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b) Crise da pintura
É bem verdade que a significação da pintura de cavalete é dependente do
papel funcional da parede; apontamos assim uma situação bastante dialética. De
fato, as exposições que fazem pela primeira vez da recepção das pinturas um
fenômeno de massa, as expuseram pela primeira vez nas paredes, as quais não
estavam de modo algum associadas a uma função arquitetural. Ao erigir
provisoriamente a divisória construída como suporte do quadro, as exposições
precederam a evolução do espaço doméstico, evolução que torna particularmente
aguda a crise da pintura.
Pintura e desenho
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o afresco. A dependência funcional da arquitetura, no caso do afresco, não é menos
fundamental que no quadro. O afresco necessita de uma parede determinada; um
quadro não necessita que da parede em si. Em que sentido um afresco e um quadro
são solidários e devem ser entendidos em conjunto, é colocado claramente em
evidência graças a comparação desses com o desenho. O desenho é simplesmente
emancipado da parede. E decorre o seguinte: que a vertical, para o desenho, não é
mais um vínculo obrigatório. Dessa maneira, e dessa maneira unicamente, o
desenho também se libera do lugar de habitação. Naturalmente, o desenho se
quiser ser conservado, exige um abrigo tanto quanto uma pintura. Mas ele renuncia
a essa forma de conservação, ele não precisa mais se inquietar da vertical e a areia
ou o asfalto [lhe são suficientes]. ∗
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Conjectura dos editores.
máximo do lado do desenho. Em revanche, o fundamento da diferenciação que
existe entre pintura e desenho pode ser definido precisamente sob
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Para o desenho, a solução do problema não está fora do alcance. A linha que
tira de si mesma sua força mágica na horizontal é aquela do círculo encantado
(Bannkreis). Porque sua circunscrição é intransponível, ela está num relação
originária com o desenho que, de fato, delimita um campo onde é possível se colocar
o pé. No círculo encantado o valor de culto da linha atinge seu grau mais alto. Onde
se encontra para a pintura um valor correspondente? É claro que não se pode tratar
aqui de um fenômeno outro senão daquele onde o primado da cor sobre a linha seja
reconhecido. E é por isso que nos permitimos pensar, em grande medida, que se
trate de um fenômeno transitório em oposição ao "preto e branco" gráfico da figura
precisa que este delimita. <Se procurarmos um tal fenômeno no homem, o
rubescimento se encaixa de modo muito significativo . Quando ruborescido, o
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homem assume uma cor passageira: uma "mancha" (Mal) aparece sobre seu rosto e
desaparece novamente. Em uma palavra:> Podemos pensar nessa ordem de ideias
aos fenômenos como aqueles que a lanterna mágica produz; pergunta-se se esses
fenômenos transmitidos como sendo mágicos não se deixariam substituir pelo jogo
desta última. Pensemos, por exemplo, nesse verso de Chamisso:
O rubescimento é objeto de um tratamento em separado na Banda VI, no interior dos Fragmentos (
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e também do papel que joga a parede na novela do gato preto de Poe, para não falar
do palácio de Nabucodonosor, sobre o qual
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o escrito à maneira de uma mancha, torna-se visível . Assim, podemos, mais ainda,
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[ Este texto deve ser relacionado com Über die Malerei, oder Zeichen und Mal, GS II,
2 p. 603 e seguinte. Paginado de 1 a 6 no envelope nº 3 da Biblioteca Nacional,
França]
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Adelbert von Chamisso, Die Somme brings es an den Tag, verso 6 e 7. [N.E]
Daniel, v, 5. Parece-nos aqui que Mal deve ser entendido segundo seu sentido primeiro de signo ou
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