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Sistemática
Motor Function and Oral Function in Children with Cerebral Palsy: A Systematic
Review
Marina Roma de Moura1, Marina Tedeschi Roque2, Grazielle Aurelina Fraga de Sousa3
Autor correspondente:
Email: grazielle_fraga@hotmail.com
Resumo
Objetivos: Realizar uma revisão sistemática sobre a relação entre função motora
global e função oral em crianças com Paralisia Cerebral. Métodos: Foram pesquisados
artigos científicos publicados no período de 2006 a 2016, nas bases de dados PEDro,
quatro artigos que correlacionavam função motora e função oral em crianças com
das crianças analisadas e que houve uma tendência crescente para prevalência desse
encontradas, indicam uma relação importante entre função motora e função oral. No
utilizados, sugere a necessidade de estudos que explorem melhor a relação entre estes
alvo.
Abstract
motor function and oral function in children with Cerebral Palsy. Methods: Scientific
articles published in the period 2006 to 2016 were searched database in PEDro,
Pubmed, LILACS, Medline and Google Academic. Results: We selected four articles
that correlated motor function and oral function in children with Cerebral Palsy aged 18
months to 13 years. The period of publication of the studies was from 2013 to 2014.
Evaluation instruments such as GMFCS, MACS, Ashworth Scale, SOMA protocol and
electromyography of temporal and masseter muscles were used. The articles observed
the presence of dysphagia in the majority of the children analyzed and that there was an
increasing tendency to prevalence of this factor according to the increase of the GMFCS
level. Conclusions: The evidences found indicate an important relation between motor
function and oral function. However, the reduced number of articles, as well as the
heterogeneity of the methods used, suggests the need for studies that better explore the
Introdução
da postura, causado por uma lesão não evolutiva do sistema nervoso central (SNC)
‘’ A Paralisia Cerebral foi descrita pela primeira vez, em 1843, quando Willian
John Little, um ortopedista inglês, descreveu uma enfermidade caracterizada por rigidez
introduzido por Sigmund Freud, em 1897. Atualmente, o termo Paralisia Cerebral, vem
corpo.’’ 2
de vida diárias.4-5
motor, sendo do tipo espástica, discinética e atáxica.6 A espástica é acarretada por uma
faringe até a entrada do esôfago.11 Podem explicar os transtornos da fase oral e faríngea
diárias. 13
alimentação das crianças com paralisia cerebral, deve se dar a importancia a inibiçãos
dos padrões dos reflexos patológicos, tornando possíveis os movimentos isolados dos
Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão
sistemática da literatura sobre a relação entre função motora global e função oral em
Método
2006 a 2016, nas bases de dados: PEDro, Pubmed, LILACS, Medline e Google
Acadêmico. Foram utilizados os seguintes descritores: Paralisia Cerebral, Controle
correspondentes em inglês.
motora e função oral em crianças com paralisia cerebral, publicados nos idiomas
Resultados
por serem revisões sistemáticas, 264 excluídos por leitura de título, 45 por estarem fora
leitura de resumos. Dos 10 artigos selecionados para leitura dos resumos, seis foram
estudo.
de 2014.
Quadro 1. Características dos estudos incluídos nesta revisão.
Benfer KA, Weir KA, Bell Determinar a prevalência de Crianças com paralisia A disfagia orofaríngea foi A disfagia estava presente
KL, et al. 2013, Austrália. 18 disfagia orofaríngea e sua cerebral com idade de 18 a prevalente em 85% das em todos os níveis de
relação com habilidades 36 meses. As crianças foram crianças com paralisia severidade motora grossa,
motoras grossas em pré- avaliadas usando: o cerebral e houve uma relação usando avaliações diretas, de
escolares com paralisia programa de avaliação de gradual entre o nível de acordo com o GMFCS.
com as demais.
Autores Objetivos Métodos Resultados Conclusão
Lustre NS, Freire TRB, Verificar o tempo de trânsito Crianças, com paralisia Quanto maior o nível do Quanto maior a deficiência
Silvério CC. 2013, Brasil. 19 oral em crianças com cerebral (n=50), com idade grupo motor de crianças, motora apresentada maior o
paralisia cerebral e relacioná- média de 3 anos e 7 meses. maior tempo para engolir tempo de trânsito oral.
disfagia e nível motor, de crianças de cada nível motor. encontrada uma diferença
moderada ou grave.
Autores Objetivos Métodos Resultados Conclusão
Ries LGK, Schmidt KC, Verificar a existência de Foi avaliada a atividade Durante o ciclo mastigatório A maior espasticidade foi
Briesemeister M, et al. 2013, associação entre o grau de muscular durante a tarefa de observou-se associação entre associada ao menor tempo de
Brasil. 20 espasticidade, nível de mastigação em 15 crianças o nível de função motora, relaxamento dos músculos
função motora ampla e a (7-13 anos). Os instrumentos grau de espasticidade e a masseter e temporal e ao
classificação topográfica de clínicos utilizados foram: a simetria do masseter e maior tempo de contração
mastigatório.
Autores Objetivos Métodos Resultados Conclusão
Schmidt KL, Briesemeister Analisar a atividade elétrica A amostra foi de 32 A paralisia cerebral não foi As crianças com Paralisia
M, Ries LGK. 2014, dos músculos temporal e voluntários com paralisia associada à presença de Cerebral podem apresentar
Brasil.21 masseter e o padrão de cerebral espástica e com disfunção durante o ciclo mastigatório
crianças com paralisia com base na classificação de dentária. Nas crianças com e projeção anterior da
Embora a relação função motora e função oral seja muito presente na prática,
não foram encontrados muitos artigos que analisem cientificamente essa relação.
presentes nas amostras, que foi o tipo espástica. A paralisia cerebral espástica é a mais
comum, ocorrendo por lesão do córtex motor cerebral, área primaria dos movimentos. A
tensão muscular pode alterar o crescimento dos ossos, podendo evoluir para as
relaxamento dos músculos voluntários mais espásticos devido menor tempo de período
inativo e o maior tempo de período ativo. Esse fator pode ocasionar uma sobrecarga nos
instrumentos utilizados para avaliar a função motora oral18. Foi observado neste estudo
que 85% das crianças tiveram disfagia orofaríngea, identificado em uma ou mais
medidas clínicas diretas do protocolo, excluindo controle da saliva prejudicada, que foi
Todos os estudos observaram que existe uma relação entre o nível motor e o
nível de disfunção oral. Foi observado, que quanto maior o nível de comprometimento
masseter, que estuda os fenômenos bioelétricos que ocorrem nas fibras musculares
isotônica.
Conclusão
público alvo.
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