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INTRODUÇÃO
1
Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel de Direito,
Faculdade de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
2
2
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2003. p. 312.
4
3
WALDMAN, Ricardo Libel. Aulas ministradas na disciplina de Introdução ao estudo do direito I no
semestre de 2002/1.
4
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Objetiva, 2001. p. 1049
5
VENOSA, Silvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito: primeiras linhas. São Paulo: Atlas,
2004. p. 27
5
Pode-se então, definir direito como uma regra jurídica (direito objetivo), mas
também como o direito de alguém a determinada coisa (direito subjetivo). Dessa
forma, Direito, em sentido amplo, seria o conjunto de normas jurídicas com o objetivo
de regular as relações oriundas da vida em sociedade, de modo a determinar
direitos e obrigações.
6
TELLES JÚNIOR, Goffredo. Iniciação na ciência do direito. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 355.
7
VENOSA, op. cit., p. 30.
8
Ibid., p. 29.
9
TELLES JUNIOR, op. cit., p. 225.
10
FACCHINI NETO, Eugênio. Reflexões histórico-evolutivas sobre a constitucionalização do direito
privado In: SARLET, Ingo Wolfgang. (Org.) Constituição, Direitos Fundamentais e Direito
Privado. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006. p. 19.
6
Silvio de Salvo Venosa aduz que Karl Larenz afirma ser o direito privado
aquela parte do ordenamento jurídico que regula as relações de particulares entre si:
[...] com base na sua igualdade jurídica e sua autodeterminação (autonomia
privada). Por direito público, entende-se a parte do ordenamento que regula
as relações do Estado e de outras corporações investidas de poder de
autoridade, tanto com seus membros, como entre si, assim como a
13
organização de ditas corporações.
11
TEPEDINO, Gustavo (Org.) A Responsabilidade social do jurista e o ensino jurídico: um breve
diálogo entre o direito e a pedagogia. In: MORAES, Maria Celina Bodin de. Diálogos sobre Direito
Civil: construindo uma racionalidade contemporânea. Rio de Janeiro: Renovar, 2002. p. 17.
12
VENOSA, op. cit., p. 42.
13
VENOSA, op. cit., p. 42.
14
TELLES JUNIOR, op. cit., p. 228.
15
BOBBIO, Norberto. A grande dicotomia: público/privado. In: Estado, governo, sociedade: para
uma teoria geral da política [Stato, governo, società. Per uma teoria generale della politica]. 3. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990 [1987]. p. 13-14.
7
16
FACCHINI NETO, op. cit., p. 28.
17
Idem, Ibidem.
18
Idem, Ibidem.
19
Idem, Ibidem.
8
20
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. Coimbra,
Almedina, 1998, pág. 46.
21
FACCHINI NETO, op. cit., p. 19.
22
MORAES, Maria Celina Bodin de. O conceito de dignidade humana: substrato axiológico e
conteúdo normativo. In: SARLET, Ingo Wolfgang. (Org.) Constituição, Direitos Fundamentais e
Direito Privado. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006. p. 136.
23
Assim relata RADBRUCH, G. Filosofia do Direito. Coimbra: A. Amado, 1961. p. 8. v. 2.
24
TOCQUEVILLE, Aléxis de. L’Ancien Regime et la Révolution apud FACCHINI NETO, op. cit., p.53.
9
25
FACCHINI NETO, op. cit., p. 20.
26
PINHEIRO, Rosalice Fidalgo. A responsabilidade social do jurista e o ensino jurídico: um breve
diálogo entre o direito e a pedagogia. In: TEPEDINO, Gustavo (Org.). Diálogos sobre Direito Civil:
construindo uma racionalidade contemporânea. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.p. 505.
10
27
Idem, ibidem.
28
CANOTILHO, op. cit., p. 45.
29
Idem, Ibidem.
30
BOBBIO, op. cit., p. 25.
11
31
FACCHINI NETO, op. cit., p. 25.
32
CORTIANO JÚNIOR, Eroulths. Para além das coisas: breve ensaio sobre o direito, a pessoa e o
patrimônio mínimo. In: TEPEDINO, Gustavo (Org.). Diálogos sobre Direito Civil: construindo uma
racionalidade contemporânea. Rio de Janeiro: Renovar, 2002. p. 155.
12
33
FACCHINI NETO, op. cit., p. 28.
34
MORAES, Maria Celina Bodin de. A caminho de um direito civil constitucional. Revista de Direito
Civil, n. 65, jul./set. 1993 p. 26.
13
35
VENOSA, op. cit., p. 42.
36
FACCHINI NETO, op. cit., p. 31.
37
PINHEIRO, op. cit., p. 493.
38
Idem. Ibidem.
14
Deste modo, o direito passa a ter uma nova concepção. Rompe, ele, com os
valores do patrimonialismo e individualismo, para consagrar um novo valor que é a
solidariedade, devendo, portanto, possuir uma função social.
Deve-se então, fazer uma análise dos motivos pelos quais surge o princípio
da solidariedade e a expressão função social da propriedade e o que vem eles a
significarem. Como em todo o direito, os valores e normas devem ser sempre
interpretados a partir do contexto histórico que se apresentam.
Em relação ao surgimento desse novo valor, a solidariedade, sustenta Maria
Celina Bodin de Moraes que:
[...] o século passado presenciou, em grande parte como conseqüência das
trágicas experiências vivenciadas ao longo da Segunda Guerra, o
surgimento de um novo tipo de relacionamento entre as pessoas, baseado
na chamada solidariedade. É de ressaltar a tábua axiológica trazida pelas
Constituições do século XX, elaboradas e promulgadas após o término da
Guerra. Nesse novo ambiente, o valor fundamental deixou de ser a vontade
individual, o suporte fático – jurídico das situações patrimoniais que
39
VENOSA, op. cit., p. 42.
40
PINHEIRO, op. cit., p. 42.
15
José Acir Lessa Giodani45 afirma que “ao mesmo tempo em que a
propriedade é regulamentada como direito individual fundamental, revela-se o
41
MORAES, op. cit., 2006, p. 138-139.
42
Ibid., p. 139.
43
PERLINGIERI, Pietro. Perfis do Direito Civil. Tradução de Maria Cristina De Cicco. 3. ed. Rio de
Janeiro: Renovar, 1997. p. 231.
44
GONDINHO, André Osório. Função social da propriedade. In: TEPEDINO, Gustavo (Coord.).
Problemas de Direito Civil – Constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 2000. p. 399.
16
Por fim, ressalta Eugênio Facchini Neto47 que “do ponto de vista das
estruturas dogmáticas do Direito objetivo, percebe-se uma evolução no sentido da
despatrimonialização do direito civil, em função do advento do correlato movimento
em prol da sua repersonalização, ou seja, a tutela das situações patrimoniais deixa
de estar no centro das preocupações jurídicas, pois, a partir de uma visão
constitucionalizada do direito privado, a primazia passa para as situações não
patrimoniais, buscando-se dar efetividade ao princípio da dignidade da pessoa
humana”.
Gustavo Tepedino acerca da publicização do direito privado:
[...] trata-se em estabelecer novos parâmetros para a definição da ordem
pública, relendo o direito civil à luz da Constituição, de maneira a privilegiar,
insista-se ainda uma vez, os valores não patrimoniais e, em particular, a
dignidade da pessoa humana, o desenvolvimento de sua personalidade, os
direitos sociais e a justiça distributiva, para cujo atendimento deve se voltar
a iniciativa econômica privada e as situações jurídicas patrimoniais.48
45
GIORDANI, José Acir Lessa. Propriedade imóvel: seu conceito, sua garantia e sua função social na
Nova Ordem Constitucional. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 669, 1991.
46
GONDINHO, op. cit., p. 419.
47
FACCHINI NETO, op. cit., p. 56.
48
TEPEDINO, Gustavo. Premissas metodológicas para a constitucionalização do direito civil. In:
TEPEDINO, Gustavo (Org.). Temas de Direito Civil. Rio de Janeiro: Renovar, 1999. p. 22.
17
49
MEIRELLES, op. cit., p. 571.
50
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 641.
51
GASPARINI, op. cit., p. 641.
19
57
SALLES, op. cit., p. 69.
58
GONDINHO, op. cit., p. 406.
21
Refere André Osório Gondinho59 que “pela primeira vez, uma constituição
brasileira afirma que a propriedade não poderá ser exercida contra o interesse social
ou coletivo”.
A Constituição Federal de 1937 assim dispôs sobre o direito de propriedade e
desapropriação:
Art. 122 – A Constituição assegura aos brasileiros e estrangeiros residentes
no país o direito à liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos
termos seguintes:
[...] ainda sob a égide da Constituição de 1937, foi baixado o Dec. - lei
3.365, de 21.06.1941, que, com inúmeras alterações posteriormente
introduzidas em seu texto, regula até hoje a desapropriação por utilidade
pública em todo País.
No ano de 1941 surge o Decreto-Lei n.º 3365 que veio disciplinar os casos
de desapropriação por utilidade pública. A partir de então, todos os casos de
59
GONDINHO, op. cit., p. 409.
60
SALLES, op. cit., p. 75.
61
GODINHO, op. cit., p. 410.
22
utilidade pública passaram a ser regulados por essa lei. Cumpre salientar que é
justamente nessa lei que se insere o tema do presente trabalho, mais
especificamente em seu artigo 4º que será objeto de análise no tópico 2.4 deste
Capítulo.
Nestes termos a Constituição de 1946 dispôs sobre o direito de propriedade
e desapropriação:
Art. 141 A Constituição assegura aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no país a inviolabilidade dos direitos concernentes à vida, à
liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes:
Em 1962 surge a Lei n.º 4.132 que veio dispor a respeito dos casos de
desapropriação por interesse social, devendo ser aplicadas, as disposições do
Decreto-Lei de 1941 nos casos de omissão dessa lei bem como quanto ao processo
e à justa indenização devida ao proprietário.
A Constituição da República de 1967 e Emenda Constitucional de 1969
estabeleceram que:
Art. 157 A ordem econômica tem por fim realizar a justiça social, com base
nos seguintes princípios:
III – função social da propriedade.
Art. 160 da EC de 1969 A ordem econômica e social tem por fim realizar o
desenvolvimento nacional e a justiça social com base nos seguintes
princípios:
III – função social da propriedade.
Aduz André Osório Gondinho63 que “pela primeira vez utiliza-se o termo
“função social da propriedade”, para tratar da necessidade de compatibilização entre
os interesses do proprietário e as necessidades da sociedade”. E mais adiante:
62
SALLES, op. cit., p. 76.
63
GONDINHO, op. cit., p. 411.
23
2.3 DA DESAPROPRIAÇÃO
Primeiramente necessária é a compreensão do instituto da desapropriação.
Hely Lopes Meirelles define como:
64
GODINHO, op. cit., p. 412.
65
Idem, Ibidem.
24
66
MEIRELLES, op. cit., p. 576.
67
SALLES, op. cit., p. 65.
25
68
Constituição Federal, Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição; [...]
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. [...]
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: [...]
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. [...]
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel
rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a
partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária,
autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário,
para o processo judicial de desapropriação.
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o
montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
26
69
SALLES, op. cit., p. 159.
70
Ibid., p. 91.
71
GASPARINI, op. cit., p. 671.
72
MEIRELLES, op. cit., p. 584.
73
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. 15. ed. rev. atual. Rio de Janeiro:
Forense, 1998. p. 267.
27
74
CRETELLA JÚNIOR, op. cit., p. 147.
75
Idem, Ibidem, p. 142.
28
76
CRETELLA JÚNIOR, op. cit., p. 142.
29
77
SALLES, op. cit., p. 163.
78
MEIRELLES, op. cit., p. 580.
79
CRETELLA JÚNIOR, op. cit., p. 146.
80
SALLES, op. cit., p. 159-160.
30
81
CRETELLA JÚNIOR, op. cit., p. 146.
31
82
CRETELLA JÚNIOR, op. cit., p. 146.
83
FAGUNDES, Seabra. Da desapropriação no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
1949, p. 100.
32
84
SODRÉ, Eurico. A desapropriação por necessidade ou utilidade pública. São Paulo: Saraiva,
1945. p. 86.
33
85
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado. 3. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1971. p.188.
v. 14.
86
SODRÉ, op. cit., 1945, p. 89.
34
[...] por um lado, visa a permitir a realização integral e satisfatória dos planos
de obras públicas; de outro lado, serve para facilitar, pela revenda dos
terrenos assim adquiridos, a amortização das vultosas quantias nelas
90
despendidas pelo Estado.
91
SALLES, op. cit., p. 161.
92
BALEEIRO, 1976, op. cit., p. 256.
93
SALLES, op. cit., p. 165.
36
Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro, para revenda da área marginal.
Salienta Bilac Pinto94, em parecer concedido ao Prefeito do Distrito Federal à época,
que “a opção por esse tipo de financiamento, pelo menos no que concerne ao trecho
compreendido na zona metropolitana da cidade, parece bem justificada, pois alguns
pressupostos necessários ao seu êxito foram assegurados.”
Ressalte-se o fato de que a desapropriação por zona empreendida pelo
prefeito do Distrito Federal, em seu projeto de urbanização, obteve sucesso
absoluto.
Nesse sentido, ou seja, do sucesso da aplicação da contribuição de
melhoria, a Administração Pública se ressarciria, senão integral, pelo menos
parcialmente, dos valores empreendidos nos melhoramentos, haja vista que chama
para si os imóveis antes mesmo do início das obras, pois já o declara de utilidade de
pública logo após a realização dos projetos, indenizando o proprietário pelo valor
venal do bem à época, e, após a conclusão das obras o revende já acrescido pela
mais valia decorrente dos melhoramentos.
Em sentido semelhante Bilac Pinto preconiza que:
[...] mesmo admitindo, porém, que o sucesso do plano, sob o aspecto
financeiro, seja completo, terá de se considerar que a desapropriação por
zona constitui processo excepcional de financiamento, que só em raros
casos pode ser eficazmente aplicado e que, do ponto de vista fiscal, é
injusto e desigual. Com efeito, o sucesso do financiamento da abertura da
avenida Presidente Vargas não autorizará a generalização da medida a
95
todos os Planos de Urbanização, como é óbvio.
94
PINTO, Bilac. Estudos de Direito Público. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1953. p. 337.
95
Ibid., p. 338.
96
Em nível nacional, vale lembrar, ser esse caso do antigo Distrito Federal, o único apontado pela
doutrina, muito embora tenha se pesquisado em todos os manuais existentes sobre o assunto no
vasto acervo bibliográfico da Biblioteca Central da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul.
37
97
PINTO, op. cit., p. 338.
98
MUNRO, Willian Bennett. Municipal Administration. New York : The Macmillan Co., 1935. Apud
PINTO, op. cit., p. 257.
99
MUNRO apud PINTO, op. cit., p. 256.
100
PINTO, op. cit., p. 343.
101
Ibid., p. 338.
102
SALLES, op. cit., p. 165.
38
3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
103
SALLES, op. cit., p. 165.
104
BALEEIRO, 1976, op. cit., p. 256.
105
PINTO, op. cit., p. 339.
106
CUSHMAN, Robert Eugene. Excess Condemnation. New York: D. Appleton and Company, 1917.
p. 190-191 apud SALLES, op. cit., p. 165.
107
PINTO, op. cit., p. 340.
39
108
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
p. 260.
109
Ibid., p. 260.
110
Ibid., p. 263.
40
Salienta Geraldo Ataliba111 que “a primeira lei a cuidar da matéria foi a lei
paulista de n.º 2509, de 1936, que instituiu a “taxa de melhoria”.
Entretanto, a Constituição de 1937 nada referiu em relação ao instituto,
surgindo o entendimento, por parte de alguns autores, de que poderia a contribuição
de melhoria ter sido abolida do ordenamento jurídico brasileiro.
Já a Constituição Federal de 1946 traz novamente para o texto
constitucional a previsão da contribuição de melhoria. Assim dispôs à época a Carta
Magna em seu artigo 30, I, e parágrafo único:
Art. 30 Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
cobrar:
I - contribuição de melhoria, quando se verificar valorização do imóvel, em
conseqüência de obras públicas;
Parágrafo único - A contribuição de melhoria não poderá ser exigida em
limites superiores à despesa realizada, nem ao acréscimo de valor que da
obra decorrer para o imóvel beneficiado.
Em 1949 surge a lei nº 854 que possuía como escopo regular a contribuição
de melhoria. Geraldo Ataliba112 salienta o insucesso dessa lei em razão da sua
“complexidade e os processos complicados que ele engendrava tornavam
impossível a sua observância, de maneira que, sempre os contribuintes puderam
encontrar razões e motivos para resistir a sua aplicação.”
Em 1966 a Lei n.º 5.172, mais conhecida como Código Tributário Nacional
veio disciplinar em seus artigos 81 e 82 a instituição da contribuição de melhoria.
Assim dispõem os artigos que disciplinam o instituto da contribuição de melhoria:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada
e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado.
111
ATALIBA, Geraldo. Em prol da Contribuição de Melhoria. São Paulo: Resenha Tributária,1976b.
p. 28.
112
Ibid., p. 31-32.
41
Um ano após, verifica-se o surgimento do decreto Lei federal n.º 195 que
conforme aduz Geraldo Ataliba114 apesar de tentar viabilizar o tributo, “vem na
verdade contribuir para solidificar todos os empecilhos e obstáculos à sua
viabilização.”
A Constituição de 1967 em seu artigo 19, III, traz a previsão da contribuição
de melhoria. Assim dispõe o citado dispositivo:
Art.19 - Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
arrecadar:
Por fim, a Constituição Federal de 1988 dispôs em seu artigo 145, III, sobre
a arrecadação contribuição de melhoria:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
113
ATALIBA, op. cit., 1976b, p. 32.
114
Ibid., p. 33.
42
115
BALEEIRO, 1998, op. cit., p. 259.
116
ATALIBA, 1976b, op. cit., p. 9.
117
BALEEIRO, 1998, op. cit., p. 259.
118
PINTO, op. cit., p. 339.
119
ATALIBA, 1976b, op. cit., p. 12.
120
Idem. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Malheiros, 2002. p. 176.
43
121
ATALIBA, op. cit., 1976b, p. 9.
122
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
p. 259.
123
ATALIBA, op. cit., 1976b, p. 10.
124
ROSE-WATER. Victor. Special Assessments. Studies in History, Economics and Public Law.
2. ed. New York: University of Columbia, 1898. v. 2. apud ATALIBA, op. cit., 1976b, p. 10.
125
ATALIBA, op. cit., p. 10-11.
44
126
ATALIBA, op. cit., p. 10.
127
CORNICK, Philip, “Special Assessment” em Municipal Finance, de A. E. Buck, NY: Macmilan
Co., 1937. p. 388. Apud BALEEIRO, op. cit., 1998, p. 263.
128
BALEEIRO, op. cit., 1998, p. 265.
129
ATALIBA, Geraldo. Em prol da contribuição de melhoria. São Paulo: Resenha Tributária, 1976.
p. 39-47.
130
BALEEIRO, op. cit., 1998, p. 263.
45
131
BALEEIRO, op. cit., p. 264.
132
PINTO, op. cit., p. 345.
133
BALEEIRO, op. cit., 1998, p. 261.
134
Idem, Ibid., p. 267.
135
PINTO, op. cit., p. 340.
136
HAHNE, Ernest Herman, verb. “Special assessment". In Encyclopaedia of the Social Sciences.
New York: The Macmillan Company, 1932, p. 279. v. 14 apud PINTO, op. cit., p. 345.
46
CONSIDERAÇÕES FINAIS
137
HAHNE, op. cit., p. 346.
138
SALLES, op. cit., p. 167.
47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATALIBA, Geraldo. Uma introdução à ciência das finanças. 11. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 1976a.
______. Uma Introdução à ciência das finanças. 15 ed. rev.atual por Dejalma de
Campos. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
BRASIL. Lei n.º 5. 172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário
Nacional e Institui Normas Gerais de Direito Tributário Aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Código Tributário Nacional. Brasília, DF, 25 de out. 1966. Disponível
em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/CodTributNaci/ctn.htm>. Acesso
em 10 out. 2007
CORTIANO JÚNIOR, Eroulths. Para além das coisas: breve ensaio sobre o direito, a
pessoa e o patrimônio mínimo. In: TEPEDINO, Gustavo (Coord.). Diálogos sobre
Direito Civil: construindo uma racionalidade contemporânea. Rio de Janeiro:
Renovar, 2002. p. 155-165.
GIORDANI, JOSÉ ACIR LESSA. Propriedade Imóvel: seu conceito, sua garantia e
sua função social na Nova Ordem Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais,
1991.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 29. ed. atual. São
Paulo: Saraiva, 2004.
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado. 3. ed. Rio de Janeiro: Borsoi,
1971.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 13. ed. São Paulo: Atlas , 2003.
PINTO, Bilac. Estudos de Direito Público. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1953.