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facebook.com/ronaldo.vasconcelos.12/posts/2481239538563279
Neste sentido, desejo pontuar algumas questões que me levam ao cessacionismo. Não há
muito espaço aqui para desenvolver, também não desejo ser exaustivo. Quero apenas
trazer alguns destaques importantes sobre a questão.
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3. NO PERÍODO APOSTÓLICO, DEUS REVELOU SUA PALAVRA INFALÍVEL TANTO ATRAVÉS
DOS DONS DE ELOCUÇÃO ESPONTÂNEA QUANTO DA ESTUDADA. A espontânea
manifestaria-se por meio de Profecia, Línguas, Sonhos e Visões, e a estudada, Ensino e
Doutrina. Uma vez encerrada a Revelação de Deus, no que Ele intencionava nos dizer, esses
dons não podem mais se manifestar infalivelmente. Agora, os dons devem ser mediados
pela Palavra de Deus já revelada e escriturada. Por isso, nenhum destes dons está livre do
julgamento pela Bíblia, como possivelmente acontecia no período apostólico pelo dom de
discernimento de Espírito.
5. O DOM DE LÍNGUAS TINHA UMA NATUREZA TEMPORÁRIA. Não podemos afirmar com
exatidão exegética que o uso de παύω na voz média—diferente de καταργέω na voz passiva
—evidencie uma cessação distinta para o dom de Línguas (1Co 13.8 ). Mas encontramos
uma grande dificuldade no propósito e na natureza da forma com a qual os carismáticos e
pentecostais, em geral, fazem uso deste dom:
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ênfase neste dom como simplesmente edificação pessoal e até uma certa insistência e
necessidade de sua presença, visto que ele é atribuído como evidência do Batismo no
Espírito Santo. E, em geral, não há interpretação na sua manifestação no culto.
5d. O DOM DE LÍNGUAS É UM SINAL DE JUÍZO PARA OS JUDEUS. Ao explicar o dom, Paulo
afirma que “as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos”
(1Co 14.22). Ele cita a profecia de Isaías contra Jerusalém para explicar o que isso significa (Is
28. 11-12). Isso significa que em Atos 2, quando os discípulos falavam em língua estrangeira,
além de falar das grandezas de Deus, também estavam anunciando juízo para os judeus,
incrédulos a respeito do Messias, que eles negaram e mataram (At 2.23). Isso também
significa que todas as vezes que este dom se manifestava no culto, independente da cidade,
era um anúncio de juízo contra os judeus incrédulos ali presentes. No contexto
contemporâneo, não apenas não se vê qualquer menção a isso, como também há uma
completa ausência de judeus para que este sinal faça algum sentido.
5e. AS RESTRIÇÕES PAULINAS PARA O DOM DE LÍNGUAS. O apóstolo Paulo fala que essas
línguas devem ser manifestas no culto apenas em três pessoas, com interpretação e uma
de cada vez (1Co 14.27-28). Em geral, isso é completamente ignorado por parte dos
carismáticos e pentecostais.
6. O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO É PARA TODA A IGREJA. Jesus, antes de ascender aos
céus, enviou os discípulos para serem testemunhas às nações e prometeu enviar o seu
Espírito para os capacitar para esta obra (At 1.8 ). Se esta capacitação se manifestou
exatamente em Pentecostes, dando início ao empoderamento da igreja para ser
testemunha, e todos os crentes devem ser testemunhas, segue-se que todos devem ser
capacitados. Mas se nem todos falam em línguas (1Co 12.30), por que deveríamos esperar
que todos falem para ser batizados?
Obviamente, muito ainda poderia ser dito. Mas acredito que com estes pontos consigo
mostrar bons motivos para manter uma posição cessacionista. Também devo ter
conseguido mostrar porque há certo continuísmo em meu cessacionismo.
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