Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Karem Ferreira
ESQUELETO:
1) Cliente
2) Crime
3) Ação
4) Rito
5) Momento
6) Peça
7) Competência
8) Tese
9) Pedido
TESES:
Culpabilidade: Punição
Menoridade Escusa absolutória extinção da punibilidade – ex.
Embriaguez acidental filho que furta o pai – o fato é típico é antijurídico, é
Coação moral culpável mas não é punível.
Obediência hierárquica
2) Nulidade
a. Denúncia lacônica
b. Ausência de corpo de delito
c. Oitiva de testemunha
Problema 2
Agostinho registra grande numero de condenações por crimes contra o patrimônio e já
cumpriu parte em regime fechado. Estava em gozo de livramento condicional, veio a ser
autuado em flagrante e foi denunciado por roubo simples. Encerrada a instrução probatória,
em fase oportuna, o Ministério Público pleiteia a condenação de Agostinho, sustentando que a
prova é suficiente para tanto, especialmente pelos maus antecedentes. Permanece preso.
Consta dos autos, que tem trâmite na primeira Vara Criminal da Capital, que Agostinho
ingressou na farmácia de Thomas, que desconfiou daquele “mal encarado” e avançou contra
este, imobilizando-o até a chegada da polícia. Agostinho sempre alegou que fora comprar
remédio. Foi deferido pedido da defesa para apresentação de memoriais.
Questão: Como advogado de Agostinho, desenvolva a medida judicial pertinente.
Esqueleto:
1) Cliente: Agostinho
2) Crime: roubo simples – art. 157 – Pena 4 a 10 anos. Atenção: nunca levar em
consideração a pena aplicada. Para determinação do rito considerar a pena máxima
em abstrato.
3) Ação: ação penal pública incondicionada
4) Rito ordinário
5) Momento: Ação penal
6) Peça: Memoriais de defesa – peça simples
7) Competência: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da
Comarca da Capital
8) Tese: falta de justa causa: falta de provas
9) Pedido: absolvição 386, III
Problema 3
Pedro, dado como incurso nas sanções do art. 171, caput, c/c art. 71, ambos do CP, foi
condenado às penas de 1 (um) ano de reclusão e pagamento de 10 (dez) dias-multa, por
sentença ainda não passada em julgado. Segundo consta, Pedro adquiriu mercadorias da
empresa Pop Ltda., pagando-as com cheques, para desconto posterior, que, apresentados, não
foram pagos por insuficiência de fundos.
Questão: Como advogado(a) de Pedro, adote a medida judicial cabível, fundamentando
Esqueleto:
1) Cliente: Pedro
2) Crime: art. 171, caput, c/c art. 71 (crime continuado – aumenta de 1/6 a 2/3 – se os
crimes forem diferentes você pega a pena do mais grave e faz o aumento) – Pena 1 a 5
anos.
3) Ação penal pública incondicionada.
4) Momento: sentença não passada em julgada.
5) Rito ordinário
6) Peça: apelação - 593
7) Competência:
a. Interposição: excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da __ vara criminal
da comarca de __
b. Razões: TJ
8) Teses: descaracterizar o estelionato, o cheque foi dado para desconto posterior, assim
o fato é atípico. Atipicidade, princípio da presunção de inocência, embase em
princípios constitucionais.
9) Pedido: absolvição - 386
Problema 4
A foi processado e condenado a 4 (quatro) anos de reclusão por ter exposto à venda, produto
alimentício adulterado, crime previsto no art. 272, CP. A sentença baseou-se em auto de
infração elaborado pela autoridade sanitária. Não há nos autos qualquer laudo. A encontra-se
preso, tendo a sentença transitado em julgado.
Questão: Elaborar peça processual visando resolver a situação de A, justificando a medida
proposta.
Esqueleto:
1) Cliente: A
2) Crime: 272 – 4 a 8 anos
3) Ação: ação penal pública incondicionada
4) Rito ordinário
5) Momento: transito em julgado da sentença
6) Competência: TJ
7) Peça: revisão criminal
8) Teses: falta de provas – falta de justa causa
9) Pedido: absolvição 386, expedição do respectivo mandado de soltura. Bem como a
anulação do processo com base no art. 564, III, b do CPP, a qual deve ser pedida
antes do pedido de absolvição.
Problema 5
Pedro Paulo e Marconi estavam sendo investigados pela autoridade policial de distrito policial
da comarca de São Paulo em razão de prática de delito tentado de furto qualificado pelo
concurso de pessoas, ocorrido em 09.06.2008, por volta das 22 horas. O inquérito policial foi
autuado e tramitava perante a 2ª Vara Criminal da Capital. Ao registrar a ocorrência policial, a
vítima, Maria Helena, narrou ter visto dois indivíduos de estatura mediana, com cabelos
escuros e utilizando bonés, no estacionamento do Shopping Iguatemi, tentando subtrair o
veículo Corsa/GM, de cor verde, placa IFU 6643/SP, que lhe pertencia. Disse, ainda, que eles só
não alcançaram êxito na na empreitada criminosa por motivos alheios às suas vontades, visto
que foram impedidos de concluílas pelos policiais militares que estavam em patrulhamento na
região. No dia 30.06.2008, Pedro Paulo foi convidado a se fazer presente naquela delegacia de
polícia, e assim o fez, imediata e espontaneamente, a fim de se submeter a reconhecimento
formal. Na ocasião, negou a autoria do delito, relatando que, no horário do crime, estava em
casa, dormindo. A vítima Maria Helena e a testemunha Agnes, que, no dia do crime, iria pegar
uma carona com a vítima, não reconheceram, inicialmente, Pedro Paulo como autor do delito.
Em seguida, Pedro Paulo foi posto em uma sala, junto com Marconi, para reconhecimento,
havendo insistência, por parte dos policiais, para que a vítima confirmasse que os indiciados
eram os autores do crime. A vítima, então, assinou o auto de reconhecimento, declarando que
Pedro Paulo era a pessoa que, no dia 09.06.2008, havia tentado furtar o seu veículo, conforme
orientações dos agentes da polícia. Diante disso, o delegado autuou Pedro Paulo em flagrante
delito e recolheu-o à prisão. Foi entregue a Pedro Paulo a nota de culpa, e, em seguida, foram
feitas as comunicações de praxe. Pedro Paulo não é primário, porém possui residência e
emprego fixos.
Esqueleto:
1) Cliente: Pedro Paulo
2) Crime: furto qualificado tentado
3) Ação penal pública incondicionada
4) Rito sumaríssimo
5) Momento: inquérito policial antes da ação penal
6) Competência: vara criminal
7) Peça: relaxamento da prisão em flagrante
8) Teses: autoridade arbitrária
9) Pedido: relaxamento da prisão em flagrante com expedição do respectivo alvará de
soltura.
Problema 1
A, B, C, D, egressos da Penitenciária do Estado de São Paulo, no dia 10 do mês passado foram
fazer uma reunião no hotel da cidade, com o fim de discutir a melhoria de vida dos outros
detentos. Haviam combinado essa reunião quando estavam cumprindo pena. No desenrolar
da reunião, foram presos pela polícia e enquadrados no art.288 do CP. O processo desenrolou-
se normalmente e o juiz proferiu sentença condenatória, que não transitou em julgado.
Questão: Como advogado constituído você foi intimado da decisão 26 de janeiro de 2010,
interponha o recurso cabível datando o último dia do prazo.
Esqueleto:
1) Cliente: A, B, C, D
2) Crime: art. 288 – pena 1 a 3 anos
3) Ação penal pública incondicionada
4) Rito sumário – pena menor que quatro
5) Momento: sentença recorrível
6) Competência:
a. Interposição: juiz a quo – Juiz singular
b. Razões: juiz ad quem - TJ
7) Peça: apelação – 593, I, CPP.
8) Teses: atipicidade
9) Pedido: absolvição art. 386, III
10) Prazo: 01/Fevereiro/2010
RECURSO DE APELAÇÃO,
Termos em que,
pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB
RAZÕES DE APELAÇÃO
Autos de número: ______
Apelante: A, B, C, D
Apelado: Justiça Pública
Inconformados com a r. sentença, que os condenaram ao crime do art. 288 do Código Penal, A,
B, C, e D, já qualificado nos autos, vem, pela presente, apresentar RAZÕES DO RECURSO, nos
termos que passa a expor.
PROBLEMA 2. Por estar necessitando de dinheiro, A aluga seu apartamento para um casal ali
manter relações sexuais, mediante o preço de R$ 200,00. A polícia chega ao local e prende-o
em flagrante delito. Processando, A é condenado pelo crime do art. 229 do CP à pena de 2
(dois) anos de reclusão, com sentença confirmada por votação unânime pela instância
superior. Somente hoje, um mês após o trânsito em julgado, surgem testemunhas garantindo
ser a 1ª vez que A praticara tal fato.
Questão: Sustentar, perante o órgão judiciário competente, as razões da medida proposta.
Esqueleto:
Cliente: A
Crime: artigo 229, CP. Pena: 2 a 5 anos
Ação: incondicionada
Rito: ordinário
Momento: acórdão transitado em julgado
Peça: revisão criminal - art. 621, III
Competência: vara criminal
Tese: Atipicidade, precisa de habitualidade.
Ação autônoma, requer seja julgada procedente a respectiva ação com a devida absolvição do,
com base no artigo 386, III CPP c/c 626 do CPP.
Pedido: absolvição
REVISÃO CRIMINAL
com fulcro no art. 621, inciso III, do Código de Processo Penal, tudo conforme evidenciado pela
razões de fato e de direito que agora passa a expor.
PROBLEMA 3. Júlio foi denunciado e pronunciado como incurso nas penas do art.121, caput,
do CP, pelo seguinte fato: acordado de madrugada em sua casa com ruídos estranhos, foi até o
quintal provido de uma lanterna e um revólver. Repentinamente surge um vulto humano, e
Júlio, então, disparou em direção ao vulto.
Ao final, verificou- se que se tratava de um vizinho de Júlio, que pretendia assustá-lo a título
de brincadeira, e que por fim veio a falecer em consequência do disparo. Julgado pelo
Tribunal do Júri, Júlio foi condenado a seis anos de reclusão, no dia 28 de janeiro de 2010.
Questão: Apresentar peça profissional em favor de Júlio
Esqueleto:
Cliente: A
Crime: 121, caput – 6 a 20 anos.
Ação Penal: incondicionada
Rito: júri
Momento: sentença condenatória, prazo para recorrer. Mas parece que o prazo já foi. Então
Peça: Apelação: Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: III - das decisões do
Tribunal do Júri, quando d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos
autos. § 3o Se a apelação se fundar no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer
de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á
provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo,
segunda apelação.
Competência: interposição: juiz presidente da vara do júri. Razoes: TJ – desembargador
presidente do TJ.
Tese: 1) legítima defesa putativa – art. 20, §1.
Pedido: novo julgamento, na apelação, dentro da ação penal, o tribunal não pode reformar a
decisão dos jurados, agora na revisão criminal, não vale o principio da soberania dos vereditos,
e, por conseguinte, o tribunal pode reformar.
PROBLEMA 4. Pedro era casado com Maria há muitos anos, não tiveram filhos e moravam em
São Paulo. Pedro viajou para Salvador a negócios e hospedou-se no Hotel Centro daquela
cidade. Ao retornar, após 2 dias, encontrou a esposa morta com um tiro na cabeça. Apurou-
se também um tiro dado na parede com a mesma arma. Pedro acabou sendo denunciado por
homicídio doloso simples, agravado por crime contra cônjuge. Defendeu-se por meio de um
álibi, mostrando a conta do hotel, mas o juiz competente o pronunciou, apesar da negativa do
acusado, enviando-o a julgamento perante o Tribunal do Júri. A r. sentença de pronúncia foi
proferida em 29.11.10 e o acusado está solto.
Questão: Produzir a peça cabível na espécie, perante o órgão judiciário competente, em favor
de Pedro.
Esqueleto:
Cliente: Pedro
Crime: 121
Ação Penal: incondicionada
Rito: júri
Momento: pronúncia
Peça: Recurso em sentido estrito. Com fulcro no Art. 581, IV, pelas razoes de fato e de direito
que agora passa a expor.
Competência: interposição: juiz da vara do júri. Razões: TJ – desembargador presidente do TJ.
Tese/pedido
1) Absolvição – art. 415, II – negar a autoria do crime.
2) Impronúncia – art. 414 – pois falta justa causa pra pronúncia que necessita de indícios
de autoria e prova da materialidade, nesse caso só temos a prova da materialidade do
fato, faltando, por conseguinte dos indícios de autoria.
- Interposições: interpor recurso de apelação, com fulcro __, requerendo que este seja
regularmente recebido, processado e encaminhado ao respectivo Tribunal de Justiça do
Estado.
- Razões: que seja conhecido e provido, tornar sem efeito a decisão recorrido, absolve no art.
414, II e não for esse entendimento que se impronuncie o réu no art. 414 do CPP.
Interposição:
1ª fase do júri: juiz da vara do júri
2ª fase do júri: juiz presidente do tribunal do júri
Razões: TJ - desembargador presidente
12/01/2010 – Prof. Karem Ferreira
CORREÇÃO DO SIMULADO
Peça prática: Revisão Criminal
Teses:
1) Nulidade:
a. Ausência de resposta à acusação 564, IV, CPP
Assim, se eu não tenho resposta eu não tenho testemunha de defesa.
b. Ausência de interrogatório 564, IV, CPP
2) Mérito:
a. Princípio da insignificância – não traz prejuízo algum para o dono do
supermercado, o direito penal não se preocupa com isso 386, III, CPP
b. Em nenhum momento o quilo de feijão foi ameaçado, ela jamais conseguiria
sair do supermercado com um quilo de feijão crime impossível, art. 17, CP.
386, III, CP.
c. Excludente de ilicitude, decorrente do estado de necessidade - Furto famélico -
art. 24 do CP.
d. Reconhecimento do privilégio – 155, §2, CP. Pequeno valor a coisa (R$ 2,50), e
a primariedade (está expressa no problema).
Consequência do privilégio é diminuição de 1/3 a 2/3. Então eu vou pedir:
e. Redução máxima de 2/3 da pena. Pena de 1 a 4 anos (furto simples) essa é
a consequência de aplicação do privilégio. Vou pegar a pena mínima de 1 ano
e reduzir 2/3, por conta da tentativa, assim 12 meses – 8 meses, assim o
pedido da condenação será de 4 meses.
f. Assim eu tenho uma pena de 4 meses, segundo o artigo 109, VI do CP, 4 meses
prescreve em 2 anos. Os fatos ocorreram em 04/09/2002, a prescrição ocorreu
a partir de 03/09/2004. A denúncia foi recebida 12/10/2004. Assim ocorreu
prescrição retroativa.
g. Substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos – art. 44
do CP requesitos: pena aplicada é menor que 4 anos + crime não pode ter sido
cometido com violência ou grave ameaça. Assim tem que ser concedida a
substituição, pois estão presentes os requisitos.
h. Fixação do regime inicial do cumprimento da pena: art. 33, §2, alínea c, do
Código Penal. Requesitos: não reincidente, pena menor ou igual a 4 anos.
1) Joana caluniado, por mensagem de e-mail pelo Paulo. No dia 10/11/2009 ela ficou
sabendo da autoria do fato, a partir desse dia ela tinha 6 meses para entrar com a
queixa-crime, porém até a data 11/06/2010 ela ainda não tinha entrada. Assim a tese
de defesa que o advogado de Paulo pode alegar é que passou o prazo de 6 meses,
houve decadência. O juiz tem que declarar a extinção de punibilidade em favor de
Paulo.
2) Crime de funcionário público, nesse rito especial, 514, menciona que tem que haver
uma defesa preliminar, a não ocorrência enseja nulidade. Deve-se citar ainda a súmula
330 do STJ.
Esqueleto
Cliente: A
Crime: ? pena em concreto: 1 a 2 meses de reclusão.
Ação Penal: ?
Rito: ?
Momento: houve um recurso de apelação
Endereçamento:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO N. ____ DA _
CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ____ 619, CPP
Peça: embargos de declaração
Tese: contradição
Pedido: conhecido e provido, que a contradição seja corrigida, diminuindo a pena imposta.
2. Esquines foi denunciado e está sendo processado por infração ao art. 159 do Código Penal
porque, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, seqüestrou Demóstenes,
empresário, exigindo de sua família, como condição para sua libertação, a importância de R$
100.000,00 (cem mil reais). Foi autuado em flagrante delito no momento em que pegava o
dinheiro, deixado em local previamente combinado, e a vítima foi encontrada ilesa.
O acusado encontra-se preso, por força da flagrância delitiva, há mais de 180 dias, e ainda não
se encerrou a instrução criminal, uma vez que o representante do Ministério Público insiste na
oitiva de duas testemunhas que devem ser ouvidas por meio de carta precatória, por residirem
em outro Estado. Requerido o relaxamento do flagrante ao juízo processante, foi o mesmo
indeferido, ensejando interposição de ordem de habeas corpus ao Tribunal competente. O
Tribunal denegou a ordem requerida, fundamentando o v. Acórdão no fato de que a gravidade
da infração se sobrepõe a eventual excesso de prazo, desconfigurando o alegado
constrangimento ilegal. Questão: Como advogado de Esquines, tome a providência judicial
cabível.
Inconformado, com o venerando acórdão n. _______ que denegou o pedido de habeas corpus
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: a) os
"habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória
+ Habeas corpus garantia constitucional LXVIII CF + art. 8 do pacto. Excesso de prazo. A
gravidade do crime não se sobrepõe ao excesso da prisão.
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente, e por conseguinte, concedendo o
relaxamento da prisão em flagrante e expedindo o respectivo alvará de soltura.
3. João, condenado definitivamente por vários crimes de homicídio qualificado, roubo,
latrocínio e seqüestro, a 156 anos de reclusão, iniciou o cumprimento de sua pena no dia
01.09.2006. Sob o argumento de que ele pertenceria a organização criminosa, o Ministério
Público, no dia 04.09.2006, requereu sua colocação em regime disciplinar diferenciado pelo
prazo de três anos. O juiz, no dia 05.09.2006, sem ouvir o sentenciado, acatou o pedido, e
determinou o encaminhamento de João para penitenciária destinada ao cumprimento da pena
no regime disciplinar diferenciado. Questão: Como defensor de João, tomando ciência da
decisão no dia 15.09.2006, utilize os meios necessários a sua defesa.
QUESTÕES
1. Vitor, primário, 20 anos, é condenado à pena de multa. Em que prazo se opera a prescrição
da pretensão executória de tal pena? Fundamente.
Resposta: No prazo de 1 ano se opera a pretensão executória de tal penal. Nesse sentido:
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá:
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada;
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa
for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada.
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do
crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
3. Pode o juiz, na pronúncia, enquadrar o acusado em dispositivo penal que prevê pena mais
grave do que a imposta ao crime articulado na denúncia? Justifique e fundamente.
Resposta: Sim é possível no momento da pronuncia, tanto a ementatio libeli quando a mutatio
libeli, o juiz não fica vinculado a capitulação do MP. Nesse sentido: art. 418 (ementatio libeli).
O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o
acusado fique sujeito a pena mais grave.
4. Ana induziu a gestante Maria a provocar o aborto em si mesma, e ela o provocou. Em outra
hipótese, Geralda executou aborto em Clementina, gestante, com o seu consentimento.
Tipifique, juridicamente, as condutas de Ana, Maria, Geralda e Clementina.
Resposta:
Ana: induziu Maria – é partícipe no crime de aborto, art. 124 cominado com o artigo 29.
Maria: praticou aborto em si - art. 124.
Geralda: executou aborto em Clementina - art. 126.
Clementina: permitiu a pratica do aborto por Geralda - art. 124.
5. João Antônio, casado e pai de uma criança de seis meses de idade, na véspera de completar
dezoito anos de idade dispara dois tiros com arma de fogo contra José Pedro, com objetivo
de matá-lo. José Pedro, ferido, é socorrido por populares, porém morre três dias depois,
quando João Antonio completara dezoito anos de idade. João Antonio é considerado
imputável e poderá ser processado criminalmente?
Resposta: Não, ele é considerado inimputável. O Brasil adota a teoria da atividade para o
tempo do crime, e assim é expresso o artigo 4º do CP: considera-se praticado o crime no
momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Súmula 711 STF.