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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP

MARIA VITÓRIA BESSA DE LIMA

Tipos de cimento e suas aplicações

Mossoró/RN
2018
MARIA VITÓRIA BESSA DE LIMA

Tipos de cimento e suas aplicações

Docente: Profa. Larissa Fernandes

Mossoró/RN
2018

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1. INTRODUÇÃO

Cimento Portland é um tipo de cimento muito utilizado na construção civil por sua
resistência. O nosso conhecido cimento, Cimento Portland, foi batizado pelo empresário Joseph
Aspdin, que o descobriu em 1824, na ilha britânica de Portland. O Cimento trata-se de um pó fino
com propriedades ligantes que endurecem sob a ação da água e que, depois de endurecido, mesmo
que seja novamente submetido à água, não se desmancha mais.

As diferenças na composição do material pode impactar suas características e propriedades


de resistência, trabalhabilidade, durabilidade e impermeabilidade. O cimento é composto
principalmente do material clínquer (calcário, argila e componentes químicos) e diferenciado
conforme a adição de outros materiais, como: gesso, que aumenta o tempo de pega; escória, que
aumenta a durabilidade na presença de sulfato, mas, quando em grandes quantidades, pode
diminuir a resistência; argila pozolânica, que confere maior impermeabilidade ao concreto; e o
próprio calcário, que, muitas vezes, é utilizado em maior quantidade para reduzir o custo do
cimento.

A maioria dos tipos de cimento portland hoje existentes no mercado servem para o uso
geral. Alguns deles, entretanto, tem certas caracterÌsticas e propriedades que os tornam mais
adequados para determinados usos, permitindo que se obtenha um concreto ou uma argamassa
com a resistÍncia e durabilidade desejadas, de forma bem econômica.

2. TIPOS DE CIMENTO

Atualmente, o Cimento Portland se divide em onze tipos:

1. CP I – Cimento Portland comum


2. CP I-S – Cimento Portland comum com adição
3. CP II-E– Cimento Portland composto com escória granulada de alto forno
4. CP II-Z – Cimento Portland composto com pozolana
5. CP II-F – Cimento Portland composto com fíler
6. CP III – Cimento Portland de alto-forno

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7. CP IV – Cimento Portland Pozolânico
8. CP V-ARI – Cimento Portland de alta resistência inicial
9. CP-RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos
10. CP-BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação
11. CP-B – Cimento Portland Branco

No Brasil, existem, na prática, cinco tipos básicos de cimento e três deles são especiais especiais:

2.1 Cimento CP-I (NBR 5.732) ou Cimento Portland Comum

Recebe este nome porque não possui nenhum tipo de aditivo, apenas o gesso, que tem a função
de retardar o início de pega do cimento para possibilitar mais tempo na aplicação. Tem alto custo
e menos resistência. Sua produção é direcionada para a indústria. Esse tipo de cimento é utilizado
geralmente em obras em que não há exposição a ambientes desfavoráveis com a presença por
exemplo de sulfatos do solo ou de águas subterrâneas.

Classe de resistência: 25 MPa.

NBR 5.732 – Cimento Portland comum.

2.2 Cimento CP-II (NBR 11.578) ou Cimento Portland Composto

Tem a adição de outros materiais na sua mistura, que conferem a este cimento um menor calor
de hidratação, ou seja, ele libera menos calor quando entra em contato com a água. O CP-II é
apresentado em três opções: CP-II E – cimento portland com adição de escória de alto-forno; CP-
II Z – cimento portland com adição de material pozolânico; e CP-II F – cimento portland com
adição de material carbonático – fíler.

Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa.

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NBR 11.578 – Cimento Portland composto.

2.3 Cimento CP-III (NBR 5.735) ou Cimento Portland de Alto-forno

Tem em sua composição de 35% a 70% de escória de alto-forno. Apresenta maior


impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação, assim como alta resistência à
expansão devido à reação álcali-agregado, além de ser resistente a sulfatos. É menos poroso e mais
durável.

Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa.

NBR 5.735 – Cimento Portland de alto-forno

2.4 Cimento CP-IV (NBR 5.736) ou Cimento Portland Pozolânico

Tem em sua composição de 15% a 50% de material pozolânico. Por isso, proporciona
estabilidade no uso com agregados reativos e em ambientes de ataque ácido, em especial de ataque
por sulfatos. Possui baixo calor de hidratação, o que o torna bastante recomendável na concretagem
de grandes volumes e sob temperaturas elevadas. É pouco poroso, sendo resistente à ação da água
do mar e de esgotos.

Classe de resistência: 25 e 32 MPa.

NBR 5.736 – Cimento Portland pozolânico

2.5 Cimento CP-V ARI (NBR 5.733) ou Cimento Portland de Alta Resistência Inicial

Em função do seu processo de fabricação, tem alta reatividade nas primeiras horas de
aplicação, fazendo com que atinja resistências elevadas em um curto intervalo de tempo. Ao final
dos 28 dias de cura, também atinge resistências maiores que os cimentos convencionais.

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2.6 Cimento RS (NBR 5.737) ou Cimento Portland Resistente a Sulfatos

Os materiais sulfatados estão presentes em redes de esgoto, ambientes industriais e água


do mar. Sendo assim, seu uso é indicado para construções nesses ambientes.

2.7 Cimento Branco (NBR 12.989) ou Cimento Portland Branco (CPB)

Tem como principal característica a cor branca, que é conseguida através de matérias-
primas com baixo teor de manganês e ferro e utilização do caulim no lugar da argila. Existem dois
tipos de cimento branco. Um deles é o estrutural, indicado para fins arquitetônicos. Além dele, há
o não estrutural, indicado para rejunte de cerâmicas.

2.8 Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) / (NBR 13.116)

Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de


grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor
desenvolvido durante a hidratação do cimento.

3. OS CIMENTOS E AS SUAS APLICAÇÕES

Os cimentos CP I e CP II se destinam a aplicações gerais. Este último é o mais encontrado


no mercado (mais de 60%) e o mais consumido, ao passo que o CP I, apesar de normalizado, quase
não é mais produzido no Brasil, sendo geralmente fornecido apenas sob encomenda.

CP I - é utilizado geralmente em obras em que não há exposição a ambientes desfavoráveis


com a presença por exemplo de sulfatos do solo ou de águas subterrâneas.

CP II ( CP-II E, CP-II Z, CP-II F)

CP-II E - é um tipo de cimento usado quando há necessidade de que as estruturas tenham um


desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacados por sulfatos

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CP-II Z - é um cimento que geralmente é utilizado em obras marítimas, industriais e subterrâneas
por conter de 6% a 14% de pozolana garantindo uma maior impermeabilidade e durabilidade ao
concreto produzido com este tipo de cimento.

CP-II F - é utilizado para várias aplicações como no preparo de argamassas de assentamento,


argamassas de revestimento, estruturas de concreto armado, solo-cimento, pisos e pavimentos de
concreto, etc.

As principais vantagens na utilização dos Cimentos Portland de alto-forno (CP III) e


pozolânico (CP IV) estão ligadas à maior estabilidade, durabilidade e impermeabilidade que
conferem ao concreto; ao menor calor de hidratação; à maior resistência ao ataque por sulfatos; à
maior resistência à compressão em idades mais avançadas; e à maior resistência à tração e à flexão.
Portanto, são recomendáveis em obras de concreto-massa, como barragens e peças de grandes
dimensões, fundações de máquinas e pilares; obras em contato com ambientes agressivos por
sulfatos e terrenos salinos; tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos ou
efluentes industriais; concretos com agregados reativos, pois esses cimentos concorrem para
minimizar os efeitos expansivos da reação álcali-agregado; pilares de pontes ou obras submersas
em contato com águas correntes puras; obras em zonas costeiras ou em água do mar; pavimentação
de estradas e pistas de aeroportos etc.

CP III - é um cimento que pode ser usado tanto na execução de obras de grande porte e
agressividade como barragens, esgotos, pavimentação de estradas, pistas de aeroporto, quanto na
aplicação de argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto armado, concreto
protendido, projetado, rolado, dentre outros.

CP IV - é geralmente utilizado para grandes volumes de concreto devido ao baixo calor de


hidratação e em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos devido a sua baixa
porosidade.

Já o ARI (CP V) é o mais adequado para aplicações nas quais o requisito de elevada
resistência às primeiras idades é fundamental, como na indústria de pré-moldados, em que se
necessita de uma desforma rápida. Esse tipo de cimento alcança uma boa resistência em uma

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semana, enquanto os demais levam um mês. Como endurece rápido, se não for bem curado, pode
apresentar fissuração ou trincas se a concretagem for feita sob insolação, em dias muitos secos ou
com ventos, devido ao fenômeno da retração por secagem. Deve-se evitar usá-lo em aplicações
corriqueiras, como em revestimento de argamassa ou em concreto-massa, pois, nesses casos, pode
também ocasionar fissuração.

CP V - é utilizado em obras tanto de pequeno porte quanto de grande porte em casos em que
se torna necessária uma alta resistência inicial para desforma rápida dos elementos de concreto
armado. Também é muito utilizado em obras industriais que exigem um tempo de desforma menor.
É recomendado apenas para a fabricação de concretos.

4. BIBLIOGRAFIA

BOTELHO, Monoel; MARCHETTI, Osvaldemar. Concreto Armado Eu Te Amo. Volume 1, 7ª


Edição Revista. Editora Blucher.

AECweb. Disponível em <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/cimento-diferentes-tipos-e-


aplicacoes_11959_0_1>. Acesso em: 6 de março de 2019.

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