Matrícula: 16213010031 Polo: Darcy Ribeiro – Volta Redonda Curso: Matemática
Reflexão crítica sobre a educação e sua importância no combate à
violência e ao preconceito Grandes são os desafios dos educadores na atualidade, pois apesar dos significativos avanços na educação, nos últimos anos, é fato sua precariedade. Dados alarmantes apontam uma preocupante estagnação e até mesmo um declínio em várias áreas do saber como: leitura (não identificam a ideia central de um texto), ciências e matemática (não sabem fazer contas). Para que haja uma melhora significativa na educação, é preciso haver ações conjuntas e eficazes de vários setores da sociedade, pois há graves falhas do Estado, das famílias e da própria escola, que deve se apropriar dessa discussão, afinal o espaço escolar é o ambiente das relações sociais, que com professores capacitados e bem remunerados poderão elaborar um projeto educacional que leve em conta a formação integral do aluno, bem como suas necessidades, interesses, sua realidade social e cultural, promovendo assim a troca de experiências e a convivência pacífica e enriquecedora com as diferenças. É preciso ressaltar também, ao se falar de precariedade da educação, a grande desigualdade entre os estados em relação aos resultados dos exames. O Brasil está num profundo descompasso educacional, no que se refere a qualidade e equidade entre os estudantes espalhados pelo nosso país. É fato que no Brasil, não se investe em educação de forma adequada, situação agravada pelos os sérios problemas éticos e morais nos últimos anos. Não há um projeto educacional eficiente, que leve em conta uma proposta de se “pensar o Brasil para daqui 50 anos. Não há vontade efetiva e exata de “educação” como projeto de transformação social, há sim apenas um projeto político que visa interesses pessoais e manutenção de poder, pois um povo sem cultura e informação é facilmente manipulado, ficando refém das injustiças, da crescente violência e sem perspectiva de um futuro melhor, com mais oportunidades para todos e livre de preconceitos. Dentro desse contexto preocupante, faz-se necessário observar que o nível socioeconômico de um indivíduo, comunidade, lugar, muito influencia neste quadro de deficiência educacional, pois um estudante com nível mais baixo, possui um rendimento escolar bem abaixo do esperado, o que explica altos índices de repetência, evasão, distorção idade-série, além da crescente violência dentro e fora das escolas, e ações preconceituosas em todos os seus níveis. É preciso compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo e professores que exercem seu ofício com entusiasmo e com respeito aos saberes dos alunos, utilizam práticas educacionais que estimulam a criatividade, autonomia, senso crítico e liberdade de expressão. Não há modelos prontos para o sucesso, nem educadores heróis ou mágicos, devem haver sim professores comprometidos com a educação de qualidade e convictos de que a mudança é possível. Cabe a escola inserir em sua grade curricular, temas que trabalhem a não violência, elaborar um projeto político pedagógico que fomente pensamentos e ações sobre superação de preconceitos, transformando seu espaço num lugar de dignidade, de aceitação das diferenças, lazer e construção do conhecimento, pois a violência é um fenômeno social com alto poder destruidor individual e coletivo, que se espalha rapidamente de forma direta ou indireta (redes sociais), por isso o professor deve criar uma ponte entre ele e seus alunos, onde irão juntos aprender, ensinar, inquietar-se, produzir e igualmente resistir e superar obstáculos e principalmente deve o professor rejeitar a qualquer forma de discriminação, deve ter a humildade e compaixão necessárias para resgatar vidas, isto é, não tratar um aluno classificado como “o problema”, como um marginal incurável, deve sim acolher, aproximar, mostrar a possibilidade dos diferentes caminhos, fazê-lo pensar, sentir-se especial e acima de tudo mostrar-lhe que ele pode se reinventar, realizar sonhos e superar desafios. Conclui-se portanto, que a educação é uma aposta de esperança no futuro, não é mera utopia, ao contrário é a única grande revolução capaz de proporcionar igualdade de oportunidades, dissolvimento de preconceitos e violências e principalmente contribuir para que indivíduos se reconheçam como cidadãos, conscientes de seus direitos e deveres com enorme poder de transformação pessoal e coletivo. Referências - Metade dos alunos brasileiros não sabe fazer contas, nem entende o que lê http://www.brasilpost.com.br/2016/12/06/metade-alunos-nao-sabe-fazer-conta- nementendeler_n_13453698.html?utm_hp_ref=educacao - “Se você quer que ele seja um delinquente, trate-o como um” http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/30/cultura/1443615217_680875.html - Metade da população entre 13 e 15 anos sofre agressões na escola, diz informe https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/06/internacional/1536229417_606822.html -FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.