meio do vão (N). Adotar 2000 N para linhas > 3” até
3m do solo;
Z = Momento resistente da seção transversal do tubo (cm3).
Ver tabelas a seguir.
Para o aço carbono até 350°C adotar Sv ‹ 350 MPa
3. Suportação das tubulações industriais

Cálculo do vão entre suportes


a) Flecha Máxima no meio do vão (∂)

∂ = 2400 L 3 Q+W + qL , Onde:


E xI 3 4

∂ = Flecha máxima (mm);


E = Módulo de elasticidade do material na temperatura considerada (MPa);
I = Momento de inércia da secção transversal do tubo (cm 4 );
Ver Z, E e I apresentados nos slides seguintes.
Valores admitidos para flechas
 Tubulações em áreas de processo:
 Tubos de Ø 3” ou menores: 5 mm
 Tubos de Ø 4” ou maiores: 10 mm

 Tubulações fora de áreas de processo: 25 mm


3. Suportação das tubulações industriais

Tubos de aço – dimensões normalizadas


3. Suportação das tubulações industriais

Tubos de aço – dimensões normalizadas


3. Suportação das tubulações industriais

Tubos de aço – dimensões normalizadas


3. Suportação das tubulações industriais

Notas
3. Suportação das tubulações industriais
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Dilatação Térmica de Tubulações


Para um tubo reto fixado nas duas extremidades, temos a sua dilatação térmica
dada pela Lei de Hooke:
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Dilatação Térmica de Tubulações


Exemplo

Tubo de aço carbono 10” de diâmetro série 40, aquecido de 0°C à 100°C:

e = 1,083 mm/m ou e = 0,001083 mm/mm


Para ∆T de 100°C, temos
E = 2 x 10 5 MPa

5
Como S = E x e S = 2 x 10 MPa x 0,001083 mm/mm S = 216,6 MPA, ou
S = 2166 Kgf/cm 2

Sendo A = 76,8 cm 2 , temos:


P = A xS P = 76,8 cm 2 x 2166 Kgf/cm 2

P = 166.132 Kgf ou P = 166 T


4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Dilatação Térmica e Flexibilidade de Tubulações


Regra prática: A dilatação unitária do aço carbono é aproximadamente 1 mm
por metro de comprimento a cada 100° C, até o limite de 500 ° C.
Assim uma tubulação de 50 metros de comprimento aquecida a 200 ° C
sofrerá uma dilatação aproximada de 100 mm.
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Dilatação Térmica e Flexibilidade de Tubulações


Meios de controlar a dilatação térmica:
 Trajeto da tubulação afastando-se da linha reta;
 Uso de elementos deformáveis intercalados na tubulação;
 Pre-tensionamento.
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações

 A flexibilidade é definida pela capacidade de absorver as dilatações


térmicas por meio de simples deformações nos seus diversos trechos;
 Uma tubulação é mais flexível quanto menores forem as tensões
provenientes dessas deformações;
 Uma tubulação tem flexibilidade quando as tensões resultantes das
dilatações térmicas forem menores que os valores máximos
admissíveis;
 O movimento dos pontos extremos (por exemplo bocais de
equipamentos) podem agravar ou atenuar os efeitos da dilatação
térmica da tubulação.
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível:

 Quanto maior for seu comprimento desenvolvido em


relação à distância dos pontos extremos:
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível:

 Quanto mais simétrico for seu traçado:


4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível:

 Quanto menores forem as desproporções entre os seus


diversos lados:
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível:

 Quanto maior liberdade houver de movimentos:


4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
1. O estudo de flexibilidade é um método de verificação e não um cálculo direto,
ou seja, desenha-se uma determinada configuração e em seguida verifica-se a
flexibilidade. Se as tensões estiverem acima dos valores admissíveis, duas
soluções podem ser adotadas:
 Suprimir os dispositivos de restrição de movimento, quando possível, ou
modificar sua posição;
 Alterar a configuração da tubulação para uma mais flexível.

2. Situações em que se pode dispensar o estudo de flexibilidade:


 Tubulação idêntica à outra já estudada e calculada;
 Tubulação semelhante em condições mais favoráveis de flexibilidade
(menor traçado, maior diâmetro ou menor temperatura);
 Tubulações de pequenas dimensões trabalhando em temperatura
ambiente, abrigadas do sol.
 Tubulações enterradas.
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Nos trechos curtos de tubos


(trechos AB e FE) podem surgir
esforços excessivos, mesmo
quando existe flexibilidade da
tubulação principal.

Solução: Batente para liminar


dilatação do tubo para a esquerda.
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Nas tubulações com ramais longos


podem ocorrer tensões excessivas
causadas pela flexão da linha,
devido à dilatação do ramal.

Solução: Colocação de guia


próxima ao ponto A ou batente
para liminar dilatação do ramal na
direção da linha.
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Ramal ligando duas linhas troncos.


4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Ramal ligando duas linhas troncos.


Cuidado devido à dilatação
diferencial das linhas tronco.
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos
4. Noções de flexibilidade de tubulações industriais

Flexibilidade de Tubulações
Exemplos
5. Projeto de tubulações industriais
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


1. Fluxograma de processo

 Elaborado pela equipe de processo, na fase inicial do projeto;


 Desenhos esquemáticos, sem escala, com todos equipamentos importantes com
seus dados principais, mostrando o funcionamento básico do sistema.
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


2. Fluxograma mecânico
 Elaborado pela equipe de processo em conjunto com equipe de projeto
mecânico;
 Além do fluxograma de processo, o fluxograma mecânico contém:
 Todos os equipamentos, inclusive os reservas de campo;
 Todas as tubulações (principais e secundárias), com indicação de
diâmetro, sentido de fluxo, caimento, exigência de serviço, etc.;
 Todas as válvulas com indicação de tipo, tamanho, etc.;
 Todos os instrumentos com indicação de tipo, tamanho, função, etc.

 Os fluxogramas mecânicos são a base para o desenvolvimento de todo o


projeto de tubulação;
 Em função da complexidade, podem ser subdivididos em sistemas ou
fluidos de trabalho.
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


2. Fluxograma mecânico
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


3. Plantas de tubulação:
 Desenhadas em escala;
 Mostra o arranjo físico dos equipamentos, com todas as tubulações;
 Devem conter as cotas dos tubos (normalmente a elevação do fundo);
 Mostra as distâncias entre tubos paralelos;
 Cotas de mudança de direção.
 Em áreas congestionadas podem ser feitas plantas em vários níveis.

Mostram ainda:
 Limites da área e do desenho;
 Linhas de centro das ruas;
 Todos os suportes;
 Todos os instrumentos, com identificação e posição aproximada;
 Plataformas, escadas, passarelas, etc.
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


3. Plantas de tubulação
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


3. Plantas de tubulação
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


4. Desenhos Isométricos
 Utilizados para detalhar uma tubulação ou grupo de tubulações próximas;
 Sem escala, com perspectiva isométrica;
 Utilizados para fazer o levantamento de todas as peças da tubulação
(válvulas, flanges, tês, reduções, etc.).
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


4. Desenhos Isométricos
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


4. Desenhos Isométricos
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


4. Desenhos Isométricos
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


5. Outros desenhos de tubulação:
 Detalhes típicos de válvulas, purgadores, drenos, respiros,
curvas, derivações, etc.;
 Desenhos de instalações subterrâneas;
 Desenhos e plantas de locação de suportes;
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial

6. Outros documentos:
 Especificação geral de tubulação (contendo material,
condições de pressão e temperatura, recomendações de
projeto, montagem, testes e operação, etc.);
 Lista de materiais e acessórios da tubulação, com
especificação completa;
 Listagem de válvulas;
 Listagem de suportes;
 Listagem de instrumentos;
 Memórias de cálculo;
 Etc.
5. Projeto de tubulações industriais

Etapas de um projeto de tubulação industrial


7. Sequência de serviços em um projeto de tubulação industrial:
5. Projeto de tubulações industriais

Metas de um projeto de tubulação industrial

 Garantir a vazão definida pelo processo, com a menor perda de


carga possível;

 Ter um traçado com flexibilidade que mantenha as tensões


internas dentro dos limites admissíveis;

 Garantir uma operação segura e confiável;

 Garantir uma montagem e posterior manutenção e inspeção com


o máximo de facilidade e segurança (condições de acesso);

 Minimizar os custos de construção, manutenção, inspeção e


operação.
5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de fluxogramas


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de fluxogramas


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de fluxogramas


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de fluxogramas


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de fluxogramas


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de Plantas de Tubulação


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de Plantas de Tubulação


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de Plantas de Tubulação


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de Plantas de Tubulação


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de Isométricos


5. Projeto de tubulações industriais

Convenções e Simbologia de Isométricos


6. Fabricação, montagem, testes e condicionamento de tubulações
6. Fabricação, montagem, testes e condicionamento de tubulações
6. Fabricação, montagem, testes e condicionamento de tubulações

Pré-montagem de tubulações

 Pré-montagem de peças e conjuntos (spool);

 Montagem de maior parte possível em “pipe shop” , minimizando montagem em campo;

 Não aplicável em tubulações de pequeno diâmetro (até 2”) e tubulações enterradas.


6. Fabricação, montagem, testes e condicionamento de tubulações

Exames não destrutivos de solda


 Inspeção visual e dimensional;
 Inspeção por líquido penetrante (LP);
Inspeção por partícula magnética (PM);
 Ultrassom (US);
 Gamagrafia.
6. Fabricação, montagem, testes e condicionamento de tubulações

Exames não destrutivos de solda


7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13
Relevância da segurança em caldeiras e vasos de pressão
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13
Relevância da segurança em caldeiras e vasos de pressão

83% dos acidentes com caldeiras ocorrem por problemas de


operação, manutenção e inspeção!!
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13
Relevância da segurança em caldeiras e vasos de pressão
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13
Relevância da segurança em caldeiras e vasos de pressão
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 – Histórico de revisões

 Essa Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho do Governo Federal


estabeleceu em 1978 critérios para segurança no projeto, construção, operação,
manutenção e inspeção de caldeiras e vasos de pressão;

 Revisão de 1995 estabeleceu pela primeira vez as bases para o SPIE (Serviço
Próprio de Inspeção de Equipamentos), entre outras modificações de relevância;

 A versão de 28/04/2014 (portaria n° 594 do MTE) incluiu tubulações ou


sistemas de tubulação interligados às caldeiras ou vasos de pressão, que
contenham fluidos de classe A ou B, conforme item 13.5.1.2 dessa NR;

 A revisão de 28/09/2017, não trouxe alterações significativas para os itens


referentes à tubulações.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 – Histórico de revisões

• 1 ª. Versão - 08 de junho de 1978 Difícil aplicação, particularmente para


• Revisão de 06 de junho de 1983 os vasos, tratados de forma muito
• Revisão de 07 de junho de 1984 simplista.

• Revisão de 27 de dezembro de 1994, Grande revisão, com melhor definição


com republicação em 26/04/95; de vasos em categorias, modelo
• Revisão de 19 de junho de 2008; tripartite, criação do SPIE, etc.

• Revisão de 28 de abril de 2014; Inclusão de critérios para tubulações


• Revisão de 28 de setembro de 2017. ligadas à vasos e caldeiras.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
Prazos na Portaria MTE n.º 594, de 28/04/2014

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto aos
itens abaixo discriminados, que entrarão em vigor nos prazos consignados,
contados da publicação deste ato:
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
Classe dos fluídos conforme item 13.5.1.2
Classe A:
• Fluidos inflamáveis;
• Fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºC;
• Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
• Hidrogênio;
• Acetileno.
Classe B:
• Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC;
• Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
Classe C:
• Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
Classe D:
• Outro fluido não enquadrado acima
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.1 - Tubulações - Disposições Gerais
13.6.1.1 - As empresas devem possuir um Programa e um Plano de Inspeção
que contemple (prazo na Portaria MTE n.º 594):
a) os fluidos transportados;
b) a pressão de trabalho;
c) a temperatura de trabalho;
d) os mecanismos de danos previsíveis;
e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente
trazidas por possíveis falhas das tubulações.

13.6.1.2 - As tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir dispositivos


de segurança conforme os critérios do código de projeto utilizado, ou em
atendimento às recomendações de estudo de análises de cenários de falhas.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.1 - Tubulações - Disposições Gerais

13.6.1.3 - As tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir indicador de


pressão de operação, conforme definido no projeto de processo e instrumentação.

13.6.1.4 - Todo estabelecimento que possua tubulações, sistemas de tubulação ou


linhas deve ter a seguinte documentação devidamente atualizada:
a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao planejamento e
execução da sua inspeção (prazo na Portaria MTE n.º 594).
b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e seus acessórios;
c) Projeto de Alteração e Reparo em conformidade com os itens 13.3.3.3 e 13.3.3.4;
d) relatórios de inspeção em conformidade com o item 13.6.3.9.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.1 - Tubulações - Disposições Gerais

13.6.1.5 - Os documentos referidos no item 13.6.1.4, quando inexistentes ou


extraviados, devem ser reconstituídos pelo empregador, sob a responsabilidade
técnica de um PH (Profissional Habilitado).

13.6.1.6 - A documentação referida no item 13.6.1.4 deve estar sempre à


disposição para fiscalização pela autoridade competente do Órgão Regional do
Ministério do Trabalho e Emprego, e para consulta pelos operadores, pessoal de
manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do
empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo,
ainda, o empregador assegurar o acesso a essa documentação à representação
sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, quando
formalmente solicitado.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.2 - Segurança na operação de tubulações

13.6.2.1 - Os dispositivos de indicação de pressão da tubulação devem ser


mantidos em boas condições operacionais;

13.6.2.2 - As tubulações de vapor e seus acessórios devem ser mantidos em


boas condições operacionais, de acordo com um plano de manutenção
elaborado pelo estabelecimento;

13.6.2.3 - As tubulações e sistemas de tubulação devem ser identificáveis


segundo padronização formalmente instituída pelo estabelecimento, e
sinalizadas conforme a NR-26.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.3 - Inspeção periódica de tubulações

13.6.3.1 - Deve ser realizada inspeção de segurança inicial nas tubulações.

13.6.3.2 - As tubulações devem ser submetidas à inspeção de segurança periódica.

13.6.3.3 - Os intervalos de inspeção das tubulações devem atender aos prazos


máximos da inspeção interna do vaso ou caldeira mais crítica a elas interligadas,
podendo ser ampliados pelo programa de inspeção elaborado por PH,
fundamentado tecnicamente com base em mecanismo de danos e na criticidade
do sistema, contendo os intervalos entre estas inspeções e os exames que as
compõem, desde que essa ampliação não ultrapasse o intervalo máximo de 100%
(cem por cento) sobre o prazo da inspeção interna, limitada a 10 (dez) anos.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.3 - Inspeção periódica de tubulações
13.6.3.4 - Os intervalos de inspeção periódica da tubulação não podem
exceder os prazos estabelecidos em seu programa de inspeção, consideradas
as tolerâncias permitidas para as empresas com SPIE.

13.6.3.5 - A critério de PH, o programa de inspeção pode ser elaborado por


tubulação, linha ou por sistema. No caso de programação por sistema, o
intervalo a ser adotado deve ser correspondente ao da sua linha mais crítica.

13.6.3.6 - As inspeções periódicas das tubulações devem ser constituídas de


exames e análises definidas por PH, que permitam uma avaliação da sua
integridade estrutural de acordo com normas e códigos aplicáveis.
13.6.3.6.1 No caso de risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores
envolvidos na execução da inspeção, a linha deve ser retirada de operação.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.3 - Inspeção periódica de tubulações
13.6.3.7 - Deve ser realizada inspeção extraordinária nas seguintes
situações:
a) sempre que a tubulação for danificada por acidente ou outra
ocorrência que comprometa a segurança dos trabalhadores;
b) quando a tubulação for submetida a reparo provisório ou
alterações significativas, capazes de alterar sua capacidade de
contenção de fluído;
c) antes da tubulação ser recolocada em funcionamento, quando
permanecer inativa por mais de 24 (vinte e quatro) meses.

13.6.3.8 - A inspeção periódica de tubulações deve ser executada sob a


responsabilidade técnica de PH.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.3 - Inspeção periódica de tubulações
13.6.3.9 - O relatório de inspeção de segurança, mencionado no item 13.6.1.4 alínea
“d”, deve ser elaborado em páginas numeradas, contendo no mínimo:
a) identificação da(s) linha(s) ou sistema de tubulação;
b) fluidos de serviço da tubulação, e respectivas temperatura e pressão de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográfico da localização das anomalias significativas detectadas no exame externo da tubulação;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;
i) parecer conclusivo quanto à integridade da tubulação, do sistema de tubulação ou da linha até a próxima
inspeção;
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança;
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome legível e assinatura
de técnicos que participaram da inspeção.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
13.6.3 - Inspeção periódica de tubulações

13.6.3.9.1 - O prazo para emissão desse relatório é de até 30 (trinta) dias


para linhas individuais e de até 90 (noventa) dias para sistemas de
tubulação.

13.6.3.10 - As recomendações decorrentes da inspeção devem ser


implementadas pelo empregador, com a determinação de prazos e
responsáveis pela sua execução.
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
7. A NR-13 e seu impacto no projeto, C&M, operação, inspeção em
serviço e manutenção de tubulações industriais

NR-13 - Tubulações
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

A inspeção e a manutenção de tubulações industriais em serviço são desde 2014


reguladas pela NR-13, conforme visto anteriormente. Contudo outros aspectos
devem ser considerados, tanto na fase de planejamento como de execução
dessas atividades.
Destacamos ainda nesse capitulo, o uso da técnica de Inspeção Baseada em Risco
(IBR) ou como também é bastante conhecida RBI (“Risk Based Inspection”)
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Corrosão em tubulações
 A corrosão pode ser definida como um processo de “retorno” dos materiais
metálicos à sua condição natural, ou seja de compostos minerais;
 Esse processo ocorre através da iteração do material com o meio ambiente (ar,
solo, água do mar, etc.) ou com elementos químicos presentes nas unidades
industriais;
 Esse retorno do material à condição de composto retira do material propriedades
desejadas à sua aplicação, ou seja, resistência mecânica, ductibilidade, etc.
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Corrosão em tubulações
Podemos classificar a corrosão em dois grupos:
 Corrosão Eletroquímica: Processo que ocorre pela formação de pilhas
galvânicas de corrosão em função da presença de água ou outros meios que
permitam a circulação de íons. Comumente ocorre no solo, na água do mar ou
na presença de meios condutores de eletricidade. Esse assunto será tratado
com mais detalhes no capítulo referente à proteção catódica;
 Corrosão química: Processos que ocorrem em presença de altas temperaturas,
meios ácidos ou alcalinos ou em presença de elementos agressivos aos metais
mesmo sem a presença de água;
 Assim os cuidados com tubulações industriais são principalmente relacionados
ao controle dos processos corrosivos a que essas estão submetidas.
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Corrosão em tubulações
 Desde a fase de projeto, os cuidados com a proteção das tubulações contra a
corrosão devem ser previstos. Contudo normalmente não é possível garantir
proteção total e permanente ao longo de toda a vida da estrutura.
 Assim um programas de inspeções periódicas e de manutenção preventiva e
corretiva (quando necessário) devem ser adotados;
 Exemplo típico de manutenção preventiva é a pintura regular de tubulações
aéreas expostas ao ar e elementos agressivos presentes em ambientes industriais.
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Planejamento de Inspeção de tubulações


1. Levantar todas as informações relevantes para uma boa inspeção:
 Detalhes construtivos, material do tubo, tipo de revestimento, definição do
trecho a ser inspecionado e encaminhamento;
 Acessórios com suas folhas de dados (válvulas, suportes, flanges, etc.);
 Condições operacionais: pressão, temperatura, tipo de fluído;
 Mecânicos de danos previstos ou identificados em inspeções anteriores.

2. Definir ensaios a serem realizados: visual, medição de espessura, ultrassom,


liquido penetrante, partícula magnética, etc. e os locais de aplicação.
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Planejamento de Inspeção de tubulações


3. Prever recursos, condições de acesso e materiais necessários para
realização dos serviços;
4. Identificar locais com necessidade de remoção de revestimento (quando
houver) tais como drenos, vents, trechos em curvas, instrumentos, etc.
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Cuidados e critérios na execução da inspeção de tubulações

1. Iniciar os trabalhos com uma inspeção visual geral da tubulação,


verificando as condições físicas aparentes tais como: a presença de
corrosão, excesso de sujidades, vazamentos, vibrações, deformações,
danos mecânicos, empolamentos ou gotejamento de produto da
própria tubulação ou de equipamentos próximos sobre a mesma.

2. Atenção especial nas regiões de tubulações sobre apoio em estruturas


de suportação. Esses pontos são mais susceptíveis a corrosão, e
apresentam maior dificuldade de avaliação de danos. Caso existam
sinais de deterioração, a tubulação deve ser levantada ou a suportação
rebaixada. Nesses casos é necessária uma avaliação criteriosa, devido a
existência de risco de danos, ou presença de vazamentos contidos.
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Cuidados e critérios na execução da inspeção de tubulações


3. Nas tubulações não isoladas, atentar para regiões com acúmulo de material
estranho sobre a superfície, pois pode ocorrer o desenvolvimento de
processo corrosivo sob depósito.
4. Nas tubulações sem pintura ou isolamento (tais como as de aço inox),
verificar a existência de condições que propiciem a ocorrência de corrosão,
provocadas por gotejamento ou respingos provenientes de torre de
refrigeração ou de pontos de acúmulo de água.
5. Nas tubulações isoladas a quente ou a frio, deve-se verificar o estado geral
do isolamento quanto a existência de frestas, trechos caídos ou soltos,
condensação ou formação de gelo (nos isolamentos à frio).
6. Os executantes dos ensaios não destrutivos devem ser qualificados.

7. Atenção ao risco de queimaduras em linhas aquecidas.


8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Inspeção Baseada em Risco (RBI)

 É um processo de identificação, avaliação e mapeamento de riscos industriais


(causados por corrosão, fraturas, etc.) capazes de comprometer a integridade
tanto dos equipamentos sobre pressão, incluindo tubulações, bem como de
elementos estruturais;
 A RBI abrange riscos que podem ser controlados mediante inspeções e
análises adequadas;
 A aplicação da técnica exige a previsão da probabilidade da falha e das suas
consequências (tanto de segurança quanto financeiras), com consequente
determinação do risco.
 Essa técnica parte do conceito que risco é a associação de probabilidade de
ocorrência da falha versus as suas consequências, conforme critérios da API
581, apresentadas no gráfico a seguir:
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Inspeção Baseada em Risco (RBI)

Risco: Consequência versus Probabilidade da falha

5 Grau do Risco
Probabilidade da Falha

Risco Baixo
4
Risco Médio
Risco Médio Alto
3
Risco Alto

A B C D E
Consequência
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Inspeção Baseada em Risco (RBI)


No gráfico abaixo, temos, como exemplo, os critérios da NR-13 aplicados à
metodologia, para determinação das consequências da falha:

Fonte: RBI – Foco na Inspeção não intrusiva e NR-13 – Camila Pontes Pena - ISQ Brasil / IBP
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Inspeção Baseada em Risco (RBI)

A probabilidade de falha é determinada considerando, entre outros:


 O tipo de produto transportado e sua agressividade;

O histórico de falha da tubulação ou de sistemas equivalentes;

 As condições e controles operacionais que garantam as condições normais de trabalho;

 O histórico e registros de inspeções anteriores, se houver;

 Os mecanismos de degradação conhecidos na estrutura, por corrosão ou outro meio;

Fonte: RBI – Foco na Inspeção não intrusiva e NR-13 – Camila Pontes Pena - ISQ Brasil / IBP
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Inspeção Baseada em Risco (RBI)

 Outro conceito que deve ser considerado na RBI é o de Vida Residual (VR);

 A Vida Residual é baseada em valores de taxas e/ou períodos entre falhas


obtidos da literatura (típico), de cálculos com dados obtidos nos próprios
equipamentos (calculada) ou de medições diretas das taxas (medido);

 A VR é computada à partir da data da última inspeção executada. Caso não haja


inspeção anterior suficientemente efetiva, adota-se o início da operação;

 A previsão de vida tem por objetivo único o balizamento do Programa de


Inspeção. Não há qualquer relação com o termino da vida útil do equipamento.

Fonte: Programa de Inspeção Baseada em Risco - tubulação condução Ácido Sulfúrico – Vale Fertilizantes
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Inspeção Baseada em Risco (RBI)

 O resultado dessa metodologia pode ser observado no gráfico abaixo:


Risco

Programa de Inspeção
Convencional

Mesmo nível de
atividade de
inspeção com
menor risco
RBI Risco residual ou desconhecido

nível de atividade de inspeção

Fonte: Programa de Inspeção Baseada em Risco - tubulação condução Ácido Sulfúrico – Vale Fertilizantes
8. Inspeção em serviço e manutenção de tubulações industriais

Inspeção Baseada em Risco (RBI)

Com a metodologia RBI obtém-se:

 Planos de Inspeção focados nos mecanismos de danos da tubulação;


 Categorização das tubulações conforme seu grau de risco;
 Aumento da eficiência e otimização de custos da inspeção;
 Eliminação de atividades de inspeção desnecessárias e que não trazem valor agregado;
 Aumento do controle da corrosão/degradação;
 Maior flexibilidade dos intervalos de inspeção sem comprometer a integridade dos
equipamentos;
 Aumento da disponibilidade e confiabilidade (minimiza as paradas não programadas);
 Técnica sólida e rastreável, que permite justificar alterações de intervalos de inspeção
aos reguladores/ autoridades;
 Aumento da segurança.

Fonte: RBI – ISQ Brasil


Final da 2ª. parte

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