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Osteoarticular da
Anca RUI VAZ
(ASSISTENTE HOSPITALAR MFR DO CHAA - GUIMARÃES)
V.N.GAIA 28/02/2015
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”
(Fernando Pessoa)
Articulação Coxofemoral
Cabeça Femoral
Situada na porção terminal do colo femoral
Constituída por 2/3 de uma esfera de 40 a 50mm de diâmetro
Orientada para cima, para a frente e medialmente
Acetábulo
Situa-se na face externa do osso ilíaco
Forma de uma semi-esfera
Porção articular – mais periférica; coberta por cartilagem
Porção não-articular – mais profunda; sem cartilagem
Orientado para fora, para a frente e para baixo
Articulação Coxofemoral
Labrum acetabular
Anel fibro-cartilaginoso
Forma triangular
Aumenta consideravelmente a profundidade do acetábulo
Aumenta a coaptação articular
Ligamento Redondo
Extende-se desde a incisura ísquio-púbica até à cabeça femoral
Não desempenha uma função mecânica importante, embora seja
extremamente resistente (carga de ruptura = 45Kg)
Principal Limitador da adução.
Tem função de nutrição (Artéria do ligamento) leva a osteonecrose
da cabeça femoral.
Articulação Coxofemoral
Capsula Articular
Estrutura cilíndrica, composta por 4 tipos de fibras:
longitudinais, oblíquas, arciformes, circulares
Unida ao Labrum acetabular e ligamento transverso.
Inserção na linha intertrocantérica anterior e na
união do 1/3 interno com os 2/3 externos do colo
posteriormente
Ligamentos
Lig. Iliofemoral (Forma triangular; feixes superior e
inferior)
Lig Pubofemoral
Lig Isquiofemoral
Fatores de Coaptação da
articulação
Peso do corpo
Labrum Acetabular
Pressão atmosférica (efeito de vácuo)
Ligamentos e músculos:
Região anterior: predomínio dos ligamentos
Região posterior: predomínio dos músculos
Factores musculares:
Se a direção é semelhante à do colo do fémur estabilizam a
articulação
Se a direção longitudinal têm tendência a luxar a cabeça femoral
para cima do acetábulo (ex: adutores)
Luxação Congénita da Anca
Ocorre quando:
Aumento do angulo de Hilgenreiner (>30º)
Linha horizontal que passa pelas cartilagens em Y e a linha tangente ao tecto
acetábulo
Fatores de coaptação da
articulação (Orientação do Colo do Fémur)
Plano Frontal Plano Horizontal
Angulo de inclinação de 120-125º Angulo de anteversão (20º)
Se angulo aumenta (coxa valga) maior Anteversão exagerada do colo, aumenta
instabilidade sobretudo na adução a probabilidade de luxação anterior,
Luxação congénita da anca durante uma rotação externa.
Inversamente, se houver retroversão do
Tx: abdução a 90º
colo existe maior estabilidade.
Amplitudes articulares - Flexão
Amplitude
Passiva – 20-30º
Amplitude dos movimentos é aumentada pelos movimentos de
anteversão da pelve e hiperlordose lombar
Músculos Extensores
Grande nadegueiro
Extensão + Adução + Rot. Externa
Médio e pequeno nadegueiros (feixes posteriores)
Extensão + Abdução + Rot. Externa
Bicípete femoral (longa porção)
Extensão da anca + Flexão do joelho + Adução
Semimembranoso
Extensão da anca + Flexão do joelho + Adução
Semitendinoso
Extensão da anca + Flexão do joelho + Adução
Adutor magno (feixes inferiores)
Amplitudes articulares - Abdução
Na prática a abdução (30º) da coxofemoral é
acompanhada automaticamente de uma abdução
igual do lado oposto. Báscula lateral da bacia.
Adução relativa
2) Sentado
Exame Objetivo
3) Decúbito Dorsal
Teste de Thomas
Presença e o grau da contratura em flexão da anca
Teste de Ely
Avaliar encurtamento do recto femoral
1) Doente em decúbito ventral, o examinador flexiona
passivamente o joelho do doente.
2) Durante a flexão passiva do joelho, se ocorrer flexão
concomitante da coxofemoral ipsilateral o teste é
considerado positivo.
Exame Objetivo
5) Decúbito Lateral
Teste de Ober
Avalia a contractura do tensor da fáscia lata (trato iliotibial)
1) Decúbito lateral com o MI direito (como na imagem) articulação
coxofemoral e joelho em flexão.
2) Abdução e extensão passiva do MIE com joelho em extensão ou
em flexão (90º)
3) adução do MIE e quando existe encurtamento do trato iliotibial,
o MIE permanece em abdução
Exame Objectivo
Patologia Osteoarticular da Anca
Patologia Osteoarticular da Anca
1. Coxartrose
2. Fraturas
3. Artroplastia Total da Anca
4. Osteonecrose da Cabeça do Fémur
5. Conflito Fémuro-Acetabular (CFA)
6. Patologia Labral
7. Síndrome do Piriforme
8. Síndrome da banda Iliotibial
9. Bursite Trocantérica
10. Artrites Infeciosas/inflamatórias
11. “Snapping hip”
12. Neoplasia
13. Condiçoes não musculo esqueléticas com queixas na anca
Patologia Osteoarticular da Anca
Condições Intra-articulares Condições Extra-articulares
1. Coxartrose 1. Síndrome do Piriforme
2. Fraturas 2. Síndrome da banda Iliotibial
3. Artroplastia Total da Anca 3. Bursite Trocantérica
4. Osteonecrose da Cabeça do Fémur 4. “Snapping hip”
5. Conflito Fémuro-Acetabular (CFA) 5. Estenose Lombar
6. Patologia Labral 6. Condições não musculo esqueléticas com
queixas na anca
7. Artrites Infeciosas/inflamatórias
7. Fraturas
8. Neoplasia
Coxartrose
Principal patologia da anca no adulto
Doença degenerativa articular (desgaste da cartilagem articular
originando dor marcada, limitação da mobilidade articular e
diminuição da capacidade de marcha.
Coxartrose primária ou idiopática
Mais prevalente na raça branca (66%) que nos asiáticos (28%)
Mais prevalente que a secundária
Coxartrose secundária
Traumatismo
Infecção
Patologias congénitas
Outras deformidades
Coxartrose
Fatores de risco:
História familiar,
Obesidade,
lesões da cartilagem articular ou alterações da morfologia da anca,
como sejam a displasia e o CFA.
Sintomas:
Dor na região antero-externa inguinal/coxa
Dor na anca
Rigidez
Limitação funcional das AVDs (calçar, apertar cordões do calçado,…)
Irradiação distal
Dor: insidiosa / Piora com atividade / alivia com repouso (estadios
mais avançados também em repouso)
Coxartrose
Exame Objectivo:
Marcha antálgica (diminuição do tempo de apoio lado afetado /
encurtamento do comprimento passada lado oposto)
Amplitudes Articulares (perda de rotação Interna – sinal precoce) /
cadeia cinética (coluna, joelhos e anca)
Teste de Faber – Patologia intraarticular + dor anterior
Força Muscular ( diminuição por dor / fraqueza dos abdutores –
marcha Trendelenburg)
Palpação grande trocânter, banda iliotibial, articulações sacroilíacas,
tuberosidades isquiáticas.
Coxartrose
EAD:
Rx: primeira linha de diagnóstico / Classificação AO
Cirúrgico
Osteotomias / Artrodeses / Artroplastias
Fracturas Bacia
Mecanismo de acção
Rotação externa (disjunção da sínfise pubica)
Compressão lateral (fractura do acetabulo)
Cisalhamento vertical (separação completa de uma pelve)
Classificação
Estáveis / Parcialmente estáveis / instáveis
Fracturas do 1/3 proximal do femur
Fracturas do Colo do Femur
Mais frequente:
Após os 70 anos
sexo feminino
Ossos osteoporóticos devido a pequenos traumatismos e mais
raramente em doentes jovens por traumatismos de alta
intensidade.
Exame objetivo:
Pequeno encurtamento do membro afetado
Discreta rotação externa.
hematoma na face lateral da coxa.
Dor à mobilização e incapacidade funcional
Fracturas do Colo do Fémur
Diagnóstico
Radiografia das ancas (AP e Perfil) e AP
em Abdução e Adução
TAC
Cintilografia óssea
RNM
Fracturas do Colo do Fémur
Classificação de Garden
Tipo I – incompleta ou impactada
Tipo II – completa sem desvio
Tipo III – completa com desvio parcial
Tipo IV – completa com desvio total
Fracturas do Colo do Fémur
Complicações
Tromboembolismo
Infecção
Retardo de consolidação
Pseudoartrose
Necrose avascular
Consolidação viciosa
Fracturas Trocantéricas
Objetivo principal:
Melhoria funcional, redução das queixas álgicas, melhoria da
qualidade de vida
Hemiartroplastia
Apenas componente femoral
Sobretudo usada na # colo do fémur
Hemiartroplastia bipolar
Manutenção da cartilagem articular
> mobilidade
Estáveis
Também cursam com alto grau de osteólise acetabular
Artroplastia da Anca
Meios de Fixação
Cimentada
Polimetilmetacrilato
Quando existe maior fragilidade óssea
Híbrida
Um componente cimentado
Não Cimentada
Revestimento poroso para osteointegração
Indivíduos + jovens
Artroplastia da Anca
Infecção
Ossificação heterotópica
Lesão de nervo periférico
Dismetria
Artroplastia da Anca
Luxação
50% ocorre nas 4-6 semanas de pós-operatório
Até 10% dos casos
Factores predisponentes
• Abordagem cirúrgica (posterior)
• Orientação e tamanho da prótese Anterior
• Fragilidade muscular ou ligamentar Extensão / RE
• Cirurgia de revisão
• Não aderência às restrições das
amplitudes articulares Posterior
• Factores individuais (estado cognitivo, Flexão/ Adução / RI
sexo feminino, idade)
Artroplastia da Anca
Luxação
• Abordagem Terapêutica
– Redução fechada
– Redução aberta
– Cirurgia de revisão
Prevenção é fundamental
Cuidados
Evitar:
Flexão > 90°
Adução além da linha média
Rotação interna > 0°
Artroplastia da Anca
Programa de Reabilitação
Tratamento cirúrgico
Descompressão da cabeça femoral
Enxerto ósseo com abertura da articulação
Enxerto osteocondral;
Enxerto ósseo vascularizado;
Osteotomia
Conflito Femuro acetabular (CFA)
Conflito ou de um contacto anormal entre a cabeça-colo femoral e o rebordo
acetabular, o qual irá provocar alterações do tipo degenerativo tanto no complexo
“debrum/labrum” acetabular, como na cartilagem articular.
Tipo “misto”.
Conflito Femuro acetabular (CFA)
Tipo “cam”
Esta abrasão da cartilagem vai ser responsável pelo
descolamento posterior do Labrum cotiloideu.