Вы находитесь на странице: 1из 32

PEDAGOGIA EMPRESARIAL

Introdução
Desafiadoramente, a atuação da pedagogia empresarial, enquanto instância formadora
de educadores é torná-los profissionais habilitados a atuar além do ensino, Em um
contexto histórico organização e de gestão de sistemas, também na produção de
conhecimentos em diversas áreas da educação escolar e não escolar, conhecimentos
estes, científicos e tecnológicos. Interessa, ainda, na perspectiva da formação do
pedagogo, o desenvolvimento de sua capacidade de questionamento e elaboração de
políticas que atinjam, direta ou indiretamente, as questões educacionais, além de
aproximar o futuro pedagogo das funções com a natureza do cargo.

Enquanto cidadãos no mundo contemporâneo, ao pedagogo, são requeridos


conhecimentos e habilidades gerais de saber pensar, saber escutar, aprender a aprender,
lidar com a autoridade, lidar com as tecnologias contemporâneas, ter iniciativa para
resolver problemas, ter capacidade para tomar decisões, ser criativo, ser autônomo, estar
em sintonia com a realidade contemporânea e ter responsabilidade social.

Essa é a base inclusiva para o pedagogo contribuir na tarefa de democratizar o aceso aos
conhecimentos visando, entre outros objetivos, a promoção da melhoria nas condições
de vida das pessoas, integrado nos processos de gestão empresarial, compreendendo os
relacionamentos internos e externos que interferem na convivência homem, empresa e
produtividade.

Por considerar que o pedagogo é um profissional necessário em todas as instâncias em


que há ensino e aprendizagem, o que significa a existência de amplos campos de
atuação pedagógica, nas diversas áreas do conhecimento adquiridos.

A diferença de atuação do pedagogo na empresa entre os diferentes departamentos


organizacional é que o pedagogo tem como pressuposto principal de formação a
didática, filosófica, humanística e a política de recursos humanos adotadas pela
organização. Com um olhar diferenciado tem como finalidade principal promover
mudanças no comportamento das pessoas de modo que elas melhorem tanto a qualidade
do seu desempenho profissional quanto pessoal. Pois o pedagogo se preocupa com a
formação e o desenvolvimento do homem, onde ele não vê o colaborador como uma
máquina que não pode cometer erros.

Segundo Chiavenato, (1989)


Na execução do treinamento alguns fatores são considerados como sendo, a
cooperação das chefias e coordenações da empresa, a qualidade e preparo dos
instrutores e perfil dos aprendizes. Assim o treinamento resultará em uma resposta
lógica a um quadro de condições ambientais extremamente mutáveis e a novos
requisitos para a sobrevivência e crescimento organizacional.
Já que nós somos os mais indicados para transmitir aos líderes, a maneira correta de
como lidar com os colaboradores e como ensiná-los a realizar tarefas. Pode-se ainda,
como em qualquer profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações
privada, pública ou em ONG, em função de uma experiência adquirida em outras
instituições, onde pode se dizer que o pedagogo é um funcionário completo, pois ele
tem um olhar global, onde ele hoje pode atuar tanto na escola como em empresas como
nos vimos anteriormente.

Contexto Histórico da Pedagogia


O curso de Pedagogia no Brasil que foi criado em 1939, através do Decreto-Lei nº.
1.190, quando foi organizada a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do
Brasil. Desde sua origem, ele esteve orientado para a formação do Pedagogo como
docente, possibilitando ao estudante um conjunto de conhecimentos que lhe garantisse a
condição de educador.

Com o passar do tempo houve novas demandas educativas e o curso de Pedagogia


passou a oferecer habilitações de Administração Escolar, Orientação Educacional e
Supervisão Escolar e a formar docentes para ministrar as disciplinas pedagógicas do
curso magistério de 2º Grau. Houve muitos movimentos, tanto de professores como de
grupos estudantis, no sentido de se definir a identidade desse profissional ligado à sua
área de atuação, bem como seu campo de trabalho.

No Congresso Estadual de Estudantes de Pedagogia de São Paulo realizado em 1967, os


estudantes reclamavam providências com relação ao campo de trabalho do licenciado
em Pedagogia.

E esses estudantes iam muito além quando recomendava, em caráter efetivo, a criação
de cargos e funções através dos quais profissionais aptos – os licenciados em Pedagogia
– poderiam suprir necessidades educacionais da realidade brasileira nos seguintes
setores: planejamento educacional, TV educativa, instrução programada, educação de
adultos, formulação de uma filosofia de educação e reformulação de uma política
educacional, educação de excepcionais, especialização em níveis de ensino,
desenvolvimento de recursos humanos, atividades comunitárias, avaliação de
desempenho em escolas e empresas, administração de pessoal (análise e classificação de
cargos, recrutamento, seleção, colocação e treinamento de pessoal).

Portanto, os estudantes reivindicavam a inserção do Pedagogo também na empresa,


trabalhando no desenvolvimento de recursos humanos, avaliação de desempenho,
administração de pessoal que envolve análise de cargos, recrutamento de pessoal, tendo
em vista sua formação teórica e técnica na área educacional. Os estudantes daquela
época já sentiam que o Pedagogo também estava apto a assumir esses papéis e funções
na empresa.
Essa necessidade era manifestada na própria realidade do mercado de trabalho e os
estudantes tinham esta percepção. Havia, portanto, a necessidade de se alterar a
formação do Pedagogo. No entanto, a legislação não levou tal demanda em
consideração, ficando assim aquela formação destinada aos cursos ofertados por outras
instituições, fora do Sistema Oficial de Ensino. Só recentemente vem se ofertando aos
Pedagogos interessados, cursos de Pós-Graduação, a título de especialização, por
algumas instituições de Ensino Superior.

Na década de 90 os cursos começaram a ser reestruturados nas Universidades, incluindo


as habilitações para a docência em Educação Infantil e Educação Especial. A partir da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, o Curso de Pedagogia tem por
objetivo a formação de educadores capazes de analisar e intervir na realidade
educacional, garantindo-lhe sólidos conhecimentos das Ciências da Educação, por meio
de estudo das disciplinas de Fundamentos Teóricos da Educação. Assim, o curso
capacita o Pedagogo, enquanto profissional da educação, a conhecer e reconhecer o
trabalho pedagógico em sua totalidade, visando a torná-lo um articulador e organizador
do processo pedagógico onde ele ocorrer, buscando sempre a melhoria da qualidade de
ensino e aprendizagem.

Portanto, o curso de Pedagogia forma, hoje, um Pedagogo professor, capaz de conciliar


reflexão crítica e visão ampla sobre educação sendo capaz de organizar e implementar
ações consistentes e eficazes que garantam aprendizagem.

A LDB/96 permite às Universidades organizar seus currículos para atender às áreas


emergentes da sociedade, oferecendo disciplinas alternativas e núcleos temáticos,
apostando na necessidade que a sociedade está manifestando no sentido de se eliminar
as divisões e fragmentações que até então ocorreram nos espaços onde se desenvolve o
trabalho educativo.

O meio acadêmico reconhece que o trabalho educativo atualmente deve ocorrer de


forma coletiva e interdisciplinar, criando uma visão integradora do trabalho pedagógico,
com um Pedagogo que desenvolva sua autonomia, criatividade e comprometimento com
a melhoria das condições da educação.

O Curso de Pedagogia tem por objetivo a formação de educadores capazes de analisar e


intervir na realidade educacional, garantindo-lhe sólidos conhecimentos das Ciências da
Educação, por meio de estudo das disciplinas de Fundamentos Teóricos da Educação.
Assim, o curso capacita o Pedagogo, enquanto profissional da educação, a conhecer e
reconhecer o trabalho pedagógico em sua totalidade, visando a torná-lo um articulador e
organizador do processo pedagógico onde ele ocorrer, buscando sempre a melhoria da
qualidade de ensino e aprendizagem.

A Formação do Pedagogo
A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica as doutrinas e princípios visando um
programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as
faculdades da personalidade das pessoas formando sujeitos inquiridor, capaz de propor
questões e não só de dar respostas às tarefas solicitadas; capaz de levantar hipóteses
explicativas a situações educativas e de propor alternativas de ação pedagógica com
vista à inclusão pedagógica e social, favorecendo a aprendizagem de todos.

Por tanto cabe ao pedagogo contribuir na tarefa de democratizar o aceso aos


conhecimentos visando, entre outros objetivos, a promoção da melhoria nas condições
de vida das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos, de modo específico isso
implica em ser um profissional capaz de investigar, refletir, gerar conhecimento, gerir e
ensinar tanto no âmbito escolar como em espaços não-escolares.

O curso de graduação em Pedagogia está comprometido a oferecer ao pedagogo uma


formação com a qualidade social da educação, e ter como objetivo integrar e
desempenhar a docência nas Séries Iniciais no Ensino Fundamental, na Educação
Infantil e nas disciplinas pedagógicas dos cursos de formação de professores na
orientação, supervisão e para atuar na gestão dos processos educativos escolares e não-
escolares bem como na produção e difusão do conhecimento do campo educacional,
rompendo com a dualidade bacharelada-licenciatura que reflete a antiga dicotomia entre
teoria e prática.

De fato, os focos de atuação e as realidades com que lidam embora se unifiquem em


torno das questões do ensino são diferenciados, o que justifica a necessidade da
formação de profissionais da educação não diretamente docentes. Ou seja, níveis
distintos de prática pedagógica requerem uma variedade de agentes pedagógicos e
requisitos específicos de exercício profissional que um sistema de formação de
educadores não pode ignorar. (Libâneo, 1998, p. 61).
O trabalho do pedagogo está centralizado nos processos de ensino e de aprendizagem
relacionados à educação escolar e não escolar, sendo, por isso, a prática pedagógica o
componente central que permeia todo o processo de formação, o que não impede que
esse profissional esteja apto a atuar também em outros contextos educativos dentro e
fora de uma escola.

O princípio básico da formação do Pedagogo contempla três dimensões organicamente


relacionadas: docência, gestão democrática e pesquisa.

A docência confere a identidade do Pedagogo no campo específico de intervenção


profissional na prática social. Para tanto, considera-se: os diferentes âmbitos e
especialidades da prática educativa; o processo de construção do conhecimento no
indivíduo inserido no seu contexto; a identificação de problemas educativos e a
proposição de alternativas criativas e viáveis às questões da qualidade do ensino, assim
como respostas que visem superar a exclusão social.
A gestão democrática, concebida como processo político-administrativo-pedagógico,
através do qual a prática social da educação é organizada, orientada e viabilizada.

Assim, pretende-se contemplar as atividades educativas nas diferentes formas de gestão


e organização de processos educativos, no planejamento, execução e avaliação de
propostas pedagógicas.

A pesquisa, como princípio educativo, trata de questões que emergem da vivência e da


reflexão, configurando-se como um exercício de organização e produção de
conhecimentos aprendidos e permanentemente reelaborados.

Neste sentido, impõe a análise e compreensão da realidade na qual ocorrem processos


educativos e, conseqüentemente, da produção de conhecimento sobre os mesmos, ao
tempo em que possibilita a reflexão sobre a própria prática profissional, referenciada na
perspectiva anterior e a tomada de decisões que permitam articular os níveis da teoria e
da prática.

A preparação do profissional de Pedagogia é numa dimensão integrada e indissociável


para o exercício da docência e para a gestão dos processos educativos escolares e não-
escolares assim como para a produção e difusão do conhecimento do campo
educacional. Tanto a pedagogia como as empresas agem em direção à realização de
ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das
pessoas que convivem dentro e fora da escola.

Esse processo de mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a um


objetivo chama-se aprendizagem, e aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do
Pedagogo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, destaca


que a educação do Pedagogo deve propiciar estudos de campos do conhecimento, tais
como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o
lingüístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural, para nortear a observação,
análise, execução e avaliação do ato docente e de suas repercussões ou não em
aprendizagens, bem como orientar práticas de gestão de processos educativos escolares
e não escolares, além da organização, funcionamento e avaliação de sistemas e de
estabelecimento de ensino.

Sobre a argumentação acima Libâneo diz:

O trabalho pedagógico não se reduz ao trabalho escolar e docente, embora todo


trabalho docente seja um trabalho pedagógico. Vai daí que a base comum de formação
do educador deva ser expressa num corpo de conhecimentos ligados à Pedagogia não à
docência, uma vez que a natureza e os conteúdos da educação nos remetem primeiro a
conhecimentos pedagógicos e só depois ao ensino, como modalidade peculiar de
prática educativa. Inverte-se, pois, o conhecimento mote “a docência constitui base da
identidade profissional de todo educador”. A base da identidade profissional do
educador é a ação pedagógica, não a ação docente. (Libâneo, 1998, p. 55).
A Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia designada pela Portaria
SESU/MEC 146/03/ 98, em seu texto final de 06/05/99, apresenta a Proposta de
Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia onde delineia o perfil comum do
Pedagogo como:

Profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e gestão de sistemas,


unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em
diversas áreas da educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação
e identidade profissional. (Mec)

A Formação do Pedagogo
A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica as doutrinas e princípios visando um
programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as
faculdades da personalidade das pessoas formando sujeitos inquiridor, capaz de propor
questões e não só de dar respostas às tarefas solicitadas; capaz de levantar hipóteses
explicativas a situações educativas e de propor alternativas de ação pedagógica com
vista à inclusão pedagógica e social, favorecendo a aprendizagem de todos.

Por tanto cabe ao pedagogo contribuir na tarefa de democratizar o aceso aos


conhecimentos visando, entre outros objetivos, a promoção da melhoria nas condições
de vida das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos, de modo específico isso
implica em ser um profissional capaz de investigar, refletir, gerar conhecimento, gerir e
ensinar tanto no âmbito escolar como em espaços não-escolares.

O curso de graduação em Pedagogia está comprometido a oferecer ao pedagogo uma


formação com a qualidade social da educação, e ter como objetivo integrar e
desempenhar a docência nas Séries Iniciais no Ensino Fundamental, na Educação
Infantil e nas disciplinas pedagógicas dos cursos de formação de professores na
orientação, supervisão e para atuar na gestão dos processos educativos escolares e não-
escolares bem como na produção e difusão do conhecimento do campo educacional,
rompendo com a dualidade bacharelada-licenciatura que reflete a antiga dicotomia entre
teoria e prática.

De fato, os focos de atuação e as realidades com que lidam embora se unifiquem em


torno das questões do ensino são diferenciados, o que justifica a necessidade da
formação de profissionais da educação não diretamente docentes. Ou seja, níveis
distintos de prática pedagógica requerem uma variedade de agentes pedagógicos e
requisitos específicos de exercício profissional que um sistema de formação de
educadores não pode ignorar. (Libâneo, 1998, p. 61).
O trabalho do pedagogo está centralizado nos processos de ensino e de aprendizagem
relacionados à educação escolar e não escolar, sendo, por isso, a prática pedagógica o
componente central que permeia todo o processo de formação, o que não impede que
esse profissional esteja apto a atuar também em outros contextos educativos dentro e
fora de uma escola.

O princípio básico da formação do Pedagogo contempla três dimensões organicamente


relacionadas: docência, gestão democrática e pesquisa.

A docência confere a identidade do Pedagogo no campo específico de intervenção


profissional na prática social. Para tanto, considera-se: os diferentes âmbitos e
especialidades da prática educativa; o processo de construção do conhecimento no
indivíduo inserido no seu contexto; a identificação de problemas educativos e a
proposição de alternativas criativas e viáveis às questões da qualidade do ensino, assim
como respostas que visem superar a exclusão social.

A gestão democrática, concebida como processo político-administrativo-pedagógico,


através do qual a prática social da educação é organizada, orientada e viabilizada.

Assim, pretende-se contemplar as atividades educativas nas diferentes formas de gestão


e organização de processos educativos, no planejamento, execução e avaliação de
propostas pedagógicas.

A pesquisa, como princípio educativo, trata de questões que emergem da vivência e da


reflexão, configurando-se como um exercício de organização e produção de
conhecimentos aprendidos e permanentemente reelaborados.

Neste sentido, impõe a análise e compreensão da realidade na qual ocorrem processos


educativos e, conseqüentemente, da produção de conhecimento sobre os mesmos, ao
tempo em que possibilita a reflexão sobre a própria prática profissional, referenciada na
perspectiva anterior e a tomada de decisões que permitam articular os níveis da teoria e
da prática.

A preparação do profissional de Pedagogia é numa dimensão integrada e indissociável


para o exercício da docência e para a gestão dos processos educativos escolares e não-
escolares assim como para a produção e difusão do conhecimento do campo
educacional. Tanto a pedagogia como as empresas agem em direção à realização de
ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das
pessoas que convivem dentro e fora da escola.

Esse processo de mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a um


objetivo chama-se aprendizagem, e aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do
Pedagogo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, destaca


que a educação do Pedagogo deve propiciar estudos de campos do conhecimento, tais
como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o
lingüístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural, para nortear a observação,
análise, execução e avaliação do ato docente e de suas repercussões ou não em
aprendizagens, bem como orientar práticas de gestão de processos educativos escolares
e não escolares, além da organização, funcionamento e avaliação de sistemas e de
estabelecimento de ensino.

Sobre a argumentação acima Libâneo diz:

O trabalho pedagógico não se reduz ao trabalho escolar e docente, embora todo


trabalho docente seja um trabalho pedagógico. Vai daí que a base comum de formação
do educador deva ser expressa num corpo de conhecimentos ligados à Pedagogia não à
docência, uma vez que a natureza e os conteúdos da educação nos remetem primeiro a
conhecimentos pedagógicos e só depois ao ensino, como modalidade peculiar de
prática educativa. Inverte-se, pois, o conhecimento mote “a docência constitui base da
identidade profissional de todo educador”. A base da identidade profissional do
educador é a ação pedagógica, não a ação docente. (Libâneo, 1998, p. 55).
A Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia designada pela Portaria
SESU/MEC 146/03/ 98, em seu texto final de 06/05/99, apresenta a Proposta de
Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia onde delineia o perfil comum do
Pedagogo como:

Profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e gestão de sistemas,


unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em
diversas áreas da educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação
e identidade profissional. (Mec)

A Legislação sobre a Formação do Pedagogo


O que a Legislação preconiza sobre a formação dos Pedagogos

De acordo com MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE


EDUCAÇÃO, inscrito no Despacho do Ministro, publicado no Diário Oficial da União
de 11/04/2006:
Art. 14. A Licenciatura em Pedagogia nos termos do Parecer CNE/CP nº 5/2005 e desta
Resolução assegura a formação de profissionais da educação prevista no art. 64, em
conformidade com o inciso VIII do art. 3º da Lei nº 9.394/96.

§ 1º. Esta formação profissional também poderá ser realizada em cursos de pós-
graduação, especialmente estruturados para este fim e abertos a todos os licenciados.

§ 2º. Os cursos de pós-graduação indicados no § 1º deste artigo poderão ser


complementarmente disciplinados pelos respectivos sistemas de ensino, nos termos do
Parágrafo único do art. 67 da Lei nº 9. 394/96.
O curso de Pedagogia é o que forma o pedagogo stricto sensu, isto é, um profissional
não diretamente docente que lida com fatos, estruturas, processos, contextos, situações,
referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações. A
caracterização do pedagogo stricto sensu torna-se necessária, uma vez que lato sensu,
todos os professores são pedagogos. Por isso, mesmo importa formalizar uma distinção
entre trabalho pedagógico, implicando atuação em um amplo leque de práticas
educativas, e trabalho docente, forma peculiar que o trabalho pedagógico assume na
escola. (PIMENTA, 2001,p.109)

Pedagogia Empresarial
Verifica-se que, na década de 1970, houve uma crescente automação do processo de
trabalho e de novas tecnologias. Entretanto, a classe trabalhadora encontrava-se
despreparada para o desenvolvimento industrial e estaria levando o mercado de trabalho
a exigir a profissionalização dos trabalhadores para acompanhar as mudanças que
ocorriam em conseqüência das transformações tecnológicas.

No entanto, as instituições de ensino encontravam-se despreparadas para oferecer


contribuições na profissionalização dos trabalhadores para que atendessem às
perspectivas de desenvolvimento industrial.

A escola tinha como objetivo contribuir para a aceleração do desenvolvimento


econômico e do progresso social, em que os princípios básicos estava na racionalidade
técnica, na eficiência e na produtividade do trabalhador, da economia para a educação,
conciliando com a política desenvolvimentista baseada nos princípios da teoria do
capital humano, presente no cenário nacional, respaldado em políticas e ações que
visavam ao aperfeiçoamento do sistema industrial e econômico capitalista.

A formação profissional passou a ter sua área definida no mercado de trabalho, através
de treinamento intensivos, coordenados por instituições ou pela própria empresa.

Inicialmente, o pedagogo encontrou uma empresa com características tayloristas-


fordistas e com trabalhadores com pouca escolaridade.

Na década de 1970, a preocupação da empresa era ter em seu quadro um trabalhador


com escolaridade básica, mas com conhecimento técnico de atividade que iria
desenvolver e que não promovesse conflitos. Os cursos de relações humanas estavam
dentro do processo de treinamento que, na maioria das vezes, ministrado pelo pedagogo
em parceria com o psicólogo.

Ao pedagogo cabia coordenar programas educativos, como os que proporcionassem a


escolaridade básica aos empregados dentro dos programas de ensino formal e dos
treinamentos, para atender às necessidades da empresa, bastando um trabalhador com
pouco domínio da educação básica.
Essa forma de atuação agia de acordo com o modelo produtivo com características
tayloristas-fordistas, que centrava suas ações de formação na construção de um saber
técnico e no saber fazer.

Nesse período (1970), devido à escola formal não atender às expectativas do mercado, a
formação profissional se dava no próprio local de trabalho e passou a ser de grande
relevância, proporcionando uma demanda grande de treinamentos.

A educação sofreu mudanças em seu conceito, deixou de ser restrita ao processo ensino
aprendizagem em espaços escolares formais, saindo do ambiente escolar partindo para
diferentes e diversos segmentos. O profissional pedagogo também se transformou,
adequando-se a essa nova realidade, posicionando-se como profissional capacitado
juntamente com a sociedade em transformação.

Unindo conhecimento e integração nos processos de gestão empresarial,


compreendendo os relacionamentos internos e externos que interferem na convivência
homem, empresa e produtividade. Gestão participativa e de qualidade. Administração de
recursos humanos: planejamento, execução, controle e avaliação de programas de
desenvolvimento pessoal e profissional; seleção e orientação profissional. Ética
profissional e empresarial.

O termo Pedagogia Empresarial foi cunhado pela Profª. Maria Luiza Marins Holtz para
designar as atividades de estímulo ao desenvolvimento profissional e pessoal realizada
dentro das empresas. Para Holtz:

A Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo objetivo


em relação às pessoas, principalmente nos tempos atuais. Uma Empresa sempre é a
associação de pessoas, para explorar uma atividade com objetivo definido, liderada
pelo empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de
atingir idéias e objetivos também definidos. A Pedagogia é a ciência que estuda e
aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação,
aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, de
acordo com ideais e objetivos definidos.(Holtz,1992 p.46)

O processo de influências recebidas pelos participantes de uma Empresa, durante todo o


tempo em que trabalha nela, é Educação.

É fundamental que o Pedagogo Empresarial esteja ciente de que a Educação, puramente


humana, por mais requintada que seja, não realiza totalmente o homem, e isto porque o
homem tem aspirações de Infinito. Demonstra-se metafisicamente e historicamente que
o homem, em toda parte e sempre, mesmo quando nega o Infinito, sente a atração do
Infinito. A religiosidade é fenômeno anormal, contrário às aspirações mais íntimas da
natureza humana.
Responsabilidades do Pegagogo Empresarial
1. Conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade das
pessoas humanas, o objetivo de toda Empresa.

2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da Empresa onde


trabalha.

3. Conduzir as pessoas que trabalham na Empresa, dirigentes e funcionários, na


direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais.

4. Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos, reuniões, festas,


feiras, exposições, excursões), para o desenvolvimento integral das pessoas,
influenciando-a positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a
produtividade.

5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das


chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o
desenvolvimento da produtividade empresarial.

6. Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações, que garantam a


manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade.

"A força do elogio é tão grande, que parece extrair da pessoa a qualidade exaltada,
com toda a sua intensidade”. Profª. Maria Luiza Holtz, Lições de Pedagogia
Empresarial.

Formação do Pedagogo Empresarial


A pedagogia considera a pessoa humana, na sua vida integral, individual e social, o
desenvolvimento humano e profissional, nessa ordem, porque o pedagogo acredita que
um ser humano melhor faz o ambiente melhor e que o ser humano é feito à imagem e
semelhança do Criador, por isso a sua criatividade, a sua produtividade é natural.

O pedagogo tem necessidade de conhecer tudo quanto diga respeito à pessoa humana,
para ter condições de orientá-la eficazmente e encontrar soluções práticas para os
problemas que a aflige. Tanto de ordem individual, social e espiritual.

Para tanto, o pedagogo necessita se especializar através de uma graduação e pós-


graduação e utilizar-se de todas as Ciências Humanas nos seus diversos aspectos.

1. Ciências do homem considerando a si próprio


 Psicologia Educacional
 Antropologia
2. Ciências do homem considerado em grupo
 Sociologia
 Estatística
3. Ciências Filosóficas
 Filosofia da Educação
 As Ciências Humanas nos seus Diversos Aspectos
 Destacando cada uma:

 Psicologia Educacional
 Nada se pode fazer, ou mesmo tentar, em Educação, sem a estreita colaboração
da Psicologia Educacional. Cada dificuldade pedagógica que surge, é
simultaneamente uma dificuldade psicológica. Para conduzir mentes humanas, é
preciso conhecê-las, nas suas manifestações conscientes e inconscientes.
 A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa humana, na sua evolução
natural, e só diante desse conhecimento é possível formular doutrinas
pedagógicas, consistentes e métodos educacionais. A mesma leva naturalmente
ao conhecimento das leis pedagógicas e os sistemas educativos só têm aplicação
prática, quando os processos psíquicos das pessoas deixam de oferecer
resistência ou defesa, facilitando ao pedagogo à necessária ação pedagógica.

 Antropologia
 É a ciência do homem. Faz a história da espécie humana: sua origem, raças,
desenvolvimento, evolução e adaptação ao meio, dimensões do corpo, seus usos
e costumes, etc. Fornece valiosa contribuição para orientação e aplicação correta
das atividades físicas, culturais, sociais, etc.

 Sociologia Educacional
 O Pedagogo Empresarial deve sempre considerar a solução dos problemas da
Educação dos funcionários, principalmente no aspecto social, da vida em grupo.
A sociologia estuda o comportamento da pessoa humana nos diversos grupos
sociais, desde a sua família e as influências na formação da personalidade.
Estuda o papel da Educação nas sociedades de hoje e a relação entre a Família e
as diversas instituições sociais de um lado e o local de trabalho de outro.
 Não é possível conhecer o desenvolvimento da personalidade a não ser em
função do meio em que vive. É o meio social, em geral, que apresenta à pessoa,
as situações mais complexas e mais difíceis de relacionamento.

 Estatística
 A estatística mede, por meio de métodos científicos de observação, a freqüência
dos fatos ocorridos como de que maneira um determinado sistema de
treinamento funciona na melhoria da produtividade, numa mesma localidade,
nos diferentes momentos do dia ou mesmo do ano, nas diferentes regiões.

 Filosofia da Educação
 O Pedagogo sempre tem como base de trabalho os diversos sistemas
educacionais, com sua Filosofia da Educação.
 Filosofia é a ciência que estuda e procura dar explicações mais profundas do
Universo, suas origens e seus fins, sobre as razões e as causas últimas e os
pensamentos que geram os acontecimentos.

Atribuição do Pedagogo na Empresa
A Pedagogia, no aspecto geral e no particular por acreditar na necessidade desse
profissional em todas as instâncias em que há ensino e aprendizagem e não somente na
escola, trás aqui para discussão alguns sinais da adequação do trabalho do pedagogo na
empresa, assim como são feitas reflexões sobre o perfil e competências deste e como
especialista em aprendizagem e especialista em Educação, na sua ação educativa em
qualquer ambiente, o pedagogo procura desenvolver programas de treinamento para os
funcionários de uma empresa e resolver questões empresariais que envolvam a
produtividade dos colaboradores que é o objetivo de toda Empresa a seguinte Lei:

Art. 1º As pessoas jurídicas poderão deduzir do lucro tributável, para fins do


imposto sobre a renda, o dobro das despesas comprovadamente realizadas, no período-
base, em projetos de formação profissional, previamente aprovados pelo Ministério do
Trabalho. Parágrafo único. A dedução a que se refere o caput deste artigo não deverá
exceder, em cada exercício financeiro, a 10% (dez por cento) do lucro tributável,
podendo as despesas não deduzidas no exercício financeiro correspondente serem
transferidas para dedução nos três exercícios financeiros subseqüentes.
Art. 2º Considera-se formação profissional, para os efeitos desta Lei, as
atividades realizadas em território nacional, pelas pessoas jurídicas beneficiárias da
dedução estabelecida no Art. 1º que objetivam a preparação imediata para o trabalho de
indivíduos, menores ou maiores, através da aprendizagem metódica, da qualificação
profissional e do aperfeiçoamento e especialização técnica, em todos os níveis.
§ 1º As despesas realizadas na construção ou instalação de centros de
formação profissional, inclusive a aquisição de equipamentos, bem como as de custeio
do ensino de 1º grau para fins de aprendizagem e de formação supletiva, do 2º grau e de
nível superior, poderão, desde que constantes dos programas de formação profissional
das pessoas jurídicas beneficiárias, ser consideradas para efeitos de dedução.

§ 2º As despesas efetuadas, pelas pessoas jurídicas beneficiárias, com os


aprendizes matriculados nos cursos de aprendizagem a que se referem o Art. 429, da
Consolidação das Leis do Trabalho, e o Decreto-lei n.º 8.622, de 10 de janeiro de 1946,
poderão também ser consideradas para efeitos de dedução.

Art. 3º As isenções da contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizagem


Industrial - SENAI - previstas no Art. 5º do Decreto-lei n.º 4.048, de 22 de janeiro de
1942; Art. 5º do Decreto-lei n.º 4.936, de 7 de novembro de 1942 e Art. 4º do Decreto-
lei número 6.246, de 5 de fevereiro de 1944, bem como as isenções da contribuição ao
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC - previstas no Art. 6º do
Decreto-lei n.º 8.621, de 10 de janeiro de 1946, não poderão ser concedidas
cumulativamente com a dedução de que trata o Art. 1º desta Lei.
Art. 4º O Poder Executivo estabelecerá as condições que deverão ser
observadas pelas entidades gestoras de contribuições de natureza parafiscal,
compulsoriamente arrecadadas, nos termos da legislação vigente, para fins de formação
profissional.
De acordo com a Lei 6297/75, citada a cima o pedagogo empresarial atuará na área de
desenvolvimento de Recursos Humanos enfatizando o treinamento dos funcionários,
auxiliando na formação destes, com o objetivo de atender aos Propósitos da
Organização.

Assim, na sua atuação na empresa deve buscar modificar o comportamento dos


trabalhadores de modo que estes melhorem tanto suas qualidades no desempenho
profissional, como no desempenho pessoal. A pedagogia empresarial tem função de
integrar o pedagogo nas áreas de consultoria em RH, implantação de projetos e cursos,
treinamentos, dentre outras habilidades que dependem muito mais do profissional
docente que do próprio curso que ele esteja fazendo.

Relações Humanas é a expressão que usamos em Pedagogia Empresarial, para designar


os resultados da comunicação entre as pessoas e as suas conseqüências. O pedagogo é
especializado em aperfeiçoar as relações humanas, por isso prefere uma abordagem
personalizada ao invés de pacotes prontos para contribuir para o desenvolvimento
organizacional das empresas.

A cada mudança surgem tensões nas relações humanas. O pedagogo deve identificar os
diferentes tipos de tensões, e propor soluções práticas preparando uma palestra especial
e reuniões porque é a chave-mestra das comunicações e relações humanas na empresa.
Pois a palestra é uma forma concisa de apresentar ou reforçar um conceito. Que
possibilita ensinar, motivar e promover a integração entre todos os profissionais através
de palestras divertidas e dinâmicas, melhorando assim as relações humanas na empresa.

A pedagogia também trabalha junto com o departamento organizacional na construção


da imagem de uma empresa positiva primeiro dentro das pessoas que constituem a
empresa, e não a partir das pessoas de fora. Ela se forma nos pensamentos, a partir dos
sentimentos dos dirigentes, dos funcionários, dos fornecedores, dos clientes e daí se
amplia para o público em geral. O caminho mais rápido na construção da imagem
positiva da empresa, desde o início das suas atividades, é o trabalho de relações
humanas com alta qualidade, junto ao seu público interno dirigentes, funcionários,
fornecedores e clientes.

Segundo Bahia:
A que se denomina comunicação empresarial é assim o conjunto de modelos ou
instrumentos de ação que a empresa utiliza para falar e se faz ouvir. Interna ou
externamente, a informação prestada por elas corresponde a uma estratégia. (Bahia,
1995, pág. 9).
Identificar as necessidades e expectativas de um mercado (clientes, pessoas na
organização, fornecedores, proprietários, sociedade) para alcançar resultado econômico
ou vantagem competitiva, de maneira eficaz e eficiente e assim alcançar, manter e
melhorar o desempenho e a capacidade globais da organização.

O Pedagogo Empresarial tem a responsabilidade de conhecer as soluções para as


questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda
empresa é, conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da empresa onde
trabalha de forma para conduzir o desenvolvimento na empresa entre dirigentes e
funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais.

Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras,


exposições, excursões), para conduzir o relacionamento humano na Empresa, através
destas ações, que garantam a manutenção do ambiente positivo, agradável e estimulador
da produtividade para o desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as
positivamente (processo educativo), com o objetivo de aperfeiçoar a produtividade.

Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para
com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento
da produtividade empresarial.

O pedagogo ajuda a organizar e preparar uma agenda de atividades integradas visando à


preparação imediata para o trabalho de indivíduos, através de aprendizagem metódica,
qualificação profissional, aperfeiçoamento e especialização técnica.

Atua como conselheiro (consultor) de carreira de gerentes e executivos lidera projetos


inovadores, representa a empresa em negociações, aportam novas tecnologias e
processos, treina funcionários e gerentes para lidar melhor com seus subordinados,
ensina didática e técnicas de apresentação, melhora a comunicação na empresa etc.

Desenvolve e coordena projetos educacionais que serão utilizados na capacitação dos


funcionários como projetos educacionais voltados para a divulgação de produtos
(vídeos, livros, dvds, cds, revistas), analisa a necessidade de aprendizado de cada
funcionário e determina qual a melhor metodologia para cada caso, e elabora programas
de avaliação de performance e desempenho e assim orienta os funcionários nos cursos.
O pedagogo deve pesquisar analisar e selecionar cursos e projetos a serem
adotados pela empresa como cursos, profissionais e programas de faculdades
para estabelecer parcerias e escolher as melhores opções que atendam aos
interesses da empresa, às vezes, até adaptando o currículo do curso em
conjunto com outros profissioO Pedagogo em Espaços Não-Escolares
Como ciência da educação, cabe à pedagogia o estudo e investigação do trabalho
pedagógico desenvolvido em espaços escolares e não escolares. Por considerar que o
pedagogo é um profissional necessário em todas as instâncias em que há ensino e
aprendizagem, o que significa a existência de amplos campos de atuação pedagógica,
são trazidos para discussão alguns sinais da adequação de seu trabalho profissional às
empresas. As funções desempenhadas pelo pedagogo estão em constante movimento e
são influenciadas por diversos fatores como o desenvolvimento tecnológico, a
competitividade e as exigências de mercado.

Hoje o pedagogo pode e deve sair do espaço escolar devido à globalização e atuar no
desenvolvimento de projetos educacionais, sociais e culturais para empresas, ONGs e
outras instituições privadas.

Em relação à atuação do pedagogo em espaços não escolares, de acordo com as


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia aprovado em dezembro de
2005, em Finalidade do Curso de Pedagogia ressalta que o perfil do graduado em
Pedagogia deverá contemplar consistente formação teórica, diversidade de
conhecimentos e de práticas, que se articulam ao longo do curso. A dimensão a seguir é
assim enfatizada:

Gestão educacional, entendida numas funções do trabalho pedagógico e de processos


educativos escolares e não-escolares, especialmente no que se refere ao planejamento, à
administração, à coordenação, ao acompanhamento, à avaliação de planos e de projetos
pedagógicos, bem como análise, formulação, implementação, acompanhamento e
avaliação de políticas públicas e institucionais na área de perspectiva democrática, que
integre as diversas atuações de educação.

Dentro deste contexto o pedagogo deverá estar apto a: em ambientes escolares e não-
escolares; realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre seus
alunos e alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experiências
não-escolares; sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-
ecológicos; sobre propostas curriculares; e sobre a organização do trabalho educativo e
práticas pedagógicas.

A abertura de caminho para o reconhecimento da dimensão educativa que existe em


outras instâncias da vida social, fora da escola regular e da docência. Entende-se que
onde houver uma prática educativa intencional, haverá aí uma ação pedagógica, sobre a
existência de amplos campos de atuação pedagógica.

Podendo ser definidas em duas esferas, de ação educativa na prática do pedagogo:


escolar e extra-escolar. No campo da ação pedagógica extra-escolar, que é a que mais
interessa aos objetivos deste trabalho, distinguem-se profissionais que exercem
atividades pedagógicas, tais como: a) formadores, animadores, instrutores,
organizadores, técnicos, consultores, orientadores, que desenvolvem atividades
pedagógicas (não-escolares) em órgãos públicos, privados e públicos não-estatais,
ligadas às empresas, à cultura, aos serviços de saúde, alimentação, promoção social etc.
b) formadores ocasionais que ocupam parte de seu tempo em atividades pedagógicas em
órgãos públicos estatais e não estatais e empresas referentes à transmissão de saberes e
técnicas ligadas a outra atividade profissional especializada. “Trata-se, por exemplo, de
engenheiros, supervisores de trabalho, técnicos etc. que dedicam boa parte de seu tempo
a supervisionar ou ensinar trabalhadores no local de trabalho, orientar estagiários etc.”
(Libâneo, 1996, p.124-125).

nais da educação.
Atuação do Pedagogo na Educação Não-Formal
Na educação não-formal, a atuação do pedagogo:

1- Assessor pedagógico ou gestor de RH em empresas, organizações governamentais


e não-governamentais, atuando, por exemplo na supervisão pedagógica e administrativa
de pessoal, orientação de estágios, formação/capacitação profissional em serviço
presencial ou à distância;
2- Assessor pedagógico em setores de comunicação, em empresas ou outras
instituições, atuando, por exemplo, na orientação pedagógica para produção de
materiais informativos, instrucionais (didáticos e para-didáticos) e no uso pedagógico de
novas tecnologias de comunicação e informação;
3- Assessor ou consultor pedagógico a serviço de difusão cultural (museus, centros
culturais, bibliotecas, brinquedotecas, cineclubes) e de comunicação de massa (jornais,
revistas, televisão, rádios, editoras, agências de publicidade, indústria de brinquedos
etc.);
4- Como assessor gestor de programas e projetos de natureza sócio-educativas, nas
seguintes áreas ou locais:
 Educação para a saúde (hospitais, Centros de Saúde, etc.);
 Educação para o trânsito (setor de planejamento urbano, transportes, etc.);
 Promoção social (empresas, órgãos públicos, ONGS);
 Educação ambiental (empresas, órgãos públicos, ONGS);
 Recreação e lazer (clubes, entidades de classe, hotéis e instituições ligadas ao
turismo);
Atuação do Pedagogo como Profissional Liberal
Enquanto profissional liberal, o pedagogo pode atuar como:
 Consultor pedagógico: para projetos de educação à distância, gestão de pessoas,
gestão do conhecimento, etc.
 Assessoria educacional: gestão, avaliação, legislação educacional (instituições
públicas e privadas).
 Orientação de estudo : estudos dirigidos, sob sua direção.
Monezi aborda que:

atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa,
equânime, igualitária; trabalhar, em espaços escolares e não-escolares, na promoção
da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em
diversos níveis e modalidades do processo educativo; identificar problemas
socioculturais e educacionais com postura investigativa, integrativa e propositiva em
face de realidades complexas, com vistas a contribuir para superação de exclusões
sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras; demonstrar
consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica,
étnico-racial, de gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões, necessidades
especiais, escolhas sexuais, entre outras; desenvolver trabalho em equipe,
estabelecendo diálogo entre a área educacional e as demais áreas do
conhecimento;participar da gestão das instituições em que atuem planejando,
executando, acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais. (MONEZI,
2003, p. 60).

A Pedagogia Empresarial que se tem assumido frente aos novos cenários


organizacionais, onde pedagogos trabalham no desenvolvimento de recursos humanos,
avaliação de desempenho, administração de pessoal que envolve análise de cargos,
recrutamento de pessoal, tendo em vista sua formação teórica e técnica na área
educacional tornando-se capaz de conciliar a reflexão crítica e visão ampla sobre
educação e sendo capaz de organizar e programar ações consistentes e eficazes que
garantam aprendizagem do profissional, visando um programa de ação em relação à
formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das
pessoas, formando sujeitos inquiridor, capaz de propor questões e não só de dar
respostas a um profissional capaz de investigar, refletir, gerar conhecimento, ensinar
tanto no âmbito escolar como em espaços não-escolares.

Para isso, tanto a pedagogia como as empresas, agem em direção à realização de ideais
e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas
que convivem dentro e fora da escola tendo a responsabilidade de conhecer as soluções
para as questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda
empresa, conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da empresa onde
trabalha de forma para conduzir o desenvolvimento na empresa entre dirigentes e
funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais. Promovendo
condições que levem ao convívio humano desta empresa no campo da ação pedagógica
extra-escolar, que é a que mais interessa aos objetivos deste trabalho, atuando na
assessoria pedagógica ou no setor de recursos humanos atuando com ética e
compromisso com vista à construção de uma sociedade justa.
Artigo: Tendências e Perspectivas de Atuação do Pedagogo
PEDAGOGIA EMPRESARIAL
TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO E
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Maria Aparecida Martins de Oliveira Nichetti

RESUMO: Diante das modificações que vem ocorrendo no mundo corporativo, as


portas das empresas estão se abrindo para novos profissionais entre eles o pedagogo.
Porém, para se ingressar neste novo campo de trabalho, não basta ser formado em
Pedagogia. É preciso também ter conhecimentos na área empresarial para perceber as
necessidades da organização. O presente trabalho tem por finalidade, através de uma
abordagem teórica e intervenções práticas do Grupo de Extensão e Pesquisa em
Pedagogia Empresarial – GEPPE da UNIPAN/FACIAP em empresas, mostrar ao
pedagogo um outro campo de atuação que não a escola. As organizações para se
manterem competitivas estão investindo em seu capital humano, oferecendo aos
profissionais da educação um grande desafio: aplicar os conhecimentos da pedagogia
nas empresas. Através de uma união entre pedagogia empresarial e administração é
possível preparar melhor os profissionais para grandes desafios tendo como meta
principal a humanização no trabalho. Quando se trabalha o indivíduo na sua
omnilateralidade os resultados dentro da empresa tendem melhorar e conseqüentemente
aumentando a produtividade e os lucros, o que é positivo para os dois lados.

PALAVRAS-CHAVE: administração cientifica, relações humanas, Pedagogia


Empresarial, Pedagogo x Empresa, transformação social.

Com o advento da administração científica, o crescimento rápido e acelerado da


industrialização e dos recursos tecnológicos, o mundo do trabalho sofreu grandes
mudanças e nos dias atuais a educação corporativa tem sido considerada como uma das
ferramentas das organizações tanto para valorização do seu capital humano para
capacitá-lo quanto para mantê-lo atualizado e competitivo.

Mas, qual profissional poderia desenvolver atividades educativas nas empresas?

Partindo do princípio que o pedagogo é o profissional da educação que reúne as


qualidades necessárias para atuar em empresas, como ainda é assunto novo e uma nova
área a ser explorada, é importante que se desenvolvam estudos relativos ao tema para
tornar claro aos profissionais de educação de que forma poderá atuar nas empresas,
quais os caminhos a seguir.

Assim, o presente trabalho tem o propósito de mostrar ao pedagogo outro campo de


atuação, não menos importante que a escola. Através de estudo bibliográfico de autores
da área, abordagem da administração científica e de pesquisa de campo desenvolvido ao
longo do ano de 2006 no GEPPE que é possível aplicar os conhecimentos adquiridos na
pedagogia na empresa.
No século XVII, René Descartes, filósofo e matemático francês, afirmava que o
verdadeiro conhecimento está no poder da razão para resolver qualquer espécie de
problema.

É a substituição do tradicional (do subjetivo) pelo racional (razão). No século XVIII, o


racionalismo tomava conta chegando ao século XIX sendo aplicado às ciências naturais
e finalmente às ciências sociais. Conforme Motta (2002), o único campo que ainda não
havia sido afetado pelo racionalismo era o do trabalho. No início do século XX, diante
do progresso da industrialização no mundo, viu-se a necessidade de racionalizar o
trabalho e conseqüentemente a administração. Surgem os pioneiros desta racionalização
do trabalho e ficaram conhecidos como fundadores da Escola de Administração
Cientifica ou Escola Clássica: Winslow F. Taylor e Henri Fayol. Taylor em 1903
publicou nos Estados Unidos o livro intitulado “Shop Management”. Taylor era
engenheiro e mestre de obras em uma fábrica e tinha a preocupação em aumentar cada
vez mais a eficiência no trabalho. Em 1916 na França, Henri Fayol também engenheiro,
que trabalhava como administrador e que como diretor geral salvou uma grande
empresa da falência, lança seu livro “Administração Geral e Industrial”. Seu estilo
esquemático e bem estruturado dividiu as funções do administrador em planejar,
organizar, coordenar, comandar e controlar as atividades. (MOTTA, 2002)

Para aumentar esta eficiência no trabalho defendida por Taylor, o administrador deveria
determinar a única maneira certa, que segundo ele só existia uma única forma de fazer o
trabalho e, que descoberta e adotada maximizaria a eficiência do trabalho. O
administrador pensava, de acordo com o pensamento de Taylor, e aos operários cabia
apenas executar estritamente as tarefas planejadas. Idéias que complementaram com as
de Fayol e essas idéias acabaram dando uma nova direção para o mundo do trabalho.
Mais tarde, por volta de 1930, as idéias de Henry Ford relativas à seriação do trabalho
vieram para complementar o modelo Taylor/Fayol (MOTTA, 2002).

As máquinas de fabricação em série, com certeza fizeram aumentar significativamente a


produção. Cada empregado passou a desempenhar uma única função, o que dava mais
agilidade ao processo e triplicava a produção em menos tempo. Essa padronização na
produção foi adotada praticamente por todo o mundo capitalista e aos poucos a
administração científica tornou-se a única forma eficaz de administrar uma empresa.

Com o passar do tempo, a administração científica começou a apresentar seus


problemas. Percebeu-se que a repetição de um mesmo movimento estava gerando
fadiga, ineficiência no trabalho e deficiências no ambiente físico, pois este tipo de
administração tratava o homem como “uma unidade isolada, cuja eficiência poderia ser
estimada cientificamente” (MOTTA, 2002, p.15). Começaram os conflitos industriais e
os empresários pensavam na solução em termos de força. Na visão de Follet apud
MOTTA (2002) existiam três métodos para a solução do conflito industrial: o método da
força, o da barganha e o da integração. Para Follet o melhor era o da integração dos
interesses entre as partes.

Com a grande crise de 1930 que assolou o mundo capitalista, a preocupação dos
administradores e empresários era aumentar a produtividade e reduzir os custos. As
idéias da Escola de Relações Humanas trouxeram uma nova perspectiva para o
reerguimento das empresas. Com o aparecimento da Escola de Relações Humanas, que
através dos estudos realizados por professores da Universidade de Harvard a partir de
1927, dando seqüência a outros estudos ocorridos em 1924 pela Academia Nacional de
Ciências, concentrada na análise das relações de produtividade com a iluminação no
local de trabalho. Para uma melhor compreensão do assunto, a experiência foi feita da
seguinte forma: selecionados dois grupos de trabalhadores. Em um grupo a iluminação
permaneceu constante durante toda a experiência. O outro grupo teve a sua intensidade
sempre aumentada. A produção dos dois grupos foi elevada. Tentaram reduzir a
iluminação e a produção continuou a aumentar.

Constatou-se então que fatores físicos não influenciavam na produtividade. A partir


deste estudo, em 1927 os pesquisadores de Harvard iniciaram novas pesquisas com o
objetivo de determinar novas variáveis (MOTTA, 2002).

Começa então as modificações no sistema de equilíbrio entre empregados e


empregadores. O psicólogo industrial australiano George Elton Mayo, foi quem
realmente deu maior ênfase aos aspectos humanos na administração. Nos dias de hoje,
século XXI, o modelo Taylor/Fayol/Ford continua sólido. Porém, as empresas estão
buscando conciliar administração e relações humanas para uma maior integração entre
funcionários e empresários, pois se entende que neste relacionamento profissional um
precisa do outro.

Neste contexto histórico, com as modificações no mundo do trabalho e o fortalecimento


das relações humanas, começaram a abrir campo para outros profissionais atuarem nas
empresas e entre eles o pedagogo. A Pedagogia voltada à empresa não é algo novo, já
vem de décadas e no momento atual tem gerado discussões a respeito do assunto
principalmente porque com a nova onda da globalização mudou muito o perfil deste
profissional. O pedagogo começou a ser chamado para atuar na empresa no final da
década de 60 inícios de 70, conforme Ribeiro (2005). A educação tinha como função
contribuir para aceleração do desenvolvimento econômico e progresso social
preparando a mão de obra para as fábricas; o pedagogo era a pessoa mais indicada para
transferir os princípios da
racionalidade, eficiência e produtividade da economia para a educação de modo a
conciliar educação e política desenvolvimentista. As novas tecnologias, a automação do
processo de trabalho, o trabalhador totalmente despreparado para este estágio do
desenvolvimento industrial, a escola também despreparada para oferecer contribuições
na profissionalização dos trabalhadores principalmente no âmbito industrial.
Como solução, o governo brasileiro através de incentivos fiscais pela lei 6297/75 apoiou
as empresas para que as mesmas preparassem a mão de obra necessária para a indústria
dentro da própria indústria. Ribeiro (2005) relata que o pedagogo de chegada encontrou
uma empresa com características Taylor/Fayol/Ford, trabalhadores com pouca
escolaridade. O seu papel voltou-se quase que exclusivamente para a área de
treinamento. O pedagogo era quem fazia o levantamento das necessidades de
treinamento, planejava, ministrava, avaliava e ainda conduzia alguns processos de
escolarização que ocorriam dentro das organizações. Visava atender as necessidades e
interesses da empresa. Havia a preocupação em uma adaptação pacífica do empregado
ao posto de trabalho. Como afirma Motta (2002), a escolaridade básica e o
conhecimento técnico da atividade a ser desenvolvida eram o bastante e,
conseqüentemente, não havia promoção de conflitos.

No final da década de 80, com a retirada do apoio financeiro do governo brasileiro às


empresas, os processos de treinamento nas organizações foram diminuindo e as
empresas que tinham um número grande de pedagogos passaram a ficar com um
psicólogo e um pedagogo.

Mudou então o perfil deste profissional, passando a ser o gestor do conhecimento, pois a
empresa percebeu que seu sucesso não estava somente na utilização dos braços e mãos
do trabalhador, mas na sua capacidade inventiva e dedutiva. Homens com habilidade em
aprender e aplicar o aprendido. Para Franco e Dantas (2002), com o novo processo de
globalização a partir de 1990, o pedagogo voltou a ser solicitado nas empresas, pois a
globalização exige indivíduos versáteis, omnilaterais. A Pedagogia busca formar o
homem para a vida, se preocupa com uma formação integral, crítica, seres pensantes, de
opinião capaz de ver a realidade e modificá-la.

Uma das pedagogas que desde a década de 70 atua na área de Pedagogia Empresarial é
Maria Luiza Marins Holtz, que se baseando em sua experiência afirma que: “A empresa
e a pedagogia fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo objetivo em relação
às pessoas”. Holtz ainda define a Pedagogia como:

A ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em


relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da
personalidade das pessoas de acordo com ideais e objetivos definidos. (2000, p. 03).

Os conhecimentos adquiridos através do curso de Pedagogia, a habilidade em conhecer


melhor as pessoas; ter um tato mais aguçado que torna capaz de traçar o perfil de uma
pessoa em pouco tempo; entre outros conhecimentos aplicados à empresa, são muito
úteis na hora de recrutar, selecionar e contratar pessoas. De acordo com Ribeiro (2005)
“A pedagogia empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as
competências, as habilidades e as atitudes diagnosticados como
indispensáveis/necessários à melhoria daprodutividade”. É necessário trabalhar nas
empresas as relações humanas e buscar dentro das pessoas o que elas têm de melhor e
ensiná-las a colocar este melhor a serviços delas próprias e da empresa na qual elas
trabalham.
No campo educacional costuma-se questionar, como educadores, que tipo de homem
deseja-se formar. Na empresa, o pedagogo não trabalhará com crianças pequenas, mas
trabalhará com muitos adultos que tiveram uma infância complicada e traz em si as
conseqüências de uma família desestruturada, vítimas de violência, maus tratos,
pedofilia, etc.

O pedagogo não pode querer fazer o trabalho da Psicologia ou da Psiquiatria, mas pode
fazer um trabalho educativo que mostra caminhos, ajudar, conduzir, visando o bem estar
do trabalhador tanto na empresa como em sua própria casa com sua família. A educação
é capaz de transformar, modificar e elevar o ser humano na sua totalidade.

Para harmonizar de forma produtiva essas diferentes personalidades, o pedagogo com o


seu conhecimento pode observar o comportamento individual, como faz com os alunos
em sala de aula, a fim de buscar as causas de alguns comportamentos através do diálogo
e através da elaboração de treinamentos, palestras com profissionais de outras áreas,
colaborar de forma sutil para a superação de suas dificuldades e com isso harmonizar o
indivíduo consigo mesmo e conseqüentemente com os outros ao seu redor.

O comportamento na organização pode ser direcionado de forma a ensinar a pessoa


adominar seus impulsos e a se tornar mais humana e humanizar é o trabalho da
pedagogia. A partir do momento em que o homem se sente homem e parte de uma
sociedade humana, a sua vida ganha sentido e tudo passa a ter um valor intrínseco. A
sociedade só poderá ser transformada à medida que os que fazem parte dela mudarem
sua forma de pensar e ver o mundo e essa transformação pode acontecer tanto na escola
como na empresa.

O desenvolvimento do homem acontece por intermédio de sua relação ativa com o meio
ambiente, quer social ou natural dando forma ao meio culturalmente organizado. Neste
sentido Brandão apud LOPES, et al TRINDADE, CARVALHO E CADINHA (2006,
p.23), que é antropólogo afirma que:

Não há uma única forma nem um único modelo de educação; a escola não é o único
lugar em que ela acontece..., o ensino escolar não é a única prática, e o professor
profissional não é seu único praticante. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um
modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender,
para ensinar, para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação.
Quando se fala em educação, hoje não se restringe mais às paredes da escola. Nos dias
de hoje aprender a aprender é a questão. Estamos vivendo uma economia global, onde
tudo gira em torno da aquisição de novos conhecimentos, novas formas de
aprendizagem, no desenvolvimento de novas competências. Não tem como parar de
aprender. O mundo a nossa volta está sempre em constantes mudanças, evolução e
transformação. Com a globalização e a internet, que permite acesso às informações em
tempo real no mundo todo, o processo educacional também tende a se transformar para
acompanhar a evolução do conhecimento que se faz cada vez mais dinâmica.

Diante dessas modificações profundas, as organizações também se vêem investindo


intensamente em educação. Como afirma Drucker (2006, p.1)

“Se as organizações também perderem a sua capacidade de desenvolver pessoas, elas


terão feito um pacto com o Diabo”.

O papel do pedagogo dentro da organização pode acontecer de várias formas. É aquele


que se preocupa com a integração do novo funcionário à empresa. Se a empresa tem um
plano de carreira, cabe aí uma orientação pedagógica e avaliação de desempenho
(RIBEIRO,2005).

Vale ressaltar que o Pedagogo é educador acima de tudo e não psicólogo ou


administrador. Em nenhum momento o seu papel deve ser confundido ou então estará
fadado ao fracasso.

Holtz enfatiza que a primeira tarefa do Pedagogo Empresarial é deixar claro ao


empresário que seu ideal de vida, suas aspirações e objetivos correspondem a uma
questão social e principalmente ética. O pedagogo para conseguir ingressar neste campo
de trabalho, em hipótese alguma deve abrir mão da ética. O fato de ter poder de
persuasão e habilidade de convencimento, não lhe dá o direito de usar estas habilidades
para manipular pessoas no intuito de explorá-las. Diante de uma proposta de trabalho
em uma empresa, Holtz (2000, p.54) destaca que o pedagogo deve fazer três perguntas
que são como um teste de ética:

É legal? (do ponto de vista criminal, civil)”, “É imparcial? (todos os envolvidos serão
ganhadores não deve haver perdedor)”, e,“ Vou me sentir bem comigo mesmo? (se for
publicado em jornais? Se a minha família souber?)”.
Qualquer resposta negativa a uma destas perguntas trará um resultado negativo a curto
ou a longo prazo.

O pedagogo poderá usar o seu conhecimento para promover o desenvolvimento


individual levando em conta os conhecimentos que o indivíduo possui e pode aprimorar
através de experiências ao longo da vida. Quais as habilidades necessárias para a
execução de tarefas, a capacidade do individuo em aprender coisas novas e qual atitude
tem diante de situações do cotidiano, se relaciona com os colegas, com clientes. O
trabalho é resultado de um aprendizado.

Desenvolvendo as competências individuais teremos com conseqüência pessoas que


trabalham melhor em grupo; pois a essência do trabalho em grupo é o coletivo em
primeiro lugar. A comunicação se amplia, acontece a aprendizagem coletiva, pois os
membros transmitem uns aos outros os conhecimentos adquiridos e nenhuma tomada de
decisão acontece fora do grupo.

As organizações por sua vez têm suas competências organizacionais que transmitem
seus valores e crenças o que fundamenta sua atuação. Definem através de suas políticas
as diretrizes desta atuação e através de normas e procedimentos operacionalizam essas
políticas.

A cada dia, as empresas percebem cada vez mais que se não reagirem aos desafios
diários e não forem capazes de desenvolver competências tendem a ser “engolidas” pelo
mercado. Indivíduos que não se adaptam as novas mudanças tendem ficar “à margem”
do mercado de trabalho.

Os desafios que os pedagogos enfrentam neste contexto são vários. Primeiramente


precisa conhecer a filosofia da organização, saber quais são seus valores e crenças, sua
política e seus sistemas gerenciais, seus princípios éticos e morais, pois sem esse
conhecimento prévio fica impossível realizar um trabalho eficiente. Se por um lado
estará
desenvolvendo pessoas, por outro não poderá ir contra o pensamento e a cultura
organizacional.
Desenvolver estratégias didático-pedagógicas para a mediação do saber. Desconstruir
para reconstruir é talvez o maior de todos os desafios. Os indivíduos vão para as
organizações com hábitos e práticas que nem sempre são corretas ou correspondem aos
interesses da organização. Neste caso é preciso influenciar positivamente para que o
indivíduo aceite mudar e assim continuar crescendo como pessoa e profissionalmente.

O pedagogo empresarial também precisa investigar motivações, perceber


individualmente o que faz com que o profissional dê o melhor de si naquilo que faz.
Deve perceber e desenvolver novas competências, ter visão de alvo, criar estratégias de
percepção e desenvolvimento de novas habilidades.

Desenvolver a autonomia dentro da empresa é tornar o profissional capaz de ter ações


independentes sem precisar que “alguém” esteja “mandando” o tempo todo.
Desenvolver a capacidade de ver o que tem que ser feito e fazer.

E, por fim vem o feedback. É através dos resultados e respostas obtidas é que será
possível saber se o seu trabalho está sendo realmente eficaz e possibilita as mudanças de
estratégias, de metodologias e a escolha de novas formas de ensinar e aprender.

Uma empresa jamais será definitivamente educada, pois estará sempre aprendendo e
ensinando num processo continuado de educação. O conhecimento é o produto mais
valioso da atualidade. E, esse conhecimento não vem em frascos, nem sprays, nem
caixas e muito menos pode ser adquirido em supermercados. Vêm do relacionamento
entre pessoas, relacionamentos bem conduzidos, baseados no respeito mútuo. Não basta
mais ter um diploma, é preciso estar atento a tudo o que acontece no mundo. O
conhecimento globalizado enfatiza o saber acima de tudo.

O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador pensante, criativo, pró-


ativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões,
capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação e a
flexibilização dos tempos atuais. Tudo isso gera insegurança, medo de ficar fora do
mercado de trabalho, gera estresse, pois o conhecimento de ontem é obsoleto hoje. Não
há mais segurança em nenhum setor da economia, o maior carrasco do ser humano hoje
é o mundo do trabalho. A educação nas organizações ajuda a amenizar tudo isto, pois
promove com responsabilidade a educação continuada. (AMARAL, 2004).

O conhecimento do pedagogo vem para somar forças com a Administração e com a


Psicologia quando esta também está inserida numa determinada organização a fim de
solucionar os problemas de relações de um modo geral e no desenvolvimento das
habilidades de cada um dentro da empresa, além de contrabalançar os desequilíbrios que
as relações profissionais podem trazer (HOLTZ, 2000).

Diante do exposto e tendo em vista que o assunto ainda é recente, falta experiência e a
checagem da viabilidade do trabalho do pedagogo dentro das organizações, assumi
juntamente com outra acadêmica do curso e sob a supervisão da orientadora deste
trabalho a coordenação do GEPPE - Grupo de Extensão e Pesquisa em Pedagogia
Empresarial. O grupo já existia desde em 2004, porém em 2006 organizamos uma
proposta diferente do que vinha sendo realizado. Para selecionar os participantes do
projeto distribuiu-se em torno de 45 formulários onde os alunos do curso de Pedagogia
de 1º a 3º ano da FACIAP/UNIPAN puderam se inscrever. As reuniões do grupo foram
quinzenais, aos sábados das 14h30min às 17 horas.

Através do formulário foram solicitadas informações inerentes aos dados pessoais do


acadêmico como data de nascimento, local de trabalho, telefone para contato, e ainda foi
solicitado que respondessem as seguintes perguntas: “Por que deseja fazer parte do
projeto?” “Tem algum conhecimento prévio sobre Pedagogia Empresarial.?” “O que
pensa a respeito do trabalho do pedagogo na empresa?”

O objetivo deste questionário era perceber o nível de conhecimento dos acadêmicos


sobre o assunto, para sabermos como conduzir os trabalhos. Para término do presente
artigo, elaborou-se outro questionário para saber qual o pensamento dos participantes a
respeito do trabalho do pedagogo na empresa diante dos conhecimentos adquiridos ao
longo do projeto mesmo antes de concluir as atividades nas empresas.

Dos 45 formulários distribuídos no início do trabalho, retornaram 41, cuja faixa etária
dos estudantes era de 19 a 50 anos, com experiências profissionais diferenciadas, tanto
na área de educação exclusivamente como na área empresarial. Entre esses, 30
acadêmicos afirmaram não ter nenhum conhecimento a respeito do assunto pedagogia
empresarial, 03 afirmaram ter pleno conhecimento; 02 disseram ter pouco conhecimento
e 06 não responderam.

Observa-se que a maioria dos participantes não tinha nenhum conhecimento sobre a
possibilidade de atuação do pedagogo na área empresarial. Isto pode acontecer, pois
conforme afirma Greco (2006, p.7-8), os cursos de Pedagogia formam apenas
professores:

Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como profissional responsável pela


docência e especialidades da educação como: Direção, Supervisão, Coordenação e
Orientação Educacional, entre outras atividades específicas da escola. Podemos dizer
que, dificilmente, encontra-se o profissional da educação desvinculado da escola
propriamente dita e inserido em outras atividades do mundo do trabalho, como
empresas ainda que este trabalho refira-se à educação, mas numa perspectiva extra-
escolar. Ao analisar a estrutura de organização das disciplinas do curso de Pedagogia
notamos que não há direcionamento especifico para a atuação do pedagogo em
empresas.

Os casos em que já tinham conhecimento sobre a área eram os alunos que haviam
participado do GEPPE anteriormente evidenciando que o curso de Pedagogia da
FACIAP/UNIPAN embora não obrigando todos a participar, oferecem o projeto como
opção, para complementar esta formação que pode abrir novas possibilidades aos
futuros pedagogos.
Quanto ao desenvolvimento do projeto neste ano de 2006, como já mencionado, as
reuniões ocorreram aos sábados à tarde tendo 02h30min de duração. Iniciamos o
trabalho do grupo com abordagem teórica da administração científica, sua história e em
que momento surgiu as relações humanas. Foi feito material deste histórico e distribuído
entre os participantes. Após o estudo deste material em grupo, uma professora do curso
de
administração da instituição participou de dois encontros onde fez a apresentação da
administração hoje, a visão administrativa humana, fechando assim o assunto
administração científica. O objetivo deste trabalho foi trazer para mais perto a empresa
em si, a sua finalidade como organização e a comparação entre a administração ontem e
a administração hoje, as relações humanas que se consolidam a cada dia, a necessidade
de se preocupar com o capital humano do administrador de hoje.
A educação na empresa contribui significativamente para o crescimento pessoal do
trabalhador promovendo assim uma transformação social. Mudança de atitudes não só
no ambiente de trabalho como também no meio em que vive. Como afirma Greco
(2006, p. 6):

“A educação tem por finalidade possibilitar o crescimento das pessoas como seres
humanos; é processo de humanização”. E ainda acrescenta: “...a educação é uma prática
social.” O pedagogo é quem reúne mais requisitos apresentando plenas condições de
atuar nas empresas e auxiliar neste processo.

Para o segundo semestre a proposta era ir às empresas desenvolver na prática o que foi
visto em teoria. Como já estava definido, todos os trabalhos seriam apresentados
primeiramente no GEPPE para avaliação do grande grupo. Cada grupo apresentou seu
trabalho, todos avaliados pelos participantes que apontaram falhas e sugestões para o
melhor desempenho e resultado nas empresas.

O primeiro trabalho avaliado foi o de Relações interpessoais e trabalho em equipe. O


segundo grupo a apresentar foi o grupo da Assertividade. O terceiro grupo foi o grupo
da Motivação no trabalho e o quarto grupo foi o da Auto- estima. Depois da
apresentação de cada grupo aos presentes na reunião, todos deram opiniões, elogios e
sugestões. O resultado foram trabalhos bem elaborados para aplicação nas empresas.

Para as atividades práticas tivemos a oportunidade de atuar em duas empresas que


doravante serão chamadas apenas A e B. Na empresa A o número de funcionários era de
12, e na empresa B 22 funcionários. O trabalho foi realizado primeiramente na empresa
B, das 15h30min até as 17 horas. O assunto foi sobre Relações Interpessoais e trabalho
em equipe.

Foi possível perceber durante a prática que os funcionários da empresa aparentemente


mostraram interesse, todos se envolveram com o que estava sendo proposto.

O grupo que estava realizando o trabalho tinha um entrosamento muito bom, domínio
do assunto o que passava segurança aos que estavam participando. O mesmo assunto foi
apresentado posteriormente à empresa A no horário das 8h30min às 9h30min. A
participação foi muito satisfatória em todos os sentidos.

Na empresa B foi apresentado ainda o assunto Assertividade. Para este tema apenas 06
de 22 funcionários participaram. O horário foi o mesmo do encontro anterior. Tinha sido
um dia muito intenso de trabalho, todos estavam muito cansados e a maioria acabou
indo pra casa.

A empresa, segundo relato de uma das proprietárias, tem investido em treinamento e no


desenvolvimento dos funcionários, o que é um fator positivo, pois demonstra que
realmente as empresas têm se preocupado com seu capital humano. Comprovando o que
afirma Éboli, (2006, p.34-40):

As empresas passaram a se preocupar não só com treinamento, mas comeducação


também. Elas perceberam que a pedagogia aumenta a eficácia dos programas de
treinamento por que as pessoas aprendem melhor. E, quanto maior a coerência entre
cultura da companhia e os princípios pedagógicos aplicados, maior será o sucesso da
empresa no mercado.
Por outro lado pode-se perceber que nem todos os funcionários apresentaram interesse
incondicional pela própria formação ou valorizam aquilo que pode fazê-las crescer
como pessoa e profissionalmente. Por mais que se tenha que compreender a ausência da
maioria, fica o exemplo da minoria que passou por cima do cansaço e ficou para o
treinamento.
Um ponto de reflexão em relação à freqüência é que na escola, o pedagogo conta com
recursos para “segurar” o aluno em sala, de certa forma “obrigá-lo” através de punições:
falta, nota, reprovação, etc. Isto faz parte das regras sociais as quais desde os tempos
mais remotos vem sendo aplicadas como forma de controle para moldar o ser humano
para a vida em sociedade.

Como afirma Émile Durkheim apud Rodrigues (2003, p.5) “O homem que a educação
deve realizar, em cada um de nós, não é o homem que a natureza fez, mas o homem que
a sociedade quer que ele seja...” Na empresa não tem esse controle. O empresário não
impõe, nem obriga o funcionário a participar de qualquer treinamento principalmente
fora do seu expediente de trabalho. Ela conta com o interesse pessoal de cada um em se
desenvolver. Para alguns funcionários isso até pode soar ainda como forma de
exploração, manipulação, lavagem cerebral.

Um ponto que pode ser avaliado como negativo são as críticas indiretas entre os
próprios funcionários a respeito do trabalho desenvolvido pelo grupo GEPPE dizendo
que acharam o encontro anterior monótono e atribuir a isto a razão pela qual não
ficaram.

Observa-se também a influência que o ser humano tem sobre o outro, tanto positiva
como negativamente. Segundo os funcionários que ficaram para o treinamento, nem
todos tinham a intenção de ir embora, mas devido às críticas de outros colegas acabaram
cedendo.

Outro fator de grande importância é o horário de realização das atividades. Fazendo um


comparativo com os dois grupos de funcionários, o horário do treinamento na empresa
B foi na parte da tarde, depois do expediente normal de trabalho enquanto que na
empresa A foi na parte da manhã, dentro do horário de expediente normal. O grupo da
empresa B certamente já estava cansado e o nível de concentração conseqüentemente
era menor que o grupo da empresa A. Possivelmente se o mesmo trabalho fosse
apresentado na parte da manhã a resposta seria outra. Ficou claro que o treinamento
para se obter um resultado melhor em todos os sentidos: participação, interação,
interesse pelo assunto, o melhor horário é o da manhã.

Para concluir o presente artigo era necessário saber dos participantes deste grupo de
extensão e pesquisa qual a avaliação do trabalho realizado permitindo-lhes que
apresentassem suas críticas e sugestões e se todas as atividades desenvolvidas
atenderam as suas expectativas. Elaboramos um questionário e distribuímos ao grupo.
Na avaliação do trabalho todos consideraram o trabalho muito bom. Em relação a
críticas, não houve. Alguns participantes sugeriram que os encontros que foram
quinzenais que poderiam ter sido semanais.

Quanto às expectativas, todos responderam que tiveram atendidas e até superadas. Os


acadêmicos que nada sabiam a respeito de pedagogia empresarial entenderam
claramente qual o papel do pedagogo na empresa e ao se perceberem dotados de
condições de capacitar pessoas, poderem contribuir à formação e mudança de
comportamento das pessoas relataram que sentiram uma grande satisfação que os
levavam a querer realizar mais e mais trabalhos nas empresas.

Nós que estivemos conduzindo o trabalho pudemos perceber o crescimento pessoal de


cada um que permaneceu no grupo e desenvolveram trabalhos nas empresas. À medida
que os encontros foram acontecendo, percebemos que o grupo foi diminuindo e para as
atividades nas empresas contamos com apenas 15 participantes. Acreditamos que após
conhecer melhor o que é Pedagogia Empresarial alguns acadêmicos perceberam que não
tinham real interesse.

Por mais que estejamos caminhando a passos lentos com relação à Pedagogia
Empresarial esta experiência mostrou que estamos no caminho certo ainda que longe de
atingir o ideal. O pedagogo para atuar nesta área tem que estar bem preparado para
enfrentar os desafios que aparecem. Ao planejar uma atividade deve ter os pés no chão,
pois por melhor que faça, para alguns, não será nunca suficientemente bom. Estar
consciente de que não tem como agradar a “gregos e troianos”, nem ter pressa para ver
os frutos que virão cedo ou tarde.

É preciso ter motivação, persistência, vontade de se superar a cada dia e a capacidade de


transformar críticas em crescimento. A cada atividade, a cada grupo de funcionários um
novo desafio sempre. Há um novo campo de trabalho se abrindo. É preciso abraçar
verdadeiramente a causa. Para aqueles que realmente o fizer e estiver bem preparado,
certamente não faltará oportunidade.
Artigo: O que um Pedagogo Empresarial Precisa Saber Sobre Grupos?
Este artigo encontra-se em formato .PDF:

O QUE UM PEDAGOGO EMPRESARIAL PRECISA SABER SOBRE GRUPOS?


Para baixar, basta clicar no link acima e "Salvar arquivo como..." e escolher a pasta
destino em seu computador.

Bibliografia/Links Recomendados
 http://www.mec.gov.br/sesu/diretriz.shtm Acesso em Miriam Pascoal1. O
pedagogo na empresa. Disponível
em http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/pemp02.htm Acesso em 17/08/2008
 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos
humanos nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro:Campus, 1999
 CURY, Augusto. Pais brilhantes, Professores fascinantes. Rio de Janeiro:
Sextante, 2003.
 HOLTZ, Maria Luiza M. Lições de pedagogia empresarial. MH Assessoria
Empresarial Ltda., Sorocaba SP. Disponível em
<http://www.mh.etc.br/documentos/licoes_de_pedagogia_empresarial.pdf>.Acessado
em 18/11/08.
 LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 8ª ed. – São Paulo,
Cortez, 2005.
 Lopes Izolda PEDAGOGIA EMPRESARIAL - formas e contextos de
atuação. Rio de Janeiro: WAK, 2005.
 MINARELLI, J. A. Empregabilidade: o caminho das pedras. São Paulo:
Editora Gente, 1995.
 MONEZI, Mary R. Ceroni. Atitude Interdisciplinar na Docência. In:
Revista de Cultura: Revista do IMAE - Instituto Metropolitano de Altos Estudos para o
Desenvolvimento das Pesquisas do UniFMU. Periódicos Interdisciplinares. São Paulo:
ano 4, n. 9, p. 56-60, jan./jun.2003.
 REVISTA NOVA ESCOLA, 134ª EDIÇÃO, p.32- O Pedagogo
Empresarial. REVISTA TEMA
 TRANSFERSSAL,12ªEDIÇÃO,p.11 – Treinamento do Pedagogo
Empresarial Viana, Mário Gonçalves - Pedagogia Geral; Lisboa.
 AMARAL, Marta Teixeira do. Pedagogo Empresarial: o que é isso? Disponível
no site www.e-aprender.com.br/ensinar. Docente da Universidade Estácio de Sá do Rio
de Janeiro. Pedagogia. Acessado em 17/06/2006.

 DRUCKER, Peter. Eles não são empregados, são pessoas. Disponível no site
http://diario.de.verit.org/?m=200510. Acessado em 20/09/2006.

 DUTRA, Joel de Souza. Gestão de Pessoas – modelo, processos, tendências e


perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.

 ÉBOLI, Marisa. Educação Corporativa. Docente da USP/SP. Disponível no site


www.revistavencer.com.br. Artigo publicado na revista Vencer. Março,2003 p. 34 a 40.
Acessado em 09/10/2006.

 FRANCO, Iane, e DANTAS, Mércia. Aprendendo I. Ano 01, nº 1 Jornalzinho


publicado no campus Rebouças. Curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá.
Rio de Janeiro – RJ. 2002.

 GRECO, Glória M. O Pedagogo Empresarial. Disponível no site


www.pedagogiaemfoco.pro.br/pemp02. Rio de Janeiro, 2005. Acessado em 09/10/2006.
 HORTZ, Maria Luiza Marins, Lições de Pedagogia Empresarial. Disponível no
site www.mh.etc.br, Sorocaba, 2000. Acessado em 05/2005.

 LOPES, Izolda. TRINDADE, A B. CARVALHO, Cláudia e CADINHA, Márcia


Alvim. Pedagogia Empresarial uma nova visão de aprendizagem nas organizações. Rio
de Janeiro, 2006.

 MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da Administração: da


revolução urbana à revolução digital. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

 MOTTA, Fernando C. Prestes, Teoria Geral da Administração, 22ª. Ed. São


Paulo. Pioneira 2002.

 RIBEIRO, A E do Amaral. Pedagogia Empresarial, atuação do pedagogo na


empresa. 3ª. Ed. Rio de Janeiro, Wak. 2005.

 ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo:


Saraiva, 2001.

 RODRIGUES, Alberto T. Sociologia da Educação. 4ª. Ed. Rio de Janeiro, DP &


A, 2003.

Вам также может понравиться