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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

HISTÓRIA DA ÁFRICA CONTEMPORÂNEA


PROFA. ANA FLÁVIA C. RAMOS

Ficha do Leitor Privilegiado


Nome: Kathleen Loureiro Santana dos Reis Data 09/09/2016

Título do texto: “Tendências recentes nas pesquisas históricas africanas e contribuição à


História em Geral”, in: História Geral da África
Autor do texto: Philip D. Curtin
Ano de publicação do texto e ano da edição: Primeira publicação em inglês em 1981; edição
de 2010.

1 – Quem é o autor?
2 – Qual o objetivo do autor no texto? O que ele pretende fazer, demonstrar ou comentar?
3 – Qual a estrutura do texto? Em tópicos curtos.
4 – Liste (para apresentar em aula) os três argumentos fundamentais do texto.
5 – Quais são as fontes históricas usadas por ele?
6 – A que conclusões ele chega ao final do texto?
Respostas

1 – Philip D. Curtin era norte americano, foi professor e historiador de história de África, trata
sobre o tráfico negreiro e ficou famoso pelo seu livro “The Atlantic Slave Trade: A Census”, de
1969, que “reduz drasticamente as estimativas do tráfico de escravos sem considerar os
efeitos do tráfico nas sociedades africanas” (BARRY, Boubacar: “Senegâmbia: o desafío da
história regional”, pág 50).

2 – Como o próprio título já diz: “Tendências recentes nas pesquisas históricas africanas e
contribuição à História Geral”, o autor tem como objetivo comentar sobre os processos que os
historiadores africanos passaram para escreverem uma historiografia do continente e como se
foi/é a construção de uma “matéria” sobre a África, que tem história e consequentemente,
está em movimento.

3 – O autor aborda primeiro as questões que fizeram não se ter uma compreensão de que a
África tem história, sobre as questões de racismo cientifico, a colonização e como esses
preconceitos estruturaram um meio onde não houve possibilidade dos próprios africanos de
se pensarem enquanto sujeitos históricos. O exemplo claro dos antropólogos que eram
extremamente funcionalistas que incentivavam o pensamento de uma África primitiva,
excêntrica.
Depois ele trata do “bum” que houve nas décadas de 1950-1960 de retratar a África com a
visão vinda de dentro do continente, de historiadores africanos. Fala sobre os processos que
esses historiadores enfrentaram e por quais caminhos seguiram em frente a ideia de edificar
uma historiografia africana. Discorre sobre uma “dupla revolução” que fez com que houvesse
uma descolonização do pensamento histórico africano, seria uma historiografia feita por
aqueles que estão e vivem ali e não sob um olhar de fora – muitas vezes de viés colonizador,
tratando a África como exótica, incapaz e/ou estática.
Ele comenta sobre as visões coloniais sobre a África e a isto uma rejeição por parte dos
historiadores africanos, o uso de outras fontes históricas, não só a partir dos documentos e a
busca por uma história antes da colonização. Isso fez com que se construísse uma
historiografia capaz de firmar noções de identidade para os povos africanos. A historiografia
possibilitou lutas emancipatórias.
Expõe também sobre como o mundo começou a olhar para essa historiografia que estava
sendo criada por africanos e em como isso pode se expandir para os outros países e a
contribuição dessa história do continente para com a história geral.

4 – Um dos argumentos que o texto traz é sobre o rompimento com a visão colonial sobre a
África, o se livrar de vestígios coloniais e se comunicar com as histórias locais, a busca por uma
história de um passado, resgatando os grandes impérios, os guerreiros, as grandes
comunidades, a tradição oral, para poder construir uma matéria sobre o continente.
E a tomada de consciência que essa busca por uma história continental levou aos povos
que ali moram, sobre a construção não só de uma historiografia, mas também de questões de
identidade e nação.
Outro argumento é sobre o erro do racismo cientifico em enxergar uma África estática, sem
movimento, o que não aconteceu. E o propósito dos historiadores africanos em mostrar uma
África de “movimento histórico”, o movimento das sociedades africanas, tanto no tempo pré-
colonial, quanto no colonial foi levado em conta, há mudanças nos sistemas religiosos,
economicos e sociais por todo o continente.

5 – Se utilizou de estudos historicos dos historiadores africanos, dos que tinham vies
colonizador. Os trabalhos foram influenciados por esse objetivo de olhar a África com outros
olhos que não são do continente africano, os trabalhos que tiveram sua base em racismo
cientifico. Os trabalhos dos antropologos, do séc. XIX, que ressaltavam as estranhezas dos
povos, a partir de uma perspectiva de normalidade europeia.

6 – O autor conclui que para se ter uma historiografia africana é preciso rejeitar a ideia de que
os africanos não são sujeitos da história, ou seja olhar para o continente que é cheio de
sociedades com intenções e capacidades, que é preciso também reconhecer os estimulos
internos, as tranformaçoes dessas sociedades. Retirar a ideia de extremos, nem algoz nem
vitima, e levar em consideração as diferenças e contradições.
Diz sobre os trabalhos feitos fora do continente africano e como esses pesquisadores
precisam de alteridade e romper com o euroncentrismo e dos que são feitos por
pesquisadores africanos, a necessidade de se enxergar como sujeito e como formador de
histórias.

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