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LUCY ANA VILELA STAUT

USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA:


Método de Avaliação baseado em heurísticas

CAMPINAS
2014

i
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

LUCY ANA VILELA STAUT

USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA:


Método de Avaliação baseado em heurísticas

Dissertação de Mestrado apresentada a Faculdade de


Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, para
obtenção do título de Mestra em Arquitetura, Tecnologia e
Cidade, na área de Arquitetura, Tecnologia e Cidade.

Orientadora: Profa. Dra. NÚBIA BERNARDI


ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL
DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA ALUNA
LUCY ANA VILELA STAUT, E ORIENTADA PELA
PROFª. DRª. NÚBIA BERNARDI

Assinatura da Orientadora

CAMPINAS
2014
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iv
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Faculdade De Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de


Avaliação baseado em heurísticas

Lucy Ana Vilela Staut

Dissertação de Mestrado aprovada pela Banca Examinadora, constituída por:

Campinas, 25 de agosto de 2014.

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vi
RESUMO

Como utilizar um edifício de maneira eficiente, eficaz e satisfatória? Esta questão envolve atributos
de qualidade funcional e facilidade de uso, aliados ao Desenho Universal entendido como valor de
utilidade, eficiência e conforto do espaço construído amplamente utilizável. Esta pesquisa coloca-
se na interface entre componentes da acessibilidade espacial e avaliação heurística, como método
de inspeção sistemático de usabilidade. O objetivo geral é analisar o potencial de aplicação de uma
avaliação heurística modificada como método de inspeção de usabilidade universal, aliada ao
percurso pluralístico. A partir do assunto proposto e do contexto no qual se insere, optou-se por
realizar um estudo de caso com avaliação através do método baseado em heurísticas modificado
em conformação aos princípios do Desenho Universal, em Centro Comercial Planejado, caso
selecionado devido à complexidade espacial e escala. A avaliação é composta por três sessões
consecutivas: na sessão I, pré-entrevista, cinco avaliadores especialistas interdisciplinares na área
de arquitetura e construção foram convidados a responder um formulário, entrevista estruturada,
através da análise dos projetos arquitetônicos do centro comercial planejado (plantas, cortes e
elevações) em relação aos princípios do Desenho Universal e acessibilidade espacial; em seguida,
na sessão II, atividades em cenários, foi solicitado a cada avaliador responder novamente o
formulário durante a realização de atividades pré-definidas; na sessão final, sessão III, pós-
entrevista, foram respondidos novamente os formulários em uma reanálise dos projetos
arquitetônicos. Procurando a utilização de diferentes tipos de habilidades e experiências, a pesquisa
utilizou da associação entre a avaliação heurística modificada ao método de inspeção ou percurso
pluralístico, colocando o usuário consumidor na execução de cenários pré-definidos. Os resultados
demonstraram que a avaliação heurística modificada pode integrar com eficácia a avaliação de
projeto antes do fato e na avaliação pós-ocupação, propiciando interação entre análise de projeto
arquitetônico e uso do espaço e instalações. O percurso pluralístico permitiu a avaliação de
satisfação e preferências do usuário. Através de um processo de avaliação de uma comissão de
avaliadores interdisciplinares, processo iterativo combinado com sessões, é possível assegurar uma
taxa de erro reduzida para o uso universal de ambientes construídos. A despeito da extensa
literatura sobre engenharia da usabilidade, há pouca pesquisa sobre métodos para aplicação de
testes de usabilidade em um contexto do projeto arquitetônico. Desse modo, destaca-se a
necessidade de estudos mais aprofundados sobre usabilidade universal e sua utilização na

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concepção de ambientes inclusivos. Esta pesquisa apresentou-se como um passo inicial para a
avaliação de usabilidade universal na arquitetura e recomenda testes aplicados ao contexto
arquitetônico, pois estes ressaltam a importância de análise de elementos interdependentes no
ambiente construído e devem ser implementados ao processo de projeto universal.

Palavras-chave: Usabilidade; Desenho Universal; Acessibilidade; Avaliação; Heurística.

viii
ABSTRACT

How to use a building in an efficient, effective and satisfactory way? This issue involves functional
quality and ease of use attributes, allied to universal design understood as a value of utility,
efficiency and convenience of the widely usable constructed space. This research stands itself in
the interface between components of spatial accessibility and heuristic evaluation, as a method for
systematic usability inspection. The main goal is to analyze the application potential for a heuristic
evaluation modified as a universal usability inspection method allied to the pluralistic method of
inspection. From the proposed subject and the context in which it is in, it was decided to conduct
a study case with the method evaluation based on heuristics modifying in conformation to the
Universal Design principles, in Planed Commercial Center, the case was chosen due to spatial and
scale complexities. The evaluation is composed of three consecutive sessions. In session I, pre-
interview, five expert interdisciplinary evaluators in the area of architecture and construction were
invited to answer a form, structured interview, through the analysis of planed commercial center’s
architectonic projects (plans, sections and elevations) concerning of the universal design principles
and spatial accessibility; next, in session II , activities in settings, each expert was asked to perform
a set of pre-defined activities in settings; post-interview, the forms were answered again in a
reanalysis for the architectonic projects. Using different types of abilities and experiences, the
research will associate modified heuristic evaluation with the pluralistic method of inspection,
placing the user consumer in the pre-defined settings execution. The results showed that the
modified heuristic evaluation could instate effectively the project evaluation before the fact and in
the post-occupation evaluation, providing interaction between the architectonic project analysis
and the space and installations use. The pluralistic method of inspection allowed the user’s
satisfaction and preferences evaluation. Through an interdisciplinary evaluator’s committee
evaluation progress, interactive process combined with sessions, it is possible to assure a reduced
error rate to the constructed environments universal use. In spite of extensive literature about
usability engineering, there has been little research on the methods to conduct usability tests in a
context of architectural design. Therefore, further studies on universal usability and its use in
inclusive environment are of paramount importance. This research presented itself as an initial step
for the universal usability evaluation in architecture, recommends applied tests to the architectonic

ix
context, because these highlight the importance of interdependent elements analysis inside the
constructed environment, and must be implemented to the universal project process.

Palavras-chave: Usability; Universal Design; Accessibility; Evaluation; Heuristic.

x
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3

1.1 Objetivos.................................................................................................................................... 8
1.2 Delineamento da Pesquisa ......................................................................................................... 8
1.3 Apresentação dos Capítulos..................................................................................................... 10
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................................. 13

2.1 Percepção Ambiental: conceitos de percepção e cognição ...................................................... 15


2.2 Legibilidade do Ambiente e Orientabilidade........................................................................... 19
2.3 Desenho Universal (DU) ......................................................................................................... 22
2.3.1 Princípios do Desenho Universal ................................................................................... 25
2.3.2 Desenho Universal no Brasil ......................................................................................... 30
2.3.3 Acessibilidade Espacial e seus componentes ................................................................. 33
2.3.4 Manuais e guias destinados a acessibilidade e Desenho Universal ............................... 41
2.4 Usabilidade .............................................................................................................................. 44
2.4.1 Princípios de Usabilidade e Projeto de interação ........................................................... 48
2.4.2 Método de Avaliação de Usabilidade: Avaliação Heurística ........................................ 50
2.4.3 Método de inspeção ou percurso pluralístico ................................................................. 53
2.5 Usabilidade Universal ............................................................................................................. 55
2.5.1 Avaliação heurística na arquitetura ................................................................................ 56
3 MÉTODOS E MATERIAIS ....................................................................................................... 63

3.1 Estudo de Caso ........................................................................................................................ 63


3.1.1 Localização Unidade-Caso: Londrina/PR ...................................................................... 63
3.1.2 Unidade-Caso: Centro Comercial Planejado ................................................................. 66
3.2 Metodologia e Técnicas ........................................................................................................... 70
3.2.1 Pré-Teste: 1º avaliação do Instrumento de Avaliação Heurística .................................. 85
3.3 Coleta de Dados ....................................................................................................................... 88
4 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................................... 111

4.1 Dados da Sessão I .................................................................................................................. 111


4.2 Dados da Sessão II-A – Walkthrough de Especialistas......................................................... 125
4.3 Dados da Sessão II-B – Walkthrough com usuários ............................................................. 137

xi
4.4 Dados da Sessão III ............................................................................................................... 146
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................... 149

6 CONCLUSÕES........................................................................................................................ 163

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 169

APÊNDICE A ............................................................................................................................. 179

APÊNDICE B ............................................................................................................................. 187

APÊNDICE C ............................................................................................................................. 199

APÊNDICE D ............................................................................................................................. 207

APÊNDICE E ............................................................................................................................. 215

xii
À minha filha, Flávia, por entender e apoiar com muito
amor essa nova etapa de minha vida.

xiii
xiv
MEUS AGRADECIMENTOS,

À Profa. Dra. Núbia Bernardi, pela orientação constante e crítica, pelos inúmeros
ensinamentos e dedicação ao ensino que muito contribuiu para minha formação. Pela amizade e
confiança depositada.

À Profa. Dra. Doris Kowaltowski, pelas valiosas sugestões que me proporcionou durante a
condução deste trabalho. Às Profas. Dras. Silvia Mikami e Regina Ruschel, pelas considerações e
sugestões realizadas no desenvolvimento do projeto desta pesquisa.

A todos os professores da FEC pelo conhecimento adquirido em todas as disciplinas


cursadas e pelo acolhimento nesta instituição renomada, e aos colegas, em especial à Claudia
Martin, que em pouco tempo tornaram-se grandes amigos, que me apoiaram e incentivaram.

Aos arquitetos, engenheira e usuários que participaram desta pesquisa.

Ao meu amigo e colega de trabalho, Prof. Msc. Fábio Freire pelo incentivo e apoio para
iniciar e desenvolver o mestrado na UNICAMP.

Aos meus amigos e colegas de trabalho Carolina Buzzo Bechelli e Lucas Raffo Souza pelo
apoio operacional.

Ao amigo Paulo Forte pelo fornecimento dos projetos arquitetônicos necessários para o
desenvolvimento desta pesquisa.

À minha mãe, companheira e amiga, que sempre me incentivou em todas as minhas


escolhas e metas, e que me ensinou uma das grandes lições da vida: aprender. O meu respeito e
amor eterno.

Ao meu irmão, Lucio, pelo apoio e carinho fraterno no momento que mais precisava.

Ao meu marido, Frederico, pelo carinho e apoio manifestado durante minha ausência e pela
caminhada de incentivo a cada palavra escrita nessa dissertação.

A Deus e a tudo que me leva até Ele!

xv
xvi
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1.1 – Delineamento da Pesquisa........................................................................................... 8

Figura 2.1 – Mensagem visual....................................................................................................... 17

Figura 2.2 – Conceito de Desenho Universal versus acessibilidade ............................................. 24

Figura 2.3 – Objetivos específicos da Usabilidade: Eficácia e Eficiência .................................... 45

Figura 2.4 –Affordance real: objetos físicos dispõem de affordances reais .................................. 49

Figura 2.5 - Estrutura da Avaliação Heurística aplicada em Shopping Center ............................. 58

Figura 2.6 - Estrutura da Avaliação Heurística aplicada em Shopping Center ............................. 59

Figura 3.1 – Vista aérea do Município de Londrina/PR ................................................................ 64

Figura 3.2 - Mesorregião Norte Central Paranaense ..................................................................... 65

Figura 3.3 - Estrutura da Avaliação Heurística a ser aplicada....................................................... 71

Figura 3.4 - Relação entre Tarefas e Heurísticas ........................................................................... 71

Figura 3.5 – Apresentação do Formulário de Avaliação Heurística.............................................. 89

Figura 3.6 – Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação ....... 93

Figura 3.7 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 1 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial .... 94

Figura 3.8 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 2 do Desenho Universal ........................................................................ 95

Figura 3.9 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 3 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ..... 96

Figura 3.10 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 4 do Desenho Universal ........................................................................ 96

xvii
Figura 3.11 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 4 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ..... 97

Figura 3.12 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado aos Componentes da Acessibilidade Espacial ........................................................... 97

Figura 3.13 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 5 do Desenho Universal ........................................................................ 97

Figura 3.14 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 5 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ..... 98

Figura 3.15 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 6 do Desenho Universal ........................................................................ 98

Figura 3.16 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao componente da Acessibilidade Espacial ............................................................... 99

Figura 3.17 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

relacionado ao Princípio 7 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ..... 99

Figura 3.18 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 1 do Desenho Universal .......................................................................................... 100

Figura 3.19 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 1 do Desenho Universal .......................................................................................... 100

Figura 3.20 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 1 do Desenho Universal .......................................................................................... 101

Figura 3.21 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 2 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ...................... 101

Figura 3.22 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 3 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ...................... 101


xviii
Figura 3.23 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 4 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ....................... 101

Figura 3.24 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 5 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ....................... 102

Figura 3.25 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas

ao Princípio 6 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ....................... 102

Figura 3.26 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao

Princípio 1 do Desenho Universal ............................................................................................... 102

Figura 3.27 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao

Princípio 1 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial .......................... 103

Figura 3.28 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao

Princípio 3 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial .......................... 103

Figura 3.29 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao

Princípio 6 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial .......................... 103

Figura 3.30 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e

Serviços relacionados ao Princípio 1 do Desenho Universal ...................................................... 104

Figura 3.31 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e

Serviços relacionados ao Princípio 3 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade

Espacial........................................................................................................................................ 104

Figura 3.32 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e

Serviços relacionados ao Princípio 4 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade

Espacial........................................................................................................................................ 105

xix
Figura 3.33 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e

Serviços relacionados ao Princípio 5 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade

Espacial ....................................................................................................................................... 105

Figura 3.34 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e

Serviços relacionados ao Princípio 6 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade

Espacial ....................................................................................................................................... 105

Figura 3.35 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e

Serviços relacionados ao Princípio 7 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade

Espacial ....................................................................................................................................... 105

Figura 3.36 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados

ao Princípio 1 do Desenho Universal .......................................................................................... 106

Figura 3.37 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados

ao Princípio 1 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial ...................... 106

Figura 3.38 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados

ao Princípio 3 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial ..................... 107

Figura 3.39 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados

ao Princípio 4 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial ..................... 107

Figura 3.40 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados

ao Princípio 6 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial ..................... 107

Figura 3.41 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados

ao Princípio 7 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial ..................... 107

xx
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 4.1 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação

..................................................................................................................................................... 114

Gráfico 4.2 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas . 117

Gráfico 4.3 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding ........... 119

Gráfico 4.4 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos

e Serviços..................................................................................................................................... 121

Gráfico 4.5 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos .. 124

Gráfico 4.6 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação

– Tarefas em cenários .................................................................................................................. 126

Gráfico 4.7 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas –

Tarefas em cenários ..................................................................................................................... 129

Gráfico 4.8 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding – Tarefas

em cenários .................................................................................................................................. 132

Gráfico 4.9 – Gráfico demonstrativo do resultado Avaliação Heurística modificada em relação ao

Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços - Tarefas em cenários ....................................... 134

Gráfico 4.10 – Gráfico demonstrativo do resultado Avaliação Heurística modificada em relação

ao Elemento 5: Serviços Públicos - Tarefas em cenários ........................................................... 137

Gráfico 4.11 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 01 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 140

Gráfico 4.12 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 02 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 143

xxi
Gráfico 4.13 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 03 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 145

Gráfico 5.1 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada

em relação aos Elementos da Cidade Universal ......................................................................... 153

xxii
LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 –Versão revisada das heurísticas de Nielsen ............................................................... 52

Tabela 2.2 – Tarefas do método de avaliação heurística ............................................................... 52

Tabela 2.3 - As definições e considerações de projeto dos princípios do Desenho Universal

utilizadas como heurísticas – Centro Comercial Planejado........................................................... 57

Tabela 3.1 - Considerações projetuais dos elementos essenciais para cidade universal e os

componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao procedimento de avaliação. .................. 73

Tabela 3.2 – Relação dos cenários T1 e T2 de atividades e descrição da conformação com as

heurísticas ...................................................................................................................................... 76

Tabela 3.3 – Relação dos cenários T3 e T4 de tarefas e descrição da conformação com as

heurísticas ...................................................................................................................................... 79

Tabela 3.4 – Relação do cenário T5 de tarefas e descrição da conformação com as heurísticas .. 83

Tabela 3.5 – Tabela detalhada demonstrativa dos problemas de Usabilidade encontrados pelo

avaliador em cada sessão. .............................................................................................................. 86

Tabela 4.1 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de

Circulação ................................................................................................................................... 112

Tabela 4.2 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 1: Sistema de

Circulação ................................................................................................................................... 114

Tabela 4.3 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas .. 115

Tabela 4.4 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas .. 116

Tabela 4.5 –Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 2: Entradas e

Saídas .......................................................................................................................................... 117

xxiii
Tabela 4.6 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding ............ 118

Tabela 4.7 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding ............ 119

Tabela 4.8 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 3: Wayfinding120

Tabela 4.9 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos

e Serviços .................................................................................................................................... 120

Tabela 4.10 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos

e Serviços .................................................................................................................................... 121

Tabela 4.11 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 4: Obtenção de

Produtos e Serviços .................................................................................................................... 122

Tabela 4.12 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos 122

Tabela 4.13 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos 123

Tabela 4.14 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 5: Serviços

Públicos ...................................................................................................................................... 124

Tabela 4.15 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação

– Tarefas em cenários ................................................................................................................. 125

Tabela 4.16 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 1: Sistema de

Circulação – Tarefas em cenários .............................................................................................. 127

Tabela 4.17 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas –

Tarefas em cenários .................................................................................................................... 128

Tabela 4.18 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas –

Tarefas em cenários .................................................................................................................... 129

Tabela 4.19 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas –

Tarefas em cenários .................................................................................................................... 130

xxiv
Tabela 4.20 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding – Tarefas

em cenários .................................................................................................................................. 131

Tabela 4.21 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding – Tarefas

em cenários .................................................................................................................................. 131

Tabela 4.22 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 3: Wayfinding –

Tarefas em cenários ..................................................................................................................... 132

Tabela 4.23 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos

e Serviços - Tarefas em cenários ................................................................................................. 133

Tabela 4.24 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos

e Serviços - Tarefas em cenários ................................................................................................. 133

Tabela 4.25 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 4: Obtenção de

Produtos e Serviços - Tarefas em cenários ................................................................................. 134

Tabela 4.26 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos -

Tarefas em cenários ..................................................................................................................... 135

Tabela 4.27 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos -

Tarefas em cenários ..................................................................................................................... 136

Tabela 4.28 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 5: Serviços

Públicos ....................................................................................................................................... 136

Tabela 4.29 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 01 – Tarefas em cenário ................................................................................................. 139

Tabela 4.30 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 01 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 140

Tabela 4.31 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 02 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 142


xxv
Tabela 4.32 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 02 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 142

Tabela 4.33 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 03 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 144

Tabela 4.34 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do

Usuário 03 – Tarefa em cenário .................................................................................................. 145

Tabela 5.1 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada

em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação – Princípios do Desenho Universal .......... 149

Tabela 5.2 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada

em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas ........................................................................... 150

Tabela 5.3 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada

em relação ao Elemento 3: Wayfinding ...................................................................................... 151

Tabela 5.4 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada

em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços ................................................... 152

Tabela 5.5 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada

em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos ............................................................................ 152

Tabela 5.6 – Comparação entre Avaliação Heurística modificada utilizada por Afacan e Erbug

(2009) e a utilizada pelo pesquisador. ......................................................................................... 155

Tabela 5.7 – Roteiro Avaliação Heurística Modificada .............................................................. 159

xxvi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ADA American Disability Act
ADAAG American Disability Act Accessibility Guidelines
ANSI American National Standards Institute
CB Comitês Brasileiros
CE Comissões de Estudos
CEET Comissões de Estudos Especiais Temporárias
DU Desenho Universal
EUA Estados Unidos da América
FEC/Unicamp Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPARDES Instituto Paranaense de desenvolvimento econômico e Social
ICSC International Council of Shopping Centers
ISO International Standards Organization
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas

xxvii
xxviii
Capítulo 1
Introdução

Objetivos do Capítulo
- Discutir a importância da Usabilidade e Desenho Universal no cotidiano projetual e ambiente
construído.
- Apresentar e situar o tema a ser estudado.
- Expor os objetivos, a justificativa e relevância do trabalho.

1
2
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

1 INTRODUÇÃO

A arquitetura sempre apresentou um paradigma inicial em relação ao atendimento às


expectativas dos usuários, “[...] desde os aspectos básicos de habitabilidade até a fruição estética
que esse abrigo pode proporcionar ao ser humano. Trata-se de um eterno desafio profissional para
os projetistas que por vezes priorizam valores estético-formais em detrimento do desempenho do
ambiente construído e sua qualidade funcional” (VOORDT; WEGEN, 2013, p.5). Nesse contexto,
“a medição de um espaço passa não apenas por entidades sensoriais visuais, como também por
volumes de apreensão cognitiva, tátil, olfativa, auditiva e diversos outros fenômenos
psiconeurológicos que capacitam o construir, o habitar e o viver humano” (PAULA et al., 2007, p.
204). Devido a essas afirmações, constata-se a extrema importância de verificação se a edificação
resultante do processo de projeto atende às expectativas do usuário, ou seja, a qualidade da
edificação em relação a funcionalidade ou valor de utilidade, a facilidade de uso e benefícios
emocionais (JORDAN, 2000), a usabilidade da edificação.

Segundo a NBR 9241-11 (ABNT, 2002, p. 3) usabilidade é a “medida na qual um produto


pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com eficácia, eficiência
e satisfação em um contexto de uso específico”. O termo usabilidade tem raízes na Ciência
Cognitiva e começou a ser utilizado nas áreas de Psicologia e Ergonomia, no início da década de
1980. A NBR ISO/IEC 9126 – 1991 (ABNT, 2003) foi a primeira norma que definiu o termo
usabilidade, ultrapassando “os limites do ambiente acadêmico [...], passando a fazer parte do
vocabulário técnico de outras áreas do conhecimento, tais como Tecnologia da Informação e
Interação Homem-Computador, tendo sido traduzido literalmente para diversos idiomas” (DIAS,
2007, p. 26). A despeito da extensa literatura sobre engenharia da usabilidade, pode-se destacar
testes de usabilidade empregados na área de ergonomia de produtos (DEMIRBILEK;
DEMIRKAN, 2004 e BEECHER; PACKET, 2005), mas há pouca pesquisa sobre métodos para
aplicação de testes de usabilidade em um contexto do projeto arquitetônico (AFACAN; ERBUG,
2009). A usabilidade da edificação é um dos mais importantes aspectos do desempenho da
edificação (KEITH, 2006), pois mede o quanto a edificação está adequada para as atividades
previstas em seu interior e deve ser a meta mais importante (VOORDT; WEGEN, 2013), mas
frequentemente é negligenciada. “Uma compreensão mais aprofundada do conceito de usabilidade

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

será útil não só na avaliação de edifícios em uso, mas também uma melhor compreensão do que
pode ser de conhecimento relevante para incluir no processo de projeto” (KEITH, 2006, p. 263,
tradução nossa).

Nesse contexto, há referência à utilização do espaço pelo usuário: suas expectativas, suas
metas, sua compreensão em relação aos processos de tomadas de decisão e, principalmente, suas
habilidades. Ambiente construído acessível e projetos de edificações que possam ser utilizados
por todos são desafios a serem solucionados pelos projetistas, e necessitam de medidas de
usabilidade e dos critérios do Desenho Universal, pois “no atual momento, a avaliação de
desempenho com foco no Desenho Universal pode ser considerada crítica e necessita ser
desenvolvida” (PREISER, 2010, p. 19). Quando as medidas de usabilidade de prática, ou seja, valor
de utilidade da edificação, são definidas como amplamente utilizáveis em termos de Desenho
Universal1 e arquitetura dos espaços, pode-se ampliar o conceito para Usabilidade Universal, cujo
principal objetivo é permitir que o maior número possível de usuários se beneficiem do acesso, do
uso e da obtenção de produtos/serviços do ambiente construído na mais ampla gama de situações
(AFACAN; ERBUG, 2009).

Esta pesquisa coloca-se na interface entre acessibilidade espacial e avaliação heurística,


como método de inspeção sistemático de usabilidade. O objetivo geral é analisar o potencial de
aplicação de uma avaliação heurística modificada como método de inspeção de usabilidade
universal, aliada ao percurso pluralístico.

A qualidade funcional do ambiente construído tem sido cada vez mais solicitada e a
preocupação em oferecer espaços acessíveis, compreensíveis, seguros e confortáveis é cada vez
mais constante. Perante essa argumentação e objetivando a qualidade funcional que edificações
devem apresentar, tornam-se necessários estudos e metodologias que avaliem as condições de
usabilidade da edificação na prática e acessibilidade espacial, para todos os usuários,
independentemente de suas habilidades.

Este estudo parte de questões casuais em nossa rotina diária em relação a usabilidade
universal do projeto arquitetônico dos espaços: Como utilizar um edifício de maneira eficiente,
eficaz e satisfatória? Como chegar a um determinado lugar com segurança, conforto e

1
Nos anos 80, Ron Mace utiliza o termo "Universal Design", que no Brasil é conhecido como "Desenho Universal"
(PREISER, 2010, p. 20).
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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

independência? E questionamento em relação ao processo de projeto desses espaços amplamente


utilizáveis: Como ampliar o potencial de inclusão social através da melhoria da qualidade de
locomoção e utilização do espaço? Como avaliar problemas de usabilidade universal do espaço
arquitetônico na etapa de produto, antes do término da construção?

A arquitetura não pode ser vivenciada e experimentada se o usuário não se movimentar por
ela, se não percorrê-la, pois o movimento é a essência da arquitetura, mesmo tendo uma tradição
estática, e estar associada ao uso dos espaços (PAULA et al., 2007; AGUIAR, 2007). A
preocupação em oferecer espaços cujas condições de utilização sejam confortáveis e seguras é cada
vez mais constante, pois os espaços edificados devem possuir acessibilidade plena a todos, e devem
permitir a interação livre entre os visitantes, independentemente de sua condição física e social.

Muitas pessoas possuem dificuldades em acessar e percorrer os espaços de edifícios


públicos e semipúblicos, como aeroportos, hospitais, escritórios ou centros comerciais planejados.
O problema pode estar relacionado aos processos mentais de organização ambiental de percepção
e cognição, mas também em uma arquitetura que não compreende as necessidades oriundas das
diferentes deficiências para a realização de atividades e a cognição espacial humana (HÖLSCHER
et al., 2006). A busca pela acessibilidade plena nas edificações deve ser feita a partir do atendimento
das normas existentes que favorecem as pessoas com deficiência, mas deve ir além, através de
propostas que se destinam a acolher a todos, inclusive os deficientes (CAMBIAGHI, 2010).
Atualmente, a aplicação dos conceitos de Desenho Universal nos espaços edificados na esfera
pública e privada, é requisito fundamental para a vivência de um indivíduo em um ambiente, muito
embora, as exigências legais fiquem restritas à acessibilidade e ao cumprimento de normas
específicas. Ampliar o potencial de inclusão social através da melhoria da qualidade de locomoção
deste indivíduo, é dever e desafio para o projetista de espaços construídos (BERNARDI, 2007).

Um dos métodos de inspeção em relação à usabilidade é a Avaliação Heurística que objetiva


“identificar problemas de usabilidade que, posteriormente, serão analisados e corrigidos ao longo
do processo de desenvolvimento” (DIAS, 2007, p. 62). Essa avaliação é realizada por especialistas
em usabilidade, com base em sua experiência e competência no assunto, e o processo se dá através
da avaliação baseada em heurísticas. As vantagens da utilização desse método de avaliação são em
relação à rapidez e à quantidade de problemas verificados; a desvantagem é de requerer
especialistas e como não envolve usuários reais, não descobre problemas em relação a suas

5
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

expectativas (CYBIS et al., 2007).

Afacan e Erbug (2009) em um artigo intitulado An interdisciplinary heuristic evaluation


method for universal building design, desenvolveram um estudo de avaliação heurística
modificada, objetivando avaliar uma edificação em medidas de usabilidade, um shopping center
construído em Ancara – Turquia, em conformidade aos princípios do Desenho Universal, conjunto
de heurísticas para avaliação de Usabilidade Universal em termos de arquitetura. A avaliação
utilizada pelos pesquisadores foi composta por três sessões consecutivas: na fase inicial, cinco
avaliadores especialistas interdisciplinares na área de arquitetura foram entrevistados sobre os
projetos arquitetônicos (plantas, cortes e elevações) em relação aos princípios do Desenho
Universal; em seguida, foi solicitado a cada avaliador a realização de tarefas pré-definidas em
cenários em um ambiente construído; na sessão final foram realizadas entrevistas, onde os
avaliadores foram convidados a reanalisar os projetos arquitetônicos.

Em ambientes complexos como centros de compras planejados, devido à configuração


espacial, programa arquitetônico complexo e escala, os componentes da acessibilidade espacial são
essenciais. Para oferecer aos usuários condições de orientação e legibilidade do espaço, as
informações dos ambientes devem ser de fácil entendimento, com layout compreensível, elementos
referenciais, zoneamento claro e objetos com funções determinadas (RIBEIRO, 2004). Arthur e
Passini (2002, p. 37, tradução nossa) concluem que “[...] o desafio do projeto é criar uma
configuração de wayfinding interessante que permitam experiências espaciais gratificantes e que
sejam seguros, acessíveis e eficientes em wayfinding, mesmo tendo complexidade em sua
concepção”.

Desse modo, destaca-se a responsabilidade do arquiteto e sua contribuição na proposição


de soluções criativas na concepção de projetos arquitetônicos e a necessidade de estudos mais
aprofundados sobre usabilidade universal e sua utilização na concepção de ambientes inclusivos.

Esta pesquisa aponta à análise do potencial de aplicação do método de avaliação de


usabilidade modificado baseado em heurísticas, desenvolvido por Afacan e Erbug (2009),
pertinente ao contexto arquitetônico. Devido a necessidade de humanizar o processo e verificar
problemas em relação às habilidades e expectativas dos usuários, foi proposto a associação da
avaliação heurística modificada ao método de inspeção ou percurso pluralístico, colocando
usuários e especialistas na análise de cenários de tarefas pré-estabelecidas (DIAS, 2007, p. 63).

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

Trata-se de um estudo de caso aplicado em centro comercial planejado, que consiste em


avaliação de usabilidade do espaço construído em relação ao projeto arquitetônico (plantas, cortes,
elevações e placas de sinalização) e a edificação (pós-ocupação). O instrumento de avaliação
utilizado caracteriza-se como entrevista estruturada, através de formulários, em conformação aos
componentes da cidade universal (DANFORD; TAUKE, 2001), cenários para as sessões;
princípios do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial, utilizados como
heurísticas.

A avaliação foi composta por três sessões consecutivas: a primeira sessão, pré-entrevista,
grupo de avaliadores interdisciplinares foram convidados a avaliar os cenários pré-definidos no
projeto arquitetônico do centro comercial planejado em termos de princípios do Desenho Universal
e acessibilidade espacial, através do preenchimento do primeiro formulário individual; a segunda
sessão foi realizada em duas etapas: o walkthrough de especialistas, o grupo de avaliadores foi
convidado a percorrer pelos cenários pré-definidos e avaliá-los em termos de princípios do
Desenho Universal e acessibilidade espacial, através do preenchimento do segundo formulário
individual, e o walkthrough de usuários, grupo de usuários consumidores foram convidados a
percorrer pelos cenários pré-definidos individualmente, o preenchimento do formulário foi
desenvolvido pelo pesquisador durante o percurso; a terceira sessão, pós-entrevista, o grupo de
avaliadores foram convidados a reanalisar os cenários no projeto arquitetônico do centro comercial
planejado em termos de princípios do Desenho Universal e acessibilidade espacial. Durante todo
o processo de avaliação foi solicitado aos avaliadores e usuários consumidores, a narrativa dos
problemas observados para serem registrados pelo pesquisador.

Em razão dos argumentos acima apresentados e pela constatação de que uma das
dificuldades de integração de conceitos do Desenho Universal no processo de projeto se dá pela
inconsistência entre teoria e prática de projeto, devido a falta de conhecimento do conceito de
Desenho Universal e usabilidade pelos arquitetos e estudantes de arquitetura, e pela apresentação
desses conceitos de forma pictórica, textual e numérica em manuais de acessibilidade, este estudo
se justifica também na contribuição para a formação dos profissionais e em função da necessidade
futura de elaborar diretrizes projetuais que possam facilitar o processo de projeto dos arquitetos às
novas demandas de espaços inclusivos exigidas em termos projetuais, visando à melhoria do
ambiente construído e da qualidade espacial de edificações.

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

1.1 Objetivos

O objetivo geral da pesquisa é analisar o potencial de aplicação de uma avaliação heurística


modificada como método de inspeção de usabilidade universal, aliada ao percurso pluralístico.
Os objetivos específicos desta pesquisa são:
a) Levantar conceitos atuais sobre Usabilidade, Desenho Universal, Acessibilidade Espacial
e seus componentes, Usabilidade Universal aplicada ao contexto arquitetônico;
b) Identificar medidas de usabilidade e os componentes da acessibilidade espacial em
projeto arquitetônico;
c) Aplicar método de avaliação heurística modificado como um método de avaliação de
usabilidade universal no contexto de projeto arquitetônico de Centro Comercial Planejado em
associação ao método de inspeção ou percurso pluralístico;

1.2 Delineamento da Pesquisa

A pesquisa caracteriza-se, segundo seus objetivos, como descritiva. Para isso, conta com as
informações obtidas através da Pesquisa Bibliográfica somadas às informações do Estudo de Caso,
sendo realizada em quatro fases (Figura 1.1):

Figura 1.1 – Delineamento da Pesquisa

Fonte: da autora, 2014.


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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

1) Revisão da Literatura – para compreensão do estado atual da arte, permitindo o


estabelecimento de um panorama conceitual de referência para a pesquisa, será apresentado
uma investigação sobre: Percepção Ambiental, Legibilidade do ambiente e orientabilidade,
temas abordados devido a elucidação de conceitos introdutórios para entendimento da
problematização. Investigação sobre Desenho Universal e seus princípios, Acessibilidade
Espacial e seus componentes, Usabilidade e seus princípios, Método de Avaliação de
Usabilidade, Método de inspeção ou percurso pluralístico, Usabilidade Universal e
Avaliação heurística na arquitetura, fatores envolvidos na busca por ambientes universais
na solução de problemas em arquitetura. Serão utilizadas fontes como livros, publicações
periódicas, artigos, anais de congressos, teses e dissertações para a abordagem mais
completa sobre o tema em questão.
2) Estudo de Caso – para definição da unidade de caso será utilizado o critério de seleção
instrumental e número de caso único. Para elaboração do protocolo será utilizado como
instrumento de coleta de dados entrevista estruturada tipo focalizada e tarefas em cenários
determinados. O instrumento de pesquisa objetiva em primeiro lugar fornecer um roteiro
básico, fundamentado nos cinco elementos essenciais de uma Cidade Universal
(DANFORD; TAUKE, 2001), utilizados por Afacan e Erbug (2009), e nos componentes
da acessibilidade espacial (DISCHINGER et al., 2012), aplicado aos sete princípios do
Desenho Universal, heurísticas; e assim obter respostas sobre os problemas de usabilidade
universal em Centros Comerciais Planejados. Criação de cenários de tarefas relacionados
aos cinco elementos essenciais de uma cidade universal, onde estão referenciados os
componentes da acessibilidade espacial e tarefas ligadas aos sete princípios do Desenho
Universal, objetivando a realização de observações mais aprofundadas.

3) Análise dos dados – demonstração e análise dos dados coletados na aplicação do estudo de
caso.

4) Resultados e Discussões e Conclusões - tratamento e cruzamento dos dados com base no


referencial teórico e nos dados coletados no estudo de caso para se chegar aos resultados.
Os resultados em relação à usabilidade universal desta investigação deverão servir para
pesquisas futuras, em especial dentro do processo de projeto e ferramentas de avaliação de

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 1 – Introdução

usabilidade de projetos, com o objetivo de desenvolver métodos de projetos mais


inclusivos.

1.3 Apresentação dos Capítulos

O Capítulo 1, Introdução, apresenta e situa o tema a ser estudado, expõem a relevância do


trabalho, as considerações sobre a importância da usabilidade universal no ambiente construído, os
objetivos, a metodologia, o delineamento da pesquisa e, finalizando, a estrutura da dissertação.

O Capítulo 2, Revisão da Literatura, é apresentado um panorama do estado da arte de temas


relevantes para o embasamento da dissertação: Percepção ambiental, Legibilidade do Ambiente e
Orientabilidade, Usabilidade, Desenho Universal, Princípios do Desenho Universal,
Acessibilidade Espacial e seus componentes, Avaliação Heurística e Método de Inspeção
Pluralístico, Usabilidade Universal.

O Capítulo 3, Métodos e Materiais, apresenta o método de condução do trabalho: avaliação


heurística modificada associada ao método de inspeção ou percurso pluralístico e o objeto de estudo
de caso desta dissertação, Centro Comercial Planejado. Descreve o processo de avaliação através
de heurísticas e a montagem dos instrumentos de avaliação.

O Capítulo 4, Análise dos dados, são apresentados os dados obtidos na aplicação do


instrumento de avaliação heurística modificada do estudo de caso. e é apresentada uma análise da
coleta de dados.

O Capítulo 5, Resultados e Discussão, são discutidos os resultados do estudo de caso.

O Capítulo 6, Conclusões, apresenta as conclusões da pesquisa e são feitas reflexões sobre


estudos futuros. Por fim, são apresentadas as Referências consultadas e expõe em Anexos e
Apêndices os documentos comprobatórios das etapas realizadas.

10
Capítulo 2
Revisão da Literatura

Objetivos do Capítulo

- Apresentar conceito de Percepção Espacial, Orientação e Legibilidade;


- Apresentar conceitos de Desenho Universal e Usabilidade Universal, seus princípios e diretrizes;
- Descrever os componentes de acessibilidade espacial: orientação espacial, deslocamento,
comunicação e uso.
- Explicar os métodos de avaliação heurística e de inspeção ou percurso pluralístico;
- Apresentar o método de avaliação heurística modificado utilizado por Afacan e Erbug (2009).

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

2 REVISÃO DA LITERATURA

Diversos pesquisadores e arquitetos vem definindo arquitetura no decorrer da história.


Vitrúvio discursou sobre o tema e conceitua que “a arquitetura é composta por: ordenamento que
os gregos denominam taxis, à disposição (denominada diathesis), a eurritmia, a proporção, a
conveniência e a distribuição, que em grego se denomina economia” (COELHO NETTO, 1979, p.
18). A definição clássica da arquitetura está baseada na tríade dos conceitos vitruvianos: utilitas,
firmitas e venustas. Mas, Augusto Perret, “propõe um conceito inteiramente adequado de
arquitetura: a arte de organizar o espaço que se exprime através da construção” (COELHO NETTO,
1979, p. 20).

Todos aqueles que, ainda que fugazmente, refletiram sobre esse tema, sabem que o caráter
essencial da arquitetura – o que a distingue das outras atividades artísticas – está no fato
de agir com um vocabulário tridimensional que inclui o homem. A pintura atua sobre duas
dimensões, [...]. A escultura atua sobre três dimensões, mas o homem fica de fora,
desligado, olhando do exterior as três dimensões. Por sua vez, a arquitetura é uma grande
escultura escavada, em cujo interior o homem penetra e caminha (ZEVI, 2009, p. 17).

Toda atividade humana necessita de um ambiente físico para ser realizada, ou seja, do
espaço construído. Segundo Arias (2008), o espaço construído é percebido através das informações
que chegam ao usuário pelos receptores sensitivos e pelo ambiente, pois é “lido” e “entendido”
através de sua imagem. Hetzberger (1999) afirma que o processo do pensar planeja o espaço
construído e apresenta-se como o principal instrumento do arquiteto.

Com base na teoria da percepção, o arquiteto pode utilizar recursos construtivos para
modificar a percepção dos indivíduos e possibilitar que o usuário utilize o espaço de maneira plena,
eficiente e satisfatória, ampliando o valor de utilidade, ou seja, a usabilidade da edificação.

Retornando ao pensamento arquitetônico no decorrer da história, tem-se referência um


homem padrão2, que utiliza os espaços arquitetônicos sem quaisquer limitações, sejam elas físicas,
visuais, psicológicas ou auditivas. Porém, a restrição ao homem modular exemplar, deixará de fora
usuários potenciais, como crianças, idosos, obesos, grávidas, pessoas baixas, pessoas empurrando
ou puxando carrinhos, etc.; e usuários atingidos por algum tipo de deficiência ou perda de
habilidade, tornando a acessibilidade uma necessidade humana a ser atendida e demandando o

2
Homem tipo definido por Vitrúvio e no século XX, o modulor de Le Corbusier, por exemplo.
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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

desenvolvimento de competências na atuação e formação dos profissionais.

No Brasil, ainda não existe estudos aprofundados que indiquem a quantificação mais
detalhada do número de pessoas com deficiências específicas e quais as causas dessas deficiências
(CAMBIAGHI, 2007), mas os dados do Censo Demográfico de 2010 (IBGE, 2010) informam que
45 606 048 pessoas declararam que possuem algum tipo de deficiência, ou seja, 23,9% da
população brasileira. A deficiência visual foi a mais apontada, onde 35 774 392 pessoas declararam
ter dificuldade para enxergar, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato, totalizando 18,8%
da população, sendo que 0,3% declararam ser cegas e 3,2% tinham grande dificuldade para
enxergar. Em seguida as deficiências motoras, onde 13 265 599 pessoas declararam ter dificuldade
de locomoção, representando 7,0% da população brasileira. A deficiência motora severa foi
declarada por 4 433 350 pessoas, das quais 734 421 pessoas declararam não conseguir caminhar
ou subir escadas de modo algum (0,4%) e 3 698 929 pessoas declararam ter grande dificuldade de
locomoção (1,9%). A deficiência auditiva foi declarada por 9 717 318 pessoas, ou seja, 5,1%. A
deficiência auditiva severa foi declarada por 2 143 173 pessoas, sendo 344 206 pessoas surdas
(0,2%) e 1 798 967 pessoas com grande dificuldade de ouvir (0,9%). A deficiência mental ou
intelectual foi declarada por 2 611 536 pessoas, representando 1,4% da população brasileira. Diante
dessa realidade, conclui-se que é um mito o referencial do homem-padrão para o desenvolvimento
de projetos de arquitetura e urbanismo (CAMBIAGHI, 2007).

Em arquitetura e urbanismo, o projeto inclusivo tem sido gradativamente discutido no meio


acadêmico e profissional, objetivando a construção de espaços utilizáveis pelo maior número de
pessoas possível. A revisão da literatura apresentada aborda os temas pertinentes para a
compreensão de elementos envolvidos no contexto da usabilidade de ambientes universais na
solução de problemas em arquitetura: 1. Percepção Ambiental, demonstrando o processo mental e
sensações que geram expectativas e são traduzidas em atitudes e comportamentos, tema importante
para o entendimento da vivência e reconhecimento do ambiente construído e Legibilidade do
ambiente e orientabilidade, destacando a percepção espacial e metodologias de interpretação de
atributos do espaço urbano, tema importante para o entendimento da orientação espacial e
percepção da informação; 2. Desenho Universal (DU): o conceito e seus princípios; como a questão
do Desenho Universal está sendo discutida no Brasil; acessibilidade espacial e seus componentes;
3. Usabilidade: o conceito e sua aplicação na arquitetura; Avaliação Heurística e Percurso
pluralístico; 4. Usabilidade Universal.
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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

2.1 Percepção Ambiental: conceitos de percepção e cognição

Espaço, tempo e matéria constituem os elementos básicos com que o arquiteto-urbanista


pensa e concebe um espaço. O inter-relacionamento entre os componentes determina a
essência e a qualidade de um projeto e representa três importantes estímulos para que se
tenha consciência do uso dos ambientes como experiência. A forma, definida pela
geometria, constrói ambientes extraídos da matéria (substância, textura e cor). E esta se
traduz em elementos que, em conjunto, vão oferecer condições (adequadas ou não) para
que um espaço possa ser percebido pelo ser humano, estimulando respostas positivas ou
negativas diante do mesmo (LAKI; LIPAI, 2007, p.17).

A sociedade contemporânea convive em ambientes modificados pelo homem, vivenciando


espaços projetados com variedades de características que serão experimentadas e vivenciadas pelo
usuário e promoverão diferentes impressões, “[...] uma vez que cada indivíduo é um ser único, com
suas particularidades e individualidade, mesmo pertencendo a um mesmo grupo social. Assim,
dessa maneira, cada indivíduo percebe, atua e reconstrói diferentemente um mesmo ambiente”
(BLOWER, 2008, p.24). O homem percebe à sua volta as características das edificações e das
cidades que o rodeiam e, de maneira natural, ao se reter em algum deles, estará formando juízo de
valor em relação àquilo que vê. A experiência espacial arquitetônica se dá no interior da edificação
e no espaço urbanístico, sendo assim, apenas a interpretação espacial de um edifício não é suficiente
como instrumento crítico para um julgamento da obra arquitetônica (ZEVI, 2009). Cabe aos
profissionais de arquitetura adotar conceito de espaços pluridisciplinares, com abordagem
psicológica, sociológica e histórica. “É preciso tempo para se conhecer [...] temporalizar o espaço:
romper sua monotonia, deixar de lado um espaço que se vê para adotar um espaço que efetivamente
se percorre, um espaço onde o movimento é não só possível como exigido, um espaço enfim vivido
(COELHO NETTO, 1979, p. 78). O espaço é o elemento básico do arquiteto e deve atender às
necessidades dos usuários, resultando em espaço arquitetônico sensível, da comunicação e da
arquitetura (OKAMOTO, 2002).

O termo percepção, do latim perceptĭo, ōnis (compreensão, faculdade de perceber), é o “ato,


efeito ou faculdade de perceber” (FERREIRA, 2008, p. 622), que significa ter conhecimento
através dos sentidos. Percepção é uma resposta direta a um conjunto ou combinação de estímulos
sensoriais presentes naquele momento, e apresenta-se como muito mais do que recepção passiva
de estímulos. Os estímulos necessitam ser ativamente conectados com algo mais, antes de serem
assimilados, pois toda reação cognitiva humana é um esforço à procura de algum significado
(BARTLETT, 1950).

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

O estudo inicial da percepção humana deu-se em um laboratório de psicologia


experimental, cujo foco eram os estímulos externos e internos responsáveis pelos comportamentos
dos organismos. A superação deu-se com a adoção do supersoma da Gestalt3, que formulou
princípios de organização perceptiva baseados em estudos empíricos e neurofisiológicos.

Percepção é o processo mental que facilitará a relação do homem e seu contexto, e não deve
ser compreendida como um processo passivo de registro de estímulos e uma combinação de
elementos sensoriais, mas como uma disposição ativa da mente, de modo a formar uma experiência
coerente (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005). A percepção é o meio pelo qual um indivíduo vai integrar
aferições sensoriais para construir uma representação, imagem ou esquema geral do mundo exterior
adaptada ao seu esquema corporal, ao seu sentido de orientação e posição, à sua capacidade de
performance específica, ou seja, possibilidades de desempenho e comportamento, e às suas
intenções de ação.

Resulta diretamente de um padrão de estímulos provocados, por exemplo, pelo objeto


arquitetônico, enquanto a cognição consiste no armazenamento e interpretação da
informação recebida, na qual significado é atribuído com base em conceitos extramórficos
tais como experiência prévia, cultura e valores (REIS, 2002, p. 6).

A comunicação visual se dá por meio de mensagens visuais (Figura 2.1) pertencentes à


família das mensagens que afetam os nossos sentidos: térmicas, sonoras, dinâmicas, etc. Para que
isso aconteça é necessário que um emissor emita mensagens e que um receptor as receba. Contudo,
o receptor encontra-se num ambiente cheio de perturbações que poderão alterar ou mesmo anular
as mensagens. A mensagem visual bem projetada evita deformação durante a emissão, mas ao
chegar ao receptor encontrará outros obstáculos. O receptor encontrará filtros, através dos quais a
mensagem terá de passar para ser recebida. Os filtros podem ser de caráter sensorial, funcional e
cultural (MUNARI, 1997). Pode-se dizer que “o homem tem a visão mais completa entre os
animais, porque seu cérebro está organizado para dar prioridade ao processo de informação visual
antes daquelas relacionadas aos demais sentidos” (PAULA et al., 2007, p. 203).

3
Gestalt é um termo da psicologia que significa "todo unificado". Refere-se a teorias de percepção visual desenvolvidos
por psicólogos alemães na década de 1920. Essas teorias tentam descrever a forma como as pessoas tendem a
organizar os elementos visuais em grupos ou conjuntos unificados quando certos princípios são aplicados – Estudos
gerais da forma.
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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

Figura 2.1 – Mensagem visual

Fonte: MUNARI, 1997, p. 70.

Cognição é o processo onde as sensações adquirem valores, ou seja, envolvem a construção


do sentido, adquire significados e a formação de uma imagem no universo de conhecimento do
indivíduo, envolvendo reconhecimento (familiaridade), memória (experiência prévia) e
pensamento. Gerando dessa forma expectativas, que se traduzem nos usuários através de atitudes
e comportamentos (REIS; LAY, 2006).

O ambiente construído é percebido através das informações que chegam ao usuário pelos
receptores sensitivos e pelo ambiente. “Uma grande quantidade de informações é recebida pelos
sentidos e usada para organizar o comportamento e a interação com o ambiente. Os sentidos dão
informações do estado físico do corpo e do ambiente” (ARIAS, 2008, p. 68). “Tudo o que o homem
é e faz está associado à sua experiência do espaço construído. O sentido que o ser humano confere
ao ambiente é uma síntese de muitos estímulos sensoriais, associados a sua cultura” (LAKI; LIPAI,
2007, p. 19).

Dessa maneira, o ambiente construído remete ao espaço arquitetônico, ambiente de


17
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

convivência humana, onde se dá a estreita relação entre ambiente e comportamento humano,


proporcionando humanidade ao ato de projetar e aproximando definitivamente a “interatividade
entre indivíduo e o ambiente vivenciado” (BLOWER, 2008, p. 24). A experiência e vivência do
ambiente construído se dá através dos sentidos humanos (visão, tato, audição, olfato, paladar e
cinestesia4), ou seja, através da percepção há a organização e interpretação de impressões sensoriais
que atribuem significado a seu meio; e também pelas informações contidas nesse ambiente. Gibson
(1986) defende o conceito ecológico da informação, declarando que as propriedades informativas
estão no ambiente e não necessitam de processos cognitivos para serem detectadas. O
processamento da informação se dá inicialmente através das sensações (entrada dos inputs
sensoriais), posteriormente ocorre a percepção (organização dos inputs sensoriais) e finalizando,
destaca o conhecimento (operações mentais e resolução de problemas).

A percepção constitui-se no produto elaborado e depende dos objetos, dos espaços, “[...]
portanto, é através da Percepção Ambiental e da mediação da interação social que o ser humano
toma consciência do meio com o qual está interagindo. A forma como o vivencia [...] estabelece
relações que virão a influenciar seu comportamento” (BLOWER, 2008, p. 25). As sensações
constituem a matéria prima da experiência humana. Bernardi et al. (2011, p. 266), afirma que:

O homem é modelador do ambiente natural na busca pelo conforto, e também é modelado


pela sua criação. Environmental numbenss5 refere-se à percepção inativa do ambiente
físico. Acontece quando o usuário está em um local onde se sinta desconfortável, como
em ambientes públicos, e raramente exerce alguma atitude de modificação para melhorar
seu conforto. O conceito environmental numbenss é a percepção ativa do ambiente físico;
a ação dessa consciência é importante pela abertura que o ambiente proporciona para a
manipulação, evocando a percepção do usuário e considerando a importância da sua
participação.

A percepção ambiental conduz o indivíduo a vivência e reconhecimento do ambiente


construído. O espaço arquitetônico é percebido através dos sentidos e transformado em imagem
mental, ou seja, converte o espaço simbólico, em espaço pensado e o representa na mente. A
interpretação do espaço simbólico, através da consciência e do pensamento, leva o usuário a uma
tomada de decisão, ao comportamento, transformando o espaço arquitetônico em espaço vivencial

4
Sentido responsável pela percepção dos movimentos musculares, do peso e da posição dos membros num corpo.
Por meio da cinestesia que tomamos consciência de nossa força e postura.
5
Conceito demonstrado por GIFFORD, no artigo: Environmental Numbeness in the classroom, publicado em The
Journal of Experimental Education, Helfred Publication, Washington, D.C., 1976. A teoria da Gestalt permitem a
compreensão da percepção visual do ambiente construído (REIS; LAY, 2006).

18
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

(CARLIN, 2004, p. 50). Coelho Netto (1979, p. 78) ao diferenciar os espaços vistos dos espaços
vividos, afirma que “a vida não é um teatro – pelo menos não sempre, e o ver precisa ser substituído
pelo viver, pelo sentir, e que em arquitetura se define pelo experimentar, tocar, percorrer,
modificar: numa palavra, ação”. A arquitetura não pode ser vivenciada e experimentada se o
usuário não se movimentar por ela, se não percorrê-la e isso se dá através da leitura do ambiente e
a orientação.

Diversos autores desenvolveram metodologias de leitura e interpretação do espaço urbano.


Podemos citar propostas por Kevin Lynch (LYNCH, 2010), Christian Norberg-Schulz
(NORBERG-SCHULZ, 1975), Thomas Gordon Cullen (CULLEN, 1971), Edmund N. Bacon
(BACON, 1976) e Ignasi de Solà-Morales Rubió (SOLÀ-MORALES, 2002), partindo do princípio
de que a percepção possibilita a compreensão do espaço construído, ou seja, sua condição
geométrica e sua relação com o meio.

2.2 Legibilidade do Ambiente e Orientabilidade

Em geral, todos se sentem melhor quando a disposição da edificação é inteligível. A


disposição compreensível facilita saber onde estamos e como chegar aonde queremos. [...]
A edificação bem projetada pode dar uma contribuição significativa à orientação espacial
(VOORDT; WEGEN, 2013, p. 185).

Em 1960, o arquiteto e urbanista norte-americano Kevin Lynch em seu livro The Image of
the City (LYNCH, 2010) desenvolve critérios claros para a legibilidade ou clareza de bairros e
cidades, definida como a “facilidade com que suas partes podem ser reconhecidas e organizadas
num modelo coerente (LYNCH, 2010, p. 3), e utiliza pela primeira vez o termo way-finding
descrevendo como a navegação individual na cidade utiliza referenciais urbanos e reconhece um
padrão relativo à percepção da cidade, desenvolvendo uma classificação dos referenciais urbanos
em cinco elementos (LYNCH, 2010, p. 52-53): vias, limites, bairro, pontos nodais e marcos.

Lynch (2010) discorre que a percepção espacial se desenvolve de maneira diferente para
cada observador, a imagem é a interação entre o observador e o objeto observado que filtra objetos,
barreiras e campo visual distinto. Foi o primeiro a reconhecer a importância da imagem que as
pessoas fazem dos ambientes para encontrarem seu caminho e sua pesquisa é baseada no conceito
de orientação espacial e em seu quesito anterior, o mapa cognitivo, ou como Lynch (2010, p. 7) se
referia, a “imagem”.

19
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

As imagens ambientais são o resultado de um processo bilateral entre o observador e seu


ambiente. Este último sugere especificidades e relações, e o observador - com grande capacidade
de adaptação e à luz de seus próprios objetivos - seleciona, organiza e confere significado àquilo
que vê. A imagem assim desenvolvida limita e enfatiza o que é visto, enquanto a imagem em si é
testada, num processo constante de interação, contra a informação perceptiva filtrada. Desse modo,
a imagem de uma determinada realidade pode variar significativamente entre observadores
diferentes.

“Estruturar e identificar o ambiente é uma capacidade vital entre todos os animais que se
locomovem. Muitos tipos de indicadores são usados: as sensações visuais de cor, forma,
movimento ou polarização da luz, além de outros sentidos como o olfato, a audição, o tato, a
cinestesia” (LYNCH, 2010, p. 3). Esse conceito traduz a orientabilidade utilizada para determinar
direcionamento espacial, proporcionando a facilidade ou não de orientar-se no espaço. Também
pode ser compreendido como uma reunião de informações e processo de tomada de decisão que as
pessoas utilizam para movimentar-se e deslocar-se no espaço, ou seja, como as pessoas se deslocam
de um local para outro. “Um ambiente ordenado pode [...] servir como um vasto sistema de
referências, um organizador da atividade, da crença ou do conhecimento” (LYNCH, 2010, p. 4-5).

Christian Norberg-Schulz em seu livro Existencia, Espacio y Arquitectura (NORBERG-


SCHULZ, 1975), reflete em suas pesquisas os problemas de orientação e sistemas de referência
destacados por Lynch, considerando que uma parte necessária da orientação do usuário está na
interpretação de esquemas ambientais ou imagens, baseando-se nas teorias de Piaget e na Gestalt.
Define os esquemas elementares da organização do espaço e argumenta que a orientação decorre
da compreensão das relações de natureza topológica, ou seja, da definição de lugares (fatores de
proximidade), caminhos (fatores de continuidade) e regiões (fatores de configuração), e suas inter-
relações.

Gordon Cullen em seu livro Paisagem Urbana (CULLEN, 1971) discute a cidade como
objeto de percepção entre seus habitantes, “efetivamente, uma cidade é algo mais do que o
somatório de seus habitantes: é uma unidade geradora de seu excedente de bem-estar e de
facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem – independentemente de outras razões -
viver em comunidade a viverem isoladas” (CULLEN, 1971, p. 9), propondo um conceito de
paisagem urbana como elemento organizador e recorrendo a três aspectos: ótica, “[...] a paisagem

20
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

urbana surge na maioria das vezes como uma sucessão de surpresas ou revelações súbitas. É o que
se entende por VISÃO SERIAL” (CULLEN, 1971, p. 11) ou análise sequencial, ou seja, sucessão
de pontos de vista, percepções sequenciais do espaço urbano; local, sentido de localização, “[...]
este tipo de percepção integra-se numa ordem de experiências ligadas às sensações provocadas por
espaços abertos e espaços fechados” (CULLEN, 1971, p. 11); e conteúdo, relação com a
constituição da cidade, “[...] a sua cor, textura, escala, o seu estilo, a sua natureza, a sua
personalidade e tudo o que a individualiza” (CULLEN, 1971, p. 13). A discussão proposta por
Cullen (1971), aborda a questão ótica como uma visão serial dos objetos à medida que o observador
se movimenta pelo local, a apreensão do local e da sua posição em relação à ele e o conteúdo
intrínseco formado pelo conjunto das figuras visuais.

Seguindo os conceitos de Cullen (1971), Edmund Bacon em seu livro Design of Cities
(BACON, 1976), certifica que a percepção e compreensão do espaço possui um caráter sequencial
e deve impulsionar a articulação entre os espaços através do movimento, “[...] o ingrediente básico
do projeto de arquitetura consiste em dois elementos, massa e espaço” (BACON, 1976, p. 15,
tradução nossa) e a “articulação do espaço só pode ser vivenciada pelo movimento” (BACON,
1967, p. 41, tradução nossa).

Ignacio Solà-Morales em seu livro Territorios (SOLÀ-MORALES, 2002) afirma que a


noção de espaço, tal como conhecemos atualmente, faz parte de um pensamento desenvolvido
desde início do século XX, com a introdução de dois valores – o da profundidade e o da
relatividade. Para o arquiteto, o espaço não é considerado como intervalo entre o chão, as paredes
e o teto, mas possui a capacidade de gerar espacialidades, através de várias experimentações no
espaço. Em relação a percepção, os espaços são caracterizados pelos usos e atividades. A ordenação
do ambiente inclui características do espaço, ou seja, a forma do arranjo físico (layout e sistema de
circulação), o zoneamento funcional (separação das diferentes atividades) e a presença de
elementos referenciais. A percepção da informação se dá através de canais sensoriais e entre eles
temos o sistema básico de orientação.

As metodologias de leitura e interpretação do espaço urbano relatadas apresentam o atributo


visual como elemento principal. Mas, e na ausência de visão do usuário? “Ao tratar das
características físicas dos espaços e das possibilidades de acesso e uso por parte dos distintos
usuários, o tema acessibilidade e Desenho Universal remete à área de estudos Ambiente e

21
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

Comportamento (Environment and Behavior)” (REIS; LAY, 2010, p. 105). Prover o ambiente de
informações e soluções espaciais diferenciadas para usuários com diferentes habilidades e
limitações, ou seja, intervenções para qualificação da vida urbana, é um grande desafio para os
arquitetos e urbanistas. Devido a essa afirmação, a demanda pelo conhecimento específico sobre a
natureza das diferentes restrições e suas implicações na utilização do espaço se faz necessária.
Portanto, é de extrema importância “discutir a importância da abordagem perceptiva e cognitiva
para a análise espacial envolvendo a acessibilidade e Desenho Universal” (REIS; LAY, 2010).

2.3 Desenho Universal (DU)

Com o aumento da estimativa de vida, o desenvolvimento potencial da ciência e da


tecnologia, o número de pessoas com alguma deficiência que circulam na cidade tem sido
crescente. Essas pessoas “estão mais atuantes na sociedade, exigindo direito a trabalho, moradia,
lazer e vivência em comunidade. [...] A necessidade de inclusão espacial desse público influenciará
em escala crescente o traçado urbano e, consequentemente, terá impactos no processo de trabalho
de arquitetos e urbanistas” (BERNARDI et al., 2011, p. 222).

As origens do Desenho Universal (DU) remontam ao período da Segunda Guerra Mundial6,


onde milhares de combatentes feridos que retornaram da batalha necessitavam de reabilitação e
educação especial para retomarem suas vidas cotidianas. Inicia-se assim, um movimento
direcionado ao estabelecimento dos primeiros centros de reabilitação existentes nas Universidades.
“Foi neste período que os campi universitários foram adaptados a pessoas em cadeiras de rodas e
pessoas com outras deficiências ou mobilidade reduzida” (PREISER, 2010, p. 20). Em 1975 foi
aprovada a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, e em 1981, foi proclamado o Ano
Internacional para as Pessoas Deficientes.

O conceito de uma arquitetura acessível intensificou-se a partir de meados do século XX,


onde na Europa e Estados Unidos começaram a surgir normatizações dando ênfase a soluções para
execução de projetos acessíveis que possibilitassem direitos igualitários à sociedade. Em
Washington, no ano de 1963, é publicado pela associação Eastern Paralyzed Veterans Association
um manual intitulado “Barrier-Free Design”, que apresentava normas e parâmetros técnicos de

6
A Segunda Guerra Mundial ocorreu entre 1939 e 1945.
22
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

projeto para um Desenho Livre de Barreiras (BENVEGNÚ, 2009). Sobre esse movimento, Preiser
(2010, p. 20) complementa que,

[...] estes esforços resultaram no movimento chamado Projeto Livre de Barreiras (Barrier
Free Design) e o desenvolvimento de diretrizes para acessibilidade americana variaram
de Estado para Estado. Assim foi constituída a fundação hoje denominada de ADA
(Americans with Disability Act) que desenvolveram Accessibility Guidelines for Buildings
and Facilities – ADAAG (Normativas e diretrizes americanas de acessibilidade).

Entretanto, o Desenho Universal ultrapassa os requisitos mínimos para acomodar pessoas


com deficiência (acessibilidade básica), a normatização apresenta-se aquém das condições ideais
(boa acessibilidade e usabilidade) e exigências pertinentes ao ambiente construído. A concepção
de conforto está fortemente ligada a fatores pessoais, ou seja, relacionado às características físicas
individuais, reestruturando e recriando o conceito do homem padrão (CAMBIAGHI; CARLETTO,
2008). Em relação ao entendimento de projeto livre de barreiras e acessibilidade, Bins Ely (2004,
s/p.) comenta que,

[...] o termo “acessibilidade” tem se tornado sinônimo de desenho livre de barreiras.


Normalmente, ao pensarmos em barreiras, vem a imagem de uma escada e de uma cadeira
de rodas. Desenho livre de barreiras passa a ser entendido, então, como aquele desenho
que utiliza rampas. Certamente há muito mais do que rampas, assim como há muitas outras
barreiras físicas além de uma escada.

Knecht (2004) elucida sobre a diferenciação entre ambiente acessível e ambiente universal.
O ambiente acessível significa acrescer características especiais e acessíveis às pessoas com
deficiência, já o ambiente universal significa criar espaço não segregador, que possa ser utilizado
com autonomia por todos os usuários, inclusive aqueles que possuem alguma limitação física ou
psicológica. O Desenho Universal requer mais uma nova proposta projetual dentro do processo do
projeto arquitetônico, a “acessibilidade invisível”, onde as soluções físicas para a acessibilidade
sejam integradas às soluções arquitetônicas de tal forma, que não seriam notadas como proposta
exclusiva para pessoas com necessidades especiais, mas sim para todos os usuários (KNECHT,
2004). Story et al. (1998) relatam que encontrar soluções universais é fácil na teoria, mas muito
complicado na prática, pois “o conceito de Desenho Universal permite o entendimento de que a
acessibilidade planejada para pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida esteja
integrada às demais soluções para outras pessoas sem deficiência aparente ou graves problemas de
mobilidade” (GUIMARÃES, 2008, s/p.).

O termo Universal Design foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos pelo arquiteto
e designer Ronald Mace, arquiteto que contraiu poliomielite na infância e locomovia-se em uma
23
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

cadeira de rodas com auxílio de um respirador artificial, em 1985 (STORY et al., 1998),
defendendo que universal e livre de barreiras7 são processos diferenciados, pois um projeto livre
de barreiras é dirigido especificamente a pessoas com deficiências e não a todas as pessoas
(OSTROFF, 2001). Conceitos similares surgiram em todo o mundo, como o Transgenerational
Design (PIRKL, 1994), Inclusive Design (KEATES; CLARKSON, 2003), entre outros.

Figura 2.2 – Conceito de Desenho Universal versus acessibilidade

Fonte: BENVEGNÚ, 2009, p. 90.

O conceito do Universal Design considera a diversidade humana, respeitando as diferenças


existentes entre as pessoas e garantindo a acessibilidade a todos (SILVA et al., 2008). Propõe o
espaço com uso democrático, para perfis diferenciados de usuários, ou seja, “defende que todas as
pessoas, de crianças a idosos, passando por quem possui limitações físicas temporárias ou
permanentes, possuam condições igualitárias na qualidade de uso” de um ambiente construído (Fig.
2.4) (BERNARDI, 2007, p. 31).

Inicialmente, o conceito de Universal Design sofreu com a falta de critérios estabelecidos


que possibilitassem definir o conceito de design amplamente utilizável, apresentava-se
frequentemente através de exemplos que demonstravam aspectos específicos do conceito, sem
descrições concretas de características necessárias. Buscando identificar requisitos de desempenho
que possibilitam autonomia ao indivíduo na utilização de um ambiente construído de forma plena
e possibilitando assim a igualdade de direitos a todos os cidadãos independentemente de suas
condições físicas, o The Center for Universal Design de 1994 a 1997, reuniu defensores destas
ideias num projeto intitulado Studies to Further the Development of Universal Design.

7
Barrier-free Design
24
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

O próprio Ronald Mace criou um grupo composto por defensores destes ideais, cujos
integrantes são listados em ordem alfabética: Abir Mullick, Bettye Rose Connell, Ed Steinfeld,
Elaine Ostroff, Gregg Vanderheiden,Jim Mueller, Jon Sanford, Mike Jones e Molly Story (MACE
et al., 1997). Este grupo de trabalho composto por arquitetos, designers de produtos, engenheiros
e pesquisadores do desenho ambiental desenvolveram um conjunto de diretrizes para o Design
Universal que resultou em sete princípios (STORY, 2001, p. 4.3-4.4, tradução nossa), para uso na
avaliação de projetos existentes, na orientação do processo de projeto e na educação de arquitetos,
designers e consumidores, acerca das características de produtos e ambientes com melhor
usabilidade.

2.3.1 Princípios do Desenho Universal

O objetivo dos Princípios do Desenho Universal e suas diretrizes era articular o conceito
de Desenho Universal de uma forma abrangente. Para cada princípio foi estabelecido (MACE et
al., 1997): nome, cuja finalidade seria uma declaração concisa e fácil de memorização sobre
conceito-chave incorporado no princípio; definição, que consiste em uma breve descrição da
principal diretiva do princípio; diretrizes, que descrevem os elementos-chave que deverão estar
presentes em um projeto que justaponha ao princípio. Segue abaixo o princípio, sua definição,
simbologia8 e diretrizes (STORY, 2001, p. 4.5-4.6, tradução nossa):

Princípio 1: Uso equitativo


- Definição: O design é útil e comercializável a qualquer grupo de usuários com
habilidades diversas, ou seja, pode ser utilizado por pessoas com habilidades diversas, evitando
segregação ou discriminação.
- Diretrizes: 1a fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idênticos sempre
que possível e equivalente quando não for possível;
1b evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários;
1c disposições de segurança: a segurança e a privacidade devem ser igualmente disponíveis a todos
os usuários;
1d desenvolver um design atraente para todos os usuários;

8
Referência simbologia: DANFORD; TAUKE, 2001, p. 29-63.
25
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

O projeto do edifício deve torná-lo igualmente utilizável por todos, e os meios pelos quais
as pessoas possam usar o edifício deve ser o mesmo (por exemplo, fornecendo um acesso de entrada
ao edifício que seja eficiente para todos). Os vários meios fornecidos na edificação devem ser
equivalentes em termos de privacidade e segurança. A edificação nunca deve empregar meios que
isolam ou estigmatizam qualquer grupo de usuários ou privilegie um grupo sobre outro
(DANFORD; TAUKE, 2001, p. 21, tradução nossa).

Princípio 2: Flexibilidade de uso


- Definição: O projeto acomoda uma ampla variedade de preferências e habilidades
individuais, ou seja, flexibilidade no uso para habilidades diversas individuais.
- Diretrizes: 2a. fornecer escolha entre os diversos métodos de utilização;
2b. propiciar o acesso e uso por destros ou canhotos;
2c. facilitar o uso exato e preciso;
2d. oferecer adaptabilidade de acordo com o ritmo dos usuários;

O projeto do edifício deve permitir que as pessoas utilizem recursos para o entendimento
do projeto (por exemplo, proporcionando uma orientação de bancada visível a partir de qualquer
posição, sentado ou de pé). O ambiente deve acomodar a utilização de seus equipamentos por
destros e canhotos, e ser adaptável ao ritmo individual do usuário. O projeto do edifício deve ter
flexibilidade no uso (DANFORD; TAUKE, 2001, p. 22, tradução nossa).

Princípio 3: Uso simples e intuitivo


- Definição: Uso do design deve ser de fácil entendimento, independente da experiência,
conhecimento, proficiência de linguística ou nível atual de concentração dos usuários, ou seja,
simplicidade e intuitividade do uso.
- Diretrizes: 3a. eliminar a complexidade desnecessária;
3b. ser consistente com a intuição e as expectativas do usuário;
3c. acomodar uma ampla gama de habilidades de leitura e linguagem do usuário;
3d. organizar as informações de forma consistente e de acordo com a importância do objeto;
3e. fornecer feedback eficaz e oportuno, durante e após a realização da tarefa.

O edifício deve tornar mais fácil o entendimento do uso de cada recurso de design para
todos os usuários (por exemplo, utilização nos sanitários de lavatórios com torneiras com método
de operação prontamente aparente e relativamente fácil). Além disso, os meios de utilização devem
26
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

ser intuitivos para que possam ser utilizado de forma espontânea (DANFORD; TAUKE, 2001, p.
22, tradução nossa).

Princípio 4: Informação perceptível


- Definição: O projeto deve comunicar de maneira eficaz a informação necessária ao
usuário, independentemente das condições ambientais ou das habilidades sensoriais destes, ou seja,
percepção fácil e eficiente da informação para o uso.
- Diretrizes: 4a. utilizar diferentes formatos (pictórico, verbal e tátil) para apresentação de
informações essenciais ao usuário;
4b. oferecer contraste adequado entre as informações essenciais e as secundárias;
4c. maximizar a legibilidade das informações essenciais.
4d. diferenciar os elementos de maneira que possam ser descritos, ou seja, torná-lo fácil para que
sejam utilizados em instruções ou orientações;
4e. oferecer compatibilidade entre as variedades de técnicas ou dispositivos utilizados por usuários
com limitações sensoriais;

O edifício deve fornecer todas informações essenciais aos usuários utilizando uma
variedade de formatos (por exemplo, escrita, simbólica, tátil, verbal) para garantir a efetiva
comunicação com todos os usuários, independentemente de suas habilidades sensoriais. As
informações fornecidas devem ser apresentadas com contraste suficiente às condições do ambiente,
distinguível de seu contexto e decifrável em todos os seus modos de apresentação (DANFORD;
TAUKE, 2001. p. 23, tradução nossa).

Princípio 5: Tolerância ao erro


- Definição: O projeto deve minimizar os riscos e as consequências adversas de ações
acidentais ou não intencionais, ou seja, tolerância ao erro, minimizando efeitos indesejáveis pelo
uso incorreto.
- Diretrizes: 5a. organizar os elementos para minimizar erros e riscos: elementos mais acessíveis
devem ser mais utilizados; elementos perigosos eliminados, isolados ou protegidos;
5b. fornecer avisos quanto aos perigos e erros;
5c. fornecer recursos isentos de falhas;
5d. desencorajar ações inconsciente em tarefas que exigem vigilância ou maior atenção;

O ideal é que o projeto do edifício elimine e isole as características de projeto que


27
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

apresentem perigo ou demonstre ser inconveniente a qualquer usuário. Quando as condições


potencialmente perigosas são inevitáveis, os usuários devem receber avisos ao se aproximar de
áreas que apresentem riscos (por exemplo, fornecimento de avisos de proximidade em uma
variedade de modos sensoriais do topo de uma escada). O projeto do edifício deve também
antecipar as ações acidentais ou não intencionais por qualquer usuário e minimizar as
inconveniências e/ou proteger o usuário do perigo (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23, tradução
nossa).

Princípio 6: Baixo esforço físico


- Definição: O projeto deve ser utilizado de forma eficiente, confortável e com o mínimo
de fadiga, ou seja, com o mínimo de esforço físico.
- Diretrizes: 6a. permitir que o usuário mantenha uma postura corporal neutra;
6b. utilizar forças operativas razoáveis;
6c. minimizar ações repetitivas;
6d. minimizar esforço físico contínuos;

O projeto do edifício deve empregar recursos que exijam pouca ou nenhuma força física
para usá-los (por exemplo, a substituição de uma porta tradicional com maçaneta para uma porta
com um puxador que não necessite de forças operativas complexas). Se um baixo nível de força é
exigido, qualquer usuário deve ser capaz de ativar o recurso e manter uma postura corporal neutra
(por exemplo, fornecer um acesso com superfície lisa e inclinação mínima ao longo do percurso de
entrada) (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24, tradução nossa).

Princípio 7: Tamanho e espaço para aproximação e uso


- Definição: Oferecer tamanho e espaços adequados para aproximação, alcance,
manipulação e uso, independentemente do tamanho, postura ou mobilidade do usuário. Ou seja,
previsão de tamanho e espaço para o uso em diferentes situações.
- Diretrizes: 7a. oferecer uma linha de visão clara dos elementos importantes para qualquer usuário,
na posição sentada ou em pé;
7b. tornar confortável o alcance de todos os componentes para qualquer usuário sentado ou em pé;
7c. acomodar variações de altura para as mãos, assim como das possibilidades de sua garra e aperto;
7d. oferecer espaço adequado para a utilização de dispositivos assistivos ou de atendimento
pessoal;
28
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

As características de projeto de um edifício devem fornecer uma quantidade de espaço


adequadamente dispostos a permitir que todos possam usá-los (por exemplo, proporcionar espaço
sob um lavatório do sanitário para permitir a utilização por usuários na posição sentada). Além
disso, o espaço deve ser ordenado para propiciar um percurso claro para todos os usuários
(DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24, tradução nossa).

Os esforços do grupo na criação de um conjunto de princípios do Desenho Universal foi


uma tentativa de articular um conceito que abrange a diversidade humana e se aplica a todas as
áreas de projeto, planejamento e design. É importante reconhecer, contudo, que embora os
princípios sejam úteis e esclarecedores, eles oferecem um ponto de partida para o processo
projetual do Desenho Universal (STORY, 2011, p. 4.11, tradução nossa) e que não se restringe
apenas ao objeto arquitetônico, ultrapassando suas fronteiras físicas, sociais e culturais (DUARTE;
COHEN, 2006). Preiser (2010, p. 23) reitera em seu artigo:

[...] os princípios constituem ideias “guarda-chuva”, acompanhados de diretrizes e


recomendações para projetos, bastante genéricas e não quantificáveis. Assim, eles são
úteis, pois apontam a direção certa a ser tomada pelo projetista, porém não informam ao
projetista o que fazer numa situação específica.

Esses princípios, segundo seus autores, “são interdependentes e servem para explicitar os
aspectos mais relevantes a serem considerados tanto no processo projetual, quanto em métodos de
avaliação de desempenho de ambientes e produtos de uso humano” (SOUZA, 2008, p. 163). Outros
fatores devem ser considerados igualmente, pois “não foram concebidos como critérios absolutos
de avaliação da qualidade de um design, pois outros fatores também devem ser igualmente
considerados” (SOUZA, 2008, p. 163), são eles: “aspectos econômicos, de engenharia, estética, ao
custo, a segurança, de gênero e ambientais às peculiaridades culturais. Não se tratam, assim, de um
receituário ou um roteiro, mas, antes de tudo, conceitos ofertados à reflexão que venham alimentar
e enriquecer o repertório da arquitetura” (SOUZA, 2008, p. 163).

A escolha da solução mais apropriada requer uma compreensão e relação entre os conceitos
de acessibilidade espacial e usabilidade. Isso exige um compromisso do projetista no processo de
projeto, design e planejamento, de incorporar o usuário nesse processo e assegurar que as
necessidades das diversidades sejam supridas em sua totalidade. “Como arquitetos, a nossa
preocupação recai não somente sobre a forma dos ambientes, seus dados conceituais, a inserção
urbana e histórica do edifício, mas primordialmente sobre a vivência daqueles que irão ocupar este
espaço projetado” (BERNARDI; KOWALTOWSKI, 2005, s/p.).
29
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

2.3.2 Desenho Universal no Brasil

Apenas em meados dos anos 80 iniciou-se um debate popular sobre acessibilidade no


Brasil, surgindo leis, decretos e documentos técnicos que visavam à garantia do direito de
acessibilidade ao meio físico, às pessoas com deficiência.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004) é o Fórum Nacional de


Normalização, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos
Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
Temporárias (ABNT/CEET). Em 1985, é publicada a primeira norma técnica brasileira sobre
Adequações das Edificações e do Mobiliário Urbano à pessoa deficiente – a NBR 9050:1985.

Inicia-se em 1991, a revisão da NBR 9050:1985 e em junho de 1994, na cidade do Rio de


Janeiro, deu-se o VI Seminário Ibero-Americano de Acessibilidade ao Meio Físico - SIAMF, onde
apresentou-se o conceito de Desenho Universal no Brasil, pelo arquiteto americano Edward
Steinfeld. O conceito é incorporado ao texto da NBR 9050:1994 e é publicada uma nova revisão
desta norma (PRADO et al., 2010).

A Declaração de Salamanca, surgida após a Conferência Mundial sobre Educação de


necessidades Especiais: Acesso e Qualidade, tratou da inclusão na educação, surgindo assim o
direito de exigir sua inclusão em todos os aspectos da vida em sociedade. Em 1999, foi realizada a
Convenção de Guatemala, Convenção Interamericana para a Eliminação de todas as formas de
Discriminação contra Pessoas com Deficiência. Atualmente, a expressão pessoas com deficiência
passou a ser utilizada, fazendo parte do texto da Convenção Internacional para Proteção e
Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência, elaborado pela ONU (PRADO
et al., 2010).

No ano de 2000, são publicadas pelo Governo Federal duas leis que objetivavam a garantia
da acessibilidade:

- A lei 10.048/00 (BRASIL, 2000) que obriga a dispensa de atendimento prioritário às pessoas com
deficiência e acessibilidade nos transportes públicos. A lei demonstra que acessibilidade não se dá
apenas na adaptação de ambientes, mas exige uma mudança de postura das pessoas, através do
acesso e atendimento prioritário.

- A lei 10.098/00 (BRASIL, 2000a) que conceitua acessibilidade como sendo a possibilidade e
30
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

condição de alcance para a utilização dos espaços mobiliários e equipamentos urbanos, com
segurança e economia, nas edificações, transporte, sistemas e meios de comunicação, por pessoa
com deficiência física ou mobilidade reduzida.

Devido ao número elevado de normas desenvolvidas e estudos referentes ao tema


Acessibilidade, no ano de 2000 é criado o Comitê Brasileiro de Acessibilidade – CB 40, na
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, com a Comissão de Estudos Acessibilidade a
Edificação e Meio – CE01. Posteriormente, são formadas as Comissões de Estudos de Transporte
com Acessibilidade (CE – 02) e Acessibilidade em Comunicação (CE – 03) e em seguida
Acessibilidade e Inclusão Digital (CE – 04).

Em 2003, cria-se o Estatuto do Idoso, Lei 10.741/03 (BRASIL, 2003), que assegura por lei
ou por outros meios, “todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade”, e o Ministério das Cidades.

Em 2004 é publicado o Decreto-Lei 5.296/04 (BRASIL, 2004), o decreto da acessibilidade,


como ficou conhecido no Brasil, regulamentando as Leis Federais 10.048 e 10.098 de 2000, que
concedem:

[...] prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade


igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas
por crianças de colo, e, que estabelecem normas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida
(BRASIL, 2004, s/p.).

No mesmo ano, após três anos de revisão, foi publicada a nova revisão da NBR 9050, a
NBR 9050:2004 (ABNT, 2004), que contém um prefácio e mais 97 (noventa e sete) páginas
divididas em: objetivo, referências normativas, definições, parâmetros antropométricos,
comunicação e sinalização, acessos e circulação, sanitários e vestiários, equipamentos urbanos e
mobiliários. Frequentemente no Brasil, o termo acessibilidade refere-se a questões ligadas a
espaços pensados para todas as pessoas. Segundo a NBR 9050 (ABNT, 2004, p. 2), acessibilidade
é “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e
autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos”.

O conceito de Desenho Universal está definido pelo Decreto-Lei 5296 (BRASIL, 2004) e
pela norma técnica NBR 9050:2004 (ABNT, 2004). Em ambos os casos, as disposições são

31
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

importantes como referenciais de soluções para uso dos elementos ambientais pelo maior número
possível de pessoas, independentemente de suas características físicas, faixa etária e habilidades
(GUIMARÃES, 2008).

A NBR 9050:2004 (ABNT, 2004) - Acessibilidade a edificações, mobiliário espaços e


equipamentos urbanos9, classifica os deficientes em: Pessoa com Deficiência Visual (cegueira);
Pessoa com Deficiência Auditiva (surdez) e Pessoa com Mobilidade Reduzida. A norma contempla
superficialmente os aspectos essenciais relativos às necessidades das pessoas com deficiências
sensoriais, que experimentam dificuldades referentes à orientação e comunicação durante a
utilização dos espaços e não contempla as questões relativas aos problemas cognitivos. “No
entanto, estas classificações, são essencialmente baseadas em estudos da área da saúde, pouco
explicitando de que forma as deficiências afetam a utilização do espaço pelo indivíduo, seja em
edificações ou no meio urbano” (CARLIN, 2004, p. 32).

Para demonstrar a ampla diversidade de usuários, Bins Ely et al. (2001 apud CARLIN,
2004, p. 32-33) classifica as deficiências em: sensoriais, “perdas significativas nas capacidades dos
sistemas de percepção”; cognitivas, “baixa capacidade de compreensão e comunicação das
informações, implicando, em geral, uma baixa adaptabilidade do convívio social”; físico-motoras,
“não satisfação da demanda de atividades que necessitam a força física (agarrar, puxar, alcançar,
etc.), de coordenação motora e precisão (rotacionar, pinçar etc.), ou ainda aquelas relativas à
mobilidade (caminhar, correr, pular, etc.)”; múltiplas, “indivíduo apresenta a associação de mais
de um tipo de deficiência primária”, estudo realizado em função das relações indivíduos/indivíduos
e indivíduos/meio-ambiente.

É possível notar que a NBR 9050 (ABNT, 2004) vem sofrendo revisões e alterações na
tentativa de aprimoramento dos conceitos em relação à concepção de um Desenho Universal e não
somente de uma solução acessível. Entretanto, por ser uma norma técnica, fica vinculada às
soluções técnicas e não traz exemplos conceituais. Recomendações mínimas de normas técnicas
geram soluções restritas para uso em ocasiões especiais por pessoas especiais com necessidades
incomuns (GUIMARÃES, 1998, s/p.). Atualmente, a norma está novamente em revisão e em uma
tentativa inédita de aprimorar as soluções oferecidas, a Associação Brasileira de Normas Técnicas

9
É necessário destacar que desde junho de 2004, através de um acordo entre a ABNT e o Ministério Público, a
sociedade brasileira pode ter acesso gratuito às normas técnicas da ABNT relativas à acessibilidade, objetivando
contribuir para a eliminação de barreiras arquitetônicas e a inclusão social.
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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

(ABNT) abriu uma consulta pública nacional no ano de 2012, para que a população possa contribuir
com sugestões de como tornar a norma mais eficiente, acrescentando dessa forma experiências e
ideias de pessoas envolvidas com a acessibilidade.

Os sete princípios do Desenho Universal demonstram claramente que o espaço acessível se


apresenta além das Normas de Acessibilidade NBR 9050:2004, devendo ser convidativo, de fácil
percurso, possuir atrativos e principalmente, reduzir a distância funcional entre os elementos do
espaço e as capacidades das pessoas (GUIMARÃES, 2010). Além disso, a aplicação do Desenho
Universal exige a integração dos recursos de acessibilidade e usabilidade desde o início, eliminando
qualquer estigma e resultando na inclusão social de uma ampla diversidade de usuários (AFACAN;
ERBUG, 2009). “A acessibilidade espacial diz respeito às condições dos ambientes, de forma a
permitir o acesso, o deslocamento, a orientação e o uso dos equipamentos para qualquer indivíduo,
sem necessitar o conhecimento prévio de suas características” (BERNARDI et al., 2011, p. 223).

2.3.3 Acessibilidade Espacial e seus componentes

Acessibilidade é um processo de transformação do ambiente e de mudança da organização


das atividades humanas que diminui o efeito de uma deficiência. Esse processo se
desenvolve a partir do reconhecimento social de que deficiência é resultante do grau de
maturidade de um povo para atender os direitos individuais de cidadania plena.
Deficiência é resultante do desajuste entre as características físicas das pessoas e as
condições onde elas atuam. Não é, portanto, algo associado de forma específica a um tipo
de pessoa. Não é coisa de “deficientes”, a não ser que entendamos cada um de nós sermos
deficientes em lidar com a busca do aprimoramento pessoal e de ambientes mais
adequados às nossas necessidades. (GUIMARÃES, 2000, s/p.)

Atualmente, a prática de acessibilidade no Brasil “ainda usa a aproximação antiquada de


providências especiais para cobrir as necessidades de uma população especial. Isso acontece
porque há uma falta de procedimentos estruturados para se avaliar a qualidade do design inclusivo
no ambiente construído” (GUIMARÃES, 1998, s/p.). O termo acessibilidade tornou-se sinônimo
de design livre de barreiras e evoca imagens de cadeira de rodas e rampas (ARTHUR; PASSINI,
2002).

O termo acessibilidade, no campo de estudos da Arquitetura e Urbanismo, está relacionado


ao contexto físico-espacial, ou seja, às relações do homem com o espaço físico (ARIAS, 2008).
Um conceito mais amplo de acessibilidade do que apresentado na norma NBR 9050:2004 é o de
acessibilidade espacial, ou seja, conceito “relacionado ao direito de todos os cidadãos de acesso e

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

participação necessários para o uso efetivo dos espaços, promovendo a inclusão e o exercício da
cidadania para todas as pessoas sem discriminação” (DISCHINGER et al., 2006, s/p.). “A
acessibilidade espacial diz respeito às condições dos ambientes, de forma a permitir o acesso, o
deslocamento, a orientação e o uso dos equipamentos por qualquer indivíduo, sem necessitar o
conhecimento prévio das características dos mesmos” (ARIAS, 2008, p. 34). “Significa bem mais
do que chegar” ou acessar um ambiente, “um lugar acessível deve permitir, através da maneira
como está construído e das características de seu mobiliário, que todos possam participar das
atividades existentes e que utilizem os espaços e equipamentos com igualdade e independência na
medida de suas possibilidades” (DISCHINGER et al., 2009, p. 22-23), sem precisar fazer
perguntas. É possibilitar a percepção, alcance e entendimento do espaço a qualquer tipo de pessoa
em suas diferentes condições de mobilidade e usabilidade, respeitando seu direito de ir e vir
(DISCHINGER et al., 2009).

O conceito e a aplicação do Desenho Universal nos espaços edificados são hoje requisitos
fundamentais para a vivência de um indivíduo em um ambiente, seja este na esfera pública
ou privada. Melhorar a qualidade de locomoção deste indivíduo e com isso ampliar o
potencial de inclusão social é dever e desafio para qualquer instituição. São diversas as
barreiras que a população encontra para o pleno desenvolvimento de suas habilidades e
indivíduos com algum tipo de deficiência sofrem (às vezes desnecessariamente) e
apresentam desvantagens que poderiam ser supridas com melhorias do ambiente
construído, seja em um espaço aberto (praças, ruas, calçadas) ou edificado (BERNARDI;
KOWALTOWSKI, 2005, s/p.).

Existem diversos tipos de barreiras10, em relação a essa afirmação, Dischinger et al. (2009)
indicam quatro aspectos que devem ser considerados para permitir a acessibilidade espacial:
orientação espacial, deslocamento, uso e comunicação.

- Orientação Espacial

A acessibilidade plena ao ambiente construído pressupõe uma cumplicidade entre o


usuário e o espaço construído. Esta interação pode ser potencializada através da
compreensão da funcionalidade dos elementos arquitetônicos e da percepção gerada pelos
estímulos ambientais. O meio ambiente exerce uma influência direta no indivíduo, esteja
este vivendo em comunidade ou mesmo em um ambiente isolado. Ao mesmo tempo, o
ambiente físico e social é fértil em possibilidades de transformações, instruindo o homem
a ter uma convivência com constantes trocas de informações, ações e reações, e que vai
originar o comportamento social, pois tanto o homem exerce suas influências sobre o
meio, como este mesmo meio irá exercer fortes influências sobre ele (BERNARDI, 2007,

10
Podem-se conceituar barreiras como “qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de
movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à
informação”, classificadas em: barreiras urbanísticas, barreiras nas edificações, barreiras nos transportes, barreiras
nas comunicações e informações (BRASIL, 2004, s/p.).
34
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

p. 76).

Para Dischinger et al. (2008, p. 44), a orientação é “[...] um processo cognitivo que envolve
a habilidade ou a capacidade do indivíduo de situar-se mentalmente e/ou deslocar-se em um dado
arranjo físico. Esse processo depende tanto das informações contidas no ambiente quanto da
habilidade do indivíduo em perceber e tratar estas informações”. Bernardi (2007, p.101) completa
que “esta orientação necessita de um exercício mental de representação do espaço, obtido através
das informações ambientais percebidas pelo usuário”. São os chamados mapas cognitivos ou mapas
mentais.

A partir dos cognitivistas dos anos 70, Steve Kaplan, Roger Downs e David Stea, o conceito
de orientação espacial incorpora processos humanos de percepção, cognição e tomada de decisão,
surgindo o termo wayfinding, cuja tradução literal para o português seria achando o caminho.

O conceito de orientação espacial é bem amplo, compreendendo duas diferentes abordagens


intimamente relacionadas: a orientação espacial como fenômeno estático, de abstração (spatial
orientation); e a orientação espacial como fenômeno dinâmico operacional, ligado ao movimento
do indivíduo (wayfinding) (BINS ELY, 2004, s/p.).

Dentro desse contexto, o ambiente deve fornecer informações espaciais aos usuários,
independentemente de suas habilidades ou limitações. Pode-se afirmar que orientação é perceber e
compreender o espaço, por meio dos sentidos, para poder apropriar-se dele. Esse processo de
reconhecimento do ambiente, escolha de trajetos e movimentação espacial é chamado de
wayfinding, ou seja, processo de orientação espacial que objetiva articulação clara e agrupamento
coerente em espaços interiores e exteriores.

Segundo Bernardi (2007, p. 101), a orientação espacial dada ao usuário com deficiência
visual é um dos principais fatores que garantem a acessibilidade segura ao ambiente, e
complementa que,

[...] esta orientação necessita de um exercício mental de representação do espaço, obtido


através das informações ambientais percebidas pelo usuário. São os chamados mapas
cognitivos ou mapas mentais. Já o deslocamento do indivíduo em um ambiente e local
onde ele utiliza a orientação advinda do mapa mental é chamado movimento orientado,
também conhecido como wayfinding.

Em 1984, o arquiteto e psicólogo (environmental psychologist) Romedi Passini, publicou


o livro Wayfinding in Architecture (PASSINI, 1992) colocando o conceito de wayfinding como

35
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

processo dinâmico que objetiva a solução de problemas de mobilidade no ambiente e em 1992,


juntamente com o designer autodidata canadense, Paul Arthur, publica Wayfinding, People, Signs
and Architecture (ARTHUR; PASSINI, 2002), onde define a orientação espacial como o processo
de criação de um mapa cognitivo adequado de uma configuração, juntamente com a capacidade de
situar-se dentro dessas representações e informações ambientais percebidas. Um mapa cognitivo é
uma construção mental de um ambiente que não pode ser observado através de uma única imagem.
Tem que ser composto a partir de uma série de imagens individuais. Mapeamento cognitivo é,
portanto, um processo de estruturação mental que integra um todo que foi percebido em partes
(ARTHUR; PASSINI, 2002, p. 23, tradução nossa).

O termo Wayfinding foi introduzido para descrever o processo de chegar a um destino, seja
em um ambiente familiar ou desconhecido. É mais bem definido como um problema espacial a ser
solucionado, pois dificuldades nos processos de orientação em locais privados ou públicos podem
expor as pessoas a frustrações e situações de stress desnecessárias (ARTHUR; PASSINI, 2002, p.
7, tradução nossa), e dentro deste conceito, wayfinding compreende três processos específicos, mas
inter-relacionados. Segue abaixo a descrição desses processos (ARTHUR; PASSINI, 2002, p. 25,
tradução nossa):

- O Processo 01 trata-se de Processamento da informação, processamento de informação entendida


no seu sentido genérico de percepção do ambiente e cognição, a qual, por sua vez, juntamente com
a decisão, é responsável pela base da transformação das informações ambientais em soluções de
orientação e deslocamento dos usuários. Se a informação ambiental não puder ser processada ou
percebida, o deslocamento dos usuários será impedido. Segundo Dischinger et al. (2008, p. 44)
problemas perceptivos do indivíduo, como baixa visão e surdez, e fatores ambientais, como
reflexão luminosa e poluição visual, podem causar dificuldades da percepção e recepção da
informação desejada. Excessos de informações, mensagens conflitantes, stress, preocupações
diárias, também podem prejudicar, dificultar ou impedir o processamento da informação.

O processamento da informação é entendido, de forma genérica, como composto tanto pela


percepção do ambiente quanto pela cognição. Percepção do ambiente está relacionada com o
processo de obtenção da informação através dos sentidos (diferentes canais sensoriais); cognição
diz respeito à compreensão e à capacidade de manipular a informação. O tratamento da informação
se dá através das atividades mentais. O mapa cognitivo faz parte desta percepção e cognição, sendo

36
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

fonte de informação para a tomada de decisão (CARLIN, 2004, p. 56).

- O Processo 02, tomada de decisão é o desenvolvimento de um plano de ação. A tomada de decisão


diz respeito ao desenvolvimento de planos de ação para alcançar um determinado destino. “Uma
vez estabelecido, o plano de ação torna-se relativamente fácil de lembrar, pois está normalmente
organizado de maneira hierárquica” (DISCHINGER et al., 2008, p. 45). O grau de complexidade
de um plano é determinado pelo número de decisões que requerem esforços mentais e riscos de
erros.

- O Processo 03 trata-se de execução da decisão, transformação do plano de ação em


comportamento adequado no espaço. “O conhecimento prévio de um usuário acerca do ambiente
em que se encontra ou a presença de elementos de informação ambiental em pontos de tomada de
decisão poderá facilitar o processo de execução da decisão” (DISCHINGER et al., 2008, p. 45).

Segundo Arthur e Passini (2002), para facilitar o estudo em edifícios complexos, as


informações podem ser divididas em duas partes: cinco zonas principais e três sistemas de
circulação. As zonas principais são: estacionamento ou garagem, entrada do edifício, lobby,
communal facilities (cafeterias, sanitários, por exemplo) e componentes do edifício (salas,
escritórios, por exemplo). Os Sistemas de circulação são: sistema de circulação vertical (elevador,
escadas, rampas, plataformas, por exemplo), sistema de circulação horizontal (corredores, por
exemplo) e o sistema de saída através do edifício (sinalização de emergência, saídas de emergência,
alarmes, por exemplo).
O processo de orientação espacial está ligado às características individuais, experiências do
usuário e as informações que os elementos e sistemas informativos ambientais oferecem. Estes
facilitam ou dificultam o processo de orientação através da coerência das configurações e
organização funcional do espaço. Estes elementos informativos ambientais, ou seja, informações
arquitetônicas, informações do objeto e informações adicionais, variam de acordo com a escala do
ambiente a ser analisado (BINS ELY et al., 2002).

Informação arquitetônica

A Informação Arquitetônica, ou Informação do Ambiente Construído, é a informação


percebida através das características físicas de um ambiente aberto, vazio ou edificado e seus
elementos constituintes. A identificação e o processamento destas informações estão ligados às

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

características dos usuários e sua capacidade de percepção. Podem se apresentar através de


elementos arquitetônicos (escadas, corredores, textura do piso, etc.), juntamente com o ambiente
que conformam, ou pela própria configuração espacial, através de seu arranjo físico, zonas
funcionais e elementos referenciais (DISCHINGER et al., 2008).

A configuração espacial é decorrente do princípio de organização espacial de um ambiente,


identificado a partir da forma do arranjo físico ou pelo sistema de circulação, podendo assim
facilitar ou dificultar a estruturação de mapas mentais. Em relação ao princípio da organização
espacial do arranjo físico, “o edifício adquire uma personalidade no seu sítio através de seu volume
e de suas formas, e a orientação dos indivíduos é facilitada quando essas características espaciais
externas refletem a organização interna” (CARLIN, 2004, p. 58).

As zonas funcionais são agrupamentos homogêneos de serviços, de instalações, ou de


usuários que possuem características ou funções em comum, a disposição clara dessas áreas facilita
a compreensão do espaço e reduz a necessidade de informações adicionais, através de placas e
sinalizações (DISCHINGER et al., 2008).

Os elementos referenciais são marcos visuais, podendo atuar como referências, elementos
que diferenciam um ambiente e seu espaço circundante.

Informação do objeto

A Informação do Objeto é o conhecimento da capacidade de um ambiente ou equipamento


de possuir sua identidade, função ou uso facilmente identificado, sem a necessidade de utilização
de informações adicionais. A informação transmitida pelo objeto ao usuário está diretamente ligada
a um conhecimento prévio do objeto/ função (DISCHINGER, 2008, p. 47). Como exemplo pode
ser citado à escada em um ambiente, que não necessita de informação adicional de sua natureza ou
sua função, subir e descer.

Informação adicional

A informação adicional é uma modalidade de informação complementar da Informação


Arquitetônica e Informação do objeto, pode ser de natureza gráfica (baseada na utilização de
suportes gráficos como sinais, placas, mapas etc.), sonora (tratam da informação transmitida por
meio de sinais sonoros, locuções, sons relacionados à atividade humana etc.), verbal (aquela que é

38
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

transmitida por funcionários e usuários de um local) ou tátil (transmitida através de elementos como
mapas e maquetes tácteis que reproduzem em escala reduzida a configuração espacial de um
ambiente ou indicam percursos e zoneamentos). Em espaços de alta complexidade, como centros
comerciais planejados, a informação adicional é sempre necessária (DISCHINGER, 2008, p. 49;
CARLIN, 2004, p. 60). São importantes a iluminação, a forma, as cores e a disposição dos espaços
e equipamentos, assim como as informações gráficas ou desenhos – letreiros, mapas, imagens –
que apoiam na compreensão dos espaços.

Portanto, a informação adicional é eficiente quando considera as decisões de orientação


dos usuários e suas diferentes habilidades. Logo, para cada decisão, a informação
adicional deve responder a duas questões: qual informação é necessária para tomar
determinada decisão? Onde deve estar localizada? Considerando as diferentes habilidades
dos usuários, diferentes tipos de informação adicional devem estar disponíveis, permitindo
as pessoas com deficiência físico-motora, sensorial e cognitivas acessar seu conteúdo e
localização (CARLIN, 2004, p. 60).

Desta maneira, a orientação espacial depende da interação dos seguintes elementos


(BRANDÃO, 2011, p. 71): Esfera do indivíduo e suas referências pessoais, percepção diferenciada
dos sistemas; Condições de percepção, base na experiência e bagagem cultural do indivíduo que
possibilita a identificação, percepção e compreensão da informação e levando assim, a decisões;
Conhecimento espacial; Ações determinadas pelo indivíduo; Forma de organização das
informações espaciais; Forma de configuração dos elementos fixos e dinâmicos; Relações entre as
pessoas no espaço, organizações diferenciadas pela cultura, normas e regras sociais.

A compreensão dos princípios básicos de projeto arquitetônico de wayfinding pode auxiliar


os arquitetos e urbanistas a melhorar o desempenho do edifício, reduzir a necessidade de reformas
e adaptações futuras, contribuir substancialmente para a satisfação do usuário e sua frequência de
uso da edificação, além de fornecer soluções inclusivas (HUNTER, 2010).

Brasil, Europa e Estados Unidos vem apresentando um crescimento de teorias, princípios


de design e metodologias destinadas a apoiar a concepção de melhores sistemas de orientação, em
pesquisas realizadas por arquitetos urbanistas e principalmente por designers gráficos. Mas,
necessita ser incorporados no processo projetual visando à formação de profissionais com posturas
conscientes e responsáveis em relação ao projeto de componentes da construção. Incluindo
planejamento e legibilidade espacial, articulação das formas, sistema de circulação e comunicação
ambiental. Envolvendo pesquisa em cognição e psicologia ambiental para projetar espaços
construídos e produtos que facilitem o movimento de pessoas no espaço urbano e nas edificações.
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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

- Comunicação

As condições de comunicação referem-se às possibilidades de trocas de informações


interpessoais em um ambiente ou troca de informações pela utilização de equipamentos de
tecnologia assistiva (como terminais de computadores e telefones com mensagens de texto),
permitindo a compreensão das atividades existentes, o acesso e o uso do ambiente. (BINS ELY;
OLIVEIRA, 2005; DISHINGER et al., 2008; DISCHINGER et al., 2012). A possibilidade de troca
de informações entre usuários pode ser realizada com ou sem auxílio de meios de comunicação
alternativos, e a aquisição de informações gerais pode ser realizada através de suportes
informativos. Os elementos arquitetônicos importantes para a comunicação entre os usuários são:
“a acústica dos ambientes, pois excesso de ruído dificulta a comunicação; a presença de sinais,
pictogramas complementando informações escritas; e os meios de tecnologia assistiva, como
programas computacionais para surdos e cegos” (DISCHINGER et al., 2009, p. 25-26). É de
extrema importância a avaliação das condições de comunicação para melhorar a independência e
autonomia de pessoas com deficiência auditiva, problemas na fala ou deficiência cognitiva (com
limitações na produção linguística) (DISCHINGER et al., 2012, p. 30). O termo acessibilidade,
conceituado pela NBR 9050/2004, evidencia que este implica tanto a acessibilidade física quanto
a comunicação do usuário (BINS ELY; OLIVEIRA, 2005, p. 3).

- Deslocamento

Possibilitam as condições de movimento nos percursos horizontais (corredores), verticais


(escadas, rampas e elevadores), ambientes internos (saguões, lojas e sanitários) e ambientes
externos (jardins, estacionamento e pátios), e a possibilidade do usuário deslocar-se de forma
independente, confortável e segura em percursos livres de obstáculos, ou seja, um conceito de Rota
Acessível, que consiste em um percurso livre de qualquer obstáculo de um ponto a outro (BINS
ELY; OLIVEIRA, 2005; BERNARDI, 2007; DISCHINGER et al., 2009; DUARTE; COHEN,
2006). Quando houver desníveis devem ser instalados sistemas alternativos de deslocamento, como
elevadores ou rampas. São importantes o tipo e a qualidade dos pisos, e a existência de área livre
de obstáculos para o movimento (DISCHINGER et al., 2008).

Para a avaliação das condições de deslocamento, especial atenção deve ser dada às pessoas
idosas, pois se cansam com mais facilidade e estão mais sujeitas a quedas. Também é
fundamental a verificação da continuidade, as dimensões, os revestimentos e as

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

declividades dos percursos para pessoas com deficiências motoras, que necessitam utilizar
muletas ou cadeira de rodas (DISCHINGER et al., 2012, p. 31).

- Uso

O uso dos espaços e equipamentos devem propiciar a participação e realização das


atividades por todos os usuários, ou seja, os equipamentos devem ser acessíveis e manuseados com
autonomia, conforto e segurança (DISHINGER et al., 2008; BINS ELY; OLIVEIRA, 2005). “São
importantes todas as características físicas dos equipamentos e mobiliários, tais como forma,
dimensões, relevo, textura e cores, assim como sua posição nos ambientes para permitir que sejam
alcançados e utilizados por todos” (DISCHINGER et al., 2009, p. 25). Muitas vezes é necessária a
inclusão de equipamentos ou dispositivos de tecnologia, tais como pisos táteis e sistemas de voz
em computadores para pessoas com deficiência visual (DISCHINGER et al., 2012, p. 32).

2.3.4 Manuais e guias destinados a acessibilidade e Desenho Universal

Para auxílio no processo de projetos e disseminação dos conceitos de acessibilidade e


Desenho universal existem manuais, cartilhas e guias disponíveis online ou impressos. Essas
publicações objetivam orientar e informar os profissionais e usuários quanto a correta utilização ou
aplicação das informações contidas na NBR 9050:2004 e leis relacionadas ao tema da
acessibilidade (MARTIN, 2013).

A maioria das publicações nacionais são resumos da norma NBR 9050: 2004 e roteiros de
vistorias ou checklists, podemos destacar algumas:

- Acessibilidade - Mobilidade Acessível na cidade de São Paulo (SILVA et al., 2008), cujo objetivo
é “contribuir para a promoção do Desenho Universal, conceito que garante plena acessibilidade a
todos os componentes de qualquer ambiente, respeitando a diversidade humana” (SILVA et al.,
2008, p. 1), buscando a inclusão social das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O
manual apresenta sugestões e recomendações, leis e normas, e um roteiro de vistoria de ambientes;

- Guia de Acessibilidade: Espaço Público e Edificações (SANTIAGO; SOUSA, 2009), cujo


objetivo é “orientar os profissionais das áreas técnicas da Engenharia, Arquitetura e afins, além de
também servir de orientação aos gestores públicos e demais cidadãos que se interessam pelo tema,
numa linguagem simples e acessível” (SANTIAGO; SOUSA, 2009, p. 6). O manual destaca

41
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

normas de acessibilidade em espaços públicos e edificações através de ilustrações referentes a


norma NBR 9050:2004, Legislação e Referência Normativa, e Formulário Básico para Avaliação
das condições de Acessibilidade;

- Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas: O direito à escola acessível! (DISCHINGER


et al., 2009), cujo objetivo é “fornecer conhecimentos básicos e instrumentos de avaliação que
permitam identificar as dificuldades encontradas por alunos com deficiência no uso dos espaços e
equipamentos escolares” (DISCHINGER et al., 2009, p. 15). O manual apresenta os principais
conceitos relativos a acessibilidade espacial, permitindo uma compreensão mais aprofundada da
problematização referentes à inclusão escolar. O ponto positivo do manual é a explicação didática
dos componentes da acessibilidade espacial através de fotos e ilustrações de ambientes escolares.
Pode-se destacar um interessante “checklist” de avaliação para ser aplicado no edifício escolar.

Pode-se destacar manuais internacionais que apresentam um diferencial em relação aos


manuais anteriores, destacando os princípios do Desenho Universal na concepção de projetos
arquitetônicos:

- Universal Design New York (DANFORD; TAUKE, 2001), cujo objetivo é “aumentar a
conscientização sobre o valor do Desenho Universal e fornecer exemplos práticos de como o
Desenho Universal pode ser implementado, incentivando a sua adoção” (DANFORD; TAUKE,
2001, p. ii). A publicação é em sua totalidade destinada a conceituar e a exemplificar os conceitos
do Desenho Universal nas diversas situações de uso em edificações diferenciadas. Apresenta uma
introdução ao conceito de Universal Design, descreve os Princípios do Desenho Universal e como
podem ser aplicados em edificações através de diretrizes para a implementação dos princípios tipos
de edifícios. O manual apresenta cinco categorias de elementos essenciais do projeto de uma cidade
universal e uma lista de diretrizes para obtenção da acessibilidade em relação aos princípios do
Desenho Universal apresentada com o símbolo referente (DANFORD; TAUKE, 2001, p. 29-63,
tradução nossa):

1. Sistemas de circulação: O movimento ao ar livre e no interior dos edifícios é a essência da


atividade da vida urbana. Recursos de acessibilidade, em seu sentido mais amplo, são
necessários para a mobilidade urbana. O layout dos sistemas de circulação devem
estabelecer um padrão seguro e acomodar as necessidades das pessoas no sítio e nos
edifícios. O planejamento deve levar em consideração as necessidades e preferências dos

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

usuários que se deslocam em ritmos diferentes e podem possuir diferentes habilidades. Os


usuários não devem encontrar obstáculos inesperados em um percurso. Os autores destacam
diretrizes para o sistema de circulação e demonstram algumas diretrizes, são eles:
planejamento de circulação externa, cruzamentos, rebaixo de guias, rampas e escadas,
circulação, sistemas mecânicos de circulação, saídas de emergência;

2. Entradas e saídas: A edificação deve conter características para identificação do usuário,


mas principalmente deve propiciar condições de entrada e saída e possibilitar o uso. Os
autores destacam diretrizes para a identificação do edifício, manobra através da entrada ou
saída e partindo da zona de entrada ou de saída;

3. Wayfinding: Wayfinding é a organização de um espaço dinâmico e comunicação para o


ambiente. Projeto que visa promover a orientação espacial como fenômeno dinâmico
operacional e permite aos usuários: (1) determinar sua localização dentro de um ambiente,
(2) determinar o seu destino, e (3) desenvolver um plano que irá levá-los a partir de sua
localização para o seu destino. O projeto de sistemas de wayfinding deve incluir: (1)
identificação dos espaços, (2) o agrupamento espaços, e (3) articulação e organização dos
espaços através de meios arquitetônicos e gráficos. Os autores destacam diretrizes para os
caminhos e circulação, marcadores, nós, arestas, wayfinding gráfico, orientação,
informação direcional, identificação do destino, situação e identificação do objeto;

4. Obtenção de produtos/ serviços: Uma das principais razões para a utilização de edifícios é
obter acesso a produtos e serviços. Edificações com essa função devem ser projetadas para
facilitar o acesso dos usuários. O primeiro contato do usuário ao interior da edificação se
dá através das entradas e espaços de circulação, e deve proporcionar o conhecimento da
disposição e organização espacial. Os autores destacam diretrizes para a entrada e espaço
de circulação, balcões de atendimento e áreas de espera;

5. Serviços públicos: Os serviços públicos são projetados para funcionar em condições


adversas, como as intempéries, ambientes com altos índices de ruídos e em diferentes graus
de luz e calor. Consequentemente, existem diversos atributos essenciais que devem estar
integrados aos serviços públicos para garantir a usabilidade universal. Os autores destacam
diretrizes como telefones públicos, sanitários, placas com informações, abrigos públicos e
bebedouros;

43
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

- Universal Design New York 2 (LEVINE, 2003), complementa o manual anterior e objetiva
o aperfeiçoamento dos conceitos de Desenho Universal definidos. Diferente do primeiro manual,
apresenta aplicações do Desenho Universal através de imagens da cidade e demonstra a diferença
entre um ambiente "acessível" e um ambiente "universal". Apresenta os elementos essenciais da
cidade: circulação, entradas e saídas, wayfinding, estacionamentos, locais para lugares sentados,
serviços e produtos, serviços públicos, instalações culturais, de entretenimento, esportivas,
alojamentos temporários, locais de trabalho, de serviços e de saúde. E um checklist para avaliação
de um projeto em andamento ou já construído em relação as características do Desenho Universal.

Os manuais de acessibilidade apresentam apenas representações gráficas da normatização,


não apresentando informações sobre alternativas de projetos inclusivos e as consequências de
comportamentos em relação a diferentes modelos organizacionais. Necessitamos de guias de
projetos bem elaborados nas diversas tipologias, que possuam comprovação da usabilidade na
prática, para obter maiores informações sobre os requisitos espaciais a serem elaborados,
desenvolver conceitos de projeto e soluções espaciais alternativas, propiciar o teste de usabilidade
de plantas ou edifícios existentes que possam ser renovados ou adaptados (HOODGALEM;
VOORDT; WEGEN, 1985).

2.4 Usabilidade

O termo usabilidade começou a ser utilizado no início da década de 1980, principalmente


nas áreas de Psicologia e Ergonomia, como substituto da expressão user-friendly11 (DIAS, 2007).
Estes termos adotados eram imprecisos e difíceis de serem mensurados e estimados; foram
substituídos por atributos relacionados à funcionalidade de um sistema.

A definição de usabilidade, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR


9241-11 (ABNT, 2002, p. 3) que orienta sobre como a usabilidade de um produto pode ser avaliada
e especificada, é “medida na qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar
objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico”, ou
seja, depende do contexto de uso, que é composto pelo ambiente físico e social; usuários, toda
pessoa que, de alguma forma, é afetada pelo funcionamento de um determinado produto; tarefas e

11
Traduzido para o português como amigável e intuitivo.
44
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

equipamentos. A “eficácia trata do grau de inteireza e exatidão pela qual usuários específicos
podem atingir resultados específicos em ambientes especificados; eficiência compara os recursos
e esforços despendidos, com a exatidão e a inteireza das metas atingidas; satisfação considera o
conforto e grau de aceitação do sistema por seus usuários e por outras pessoas afetadas pelo seu
uso” (NICHOLL; BOUERI FILHO, 2001, s/p.). Através da adoção de critérios objetivos e
subjetivos, pretende-se que o usuário complete a tarefa, com o menor esforço possível, no menor
tempo e com a maior satisfação (Fig. 2.2).

Figura 2.3 – Objetivos específicos da Usabilidade: Eficácia e Eficiência


Descrição: Navegação, o ambiente deve fornecer informações espaciais aos usuários; Familiaridade, expectativas dos
usuários são atendidas quando a linguagem e recursos visuais são compreendidos, e criam um sentimento de confiança;
Consistência, criar uma experimentação coesa e associações desejadas; Prevenção ao erro, layout claro para evitar
erros; Feedback, tempo hábil de resposta com a interação do usuário e a certeza de ações corretas; Clareza Visual,
organização espacial clara e de fácil compreensão; Flexibilidade e eficiência, o projeto deve ser flexível o suficiente
para dar uma sensação personalizada e auxiliar nas tarefas USABILIDADE.

Fonte: GOMES, 2013 (tradução nossa).

O renomado autor de livros sobre engenharia e avaliação de usabilidade, Nielsen (1993),


defende que a usabilidade é um dos instrumentos que integra a aceitabilidade de um sistema e
conceitua que,

A usabilidade é um atributo de qualidade relacionado à facilidade do uso de algo. Mais


especificamente, refere-se à rapidez com que os usuários podem aprender a usar alguma
coisa, a eficiência deles ao usá-la, o quanto lembram daquilo, seu grau de propensão a
erros e o quanto gostam de utilizá-la. Se as pessoas não puderem ou não utilizarem um
recurso, ele pode muito bem não existir (NIELSEN; LORANGER, 2007, p. xvi).

Segundo Preece et al. (2005, p. 35-36), a usabilidade divide-se nas seguintes metas:

a) Ser eficaz no uso (Effectiveness): ser bom em fazer o que se espera dele. Questionamento: É
capaz de permitir que as pessoas compreendam bem, realizem suas atividades de forma eficiente,
acessem as informações de que necessitam?

45
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

b) Ser eficiente no uso (Efficiency): auxiliar as pessoas a realizarem as suas tarefas.


Questionamento: Uma vez que houve o aprendizado de utilização, comunicação eficaz da
informação, o usuário conseguirá manter um alto nível de produtividade?

c) Ser seguro no uso (Safety): proteger o usuário das situações perigosas e indesejáveis.
Questionamento: Previne o usuário de cometer erros graves, minimiza os riscos e – se mesmo
assim o fizerem – permite que os erros sejam recuperados de maneira fácil?

d) Possuir utilidade (Utility): propiciar “o tipo certo de funcionalidade, de maneira que os usuários
possam realizar aquilo que precisam ou que desejam”. Questionamento: Fornece conjunto de
funções que oportunizam aos usuários a realização das tarefas de acordo com suas possibilidades
e habilidades?

e) Ser fácil de aprender (Learnability): apresentar facilidade para aprendizado, tornando o usuário
competente para tal. Questionamento: Quão fácil é e que tempo se leva para uso, realização de
tarefas e aprendizado de um conjunto mais amplo de tarefas?

f) Ser fácil de lembrar como se usa (Memorability): ser passível de memorização considerando a
facilidade de lembrar como usar o sistema depois de ter aprendido a utilizá-lo. Questionamento:
Que tipos de suportes são fornecidos para auxiliar a lembrar da realização de tarefas,
principalmente das tarefas não utilizadas com muita frequência?

Ao destacarmos as metas apresentadas por Preece et al. (2005, p. 35-36) podemos destacar
áreas de estudo em acessibilidade, Desenho Universal e legibilidade. Os conhecimentos dessas
áreas e de suas possíveis aplicações permitem uma análise acerca das soluções que podem criar
facilidades ou restrições ao desempenho humano. O aspecto do desempenho de usabilidade
significa o quão eficiente e eficaz é, para um usuário, a execução de uma tarefa para alcançar alguns
objetivos pretendidos pelo uso de um produto. O desempenho pretendido geralmente ambiciona a
exatidão e velocidade na execução de tarefas (HAN et al., 2001, p. 146, tradução nossa). Se um
sistema está utilizável, devem-se experimentar os atributos objetivos e subjetivos de usabilidade.
Os atributos objetivos de usabilidade são eficácia, capacidade de aprendizado, a flexibilidade, a
compreensibilidade, a memorização e confiabilidade. Os atributos subjetivos de usabilidade
incluem atitude positiva, a satisfação do usuário e de produto (sistema de atratividade)
(KOOHANG, 2004, p. 130, tradução nossa).

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

A abordagem do espaço físico do ponto de vista de usabilidade se refere a qualidade


funcional e a facilidade de uso de uma edificação, ou seja, relaciona-se com o conforto, mas
também com a eficiência dos produtos. Segundo Patrick Jordan (JORDAN, 2000, p. 3), “as pessoas
não ficam surpresas e felizes se um produto é utilizável, mas ficam surpresas e descontentes com
a dificuldade do uso”. No sentido mais restrito, ou seja, ao valor de utilidade, “até que ponto a
edificação possibilita e sustenta o uso previsto [...] até que ponto é adequada para as atividades que
devem acontecer em seu interior” (VOORDT; WEGEN, 2012, p. 18-19) e no sentido de
agradabilidade, ou seja, produtos que funcionam bem, proporcionam facilidade no uso e benefícios
emocionais (JORDAN, 2000).

A preocupação central de um arquiteto deve ser projetar edificações que sejam eficazes no
uso e capazes de proporcionar ao usuário uma experiência gratificante. O ponto de partida da
compreensão a respeito da área, segundo Preece et al. (2005), é a comparação entre bons e maus
exemplos de projetos, pois através da especificação de pontos fortes e fracos de produtos, passa-se
a compreender a definição de algo usável ou não. “No âmbito do espaço construído, os princípios
de usabilidade podem fundamentar projetos interativos, contemplando soluções para ambientes
passíveis de incrementar as condições de interação humana, de uma forma diversificada e
universal” (KASPER et al., 2012, s/p.).

A abordagem do espaço físico do ponto de vista da usabilidade [...] busca atender às


necessidades e características de uma gama ampla de restrições e habilidades de usuários,
tendendo a produzir um produto com design inclusivo [...]. No caso da arquitetura, [...]
envolve métodos e metodologias aplicadas em tarefas [...], levando em conta que, a
arquitetura está diretamente ligada ao espaço físico, às suas formas e o seu uso (KASPER
et al., 2012, s/p.).

Segundo Voordt e Wegen (2012, p. 172), pode-se considerar uma edificação com uma
acessibilidade satisfatória quando os usuários e visitantes “não têm dificuldade para chegar ao seu
destino e conseguem participar das atividades previstas e usar as instalações necessárias para isso”,
envolvendo a acessibilidade física, composta por facilidade de acesso, acessibilidade em sentido
estrito e usabilidade, “facilidade com que os indivíduos conseguem deslocar-se pela edificação e
utilizar os ambientes e os serviços previstos para eles” (VOORDT; WEGEN, 2012, p. 173). Como
dito anteriormente, a maior ligação entre os conceitos de usabilidade e acessibilidade, dá-se em
ações fundamentais, o acesso, a orientação e o uso.

A definição de “acesso” desenvolvida por Lynch sugere que o sujeito alcance seu objetivo
ou destino por meio de soluções espaciais variadas para atingir o maior número possível
47
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

de usuários (democráticas) para, em seguida, possibilitar uso facilitado e abrangente das


instalações acessadas, observadas as aptidões e restrições diversas destes, atendendo as
suas necessidades para realizar tais ações (KASPER et al., 2013, s/p.).

2.4.1 Princípios de Usabilidade e Projeto de interação

O projeto de interação é um processo que objetiva desenvolver um espaço de trabalho


através de uma interface, para que dessa maneira, o modelo mental do usuário alvo seja
correspondido pelo modelo do programa. A partir deste projeto, uma interface é gerada e apresenta
uma resposta às necessidades do usuário dentro do contexto abordado. “O produto espaço físico
interativo pode configurar um importante instrumento para promover interações humanas,
apoiando as atividades cotidianas em diferentes locais” (KASPER et al., 2012).

Por ser um processo, o projeto de interação necessita de um plano de desenvolvimento e,


pela premissa de que os modelos mentais de usuário nunca são totalmente compreendidos,
passível de exploração de alternativas e refinamentos. Um bom processo de projeto de
interação deve ter três características fundamentais: deve ser focalizado no usuário desde
o início do projeto até a avaliação do artefato; deve identificar, documentar e definir metas
de usabilidade relativas a experiências prévias de usuários específicos; deve ser iterativo,
pois projetistas nunca fazem a 'coisa certa' da primeira vez (VALENTE, 2004, p. 22).

Os princípios de projeto interativo são outra maneira de conceitualizar usabilidade.


Trata-se de abstrações generalizáveis, destinadas a orientar os arquitetos a pensar sobre aspectos
diferentes de seus projetos. Os princípios mais conhecidos “referem-se a como determinar o que
os usuários devem ver e fazer quando realizam tarefas utilizando um produto interativo” (PREECE
et al., 2005, p. 42). São eles: visibilidade, pois quanto mais visíveis as informações e funções, os
usuários saberão como proceder mais facilmente; feedback, está relacionado ao conceito anterior,
refere-se ao retorno de informações em ações realizadas, permitindo ao usuário continuidade;
restrições, “refere-se à determinação das formas de delimitar o tipo de interação que pode ocorrer
em um determinado momento”, podem ser classificadas em três categorias: física (“forma como
objetos físicos restringem o movimento das coisas”), lógica (“dependem do entendimento que a
pessoa tem sobre a maneira como o mundo funciona”) e cultural (são realizadas no “âmbito das
convenções aprendidas”); mapeamento, “relação entre controles e seus efeitos no mundo”;
consistência, refere-se a projetar com operações e elementos semelhantes para realizar tarefas
similares; affordance, termo definido por Gibson (1986) na Psicologia, refere-se ao atributo de um
objeto que permite ao usuário o conhecimento de como utilizá-lo, certos arranjos criam percepções
diretas, não faz-se necessário sempre fazer interpretações, elas surgem automaticamente (Fig. 2.3).

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

A análise do ambiente construído oferecido ao usuário dá-se através da análise da


usabilidade, da acessibilidade, da ergonomia, do funcionamento e da legibilidade. É a facilidade
ou dificuldade de orientação e legibilidade no ambiente construído que dará maior ou menor
utilidade e uso a edificação. A análise do edifício é, sem dúvida, um elemento fundamental, pois é
ela que potencializa, facilitando ou dificultando, o uso dos recursos que o ambiente construído
oferece.

Figura 2.4 –Affordance real: objetos físicos dispõem de affordances reais


Descrição: Botão – apertar, Interruptor – Mover para cima ou para baixo, Botão – rotacionar (acendem a luz).

Fonte: KOWALTOWSKI, 2011, p. 15.

Apesar da extensa literatura sobre engenharia de usabilidade, há pouca pesquisa sobre testes
de usabilidade empregados em um contexto do projeto arquitetônico. A partir das fases iniciais de
projeto arquitetônico há necessidade de aplicação de regras de usabilidade (incluindo a
acessibilidade, adaptabilidade e clareza na arquitetura) para que possam ser reduzidos custos,
melhoria das propostas e resolução de problemas de usabilidade no processo de Desenho Universal,
tornando assim necessário o conceito de Usabilidade Universal. O principal objetivo da usabilidade
universal é permitir a maior quantidade de usuários o benefício da utilização do ambiente
construído na mais ampla gama de situações (AFACAN; ERBUG, 2009).

Segundo Afacan e Erbug (2009), na prática do projeto arquitetônico, a eficácia do uso e a


ergonomia não são levados em consideração, resultando em problemas verificados após a
construção da edificação concluída. Essa verificação tardia surge a partir da falta de consciência
do projetista da necessidade de avaliação do projeto por especialistas na fase de concepção,

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

objetivando avaliar cada decisão projetual correspondente ao Desenho Universal e usabilidade para
pessoas com diversas habilidades.

No contexto arquitetônico, a avaliação “refere-se principalmente à determinação do valor


do ambiente construído ou de parte dele (avaliação do produto), ou do processo de projeto,
construção e gerenciamento (avaliação do processo)” (VOORDT; WEGEN, 2013, p. 142). A
avaliação permite o aprimoramento do projeto, através da melhoria do projeto arquitetônico, da
qualidade de programas de necessidades, da construção e gerenciamento.

A avaliação de projetos deve fazer parte da metodologia de projeto do profissional de


arquitetura. Na maioria dos casos, essa avaliação tem sido realizada por meio de “métodos que
englobam listas de verificação (checklists), seleção de parâmetros, classificação e atribuição de
pesos, especificações escritas e índices de confiabilidade” (KOWALTOWSKI et al., 2006, p.12).

A planta de uma edificação é o reflexo da interpretação das diretrizes projetuais e atividades


a serem desenvolvidas pelos usuários, estabelecidos pelo programa arquitetônico e interpretado
pelo arquiteto. A avaliação do projeto em planta permite que projetos possam ser aprimorados
ainda na fase de elaboração, minimizando a necessidade de obras de "retrofit", de falhas de projeto
detectadas com Avaliações Pós-Ocupação (PRATA et al., 1999). A avaliação de um projeto é
chamada de “avaliação ex ante, ou avaliação antes do fato, isto é, antes do término da construção”
(VOORDT; WEGEN, 2013, p. 142), permitindo confrontar metas e expectativas formuladas e
problemas de usabilidade.

Um dos métodos de avaliação de usabilidade utilizado para avaliação de projetos interativos


é a Avaliação Heurística e as Regras de Usabilidade.

2.4.2 Método de Avaliação de Usabilidade: Avaliação Heurística

Segundo Ferreira (2008, p. 450), heurística é “um conjunto de regras e métodos que visam
à descoberta, à invenção, ou à resolução de problemas”. Para resolver a maioria dos problemas, as
pessoas utilizam estratégias intuitivas, chamadas de heurísticas, ou seja, regras formais e linhas
guias generalizadas. A origem da palavra heurística vem do grego heuriskein, que significa
descobrir; é uma regra ou conjunto de regras definidas para aumentar a probabilidade de resolver
algum problema (TANAKA, 2009, p. 26). A partir de 1990, a expressão heurística passou a ser

50
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

utilizada frequentemente por Nielsen e Molich (1990), propondo um método de avaliação de


usabilidade.

A Avaliação Heurística é um dos métodos não-empírico existentes para avaliar a


usabilidade, ou seja, encontrar problemas de usabilidade durante um processo de design interativo
(NIELSEN, 1993; NIELSEN, 1994). Permite uma avaliação contínua do processo, com baixo
custo, envolvendo profissionais especialistas avaliando o design com base em um conjunto de
princípios de usabilidade ou heurísticas (TANAKA, 2009). Em geral, a avaliação heurística não é
realizada por um único avaliador, pois segundo Nielsen (1995, s/p., tradução nossa), “um único
avaliador nunca vai ser capaz de encontrar todos os problemas de usabilidade em uma interface.
Felizmente, a experiência em vários projetos diferenciados demonstrou que avaliadores diferentes
encontram diversos problemas de usabilidade”.

Os 10 princípios gerais de design de interação são chamados de "heurísticas", pois são


tópicos de usabilidade específicos resultados da análise de mais de 240 problemas de usabilidade,
advindos do design e estrutura de um site, realizado ao longo de vários anos por experientes
especialistas (BARBOSA; SILVA, 2010, p. 316). Os tópicos de Usabilidade definidos por Nielsen
(1993; 1995a; NIELSEN; MOLICH, 1990; NILSEN; LORANGER, 2007) a partir deste método,
são apresentados na Tabela 2.112.

Nielsen (1995) recomenda que a avaliação heurística envolva de três a cinco avaliadores
interdisciplinares e especialistas em usabilidade (Tabela 2.2). Devido a esse fato, tornou-se popular
na década de 1990 devido a sua rapidez, baixo custo e facilidade de implementação (AFACAN;
ERBUG, 2009). As vantagens da utilização desse método de avaliação são a identificação em maior
quantidade de problemas e maior quantidade de problemas de alta severidade; a desvantagem é de
requerer especialistas em usabilidade e como não envolve usuários reais, não descobre problemas
em relação a suas expectativas. “Outra forma de utilizar diferentes tipos de habilidades e
experiências, é associar a avaliação heurística ao método de inspeção pluralística13”, dessa forma,
a avaliação heurística não será realizada apenas por especialistas, mas também por usuários (DIAS,
2007, p. 63).

12
Item 2.5.1 demonstra a avaliação heurística em relação a projetos arquitetônicos (Vide página 84 a 88).
13
Vide item 2.4.3 (Página 81 a 83).
51
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

Tabela 2.1 –Versão revisada das heurísticas de Nielsen

Visibilidade do status do sistema:


Compatibilidade com o mundo real
Controle e liberdade do usuário
Consistência e padronização
Prevenção de erros
Reconhecimento ao invés de memorização
Flexibilidade e eficiência de uso
Estética de design minimalista
Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e
corrigir erros
Help e documentação
Fonte: BARBOSA; SILVA, 2010, p. 317-318; TANAKA, 2009, p. 35.

Tabela 2.2 – Tarefas do método de avaliação heurística

Avaliação Heurística
Atividade Tarefa
Preparação Todos os avaliadores:
Aprendem sobre a situação atual: usuários, domínio, etc.
Selecionam as partes da interface que devem ser avaliadas

Coleta de dados Cada avaliador, individualmente:

Interpretação Inspeciona a interface para identificar violações das heurísticas


Lista os problemas encontrados pela inspeção, indicando local, gravidade, justificativa
e recomendações de solução

Consolidação dos Todos os avaliadores:


resultados Revisam os problemas encontrados, julgando sua relevância, gravidade, justificativa e
Relato dos recomendações de solução
resultados Geram um relatório consolidado

Fonte: BARBOSA; SILVA, 2010, p. 318.

As avaliações por especialistas podem produzir ótimos resultados em relação à rapidez, à


quantidade e importância de problemas diagnosticados. Porém, os resultados das avaliações
heurísticas “dependem da competência dos avaliadores e das estratégias de avaliação empregadas”
52
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

(CYBIS et al., 2007, p. 183).

Outro método utilizado para determinar os erros relativos à usabilidade, em conjunto com
a Avaliação Heurística, é o das Regras de Usabilidade (NIELSEN, 2000):

a) Clareza na arquitetura da informação: condições de discernir o que é primordial e o que é


secundário;

b) Facilidade de navegação: estabelecer caminhos claros e concisos para se chegar onde se quer;

c) Simplicidade: necessidade de ser objetivo, tanto na organização quanto na disposição dos


elementos;

d) Relevância do conteúdo: foco na eficiência, velocidade, qualidade da informação ou serviço e a


forma de construção;

e) Manter a consistência: considerar a manutenção da linguagem e da organização;

f) Tempo suportável: estabelecer conteúdo que seja compatível com o meio e com o maior número
possível de usuários, eliminando assim elementos que aumentam desnecessariamente o tempo de
navegação do usuário;

g) Foco no usuário: evitar obstáculos à navegação do usuário, permitindo que ele construa seus
próprios percursos.

Heurísticas utilizadas em produtos e ambientes de software não podem ser aplicadas


diretamente ao contexto de projeto arquitetônico; há necessidade de utilizar avaliações heurísticas
modificadas (AFACAN; ERBUG, 2009).

2.4.3 Método de inspeção ou percurso pluralístico

Os métodos de inspeção são métodos baseados em recomendações, princípios e conceitos


de usabilidade previamente estabelecidos. Como dito anteriormente, a definição dos métodos de
inspeção, “também conhecidos como métodos analíticos ou de prognóstico, caracterizam-se pela
não participação direta dos usuários do sistema na avaliação” (DIAS, 2007, p. 46).

Um método diferenciado de inspeção foi idealizado pela IBM Austin, chamado de método
de inspeção pluralístico, que consiste em “reuniões entre usuários, projetistas de sistemas e

53
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

especialistas em usabilidade, em que são analisados os cenários das tarefas e avaliados cada um
dos elementos da interação do usuário com o sistema”. Para a aplicação desse método são
necessários três grupos, formados por usuários, projetistas e especialistas em usabilidade, que
analisarão cenários de tarefas e descreverão como realizariam as tarefas propostas nos cenários
disponíveis. “O termo percurso é uma tradução da palavra inglesa walkthrough [...]. Os
participantes, utilizando materiais de apoio disponíveis, “percorrem” cada tarefa em cada cenário
sugerido e tentam descrever detalhadamente como realizariam tal tarefa naquele cenário” (DIAS,
2007, p. 48).

No campo da Arquitetura e Urbanismo podemos destacar o primeiro walkthrough em 1960,


na cidade de Boston, realizada por Kevin Lynch. Um grupo de voluntários foi convidado a realizar
um passeio-entrevista pela área central da cidade acompanhado de um entrevistador, discutindo o
porquê da escolha de determinados caminhos, relatando o percurso e os pontos onde se sentia
seguro ou perdido. Walkthrough é um “método de análise que combina simultaneamente uma
observação com uma entrevista [...]” e “tem sido muito utilizada na avaliação de desempenho do
ambiente construído e na programação arquitetônica” (RHEINGANTZ et al., 2009, p. 23).

A análise walkthrough compreende a síntese de uma visão analítica do pesquisador em


arquitetura no que se refere a aspectos previamente definidos (físicos, funcionais,
ambientais e comportamentais) de um determinado edifício ou ambiente(s) específico(s).
Normalmente, esse tipo de trabalho é realizado através de um percurso por toda a
edificação, acompanhado de pelo menos uma pessoa responsável – ou representante – pela
edificação, capaz de apresentar o(s) ambiente(s) e responder às questões dos
pesquisadores. Em um primeiro momento, deve-se procurar apreender o ambiente maiores
expectativas ou pré-conceitos estabelecidos. Em segundo momento, são organizadas as
informações relativas ao ambiente analisado (MACHADO, 2012, p. 71).

Para a aplicação do walkthrough deve-se formar uma equipe de especialistas e


representantes de grupos de usuários do ambiente construído. Pode ser subdividida em quatro
procedimentos que, “tanto pode ser aplicado em conjunto, como isoladamente: Walkthrough Geral,
Walkthrough de Auditoria de Energia, Walkthrough de Especialistas e Passeio Walkthrough”.
Explicação resumida de cada procedimento (RHEINGANTZ et al., 2009, p. 27-28):
- Walkthrough Geral: técnicas de walkthrough utilizadas em edifícios ou ambientes, objetivando
articular reações a esses ambientes. “Esta técnica pode ser utilizada de diversos modos, tanto na
avaliação de edifícios como de lugares urbanos e, a exemplo do grupo de participantes, pode
envolver os usuários ou outros grupos de interesses mais específicos, como especialistas”.

54
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

- Walkthrough de Auditoria de Energia: objetiva avaliar desempenho energético de uma edificação


e identificar oportunidades para gerenciar conservação de energia.
- Walkthrough de Especialistas: um grupo de especialistas é organizado objetivando a análise de
“um conjunto determinado de um ambiente ou edifício, tais como condições físicas, utilidade de
algum aspecto, fator ou atributo específico”.
- Passeio Walkthrough: muito utilizada em Avaliações Pós-Ocupação (APOs), “baseia-se no uso
do ambiente físico como elemento capaz de ajudar os respondentes – tanto pesquisadores e/ou
técnicos, quanto os usuários – na articulação de suas reações e sensações em relação ao edifício ou
ambiente a ser analisado”.

Com o objetivo de buscar informações referentes às dificuldades de orientação, uso e


deslocamento de usuários em edificações e suas expectativas, sobretudo dos usuários com algum
tipo de necessidade especial, a utilização do método de análise Walkthrough de Especialistas e o
Passeio Walkthrough, em cenários pré-determinados, demonstra grande eficácia e eficiência.

2.5 Usabilidade Universal

Como dito anteriormente, a norma NBR 9050/2004 (ABNT, 2004) define que
acessibilidade possibilita e dá condições de alcance para utilização de edificações, espaços,
mobiliários e equipamentos urbanos com segurança e autonomia, ou seja, um objeto acessível é
aquele que pode ser alcançado para uso. Uma vez alcançado, supõe-se que seu uso, seguro e
autônomo, não sejam mais uma questão de apenas acessibilidade, mas acessibilidade e usabilidade.
(NICHOLL; BOUERI FILHO, 2001).

A acessibilidade focada na usabilidade não é simples devido a diversidade dos usuários.


“As habilidades das pessoas mudam ao longo do tempo, e esses usuários querem ser acomodados
dentro do ambiente construído da forma mais eficiente, eficaz e satisfatória possível,
independentemente de sua condição de saúde, o tamanho do corpo, força, experiência, poder de
mobilidade ou idade” (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 733, tradução nossa).

O principal objetivo da usabilidade universal é permitir que o maior número possível de


usuários se beneficiem do acesso, do uso e da obtenção de produtos/serviços do ambiente
construído na mais ampla gama de situações (AFACAN; ERBUG, 2009). Nesse contexto, Nicholl
e Boueri Filho (2001, s/p.) afirmam que,
55
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

Dentro da conceituação geral de usabilidade, podem ser identificados duas abordagens


principais - o objetivo e o subjetivo: 1. ênfase no desempenho prático: funcionalidade /
eficiência / fluxo de trabalho, as vezes incluindo custos financeiros e não somente
energéticos; - observações objetivas de comportamento, aprendizagem, velocidade,
recuperação após erro, segurança, entre outros; 2. considerações da reação afetiva do
usuário, isto é, no inglês, seu attitude: social / psicológico / cultural, inclusive
considerações estéticas; - opiniões subjetivas de satisfação, aceitação, conforto, segurança,
higiene, etc.

A usabilidade universal em termos arquitetônicos preocupa-se com o desenvolvimento de


edificações e instalações universalmente utilizáveis por todos. No presente estudo, o termo
universalmente utilizável, referiu-se ao grau em que um ambiente construído permite que cada
indivíduo possa realizar atividades diárias, independentemente da habilidade, idade, tamanho ou
capacidade.

Para se alcançar uma edificação com utilização universal orientada à usabilidade, é de


fundamental importância observar, avaliar e analisar as dificuldades e habilidades dos usuários,
pois estas norteiam o modelo mental usado ao longo da interação com o ambiente construído. Essa
avaliação possibilita o alinhamento dos requisitos de usabilidade com as diretrizes de acessibilidade
espacial, tornando uma interação harmoniosa e garantindo uma compreensão com abordagem
perceptiva e cognitiva.

2.5.1 Avaliação heurística na arquitetura

Afacan e Erbug (2009) relatam um método de avaliação de usabilidade de baixo custo para
explorar problemas de usabilidade exclusivamente a partir de desenhos do projeto arquitetônico
(plantas, cortes e elevações), ou seja, o mais cedo possível no processo de projeto arquitetônico e,
a partir dessa problemática, desenvolvem um estudo de avaliação heurística modificada com o
objetivo de avaliar edificações em conformidade aos princípios do Desenho Universal.

O artigo fornece uma definição de usabilidade universal que se aplica ao contexto de projeto
arquitetônico de um centro comercial planejado e um estudo de caso agregou os sete princípios do
Desenho Universal como um conjunto de heurísticas para obter avaliação de usabilidade universal
(Tabela 2.3), objetivando alcançar um processo de avaliação rápido e que gere custo-benefício para
melhoria do projeto da edificação. Este novo conjunto de heurísticas foi criado para refletir a
inclusão do processo de concepção universal e as exigências dos sete princípios do Desenho
Universal.
56
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

Tabela 2.3 - As definições e considerações de projeto dos princípios do Desenho Universal utilizadas
como heurísticas – Centro Comercial Planejado

Princípio Definição Considerações projetuais


Princípio 1: Uso equitativo O design é útil e comercializável a O centro comercial deve
qualquer grupo de usuários com proporcionar igualdade para
habilidades diversas, ou seja, pode ser todos os usuários em termos de
utilizado por pessoas com habilidades uso, compreensão, acesso,
diversas, evitando segregação ou privacidade, segurança e
discriminação. conforto.
Princípio 2: Flexibilidade de uso O projeto acomoda uma ampla variedade O centro comercial deve
de preferências e habilidades individuais, propiciar flexibilidade de uso e
ou seja, flexibilidade no uso para adaptabilidade às condições
habilidades diversas individuais. espaciais inesperadas, e
propiciar alteração de seus
requisitos espaciais ao longo do
tempo.
Princípio 3: Uso simples e intuitivo Uso do design deve ser de fácil O centro comercial deve ser
entendimento, independente da projetado para ser consistente
experiência, conhecimento, proficiência de em relação às expectativas dos
linguística ou nível atual de concentração usuários e eliminar a
dos usuários, ou seja, simplicidade e complexidade desnecessária.
intuitividade do uso.
Princípio 4: Informação perceptível O projeto deve comunicar de maneira O centro comercial deve
eficaz a informação necessária ao usuário, proporcionar contraste
independentemente das condições adequado entre a informação
ambientais ou das habilidades sensoriais essencial e condições de fundo.
destes, ou seja, percepção fácil e eficiente
da informação para o uso.
Princípio 5: Tolerância ao erro O projeto deve minimizar os riscos e as As características do projeto do
consequências adversas de ações acidentais centro comercial devem ser
ou não intencionais, ou seja, tolerância ao organizadas para minimizar os
erro, minimizando efeitos indesejáveis pelo riscos e erros, e devem fornecer
uso incorreto avisos.
Princípio 6: Baixo esforço físico O projeto deve ser utilizado de forma As características do projeto do
eficiente, confortável e com o mínimo de centro comercial devem
fadiga, ou seja, com o mínimo de esforço minimizar o esforço físico e a
físico. fadiga.
Princípio 7: Tamanho e espaço para Oferecer tamanho e espaços adequados Deve ser fornecido espaço de
aproximação e uso para aproximação, alcance, manipulação e aproximação, alcance,
uso, independentemente do tamanho, manipulação e uso, de tamanho
postura ou mobilidade do usuário. Ou seja, adequado, independentemente
previsão de tamanho e espaço para o uso do tamanho do corpo do
em diferentes situações. usuário, postura ou mobilidade.
Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, p. 732, tradução nossa.

Estas heurísticas foram avaliadas por cinco arquitetos de diferentes áreas em um shopping
Center, em três sessões: pré-entrevista, cenários de tarefas e pós-entrevista (Figura 2.5). As
perguntas das entrevistas e cenários de tarefas foram agrupadas em cinco categorias de elementos

57
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

essenciais do projeto de uma cidade universal, definidos por Danford e Tauke14 (2001, p. 29-63):

- Sistemas de circulação: planejamento de circulação externa, cruzamentos, rebaixo de guias,


rampas e escadas, circulação e caminhos, sistemas mecânicos de circulação, saídas de emergência;

- Entradas e saídas: identificação do edifício, manobra através da entrada ou saída, partindo da


zona de entrada ou de saída;

- Wayfinding: caminhos e circulação, marcadores, nós, arestas, wayfinding gráfico, orientação,


informação direcional, identificação do destino, situação e identificação do objeto;

- Obtenção de produtos/ serviços: entrada e espaço de circulação, balcões de atendimento e áreas


de espera;

- Serviços públicos: telefones públicos, sanitários, placas com informações, abrigos públicos e
bebedouros;

Figura 2.5 - Estrutura da Avaliação Heurística aplicada em Shopping Center


Descrição: Pré-entrevista, análise dos desenhos do projeto arquitetônico (plantas, cortes e elevações) do shopping
center, Tarefas em cinco cenários (T1, T2, T3, T4 e T5) definidos de acordo com os elementos da cidade universal de
Danford e Tauke (2001); Pós-entrevista, reanálise dos desenhos do projeto arquitetônico (plantas, cortes e elevações).

Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, p. 732, tradução nossa.

Esses elementos foram aplicados em conjunto com os sete princípios do Desenho Universal
(Figura 2.6).

Os pesquisadores destacam as possíveis contribuições das características do método de


inspeção sistemática de uma avaliação heurística para encontrar problemas de usabilidade em um

14
Manuais e guias destinados a acessibilidade e desenho universal (Vide subcapítulo 2.3.4, p. 72-73).
58
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

ambiente construído e antever as possíveis consequências de certas decisões projetuais, sendo que,
“métodos de inspeção, também conhecidos como métodos analíticos, ou de prognóstico,
caracterizam-se pela não participação direta dos usuários do sistema de avaliação” (DIAS, 2007,
p. 46).

Figura 2.6 - Estrutura da Avaliação Heurística aplicada em Shopping Center

Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, p. 733, tradução nossa, modificado pela autora.

Para aplicação da avaliação heurística, Afacan e Erbug (2009) criaram um novo conjunto
de heurísticas para refletir a inclusão do processo de projeto universal e os requisitos dos sete
princípios do Desenho Universal (Tabela 2.3).

O estudo de caso empírico foi realizado em um shopping center construído em Ancara,


Turquia. “Shopping Centers são particularmente importantes para atividades de lazer em grandes
centros urbanos e devem garantir que todas as pessoas sejam igualmente bem-vindas e possam
desfrutar de suas instalações com autonomia e flexibilidade, sem estigmatização” (AFACAN;
ERBUG, 2009, p. 735, tradução nossa).

Segundo Afacan e Erbug (2009, tradução nossa), os resultados mostraram que a avaliação
heurística poderia integrar com sucesso a avaliação de usabilidade universal na prática atual de
59
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 2 – Revisão da Literatura

projeto arquitetônico de duas maneiras:


a) promovendo um processo iterativo de avaliação combinado com multisessões, ao contrário de
depender de um avaliador e uma única sessão de avaliação objetivando a busca do número máximo
de problemas que prejudiquem a usabilidade;
b) destacando a necessidade de um comitê interdisciplinar de especialistas, com carga de
conhecimento, experiência e que se baseiem em regras, recomendações, princípios e/ou conceitos
pré-estabelecidos;

Os autores completam que, uma sessão interdisciplinar e a aplicação do método de


avaliação heurística podem salvar tanto o cronograma, como o orçamento do projeto, garantindo
uma taxa de erro reduzida para o uso universal dos ambientes construídos.

Neste contexto, uma investigação mais aprofundada da avaliação heurística como método
de avaliação de usabilidade proposta por estes pesquisadores se faz necessária. As definições e
considerações dos princípios do Desenho Universal apresentam-se limitadas em relação às
considerações projetuais. Há necessidade de verificação e complementação do instrumento de
avaliação e sua aplicação.

Para complementar e tornar a discussão com maior diversidade de competências e


contribuição para a área de pesquisas sobre Desenho Universal, e objetivando a utilização de
diferentes tipos de habilidades e experiências, a pesquisa utilizará da associação entre a avaliação
heurística ao método de inspeção ou percurso pluralístico, colocando o usuário na execução de
cenários pré-estabelecidos pelo pesquisador.

60
Capítulo 3
Métodos e Materiais

Objetivos do Capítulo
- Apresentar o método de condução do trabalho: avaliação heurística modificada aliada ao método
de inspeção ou percurso pluralístico;
- Detalhar o material utilizado;
- Apresentar o estudo de caso: Centro Comercial Planejado;
- Apresentar o formulário de Avaliação Heurística modificada, instrumento de avaliação.

61
62
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

3 MÉTODOS E MATERIAIS

Esta pesquisa coloca-se na interface entre componentes da acessibilidade espacial e


avaliação heurística, como método de avaliação de usabilidade. O objetivo é analisar o potencial
de aplicação de uma avaliação heurística modificada como método de inspeção de usabilidade
universal, aliada ao percurso pluralístico no contexto de projeto arquitetônico.

Com base no objetivo geral, a pesquisa desenvolvida é classificada como descritiva, pois
têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Os dados
analisados foram coletados em três sessões consecutivas, a partir de um Estudo de Caso aplicado
em um centro de compras planejado.

3.1 Estudo de Caso

A modalidade de estudo de caso apresenta-se como instrumental, desenvolvida com o


“propósito de auxiliar no conhecimento ou redefinição de determinado problema. O pesquisador
não tem interesse específico no caso, mas reconhece que pode ser útil para alcançar determinados
objetivos” (GIL, 2006, p. 139).

Tendo em vista os objetivos deste trabalho, optou-se pela seleção de um centro comercial
planejado super-regional como objeto de estudo, devido a sua organização espacial horizontal
como característica arquitetônica mais marcante. Em relação à acessibilidade espacial, a
configuração horizontal pode dificultar a orientação espacial, devido à necessidade de maiores
deslocamentos, dificultando a confecção de mapas mentais.

3.1.1 Localização Unidade-Caso: Londrina/PR

Este subcapítulo tem inicialmente a finalidade de apresentar alguns dados importantes sobre
o município de Londrina, pertencente ao norte do Paraná, onde se localiza o Centro de Compras
Planejado, unidade-caso da pesquisa. Posteriormente será apresentada a unidade-caso e suas
configurações espaciais e formais.

63
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

- Londrina/ PR

Londrina é um município brasileiro localizado no norte do estado do Paraná, a 377,77km


da capital paranaense, Curitiba. Segundo o IBGE Cidades (2010) é a segunda cidade mais populosa
do Paraná e a quarta mais populosa da região Sul do Brasil, com população de 506.701 habitantes.
É sede de sua região metropolitana e um centro regional composta de comércio, serviços e
agroindústrias e exerce grande influência sobre o norte do Paraná, sendo uma das cidades mais
importantes da Região Sul (Figura 3.1).

Figura 3.1 – Vista aérea do Município de Londrina/PR

Fonte:<http://www.londrina.pr.gov.br> Acesso em 05 jul 2013.

A localização geográfica corresponde a 23º 18' 37'' de Latitude Sul e 51º 09' 46'' a Oeste de
Greenwich, o Município de Londrina ocupa, segundo o IPARDES15 (2012), 1.656,606 km² (Figura
3.2), cerca de 1% da área total do estado do Paraná.

15
Instituto Paranaense de desenvolvimento econômico e Social.
64
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.2 - Mesorregião Norte Central Paranaense

Fonte: IPARDES, 2012.

A área urbana de Londrina é de 164,33km² e a zona de expansão urbana é de 80,68km²,


totalizando 245,01km². A altitude da área urbana central da cidade é de 610 m. Segundo o
IPARDES (2012), a densidade demográfica do Município é de 311,30 hab/km². É formado por oito
distritos, sendo eles: Distrito Sede e pelos Distritos de Lerroville, Warta, Irerê, Paiquerê,
Maravilha, São Luiz, Guaravera e Espírito Santo. Faz ainda divisa, conforme figura 3.2, com os
Municípios de Cambé, Sertanópolis e Ibiporã ao Norte; com Arapongas, Apucarana e Marilândia
do Sul a Oeste; Assai e São Jerônimo da Serra ao Leste e com o Município de Tamarana ao Sul.

Em relação à origem e aspectos históricos da cidade, Castelnou (2002) relata que a cidade

65
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

de Londrina surgiu como sede em 1929. “No chamado Patrimônio de Três Bocas, primeiro nome
de Londrina, em 22 de agosto de 1929, a construção do primeiro edifício com cobertura de folhas
de zinco, determina o Marco Zero, início da execução do projeto da cidade” (SHIMBA; UREN,
1998, p. 14). Inspirada em um ideal de cidade jardim, como possibilidade de planificação
urbanística, “o primeiro posto avançado da colonização recebeu o nome de Londrina - filha de
Londres – homenagem que um dos primeiros diretores da Companhia de Terras Norte do Paraná,
o Dr. João Domingues Sampaio, prestou aos empreendedores ingleses”(SUZUKI, 2003, p. 54).A
criação do Município ocorreu cinco anos mais tarde, deu-se em 03 de dezembro de 1934, através
do Decreto Estadual n.º 2.519, mas com instalação oficial no dia 10 de dezembro de 1934
(CASTELNOU, 2002).

Devido a sua localização estratégica, centro de uma região de ligação entre as cidades da
região norte e noroeste (Arapongas, Apucarana, Maringá, Paranavaí, etc.) e as grandes capitais
(São Paulo, Curitiba, Campo Grande, entre outras), a cidade desenvolveu sua vocação comercial.
“Ao invés de se industrializar, cresceu como prestadora de serviços, centro regional de compras,
centro regional de cultura e lazer. Nesse sentido acompanhou os grandes centros urbanos
brasileiros, estando sempre na vanguarda” (GRASSIOTTO, 2000, p. 210).

3.1.2 Unidade-Caso: Centro Comercial Planejado

Este subcapítulo tem inicialmente a finalidade de apresentar a unidade-caso e suas


configurações espaciais e formais. As informações, imagens e plantas do shopping foram omitidas
devido a negativa da autorização do grupo empreendedor para a publicação, porém este fato não
afeta os resultados da pesquisa. O caso selecionado para ser analisado e propiciar refinamento sobre
o assunto tem interesse secundário e seu papel é de apoio para fornecer a compreensão e
aprofundamento do tema.

Identidade formal

O Centro Comercial Planejado está implantado em um platô central de aproximadamente


150.000m². A edificação possui forma em leque resultante de uma malha modular à forma do platô.
Inicialmente, a intenção projetual na estrutura circulatória do conjunto era “sugerir uma sensação
de novidade a cada ângulo do percurso” (CASTELNOU, 2002, p. 299), referência a Gordon

66
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Cullen16. Optou-se por uma configuração espacial horizontal, com um sistema de circulação de
caráter urbano, ou seja, ruas e praças com iluminação natural e incidência solar dosada pelas
dimensões das aberturas, igualmente trabalhados com vegetação.

A fachada principal do shopping possui uma composição simétrica e sua hierarquia se dá


através de um volume revestido em vidro. O revestimento externo é formado por placas pintadas e
pré-moldadas de concreto.

Implantação e acessos

Localizado no centro de um traçado de um sistema de vias estruturais, Rodovia A (largura


de 50m) – Via estrutural VII, pertencente ao Anel de Integração I, no cruzamento com a Rodovia
B (largura de 60m) – Via estrutural e Avenida C, o Centro comercial planejado, foi implantado na
região sul do município de Londrina. O acesso dos usuários ao shopping se dá por meio de
automóveis e ônibus, devido à distância do centro da cidade, aproximadamente 6 Km.

O acesso principal apenas para automóveis ao shopping ocorre através da Rodovia A –


Acesso A, acessos secundários para automóveis localizam-se na Rodovia B - Acesso B e pela
Avenida C – Acesso C, onde há acesso de automóveis, motos e transporte coletivo.

Os acessos destinados aos usuários do centro comercial planejado são: seis acessos no
pavimento térreo, dois acessos através de uma loja âncora e hipermercado, e dois acessos no
subsolo G1 e G2.

Acesso D: Acesso subsolo G1;

Acesso E: Acesso subsolo G2;

Os subsolos G1 e G2 possuem duas áreas de acesso: hall com elevador e escada fixa; hall
com escada rolante.

Acesso F: Acesso Principal, este acesso contém a praça de eventos do shopping e através
de escada e escada rolante o usuário pode acessar o Centro de eventos localizado no primeiro
pavimento;

Acesso G: Acesso Loja Âncora;

16
Vide página 20-21.
67
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Acesso H: Acesso Praça Alimentação da área de expansão;

Acesso I: Acesso Boliche;

Acesso J: Acesso Praça de Alimentação, este acesso possui uma rota coberta do terminal de
transporte coletivo;

Outro acesso secundário dá-se pela Praça de Alimentação. Nesta área estão locados o
Terminal de Transporte Coletivo e o estacionamento para veículos e motocicletas. O acesso do
terminal à praça de alimentação é feito através de uma área coberta, uma tentativa de uma rota e
na lateral direita encontra-se o acesso à área do Boliche.

Acesso K: Acesso Shopping Casa;

O Centro comercial planejado possui uma área de expansão construída em 2004, o


Shopping Casa. A área conta com uma âncora destinada a reforma e materiais de construção, além
de lojas de móveis, decoração e serviços, como pet shop, cafeteria, salão de beleza, caixas
eletrônicos e ponto de táxi, entre outros.

Acesso L: Acesso ao Shopping através do estacionamento do hipermercado;

Acesso M: Acesso Hipermercado.

O Centro comercial planejado conta em sua configuração espacial com um hipermercado,


instalado em fevereiro de 1992. O Hipermercado possui: área de estacionamento privada para seus
clientes, cujo acesso e saída dá-se pela Rodovia; entrada secundária pelo estacionamento do
hipermercado. Esta área é destinada a serviços: agência bancária, farmácia, lotérica, conserto de
vestuários, cafeteria, tabacaria, barbearia, entre outros.

Atividades

As atividades estabelecidas na configuração espacial do Centro comercial planejado são


divididas em:
 Comércio: boutiques, perfumarias, eletrônicos, magazines, lojas de esportes, telefonia
celular, lojas de bijuterias, entre outras;
 Serviços: banco, farmácia, pet shop, aviamentos, conserto de vestuários, lotérica, etc;
 Atividades de lazer e entretenimento: praças de alimentação, cinemas, parque de diversões,
boliche, etc.
68
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

O complexo dispõe também de um Centro de Eventos, onde acontecem feiras e exposições,


um Laboratório de Análises Clínicas e a administração do grupo empreendedor, localizados no
primeiro pavimento e possuem acessos exclusivos diferenciados. O laboratório e a administração
são acessados através de elevador e o Centro de Eventos por escada fixa e escada rolante.

O centro de compras planejado oferece ao público sete sanitários de uso coletivo,


masculinos e femininos, fraldário e o espaço família, inaugurado em 2012. Todos os sanitários
possuem cabine adaptada para deficientes físicos. Nos sanitários da área de expansão, os sanitários
adaptados, feminino e masculino, estão locados fora dos sanitários de uso coletivo. O espaço
família possui fraldário, lactário e sanitários para crianças e uma unidade para adulto. Nessa área
há sanitário externo adaptado para deficientes, possibilitando acompanhamento por pessoas de
sexo diferente, solução definida no Decreto-Lei 5296. Guimarães (2008, s/p.) afirma, em relação a
sanitários para uso da família, que:

[...] pais de sexo oposto ao de seus filhos (e filhas) se vêem constrangidos em acompanhar
seus pequenos familiares para dar suporte no uso de sanitários dentro de ambientes de
pouca discreção dos demais usuários. Igualmente, maridos e esposas que utilizem cadeiras
de rodas e dependam do auxílio de atendentes ou de seus acompanhantes do sexo oposto
se envolvem em situações semelhantes de constrangimento. [...] Caso “sanitários familia”
venham a existir em novos edifícios, estes devem ser complementares aos sanitários
coletivos e não substitutivos destes.

Possui duas praças de alimentação e uma área de restaurantes localizada no eixo central do
shopping. As praças de alimentação estão à esquerda do eixo principal.

A praça de eventos localizada no eixo principal do centro comercial planejado passou por
reforma em 2004 para retirada de um espelho d’água e fonte, e atualmente foi reformada
novamente, a intenção foi propiciar unidade visual entre sua área original e a área de expansão.
Para solucionar essa diferenciação, o piso original (granito bege, marrom e preto) foi removido e
trocado por piso claro com alternâncias em piso cerâmico imitando madeira.

O shopping possui um Parque de Diversões localizado na Praça de alimentação antiga;


Boliche, onde há uma Arena de Paint Ball, no primeiro pavimento, acessada através de escada fixa;
e cinema com 07 salas de projeção.

69
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

3.2 Metodologia e Técnicas

Para o desenvolvimento desta análise, esta pesquisa adota como metodologia a aplicação
do método de avaliação heurística modificado, definido por Afacan e Erbug (2009)17, que consiste
em avaliação de usabilidade do projeto arquitetônico em conformação aos princípios do Desenho
Universal. Em uma avaliação heurística, Nielsen (1994) recomenda a participação de três a cinco
avaliadores multidisciplinares e especialistas em usabilidade, pois um único avaliador dificilmente
poderá encontrar todos os problemas de usabilidade. Para a realização desta pesquisa procurou-se
a adaptação em relação a recomendações de Nielsen (2004) ao universo e contexto da pesquisa.
Por conta da inexistência de especialistas em usabilidade no campo de arquitetura e urbanismo, e
a falta de especialistas em Desenho Universal na cidade de Londrina, foram selecionados 04
(quatro) arquitetos interdisciplinares, especialistas em acessibilidade, nas áreas de projeto
arquitetônico, design de interiores, planejamento urbano e 01 (um) avaliador na área de construção.
Segundo Afacan e Erbug (2009) a distribuição do número de avaliadores em cada disciplina deve
seguir a representação proporcional da percentagem de colaboração das áreas em relação ao projeto
de arquitetura de centros comerciais planejados. Seguindo essa indicação, foram selecionados: dois
profissionais da área de projeto arquitetônico e um profissional de design de interiores e de
planejamento urbano.

Propõe-se nesta pesquisa a associação da avaliação heurística ao método de inspeção ou


percurso pluralístico18 e a conformação dos componentes da cidade universal, definidos por
Danford e Tauke (2001)19, utilizados na avaliação heurística, aos componentes da acessibilidade
espacial, definidos por Dischinger e Bins Ely (2012)20, dando ênfase na orientação espacial e
wayfinding, devido ao fato que a eficácia dos outros componentes está diretamente relacionada a
este.

A avaliação foi composta por três sessões consecutivas, apresentadas a seguir (Figura 3.3):

 Sessão I – Avaliação em fase de projeto: Pré-entrevista - Grupo de 04 (quatro) arquitetos


e 01 (um) construtor, com conhecimentos em acessibilidade foram convidados a avaliar os

17
Descrito no Subitem 2.5.1- Avaliação heurística na arquitetura (pág. 56 a 60).
18
Descrito no Subitem 2.4.3- Método de inspeção ou percurso pluralístico (pág. 53 a 55).
19
Descrito no Subitem 2.3.4 – Manuais e guias destinados a acessibilidade e Desenho Universal (pág. 42 a 43).
20
Descrito no Subitem 2.3.3 – Acessibilidade Espacial e seus componentes (pág. 33 a 41).
70
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

cenários pré-definidos no projeto arquitetônico do centro comercial planejado (plantas,


cortes, elevações e placas de sinalização) em termos de princípios do Desenho Universal e
Acessibilidade Espacial, heurísticas. Foi solicitado o preenchimento do primeiro
formulário.

Figura 3.3 - Estrutura da Avaliação Heurística a ser aplicada

Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, p. 732 - Modificado pela autora (2014).

Figura 3.4 - Relação entre Tarefas e Heurísticas

Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, p. 733 - Modificado pela autora (2014).


71
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

 Sessão II – Avaliação pós-ocupação: Tarefas em Cenários – Dividida em duas etapas:


Sessão II-A - Walkthrough de especialistas, ou seja, realização individual de tarefas em
cenários pré-definidos (Figura 3.4). O grupo de avaliadores foi convidado a percorrer pelos
cenários pré-definidos e avaliá-los em princípios do Desenho Universal e Acessibilidade
Espacial, heurísticas. Foi solicitado o preenchimento do segundo formulário.

Sessão II-B - Percurso pluralístico em tarefas específicas - Walkthrough de usuários


consumidores, ou seja, realização individual de tarefas em cenários pré-definidos. Com o objetivo
de buscar informações referentes às dificuldades de usabilidade do espaço pelos consumidores,
recorreu-se à utilização do método de inspeção ou percurso pluralístico colocando o usuário
consumidor na análise de um cenário de tarefas pré-determinado.

Como dito anteriormente, objetivando a qualidade ambiental que os centros comerciais


planejados devem apresentar, torna-se cada vez mais necessários estudos e metodologias que
avaliem as condições de usabilidade e acessibilidade espacial, para todos os usuários,
independentemente de suas habilidades. Podemos destacar usuários com necessidades especiais e
deficientes. Para o walkthrough, o grupo de usuários consumidores foi determinado pelas
avaliações realizadas pelos especialistas, como grupo com maior usabilidade satisfatória
encontrado, ou seja, usuários que não possuem restrições severas de utilização do espaço. São eles:
- Pessoa com deficiência motora (cadeirante): Usuário com dificuldade de deslocamento,
mobilidade e alcance.
- Mãe com carrinho de bebê: Usuário com restrição temporária de deslocamento, mobilidade e
uso, devido ao carrinho de bebê.
- Idoso: Usuário com dificuldade de leitura da Informação Adicional Gráfica, de orientação, uso e
de deslocamento.

Para essa análise foi realizado walkthrough com usuários consumidores em tarefas
específicas definidas após a realização das avaliações desenvolvidas pelos especialistas,
objetivando o seu enriquecimento. O pesquisador orientou o percurso e análise para os elementos
da acessibilidade espacial e os sete princípios do Desenho Universal (Tabela 3.1 e 3.2 a 3.4,
respectivamente) e para maior desempenho e verificação da real dificuldade, o entrevistado não foi
conduzido ou ajudado na realização das tarefas pelo pesquisador. A avaliação foi registrada através
dos formulários.

72
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

 Sessão III - Avaliação em fase de projeto: Pós-Entrevista - Grupo de especialistas foi


convidado a reavaliar os cenários pré-definidos no projeto arquitetônico do centro
comercial planejado (plantas, cortes, elevações e placas de sinalização) em termos de
princípios do Desenho Universal e Acessibilidade Espacial, heurísticas. Foi solicitado o
preenchimento do terceiro formulário.

Tabela 3.1 - Considerações projetuais dos elementos essenciais para cidade universal e os componentes da
Acessibilidade Espacial em relação ao procedimento de avaliação.

Elementos essenciais para Composição dos Acessibilidade Espacial


a cidade universal elementos
(DISCHINGER et al., 2012, p. 29-96)
(DANFORD; TAUKE, 2001)

Elemento 1: Há sete questões Orientação espacial:


gerais nas
Sistema de circulação instalações de - Hierarquia dos percursos existentes (corredor principal, corredores
edificações que os secundários, localização de circulações verticais, rotas e saídas de
usuários encontram: emergência) a partir das características arquitetônicas e dos suportes
informativos.
- planejamento de
- Legibilidade arquitetônica, diferenças nas suas dimensões e no tratamento
circulação externa;
dos pisos, das paredes e dos forros, pela utilização de cores, materiais e
- cruzamentos; iluminação adequados.
- Instalação de pisos táteis auxiliando a orientação das pessoas com
- rebaixo de guias; deficiência visual.
- Suportes informativos que permitam a identificação de atividades.
- rampas e escadas;
- Identificar os tipos existentes de circulação vertical, seu posicionamento no
- circulação e edifício e sua relação com os percursos horizontais.
caminhos externos e - A circulação vertical deve propiciar ao usuário a identificação em qual
internos; pavimento se encontra, além da localização das atividades (setores e
unidades).
- sistemas
mecânicos de
circulação;
- saídas de
Deslocamento:
emergência.
Edificações que
facilitam essas - O centro comercial deve proporcionar reunião de informações e processo
atividades a ampla de tomada de decisão que as pessoas utilizam para movimentar-se e deslocar-
se no espaço.
gama da população
- Movimentar-se ao longo de percursos horizontais e verticais (saguões,
são mais utilizáveis
escadas, corredores e elevadores) de forma independente, segura e
por todos. confortável, sem interrupções e livre de barreiras físicas para atingir os
ambientes que deseja.
- Possuir área suficiente e livre de obstáculos que permita o livre trânsito para
pessoas em cadeira de rodas, andadores, muletas ou bengalas, verificação da
continuidade, das dimensões e declividades ao longo dos percursos.
- Superfícies dos pisos planas e revestidas com textura que possibilite
aderência e evite escorregamentos, especial atenção às pessoas idosas, pois
estão mais sujeitas a quedas e se cansam com mais facilidade.

73
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Uso:

- Possibilitar a fácil utilização, alcance e manuseio de todos os componentes


de circulação ao edifício (informações, corrimãos, sistemas automáticos,
saídas de incêndio, etc.).

Elementos essenciais para Composição dos Acessibilidade Espacial


a cidade universal elementos
(DISCHINGER et al., 2012, p. 29-96)
(DANFORD; TAUKE, 2001)

Elemento 2: - Identificação do Orientação espacial:


edifício;
Entradas e saídas O centro comercial deve propiciar caracterização dos acessos mais utilizados
- Identificação
acesso; pelos usuários e opinião sobre sua identificação, procurando descobrir se os
acessos principais caracterizados pela volumetria diferenciada são os mais
- Manobra através usados.
da entrada ou saída; - Verificação da identificação da função do edifício e de seus acessos através
da tipologia arquitetônica.
- Partindo da zona - Identificação do balcão de informações, desde a porta de acesso, espaços e
de entrada ou de sistemas de conexão e os equipamentos/ suportes informativos.
saída; - Distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos.
- Destaque do mobiliário e os suportes informativos podem ser obtidos por
meio de sua disposição e pelo contraste de cor entre estes elementos e
pisos/paredes aliado a uma boa iluminação.

Deslocamento:

- A proposta dos espaços deve prever condições de segurança, conforto e


continuidade dos percursos.
- Faixa livre de circulação, declividade, desníveis e materiais de revestimento
dos passeios

Uso:

- Deve-se prever existência de vagas de estacionamento (quantidade,


localização e dimensionamento adequados) destinadas às pessoas com
deficiências ou aos idosos (motorista ou passageiro).

Elementos essenciais para Definição Acessibilidade Espacial


a cidade universal
(DISCHINGER et al., 2012, p. 29-96)
(DANFORD; TAUKE, 2001)

Elemento 3: - Caminhos e Orientação espacial:


circulação: O centro comercial deve proporcionar reunião de informações e processo de
Wayfinding tomada de decisão que as pessoas utilizam para movimentar-se e deslocar-se
- Marcadores, nós,
arestas; no espaço.
- O passeio público deve conter pisos táteis.
- Wayfinding - Configurações arquitetônicas e dos suportes informativos adicionais
gráfico; existentes (placas, sinais, letreiros, etc.) – Informação adicional gráfica,
relação figura fundo, cor e tamanho.
- Orientação; - Verificação cone visual – campo visual.
- Informação adicional tátil.
- Informação
- Identificação da função do edifício e de seus acessos por meio de tipologia
direcional;
74
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

arquitetônica.
- Identificação do - Ausência de poluição visual e presença de informação acessível.
destino; - Informação pictórica para pessoas estrangeiras, iletradas ou com
- Situação e deficiência cognitiva.
- Distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos.
identificação do
- Proporcionar características particulares ao ambiente, inserindo identidade,
objeto;
função e uso facilmente identificáveis.

Elementos essenciais para Definição Acessibilidade Espacial


a cidade universal
(DISCHINGER et al., 2012, p. 29-96)
(DANFORD; TAUKE, 2001)

Elemento 4: - Entrada e espaço Orientação espacial:


de circulação de
Obtenção de Produtos cada loja; - Identificação do balcão de informações, desde a porta de acesso, espaços e
e Serviços - Balcões de sistemas de conexão e os equipamentos/ suportes informativos.
atendimento e áreas - Distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos.
de espera; - Destaque do mobiliário e os suportes informativos podem ser obtidos por
meio de sua disposição e pelo contraste de cor entre estes elementos e
- Locais para pisos/paredes aliado a uma boa iluminação.
atividades coletivas;
Comunicação:

- Existência de dispositivos de tecnologia assistiva (videofones, telefone com


amplificador de sinal, telefone TDD, computadores, entre outros).
- O centro comercial deve proporcionar contraste adequado entre a
informação essencial e condições de fundo.

- balcões de atendimento ou os guichês necessitam ser abertos (não devem


ser fechados), possibilitando a comunicação eficiente.

Uso:

- Balcão deve permitir aproximação frontal para cadeira de rodas e seu uso
por pessoas com diferentes estaturas.
- Suportes informativos, ou outros equipamentos como telefones e
bebedouros, devem considerar as diferentes estaturas dos usuários,
permitindo também a aproximação de cadeira de rodas.
- Possibilitar o atendimento e a espera com conforto e segurança, prevendo
as diferentes necessidades dos usuários.
- Prever áreas de descanso acessíveis e confortáveis.
- Áreas para alimentação com circulações amplas e aproximação.

Elementos essenciais para Definição Acessibilidade Espacial


a cidade universal
(DISCHINGER et al., 2012, p. 29-96)
(DANFORD; TAUKE, 2001)

Elemento 5: - Telefones Orientação espacial:


públicos;
Serviços Públicos - Identificar a localização e o tipo de sanitário (feminino, masculino, familiar,
- Sanitários;
infantil, adaptado).
- Placas com - Informação que ofereça mais de uma opção de linguagem (tátil, pictórica,
informações; Braille).

- Abrigos públicos e - Em sanitários prever contraste de cor entre piso e parede e entre
bebedouros; equipamentos e parede, facilitando sua visualização.

75
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Deslocamento:

- Apresenta distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos.


- O deslocamento dos usuários nas diferentes áreas de uso dos sanitários
(lavatórios, papeleiras, saboneteiras, etc.), deve ser livre de barreiras.
- Prever vãos livres para passagem de pessoas com cadeiras de rodas,
andadores, muletas e bengalas.

Uso:

- O desenho e a localização de todos os equipamentos e acessórios devem


propiciar espaço para aproximação e realização de atividades com conforto
e segurança.

Fonte: DANFORD; TAUKE, 2001; DISCHINGER et al., 2012 – Elaborado pela autora (2014).

Tabela 3.2 – Relação dos cenários T1 e T2 de atividades e descrição da conformação com as heurísticas

T1 – TAREFA – CENÁRIO 1: Sistema de circulação

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 1: Uso equitativo Utilizando todos os corredores, escadas, escadas - ESCADA FIXA
O design é útil e comercializável a rolantes e elevadores em cada andar deve-se verificar
qualquer grupo de usuários com a relação ao seu uso equitativo, isto é, - ESCADA
habilidades diversas, ou seja, pode ser ROLANTE
utilizado por pessoas com habilidades - Os elementos fornecem meios igualitários de uso
diversas, evitando segregação ou para todos os usuários?
discriminação. - Os elementos oferecem privacidade e segurança que - ELEVADORES
estão igualmente disponíveis para todos os usuários?
- O sistema de circulação deve - Os elementos possuem o design atraente para todos - CORREDORES
proporcionar igualdade para todos os os usuários?
usuários em termos de uso, compreensão,
acesso, privacidade, segurança e conforto.

Princípio 2: Flexibilidade de uso Utilizando todos os corredores, escadas, escadas - ESCADA FIXA
O projeto acomoda uma ampla rolantes e elevadores em cada andar deve-se verificar
variedade de preferências e habilidades a relação à sua flexibilidade de uso, ou seja, - ESCADA
individuais, ou seja, flexibilidade no uso ROLANTE
para habilidades diversas individuais. - Os elementos fornecem escolha de métodos de uso?
- Os elementos propiciam o acesso e o uso pelo destro
- O sistema de circulação deve propiciar ou canhoto? - ELEVADORES
flexibilidade uso e adaptabilidade às - Os elementos fornecem adaptabilidade ao ritmo do
condições espaciais imprevistas, e propiciar usuário? - CORREDORES
alteração de seus requisitos espaciais ao
longo do tempo.
Princípio 3: Uso simples e intuitivo Utilizando todos os corredores, escadas, escadas - ESCADA FIXA
Uso do design deve ser de fácil rolantes e elevadores em cada andar deve-se verificar
entendimento, independente da experiência, a relação à sua utilização simples e intuitiva, ou seja, - ESCADA
conhecimento, proficiência de linguística ou ROLANTE
nível atual de concentração dos usuários, - Os elementos eliminam a complexidade
ou seja, simplicidade e intuitividade do uso. desnecessária?
- Os elementos são consistentes em relação às - ELEVADORES
expectativas dos usuários e intuição, independente da
76
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

- O sistema de circulação deve ser experiência, conhecimento ou habilidades de - CORREDORES


projetado para ser consistente em relação às linguagem?
expectativas dos usuários e eliminar a - Os elementos organizam informações consistentes
complexidade desnecessária. relativas à sua importância?
- Os elementos fornecem alerta eficaz e feedback
durante e após a conclusão da tarefa?

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 4: Informação Utilizando Analisando todos os corredores, escadas, - ESCADA FIXA


perceptível O escadas rolantes e elevadores em cada andar deve-se
projeto deve comunicar de maneira eficaz a verificar a relação à sua informação perceptível, isto é, - ESCADA
informação necessária ao usuário, ROLANTE
independentemente das condições - Os elementos possuem uma comunicação eficaz e a
ambientais ou das habilidades sensoriais informação necessária?
destes, ou seja, percepção fácil e eficiente - Os elementos maximizam a legibilidade da - ELEVADORES
da informação para o uso. informação essencial?
- Os elementos fornecem compatibilidade com uma
variedade de técnicas e aparelhos utilizados por - CORREDORES
- O sistema de circulação deve pessoas com limitações sensoriais?
proporcionar contraste adequado entre a
informação essencial e condições de fundo.

Princípio 5: Tolerância ao erro Utilizando todos os corredores, escadas, escadas - ESCADA FIXA
O projeto deve minimizar os riscos e rolantes e elevadores em cada andar deve-se verificar
as consequências adversas de ações a relação à sua tolerância ao erro, ou seja, - ESCADA
acidentais ou não intencionais, ou seja, ROLANTE
tolerância ao erro, minimizando efeitos - Os elementos minimizam os riscos e consequências
indesejáveis pelo uso incorreto. adversas de ações acidentais e não intencionais?
- Fornecem recursos de segurança? - ELEVADORES
- Fornecem avisos de perigos e usos incorretos?
- As características do projeto do sistema de
circulação devem ser organizadas para - CORREDORES
minimizar os riscos e erros, e devem
fornecer avisos.

Princípio 6: Baixo esforço físico Aproximando-se de todos os corredores, escadas, - ESCADA FIXA
O projeto deve ser utilizado de forma escadas rolantes e elevadores dos saguões e corredores
eficiente, confortável e com o mínimo de horizontais, verificar a relação ao seu baixo esforço - ESCADA
fadiga, ou seja, com o mínimo de esforço físico, ou seja, ROLANTE
físico.
- Os elementos permitem manter uma posição corporal
neutra? - ELEVADORES
- As características do projeto do sistema de - São utilizados com forças operacionais razoáveis?
circulação devem minimizar o esforço - Os elementos minimizam o esforço físico?
físico e a fadiga. - CORREDORES

Princípio 7: Tamanho e espaço Utilizando todos os corredores, escadas, escadas - ESCADA FIXA
para aproximação e uso rolantes e elevadores em cada andar deve-se verificar
Oferecer tamanho e espaços adequados a relação ao seu tamanho e espaço para aproximação - ESCADA
para aproximação, alcance, manipulação e e uso, ou seja, ROLANTE
uso, independentemente do tamanho,
postura ou mobilidade do usuário. Ou seja, - Os elementos fornecem uma linha clara de visão para
previsão de tamanho e espaço para o uso elementos importantes para qualquer usuário sentado - ELEVADORES
em diferentes situações. ou em pé?
- Todos os componentes são confortáveis para
alcance? - CORREDORES
- Os elementos fornecem um espaço adequado para
77
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

- O sistema de circulação deve fornecer dispositivos auxiliares de uso ou de assistência


espaço de aproximação, alcance, pessoal?
manipulação e uso, de tamanho adequado,
independentemente do tamanho do corpo do
usuário, postura ou mobilidade.

T2 – TAREFA – CENÁRIO 2: Entradas e Saídas

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 1: Uso equitativo ACESSO A


Utilizando todas as entradas / saídas em cada andar em
- As entradas e saídas devem proporcionar relação ao seu uso equitativo, isto é, A
igualdade para todos os usuários em termos
ACESSO M
de uso, compreensão, acesso, privacidade, - Os elementos fornecem os mesmos meios de uso para
segurança e conforto. todos os usuários?
- Os elementos oferecem de forma igualitária
privacidade e segurança para todos os usuários?
- Possuem o design atraente para todos os usuários?

Princípio 2: Flexibilidade de uso Utilizando todas as entradas / saídas em cada andar ACESSO A
em relação à sua flexibilidade de uso, ou seja,
- As entradas e saídas devem propiciar A
- Os elementos propiciam flexibilidade de uso?
flexibilidade de uso e adaptabilidade às - Os elementos propiciam o acesso e o uso pelo ACESSO M
condições espaciais imprevistas, e propiciar destro ou canhoto?
alteração de seus requisitos espaciais ao - Os elementos fornecem adaptabilidade ao ritmo do
longo do tempo. usuário?

Princípio 3: Uso simples e intuitivo Usando todas as entradas / saídas em cada em cada ACESSO A
andar em relação à sua utilização simples e intuitiva,
- As entradas e saídas devem ser projetadas ou seja, A
para ser consistente em relação às - Os elementos eliminam a complexidade ACESSO M
expectativas dos usuários e eliminar a desnecessária?
complexidade desnecessária. - Os elementos são consistentes em relação às
expectativas dos usuários e intuição, independente da
experiência, conhecimento ou habilidades de
linguagem?
- Os elementos organizam informações consistentes
relativas à sua importância?
Princípio 4: Informação perceptível Analisando o uso adequado das características de ACESSO A
design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
- As entradas e saídas devem proporcionar iluminação e mobiliário, na área de entradas/ saídas em A
contraste adequado entre a informação relação à sua informação perceptível, isto é,
ACESSO M
essencial e condições de fundo. - Os elementos possuem uma comunicação eficaz e a
informação necessária?
- Os elementos maximizam a legibilidade da
informação essencial?
- Os elementos fornecem compatibilidade com uma
variedade de técnicas e aparelhos utilizados por
pessoas com limitações sensoriais?

78
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 5: Tolerância ao erro Utilizando todas as entradas / saídas em cada em cada ACESSO A
andar deve-se verificar a relação à sua tolerância ao
- As características do projeto das entradas e erro, ou seja, A
saídas devem ser organizadas para - Os elementos minimizam os riscos e consequências ACESSO M
minimizar os riscos e erros, e devem fornecer adversas de ações acidentais e não intencionais?
avisos. - Fornecem recursos de segurança?
- Fornecem avisos de perigos e usos incorretos?

Princípio 6: Baixo esforço físico ACESSO A


Aproximando-se de todas as entradas/ saídas em cada
- As características do projeto das andar, área interna e externa, deve-se verificar a
A
entradas e saídas devem minimizar o relação ao seu baixo esforço físico, ou seja,
esforço físico e a fadiga. - Os elementos permitem manter uma posição ACESSO M
corporal neutra?
- São utilizados com forças operacionais razoáveis?
- Os elementos minimizam o esforço físico?

Princípio 7: Tamanho e espaço para ACESSO A


Utilizando todas as entradas/ saídas em cada andar
aproximação e uso deve-se verificar a relação ao seu tamanho e espaço
- As entradas e saídas devem fornecer para aproximação e uso, ou seja,
A
espaço de aproximação, alcance,
manipulação e uso, de tamanho adequado, - Os elementos fornecem uma linha clara de visão ACESSO M
independentemente do tamanho do corpo do para elementos importantes para qualquer usuário
usuário, postura ou mobilidade. sentado ou em pé?
- Todos os componentes são confortáveis para
alcance?
- Os elementos fornecem um espaço adequado para
dispositivos auxiliares de uso ou de assistência
pessoal?

Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, tradução nossa – Elaborado pela autora (2014).

Tabela 3.3 – Relação dos cenários T3 e T4 de tarefas e descrição da conformação com as heurísticas

T3 – TAREFA – CENÁRIO 3: Wayfinding

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 1: Uso equitativo Encontrar o seu destino através da utilização de todos - SINALIZAÇÃO EM
os elementos pictóricos de wayfinding, verbal e tátil, PLACAS
- Os elementos de wayfinding devem sistemas de sinalização, mapas, informações gráficas e - SINALIZAÇÃO EM
proporcionar igualdade para todos os sistemas de marcação em cada andar sobre o seu uso PISO
usuários em termos de uso, compreensão, equitativo, isto é, - MAPAS
acesso, privacidade, segurança e conforto. - INFORMAÇÕES
- Os elementos fornecem os mesmos meios de uso para
GRÁFICAS
todos os usuários?
- SISTEMA DE
- Os elementos oferecem de forma igualitária
MARCAÇÃO
privacidade e segurança para todos os usuários?
- SAÍDAS DE
- Possuem o design atrativo para todos os usuários?
EMERGÊNCIA

79
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 2: Flexibilidade de uso Encontrar o seu destino através da utilização de todos - SINALIZAÇÃO EM
os elementos pictóricos de wayfinding, verbal e tátil, PLACAS
- Os elementos de wayfinding devem sistemas de sinalização, mapas, informações gráficas e - SINALIZAÇÃO EM
propiciar flexibilidade de uso e sistemas de marcação em cada andar em relação à PISO
adaptabilidade às condições espaciais flexibilidade de uso, ou seja, - MAPAS
imprevistas, e propiciar alteração de seus - INFORMAÇÕES
- Os elementos propiciam flexibilidade de uso?
requisitos espaciais ao longo do tempo. GRÁFICAS
- Os elementos facilitam exatidão no uso e precisão do
- SISTEMA DE
usuário?
MARCAÇÃO
- Os elementos fornecem adaptabilidade ao ritmo do
usuário?
Princípio 3: Uso simples e intuitivo Encontrar o seu destino através da utilização de todos - SINALIZAÇÃO EM
os elementos pictóricos de wayfinding, verbal e tátil, PLACAS
- Os elementos de wayfinding devem ser sistemas de sinalização, mapas, informações gráficas e - SINALIZAÇÃO EM
projetados para serem consistentes em sistemas de marcação em cada andar em relação à sua PISO
relação às expectativas dos usuários e utilização simples e intuitiva, ou seja, - MAPAS
eliminar a complexidade desnecessária. - INFORMAÇÕES
- Os elementos eliminam a complexidade
GRÁFICAS
desnecessária?
- SISTEMA DE
- Os elementos são consistentes em relação às
MARCAÇÃO
expectativas dos usuários e intuição, independente da
- SAÍDAS DE
experiência, conhecimento ou habilidades de
EMERGÊNCIA
linguagem?
- Os elementos organizam informações consistentes
relativas à sua importância?

Princípio 4: Informação Analisando o uso adequado das características de - SINALIZAÇÃO EM


perceptível design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais, PLACAS
iluminação e mobiliário, dentro de todos os elementos - SINALIZAÇÃO EM
- Os elementos de wayfinding devem pictóricos de wayfinding, verbal e tátil, sistemas de PISO
proporcionar contraste adequado entre a sinalização, mapas, informações gráficas e sistemas de - MAPAS
informação essencial e condições de fundo. marcação em cada andar em relação à sua informação - INFORMAÇÕES
perceptível, isto é, GRÁFICAS
- SISTEMA DE
- Os elementos possuem uma comunicação eficaz e a
MARCAÇÃO
informação necessária?
- SAÍDAS DE
- Os elementos maximizam a legibilidade da
EMERGÊNCIA
informação essencial?
- Os elementos fornecem compatibilidade com uma
variedade de técnicas e aparelhos utilizados por
pessoas com limitações sensoriais?

Princípio 5: Tolerância ao erro Analisando o uso adequado das características de - SINALIZAÇÃO EM


design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais, PLACAS
- As características do projeto dos iluminação e mobiliário, dentro de todos os elementos - SINALIZAÇÃO EM
elementos de wayfinding devem ser pictóricos de wayfinding, verbal e tátil, sistemas de PISO
organizadas para minimizar os riscos e sinalização, mapas, informações gráficas e sistemas de - MAPAS
erros, e devem fornecer avisos. marcação em cada andar em relação à sua tolerância - INFORMAÇÕES
ao erro, ou seja, GRÁFICAS
- SISTEMA DE
- Os elementos minimizam os riscos e consequências
MARCAÇÃO
adversas de ações acidentais e não intencionais?
- SAÍDAS DE
- Fornecem recursos de segurança?
EMERGÊNCIA
- Fornecem avisos de perigos e usos incorretos?

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 6: Baixo esforço físico Utilizando todos os elementos pictóricos de - SINALIZAÇÃO EM


wayfinding, verbal e tátil, sistemas de sinalização, PLACAS
- As características do projeto dos mapas, informações gráficas e sistemas de marcação - SINALIZAÇÃO EM
elementos de wayfinding devem minimizar em cada andar em relação ao seu baixo esforço físico, PISO
o esforço físico e a fadiga. ou seja, - MAPAS
- INFORMAÇÕES
- Os elementos permitem manter uma posição corporal
GRÁFICAS
neutra?
- SISTEMA DE
- Os elementos minimizam ações repetitivas?
MARCAÇÃO
- Os elementos minimizam o esforço físico?
- SAÍDAS DE
EMERGÊNCIA

Princípio 7: Tamanho e espaço Utilizando todos os elementos pictóricos de - SINALIZAÇÃO EM


para aproximação e uso wayfinding, verbal e tátil, sistemas de sinalização, PLACAS
mapas, informações gráficas e sistemas de marcação - SINALIZAÇÃO EM
- Os elementos de wayfinding devem em cada andar em relação ao seu tamanho e espaço PISO
fornecer espaço de aproximação, alcance, para aproximação e uso, ou seja, - MAPAS
manipulação e uso, de tamanho adequado, - INFORMAÇÕES
- Os elementos fornecem uma linha clara de visão para
independentemente do tamanho do corpo do GRÁFICAS
elementos importantes para qualquer usuário sentado
usuário, postura ou mobilidade. - SISTEMA DE
ou em pé?
MARCAÇÃO
- Todos os componentes são confortáveis para
- SAÍDAS DE
alcance?
EMERGÊNCIA
- Os elementos fornecem um espaço adequado para
dispositivos auxiliares de uso ou de assistência
pessoal?

T4 – TAREFA – CENÁRIO 4: Obtenção de Produtos e Serviços

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 1: Uso equitativo - ÁREAS LOJAS


Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de - PRAÇA DE
- A obtenção de produtos e serviços deve alimentação em relação ao seu uso equitativo, isto é, ALIMENTAÇÃO
proporcionar igualdade para todos os - PRAÇA DE
- Os elementos fornecem os mesmos meios de uso para ALIMENTAÇÃO
usuários em termos de uso, compreensão, todos os usuários?
acesso, privacidade, segurança e conforto. ÁREA EXPANSÃO
- Os elementos oferecem de forma igualitária
- CINEMA
privacidade e segurança para todos os usuários?
- BOLICHE
- Possuem o design atraente para todos os usuários?
- PARQUE DE
DIVERSÕES

Princípio 2: Flexibilidade de uso Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de - ÁREAS LOJAS
alimentação em relação à flexibilidade de uso, ou seja, - PRAÇA DE
ALIMENTAÇÃO
- A obtenção de produtos e serviços deve - Os elementos propiciam flexibilidade de uso? - PRAÇA DE
proporcionar igualdade para todos os - Os elementos facilitam exatidão no uso e precisão do ALIMENTAÇÃO
usuários em termos de uso, compreensão, usuário?
ÁREA EXPANSÃO
acesso, privacidade, segurança e conforto. - Os elementos fornecem adaptabilidade ao ritmo do
- CINEMA
usuário?
- BOLICHE
- PARQUE DE
DIVERSÕES

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USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Sete princípios do Desenho Universal Descrição Elementos


(MACE et al., 1997) (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)

Princípio 3: Uso simples e intuitivo Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de - ÁREAS LOJAS
alimentação em relação à sua utilização simples e - PRAÇA DE
intuitiva, ou seja, ALIMENTAÇÃO
- A obtenção de produtos e serviços deve - PRAÇA DE
ser projetada para ser consistente em relação - Os elementos eliminam a complexidade ALIMENTAÇÃO
às expectativas dos usuários e eliminar a desnecessária?
ÁREA EXPANSÃO
complexidade desnecessária. - Os elementos são consistentes em relação às
- CINEMA
expectativas dos usuários e intuição, independente da
- BOLICHE
experiência, conhecimento ou habilidades de
- PARQUE DE
linguagem?
DIVERSÕES
- Os elementos organizam informações consistentes
relativas à sua importância?
- Os elementos fornecem alerta eficaz de feedback
durante e após a conclusão da tarefa?

Princípio 4: Informação Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de - ÁREAS LOJAS


perceptível alimentação em relação à sua informação perceptível, - PRAÇA DE
isto é, ALIMENTAÇÃO
- A obtenção de produtos e serviços deve - PRAÇA DE
- Os elementos possuem uma comunicação eficaz e a ALIMENTAÇÃO
proporcionar contraste adequado entre a informação necessária?
informação essencial e condições de fundo. ÁREA EXPANSÃO
- Os elementos maximizam a legibilidade da
- CINEMA
informação essencial?
- BOLICHE
- Os elementos fornecem compatibilidade com uma
- PARQUE DE
variedade de técnicas e aparelhos utilizados por
DIVERSÕES
pessoas com limitações sensoriais?

Princípio 5: Tolerância ao erro Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de - ÁREAS LOJAS
alimentação em relação à sua tolerância para o erro, - PRAÇA DE
- As características do projeto de obtenção ou seja, ALIMENTAÇÃO
de produtos e serviços devem ser - PRAÇA DE
- Os elementos minimizam os riscos e consequências ALIMENTAÇÃO
organizadas para minimizar os riscos e adversas de ações acidentais e não intencionais?
erros, e devem fornecer avisos. ÁREA EXPANSÃO
- Fornecem recursos de segurança?
- CINEMA
- Fornecem avisos de perigos e usos incorretos?
- BOLICHE
- PARQUE DE
DIVERSÕES

Princípio 6: Baixo esforço físico Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de - ÁREAS LOJAS
alimentação em relação ao seu baixo esforço físico, ou - PRAÇA DE
- As características do projeto de obtenção seja, ALIMENTAÇÃO
de produtos e serviços devem minimizar o - PRAÇA DE
- Os elementos permitem manter uma posição corporal ALIMENTAÇÃO
esforço físico e a fadiga. neutra?
ÁREA EXPANSÃO
- Os elementos minimizam ações repetitivas?
- CINEMA
- Os elementos minimizam o esforço físico?
- BOLICHE
- PARQUE DE
DIVERSÕES

82
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Princípio 7: Tamanho e espaço Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de - ÁREAS LOJAS
para aproximação e uso alimentação em relação ao seu tamanho e espaço para - PRAÇA DE
aproximação e uso, ou seja, ALIMENTAÇÃO
- A obtenção de produtos e serviços deve - PRAÇA DE
- Os elementos fornecem uma linha clara de visão para ALIMENTAÇÃO
fornecer espaço de aproximação, alcance, elementos importantes para qualquer usuário sentado
manipulação e uso, de tamanho adequado, ÁREA EXPANSÃO
ou em pé?
independentemente do tamanho do corpo do - CINEMA
- Todos os componentes são confortáveis para alcance
usuário, postura ou mobilidade. - BOLICHE
e aproximação?
- PARQUE DE
- Os elementos fornecem um espaço adequado para
DIVERSÕES
dispositivos auxiliares de uso ou de assistência
pessoal?

Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, tradução nossa – Elaborado pela autora (2014).

Tabela 3.4 – Relação do cenário T5 de tarefas e descrição da conformação com as heurísticas

T5 – TAREFA – CENÁRIO 5: Serviços Públicos

Sete princípios do Desenho Descrição Elementos


Universal (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)
(MACE et al., 1997)

Princípio 1: Uso equitativo - SANITÁRIOS


Utilizando todos os sanitários, display de informações, - SANITÁRIOS
telefones públicos e áreas de descanso em relação ao EXPANSÃO
- Serviços públicos devem seu uso equitativo, isto é,
proporcionar igualdade para todos - ESPAÇO FAMÍLIA
os usuários em termos de uso, - Os elementos fornecem os mesmos meios de uso para - TELEFONES
compreensão, acesso, privacidade, todos os usuários? PÚBLICOS
segurança e conforto. - Os elementos oferecem de forma igualitária - ÁREA DE
privacidade e segurança para todos os usuários? DESCANSO
- Possuem o design atraente para todos os usuários? - ÁREA DESCANSO
EXPANSÃO

Princípio 2: Flexibilidade - SANITÁRIOS


Utilizando todos os sanitários, display de informações, - SANITÁRIOS
de uso telefones públicos e áreas de descanso em relação à EXPANSÃO
flexibilidade de uso, ou seja, - ESPAÇO FAMÍLIA
- Serviços públicos devem - Os elementos propiciam flexibilidade de uso? - TELEFONES
proporcionar igualdade para todos - Os elementos facilitam exatidão no uso e precisão do PÚBLICOS
os usuários em termos de uso, usuário? - ÁREA DE
compreensão, acesso, privacidade, - Os elementos fornecem adaptabilidade ao ritmo do DESCANSO
segurança e conforto. usuário? - ÁREA DESCANSO
EXPANSÃO

Princípio 3: Uso simples e Utilizando todos os sanitários, display de informações, - SANITÁRIOS


telefones públicos e áreas de descanso em relação à sua - SANITÁRIOS
intuitivo
utilização simples e intuitiva, ou seja, EXPANSÃO
- ESPAÇO FAMÍLIA
- Os elementos eliminam a complexidade - TELEFONES
- Serviços públicos devem ser desnecessária?
projetados para ser consistente em PÚBLICOS
- Os elementos são consistentes em relação às
relação às expectativas dos usuários - ÁREA DE
expectativas dos usuários e intuição, independente da
e eliminar a complexidade DESCANSO
experiência, conhecimento ou habilidades de
desnecessária. - ÁREA DESCANSO
linguagem?
EXPANSÃO
- Os elementos organizam informações consistentes
relativas à sua importância?
- Os elementos fornecem alerta eficaz de feedback
durante e após a conclusão da tarefa?

83
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Sete princípios do Desenho Descrição Elementos


Universal (AFACAN; ERBUG, 2009, p. 741-742)
(MACE et al., 1997)

Princípio 4: Informação - SANITÁRIOS


perceptível - SANITÁRIOS
Utilizando todos os sanitários, display de informações, EXPANSÃO
telefones públicos e áreas de descanso em relação à sua - ESPAÇO FAMÍLIA
- Serviços públicos devem informação perceptível, isto é,
proporcionar contraste adequado - TELEFONES
entre a informação essencial e - Os elementos possuem uma comunicação eficaz e a PÚBLICOS
condições de fundo. informação necessária? - ÁREA DE
- Os elementos maximizam a legibilidade da DESCANSO
informação essencial? - ÁREA DESCANSO
- Os elementos fornecem compatibilidade com uma EXPANSÃO
variedade de técnicas e aparelhos utilizados por
pessoas com limitações sensoriais?

Princípio 5: Tolerância ao - SANITÁRIOS


Utilizando todos os sanitários, display de informações,
erro - SANITÁRIOS
telefones públicos e áreas de descanso em relação à sua
EXPANSÃO
tolerância para o erro, ou seja,
- Serviços públicos devem ser - ESPAÇO FAMÍLIA
organizados para minimizar os - Os elementos minimizam os riscos e consequências - TELEFONES
riscos e erros, e devem fornecer adversas de ações acidentais e não intencionais? PÚBLICOS
avisos. - Fornecem recursos de segurança? - ÁREA DE
- Fornecem avisos de perigos e usos incorretos? DESCANSO
- ÁREA DESCANSO
EXPANSÃO

Princípio 6: Baixo esforço Utilizando todos os sanitários, display de informações, - SANITÁRIOS


físico telefones públicos e áreas de descanso em relação ao - SANITÁRIOS
seu baixo esforço físico, ou seja, EXPANSÃO
- As características do projeto de - ESPAÇO FAMÍLIA
- Os elementos permitem manter uma posição corporal - TELEFONES
serviços públicos devem minimizar neutra?
o esforço físico e a fadiga. PÚBLICOS
- Os elementos minimizam ações repetitivas?
- ÁREA DE
- Os elementos minimizam o esforço físico?
DESCANSO
- ÁREA DESCANSO
EXPANSÃO

Princípio 7: Tamanho e Utilizando todos os sanitários, display de informações, - SANITÁRIOS


espaço para aproximação e telefones públicos e áreas de descanso em relação ao - SANITÁRIOS
uso seu tamanho e espaço para aproximação e uso, ou EXPANSÃO
seja, - ESPAÇO FAMÍLIA
- Serviços públicos devem fornecer - TELEFONES
- Os elementos fornecem uma linha clara de visão para
espaço de aproximação, alcance, PÚBLICOS
elementos importantes para qualquer usuário sentado
manipulação e uso, de tamanho - ÁREA DE
ou em pé?
adequado, independentemente do DESCANSO
- Todos os componentes são confortáveis para alcance
tamanho do corpo do usuário, - ÁREA DESCANSO
e aproximação?
postura ou mobilidade. - Os elementos fornecem um espaço adequado para
EXPANSÃO
dispositivos auxiliares de uso ou de assistência
pessoal?

Fonte: AFACAN; ERBUG, 2009, tradução nossa – Elaborado pela autora (2014).

84
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

3.2.1 Pré-Teste: 1º avaliação do Instrumento de Avaliação Heurística

O pré-teste foi realizado no 1º semestre de 2013 com 01 (um) avaliador na disciplina de


planejamento urbano, com dez anos de atuação, que possibilitou a realização de ajustes na
metodologia e na elaboração da entrevista reestruturada final aplicada aos avaliadores.

Foi utilizada como instrumento de avaliação a entrevista aberta utilizada por Afacan e
Erbug (2009), ou seja, cenários definidos para análise do projeto arquitetônico e percursos para o
walkthrough. O avaliador relata os problemas de usabilidade durante a avaliação e cabe ao
pesquisador anotá-los, classifica-los e relacioná-los ao Desenho Universal.

A Sessão I foi realizada no escritório do avaliador e teve duração de aproximadamente 40


minutos. Foi apresentado o projeto arquitetônico do Shopping Center e iniciou-se o procedimento
de análise da edificação em relação aos elementos da cidade universal, acessibilidade espacial e
princípios do Desenho Universal. Ao término da sessão I, o avaliador especialista foi convidado a
avaliar os cenários de tarefas no Shopping Center, com a duração de aproximadamente 4 horas.
Logo após, na praça de alimentação do centro comercial planejado, foi realizada nova análise do
projeto arquitetônico. O total de tempo nas três sessões foi de 5h:45min.

Ao término das três sessões, 59 (cinquenta e nove) problemas de usabilidade foram


encontrados pelo primeiro avaliador. Para uma descrição mais detalhada das sessões realizadas, a
Tabela 3.5 apresenta os problemas de usabilidade encontrados nas três sessões.

Os problemas de usabilidade relacionados a informações adicionais (3,6,9,14,16,17,


32,35,36,37,38, 41) foram observados apenas nos cenários realizados, pois o projeto arquitetônico
não apresenta as informações referentes aos suportes físicos permanentes ou transitórios locados
no espaço (placas, displays e banners).

A análise do avaliador apresentou maior número de problemas de usabilidade no elemento


de sistema de circulação, seguindo do elemento wayfinding. O shopping center apresenta, segundo
a primeira avaliação, grandes falhas em orientação espacial e deslocamento. Verificou-se que a
edificação não apresenta soluções eficazes para pessoas com baixa visão e apresenta falhas
gravíssimas de soluções para deficientes visuais, usuário que apresenta grande dificuldade de
percepção da informação ambiental, deslocamento, de orientação e uso.

85
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Tabela 3.5 – Tabela detalhada demonstrativa dos problemas de Usabilidade encontrados pelo avaliador
em cada sessão.
Problemas de usabilidade encontrados pelo avaliador Sessão 1 Sessão 2 Sessão 3
Sistema de Circulação
1 Dificuldade na orientação em relação às entradas do centro comercial planejado
situadas nas Rodovias.
2 Necessidade de maior informação em relação acesso estacionamento do
hipermercado e centro comercial planejado, direcionamento das faixas de acesso.
3 Dificuldade na sinalização de setores do estacionamento, todas são da mesma cor
e diferenciadas por letras, causando desorientação.
4 Área destinada a vagas de estacionamento para deficientes não propicia acesso à
área segura de circulação.
5 Ausência de rota acessível a partir das vagas destinadas a deficientes físicos - piso
tátil e guias rebaixadas.
6 Ausência de sinalização identificando hall, quanto a sua composição (escada fixa
e elevadores e escada rolante).
7 Ausência de contraste entre piso e parede no hall.
8 Ausência de piso tátil direcional e de alerta.
9 Ausência de informações adicionais na área da escada rolante, nos elevadores há
placa com informações gráficas.
10 Ausência de informações em Braille e sonoras.
11 Ausência de aviso sonoro em elevadores.
12 A escada em curva propicia ações acidentais ou não intencionais.
13 A escada curva requer grande esforço.
14 Ausência de placas com informações adicionais na saída do elevador.
15 Ausência de mapa localizador e tátil na área de chegada dos elevadores e escada
rolante.
16 Ausência de informação adicional clara em relação à escada rolante.
17 Dificuldade na sinalização de saída do estacionamento.
18 Layout simétrico propicia falhas na legibilidade.
19 Número de elevadores insuficientes em datas de alta circulação de usuários.
Entradas e Saídas Sessão 1 Sessão 2 Sessão 3

20 Dificuldade de orientação na chegada do acesso principal, pois não há uma rota


acessível com um mapa localizador e sinalização clara. Na entrada principal é
dificultada ainda mais pelo tapume utilizado na praça de eventos em obras. A praça
de eventos é um dos elementos mais marcantes no acesso principal, pois se encontra
no eixo principal e na confluência entre as circulações.
21 Dificuldade de legibilidade dos espaços, tornando necessária informação
adicional.
22 Complexidade no sistema de circulação.
23 Ausência de contraste de cor entre piso e parede.
24 Faixa livre de circulação reduzida pelos quiosques e mobiliário.
25 Algumas áreas apresentam deficiência na iluminação natural para orientação e
direcionamento dos usuários.
26 Inconsistências causadas pelos malls com a mesma tipologia.
27 Volumetria não propicia tipologias diferenciadas de acessos secundários
facilitando orientação.

Wayfinding Sessão 1 Sessão 2 Sessão 3


28 Dificuldade na orientação em relação às entradas do centro comercial planejado
situadas nas Rodovias (dificuldade relatada na chegada).
29 Necessidade de maior informação em relação acesso estacionamento do
hipermercado e centro comercial planejado, direcionamento das faixas de acesso
(dificuldade relatada na chegada).
30 Dificuldade na sinalização de setores do estacionamento, todas são da mesma cor
e diferenciadas por letras, causando desorientação.
31 Falta de pisos táteis e informação adicional tátil.
32 Falta de informação pictórica em relação a setores
86
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

33 Falta de características particulares nos setores e marcos.


34 Complexidade no sistema de circulação aumentada pela sinalização deficiente, e
ampliações realizadas.
35 Informação adicional com pouco contraste em algumas placas: fundo com cor
amarela, por exemplo e letras brancas.
36 Localização das placas provocam dúvidas de orientação devido ao ângulo de
instalação.
37 Faltam informações adicionais no hall de acesso ao centro comercial planejado
pelo estacionamento coberto.
38 Ausência de placas externas indicando a localização de grandes lojas.
40 Sinalização de Saída de Emergência ineficaz em situação de escuridão.
Obtenção de Produtos e Serviços Sessão 1 Sessão 2 Sessão 3
41 Não possui suportes informativos.
42 Inexistência de dispositivos de tecnologia assistiva.
43 Balcões de atendimento em praça de alimentação não propicia aproximação e
alcance para todos os usuários.
44 Ausência de cardápios táteis nos restaurantes e praças de alimentação.
45 Circulação reduzida entre as mesas da praça de alimentação e dos restaurantes.
46 Desnível em restaurantes.
Serviços Públicos Sessão 1 Sessão 2 Sessão 3
47 Sanitário adaptado em área antiga possui barras de transferência fora de norma.
48 Sanitários adaptados em área antiga está locado dentro dos sanitários de uso
coletivo, feminino e masculino.
49 Sanitários de uso coletivo em área do fraldário antiga possui circulação reduzida.
50 Área de aproximação do sanitário adaptado em área antiga não satisfatória.
51 Boxes dos sanitários possuem cabide ou apoio para sacolas com altura acentuada,
não propiciando igualdade de uso.
52 Fraldário com pias e trocadores fixos e com altura padronizada.
53 Espaço da família não possui sanitário para adultos que possibilite a entrada com
carrinhos de bebês.
54 Telefones públicos não possuem altura diferenciada.
55 Equipamentos (torneiras e papeleiras) de sanitários na área antiga não possuem
sensores, necessita de pressão.
56 Telefones públicos não possuem equipamentos assistivos e teclas em Braille.
57 Dimensão dos boxes dos sanitários para usuários com sacolas e carrinhos de
bebês.
58 Balcões de atendimento não possui área rebaixada.
59 Tranca da porta dos sanitários exige esforço do usuário.
Fonte: Elaborado pela autora.

Legenda: Não foi relatado Problemas de usabilidade Foi relatado Problemas de usabilidade

- Considerações do pré-teste

Durante a aplicação do pré-teste, pôde-se perceber que o avaliador especialista em


acessibilidade foca no cumprimento da norma NBR 9050:2004 (ABNT, 2004), que trata da
“Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”. Essa norma é
utilizada para orientação técnica de soluções arquitetônicas acessíveis, porém as interpretações de
acessibilidade descritas na mesma devem ser estendidas ao âmbito do Desenho Universal. Devido
a esse fato, verificou-se a necessidade de focar a análise na usabilidade universal, ou seja, destacar
os elementos a serem analisados e relacioná-los de maneira mais eficiente aos princípios do
87
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Desenho Universal.

O instrumento de avaliação, entrevista aberta, utilizada por Afacan e Erbug (2009), não
possibilitou a compreensão do grau de problemas de usabilidade e concede uma liberdade na
análise dos especialistas, relatando os problemas que encontrava pelo percurso, sem classificá-lo e
relacioná-lo ao Desenho Universal, tarefa delegada ao investigador para relacionar os problemas
relatados aos elementos da cidade universal. Devido a esse fato, verificou-se a necessidade de
elaboração de uma entrevista estruturada21 que possibilite uma relação fixa de questionamentos, ou
seja, um formulário com um roteiro definido e classificação dos problemas de usabilidade.

3.3 Coleta de Dados

O instrumento de avaliação heurística caracteriza-se como entrevista estruturada e


apresenta-se como um roteiro previamente programado, em sistemas de formulários impressos22,
que possibilitam a classificação de problemas de usabilidade e contribuam para a avaliação de
Usabilidade Universal do espaço construído.

O formulário de avaliação foi estruturado com base na entrevista aberta idealizada pelos
pesquisadores Afacan e Erbug (2009). Procurou-se destacar os cenários de tarefas conformados
com as heurísticas, diretrizes dos princípios do Desenho Universal, ou seja, elementos-chave que
deverão estar presentes em um projeto e componentes da acessibilidade espacial, heurística não
utilizada pelos pesquisadores referência.

Inicialmente, foi desenvolvido uma apresentação da pesquisa que objetivou informar as


razões da avaliação e conceituações iniciais sobre o método de Avaliação Heurística modificado,
Usabilidade, Desenho Universal, Acessibilidade Espacial, Avaliação Heurística para o
desenvolvimento da avaliação e preenchimento do formulário fornecido pelo pesquisador aos
avaliadores. Os formulários serão preenchidos pelos avaliadores individualmente e as observações
relatadas durante a avaliação pelos especialistas serão anotadas pelo pesquisador. Segue a
apresentação do Formulário de Avaliação Heurística desenvolvido (Figura 3.5).

21
Demonstrados na sua totalidade nos Apêndices A, B, C, D e E.
22
Apêndices A, B, C, D e E.
88
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.5 – Apresentação do Formulário de Avaliação Heurística

89
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

90
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

91
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

92
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

O formulário de avaliação foi desenvolvido para cada elemento da Cidade Universal


(DANFORD; TAUKE, 2001), objetivando a maior compreensão do grau de problemas de
usabilidade, como demonstrado abaixo (Figura 3.6)23:

Figura 3.6 – Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O formulário de avaliação apresentou inicialmente a avaliação positiva, Usabilidade


Satisfatória (US), os elementos avaliados proporcionam eficácia, eficiência e satisfação nas
condições igualitárias de uso a todos os usuários, destacado pelo símbolo (+ +) e cor verde clara.
Os graus de problemas de usabilidade foram determinados de forma crescente, do menor grau para
o maior grau de problemas e destacados pelas tonalidades da cor amarela, ou seja, problemas de
usabilidade fracos - permite o uso com pequenas restrições (PUPR), destacado pelo símbolo
(+ -) e cor amarela de tonalidade clara, onde os elementos avaliados proporcionam pequenas
restrições em relação à eficácia, eficiência e satisfação; problemas de usabilidade médios -
permite o uso com dificuldade (PUD), destacado pelo símbolo (- +) e cor amarela de tonalidade
média, onde os elementos avaliados proporcionam problemas medianos em relação à eficácia,
eficiência e satisfação; problemas de usabilidade graves (PUG), destacado pelo símbolo (- -) e
cor amarela de tonalidade escura, onde os elementos avaliados proporcionam problemas graves em
relação à eficácia, eficiência e satisfação.

23
O formulário de avaliação heurística na íntegra poderá ser verificado no Apêndice A desta dissertação.
93
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

O formulário de avaliação foi desenvolvido para o Elemento 1, sistema de circulação, onde


o avaliador utiliza todos os corredores, escada, escada rolante e elevadores em cada andar. O
sistema de circulação foi relacionado aos sete princípios do Desenho Universal e Acessibilidade
Espacial (Figuras 3.7 a 3.17). Segue a demonstração do formulário com o sistema de circulação
relacionado ao Princípio 1 do Desenho Universal, Uso equitativo – IGUALDADE (Figura 3.7).

Os componentes da Acessibilidade Espacial foram representados por cores:

Orientação espacial

Deslocamento

Comunicação

Uso

Figura 3.7 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 124 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial25 e Deslocamento26)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Durante a avaliação heurística das sessões I, II e III, o pesquisador anotou as observações


dos avaliadores, podendo assim acrescentar e referenciar os problemas de usabilidade destacados,

24
Vide página 25-26.
25 Vide página 34-39.
26 Vide página 40-41.

94
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

pois a apresentação dos dados coletados através dos formulários necessitam de interpretação a
procura de significados mais amplos.

O sistema de circulação foi relacionado ao Princípio 227 do Desenho Universal,


Flexibilidade de uso – LIBERDADE (Figura 3.8).

Figura 3.8 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 2 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O sistema de circulação foi relacionado ao Princípio 328 do Desenho Universal, Uso simples
e intuitivo – SIMPLICIDADE (Figuras 3.9).

27 Vide página 26.


28 Vide página 26-27.
95
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.9 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 3 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O sistema de circulação foi relacionado ao Princípio 429 do Desenho Universal, Informação


perceptível - FACILIDADE DE COMPREENSÃO (Figuras 3.10, 3.11 e 3.12).

Figura 3.10 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 4 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

29 Vide página 27.


96
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.11 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 4 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.12 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado
aos Componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial e Deslocamento)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O sistema de circulação foi relacionado ao Princípio 530 do Desenho Universal, Tolerância


ao Erro - SEGURANÇA (Figuras 3.13 e 3.14).

Figura 3.13 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 5 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

30
Vide página 27-28.
97
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.14 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 5 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Deslocamento)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O sistema de circulação foi relacionado ao Princípio 631 do Desenho Universal, Baixo


Esforço Físico – POUCA FORÇA (Figuras 3.15 e 3.16).

Figura 3.15 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 6 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

31
Vide página 28.
98
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.16 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
componente da Acessibilidade Espacial
(Deslocamento)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O sistema de circulação foi relacionado ao Princípio 732 do Desenho Universal, Tamanho


e Espaço para Aproximação e Uso – GARANTIA DO ESPAÇO (Figura 3.17).

Figura 3.17 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 1: Sistema de Circulação relacionado ao
Princípio 7 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Uso33)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O formulário de avaliação foi desenvolvido para o Elemento 2, entradas e saídas, onde o


avaliador utiliza todas entradas e saídas em cada andar. As entradas e saídas foram relacionadas
aos sete princípios do Desenho Universal (Figura 3.18 a 3.25). Segue a apresentação do formulário

32
Vide página 28-29.
33 Vide página 41.
99
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

com as entradas e saídas relacionadas ao Princípio 1 do Desenho Universal, Uso equitativo –


IGUALDADE (Figuras 3.18, 3.19 e 3.20).

Figura 3.18 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 1 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.19 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 1 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.


100
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.20 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 1 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Os questionamentos relativos aos sete princípios do Desenho Universal se repetem na


mesma ordem como demonstrado no formulário do elemento 1, devido a esse fato, foram
apresentados abaixo apenas os componentes da Acessibilidade Espacial relacionados aos
princípios do Desenho Universal (Figura 3.21 a 3.25)34.

Figura 3.21 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 2 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Uso)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.22 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 3 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.23 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 4 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

34
O formulário de avaliação heurística modificada na íntegra poderá ser verificado no Apêndice B desta dissertação.
101
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Figura 3.24 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 5 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Deslocamento)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.25 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 2: Entradas e saídas relacionadas ao
Princípio 6 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Deslocamento)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O formulário de avaliação foi desenvolvido para o Elemento 3, wayfinding, onde o


avaliador verifica todos os elementos pictóricos de wayfinding em cada andar. Esses elementos
foram relacionados aos sete princípios do Desenho Universal (Figura 3.26 a 3.29)35. Segue a
apresentação do formulário com os elementos pictóricos de wayfinding relacionados ao Princípio
1 do Desenho Universal, Uso equitativo – IGUALDADE (Figuras 3.26 e 3.27).

Figura 3.26 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao Princípio
1 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Os questionamentos relativos aos sete princípios do Desenho Universal se repetem na


mesma ordem como demonstrados nos formulários dos elementos 1 e 2, devido a esse fato, foram
apresentados abaixo apenas os componentes da Acessibilidade Espacial relacionados aos

35
O formulário de avaliação heurística modificada na íntegra poderá ser verificado no Apêndice C desta dissertação.
102
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

princípios do Desenho Universal (Figura 3.28 e 3.29).

Figura 3.27 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao Princípio
1 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.28 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao Princípio
3 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.29 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 3: Wayfinding relacionados ao Princípio
6 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O formulário de avaliação foi desenvolvido para o Elemento 4, obtenção de produtos e


serviços, onde o avaliador percorre áreas de lojas, serviços e praças de alimentação. A obtenção de
produtos e serviços foram relacionadas aos sete princípios do Desenho Universal e componentes

103
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

da Acessibilidade Espacial (Figura 3.30 a 3.34)36. Segue a apresentação do formulário com a


obtenção de produtos e serviços relacionados ao Princípio 3 do Desenho Universal, Uso simples e
intuitivo – SIMPLICIDADE (Figuras 3.31).

Figura 3.30 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços
relacionados ao Princípio 1 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Figura 3.31 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços
relacionados ao Princípio 3 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial e Comunicação37)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

36
O formulário de avaliação heurística modificada na íntegra poderá ser verificado no Apêndice D desta dissertação.
37
Vide página 40.
104
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Como dito anteriormente, os questionamentos relativos aos sete princípios do Desenho


Universal se repetem na mesma ordem como demonstrados nos formulários dos elementos 1, 2 e
3, devido a esse fato, foram apresentados abaixo apenas os componentes da Acessibilidade Espacial
relacionados aos princípios do Desenho Universal (Figura 3.32 a 3.35).

Figura 3.32 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços
relacionados ao Princípio 4 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial e Comunicação)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Figura 3.33 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços
relacionados ao Princípio 5 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial e Comunicação)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Figura 3.34 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços
relacionados ao Princípio 6 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Comunicação)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Figura 3.35 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços
relacionados ao Princípio 7 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Uso)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

O formulário de avaliação foi desenvolvido para o Elemento 5, serviços públicos, onde o


avaliador percorre sanitários, telefones públicos e áreas de descanso. Os serviços públicos foram
relacionados aos sete princípios do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial

105
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

(Figura 3.36 a 3.41)38. Segue a apresentação do formulário dos serviços públicos relacionados ao
Princípio 1 do Desenho Universal, Uso equitativo – IGUALDADE (Figuras 3.36 e 3.37).

Figura 3.36 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados ao
Princípio 1 do Desenho Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Figura 3.37 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados ao
Princípio 1 do Desenho Universal e componente da Acessibilidade Espacial
(Deslocamento)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

38
O formulário de avaliação heurística modificada na íntegra poderá ser verificado no Apêndice E desta dissertação.
106
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 3 – Métodos e Materiais

Foram apresentados abaixo apenas os componentes da Acessibilidade Espacial


relacionados aos princípios do Desenho Universal (Figura 3.38 a 3.41).

Figura 3.38 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados ao
Princípio 3 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Figura 3.39 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados ao
Princípio 4 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Orientação Espacial)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Figura 3.40 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados ao
Princípio 6 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Deslocamento)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Figura 3.41 - Formulário de Avaliação Heurística para Elemento 5: Serviços Públicos relacionados ao
Princípio 7 do Desenho Universal e componentes da Acessibilidade Espacial
(Deslocamento e Uso)

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Os dados referentes às entrevistas estruturadas, walkthrough de especialistas e usuários


consumidores foram tratados através de análise estatística e agrupados de forma a responder às
questões elaboradas na montagem do experimento, e são apresentados a seguir através de tabelas,
gráficos e observações.

107
108
Capítulo 4
Análise dos Dados

Objetivos do Capítulo

- Apresentar e analisar os dados obtidos na aplicação do instrumento de avaliação heurística;

109
110
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

4 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados obtidos no Estudo de Caso são apresentados a seguir e encontram-se divididos


em Dados da Sessão I, análise dos desenhos do projeto arquitetônico e placas de sinalização; Dados
da Sessão II-A, tarefas em cenários; Dados da Sessão III, reanálise dos desenhos do projeto
arquitetônico e placas de sinalização.

Os dados obtidos no walkthrough com usuários consumidores são apresentados em Dados


da Sessão II-B, walkthrough com usuários, através de tabelas e gráficos, demonstrando os
problemas de usabilidade em relação a um percurso pré-determinado.

4.1 Dados da Sessão I

Os dados a seguir referem-se a uma entrevista estruturada com 05 (cinco) avaliadores


especialistas em acessibilidade. O processo de seleção do grupo de avaliação deu-se através de
critérios definidos: os profissionais deviam ser especialistas em acessibilidade em diferentes
disciplinas de projeto ou construção, ou seja, possuir conhecimento em acessibilidade em sua
formação acadêmica, e já ter desenvolvido trabalhos profissionais em centros comerciais. São eles:

Avaliador 01: Arquiteto e urbanista, especialista na área de projeto arquitetônico, formado em


2001. Docente da disciplina de Projeto Arquitetônico e autor de vários projetos comerciais.
Frequentador do centro comercial planejado a ser analisado.

Avaliador 02: Arquiteta e urbanista, mestre na área de planejamento urbano, formada em 2003.
Docente da disciplina de Planejamento Regional, experiência em projeto urbano de áreas
comerciais. Frequentadora do centro comercial planejado a ser analisado.

Avaliador 03: Arquiteta e urbanista, especialista na área de design de interiores, formada em 1998.
Docente da disciplina de Arquitetura de Interiores, experiência em projetos comerciais.
Frequentadora do centro comercial planejado a ser analisado.

Avaliador 04: Arquiteta e urbanista, especialista em projeto, formada em 1999. Possui vários cursos
sobre acessibilidade, experiência em projetos comerciais. Frequentadora do centro comercial
planejado a ser analisado.

111
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Avaliador 05: Engenheira civil formada em 1999. Possui experiência em construção de centros
comerciais planejados. Especialista que visita o centro comercial planejado pela primeira vez.

As avaliações foram inteiramente realizadas no centro comercial planejado em apenas um


dia, devido a regras estabelecidas pela administração do centro comercial planejado, e obteve
duração de aproximadamente 100 minutos.

A administração do Centro comercial planejado autorizou a realização da avaliação para


apenas um dia, e disponibilizou o projeto arquitetônico para ser utilizado no local. Devido a essas
condicionantes, a avaliação foi realizada em grupo, diferentemente da avaliação proposta por
Afacan e Erbug (2009). Os avaliadores narraram suas avaliações, portanto houve influência entre
os especialistas. As respostas podem ter ficado próximas.

O projeto arquitetônico do Shopping Center (plantas, cortes, elevações e sinalização) foi


apresentado a todos os avaliadores conjuntamente em um café na praça de alimentação, foram
divididos em dois grupos para a avaliação, para cada grupo havia uma cópia do projeto
arquitetônico. Os avaliadores foram convidados a analisar o projeto arquitetônico, observando os
elementos da cidade universal proposto na avaliação heurística. Iniciou-se o procedimento de
avaliação através do preenchimento do formulário39 individual e as anotações e gravações das
observações levantadas pelos avaliadores durante o desenvolvimento da avaliação foi realizado
pelo pesquisador que estava entre as mesas utilizadas para a avaliação.

As tabelas abaixo apresentam os resultados da avaliação heurística dos elementos da cidade


universal em relação aos graus de problemas de usabilidade avaliados pelos especialistas.

Tabela 4.1 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação

Elemento 1 - Sistema de Circulação Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO ESCADA ESCADA ELEVADORES CORREDORES
FIXA ROLANTE
Usabilidade Satisfatória (US) 8,18% 21,82% 19,09% 23,64%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 30,91% 33,63% 32,73% 25,45%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 47,27% 32,73% 32,73% 41,82%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 13,64% 11,82% 15,45% 9,09%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

39
Vide páginas 89 a 92.
112
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

A tabela resultante da avaliação heurística modificada do elemento 1, sistema de


circulação, avaliado em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabela 4.1 e Gráfico 4.1)
demonstrou algumas considerações relatadas durante a análise do projeto arquitetônico do centro
comercial planejado e informações referentes aos suportes físicos permanentes ou transitórios
locados no espaço (placas, displays e banners), como a escada fixa (escada curva), classificada em
13,64% como PUG (Problemas de Usabilidade Graves) e 47,27% como PUD (Permite o Uso com
Dificuldade), pois segundo os avaliadores, propicia ações acidentais ou não intencionais; requer
grande esforço; não possibilita meios igualitários de uso; não oferece segurança igualmente
disponível; não possui design atraente para todos os usuários; não possui avisos de perigo e usos
incorretos; minimiza a legibilidade e não oferece uma linha clara de visão. A escada rolante
também classificada em 11,82% como PUG (Problemas de Usabilidade Graves) e 32,73% como
PUD (Permite o Uso com Dificuldade), pois segundo os avaliadores, não permite o uso para todos;
não possui adaptação ao ritmo do usuário; não fornece compatibilidade com variedade de técnicas
para pessoas com limitações sensoriais; legibilidade; componentes não são confortáveis para
alcance; recursos de segurança ineficientes e não minimizam os riscos de ações acidentais ou não
intencionais. Os elevadores apresentaram a mesma percentagem, 32,73%, para PUD (Permite o
Uso com Dificuldade) e PUPR (Permite o Uso com Pequenas Restrições) e 15,45% como PUG
(Problemas de Usabilidade Graves), pois os elevadores, segundo os avaliadores, não apresentaram
soluções eficientes para o deficiente visual; não organizaram informações consistentes; não
ofereceram recursos de segurança e espaço adequado para dispositivos auxiliares. Os corredores
apresentaram percentagem de 9,09% como PUG (Problemas de Usabilidade Graves) e 41,82% para
PUD (Permite o Uso com Dificuldade), pois durante a avaliação das plantas foi observado pelos
avaliadores o layout simétrico que propicia falhas na legibilidade; a existência de muitos quiosques
no percurso, possibilitando ações acidentais e não intencionais; a sinalização nos corredores foi
avaliada como problema de usabilidade grave, pois as informações de natureza gráfica não
maximizam a legibilidade do espaço; a ausência de contraste de cor entre piso, paredes e teto
também foi avaliada como problema de usabilidade para pessoas com baixa visão.

O gráfico acima (Gráfico 4.1) demonstrou que a escada fixa apresenta maiores problemas
de usabilidade, seguido pelos elevadores, corredores e escada rolante. A escada rolante na avaliação
dos especialistas apresentou menor problemas de usabilidade, contudo não permite o uso para
todos.
113
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Gráfico 4.1 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação

Elemento 1: Sistema de Circulação


50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Escada Fixa Escada Rolante Elevadores Corredores

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.1) demonstrou que a escada fixa apresenta maiores problemas
de usabilidade, seguido pelos elevadores, corredores e escada rolante.

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.2) demonstrou


a avaliação realizada em relação à orientação espacial com classificação de 16,67% de PUD e
13,33% de PUG, devido a inexistência de pisos táteis direcionais para pessoas com deficiência
visual e posicionamento da circulação vertical na edificação, proporcionando grandes distâncias
em relação ao Shopping Casa e hipermercado.

Tabela 4.2 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação

Elemento 1 - Sistema de Circulação Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Deslocamento Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 0,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 70,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 16,67% 70,00% 60,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 13,33% 30,00% 40,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Em relação ao deslocamento a avaliação demonstrou 30,00% de PUG e 70,00% de PUD,


pois segundo os avaliadores, o centro comercial planejado não possui informações nos sistemas de

114
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

circulação necessários para o processo de tomada de decisão; os pisos especificados não são
seguros se molhados, propiciando quedas; diminuição da área de circulação devido a instalação de
quiosques, obstáculos no percurso. O uso foi classificado com 40,00% de PUG e 60,00% de PUD,
devido à dificuldade de visualização de informações; corrimãos da escada curva; saídas de incêndio
em áreas com barreiras físicas.

Tabela 4.3 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas

Elemento 2 – Entradas e Saídas Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO A B C D E F
Usabilidade Satisfatória (US) 4,55% 4,55% 4,55% 4,55% 4,55% 4,55%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 56,36% 55,45% 40,00% 35,45% 40,00% 69,09%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 39,09% 40,00% 55,45% 55,45% 41,81% 26,36%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00% 4,55% 13,64% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

As tabelas resultantes da avaliação heurística modificada do elemento 2, entradas e saídas,


avaliado em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabelas 4.3, 4.4 e Gráfico 4.2)
demonstraram que o acesso A – Rodovia A, o acesso B – Rodovia B e o acesso C – Avenida C,
possuem avaliações bem semelhantes para a avaliação PUD (39,09%, 40,00% e 55,45%,
respectivamente), pois não possibilitam acesso ao centro comercial planejado por pedestres e
ciclistas, por exemplo, não existem calçadas e ciclovias nessas rodovias, impossibilitando o uso
equitativo e escolha de métodos de uso; o acesso C, segundo os avaliadores, não apresenta uma
rota acessível com cobertura até o acesso do centro comercial planejado para os usuários que
utilizam o terminal urbano locado nessa área. A avaliação do acesso D, estacionamento elevador e
escada fixa, apresenta avaliação PUG de 4,55% e PUD de 55,45%, no fornecimento do meio
igualitário de uso para o deficiente visual e baixa visão, o projeto demonstra, segundo os
avaliadores, apenas piso tátil de alerta nos elevadores e escada fixa, não apresenta piso direcional,
mapa tátil e informação adicional eficiente, e não apresenta uma rota acessível. O acesso E,
estacionamento escada rolante, apresentou avaliação PUG de 13,64% e PUD de 41,81%, no
fornecimento do meio igualitário e flexibilidade de uso para todos os usuários, como o cadeirante,
usuário de andador e bengala, crianças, mãe com carrinhos de bebê, o deficiente visual; a escada
rolante não apresenta uso simples e intuitivo, e adaptabilidade ao ritmo do usuário, além de possuir

115
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

baixa tolerância ao erro. O acesso F, acesso principal, apresenta avaliação PUD de 26,36% em
design atraente para todos os usuários, alerta eficaz e feedback, e principalmente, na informação
perceptível e PUPR de 69,09%, devido à ausência de recursos eficazes para o deficiente visual e
baixa visão.

Tabela 4.4 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas

Elemento 2 – Entradas e Saídas Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO G H I J K L M
Usabilidade Satisfatória (US) 10,00% 12,73% 12,73% 12,73% 10,00% 10,91% 12,73%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 50,00% 50,00% 37,27% 43,64% 53,64% 57,27% 55,45%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 40,00% 37,27% 50,00% 43,63% 36,36% 31,82% 31,82%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O acesso G, acesso pela loja âncora, apresenta avaliação PUD de 40,00% em design
atraente para todos os usuários, alerta eficaz e feedback, na informação perceptível, legibilidade da
informação essencial e ausência de recursos eficazes para o deficiente visual e baixa visão. O
acesso H, acesso pela praça de alimentação da expansão, apresenta avaliação PUD de 37,27% em
design atraente para todos os usuários, alerta eficaz e feedback, na informação perceptível,
legibilidade da informação essencial e ausência de recursos eficazes para o deficiente visual e baixa
visão. O acesso I, acesso boliche, apresenta avaliação PUD de 50,00%, avaliação mais alta em
relação aos outros acessos, pois apresenta localização afastada, não possui vagas acessíveis para
seu acesso, o item design atraente para todos os usuários foi avaliado por todos os avaliadores como
PUD, alerta eficaz e feedback, na informação perceptível, legibilidade da informação essencial e
ausência de recursos eficazes para o deficiente visual e baixa visão. Os acessos J, K, L e M, acessos
praça de alimentação, Shopping Casa, estacionamento hipermercado e hipermercado, apresentam
43,63%, 36,36%, 31,82% e 31,82% de PUD respectivamente, devido aos mesmos itens destacados
anteriormente, alerta eficaz e feedback, na informação perceptível, legibilidade da informação
essencial e ausência de recursos eficazes para o deficiente visual e baixa visão.

116
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Gráfico 4.2 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas

Elemento 2: Entradas e Saídas


80

70

60

50

40

30

20

10

0
Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso
A B C D E F G H I J K L M

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.2) demonstrou que o Acesso E (Estacionamento Escada rolante)
e Acesso D (Estacionamento Elevador e escada fixa) apresentam maiores problemas de usabilidade,
seguido pelos Acessos C, I, J, G, B, A, H, K, L, F, E e M.

Tabela 4.5 –Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas

Elemento 2 – Entradas e Saídas Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Deslocamento Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 5,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 70,00% 70,00% 30,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 25,00% 30,00% 70,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.5)


demonstrou a avaliação realizada em relação à orientação espacial com classificação de 25,00%
de PUD, em relação a distribuição dos ambientes e seus elementos, cor entre piso e parede, e
identificação do balcão de informações. Em relação ao deslocamento a avaliação demonstrou

117
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

30,00% de PUD e 70,00% de PUPR, pois segundo os avaliadores, o centro comercial planejado
não possui condições de segurança, conforto e continuidade dos percursos para o deficiente visual
e usuários com baixa visão.

O uso foi classificado com 70,00% de PUD e 30,00% de PUPR, devido à falta de vagas
acessíveis de estacionamento em todos os acessos, ou seja, apenas algumas áreas possuem vagas
acessíveis.

Tabela 4.6 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding

Elemento 3 – Wayfinding Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Sinalização em placas Sinalização em piso Mapas
Usabilidade Satisfatória (US) 4,55% 10,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 23,64% 25,45% 0,00%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 71,81% 54,55% 0,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 10,00% 100,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Para avaliação do Elemento 3, wayfinding, foi apresentado aos avaliadores a proposta de


placas de sinalização do centro comercial planejado e mapa com a localização destas. As tabelas
resultantes da avaliação heurística modificada em relação aos princípios do Desenho Universal
(Tabelas 4.6, 4.7 e Gráfico 4.3) demonstraram que a sinalização em placas obtiveram avaliação de
71,81% de PUD, pois não oferecem meios igualitários de uso e design atraente para todos os
usuários, pois as placas não possuem contraste adequado, aumentando a complexidade, não
organizando informações consistentes e legibilidade necessária; as placas obtiveram avaliação
PUD de todos os avaliadores no princípio 4, informação perceptível. A sinalização em piso foi
avaliada em 10,00% de PUG e 54,55% de PUD, destacando a ausência de piso tátil para deficiente
visual e usuário com baixa visão, e novamente a informação perceptível e uso simples e intuitivo
foram avaliados como PUD por todos os avaliadores. O item mapas foi avaliado com 100% de
PUG, devido à ausência de indicação em projeto arquitetônico de um mapa localizador.

As informações gráficas foram avaliadas com 68,18% de PUD devido à ausência de


elementos pictóricos em informações de importância à localização do usuário, possuindo apenas
informações pictóricas de sanitários, telefones e bebedouros. O sistema de marcação de cada andar

118
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

foi avaliado com 50% de PUPR, devido a informação perceptível e a falta de informação em braile.
As saídas de emergência foram avaliadas com 50,00% de PUG, devido a informação perceptível,
uso simples e intuitivo e tolerância ao erro, com configuração de longo corredores estreitos.

Tabela 4.7 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding

Elemento 3 – Wayfinding Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Informações Gráficas Sistema de marcação em Saídas de emergência
cada andar
Usabilidade Satisfatória (US) 10,00% 50,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 21,82% 50,00% 22,73%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 68,18% 0,00% 27,27%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 50,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Gráfico 4.3 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding

Elemento 3: Wayfinding
120

100

80

60

40

20

0
Sinalização em Sinalização em Mapas Informações Sistema de Saídas de
placas piso gráficas marcação em emergência
cada andar

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.3) demonstrou que os Mapas apresentaram maiores problemas
de usabilidade, seguido pelas Saídas de Emergência, Sinalização em placas, Informações gráficas,

119
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Sinalização em piso e Sistema de marcação em cada andar.

Tabela 4.8 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 3: Wayfinding

Elemento 3 – Wayfinding Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 44,45%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 22,22%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 33,33%
TOTAL 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.8) demonstrou


a avaliação realizada em relação à orientação espacial com classificação de 33,33% de PUG e
22,22% de PUD, em relação a ausência de pisos táteis em passeios públicos e informação adicional
tátil e pictórica, e campo visual prejudicado pelos quiosques.
Tabela 4.9 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos e
Serviços

Elemento 4 – Obtenção de Produtos e Princípios do Desenho Universal


Serviços
CLASSIFICAÇÃO Áreas Lojas Praça de Alimentação Praça Alimentação área expansão
Usabilidade Satisfatória (US) 28,18% 29,09% 29,09%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 36,36% 39,09% 33,63%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 32,73% 30,00% 34,55%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 2,73% 1,82% 2,73%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Para avaliação do Elemento 4, obtenção de produtos e serviços, as tabelas resultantes da


avaliação heurística modificada em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabelas 4.9, 4.10
e Gráfico 4.4) demonstraram que as áreas de lojas obtiveram avaliação de 2,73% de PUG e 32,73%
de PUD, devido a algumas lojas saírem do alinhamento, informação perceptível e tolerância ao
erro. A praça de alimentação foi avaliada em 1,82% de PUG e 30,00% de PUD, destacando a
ausência de piso tátil para deficiente visual e usuário com baixa visão, a informação perceptível e
a flexibilidade de uso, devido ao espaçamento entre as mesas.

120
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Tabela 4.10 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos e


Serviços
Elemento 4 – Obtenção de Produtos e Serviços Princípios do Desenho Universal
CLASSIFICAÇÃO Cinema Boliche Parque de Diversões
Usabilidade Satisfatória (US) 28,18% 26,36% 27,27%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 27,28% 29,10% 30,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 39,09% 39,09% 38,18%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 5,45% 5,45% 4,55%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

A praça de alimentação da área de expansão foi avaliada em 2,73% de PUG e 34,55% de


PUD, destacando a ausência de piso tátil para deficiente visual e usuário com baixa visão, a
informação perceptível e a flexibilidade de uso, devido ao espaçamento entre as mesas e a
diferenciação de níveis em áreas de mesas com ausência de rampas de acesso. O cinema e o boliche
foram avaliados com 5,45% de PUG e 39,09% de PUD devido uso equitativo, a flexibilidade de
uso, informação perceptível e espaço inadequado para dispositivos auxiliares. O parque de
diversões foi avaliado com 4,55% de PUG e 38,18% de PUG, devido a informação perceptível,
uso simples e intuitivo e tolerância ao erro, circulações estreitas.

Gráfico 4.4 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos e


Serviços

Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços


45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Áreas Lojas Praça de Praça Cinema Boliche Parque de
Alimentação Alimentação área Diversões
expansão

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.


121
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

O gráfico anterior (Gráfico 4.4) demonstrou que o Cinema e Boliche apresentaram maiores
problemas de usabilidade, seguido pelo Parque de Diversões, Praça de Alimentação área expansão,
Praça de alimentação e Áreas Lojas.

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.11)


demonstrou a avaliação realizada em relação à orientação espacial com classificação de 50,00%
de PUG e 20,00% de PUD, em relação a distribuição dos ambientes e seus elementos, não
identificação nos projetos de um balcão de informações e ausência de grande contraste
pisos/paredes, dificultando a orientação de usuários com baixa visão.

Tabela 4.11 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos


e Serviços
Elemento 4 – Obtenção de Produtos e Serviços Componentes da Acessibilidade Espacial
CLASSIFICAÇÃO Orientação Comunicação Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 30,00% 20,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 0,00% 0,00% 60,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 20,00% 40,00% 32,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 50,00% 40,00% 8,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

A comunicação foi avaliada com 40,00% de PUG e 40,00% de PUD, devido à falta de
informação sobre existência de dispositivos de tecnologia assistiva. O uso foi avaliado com 8,00%
de PUG e 32,00% de PUD, devido ao balcão de atendimento não possuir rebaixo e não permitir
aproximação frontal, impossibilitando o atendimento com conforto e segurança de cadeirantes e
pessoas com estatura mais baixa.

Tabela 4.12 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos


Elemento 5 – Serviços Públicos Princípios do Desenho Universal
CLASSIFICAÇÃO Sanitários Sanitários Expansão Espaço Família
Usabilidade Satisfatória (US) 16,36% 21,82% 32,73%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 51,82% 46,36% 35,45%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 31,82% 31,82% 31,82%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

122
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Para avaliação do Elemento 5, serviços públicos, as tabelas resultantes da avaliação


heurística modificada em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabelas 4.12, 4.13 e
Gráfico 4.5) demonstraram que os sanitários e sanitários da área de expansão obtiveram avaliação
de 31,82% de PUD e 51,82% de PUPR, devido a configuração espacial que dificultam a exatidão
no uso e precisão, minimizando a legibilidade e aumentando o esforço físico, os boxes dos
sanitários não fornecem espaço adequado para dispositivos auxiliares. O espaço família foi
avaliado em 31,82% de PUD e 35,45% de PUPR, destacando a ausência de piso tátil para deficiente
visual e usuário com baixa visão, a informação perceptível, a configuração espacial que dificultam
a exatidão no uso e precisão, minimizando a legibilidade e aumentando o esforço físico.

Tabela 4.13 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos

Elemento 5 – Serviços Públicos Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Telefones Públicos Área de descanso Área de descanso expansão
Usabilidade Satisfatória (US) 10,91% 10,91% 10,91%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 54,54% 57,27% 57,27%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 34,55% 31,82% 31,82%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Os telefones públicos foram avaliados em 34,55% de PUD, destacando a ausência de piso


tátil para deficiente visual e usuário com baixa visão, a informação perceptível e a flexibilidade de
uso, devido ao espaçamento entre os telefones. As áreas de descanso e áreas de descanso da área
de expansão foram avaliadas igualmente com 31,82% de PUD, devido a informação perceptível,
segurança e privacidade, ausência de piso tátil para deficiente visual e usuário com baixa visão e
baixo esforço físico.

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.14)


demonstrou a avaliação realizada em relação à orientação espacial com classificação de 66,67%
de PUD, devido ao baixo contraste entre equipamentos e piso em relação às paredes; não apresenta
informação tátil e em Braille. Em relação ao deslocamento a avaliação demonstrou 53,33% de
PUD, pois segundo os avaliadores, a organização dos ambientes não é clara e os boxes dos
sanitários não apresenta vãos adequados para usuários com problemas motores e mães com
carrinhos de bebê, obrigatório a utilização do sanitário acessível. O uso foi classificado com
123
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

100,00% de PUPR, devido à localização de acessórios que não propiciam aproximação com espaço
adequado.

Tabela 4.14 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos

Elemento 5 – Serviços Públicos Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Deslocamento Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 33,33% 20,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 0,00% 26,67% 100,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 66,67% 53,33% 0,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

Gráfico 4.5 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos

Elemento 5: Serviços Públicos


70

60

50

40

30

20

10

0
Sanitários Sanitários Espaço Família Telefones Públicos Área de descanso Área de descanso
expansão expansão

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.5) demonstrou que os Telefones públicos apresentaram maiores
problemas de usabilidade, seguido pelas Área de descanso e Área de descanso expansão, Sanitários,
Sanitários expansão e Espaço Família.

124
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

4.2 Dados da Sessão II-A – Walkthrough de Especialistas

Durante o walkthrough de especialistas em cenários de tarefas, os mesmos avaliadores da


sessão anterior foram questionados se o centro comercial planejado demonstrava características
universais no ambiente construído. Os grupo de avaliadores foi convidado a avaliar o centro
comercial planejado através da realização das tarefas percorrendo os cenários, observando as
diretrizes do Desenho universal e componentes da acessibilidade espacial propostos na avaliação
heurística. Iniciou-se o procedimento de análise através do preenchimento de um segundo
formulário individual. As anotações das observações levantadas pelos avaliadores durante o
desenvolvimento da avaliação foram realizadas pelo pesquisador.

A avaliação foi inteiramente feita em grupo no centro comercial planejado, devido à


necessidade de anotação das observações narradas, logo após a sessão I. Obteve duração de
aproximadamente 4 horas. Os avaliadores tinham acesso ao formulário anterior.

A primeira tarefa foi utilizar os sistemas de circulação, elevadores e todas as escadas, fixa
e rolante. Seguem abaixo os problemas de usabilidade e as soluções satisfatórias encontradas pelos
avaliadores (Tabela 4.15 e Gráfico 4.6).

Tabela 4.15 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação –


Tarefas em cenários

Elemento 1 - Sistema de Circulação Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO ESCADA ESCADA ELEVADORES CORREDORES
FIXA ROLANTE
Usabilidade Satisfatória (US) 1,82% 21,82% 19,09% 23,64%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 19,09% 29,09% 32,73% 25,45%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 25,45% 32,73% 32,73% 27,27%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 53,64% 16,36% 15,45% 23,64%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

A tabela resultante da avaliação heurística modificada do elemento 1, sistema de


circulação, avaliado em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabela 4.15) demonstrou
algumas considerações relatadas durante o walkthrough dos especialistas pelo cenário do centro
comercial planejado. A escada fixa apresentou variação na avaliação, na sessão I foi avaliada em
13,64% como PUG e 47,27% como PUD, na avaliação da sessão II-A apresentou grande diferença
125
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

em relação ao PUG com 53,64% , pois segundo os avaliadores, a escada curva apresentou riscos
maiores que os percebidos na análise do projeto arquitetônico nas ações acidentais ou não
intencionais; requer grande esforço; não possibilita meios igualitários de uso; não oferece
segurança igualmente disponível, principalmente para idosos e crianças nas áreas de menor
dimensão dos degraus; não possui avisos de perigo e usos incorretos; minimiza a legibilidade e não
oferece uma linha clara de visão. A escada rolante classificada em 16,36% como PUG e 32,73%
como PUD, avaliação aumentada devido aos recursos de segurança ineficientes e a falta de
informação adicional em relação ao uso indevido. Os elevadores apresentaram a mesma
porcentagem de avaliação, 32,73% para PUD e PUPR e 15,45% como PUG; segundo os
avaliadores, os elevadores não apresentaram soluções eficientes para o deficiente visual, possui
botões com indicação em Braille, mas não possui alerta sonoro de chegada ao pavimento desejado;
a indicação dos andares ficam na lateral do elevador em altura baixa, dificultando a visualização
de todos os usuários quando o elevador estiver lotado; a saída do elevador não oferece mapa ou
sinalização adicional direta para localização do usuário no centro comercial planejado. Os
corredores apresentaram alteração na avaliação de porcentagem de 27,27% para PUD e aumento
para 23,64% como PUG, pois durante a avaliação dos cenários os avaliadores observaram o
afunilamento de algumas áreas, devido ao aumento de quantidade de quiosques em relação ao
projeto arquitetônico. Durante a avaliação dos cenários algumas áreas do centro comercial
planejado estavam congestionadas pelo espaço reduzido, usuários observando as vitrines e usuários
caminhando pelos corredores; a legibilidade do espaço são alteradas devido aos obstáculos; faixa
livre de circulação reduzida pelos quiosques e mobiliário; algumas lojas ultrapassam o
alinhamento, criando nichos, dificultando o percurso; dificuldade de legibilidade dos espaços,
tornando necessária informação adicional, mas a sinalização nos corredores foi avaliada novamente
como problema de usabilidade grave, pois as informações de natureza gráfica não maximizam a
legibilidade do espaço, principalmente na área de expansão; a ausência de contraste de cor entre
piso e parede foi aumentada para problema de usabilidade grave; a abundância de cor clara que
provoca em algumas áreas ofuscamento, devido ao brilho do piso; volumetria não propicia
tipologias diferenciadas de acessos secundários facilitando a orientação.

Gráfico 4.6 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação –

126
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Tarefas em cenários

Elemento 1: Sistema de Circulação


60

50

40

30

20

10

0
Escada Fixa Escada Rolante Elevadores Corredores

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.6) demonstrou que a escada fixa apresenta maiores problemas
de usabilidade, seguido pelos corredores, elevadores e escada rolante, como na sessão anterior.

Tabela 4.16 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação


– Tarefas em cenários

Elemento 1 - Sistema de Circulação Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Deslocamento Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 0,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 13,33% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 20,00% 70,00% 60,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 66,67% 30,00% 40,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.16)


demonstrou a avaliação dos cenários em relação à orientação espacial com classificação de 66,67%
de PUG e 20,00% de PUD, grande alteração em relação à avaliação da sessão I, devido à falta de
informação no projeto arquitetônico em relação à hierarquia dos percursos, não há diferenciação
127
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

entre os corredores, apenas a diferenciação de pé-direito na entrada principal e praça de alimentação


da área de expansão; as características do centro comercial planejado são bem semelhantes em
todas as áreas; inexistência de pisos táteis direcionais para pessoas com deficiência visual e
posicionamento da circulação vertical na edificação, proporcionando grandes distâncias em relação
ao Shopping Casa e hipermercado, essa sensação de distanciamento foi aumentada na execução
dos cenários. Em relação ao deslocamento a avaliação demonstrou 30,00% de PUG e 70,00% de
PUD, o uso foi classificado com 40,00% de PUG e 60,00% de PUD, devido à dificuldade de
visualização de informações; saídas de incêndio em áreas com barreiras físicas e estreitamento de
acesso, permanecendo ambos com a mesma porcentagem da avaliação da sessão anterior.

Tabela 4.17 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas – Tarefas
em cenários

Elemento 2 – Entradas e Saídas Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO A B C D E F
Usabilidade Satisfatória (US) 4,55% 4,55% 4,55% 4,55% 4,55% 4,55%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 56,36% 55,45% 40,00% 27,27% 29,09% 69,09%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 39,09% 40,00% 55,45% 63,63% 52,72% 26,36%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00% 4,55% 13,64% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

As tabelas resultantes da avaliação heurística modificada do elemento 2, entradas e saídas,


em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabelas 4.17, 4.18 e Gráfico 4.7) na avaliação
dos cenários de tarefas demonstraram a mesma porcentagem de avaliação que a sessão I em relação
ao acesso A – Rodovia A, acesso B – Rodovia B e acesso C – Avenida C, ou seja, 39,09%, 40,00%
e 55,45% para PUD, respectivamente. A avaliação do acesso D, estacionamento elevador e escada
fixa, obteve alteração na porcentagem de PUD e PUPR, 63,63% e 27,27% respectivamente, a área
destinada a vagas de estacionamento para deficientes não propicia acesso seguro à área de
circulação, devido à ausência de uma rota acessível; dificuldade na sinalização de setores do
estacionamento, todas são da mesma cor e diferenciadas por letras, causando desorientação;
ausência de um mapa localizador; ausência de sinalização identificando hall, quanto a sua
composição (escada fixa e elevadores); ausência de contraste entre piso e parede no hall; ausência
de piso tátil direcional. O acesso E, estacionamento escada rolante, apresentou alteração na
avaliação PUD e PUPR para 52,72% e 29,09% respectivamente, o estacionamento não possui
128
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

vagas especiais para deficientes, apenas para idosos; ausência de sinalização identificando hall,
quanto a sua composição (escada rolante); dificuldade na sinalização de setores do estacionamento,
todas são da mesma cor (amarela) e diferenciadas por letras, causando desorientação; ausência de
um mapa localizador; faixa de travessia sem rebaixo de guia.

Tabela 4.18 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas – Tarefas
em cenários

Elemento 2 – Entradas e Saídas Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO G H I J K L M
Usabilidade Satisfatória (US) 10,00% 12,73% 12,73% 12,73% 10,00% 10,91% 12,73%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 50,00% 50,00% 37,27% 43,64% 53,64% 57,27% 55,45%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 40,00% 37,27% 50,00% 43,63% 36,36% 31,82% 31,82%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Gráfico 4.7 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas – Tarefas
em cenários

Elemento 2: Entradas e Saídas


80

70

60

50

40

30

20

10

0
Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso
A B C D E F G H I J K L M

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Os acessos F, G, H, I, J, K, L e M apresentam a mesma avaliação da sessão I, apenas


129
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

algumas observações foram acrescentadas em relação a vagas acessíveis, não constantes em todos
os acessos e os rebaixos de guias com inclinação acentuada. O acesso L apresenta-se precário e
com obstáculos de acesso para o cadeirante, usuários com andadores e carrinhos de bebês.

O gráfico anterior (Gráfico 4.7) demonstrou que o Acesso E (Estacionamento Escada


rolante) e Acesso D (Estacionamento Elevador e escada fixa) apresentam maiores problemas de
usabilidade, como na sessão anterior, seguido pelos Acessos C, I, J, diferentemente da sessão
anterior B, G, K, H, F, L, e M.

Tabela 4.19 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas – Tarefas em
cenários

Elemento 2 – Entradas e Saídas Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Deslocamento Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 0,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 5,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 60,00% 50,00% 70,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 35,00% 50,00% 30,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.19)


demonstrou a avaliação das tarefas em cenários em relação à orientação espacial com alteração
nas percentagens de classificação para 35,00% de PUG e 60,00% de PUD, em relação a distribuição
dos ambientes e seus elementos, cor entre piso, parede e identificação da função do edifício. Como
dito anteriormente pelos avaliadores, a volumetria e os corredores não propiciam tipologias
diferenciadas de acessos secundários e não possuem balcão de informações, diferentemente do
apresentado nos projetos arquitetônicos. Em relação ao deslocamento a avaliação demonstrou
alteração para 50,00% de PUG e 50,00% de PUD, pois segundo os avaliadores, o centro comercial
planejado não possui condições de segurança, conforto e continuidade dos percursos para o
deficiente visual e usuários com baixa visão e os rebaixos das guias possuem inclinação alta,
dificultando o acesso pelos cadeirantes, carrinhos de bebês e carrinhos de supermercado. O uso
altera a classificação para 30,00% de PUG e 30,00% de PUD, devido à falta de vagas acessíveis de
estacionamento em todos os acessos e rotas acessíveis para segurança do usuário.

130
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Tabela 4.20 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding – Tarefas em


cenários

Elemento 3 – Wayfinding Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Sinalização em placas Sinalização em piso Mapas
Usabilidade Satisfatória (US) 4,55% 4,55% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 4,55% 4,55% 0,00%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 71,81% 75,45% 0,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 19,09% 15,45% 100,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

As tabelas resultantes da avaliação heurística modificada do Elemento 3, wayfinding, em


relação aos princípios do Desenho Universal (Tabelas 4.20, 4.21 e Gráfico 4.8) na avaliação dos
cenários de tarefas demonstraram que a sinalização em placas obteve alteração de avaliação para
19,09% de PUG e permaneceu 71,81% de PUD, pois as placas da área de expansão estão altas e
muitas vezes não apresentam indicação de fácil entendimento quanto ao sentido (placas em
cruzamentos); as placas não apresentam elementos pictóricos em relação a setores, faltam
características particulares nos setores e marcos. A sinalização em piso foi alterada na avaliação
em 15,45% de PUG e 75,55% de PUD, destacando novamente a ausência de piso tátil para
deficiente visual e usuário com baixa visão; a utilização de diferenciação de piso sem a intenção
de indicação de áreas de serviços, como por exemplo, sanitários. O item mapas foi avaliado com
100% de PUG, devido à ausência de um mapa localizador no centro comercial planejado.

Tabela 4.21 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding – Tarefas em


cenários
Elemento 3 – Wayfinding Princípios do Desenho Universal
CLASSIFICAÇÃO Informações Gráficas Sistema de marcação em Saídas de emergência
cada andar
Usabilidade Satisfatória (US) 10,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 21,82% 50,00% 22,73%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 68,18% 50,00% 27,27%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 50,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

As informações gráficas permaneceram com a mesma porcentagem de avaliação da sessão

131
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

I, 68,18% de PUD. O sistema de marcação de cada andar foi avaliado com 50% de PUD, devido
à localização e tamanho da placa em relação ao sistema de circulação. As saídas de emergência
permaneceram com a mesma avaliação, 50,00% de PUG.

Gráfico 4.8 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 3: Wayfinding – Tarefas em


cenários

Elemento 3: Wayfinding
120

100

80

60

40

20

0
Sinalização em Sinalização em Mapas Informações Sistema de Saídas de
placas piso gráficas marcação em emergência
cada andar

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.8) demonstrou que os Mapas apresentaram maiores problemas
de usabilidade, seguido pelas Saídas de Emergência, Sinalização em placas, diferenciando apenas
Sinalização em piso, Sistema de marcação em cada andar e Informações gráficas.

Tabela 4.22 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 3: Wayfinding – Tarefas


em cenários

Elemento 3 – Wayfinding Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 33,33%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 33,34%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 33,33%
TOTAL 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.22)


132
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

demonstrou alteração na avaliação realizada em relação à orientação espacial com classificação


de 33,33% de PUG e 33,34% de PUD, em relação a ausência de pisos táteis em passeios públicos
e configuração dos espaços muito semelhantes, falta de características particulares; cone visual
prejudicado devido à ausência de placas indicativas dos nomes das lojas no campo visual linear,
característica não percebida pelos avaliadores na sessão anterior.

Tabela 4.23 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos e


Serviços - Tarefas em cenários

Elemento 4 – Obtenção de Produtos e Princípios do Desenho Universal


Serviços
CLASSIFICAÇÃO Áreas Lojas Praça de Alimentação Praça Alimentação área expansão
Usabilidade Satisfatória (US) 28,18% 29,09% 29,09%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 36,36% 29,09% 29,09%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 32,73% 39,09% 39,09%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 2,73% 2,73% 2,73%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Tabela 4.24 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos e


Serviços - Tarefas em cenários
Elemento 4 – Obtenção de Produtos e Serviços Princípios do Desenho Universal
CLASSIFICAÇÃO Cinema Boliche Parque de Diversões
Usabilidade Satisfatória (US) 28,18% 26,36% 27,27%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 27,28% 29,10% 30,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 39,09% 39,09% 38,18%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 5,45% 5,45% 4,55%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Para avaliação do Elemento 4, obtenção de produtos e serviços, as tabelas resultantes da


avaliação heurística modificada em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabelas 4.23,
4.24 e Gráfico 4.9) demonstraram que as áreas de lojas permaneceram com avaliação de 2,73% de
PUG e 32,73% de PUD. A praça de alimentação alterou a avaliação em 2,73% de PUG e 39,09%
de PUD, devido ao espaçamento entre as mesas, dificultando o acesso; problemas de circulação
pelos corredores, devido a formação de filas nos caixas e lanchonetes self-service; balcões de
atendimento e caixas não possuem área de aproximação e rebaixo. A praça de alimentação da área

133
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

de expansão apresenta a mesma avaliação da praça de alimentação, 2,73% de PUG e 39,09% de


PUD, destacando os mesmos problemas da anterior e o desnível de áreas das mesas sem rampa de
acesso. O cinema, o boliche e o parque de diversões permaneceram com a mesma avaliação da
sessão I.

Gráfico 4.9 – Gráfico demonstrativo do resultado Avaliação Heurística modificada em relação ao


Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços - Tarefas em cenários

Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços


45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Áreas Lojas Praça de Praça Alimentação Cinema Boliche Parque de
Alimentação área expansão Diversões

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.9) demonstrou que o Cinema e Boliche apresentaram maiores
problemas de usabilidade, seguido pelo Parque de Diversões, Praça de Alimentação área expansão,
Praça de alimentação e Áreas Lojas, como sessão anterior.

Tabela 4.25 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos


e Serviços - Tarefas em cenários

Elemento 4 – Obtenção de Produtos e Serviços Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Comunicação Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 30,00% 0,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 0,00% 25,00% 20,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 20,00% 25,00% 20,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 50,00% 50,00% 60,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

134
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.25)


demonstrou a avaliação realizada em relação à orientação espacial com classificação de 50,00%
de PUG e 20,00% de PUD, em relação a distribuição dos ambientes e seus elementos, não
identificação de um balcão de informações e ausência de grande contraste pisos/paredes,
dificultando a orientação de usuários com baixa visão. A comunicação foi avaliada com 50,00%
de PUG e 25,00% de PUD, devido a inexistência de dispositivos de tecnologia assistiva e
dispositivos de segurança sonoros. O uso apresentou alteração de avaliação em 60,00% de PUG e
20,00% de PUD, devido ao balcão de atendimento não possuir rebaixo e não permitir aproximação
frontal, impossibilitando o atendimento com conforto e segurança de cadeirantes e pessoas com
estaturas mais baixas; circulação e atendimento prejudicado devido a formação de filas;
equipamentos sem configuração do Desenho Universal, apresentando apenas rebaixo de altura.

Para avaliação do Elemento 5, serviços públicos, as tabelas resultantes da avaliação


heurística modificada em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabelas 4.26 e 4.27)
demonstraram que os sanitários, sanitários da área de expansão e espaço família permaneceram
com a mesma avaliação, destacando apenas a circulação reduzida em algumas áreas, a deficiência
de informação perceptível; a problemática da dimensão dos boxes para usuários com muitas sacolas
e carrinhos de bebês; dimensão da porta em relação ao usuário obeso e tranca da porta que exige
muito esforço do usuário; baixo contraste entre os equipamentos; sanitários acessíveis em algumas
áreas estão escondidos e sem sinalização indicativa; o fraldário não apresenta trocadores com
regulagem de alturas.

Tabela 4.26 – Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos - Tarefas
em cenários

Elemento 5 – Serviços Públicos Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Sanitários Sanitários Expansão Espaço Família
Usabilidade Satisfatória (US) 16,36% 21,82% 32,73%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 51,82% 46,36% 35,45%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 31,82% 31,82% 31,82%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

135
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Tabela 4.27 –Avaliação Heurística modificada em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos - Tarefas em
cenários

Elemento 5 – Serviços Públicos Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Telefones Públicos Área de descanso Área de descanso expansão
Usabilidade Satisfatória (US) 5,45% 10,91% 10,91%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 54,54% 57,27% 57,27%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 34,55% 31,82% 31,82%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 5,45% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Os telefones públicos apresentaram alteração com percentual de 5,45% de PUG e 34,55%


de PUD, devido a aparelhos antigos sem equipamentos assistivos e teclas em Braille; ausência de
divisórias entre os telefones; ausência de piso tátil. As áreas de descanso e áreas de descanso da
área de expansão permaneceram com a mesma avaliação, 31,82% de PUD, devido a mobiliário
não indicado para alguns usuários (dificuldade para levantar-se); não possuem indicação com piso
tátil, mas sua configuração com diferenciação de piso e mobiliário apresenta-se intuitiva.

Tabela 4.28 – Componentes da Acessibilidade Espacial em relação ao Elemento 5: Serviços Públicos

Elemento 5 – Serviços Públicos Componentes da Acessibilidade Espacial


CLASSIFICAÇÃO Orientação Deslocamento Uso
Espacial
Usabilidade Satisfatória (US) 33,33% 20,00% 0,00%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 0,00% 26,67% 100,00%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 66,67% 53,33% 0,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014

A tabela de avaliação dos componentes da Acessibilidade Espacial (Tabela 4.28)


demonstrou a avaliação de tarefas em cenários em relação à orientação espacial apresenta a mesma
classificação da sessão I, 66,67% de PUD, destacando a ausência de grandes contrastes de cor entre
piso e parede e entre equipamentos e parede; apresentação da localização dos sanitários com
elementos pictóricos, não possui informação tátil e em Braille. Em relação ao deslocamento a
avaliação permanece com 53,33% de PUD, pois segundo os avaliadores, a organização dos

136
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

ambientes não é clara e os boxes dos sanitários não apresenta vãos adequados para usuários com
problemas motores e mães com carrinhos de bebê, obrigatório a utilização do sanitário acessível;
áreas de lavatórios externos não apresentam área de aproximação adequada e área rebaixada. O uso
permanece com 100,00% de PUPR, devido à localização de acessórios que não propiciam
aproximação com espaço adequado, principalmente na área de lavatórios externos.

Gráfico 4.10 – Gráfico demonstrativo do resultado Avaliação Heurística modificada em relação ao


Elemento 5: Serviços Públicos - Tarefas em cenários

Elemento 5: Serviços Públicos


70

60

50

40

30

20

10

0
Sanitários Sanitários Espaço Família Telefones Públicos Área de descanso Área de descanso
expansão expansão

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O gráfico acima (Gráfico 4.10) demonstrou que os Telefones públicos apresentaram


maiores problemas de usabilidade, seguido pelas Área de descanso e Área de descanso expansão,
Sanitários, Sanitários expansão e Espaço Família, igualmente à sessão anterior.

4.3 Dados da Sessão II-B – Walkthrough com usuários

O método de inspeção ou percurso pluralístico consiste em análise de cenários de tarefas e


avaliação dos elementos de interação do usuário com a edificação. Para a aplicação do método é
necessário colocar usuários e especialistas na análise de tarefas. O grupo de usuários consumidores
para realização do walkthrough foi determinado pelas avaliações realizadas pelos especialistas,
como grupo com maior usabilidade satisfatória encontrado.
137
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Devido a autorização da administração do shopping de apenas 01 (um) dia para a realização


do walkthrough, o pesquisador abordou os usuários consumidores para a realização das tarefas pré-
estabelecidas no estacionamento coberto do shopping. A seleção por usuários do sexo feminino
deu-se devido a necessidade de acompanha-los no interior dos sanitários.

Os resultados a seguir referem-se a uma entrevista estruturada com três usuários


consumidores do centro comercial planejado. São eles:
Usuário 01 - Usuário com dificuldade de deslocamento, mobilidade e uso: Usuária consumidora
com deficiência físico-motora, utiliza cadeira de rodas elétrica e não possui problemas nos
membros superiores. Usuária frequente do centro comercial planejado. Ensino superior completo.
Idade: 42 anos.
Usuário 02 - Usuário com restrição temporária de deslocamento, mobilidade e uso, devido ao
carrinho de bebê: Usuária consumidora adulta com bebê de seis meses. Usuária frequente do centro
comercial planejado. Pós-graduação lato sensu completa. Idade: 30 anos.
Usuário 03 - Usuário com dificuldade de leitura da Informação Adicional Gráfica, de orientação,
uso e de deslocamento: Usuária consumidora idosa com deficiência visual leve e dificuldades de
locomoção. Ensino médio completo. Usuária consumidora ocasional. Idade: 72 anos.

A avaliação foi inteiramente realizada no centro comercial planejado, estudo de caso


selecionado, e obteve duração de aproximadamente 60 minutos com cada usuário. O usuário
consumidor estava em passeio pelo local e foi convidado a realizar os cenários. Durante o percurso
foi questionado pelo pesquisador a usabilidade dos espaços em relação aos princípios do Desenho
Universal. O formulário foi preenchido pelo pesquisador durante sua realização. Os mapas de
percurso desenvolvidos pelo pesquisador não foram autorizados pela administração do shopping
para publicação, devido a esse fato, será relatado apenas os espaços percorridos pelo usuário.

- USUÁRIO 01

O usuário 01 foi convidado a percorrer pelo Acesso D – Estacionamento com elevador e


escada fixa (Entradas e Saídas), Elevador ( ) (Sistema de Circulação), Corredores ( ) (Sistema
de Circulação), Áreas Lojas (Obtenção de Produtos e Serviços), Sinalização em placas
(Wayfinding), Praça de Alimentação área expansão ( ) (Obtenção de Produtos e Serviços) e
sanitário expansão ( ) (Serviços Públicos).

138
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

O percurso apresentou o seguinte esquema:

Total percurso: aproximadamente 145 metros

Tabela 4.29 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
01 – Tarefas em cenário

Walkthrough com Usuário 01 Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Acesso D Elevador Corredores Área Lojas
Usabilidade Satisfatória (US) 45,45% 50,00% 72,73% 27,27%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 31,82% 9,09% 13,635% 22,73%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 22,73% 40,91% 13,635% 18,18%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00% 31,82%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

As tabelas resultantes da avaliação heurística modificada em relação aos princípios do


Desenho Universal (Tabelas 4.29, 4.30 e Gráfico 4.11) do Walkthrough do Usuário 01
demonstraram que o Acesso D obteve avaliação de 22,73% de PUD e 31,82% de PUPR, devido a
problemas relatados em relação à informação perceptível e tolerância ao erro, como: a falta de
placas indicando as vagas acessíveis; a quantidade baixa de vagas acessíveis em dias de grande
movimento; perigo em relação ao acesso, não há uma área segura para circulação; inclinação alta
do rebaixo de guia. O Elevador foi avaliado em 40,91% de PUD e 9,09% de PUPR, devido a
problemas relatados em relação a informação perceptível, adaptabilidade ao ritmo do usuário, alerta
eficaz e feedback durante e após a conclusão da tarefa, tolerância ao erro e tamanho e espaço para
aproximação e uso, como: falta de informação nos acessos do tipo de sistema de circulação em
cada entrada; os maiores problemas são em relação aos dias de grande movimento, tornando difícil
o acesso aos botões internos do elevador, o giro da cadeira, e principalmente, a necessidade de
alguém manter acionado a abertura da porta do elevador para permitir a manobra e saída. Os
corredores foram bem avaliados pela usuária com 72,73% de US, Usabilidade Satisfatória e
13,635% de PUPR e PUD, devido à dificuldade de locomoção em algumas áreas do centro
comercial planejado em dias cheios de grande movimento e a falta de informação adicional
eficiente. O item área lojas foi avaliado em relação a questionamentos realizados pelo pesquisador
e a experiência do usuário em relação ao deslocamento e uso das áreas internas das lojas,

139
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

apresentando 31,82% de PUG, 18,18% de PUD e 22,73% de PUPR. Algumas considerações foram
destacadas: a maioria das lojas, com exceção das âncoras, não possuem provadores amplos e
adaptados; a usuária gosta muito de acessórios, mas possui muita dificuldade de circulação no
interior dessas lojas, devido ao espaço reduzido e inexistência de áreas de giro, forçando a saída
em ré; alguns expositores e araras não apresentam alturas compatíveis; balcão de atendimento não
possuem design adequado para aproximação e uso.

Tabela 4.30 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
01 – Tarefa em cenário

Walkthrough com Usuário 01 Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Sinalização em Praça de Alimentação Sanitário Expansão
placas área expansão
Usabilidade Satisfatória (US) 4,55% 40,91% 77,27%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 56,36% 40,91% 4,55%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 39,09% 18,18% 18,18%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

A sinalização em placas teve avaliação de 39,09% de PUD e 56,36% de PUPR, devido à


ausência de informações mais claras e a falta de um mapa para encontrar algumas lojas no centro
comercial planejado. A praça de alimentação da área de expansão foi bem avaliada com 40,91%
de US e PUPR em relação a configuração e design das mesas que permitem aproximação e uso, e
ao design atraente da área. Devido a existência de áreas com mesas em desnível, impedindo o
acesso pela usuária e design balcão de atendimento inadequado para aproximação e uso, o item foi
avaliado em 18,18% de PUD. Os sanitários da área de expansão foram elogiados pela usuária,
77,27% de US, pela existência de sanitário exclusivo externo ao sanitário coletivo, pois a mesma
necessita de auxílio para utilização do sanitário; os sanitários são amplos e possuem equipamentos
adequados; possui bebedouro e telefone com alturas diferenciadas; apenas ressalta a falta de espaço
adequado lateral para abertura da porta de acesso ao sanitário e a impossibilidade de utilização dos
lavatórios externos e seus acessórios (papeleira e saboneteira), devido à altura não adequada,
avaliando o item em 18,18% de PUD e 4,55% de PUPR.

Gráfico 4.11 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário

140
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

01 – Tarefa em cenário

Walkthrough do Usuário 01
90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
Acesso D Elevador Corredores Área Lojas Sinalização em Praça de Sanitário
placas Alimentação Expansão
área expansão

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Analisando o gráfico com percentuais de problemas de usabilidade resultantes do


walkthrough do Usuário 1 (Gráfico 4.11) demonstrou que as Áreas Lojas apresentaram maiores
problemas de usabilidade, seguido pela Sinalização em placas e Elevador, Acesso D, Praça de
Alimentação área expansão, Corredores e Sanitário expansão.

USUÁRIO 02

O usuário 02 foi convidado a percorrer pelo Acesso D – Estacionamento Elevador e escada


fixa (Entradas e Saídas), Elevador ( ) (Sistema de Circulação), Corredores ( ) (Sistema de
Circulação), Áreas Lojas (Obtenção de Produtos e Serviços), Sinalização em placas (Wayfinding),
Praça de Alimentação ( ) (Obtenção de Produtos e Serviços) e espaço família ( ) (Serviços
Públicos).

O percurso apresentou o seguinte esquema:

Total percurso: aproximadamente 343 metros

141
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Tabela 4.31 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
02 – Tarefa em cenário

Walkthrough com Usuário 02 Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Acesso D Elevador Corredores Área Lojas
Usabilidade Satisfatória (US) 81,82% 90,91% 95,45% 95,45%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 18,18% 9,09% 4,55% 4,55%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

As tabelas resultantes da avaliação heurística modificada em relação aos princípios do


Desenho Universal (Tabelas 4.31, 4.32 e Gráfico 4.12) do Walkthrough do Usuário 02
demonstraram que o Acesso D obteve avaliação de 18,18% de PUPR e 81,82% de US, devido a
problemas relatados em relação a tolerância ao erro, como: distância pequena entre os veículos,
dificultando a retirada do bebê do interior do veículo; perigo em relação ao acesso, não há uma
área segura para circulação. O Elevador foi avaliado em 9,09% de PUPR e 90,91% de US, devido
a problemas relatados em relação a adaptabilidade ao ritmo do usuário, como: a necessidade de
alguém manter acionado a abertura da porta do elevador para permitir a manobra e saída. Os
corredores foram bem avaliados pela usuária com 4,55% de PUPR e 95,45% de US, devido à
dificuldade de locomoção em algumas áreas do centro comercial planejado em dias de grande
movimento. O item área lojas foi avaliado em 4,55% de PUPR e 95,45% de US, devido à área de
circulação reduzida de algumas lojas.

Tabela 4.32 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
02 – Tarefa em cenário

Walkthrough com Usuário 02 Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Sinalização em Praça de Alimentação Espaço Família
placas
Usabilidade Satisfatória (US) 63,64% 95,45% 95,45%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 9,09% 4,55% 4,55%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 27,27% 0,00% 0,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

142
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

A sinalização em placas teve avaliação de 27,27% de PUD e 9,09% de PUPR, devido à


falta de exatidão no uso e de um mapa para encontrar algumas lojas no centro comercial planejado.
A praça de alimentação foi bem avaliada com 4,55% de PUPR e 94,45% de US, devido a
circulação comprometida em dias de grande movimento. O espaço família foi elogiado pela
usuária, 4,55% de PUPR e 94,45% de US, apresentando apenas capacidade inferior de espaços de
trocadores em dias de grande movimento.

Gráfico 4.12 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
02 – Tarefa em cenário

Walkthrough do Usuário 02
120

100

80

60

40

20

0
Acesso D Elevador Corredores Área Lojas Sinalização em Praça de Espaço Família
placas Alimentação

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Analisando o gráfico com percentuais de problemas de usabilidade resultantes do


walkthrough do Usuário 2 (Gráfico 4.12) demonstrou que a Sinalização em placas apresentou
maiores problemas de usabilidade, seguido pelo Acesso D, Elevador e Praça de Alimentação. Os
Corredores, Área Lojas e Espaço Família apresentaram problema de usabilidade fracos
semelhantes.

- USUÁRIO 03

O usuário 03 foi convidado a percorrer pelo Acesso E – Estacionamento Escada rolante


(Entradas e Saídas), Escada Rolante ( ) (Sistema de Circulação), Corredores ( ) (Sistema de
Circulação), Sinalização em placas (Wayfinding), Áreas Lojas (Obtenção de Produtos e Serviços),
Espaço Descanso ( ) (Serviços Públicos) e Sanitários ( ) (Serviços Públicos).
143
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

O percurso apresentou o seguinte esquema:

Total percurso: aproximadamente 343 metros

Tabela 4.33 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
03 – Tarefa em cenário

Walkthrough com Usuário 03 Princípios do Desenho Universal


CLASSIFICAÇÃO Acesso E Escada Rolante Corredores Sinalização em
placas
Usabilidade Satisfatória (US) 90,91% 22,73% 95,45% 22,73%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 0,00% 22,73% 4,55% 22,73%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 9,09% 22,72% 0,00% 22,72%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 31,82% 0,00% 31,82%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

As tabelas resultantes da avaliação heurística modificada em relação aos princípios do


Desenho Universal (Tabelas 4.33, 4.34 e Gráfico 4.13) do Walkthrough do Usuário 03
demonstraram que o Acesso E obteve avaliação de 9,09% de PUD e 90,91% de US, devido ao
perigo em relação ao acesso, não há uma área segura para circulação, apenas a faixa de travessia.

A Escada Rolante foi avaliada em 31,82% de PUG, 22,72% de PUD e 22,73% de PUPR e
US, devido a problemas em relação ao uso simples e intuitivo, flexibilidade de uso e tolerância ao
erro, a usuária demonstrou muita dificuldade na execução da tarefa e só aceitou o uso do sistema
de circulação com auxílio da acompanhante. Os corredores foram bem avaliados pela usuária com
4,55% de PUPR e 95,45% de US, devido à semelhança de todos os corredores, dificultando a
localização. A sinalização em placas teve avaliação de 31,82% de PUG, 22,72% de PUD e 22,73%
de PUPR e US, devido à dificuldade de compreensão do direcionamento e a leitura de algumas
placas de sinalização. A usuária comentou que não frequenta o centro comercial planejado
desacompanhada, pois se perderia facilmente e devido a sua dificuldade de locomoção.

144
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

Tabela 4.34 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
03 – Tarefa em cenário
Walkthrough com Usuário 03 Princípios do Desenho Universal
CLASSIFICAÇÃO Área Lojas Espaço descanso Sanitários
expansão
Usabilidade Satisfatória (US) 95,45% 90,91% 95,45%
Permite o Uso com Pequenas Restrições (PUPR) 4,55% 0,00% 4,55%
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 0,00% 9,09% 0,00%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,00% 0,00%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Gráfico 4.13 – Dados obtidos na Avaliação Heurística modificada em relação ao Walkthrough do Usuário
03 – Tarefa em cenário

Walkthrough do Usuário 03
120

100

80

60

40

20

0
Acesso E Escada Rolante Corredores Sinalização em Área Lojas Espaço Sanitários
placas Descanso
Expansão

US PUPR PUD PUG

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O item área lojas foi avaliado em 4,55% de PUPR e 95,45% de US, devido à falta de
assentos no interior de algumas lojas. O espaço descanso expansão foi bem avaliado com 9,09%
de PUD e 90,91% de US, devido a algumas poltronas difíceis de uso, a usuária só consegue se
levantar com auxílio da acompanhante. Os sanitários foram elogiados pela usuária, 4,55% de
PUPR e 94,45% de US, apresentando problema apenas com a fechadura da porta e a altura do
cabide para bolsa.

Analisando o gráfico com percentuais de problemas de usabilidade resultantes do


walkthrough do Usuário 3 (Gráfico 4.13) demonstrou que a Escada Rolante e Sinalização em
145
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 4 – Análise de Dados

placas apresentaram maiores problemas de usabilidade, seguido pelo Acesso E e Espaço descanso
expansão. Os Corredores, Área Lojas e Sanitários apresentaram problema de usabilidade fracos
semelhantes.

Analisando os gráficos 4.11, 4.12 e 4.13, com percentuais de problemas de usabilidade


resultantes do Walkthrough com usuários no centro comercial planejado, pode-se afirmar que do
maior grau para o menor grau de problemas, o Elemento 3 (wayfinding) confirma-se como maior
problema de usabilidade, seguido novamente pelo Elemento 1 (sistema de circulação), referente à
escada rolante e elevador.

Durante o walkthrough com usuários pôde-se notar que a insatisfação do usuário com
elementos de uso específicos com problemas de usabilidade mostra-se suavizada devido ao fato da
atividade exercida ser de lazer e não propiciar stress diário. Alguns problemas graves verificados
durante a execução do walkthrough de especialistas não são relatados com muita gravidade pelo
usuário. Esta afirmação necessita de maior aprofundamento e pesquisa relacionada a
comportamento humano no ambiente construído.

4.4 Dados da Sessão III

O projeto arquitetônico do Shopping Center foi novamente apresentado aos avaliadores


para reanálise, logo após a realização da sessão III, observando os elementos da cidade universal
proposto na avaliação heurística. A avaliação foi realizada no centro comercial planejado e obteve
duração de aproximadamente 50 minutos.

Os formulários foram novamente preenchidos e apresentaram as mesmas avaliações da


sessão II-A. Os avaliadores tinham acesso aos formulários anteriores.

146
Capítulo 5
Resultados e Discussão

Objetivos do Capítulo

- Apresentar os resultados gerais;

- Apresentar as discussões.

147
148
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Através da análise dos dados contidos nos formulários e anotações efetuadas pelo
pesquisador, foram obtidas informações sobre a avaliação de usabilidade aplicada no centro
comercial planejado em três sessões consecutivas: Sessão I: Avaliação em fase de projeto, pré-
entrevista, grupo de avaliadores interdisciplinares avaliaram os cenários pré-definidos no projeto
arquitetônico do centro comercial planejado em termos de princípios do Desenho Universal e
acessibilidade espacial (heurísticas), através do preenchimento do primeiro formulário individual;
Sessão II-A: Avaliação pós-ocupação, o walkthrough de especialistas, o grupo de avaliadores
percorreram pelos cenários pré-definidos e desenvolveram a avaliação em termos de princípios do
Desenho Universal e acessibilidade espacial, através do preenchimento do segundo formulário
individual; Sessão III: Avaliação em fase de projeto, pós-entrevista, o grupo de avaliadores
reanalisaram os cenários no projeto arquitetônico do centro comercial planejado em termos de
princípios do Desenho Universal e acessibilidade espacial.

Ao término das três sessões, diversos problemas de usabilidade foram encontrados pelos
avaliadores. Para uma interpretação mais detalhada das sessões realizadas, a Tabela 5.1 apresenta
os problemas de usabilidade encontrados nas três sessões em relação ao Elemento 1: Sistema de
Circulação. Devido aos resultados da sessão II-A e III serem iguais, a média das sessões foram
apresentadas entre as sessões I e II.

Tabela 5.1 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada em
relação ao Elemento 1: Sistema de Circulação – Princípios do Desenho Universal

Elemento 1 - Sistema de Sessões Média


Circulação
CLASSIFICAÇÃO I II-A e III I e II -A
Usabilidade Satisfatória (US) 18,18% 16,59% 17,38%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 30,68% 26,59% 28,63%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 38,64% 29,55% 34,10%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 12,50% 27,27% 19,89%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

A tabela resultante da avaliação heurística modificada do elemento 1, sistema de circulação


149
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

(escada fixa, escada rolante, elevadores e corredores), avaliados em relação aos princípios do
Desenho Universal (Tabela 5.1) demonstrou maior percentagem, 34,10%, em relação a Problemas
de Usabilidade Médios, permitindo o uso com dificuldade (PUD), seguido por Problemas de
Usabilidade fracos, permitindo o uso com pequenas restrições (PUPR) com 28,63%, Problemas de
Usabilidade Graves (PUG) com 19,89% e Usabilidade Satisfatória (US) com 17,38%. Analisando
os dados resultantes da avaliação em relação ao elemento 1 – sistema de circulação, pode-se
perceber que a sessão II-A possibilitou a verificação de maiores problemas graves de usabilidade,
pois houve um aumento de 14,77% em relação à sessão anterior – Sessão I.

Esses dados demonstraram que a sessão I e sessão II-A se complementaram, pois


possibilitaram uma análise em relação a organização espacial dos elementos e a utilização destes,
proporcionando a verificação das sensações e vivência no espaço construído. A sessão III, não
contribuiu em relação a novos dados.

Tabela 5.2 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada em
relação ao Elemento 2: Entradas e Saídas

Elemento 2 – Entradas e Saídas Sessões Média


CLASSIFICAÇÃO I II-A e III I e II-A
Usabilidade Satisfatória (US) 8,39% 8,39% 8,39%
Permite o Uso com Pequenas 49,51% 48,04% 48,77%
Restrições (PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 40,70% 42,17% 41,44%
Problemas de Usabilidade Graves 1,40% 1,40% 1,40%
(PUG)
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

A tabela resultante da avaliação heurística modificada do elemento 2, entradas e saídas


(Acessos A a M), avaliados em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabela 5.2)
demonstrou maior percentagem, 48,77%, em relação a Problemas de Usabilidade fracos,
permitindo o uso com pequenas restrições (PUPR), seguido por Problemas de Usabilidade Médios,
permitindo o uso com dificuldade (PUD) com 41,44%, Usabilidade Satisfatória (US) com 8,39%
e Problemas de Usabilidade Graves (PUG) com 1,40%. Analisando os dados resultantes da
avaliação em relação ao elemento 2 – entradas e saídas, pode-se perceber que a sessão II-A
possibilitou a verificação de problemas médios de usabilidade, ou seja, problemas considerados de
pequenas restrições foram avaliados como problemas de usabilidade médios, apresentando
150
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

aumento de 1,47% em relação à sessão anterior – Sessão I.

Os dados demonstram novamente que a sessão I e sessão II-A se complementaram, e a


sessão III não contribuiu em relação a novos dados.

Tabela 5.3 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada em
relação ao Elemento 3: Wayfinding

Elemento 3 – Wayfinding Sessões Média


CLASSIFICAÇÃO I II-A e III I e II-A
Usabilidade Satisfatória (US) 12,42% 3,18% 7,80%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 23,94% 17,28% 20,61%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 36,97% 48,78% 42,87%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 26,67% 30,76% 28,72%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

A tabela resultante da avaliação heurística modificada do elemento 3, wayfinding


(sinalização em placas, sinalização em piso, mapas, informações gráficas, sistema de marcação de
cada andar e saídas de emergência), avaliados em relação aos princípios do Desenho Universal
(Tabela 5.3) demonstrou maior percentagem, 42,87%, em relação a Problemas de Usabilidade
Médios, permitindo o uso com dificuldade (PUD), seguido por Problemas de Usabilidade Graves
(PUG) com 28,72%, Problemas de Usabilidade fracos, permitindo o uso com pequenas restrições
(PUPR) com 20,61% e Usabilidade Satisfatória (US) com 7,80%. Analisando os dados resultantes
da avaliação em relação ao elemento 3 – wayfinding, pode-se perceber que a sessão II-A apresentou
grande diferença em relação à avaliação I, ou seja, a usabilidade satisfatória apresentou uma
redução 9,24% e problemas considerados de pequenas restrições foram avaliados como problemas
de usabilidade médios e graves. Problemas de Usabilidade Médios e Problemas de usabilidade
Graves apresentaram aumento de 11,81% e 4,09%, respectivamente, em relação à sessão anterior
– Sessão I. Esses dados demonstram que a avaliação de elementos de wayfinding em projeto
(sessão I) não possibilitou uma avaliação de usabilidade eficaz, pois o projeto arquitetônico não
apresentou as informações referentes aos suportes físicos permanentes ou transitórios locados no
espaço (placas, displays e banners). Foi apresentado aos avaliadores o projeto de layout das placas.
A sessão III não contribuiu em relação a novos dados.

151
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

Tabela 5.4 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada em
relação ao Elemento 4: Obtenção de Produtos e Serviços
Elemento 4 – Obtenção de Sessões Média
Produtos e Serviços
CLASSIFICAÇÃO I II-A e III I e II-A
Usabilidade Satisfatória (US) 28,03% 28,03% 28,03%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 32,58% 30,15% 31,36%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 35,60% 37,88% 36,74%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 3,79% 3,94% 3,87%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

A tabela resultante da avaliação heurística modificada do elemento 4, obtenção de produtos


e serviços (áreas lojas, praça de alimentação, praça de alimentação área de expansão, cinema,
boliche e parque de diversões), avaliados em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabela
5.4) demonstrou maior percentagem, 36,74%, em relação a Problemas de Usabilidade Médios,
permitindo o uso com dificuldade (PUD), seguido por Problemas de Usabilidade fracos, permitindo
o uso com pequenas restrições (PUPR) com 31,36%, Usabilidade Satisfatória (US) com 28,03% e
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) com 3,87%. Analisando os dados resultantes da avaliação
em relação ao elemento 4 – obtenção de produtos e serviços, pode-se perceber que a sessão II-A
possibilitou a verificação de problemas médios de usabilidade, ou seja, problemas considerados de
pequenas restrições foram avaliados como problemas de usabilidade médios, apresentando
aumento de 2,28% em relação à sessão anterior – Sessão I. Problemas de usabilidade Graves
apresentaram aumento de 0,15%. Os dados demonstraram novamente que a sessão I e sessão II-A
se complementaram, e a sessão III não contribuiu em relação a novos dados.

Tabela 5.5 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada em
relação ao Elemento 5: Serviços Públicos
Elemento 5 – Serviços Públicos Sessões Média
CLASSIFICAÇÃO I II-A e III I e II-A
Usabilidade Satisfatória (US) 17,27% 16,36% 16,81%
Permite o Uso com Pequenas Restrições 50,45% 50,45% 50,45%
(PUPR)
Permite o Uso com Dificuldade (PUD) 32,28% 32,28% 32,28%
Problemas de Usabilidade Graves (PUG) 0,00% 0,91% 0,46%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.


152
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

A tabela resultante da avaliação heurística modificada do elemento 5, serviços públicos


(Sanitários, sanitários expansão, espaço família, telefones públicos, área de descanso, área
descanso expansão), avaliados em relação aos princípios do Desenho Universal (Tabela 5.5)
demonstrou maior percentagem, 50,45%, em relação a Problemas de Usabilidade fracos,
permitindo o uso com pequenas restrições (PUPR), seguido por Problemas de Usabilidade Médios,
permitindo o uso com dificuldade (PUD) com 32,28%, Usabilidade Satisfatória (US) com 16,81%
e Problemas de Usabilidade Graves (PUG) com 0,46%. Analisando os dados resultantes da
avaliação em relação ao elemento 5 – serviços públicos pode-se perceber que a sessão II-A
possibilitou a verificação de redução de elementos considerados com usabilidade satisfatória de
0,91%. Problemas de usabilidade Graves apresentaram aumento de 0,91%. Os dados demonstraram
novamente que a sessão I e sessão II-A se complementaram, e a sessão III não contribuiu em
relação a novos dados.

Gráfico 5.1 – Comparação dos Dados obtidos nas três sessões da Avaliação Heurística modificada em
relação aos Elementos da Cidade Universal

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

153
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

Analisando o gráfico com percentuais de problemas de usabilidade resultantes da avaliação


heurística do centro comercial planejado (Gráfico 5.1), pode-se afirmar que do maior grau para o
menor grau de problemas, o Elemento 3 (wayfinding) apresentou maiores problemas de
usabilidade, seguido pelo Elemento 1 (sistema de circulação), Elemento 4 (obtenção de produtos
e serviços), Elemento 2 (entradas e saídas) e Elemento 5 (serviços públicos).

A partir dos resultados evidenciados pelas tabelas e gráficos, pode-se concluir que o Centro
comercial planejado atende parcialmente os quesitos relacionados a usabilidade universal. O
Elemento 3 – Wayfinding, elementos pictóricos de wayfinding, impõem restrições à maioria dos
usuários em relação a legibilidade e compreensão do espaço. A inexistência de informação tátil
eficiente impossibilita a acessibilidade aos deficientes visuais, usuário com maior grau de
problemas de usabilidade. O Elemento 1 – Sistema de circulação, impõem restrição a um grupo de
usuários em relação a alguns acessos, a escada curva apresenta alto grau de restrições e a escada
rolante favorece grupos de usuários e impossibilita o acesso de cadeirantes, mães com carrinhos de
bebês, usuários de bengalas, idosos, entre outros. O layout simétrico que propicia falhas na
legibilidade e a existência de barreiras físicas no percurso. Novamente, a acessibilidade aos
deficientes visuais possui restrições, ocasionando graus medianos de problemas de usabilidade. O
Elemento 4 – Obtenção de produtos e serviços, apresenta restrições em relação ao atendimento e
circulação nas praças de alimentação, cinema, boliche e parque de diversões, ocasionando graus
medianos de problemas de usabilidade. O Elemento 2 – Entradas e Saídas apresenta problemas em
relação a estacionamentos, percursos bem definidos e seguros para todos os usuários, ocasionando
graus medianos de problemas de usabilidade. E finalizando, o Elemento 5 – Serviços públicos
apresenta problemas de configuração espacial e legibilidade, além de problemas em relação ao uso
desses espaços, ocasionando graus medianos de problemas de usabilidade.

A avaliação heurística modificada de Afacan e Erbug (2009), utilizou como instrumento de


avaliação uma entrevista aberta que possibilitava ao avaliador uma maior liberdade na análise do
projeto arquitetônico e walkthrough. Em seu estudo, 53 (cinquenta e três) problemas de usabilidade
foram identificados pelos avaliadores, e foram classificados em duas categorias: maior e menor.
Os maiores problemas de usabilidade foram identificados na sessão I e os menores na sessão II-A
e III.

O pré-teste desenvolvido nessa pesquisa apresentou a mesma estrutura utilizada por Afacan

154
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

e Erbug (2009), ou seja, o pesquisador apresentou os cenários ao avaliador e a conformação destes


com os princípios do Desenho Universal e componentes da acessibilidade espacial40. Após a
aplicação, verificou-se a necessidade de alterações na estrutura da avaliação heurística. A tabela
abaixo (Tabela 5.6) apresenta as principais diferenças entre as avaliações utilizadas para
compreensão e elucidação em futuras replicações.

Tabela 5.6 – Comparação entre Avaliação Heurística modificada utilizada por Afacan e Erbug (2009) e a
utilizada pelo pesquisador.

Avaliação Heurística Afacan e Erbug (2009) Pesquisador


Modificada

Estudo de caso Shopping Center verticalizado Shopping Center com organização espacial
horizontal
Cenários Componentes da cidade universal (DANFORD; Componentes da cidade universal
TAUKE, 2001) (DANFORD; TAUKE, 2001)

Heurísticas Princípios do Desenho Universal Princípios do Desenho Universal


Componentes da Acessibilidade Espacial

Técnicas utilizadas Entrevista aberta Entrevista estruturada

Instrumento de Resumo do procedimento. Formulário a ser preenchido pelo avaliador.


Avaliação

Papel do pesquisador Pesquisador orienta e acompanha o avaliador Pesquisador acompanha o avaliador e registra
para registrar as observações. as observações.

Grupo de avaliadores 02 arquitetos (área: arquitetura de interiores) 01 arquitetos (área: arquitetura de interiores)
02 arquitetos (área: projeto arquitetônico) 02 arquitetos (área: projeto arquitetônico)
01 arquiteto (área: planejamento urbano) 01 arquiteto (área: planejamento urbano)
01 engenheiro (área: construção)

Número de sessões 03 Sessões consecutivas individuais 03 Sessões consecutivas em grupo


Sessão I – realizada no escritório do avaliador. Sessão I – realizada no shopping center.

Sessão II – realizada no shopping center. Sessão II-A – realizada no shopping center.

Sessão III – realizada no shopping center. Sessão III – realizada no shopping center.

Duração sessões Sessão I – aproximadamente 1 hora Sessão I – aproximadamente 1h:50 minutos


(tempo)
Sessão II – 4 a 5 horas Sessão II-A – aproximadamente 4 horas

Sessão III – aproximadamente 1 hora Sessão III – aproximadamente 50 minutos

40
Heurísticas não utilizada por Afacan e Erbug (2009).
155
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

Avaliação Heurística Afacan e Erbug (2009) Pesquisador


Modificada
Usuário Avaliação não propõe a participação do usuário Avaliação propõe a participação do usuário no
no processo de avaliação. processo de avaliação (Sessão II-B).

Dados obtidos 53 (cinquenta e três) problemas de usabilidade A avaliação foi determinada por graus de
foram identificados pelos avaliadores, e foram problemas de usabilidade e demonstrada
classificados em duas categorias: maior e através de tabelas e transcrição das
menor. O autor fornece uma lista com os observações dos arquitetos e engenheiro.
problemas de usabilidade, tabela com Através de gráficos possibilitou a
porcentagem de problemas encontrados em identificação do elemento que possui maior
cada sessão e gráfico demonstrando qual problema de usabilidade.
avaliador relatou mais problemas de
usabilidade.

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

Optou-se pelo desenvolvimento de um formulário, entrevista estruturada, seguindo o


modelo utilizado no pré-teste, mas estruturado com os sete princípios do Desenho Universal e
componentes da acessibilidade espacial. Diferentemente da aplicação no pré-teste, que concedia
uma liberdade na análise dos avaliadores, relatando os problemas que encontrava pelo percurso,
sem classificá-los e relacioná-los ao Desenho Universal, tarefa delegada ao pesquisador para
relacionar os problemas relatados aos elementos da cidade universal, o formulário focou a análise
na usabilidade universal, ou seja, destacou os elementos a serem analisados e os relacionou de
maneira mais eficiente aos princípios do Desenho Universal, possibilitando a compreensão do grau
de problemas de usabilidade.

O formulário desenvolvido objetivou criar um roteiro definido conformado com as


heurísticas e classificação dos problemas de usabilidade. Para sua elaboração foram utilizados os
resumos do procedimento41 utilizado por Afacan e Erbug (2009), ou seja, define os princípios de
Desenho Universal (heurísticas), relaciona com considerações projetuais para centros comerciais e
utiliza as diretrizes dos sete princípios do Desenho Universal como questionamentos em relação
aos elementos da cidade universal.

O maior problema detectado no formulário foi em relação aos questionamentos repetidos


(diretrizes dos sete princípios) e confusos, o formato apresentado necessita de avaliadores
especialistas em Desenho Universal para o entendimento do instrumento, há necessidade de criação
de perguntas mais claras em relação aos princípios do Desenho Universal. O formulário apresentou

41
Tabela 2.3; Tabelas 3.2,3.3 e 3.4.
156
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

novas heurísticas, componentes da acessibilidade espacial, as perguntas formuladas demonstraram


maior clareza aos avaliadores42, pode-se concluir com essa afirmação que uma nova formulação de
perguntas mais objetivas e claras para os avaliadores se faz necessária, possibilitando o auxílio no
entendimento e na redução do formulário, pois apresenta-se muito extenso. Um formulário menor
possibilitaria um espaço para registros de observações relevantes ao roteiro a serem realizadas pelo
avaliador, evitando a influência com os demais avaliadores. A escala de classificação dos
problemas de usabilidade apresentada no formulário deve ser repensada, pois apresenta-se muito
extensa. Há necessidade de criar uma escala de classificação referente ao impedimento de uso por
algum usuário, sugere-se testes de outras escalas.

Em relação aos componentes da cidade universal deve ser reavaliado no elemento


wayfinding, pois o está relacionado a todos os outros. Não deve ser considerado um cenário de
tarefas, deve ser incorporado aos outros elementos.

Em relação ao procedimento das sessões algumas considerações devem ser pontuadas:

- o procedimento utilizado por Afacan e Erbug (2009) demonstra-se mais adequado em relação a
realização da avaliação individual com o especialista. A avaliação em grupo, mesmo com
preenchimento individual do formulário, apresenta influência entre os avaliadores, devido a
verbalização dos problemas, interferindo nos dados obtidos.

- a sessão I apresentou grande eficácia na avaliação, mas necessita de complementação da sessão


II-A. As especificações falhas em projeto, a falta de detalhamento e alguns elementos que não são
apontados no projeto arquitetônico, como pessoas circulando pelo espaço, formação de filas,
alcance visual, mapas, placas, entre outros, necessitam da avaliação no local, ou seja, avaliação
pós-ocupação.

- a sessão III não apresentou eficácia no preenchimento dos formulários, os avaliadores repetiram
as respostas, mas foi propícia para um pequeno debate e propostas para melhoria do projeto
arquitetônico. Para uma replicação da avaliação heurística utilizando o formulário proposto,
sugere-se ao futuro pesquisador a não aplicação da última sessão. Se for aplicada, a sessão III deve
ser desenvolvida como uma revisão dos problemas encontrados e debate em grupo dos resultados.
Deve ser aprimorada permitindo a consolidação dos resultados, ou seja, os avaliadores devem

42
Tabela 3.1.
157
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

revisar os problemas encontrados e desenvolver recomendações de soluções através de relatórios,


como sugere a tabela 2.243.

- a aplicação da sessão II-B, walkthrough com usuários possibilitou a verificação dos problemas
de usabilidade em relação aos mesmos componentes da cidade universal, ou seja, elemento 3
(Wayfinding) e elemento 1 (sistema de circulação). Como dito anteriormente, verificou-se que
alguns problemas de usabilidade destacados como graves pelo grupo de especialistas não são
considerados com mesma gravidade pelo usuário consumidor, devido a essa constatação prévia, há
necessidade de maior investigação, possibilitando uma avaliação do ambiente construído na rotina
diária desse usuário específico. O walkthrough com usuário deve ser ampliado para um maior
número de usuários, como deficiente auditivo ou visuais, e inclusão do usuário que trabalha no
centro comercial planejado, pois os resultados seriam outros.

A inexistência de especialistas em usabilidade no campo de arquitetura e urbanismo, e a


falta de especialistas em Desenho Universal na cidade de Londrina, acarretou limites na seleção do
grupo avaliador. Para uma futura replicação, sugere-se a seleção de um grupo de especialistas em
usabilidade com grande conhecimento em Desenho Universal e acessibilidade espacial.

Buscando aprimorar o conteúdo do formulário aplicado foi realizado questionamentos aos


especialistas participantes da Avaliação Heurística em relação a usabilidade da ferramenta de
avaliação e seu conteúdo. Algumas afirmações foram bem importantes para a discussão, segue
abaixo algumas considerações dos especialistas:

- consideraram muito relevante a avaliação de usabilidade do espaço construído, termo que


não conheciam no contexto de arquitetura e urbanismo;

- a dificuldade de não focar apenas no cumprimento da norma NBR 9050:2004 (ABNT,


2004), que trata da “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos” e
contemplar todos os usuários;

- a dificuldade de compreensão dos princípios do Desenho Universal, pois são generalistas.


A análise individual dos princípios é complexa, pois muitas vezes as análises se repetem e se
complementam;

- a exigência de grande conhecimento sobre Desenho Universal para avaliação e

43
Página 52. Fonte: BARBOSA; SILVA, 2010, p. 318.
158
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

preenchimento do formulário. Os especialistas chegaram à conclusão que os princípios do Desenho


Universal estão sendo pouco aplicados e compreendidos pelos profissionais de arquitetura e
urbanismo, o que torna a tomada de decisão no processo de projeto de construção universal uma
tarefa complexa;

- a avaliação heurística proporcionou uma reflexão sobre a concepção universal do espaço


construído no processo de projeto e as exigências dos sete princípios do Desenho Universal;

- a escolha de um especialista que visitou o shopping pela primeira vez foi muito importante
para a troca de informações entre os avaliadores.

- as sessões não devem ser realizadas consecutivamente, pois os avaliadores demonstraram


cansaço e a última avaliação foi muito prejudicada.

Para finalizar e propiciar um melhor entendimento do processo de avaliação, segue um


roteiro a ser seguido na aplicação do método de avaliação heurística modificada (Tabela 5.7):

Tabela 5.7 – Roteiro Avaliação Heurística Modificada

ROTEIRO AVALIAÇÃO HEURÍSTICA MODIFICADA


ETAPAS ATIVIDADES OBSERVAÇÕES
01 ESCOLHA DO OBJETO ESTUDO DE CASO Selecionar o objeto de estudo em relação aos objetivos
a serem alcançados.
02 ESCOLHA DO GRUPO DE AVALIADORES Selecionar 03 a 05 profissionais multidisciplinares ou
interdisciplinar na área de estudo. Sugere-se avaliadores
especialista em Desenho Universal (DU), devido a
importância do entendimento em relação ao instrumento
de avaliação.
03 VERIFICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE Verificar os cenários em relação aos objetivos a serem
AVALIAÇÃO - FORMULÁRIO alcançados. Elaborar perguntas claras e objetivas em
relação às heurísticas (princípios do Desenho Universal
e componentes da acessibilidade espacial).
04 SOLICITAR PROJETO ARQUITETÔNICO E Solicitar os desenhos do projeto arquitetônico com o
VISITAR O LOCAL DE APLICAÇÃO maior número de informações e especificações.
A análise de projeto e visita ao local deve ser realizada
antes para selecionar as tarefas e percursos.
Verificar espaço do objeto de estudo, se há local
apropriado para realização da sessão III.

05 APLICAÇÃO DA SESSÃO I Aplicar a avaliação individual e de preferência não


realizar no espaço do objeto de estudo para evitar
PRÉ-ENTREVISTA interferências na avaliação. Se não houver a opção de
PROJETO ARQUITETÔNICO avaliação individual, acrescentar no formulário
espaço para observações do avaliador.

159
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

Demonstrar ao arquiteto os desenhos do projeto


arquitetônico do objeto de estudo, entregar o formulário
a ser preenchido, gravar e anotar as observações
narradas pelo avaliador.
O avaliador deverá analisar no projeto arquitetônico os
cenários (elementos da cidade universal).
Recolher o formulário e apresentar novo formulário a
ser preenchido.
06 APLICAÇÃO DA SESSÃO II-A Convidar o avaliador, individualmente, a percorrer por
todos os cenários no objeto de estudo, ou seja, percorrer
WALKTHROUGH DE ESPECIALISTAS pela edificação os cenários estipulados (elementos da
Avaliação Pós-Ocupação (APO) cidade universal).
Preenchimento do segundo formulário pelo avaliador.
Gravar e anotar as observações narradas pelo avaliador.
Se não houver a opção de avaliação individual,
acrescentar no formulário espaço para observações
do avaliador.
07 APLICAÇÃO DA SESSÃO III Convidar todos os avaliadores para, em grupo,
revisarem os problemas encontrados e debaterem em
PÓS-ENTREVISTA grupo os resultados. Os avaliadores devem revisar os
PROJETO ARQUITETÔNICO problemas encontrados e desenvolver recomendações
de soluções através de relatórios.
Não será aplicado novo formulário.
08 APLICAÇÃO DA SESSÃO II-B Selecionar os participantes do walkthrough, usuários e
WALKTHROUGH DE USUÁRIOS trabalhadores. Os usuários podem ser convidados
durante seu passeio pelo objeto do estudo, ou ser
Avaliação Pós-Ocupação (APO) agendado antecipadamente.
Ampliar a seleção para usuários com necessidades
espaciais e deficientes de ambos os sexos.
A seleção dos trabalhadores do shopping devem
abranger ambos os sexos.
Verificar o percurso ideal para a busca de informações
necessárias à pesquisa.
Elaborar perguntas claras e objetivas para o percurso e
preencher o formulário durante o percurso. Gravar e
anotar as observações narradas.

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

O método de avaliação heurística modificado em conformação com os princípios do


Desenho Universal e Acessibilidade Espacial proporciona uma análise aprofundada dos elementos
de uma cidade universal, proporcionando ao avaliador um direcionamento para identificar em
cenários definidos, problemas de usabilidade de baixa, média e alta severidade. Além da exigência
da competência dos avaliadores, a estratégia de avaliação através de formulários apresenta eficácia
e eficiência, proporcionando usabilidade no processo de avaliação.

160
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 5 – Resultados e Discussões

Capítulo 6
Conclusões

Objetivos do Capítulo

- Apresentar as considerações finais

161
162
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 6 – Conclusões

6 CONCLUSÕES

A pesquisa atingiu seus objetivos ao aplicar uma avaliação heurística modificada definida
por Afacan e Erbug (2009), onde a avaliação é realizada por especialistas interdisciplinares em
acessibilidade. A interligação de conhecimentos de Desenho Universal e acessibilidade espacial
com conceitos de usabilidade possibilitou as interações entre o usuário-espaço físico em grande
amplitude. A análise em relação ao potencial de aplicação é positiva, pois assegura uma
investigação aprofundada dos elementos de uma cidade universal, proporcionando ao avaliador um
direcionamento para identificar em cenários definidos, problemas de usabilidade de baixa, média
e alta severidade.

A avaliação heurística apresenta-se como um método muito eficaz para a redução de


problemas de usabilidade que resultam de aplicações mal sucedidas de acessibilidade no processo
de projeto. A decisão projetual em relação ao Desenho Universal é complexa e uma ferramenta
direcionando o avaliador à análise e avaliação do projeto em fase de projeto e pós-ocupação, aos
princípios do Desenho Universal, corrobora com decisões assertivas em um ambiente construído
para pessoas com diferentes habilidades, ou seja, o método de avaliação heurística interdisciplinar
pode assegurar uma taxa de erro reduzida para o uso universal de ambientes construídos. É um
método de inspeção rápido, de baixo custo e de fácil implementação.

A pesquisa contribuiu para aperfeiçoamento do método de avaliação baseado em


heurísticas, através da melhoria do instrumento de avaliação de usabilidade no ambiente construído
e detectando falhas através da aplicação desta em cenários pré-determinados. O formulário de
avaliação heurística modificada necessita de ajustes em relação a simplificação das informações a
serem obtidas, através da correlação entre os princípios do Desenho Universal e acessibilidade
espacial, evitando repetição de questionamentos e proporcionando questionamentos objetivos e
claros. Recomenda-se novos testes de escala para classificação dos problemas de usabilidade e
incorporação de espaço para anotações de observações dos avaliadores.

A pesquisa permitiu reflexões sobre Usabilidade Universal e constatou que a avaliação


heurística demonstrou grande eficiência na avaliação da sessão I e II, pois identificou problemas
em relação à proposta projetual da edificação relacionadas aos problemas identificados nas sessões.
Portanto, os resultados também confirmaram que a obtenção de uma solução de Desenho Universal
163
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 6 – Conclusões

bem sucedida exige a análise global e simultânea dos requisitos de projeto correlacionados ao
ambiente construído. E a implementação de um método de avaliação a ser aplicado na avaliação
ex ante, antes do término da construção, conjuntamente com a avaliação pós-ocupação, é possível
e eficiente. A sessão II proporcionou a avaliação mais detalhada desses problemas através de
sensações e vivência e a sessão III, não apresentou acréscimo nos dados obtidos.

A avaliação heurística foi realizada com todos os avaliadores ao mesmo tempo, e as


observações foram anotadas pelo pesquisador durante as sessões. Recomenda-se que a sessão I e
II, sejam realizadas individualmente e a sessão III, deve ser aplicada com outro formato, ou seja,
realizada em grupo com o objetivo de desenvolver uma revisão dos problemas encontrados e
debater em grupo os resultados, permitindo a consolidação destes, ou seja, os avaliadores devem
revisar os problemas encontrados e desenvolver recomendações de soluções através de relatórios.

A melhoria da acessibilidade em ambientes complexos como centros comerciais planejados


vai além do cumprimento de normas mínimas vigentes, como a NBR 9050:2004 (ABNT, 2004) e
exigem soluções de usabilidade universal. O espaço físico de centros comerciais pode ser planejado
de forma sistêmica, pois é composto por etapas e elementos que são desenvolvidos de forma
interativa e devem ser configurados como um sistema de comunicação, sinalização, orientação,
mobilidade e segurança, e suas respectivas interfaces, planejados em função das necessidades dos
usuários com diversas habilidades.

A associação do método de avaliação heurística ao método de inspeção ou percurso


pluralístico demonstra-se eficaz para humanizar o processo e confirmar algumas considerações
levantadas pelos especialistas. A associação só poderá ser realizada em edificações existentes, pois
necessita dos cenários de tarefas para verificação de sua usabilidade, ou seja, eficácia, eficiência e
satisfação em relação ao ambiente construído. Recomenda-se a seleção de usuários com maior
número de habilidades diferenciadas para ampliação de resultados e verificação de usabilidade.

Em relação a exigência de grande conhecimento sobre Desenho Universal pode-se destacar


a afirmação de Bernardi (2007, p. 202) que “os conceitos do Desenho Universal devem ser
metodologicamente aplicados no ensino superior, devendo estar incluídos no programa de
necessidades do estudo projetual, e sendo sistematicamente implantado através de práticas
pedagógicas adequadas”, pois são apenas um ponto de partida para o desenvolvimento de uma
arquitetura universal. Os conteúdos em relação à usabilidade universal são fundamentais na

164
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 6 – Conclusões

formação geral do arquiteto e urbanista, proporcionando assim a possibilidade de aplicações de


avaliações do ambiente construído.

A identificação de problemas maiores e menores de usabilidade surge como gerador na


elaboração de diretrizes projetuais que possam ser utilizadas na concepção de centros comerciais
planejados e outras edificações complexas. A compreensão do conceito de usabilidade mais
aprofundado é uma contribuição relevante ao processo de projeto, sendo essencial para aplicação
em projetos arquitetônicos, permitindo confrontar metas e expectativas formuladas e problemas de
usabilidade.

A pesquisa motivou o interesse em buscar respostas a alguns questionamentos, sugestões


para futuras investigações: 1. Como aumentar a aplicabilidade dos princípios do Desenho Universal
e simplificar seu entendimento? 2. A avaliação heurística modificada teria eficácia na aplicação
dos cenários de tarefas e walkthrough de usuários utilizando a realidade aumentada, podendo assim
ser totalmente desenvolvida na fase projetual? 3. Investigação sobre usabilidade e comportamento
humano no espaço construído. 4. Criação de Regras de Usabilidade em conformação ao ambiente
construído universal.

Esta pesquisa apresenta-se como um passo inicial para a avaliação de usabilidade universal
na arquitetura e urbanismo. Testes de usabilidade aplicados ao contexto arquitetônico ressaltam a
importância de análise desses elementos interdependentes no ambiente construído e devem ser
implementados ao processo de projeto universal, através de experiência combinada interdisciplinar
entre avaliadores de diferentes áreas, pois influem na sua funcionalidade global, e segundo Nicholl
e Bouri Fillho (2001: s/p.), “uma vez alcançado, supõe-se que seu uso, seguro e autônomo, não
sejam mais uma questão de acessibilidade, e sim de usabilidade”.

As questões casuais anteriormente apresentadas em relação a usabilidade do projeto


arquitetônico dos espaços: Como utilizar um edifício de maneira eficiente, eficaz e satisfatória?
Como chegar a um determinado lugar com segurança, conforto e independência? E
questionamentos em relação ao processo de projeto desses espaços amplamente utilizáveis: Como
ampliar o potencial de inclusão social através da melhoria da qualidade de locomoção e utilização
do espaço? São respondidas a partir da aplicação dos conceitos de Desenho Universal em
conformação com os testes de usabilidade, oferecendo instrumentos de avaliação que ultrapassam
as exigências legais restritas a acessibilidade e verificando se a edificação decorrente do processo

165
USABILIDADE UNIVERSAL NA ARQUITETURA: Método de Avaliação baseado em heurísticas
Capítulo 6 – Conclusões

de projeto atende às expectativas do usuário, ou seja, o valor da edificação em relação a usabilidade.


A motivação para análise e adoção de novas práticas projetuais universais identificará
possibilidades de intervenção para promover melhorias no processo de projeto e consequentemente
nas edificações.

166
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167
168
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178
APÊNDICE A

Formulário
Avaliação Heurística Modificada - Elemento 01

179
180
CENÁRIO DE TAREFAS

UTILIZANDO TODOS OS CORREDORES, ESCADA, ESCADA


Usabilidade
Elemento 1: Eficácia, eficiência e satisfação
Sistema de ROLANTE E ELEVADORES
em um contexto de uso
circulação específico
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
US PUPR PUD PUG
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade
++ +- -+ --
(PUPR) Graves (PUG)

PRINCÍPIO 1: USO EQUITATIVO 1a fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idênticos sempre
O design é útil e comercializável a qualquer grupo que possível e equivalente quando não for possível;
de usuários com habilidades diversas, ou seja, 1b evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários;
pode ser utilizado por pessoas com habilidades 1c disposições de segurança: a segurança e a privacidade devem ser igualmente
diversas, evitando segregação ou discriminação. disponíveis a todos os usuários;
1d desenvolver um design atraente para todos os usuários;
O projeto do edifício deve torná-lo igualmente utilizável por todos, e os meios pelos quais as pessoas possam usar o edifício deve ser o
mesmo (por exemplo, fornecendo um acesso de entrada ao edifício que seja eficiente para todos). Os vários meios fornecidos na edificação
devem ser equivalentes em termos de privacidade e segurança. A edificação nunca deve empregar meios que isolam ou estigmatizam
qualquer grupo de usuários ou privilegie um grupo sobre outro (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 21).
++ +- -+ --
Utilizando todos os corredores, escada fixa, escada rolante e elevadores em cada andar deve-se verificar a
relação ao seu Uso Equitativo - IGUALDADE
Os elementos fornecem meios igualitários de uso para todos os ESCADA FIXA
usuários? ESCADA ROLANTE
Idosos, crianças, cadeirantes, deficientes visuais (baixa visão e ELEVADORES
cegos), obesos, estatura baixa, usuários com carrinhos de bebês,
CORREDORES
usuários com bengalas, usuários com andadores, usuários com
sacolas, etc.

Os elementos oferecem segurança igualmente disponível para ESCADA FIXA


todos os usuários? Idosos, crianças, cadeirantes, deficientes visuais ESCADA ROLANTE
(baixa visão e cegos), obesos, estatura baixa, usuários com ELEVADORES
carrinhos de bebês, usuários com bengalas, usuários com
CORREDORES
andadores, usuários com sacolas, etc.

Os elementos possuem o design atraente para todos os usuários? ESCADA FIXA


Idosos, crianças, cadeirantes, deficientes visuais (baixa visão e ESCADA ROLANTE
cegos), obesos, estatura baixa, usuários com carrinhos de bebês, ELEVADORES
usuários com bengalas, usuários com andadores, usuários com
CORREDORES
sacolas, etc.
Apresentam pisos táteis auxiliando a orientação das pessoas com deficiência visual?
Possibilita movimentar-se ao longo de percursos horizontais e verticais (saguões,
escadas, corredores e elevadores) de forma independente, segura e confortável, sem
interrupções e livre de barreiras físicas para atingir os ambientes que deseja?

PRINCÍPIO 2: FLEXIBILIDADE DE USO 2a. fornecer escolha entre os diversos métodos de utilização;
O projeto acomoda uma ampla variedade de 2b. propiciar o acesso e uso por destros ou canhotos;
preferências e habilidades individuais, ou seja, 2c. facilitar o uso exato e preciso;
flexibilidade no uso para habilidades diversas 2d. oferecer adaptabilidade de acordo com o ritmo dos usuários;
individuais

O projeto do edifício deve permitir que as pessoas utilizem recursos para o entendimento do projeto (por exemplo, proporcionando uma
orientação de bancada visível a partir de qualquer posição, sentado ou de pé). O ambiente deve acomodar a utilização de seus
equipamentos por destros e canhotos, e ser adaptável ao ritmo individual do usuário. O projeto do edifício deve ter flexibilidade no uso
(DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).

181
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade ++ +- -+ --
(PUPR) Graves (PUG)
Utilizando todos os corredores, escada fixa, escada rolante e elevadores em cada andar deve-se verificar a
relação à sua Flexibilidade de Uso - LIBERDADE
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem escolha de métodos de uso?
ESCADA ROLANTE
Cadeiras de rodas, andadores, bengalas, etc.
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos propiciam o acesso e o uso pelo destro ou canhoto?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES
Os elementos fornecem adaptabilidade ao ritmo do usuário? ESCADA FIXA
Idosos, crianças, cadeirantes, deficientes visuais (baixa visão e ESCADA ROLANTE
cegos), obesos, usuários com carrinhos de bebês, usuários com ELEVADORES
bengalas, usuários com andadores, usuários com sacolas, etc.
CORREDORES
PRINCÍPIO 3: USO SIMPLES E INTUITIVO 3a. eliminar a complexidade desnecessária;
Uso do design deve ser de fácil entendimento, 3b. ser consistente com a intuição e as expectativas do usuário;
independente da experiência, conhecimento, 3c. acomodar uma ampla gama de habilidades de leitura e linguagem do usuário;
proficiência de linguística ou nível atual de 3d. organizar as informações de forma consistente e de acordo com a importância do
concentração dos usuários, ou seja, simplicidade objeto;
e intuitividade do uso. 3e. fornecer feedback eficaz e oportuno, durante e após a realização da tarefa.
O edifício deve tornar mais fácil o entendimento do uso de cada recurso de design para todos os usuários (por exemplo, utilização nos
sanitários de lavatórios com torneiras com método de operação prontamente aparente e relativamente fácil). Além disso, os meios de
utilização devem ser intuitivos para que possam ser utilizado de forma espontânea (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade ++ +- -+ --
(PUPR) Graves (PUG)
Utilizando todos os corredores, escada fixa, escada rolante e elevadores em cada andar deve-se verificar a
relação ao seu Uso Simples e Intuitivo - SIMPLICIDADE
ESCADA FIXA
Os elementos eliminam a complexidade desnecessária?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos são consistentes em relação às expectativas dos
ESCADA ROLANTE
usuários e intuição, independente da experiência, conhecimento
ou habilidades de linguagem? ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos organizam informações consistentes relativas à sua
ESCADA ROLANTE
importância?
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem alerta eficaz e feedback durante e após a
ESCADA ROLANTE
conclusão da tarefa?
ELEVADORES
CORREDORES
Possibilita identificar os tipos existentes de circulação vertical, seu posicionamento no
edifício e sua relação com os percursos horizontais?
PRINCÍPIO 4: INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL 4a. utilizar diferentes formatos (pictórico, verbal e tátil) para apresentação de
O projeto deve comunicar de maneira eficaz a informações essenciais ao usuário;
informação necessária ao usuário, 4b. oferecer contraste adequado entre as informações essenciais e as secundárias;
independentemente das condições ambientais 4c. maximizar a legibilidade das informações essenciais.
ou das habilidades sensoriais destes, ou seja, 4d. diferenciar os elementos de maneira que possam ser descritos, ou seja, torná-lo
fácil para que sejam utilizados em instruções ou orientações;

182
percepção fácil e eficiente da informação para o 4e. oferecer compatibilidade entre as variedades de técnicas ou dispositivos utilizados
uso. por usuários com limitações sensoriais;
O edifício deve fornecer todas informações essenciais aos usuários utilizando uma variedade de formatos (por exemplo, escrita, simbólica,
tátil, verbal) para garantir a efetiva comunicação com todos os usuários, independentemente de suas habilidades sensoriais. As informações
fornecidas devem ser apresentadas com contraste suficiente às condições do ambiente, distinguível de seu contexto e decifrável em todos
os seus modos de apresentação (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade ++ +- -+ --
(PUPR) Graves (PUG)
Analisando todos os corredores, escada fixa, escada rolante e elevadores em cada andar deve-se verificar a
relação à sua Informação Perceptível – FACILIDADE DE COMPREENSÃO
ESCADA FIXA
Os elementos possuem uma comunicação eficaz e a informação
ESCADA ROLANTE
necessária?
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos maximizam a legibilidade da informação essencial?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem compatibilidade com uma variedade de
ESCADA ROLANTE
técnicas e aparelhos utilizados por pessoas com limitações
sensoriais? ELEVADORES
CORREDORES
Possui hierarquia dos percursos existentes (corredor principal, corredores secundários,
localização de circulações verticais, rotas e saídas de emergência) a partir das
características arquitetônicas e dos suportes informativos?

++ +- -+ --
Possui legibilidade arquitetônica, diferenças nas suas dimensões e no tratamento dos
pisos, das paredes e dos forros, pela utilização de cores, materiais e iluminação
adequados?
Possui suportes informativos que permitam a identificação de atividades?
A circulação vertical propicia ao usuário a identificação em qual pavimento se encontra,
além da localização das atividades (setores e unidades)?
O centro comercial proporciona reunião de informações e processo de tomada de
decisão que as pessoas utilizem para movimentar-se e deslocar-se no espaço?
PRINCÍPIO 5: TOLERÂNCIA AO ERRO 5a. organizar os elementos para minimizar erros e riscos: elementos mais acessíveis
O projeto deve minimizar os riscos e as devem ser mais utilizados; elementos perigosos eliminados, isolados ou protegidos;
consequências adversas de ações acidentais ou 5b. fornecer avisos quanto aos perigos e erros;
não intencionais, ou seja, tolerância ao erro, 5c. fornecer recursos isentos de falhas;
minimizando efeitos indesejáveis pelo uso 5d. desencorajar ações inconsciente em tarefas que exigem vigilância ou maior
incorreto atenção;
O ideal é que o projeto do edifício elimine e isole as características de projeto que apresentem perigo ou demonstre ser inconveniente a
qualquer usuário. Quando as condições potencialmente perigosas são inevitáveis, os usuários devem receber avisos ao se aproximar de
áreas que apresentem riscos (por exemplo, fornecimento de avisos de proximidade em uma variedade de modos sensoriais do topo de uma
escada). O projeto do edifício deve também antecipar as ações acidentais ou não intencionais por qualquer usuário e minimizar as
inconveniências e/ou proteger o usuário do perigo (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).

++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade ++ + - -+ - -
(PUPR) Graves (PUG)
Utilizando todos os corredores, escada fixa, escada rolante e elevadores em cada andar deve-se verificar a relação à sua
Tolerância ao Erro - SEGURANÇA
ESCADA FIXA
Os elementos minimizam os riscos e consequências adversas de
ESCADA ROLANTE
ações acidentais e não intencionais?
ELEVADORES
CORREDORES
183
++ +- -+ --
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem recursos de segurança?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem avisos de perigos e usos incorretos?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES
As superfícies dos pisos apresentados são planas e revestidas com textura possibilitam
aderência e evite escorregamentos, especial atenção às pessoas idosas, pois estão mais
sujeitas a quedas e se cansam com mais facilidade?
PRINCÍPIO 6: BAIXO ESFORÇO FÍSICO 6a. permitir que o usuário mantenha uma postura corporal neutra;
O projeto deve ser utilizado de forma eficiente, 6b. utilizar forças operativas razoáveis;
confortável e com o mínimo de fadiga, ou seja, 6c. minimizar ações repetitivas;
com o mínimo de esforço físico. 6d. minimizar esforço físico contínuos;
O projeto do edifício deve empregar recursos que exijam pouca ou nenhuma força física para usá-los (por exemplo, a substituição de uma
porta tradicional com maçaneta para uma porta com um puxador que não necessite de forças operativas complexas). Se um baixo nível de
força é exigido, qualquer usuário deve ser capaz de ativar o recurso e manter uma postura corporal neutra (por exemplo, fornecer um
acesso com superfície lisa e inclinação mínima ao longo do percurso de entrada) (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade ++ +- -+ --
(PUPR) Graves (PUG)
Aproximando-se de todos os corredores, escada fixa, escada rolante e elevadores dos saguões e corredores
horizontais, verificar a relação ao seu Baixo Esforço Físico – POUCA FORÇA
ESCADA FIXA
Os elementos permitem manter uma posição corporal neutra?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem são utilizados com forças operacionais
ESCADA ROLANTE
razoáveis?
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos minimizam o esforço físico?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES

Possui área suficiente e livre de obstáculos que permita o livre trânsito para pessoas em
cadeira de rodas, andadores, muletas ou bengalas, verificação da continuidade, das
dimensões e declividades ao longo dos percursos?

PRINCÍPIO 7: TAMANHO E ESPAÇO PARA 7a. oferecer uma linha de visão clara dos elementos importantes para qualquer
APROXIMAÇÃO E USO usuário, na posição sentada ou em pé;
Oferecer tamanho e espaços adequados para 7b. tornar confortável o alcance de todos os componentes para qualquer usuário
aproximação, alcance, manipulação e uso, sentado ou em pé;
independentemente do tamanho, postura ou 7c. acomodar variações de altura para as mãos, assim como das possibilidades de sua
mobilidade do usuário. Ou seja, previsão de garra e aperto;
tamanho e espaço para o uso em diferentes 7d. oferecer espaço adequado para a utilização de dispositivos assistivos ou de
situações. atendimento pessoal;

As características de projeto de um edifício devem fornecer uma quantidade de espaço adequadamente dispostos a permitir que todos
possam usá-los (por exemplo, proporcionar espaço sob um lavatório do sanitário para permitir a utilização por usuários na posição sentada).
Além disso, o espaço deve ser ordenado para propiciar um percurso claro para todos os usuários (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).

184
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade ++ +- -+ --
(PUPR) Graves (PUG)
Utilizando todos os corredores, escadas, escadas rolantes e elevadores em cada andar deve-se verificar a relação
ao seu Tamanho e Espaço para Aproximação e Uso – GARANTIA DO ESPAÇO
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem uma linha clara de visão para elementos
ESCADA ROLANTE
importantes para qualquer usuário sentado ou em pé?
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Todos os componentes são confortáveis para alcance?
ESCADA ROLANTE
ELEVADORES
CORREDORES
ESCADA FIXA
Os elementos fornecem um espaço adequado para dispositivos
ESCADA ROLANTE
auxiliares de uso ou de assistência pessoal?
ELEVADORES
CORREDORES
Possibilita a fácil utilização, alcance e manuseio de todos os componentes de circulação
ao edifício (informações, corrimãos, sistemas automáticos, saídas de incêndio, etc.)?

AVALIADOR(A):

_____________________________________________________________________________

DISCIPLINA:

_____________________________________________________________________________

185
186
APÊNDICE B

Formulário
Avaliação Heurística Modificada - Elemento 02

187
188
CENÁRIO DE TAREFAS

Usabilidade
Elemento 2: UTILIZANDO TODAS AS ENTRADAS E SAÍDAS EM CADA Eficácia, eficiência e satisfação
Entradas e Saídas ANDAR em um contexto de uso
Identificação do edifício, manobra através da entrada ou específico
saída, partindo da zona de entrada ou de saída.
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
US PUPR PUD PUG
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves
++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)

PRINCÍPIO 1: USO EQUITATIVO 1a fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idênticos sempre
O design é útil e comercializável a qualquer grupo que possível e equivalente quando não for possível;
de usuários com habilidades diversas, ou seja, 1b evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários;
pode ser utilizado por pessoas com habilidades 1c disposições de segurança: a segurança e a privacidade devem ser igualmente
diversas, evitando segregação ou discriminação. disponíveis a todos os usuários;
1d desenvolver um design atraente para todos os usuários;
O projeto do edifício deve torná-lo igualmente utilizável por todos, e os meios pelos quais as pessoas possam usar o edifício deve ser o
mesmo (por exemplo, fornecendo um acesso de entrada ao edifício que seja eficiente para todos). Os vários meios fornecidos na edificação
devem ser equivalentes em termos de privacidade e segurança. A edificação nunca deve empregar meios que isolam ou estigmatizam
qualquer grupo de usuários ou privilegie um grupo sobre outro (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 21).
++ +- -+ --
Utilizando todas as entradas/ saídas em cada andar em relação ao seu Uso Equitativo - IGUALDADE
Os elementos fornecem meios ACESSO A – Rodovia A
igualitários de uso para todos os ACESSO B – Rodovia B
usuários? ACESSO C – Avenida C
Idosos, crianças, cadeirantes,
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
deficientes visuais (baixa visão e
escada fixa
cegos), obesos, estatura baixa,
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
usuários com carrinhos de bebês,
usuários com bengalas, usuários com ACESSO F – Acesso Principal
andadores, usuários com sacolas, etc. ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado

ACESSO M – Acesso hipermercado

Os elementos oferecem segurança ACESSO A – Rodovia A


igualmente disponível para todos os ACESSO B – Rodovia B
usuários? Idosos, crianças, ACESSO C – Avenida C
cadeirantes, deficientes visuais (baixa
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
visão e cegos), obesos, estatura baixa,
escada fixa
usuários com carrinhos de bebês,
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
usuários com bengalas, usuários com
andadores, usuários com sacolas, etc. ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado

189
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Os elementos possuem o design ACESSO A – Rodovia A
atraente para todos os usuários? ACESSO B – Rodovia B
Idosos, crianças, cadeirantes, ACESSO C – Avenida C
deficientes visuais (baixa visão e
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
cegos), obesos, estatura baixa,
escada fixa
usuários com carrinhos de bebês,
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
usuários com bengalas, usuários com
andadores, usuários com sacolas, etc. ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
PRINCÍPIO 2: FLEXIBILIDADE DE USO 2a. fornecer escolha entre os diversos métodos de utilização;
O projeto acomoda uma ampla variedade de 2b. propiciar o acesso e uso por destros ou canhotos;
preferências e habilidades individuais, ou seja, 2c. facilitar o uso exato e preciso;
flexibilidade no uso para habilidades diversas 2d. oferecer adaptabilidade de acordo com o ritmo dos usuários;
individuais
O projeto do edifício deve permitir que as pessoas utilizem recursos para o entendimento do projeto (por exemplo, proporcionando uma
orientação de bancada visível a partir de qualquer posição, sentado ou de pé). O ambiente deve acomodar a utilização de seus
equipamentos por destros e canhotos, e ser adaptável ao ritmo individual do usuário. O projeto do edifício deve ter flexibilidade no uso
(DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todas as entradas/ saídas em cada andar verificar a relação à sua Flexibilidade de Uso - LIBERDADE
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem escolha de
ACESSO B – Rodovia B
métodos de uso?
Cadeiras de rodas, andadores, ACESSO C – Avenida C
bengalas, etc. ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos propiciam o acesso e o
ACESSO B – Rodovia B
uso pelo destro ou canhoto?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
190
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
++ +- -+ --
Os elementos fornecem ACESSO A – Rodovia A
adaptabilidade ao ritmo do usuário? ACESSO B – Rodovia B
Idosos, crianças, cadeirantes, ACESSO C – Avenida C
deficientes visuais (baixa visão e
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
cegos), obesos, usuários com
escada fixa
carrinhos de bebês, usuários com
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
bengalas, usuários com andadores,
usuários com sacolas, etc. ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
Existem vagas de estacionamento (quantidade, localização e dimensionamento
adequados) destinadas às pessoas com deficiências ou aos idosos (motorista ou
passageiro)?
PRINCÍPIO 3: USO SIMPLES E INTUITIVO 3a. eliminar a complexidade desnecessária;
Uso do design deve ser de fácil entendimento, 3b. ser consistente com a intuição e as expectativas do usuário;
independente da experiência, conhecimento, 3c. acomodar uma ampla gama de habilidades de leitura e linguagem do usuário;
proficiência de linguística ou nível atual de 3d. organizar as informações de forma consistente e de acordo com a importância do
concentração dos usuários, ou seja, simplicidade objeto;
e intuitividade do uso. 3e. fornecer feedback eficaz e oportuno, durante e após a realização da tarefa.
O edifício deve tornar mais fácil o entendimento do uso de cada recurso de design para todos os usuários (por exemplo, utilização nos
sanitários de lavatórios com torneiras com método de operação prontamente aparente e relativamente fácil). Além disso, os meios de
utilização devem ser intuitivos para que possam ser utilizado de forma espontânea (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todas as entradas/ saídas em cada andar verificar a relação ao seu Uso Simples e Intuitivo
- SIMPLICIDADE
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos eliminam a
ACESSO B – Rodovia B
complexidade desnecessária?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos são consistentes em
ACESSO B – Rodovia B
relação às expectativas dos usuários
ACESSO C – Avenida C

191
e intuição, independente da ACESSO D – Estacionamento Elevador e
experiência, conhecimento ou escada fixa
habilidades de linguagem? ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
++ +- -+ --
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos organizam
ACESSO B – Rodovia B
informações consistentes relativas à
sua importância? ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem alerta eficaz
ACESSO B – Rodovia B
e feedback durante e após a
conclusão da tarefa? ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
Possui distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos?

PRINCÍPIO 4: INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL 4a. utilizar diferentes formatos (pictórico, verbal e tátil) para apresentação de
O projeto deve comunicar de maneira eficaz a informações essenciais ao usuário;
informação necessária ao usuário, 4b. oferecer contraste adequado entre as informações essenciais e as secundárias;
independentemente das condições ambientais 4c. maximizar a legibilidade das informações essenciais.
ou das habilidades sensoriais destes, ou seja, 4d. diferenciar os elementos de maneira que possam ser descritos, ou seja, torná-lo
percepção fácil e eficiente da informação para o fácil para que sejam utilizados em instruções ou orientações;
uso. 4e. oferecer compatibilidade entre as variedades de técnicas ou dispositivos utilizados
por usuários com limitações sensoriais;
O edifício deve fornecer todas informações essenciais aos usuários utilizando uma variedade de formatos (por exemplo, escrita, simbólica,
tátil, verbal) para garantir a efetiva comunicação com todos os usuários, independentemente de suas habilidades sensoriais. As informações
fornecidas devem ser apresentadas com contraste suficiente às condições do ambiente, distinguível de seu contexto e decifrável em todos
os seus modos de apresentação (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).

192
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Analisando o uso adequado das características de design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
iluminação e mobiliário, na área de entradas/ saídas em relação à sua Informação Perceptível –
FACILIDADE DE COMPREENSÃO
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos possuem uma
ACESSO B – Rodovia B
comunicação eficaz e a informação
necessária? ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos maximizam a
ACESSO B – Rodovia B
legibilidade da informação essencial?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem
ACESSO B – Rodovia B
compatibilidade com uma variedade
de técnicas e aparelhos utilizados por ACESSO C – Avenida C
pessoas com limitações sensoriais? ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
Apresenta destaque do mobiliário e os suportes informativos obtidos por meio de sua
disposição e pelo contraste de cor entre estes elementos e pisos/paredes aliado a uma
boa iluminação?
É possível verificar a identificação da função do edifício e de seus acessos através da
tipologia arquitetônica?

193
++ +- -+ --
Há identificação do balcão de informações, desde a porta de acesso, espaços e sistemas
de conexão e os equipamentos/ suportes informativos?
PRINCÍPIO 5: TOLERÂNCIA AO ERRO 5a. organizar os elementos para minimizar erros e riscos: elementos mais acessíveis
O projeto deve minimizar os riscos e as devem ser mais utilizados; elementos perigosos eliminados, isolados ou protegidos;
consequências adversas de ações acidentais ou 5b. fornecer avisos quanto aos perigos e erros;
não intencionais, ou seja, tolerância ao erro, 5c. fornecer recursos isentos de falhas;
minimizando efeitos indesejáveis pelo uso 5d. desencorajar ações inconsciente em tarefas que exigem vigilância ou maior
incorreto atenção;
O ideal é que o projeto do edifício elimine e isole as características de projeto que apresentem perigo ou demonstre ser inconveniente a
qualquer usuário. Quando as condições potencialmente perigosas são inevitáveis, os usuários devem receber avisos ao se aproximar de
áreas que apresentem riscos (por exemplo, fornecimento de avisos de proximidade em uma variedade de modos sensoriais do topo de uma
escada). O projeto do edifício deve também antecipar as ações acidentais ou não intencionais por qualquer usuário e minimizar as
inconveniências e/ou proteger o usuário do perigo (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todas as entradas/ saídas em cada andar deve-se verificar a relação à sua Tolerância ao
Erro - SEGURANÇA
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos minimizam os riscos e
ACESSO B – Rodovia B
consequências adversas de ações
acidentais e não intencionais? ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem recursos de
ACESSO B – Rodovia B
segurança?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem avisos de
ACESSO B – Rodovia B
perigos e usos incorretos?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora

194
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
++ +- -+ --
A proposta dos espaços prevê condições de segurança, conforto e continuidade dos
percursos?
PRINCÍPIO 6: BAIXO ESFORÇO FÍSICO 6a. permitir que o usuário mantenha uma postura corporal neutra;
O projeto deve ser utilizado de forma eficiente, 6b. utilizar forças operativas razoáveis;
confortável e com o mínimo de fadiga, ou seja, 6c. minimizar ações repetitivas;
com o mínimo de esforço físico. 6d. minimizar esforço físico contínuos;
O projeto do edifício deve empregar recursos que exijam pouca ou nenhuma força física para usá-los (por exemplo, a substituição de uma
porta tradicional com maçaneta para uma porta com um puxador que não necessite de forças operativas complexas). Se um baixo nível de
força é exigido, qualquer usuário deve ser capaz de ativar o recurso e manter uma postura corporal neutra (por exemplo, fornecer um
acesso com superfície lisa e inclinação mínima ao longo do percurso de entrada) (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Aproximando-se de todas as entradas/ saídas em cada andar, área interna e externa, deve-se
verificar a relação ao seu Baixo Esforço Físico – POUCA FORÇA
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos permitem manter uma
ACESSO B – Rodovia B
posição corporal neutra?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem são utilizados
ACESSO B – Rodovia B
com forças operacionais razoáveis?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos minimizam o esforço
ACESSO B – Rodovia B
físico?
ACESSO C – Avenida C

195
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
++ +- -+ --
Possui faixa livre de circulação, declividade, desníveis e materiais de revestimento dos
passeios?
PRINCÍPIO 7: TAMANHO E ESPAÇO PARA 7a. oferecer uma linha de visão clara dos elementos importantes para qualquer
APROXIMAÇÃO E USO usuário, na posição sentada ou em pé;
Oferecer tamanho e espaços adequados para 7b. tornar confortável o alcance de todos os componentes para qualquer usuário
aproximação, alcance, manipulação e uso, sentado ou em pé;
independentemente do tamanho, postura ou 7c. acomodar variações de altura para as mãos, assim como das possibilidades de sua
mobilidade do usuário. Ou seja, previsão de garra e aperto;
tamanho e espaço para o uso em diferentes 7d. oferecer espaço adequado para a utilização de dispositivos assistivos ou de
situações. atendimento pessoal;

As características de projeto de um edifício devem fornecer uma quantidade de espaço adequadamente dispostos a permitir que todos
possam usá-los (por exemplo, proporcionar espaço sob um lavatório do sanitário para permitir a utilização por usuários na posição sentada).
Além disso, o espaço deve ser ordenado para propiciar um percurso claro para todos os usuários (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todas as entradas/ saídas em cada andar deve-se verificar a relação ao seu Tamanho e
Espaço para Aproximação e Uso – GARANTIA DO ESPAÇO
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem uma linha
ACESSO B – Rodovia S
clara de visão para elementos
importantes para qualquer usuário ACESSO C – Avenida C
sentado ou em pé? ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
ACESSO A – Rodovia A
Todos os componentes são
ACESSO B – Rodovia B
confortáveis para alcance?
ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche

196
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado
++ +- -+ --
ACESSO A – Rodovia A
Os elementos fornecem um espaço
ACESSO B – Rodovia B
adequado para dispositivos auxiliares
de uso ou de assistência pessoal? ACESSO C – Avenida C
ACESSO D – Estacionamento Elevador e
escada fixa
ACESSO E – Estacionamento Escada rolante
ACESSO F – Acesso Principal
ACESSO G – Acesso Loja Âncora
ACESSO H – Praça Alimentação Expansão
ACESSO I – Acesso Boliche
ACESSO J – Acesso Praça Alimentação
ACESSO K – Acesso Shopping Casa
ACESSO L - Acesso estacionamento
hipermercado
ACESSO M – Acesso hipermercado

AVALIADOR(A):

_____________________________________________________________________________

DISCIPLINA:

_____________________________________________________________________________

197
198
APÊNDICE C

Formulário
Avaliação Heurística Modificada - Elemento 03

199
200
CENÁRIO DE TAREFAS

Usabilidade
Elemento 3: VERIFICANDO TODOS OS ELEMENTOS PICTÓRICOS DE Eficácia, eficiência e satisfação
Wayfinding WAYFINDING EM CADA ANDAR em um contexto de uso
Proporcionar reunião de informações e processo de específico
tomada de decisão que as pessoas utilizam para
movimentar-se e deslocar-se no espaço.
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
US PUPR PUD PUG
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves
++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)

PRINCÍPIO 1: USO EQUITATIVO 1a fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idênticos sempre
O design é útil e comercializável a qualquer grupo que possível e equivalente quando não for possível;
de usuários com habilidades diversas, ou seja, 1b evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários;
pode ser utilizado por pessoas com habilidades 1c disposições de segurança: a segurança e a privacidade devem ser igualmente
diversas, evitando segregação ou discriminação. disponíveis a todos os usuários;
1d desenvolver um design atraente para todos os usuários;
O projeto do edifício deve torná-lo igualmente utilizável por todos, e os meios pelos quais as pessoas possam usar o edifício deve ser o
mesmo (por exemplo, fornecendo um acesso de entrada ao edifício que seja eficiente para todos). Os vários meios fornecidos na edificação
devem ser equivalentes em termos de privacidade e segurança. A edificação nunca deve empregar meios que isolam ou estigmatizam
qualquer grupo de usuários ou privilegie um grupo sobre outro (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 21).
++ +- -+ --
Encontrar o seu destino através da utilização de todos os elementos pictóricos de wayfinding, verbal
e tátil, sistema de sinalização, mapas, informações gráficas e sistemas de marcação em cada andar
sobre o seu Uso Equitativo - IGUALDADE
Os elementos fornecem meios SINALIZAÇÃO EM PLACAS
igualitários de uso para todos os SINALIZAÇÃO EM PISO
usuários? MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Os elementos oferecem segurança SINALIZAÇÃO EM PLACAS
igualmente disponível para todos os SINALIZAÇÃO EM PISO
usuários? MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Os elementos possuem o design SINALIZAÇÃO EM PLACAS
atraente para todos os usuários? SINALIZAÇÃO EM PISO
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
O passeio público apresenta pisos táteis?
PRINCÍPIO 2: FLEXIBILIDADE DE USO
O projeto acomoda uma ampla variedade de 2a. fornecer escolha entre os diversos métodos de utilização;
preferências e habilidades individuais, ou seja, 2b. propiciar o acesso e uso por destros ou canhotos;
flexibilidade no uso para habilidades diversas 2c. facilitar o uso exato e preciso;
individuais 2d. oferecer adaptabilidade de acordo com o ritmo dos usuários;
O projeto do edifício deve permitir que as pessoas utilizem recursos para o entendimento do projeto (por exemplo, proporcionando uma
orientação de bancada visível a partir de qualquer posição, sentado ou de pé). O ambiente deve acomodar a utilização de seus
equipamentos por destros e canhotos, e ser adaptável ao ritmo individual do usuário. O projeto do edifício deve ter flexibilidade no uso
(DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).

201
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Encontrar o seu destino através da utilização de todos os elementos pictóricos de wayfinding, verbal
e tátil, sistema de sinalização, mapas, informações gráficas e sistemas de marcação em cada andar
em relação à Flexibilidade de Uso - LIBERDADE
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem escolha de
SINALIZAÇÃO EM PISO
métodos de uso?
Cadeiras de rodas, andadores, MAPAS
bengalas, etc. INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos propiciam o acesso e o
SINALIZAÇÃO EM PISO
uso pelo destro ou canhoto?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Os elementos fornecem SINALIZAÇÃO EM PLACAS
adaptabilidade ao ritmo do usuário? SINALIZAÇÃO EM PISO
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
PRINCÍPIO 3: USO SIMPLES E INTUITIVO 3a. eliminar a complexidade desnecessária;
Uso do design deve ser de fácil entendimento, 3b. ser consistente com a intuição e as expectativas do usuário;
independente da experiência, conhecimento, 3c. acomodar uma ampla gama de habilidades de leitura e linguagem do usuário;
proficiência de linguística ou nível atual de 3d. organizar as informações de forma consistente e de acordo com a importância do
concentração dos usuários, ou seja, simplicidade objeto;
e intuitividade do uso. 3e. fornecer feedback eficaz e oportuno, durante e após a realização da tarefa.
O edifício deve tornar mais fácil o entendimento do uso de cada recurso de design para todos os usuários (por exemplo, utilização nos
sanitários de lavatórios com torneiras com método de operação prontamente aparente e relativamente fácil). Além disso, os meios de
utilização devem ser intuitivos para que possam ser utilizado de forma espontânea (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Encontrar o seu destino através da utilização de todos os elementos pictóricos de wayfinding, verbal
e tátil, sistema de sinalização, mapas, informações gráficas e sistemas de marcação em cada andar
em relação à seu Uso Simples e Intuitivo - SIMPLICIDADE
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos eliminam a
SINALIZAÇÃO EM PISO
complexidade desnecessária?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos são consistentes em
SINALIZAÇÃO EM PISO
relação às expectativas dos usuários
e intuição, independente da MAPAS
experiência, conhecimento ou INFORMAÇÕES GRÁFICAS
habilidades de linguagem? SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
SINALIZAÇÃO EM PISO
MAPAS

202
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
Os elementos organizam
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
informações consistentes relativas à
sua importância? SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem alerta eficaz
SINALIZAÇÃO EM PISO
e feedback durante e após a
conclusão da tarefa? MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
++ +- -+ --
Possui distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos?
Proporciona características particulares ao ambiente, inserindo identidade, função e uso
facilmente identificáveis?
PRINCÍPIO 4: INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL 4a. utilizar diferentes formatos (pictórico, verbal e tátil) para apresentação de
O projeto deve comunicar de maneira eficaz a informações essenciais ao usuário;
informação necessária ao usuário, 4b. oferecer contraste adequado entre as informações essenciais e as secundárias;
independentemente das condições ambientais 4c. maximizar a legibilidade das informações essenciais.
ou das habilidades sensoriais destes, ou seja, 4d. diferenciar os elementos de maneira que possam ser descritos, ou seja, torná-lo
percepção fácil e eficiente da informação para o fácil para que sejam utilizados em instruções ou orientações;
uso. 4e. oferecer compatibilidade entre as variedades de técnicas ou dispositivos utilizados
por usuários com limitações sensoriais;
O edifício deve fornecer todas informações essenciais aos usuários utilizando uma variedade de formatos (por exemplo, escrita, simbólica,
tátil, verbal) para garantir a efetiva comunicação com todos os usuários, independentemente de suas habilidades sensoriais. As informações
fornecidas devem ser apresentadas com contraste suficiente às condições do ambiente, distinguível de seu contexto e decifrável em todos
os seus modos de apresentação (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Analisando o uso adequado das características de design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
iluminação e mobiliário, dentro de todos os elementos pictóricos de wayfinding, verbal e tátil,
sistema de sinalização, mapas, informações gráficas e sistema de marcação em cada andar em
relação à sua Informação Perceptível – FACILIDADE DE COMPREENSÃO
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos possuem uma
SINALIZAÇÃO EM PISO
comunicação eficaz e a informação
necessária? MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos maximizam a
SINALIZAÇÃO EM PISO
legibilidade da informação essencial?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem
SINALIZAÇÃO EM PISO
compatibilidade com uma variedade
de técnicas e aparelhos utilizados por MAPAS
pessoas com limitações sensoriais? INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Possui configuração arquitetônica com suportes informativos (placas, sinais e letreiros)
com informação adicional gráfica, relação fundo figura, cor e tamanho satisfatório?
Possui informação adicional tátil?
Possui identificação da função do edifício e dos seus acessos por meio de tipologia
arquitetônica?
Possui informação pictórica para pessoas estrangeiras, iletradas ou com deficiência
cognitiva?
203
PRINCÍPIO 5: TOLERÂNCIA AO ERRO 5a. organizar os elementos para minimizar erros e riscos: elementos mais acessíveis
O projeto deve minimizar os riscos e as devem ser mais utilizados; elementos perigosos eliminados, isolados ou protegidos;
consequências adversas de ações acidentais ou 5b. fornecer avisos quanto aos perigos e erros;
não intencionais, ou seja, tolerância ao erro, 5c. fornecer recursos isentos de falhas;
minimizando efeitos indesejáveis pelo uso 5d. desencorajar ações inconsciente em tarefas que exigem vigilância ou maior
incorreto atenção;
O ideal é que o projeto do edifício elimine e isole as características de projeto que apresentem perigo ou demonstre ser inconveniente a
qualquer usuário. Quando as condições potencialmente perigosas são inevitáveis, os usuários devem receber avisos ao se aproximar de
áreas que apresentem riscos (por exemplo, fornecimento de avisos de proximidade em uma variedade de modos sensoriais do topo de uma
escada). O projeto do edifício deve também antecipar as ações acidentais ou não intencionais por qualquer usuário e minimizar as
inconveniências e/ou proteger o usuário do perigo (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Analisando o uso adequado das características de design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
iluminação e mobiliário, dentro de todos os elementos pictóricos de wayfinding, verbal e tátil,
sistema de sinalização, mapas, informações gráficas e sistema de marcação em cada andar em
relação à sua Tolerância ao Erro - SEGURANÇA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos minimizam os riscos e
SINALIZAÇÃO EM PISO
consequências adversas de ações
acidentais e não intencionais? MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem recursos de
SINALIZAÇÃO EM PISO
segurança?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem avisos de
SINALIZAÇÃO EM PISO
perigos e usos incorretos?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
PRINCÍPIO 6: BAIXO ESFORÇO FÍSICO 6a. permitir que o usuário mantenha uma postura corporal neutra;
O projeto deve ser utilizado de forma eficiente, 6b. utilizar forças operativas razoáveis;
confortável e com o mínimo de fadiga, ou seja, 6c. minimizar ações repetitivas;
com o mínimo de esforço físico. 6d. minimizar esforço físico contínuos;
O projeto do edifício deve empregar recursos que exijam pouca ou nenhuma força física para usá-los (por exemplo, a substituição de uma
porta tradicional com maçaneta para uma porta com um puxador que não necessite de forças operativas complexas). Se um baixo nível de
força é exigido, qualquer usuário deve ser capaz de ativar o recurso e manter uma postura corporal neutra (por exemplo, fornecer um
acesso com superfície lisa e inclinação mínima ao longo do percurso de entrada) (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todos os elementos pictóricos de wayfinding, verbal e tátil, sistema de sinalização,
mapas, informações gráficas e sistemas de marcação em cada andar em relação ao seu Baixo
Esforço Físico – POUCA FORÇA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos permitem manter uma
SINALIZAÇÃO EM PISO
posição corporal neutra?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR

204
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem são utilizados
SINALIZAÇÃO EM PISO
com forças operacionais razoáveis?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos minimizam o esforço
SINALIZAÇÃO EM PISO
físico?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
++ +- -+ --
Possui cone visual – campo visual?
PRINCÍPIO 7: TAMANHO E ESPAÇO PARA 7a. oferecer uma linha de visão clara dos elementos importantes para qualquer
APROXIMAÇÃO E USO usuário, na posição sentada ou em pé;
Oferecer tamanho e espaços adequados para 7b. tornar confortável o alcance de todos os componentes para qualquer usuário
aproximação, alcance, manipulação e uso, sentado ou em pé;
independentemente do tamanho, postura ou 7c. acomodar variações de altura para as mãos, assim como das possibilidades de sua
mobilidade do usuário. Ou seja, previsão de garra e aperto;
tamanho e espaço para o uso em diferentes 7d. oferecer espaço adequado para a utilização de dispositivos assistivos ou de
situações. atendimento pessoal;

As características de projeto de um edifício devem fornecer uma quantidade de espaço adequadamente dispostos a permitir que todos
possam usá-los (por exemplo, proporcionar espaço sob um lavatório do sanitário para permitir a utilização por usuários na posição sentada).
Além disso, o espaço deve ser ordenado para propiciar um percurso claro para todos os usuários (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todos os elementos pictóricos de wayfinding, verbal e tátil, sistema de sinalização, mapas,
informações gráficas e sistemas de marcação em cada andar em relação ao seu Tamanho e Espaço
para Aproximação e Uso – GARANTIA DO ESPAÇO
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem uma linha
SINALIZAÇÃO EM PISO
clara de visão para elementos
importantes para qualquer usuário MAPAS
sentado ou em pé? INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Todos os componentes são
SINALIZAÇÃO EM PISO
confortáveis para alcance?
MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
SINALIZAÇÃO EM PLACAS
Os elementos fornecem um espaço
SINALIZAÇÃO EM PISO
adequado para dispositivos auxiliares
de uso ou de assistência pessoal? MAPAS
INFORMAÇÕES GRÁFICAS
SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CADA ANDAR
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Possui ausência de poluição visual e presença de informação acessível?

205
AVALIADOR(A):

_____________________________________________________________________________

DISCIPLINA:

_____________________________________________________________________________

206
APÊNDICE D

Formulário
Avaliação Heurística Modificada - Elemento 04

207
208
CENÁRIO DE TAREFAS

Usabilidade
Elemento 4: PERCORRENDO ÁREAS DE LOJAS, SERVIÇOS E PRAÇAS DE Eficácia, eficiência e satisfação
Obtenção de ALIMENTAÇÃO em um contexto de uso
Produtos e específico
Proporcionar espaços de qualidade que possibilitam o
Serviços
deslocamento no espaço, orientação e uso.
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
US PUPR PUD PUG
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves
++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)

PRINCÍPIO 1: USO EQUITATIVO 1a fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idênticos sempre
O design é útil e comercializável a qualquer grupo que possível e equivalente quando não for possível;
de usuários com habilidades diversas, ou seja, 1b evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários;
pode ser utilizado por pessoas com habilidades 1c disposições de segurança: a segurança e a privacidade devem ser igualmente
diversas, evitando segregação ou discriminação. disponíveis a todos os usuários;
1d desenvolver um design atraente para todos os usuários;
O projeto do edifício deve torná-lo igualmente utilizável por todos, e os meios pelos quais as pessoas possam usar o edifício deve ser o
mesmo (por exemplo, fornecendo um acesso de entrada ao edifício que seja eficiente para todos). Os vários meios fornecidos na edificação
devem ser equivalentes em termos de privacidade e segurança. A edificação nunca deve empregar meios que isolam ou estigmatizam
qualquer grupo de usuários ou privilegie um grupo sobre outro (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 21).
++ +- -+ --
Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de alimentação em relação ao seu Uso Equitativo -
IGUALDADE
Os elementos fornecem meios ÁREAS LOJAS
igualitários de uso para todos os PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
usuários? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
Os elementos oferecem segurança ÁREAS LOJAS
igualmente disponível para todos os PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
usuários? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
Os elementos possuem o design ÁREAS LOJAS
atraente para todos os usuários? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES

PRINCÍPIO 2: FLEXIBILIDADE DE USO 2a. fornecer escolha entre os diversos métodos de utilização;
O projeto acomoda uma ampla variedade de 2b. propiciar o acesso e uso por destros ou canhotos;
preferências e habilidades individuais, ou seja, 2c. facilitar o uso exato e preciso;
flexibilidade no uso para habilidades diversas 2d. oferecer adaptabilidade de acordo com o ritmo dos usuários;
individuais
O projeto do edifício deve permitir que as pessoas utilizem recursos para o entendimento do projeto (por exemplo, proporcionando uma
orientação de bancada visível a partir de qualquer posição, sentado ou de pé). O ambiente deve acomodar a utilização de seus
equipamentos por destros e canhotos, e ser adaptável ao ritmo individual do usuário. O projeto do edifício deve ter flexibilidade no uso
(DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).

209
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de alimentação em relação à sua Flexibilidade de Uso -
LIBERDADE
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem escolha de
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
métodos de uso?
Cadeiras de rodas, andadores, PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
bengalas, etc. CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos propiciam o acesso e o
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
uso pelo destro ou canhoto?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
Os elementos fornecem ÁREAS LOJAS
adaptabilidade ao ritmo do usuário? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
PRINCÍPIO 3: USO SIMPLES E INTUITIVO 3a. eliminar a complexidade desnecessária;
Uso do design deve ser de fácil entendimento, 3b. ser consistente com a intuição e as expectativas do usuário;
independente da experiência, conhecimento, 3c. acomodar uma ampla gama de habilidades de leitura e linguagem do usuário;
proficiência de linguística ou nível atual de 3d. organizar as informações de forma consistente e de acordo com a importância do
concentração dos usuários, ou seja, simplicidade objeto;
e intuitividade do uso. 3e. fornecer feedback eficaz e oportuno, durante e após a realização da tarefa.
O edifício deve tornar mais fácil o entendimento do uso de cada recurso de design para todos os usuários (por exemplo, utilização nos
sanitários de lavatórios com torneiras com método de operação prontamente aparente e relativamente fácil). Além disso, os meios de
utilização devem ser intuitivos para que possam ser utilizado de forma espontânea (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de alimentação em relação à seu Uso Simples e Intuitivo -
SIMPLICIDADE
ÁREAS LOJAS
Os elementos eliminam a
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
complexidade desnecessária?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos são consistentes em
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
relação às expectativas dos usuários
e intuição, independente da PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
experiência, conhecimento ou CINEMA
habilidades de linguagem? BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos organizam
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
informações consistentes relativas à
sua importância? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE

210
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem alerta eficaz
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
e feedback durante e após a
conclusão da tarefa? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
++ +- -+ --
Apresenta distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos?
Proporciona contraste adequado entre a informação essencial e condições de fundo?
PRINCÍPIO 4: INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL 4a. utilizar diferentes formatos (pictórico, verbal e tátil) para apresentação de
O projeto deve comunicar de maneira eficaz a informações essenciais ao usuário;
informação necessária ao usuário, 4b. oferecer contraste adequado entre as informações essenciais e as secundárias;
independentemente das condições ambientais 4c. maximizar a legibilidade das informações essenciais.
ou das habilidades sensoriais destes, ou seja, 4d. diferenciar os elementos de maneira que possam ser descritos, ou seja, torná-lo
percepção fácil e eficiente da informação para o fácil para que sejam utilizados em instruções ou orientações;
uso. 4e. oferecer compatibilidade entre as variedades de técnicas ou dispositivos utilizados
por usuários com limitações sensoriais;
O edifício deve fornecer todas informações essenciais aos usuários utilizando uma variedade de formatos (por exemplo, escrita, simbólica,
tátil, verbal) para garantir a efetiva comunicação com todos os usuários, independentemente de suas habilidades sensoriais. As informações
fornecidas devem ser apresentadas com contraste suficiente às condições do ambiente, distinguível de seu contexto e decifrável em todos
os seus modos de apresentação (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Analisando o uso adequado das características de design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
iluminação e mobiliário, dentro das áreas de lojas, serviços e praças de alimentação em relação à sua
Informação Perceptível – FACILIDADE DE COMPREENSÃO
ÁREAS LOJAS
Os elementos possuem uma
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
comunicação eficaz e a informação
necessária? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos maximizam a
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
legibilidade da informação essencial?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
compatibilidade com uma variedade
de técnicas e aparelhos utilizados por PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
pessoas com limitações sensoriais? CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
Possui identificação do balcão de informações, desde a porta de acesso, espaços e
sistemas de conexão e os equipamentos/ suportes informativos?
Existência de dispositivos de tecnologia assistiva (videofones, telefone com amplificador
de sinal, telefone TDD, computadores, entre outros).
PRINCÍPIO 5: TOLERÂNCIA AO ERRO 5a. organizar os elementos para minimizar erros e riscos: elementos mais acessíveis
O projeto deve minimizar os riscos e as devem ser mais utilizados; elementos perigosos eliminados, isolados ou protegidos;
consequências adversas de ações acidentais ou 5b. fornecer avisos quanto aos perigos e erros;
não intencionais, ou seja, tolerância ao erro, 5c. fornecer recursos isentos de falhas;
minimizando efeitos indesejáveis pelo uso 5d. desencorajar ações inconsciente em tarefas que exigem vigilância ou maior
incorreto atenção;

211
O ideal é que o projeto do edifício elimine e isole as características de projeto que apresentem perigo ou demonstre ser inconveniente a
qualquer usuário. Quando as condições potencialmente perigosas são inevitáveis, os usuários devem receber avisos ao se aproximar de
áreas que apresentem riscos (por exemplo, fornecimento de avisos de proximidade em uma variedade de modos sensoriais do topo de uma
escada). O projeto do edifício deve também antecipar as ações acidentais ou não intencionais por qualquer usuário e minimizar as
inconveniências e/ou proteger o usuário do perigo (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Analisando o uso adequado das características de design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
iluminação e mobiliário, dentro das áreas de lojas, serviços e praças de alimentação em relação à sua
Tolerância ao Erro - SEGURANÇA
ÁREAS LOJAS
Os elementos minimizam os riscos e
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
consequências adversas de ações
acidentais e não intencionais? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem recursos de
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
segurança?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem avisos de
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
perigos e usos incorretos?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
Possui destaque do mobiliário e os suportes informativos obtidos por meio de sua
disposição e pelo contraste de cor entre estes elementos e pisos/paredes aliado a uma
boa iluminação?
Possui dispositivos de segurança, como o sistema de alarme de incêndio, que apresentam
simultaneamente avisos luminosos e sonoros?
PRINCÍPIO 6: BAIXO ESFORÇO FÍSICO 6a. permitir que o usuário mantenha uma postura corporal neutra;
O projeto deve ser utilizado de forma eficiente, 6b. utilizar forças operativas razoáveis;
confortável e com o mínimo de fadiga, ou seja, 6c. minimizar ações repetitivas;
com o mínimo de esforço físico. 6d. minimizar esforço físico contínuos;

O projeto do edifício deve empregar recursos que exijam pouca ou nenhuma força física para usá-los (por exemplo, a substituição de uma
porta tradicional com maçaneta para uma porta com um puxador que não necessite de forças operativas complexas). Se um baixo nível de
força é exigido, qualquer usuário deve ser capaz de ativar o recurso e manter uma postura corporal neutra (por exemplo, fornecer um
acesso com superfície lisa e inclinação mínima ao longo do percurso de entrada) (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).

++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de alimentação em relação ao seu Baixo Esforço Físico –
POUCA FORÇA
ÁREAS LOJAS
Os elementos permitem manter uma
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
posição corporal neutra?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES

212
++ +- -+ --
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem são utilizados
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
com forças operacionais razoáveis?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos minimizam o esforço
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
físico?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
++ +- -+ --
Os balcões de atendimento ou os guichês são abertos (não devem ser fechados),
possibilitando a comunicação eficiente?
PRINCÍPIO 7: TAMANHO E ESPAÇO PARA 7a. oferecer uma linha de visão clara dos elementos importantes para qualquer
APROXIMAÇÃO E USO usuário, na posição sentada ou em pé;
Oferecer tamanho e espaços adequados para 7b. tornar confortável o alcance de todos os componentes para qualquer usuário
aproximação, alcance, manipulação e uso, sentado ou em pé;
independentemente do tamanho, postura ou 7c. acomodar variações de altura para as mãos, assim como das possibilidades de sua
mobilidade do usuário. Ou seja, previsão de garra e aperto;
tamanho e espaço para o uso em diferentes 7d. oferecer espaço adequado para a utilização de dispositivos assistivos ou de
situações. atendimento pessoal;
As características de projeto de um edifício devem fornecer uma quantidade de espaço adequadamente dispostos a permitir que todos
possam usá-los (por exemplo, proporcionar espaço sob um lavatório do sanitário para permitir a utilização por usuários na posição sentada).
Além disso, o espaço deve ser ordenado para propiciar um percurso claro para todos os usuários (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Percorrer áreas de lojas, serviços e praças de alimentação em relação ao seu TAMANHO E ESPAÇO
PARA APROXIMAÇÃO E USO
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem uma linha
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
clara de visão para elementos
importantes para qualquer usuário PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
sentado ou em pé? CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Todos os componentes são
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
confortáveis para alcance?
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
ÁREAS LOJAS
Os elementos fornecem um espaço
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
adequado para dispositivos auxiliares
de uso ou de assistência pessoal? PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO ÁREA EXPANSÃO
CINEMA
BOLICHE
PARQUE DE DIVERSÕES
Balcão permite aproximação frontal para cadeira de rodas e seu uso por pessoas com
diferentes estaturas?
Suportes informativos, ou outros equipamentos como telefones e bebedouros,
consideram as diferentes estaturas dos usuários, permitindo também a aproximação de
cadeira de rodas?
Possibilita o atendimento e a espera com conforto e segurança, prevendo as diferentes
necessidades dos usuários?
213
++ +- -+ --
Possui áreas de descanso acessíveis e confortáveis?
Possui áreas para alimentação com circulações amplas e aproximação?

AVALIADOR(A):

_____________________________________________________________________________

DISCIPLINA:

_____________________________________________________________________________

214
APÊNDICE E

Formulário
Avaliação Heurística Modificada - Elemento 05

215
216
CENÁRIO DE TAREFAS

Usabilidade
Elemento 5: PERCORRENDO SANITÁRIOS, TELEFONES PÚBLICOS E Eficácia, eficiência e satisfação
Serviços Públicos ÁREAS DE DESCANSO em um contexto de uso
Proporcionar espaços de qualidade que possibilitam o específico
deslocamento e uso.
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
US PUPR PUD PUG
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves
++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)

PRINCÍPIO 1: USO EQUITATIVO 1a fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idênticos sempre
O design é útil e comercializável a qualquer grupo que possível e equivalente quando não for possível;
de usuários com habilidades diversas, ou seja, 1b evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários;
pode ser utilizado por pessoas com habilidades 1c disposições de segurança: a segurança e a privacidade devem ser igualmente
diversas, evitando segregação ou discriminação. disponíveis a todos os usuários;
1d desenvolver um design atraente para todos os usuários;
O projeto do edifício deve torná-lo igualmente utilizável por todos, e os meios pelos quais as pessoas possam usar o edifício deve ser o
mesmo (por exemplo, fornecendo um acesso de entrada ao edifício que seja eficiente para todos). Os vários meios fornecidos na edificação
devem ser equivalentes em termos de privacidade e segurança. A edificação nunca deve empregar meios que isolam ou estigmatizam
qualquer grupo de usuários ou privilegie um grupo sobre outro (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 21).
++ +- -+ --
Utilizando todos os sanitários, telefones públicos e áreas de descanso em relação ao seu Uso
Equitativo - IGUALDADE
Os elementos fornecem meios SANITÁRIOS
igualitários de uso para todos os SANITÁRIOS EXPANSÃO
usuários? ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
Os elementos oferecem segurança SANITÁRIOS
igualmente disponível para todos os SANITÁRIOS EXPANSÃO
usuários? ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
Os elementos possuem o design SANITÁRIOS
atraente para todos os usuários? SANITÁRIOS EXPANSÃO
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
Apresenta distribuição organizada dos ambientes e de seus elementos?

PRINCÍPIO 2: FLEXIBILIDADE DE USO 2a. fornecer escolha entre os diversos métodos de utilização;
O projeto acomoda uma ampla variedade de 2b. propiciar o acesso e uso por destros ou canhotos;
preferências e habilidades individuais, ou seja, 2c. facilitar o uso exato e preciso;
flexibilidade no uso para habilidades diversas 2d. oferecer adaptabilidade de acordo com o ritmo dos usuários;
individuais

O projeto do edifício deve permitir que as pessoas utilizem recursos para o entendimento do projeto (por exemplo, proporcionando uma
orientação de bancada visível a partir de qualquer posição, sentado ou de pé). O ambiente deve acomodar a utilização de seus
equipamentos por destros e canhotos, e ser adaptável ao ritmo individual do usuário. O projeto do edifício deve ter flexibilidade no uso
(DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).

217
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todos os sanitários, telefones públicos e áreas de descanso em relação à sua Flexibilidade
de Uso - LIBERDADE
SANITÁRIOS
Os elementos fornecem escolha de
SANITÁRIOS EXPANSÃO
métodos de uso?
Cadeiras de rodas, andadores, ESPAÇO FAMÍLIA
bengalas, etc. TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos propiciam o acesso e o
SANITÁRIOS EXPANSÃO
uso pelo destro ou canhoto?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
Os elementos fornecem SANITÁRIOS
adaptabilidade ao ritmo do usuário? SANITÁRIOS EXPANSÃO
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
PRINCÍPIO 3: USO SIMPLES E INTUITIVO 3a. eliminar a complexidade desnecessária;
Uso do design deve ser de fácil entendimento, 3b. ser consistente com a intuição e as expectativas do usuário;
independente da experiência, conhecimento, 3c. acomodar uma ampla gama de habilidades de leitura e linguagem do usuário;
proficiência de linguística ou nível atual de 3d. organizar as informações de forma consistente e de acordo com a importância do
concentração dos usuários, ou seja, simplicidade objeto;
e intuitividade do uso. 3e. fornecer feedback eficaz e oportuno, durante e após a realização da tarefa.
O edifício deve tornar mais fácil o entendimento do uso de cada recurso de design para todos os usuários (por exemplo, utilização nos
sanitários de lavatórios com torneiras com método de operação prontamente aparente e relativamente fácil). Além disso, os meios de
utilização devem ser intuitivos para que possam ser utilizado de forma espontânea (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 22).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todos os sanitários, telefones públicos e áreas de descanso em relação à seu Uso Simples
e Intuitivo - SIMPLICIDADE
SANITÁRIOS
Os elementos eliminam a
SANITÁRIOS EXPANSÃO
complexidade desnecessária?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos são consistentes em
SANITÁRIOS EXPANSÃO
relação às expectativas dos usuários
e intuição, independente da ESPAÇO FAMÍLIA
experiência, conhecimento ou TELEFONES PÚBLICOS
habilidades de linguagem? ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos organizam
SANITÁRIOS EXPANSÃO
informações consistentes relativas à
sua importância? ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO

218
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
++ +- -+ --
SANITÁRIOS
Os elementos fornecem alerta eficaz
SANITÁRIOS EXPANSÃO
e feedback durante e após a
conclusão da tarefa? ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
Os sanitários apresentam contraste de cor entre piso e parede e entre equipamentos e
parede, facilitando sua visualização?
PRINCÍPIO 4: INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL 4a. utilizar diferentes formatos (pictórico, verbal e tátil) para apresentação de
O projeto deve comunicar de maneira eficaz a informações essenciais ao usuário;
informação necessária ao usuário, 4b. oferecer contraste adequado entre as informações essenciais e as secundárias;
independentemente das condições ambientais 4c. maximizar a legibilidade das informações essenciais.
ou das habilidades sensoriais destes, ou seja, 4d. diferenciar os elementos de maneira que possam ser descritos, ou seja, torná-lo
percepção fácil e eficiente da informação para o fácil para que sejam utilizados em instruções ou orientações;
uso. 4e. oferecer compatibilidade entre as variedades de técnicas ou dispositivos utilizados
por usuários com limitações sensoriais;
O edifício deve fornecer todas informações essenciais aos usuários utilizando uma variedade de formatos (por exemplo, escrita, simbólica,
tátil, verbal) para garantir a efetiva comunicação com todos os usuários, independentemente de suas habilidades sensoriais. As informações
fornecidas devem ser apresentadas com contraste suficiente às condições do ambiente, distinguível de seu contexto e decifrável em todos
os seus modos de apresentação (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Analisando o uso adequado das características de design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
iluminação e mobiliário, dentro de todos os sanitários, telefones públicos e áreas de descanso em
relação à sua Informação Perceptível – FACILIDADE DE COMPREENSÃO.
SANITÁRIOS
Os elementos possuem uma
SANITÁRIOS EXPANSÃO
comunicação eficaz e a informação
necessária? ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos maximizam a
SANITÁRIOS EXPANSÃO
legibilidade da informação essencial?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos fornecem
SANITÁRIOS EXPANSÃO
compatibilidade com uma variedade
de técnicas e aparelhos utilizados por ESPAÇO FAMÍLIA
pessoas com limitações sensoriais? TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
Apresentam identificação da localização e do tipo de sanitário (feminino, masculino,
familiar, infantil, adaptado)?
Apresentam informação em mais de uma opção de linguagem (tátil, pictórica, Braille)?
PRINCÍPIO 5: TOLERÂNCIA AO ERRO 5a. organizar os elementos para minimizar erros e riscos: elementos mais acessíveis
O projeto deve minimizar os riscos e as devem ser mais utilizados; elementos perigosos eliminados, isolados ou protegidos;
consequências adversas de ações acidentais ou 5b. fornecer avisos quanto aos perigos e erros;
não intencionais, ou seja, tolerância ao erro, 5c. fornecer recursos isentos de falhas;
minimizando efeitos indesejáveis pelo uso 5d. desencorajar ações inconsciente em tarefas que exigem vigilância ou maior
incorreto atenção;
O ideal é que o projeto do edifício elimine e isole as características de projeto que apresentem perigo ou demonstre ser inconveniente a
qualquer usuário. Quando as condições potencialmente perigosas são inevitáveis, os usuários devem receber avisos ao se aproximar de
áreas que apresentem riscos (por exemplo, fornecimento de avisos de proximidade em uma variedade de modos sensoriais do topo de uma
219
escada). O projeto do edifício deve também antecipar as ações acidentais ou não intencionais por qualquer usuário e minimizar as
inconveniências e/ou proteger o usuário do perigo (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 23).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Analisando o uso adequado das características de design tátil, sonoro e visuais, tais como, materiais,
iluminação e mobiliário, dentro todos os sanitários, telefones públicos e áreas de descanso em
relação à sua Tolerância ao Erro - SEGURANÇA
SANITÁRIOS
Os elementos minimizam os riscos e
SANITÁRIOS EXPANSÃO
consequências adversas de ações
acidentais e não intencionais? ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos fornecem recursos de
SANITÁRIOS EXPANSÃO
segurança?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos fornecem avisos de
SANITÁRIOS EXPANSÃO
perigos e usos incorretos?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
PRINCÍPIO 6: BAIXO ESFORÇO FÍSICO 6a. permitir que o usuário mantenha uma postura corporal neutra;
O projeto deve ser utilizado de forma eficiente, 6b. utilizar forças operativas razoáveis;
confortável e com o mínimo de fadiga, ou seja, 6c. minimizar ações repetitivas;
com o mínimo de esforço físico. 6d. minimizar esforço físico contínuos;

O projeto do edifício deve empregar recursos que exijam pouca ou nenhuma força física para usá-los (por exemplo, a substituição de uma
porta tradicional com maçaneta para uma porta com um puxador que não necessite de forças operativas complexas). Se um baixo nível de
força é exigido, qualquer usuário deve ser capaz de ativar o recurso e manter uma postura corporal neutra (por exemplo, fornecer um
acesso com superfície lisa e inclinação mínima ao longo do percurso de entrada) (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).

++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todos os sanitários, telefones públicos e áreas de descanso em relação ao seu Baixo
Esforço Físico – POUCA FORÇA
SANITÁRIOS
Os elementos permitem manter uma
SANITÁRIOS EXPANSÃO
posição corporal neutra?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO

SANITÁRIOS
Os elementos fornecem são utilizados
SANITÁRIOS EXPANSÃO
com forças operacionais razoáveis?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO

220
++ +- -+ --
SANITÁRIOS
Os elementos minimizam o esforço
SANITÁRIOS EXPANSÃO
físico?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
Apresentam vãos livres para passagem de pessoas com cadeiras de rodas, andadores,
muletas e bengalas?
PRINCÍPIO 7: TAMANHO E ESPAÇO PARA 7a. oferecer uma linha de visão clara dos elementos importantes para qualquer
APROXIMAÇÃO E USO usuário, na posição sentada ou em pé;
Oferecer tamanho e espaços adequados para 7b. tornar confortável o alcance de todos os componentes para qualquer usuário
aproximação, alcance, manipulação e uso, sentado ou em pé;
independentemente do tamanho, postura ou 7c. acomodar variações de altura para as mãos, assim como das possibilidades de sua
mobilidade do usuário. Ou seja, previsão de garra e aperto;
tamanho e espaço para o uso em diferentes 7d. oferecer espaço adequado para a utilização de dispositivos assistivos ou de
situações. atendimento pessoal;
As características de projeto de um edifício devem fornecer uma quantidade de espaço adequadamente dispostos a permitir que todos
possam usá-los (por exemplo, proporcionar espaço sob um lavatório do sanitário para permitir a utilização por usuários na posição sentada).
Além disso, o espaço deve ser ordenado para propiciar um percurso claro para todos os usuários (DANFORD; TAUKE, 2001. p. 24).
++ +- -+ -- CLASSIFICAÇÃO
Usabilidade Permite o Uso com Permite o Uso com Problemas de
Satisfatória (US) Pequenas Restrições Dificuldade (PUD) Usabilidade Graves ++ +- -+ --
(PUPR) (PUG)
Utilizando todos os sanitários, telefones públicos e áreas de descanso em relação ao seu tamanho e
espaço para aproximação e uso - GARANTIA DO ESPAÇO
SANITÁRIOS
Os elementos fornecem uma linha
SANITÁRIOS EXPANSÃO
clara de visão para elementos
importantes para qualquer usuário ESPAÇO FAMÍLIA
sentado ou em pé? TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Todos os componentes são
SANITÁRIOS EXPANSÃO
confortáveis para alcance?
ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
SANITÁRIOS
Os elementos fornecem um espaço
SANITÁRIOS EXPANSÃO
adequado para dispositivos auxiliares
de uso ou de assistência pessoal? ESPAÇO FAMÍLIA
TELEFONES PÚBLICOS
ÁREA DE DESCANSO
ÁREA DESCANSO EXPANSÃO
O deslocamento dos usuários nas diferentes áreas de uso dos sanitários (lavatórios,
papeleiras, saboneteiras, etc.), apresentam percurso livre de barreiras?
O desenho e a localização de todos os equipamentos e acessórios propiciam espaço
para aproximação e realização de atividades com conforto e segurança?

AVALIADOR(A):

_____________________________________________________________________________

DISCIPLINA:

_____________________________________________________________________________

221

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