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DIREITO PENAL
CRIMINOLOGIA
SUMÁRIO
1. Conceito 3
1.1 Decomposição analítica: 4
2. Objetos da Criminologia 5
2.2 A Vítima 8
2.3 O controle social 9
3. Funções da Criminologia 9
3.1 Relação entre Criminologia, Direito Penal e Política Criminal 10
CRIMINOLOGIA
1. Conceito
1.1 Decomposição analítica:
2. Objetos da Criminologia
DELITO: é visto em uma concepção mais ampla que a do Direito
Penal, não se limitando à conduta prevista em lei como crime
(fato típico, ilícito e culpável), mas sim ao descumprimento das
regras de convívio social em todos os seus âmbitos. A moderna
Criminologia, notadamente nas vertentes de cunho sociológico,
u desvio, que é a
trabalha com o conceito de conduta desviada o
conduta que infringe o padrão de comportamento esperado da
sociedade. A infração é tratada como um problema social.
DELINQUENTE: foi o objeto principal de estudo da Escola
Positiva, mas passou a um segundo plano na Criminologia
moderna, embora não abandonado. A psicologia criminal, por ex.,
ainda fornece importantes informações acerca da personalidade
do delinquente e sua influência para a ocorrência do desvio. O
delinquente ou infrator é visto hoje como unidade
biopsicossocial, alguém inserido em um contexto social, e não
sob o aspecto puramente patológico.
VÍTIMA: a vítima teve papel de destaque durante a época da
justiça privada, mas perdeu protagonismo quando o Estado
assumiu a responsabilidade pela resolução dos conflitos. A
Criminologia moderna volta a colocá-la em posição de destaque,
principalmente a partir da segunda metade do século XX,
gerando o surgimento de uma nova disciplina, a Vitimologia. O
resgate do papel da vítima no Direito Penal Brasileiro é
evidenciado em diplomas normativo como a Lei nº 9.099/95 e a
Lei Maria da Penha.
2.2 A Vítima
Modalidades de vitimização (“processo que leva uma pessoa a se
vitimar ou a se tornar vítima”)
2.3 O controle social
CONTROLE SOCIAL: é exercido por diversas instâncias, formais e
informais, e age no indivíduo desde a infância (família, escola, igreja,
Sistema de Justiça Criminal, etc.). Tem por objetivo transformar o
padrão de comportamento do indivíduo, adequando-o ao
comportamento social dominante. O controle social formal é exercido
pelo Sistema de Justiça Criminal, composto por Polícia, Ministério
Público, Judiciário e Sistema Penitenciário. O controle social informal é
exercido pela família, igreja, amigos, etc.
3. Funções da Criminologia
A criminologia tem por função primordial reunir informações válidas e
confiáveis sobre o crime, o delinquente, a vítima e o controle social, a
fim de explicar e prevenir o crime, intervir na pessoa do infrator e
avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime.
3.1 RELAÇÃO ENTRE CRIMINOLOGIA, DIREITO PENAL E POLÍTICA CRIMINAL
A Criminologia, o Direito Penal e a Política Criminal ocupam-se
do estudo do delito, mas com enfoques, métodos e objetivos diversos.
São considerados os três pilares do sistema das ciências criminais.
A Criminologia é ciência empírica (ser), que se vale do método
indutivo para a percepção do fenômeno delitivo em todas as suas
nuances.
O Direito Penal é ciência normativa (dever-ser), que se vale do
método lógico, abstrato e dedutivo.
A Política Criminal é a disciplina que oferece aos Poderes
Públicos as opções concretas e mais adequadas para o eficaz controle
do crime – serve de “ponte” entre o Direito Penal e a Criminologia.
A criminologia, a Política Criminal e o Direito Penal representam
três momentos inseparáveis da resposta social ao problema do crime: o
momento explicativo-empírico (Criminologia), o decisório (Política
Criminal) e o instrumental (Direito Penal).
4. ESCOLAS DA CRIMINOLOGIA
Tem por objeto de estudo o delito, visto como fato individual,
isolado, mera infração à lei. A aplicação da pena surge como
consequência lógica do descumprimento ao ordenamento
jurídico.
Tem como traço marcante a ideia de livre arbítrio. O homem é
visto como um ser racional e livre, e a teoria do pacto social é tida
como fundamento da sociedade e do poder.
Não pesquisa os motivos que levam à criminalidade, não se
preocupando com a etiologia do fenômeno criminoso.
Incapaz de fornecer aos poderes públicos as informações
necessárias para um programa político-criminal de prevenção e
luta contra o crime.
Tem por expoentes nomes como Cesare Beccaria (“Dos delitos e
das penas”), Carrara, Romagnosci, etc.
Surgida por volta da década de setenta do século XIX, traz para o
estudo da criminologia a metodologia de trabalho das ciências
naturais, baseado no saber empírico-indutivo, fundado na
observação e análise dos fenômenos naturais. Por esta razão,
afirma-se que ela inaugura a fase científica da criminologia
A criminologia é vista como ciência causal-explicativa da
criminalidade (paradigma etiológico).
Tem por objeto principal de estudo o delinquente, que age em
função das regras do determinismo biológico. Nega-se o conceito
de livre arbítrio. O criminoso é considerado diferente dos demais,
um anormal, dotado de caraterísticas que o predispõe à prática
do crime e que o tornam insusceptível de adaptação à vida social.
A criminalidade é vista como realidade natural, pré-constituída ao
Direito Penal, que se restringiria a reconhecê-la e positivá-la.
A função do Direito Penal seria intervir sobre o delinquente, de
forma a recuperá-lo e possibilitar o seu retorno à sociedade.
Seus principais expoentes foram Cesare Lombroso (fatores
antropológicos), Raffaele Garófalo (fatores psicológicos) e
Enrique Ferri (fatores sociológicos).
Parte do pressuposto que as normas de criminalização são fruto
de consenso social e refletem o interesse geral. Não se discute
as definições legais e identifica o modelo de criminoso com
aquele recolhido no sistema prisional. Por tais razões, exerce
função legitimadora do Sistema Penal vigente.
Não se trata de uma escola própria, mas uma vertente da criminologia
sociológica, com enfoque nas instâncias de controle social, que surge a
partir dos anos setenta, nos EUA.
Partem dos seguintes pressupostos: a) crítica à criminologia
tradicional, considerada conservadora e legitimadora de um
sistema punitivo muitas vezes injusto; b) os delinquentes não são
pessoas que diferem, na essência, das pessoas que respeitam as
leis; c) a essência do delito está nos conflitos sociais, políticos e
econômicos e nas normas legais que definem a delinquência; d)
chamam a atenção para as distorções no processo de tipificação
das leis penais e na persecução criminal (seletividade).
7.1 Programas de prevenção ao delito:
Prevenção primária: ações dirigidas a toda a população, de
modo generalizado, e destinam-se a neutralizar o problema antes
que ele se manifeste, através de programas na área de
educação, moradia, trabalho, socialização, bem-estar social, etc.
Opera a média e longo prazos.
Prevenção secundária: atua em áreas pré-estabelecidas, onde
os índices de criminalidade são maiores, se orientado de forma
seletiva a particulares setores da sociedade. Opera a curto e
médio prazos.
Prevenção terciária: os programas de prevenção terciária têm
por destinatária a população carcerária e buscam evitar a
reincidência criminal, agindo diretamente sobre a figura do
condenado.
8. REAÇÃO AO CRIME
Modelo Clássico ou dissuasório: confere destaque à pretensão
punitiva do Estado por meio de uma reação implacável ao delito,
através de pena rápida e rigorosa, demonstrando a seriedade do
sistema penal. Busca um efeito dissuasório e preventivo na
comunidade. Clara tendência intimidatória. A reparação da vítima e a
ressocialização do infrator ficam em um segundo plano.
Modelo ressocializador: de orientação humanista, tem por
objetivo principal do sistema penal a reintegração social do infrator, por
meio de uma intervenção positiva sobre ele. Assume a natureza social
do problema criminal. O castigo deve ser útil também para o próprio
infrator.
Modelo integrador: conciliação – reparação: busca contemplar
os interesses, expectativas e exigências de todas as partes envolvidas
no problema criminal. Busca uma solução conciliadora que atenda aos
anseios de reparação à vítima e pacificação das relações sociais,
preferencialmente por meio do uso de mecanismos informais e
comunitários. A chamada “Justiça Restaurativa” insere-se neste
contexto.
Justiça Restaurativa: processo colaborativo voltado para a resolução
de um conflito caracterizado como crime, que envolve a participação
maior do infrator e da vítima (CNJ). Como exemplo de metodologia, a
mediação vítima-ofensor consiste em colocá-los em um mesmo
ambiente com o objetivo de buscar um acordo que implique a
resolução de outras dimensões do problema que não apenas a
punição, como a reparação dos danos emocionais
9. CRIMINOLOGIA AMBIENTAL
- Teoria das atividades rotineiras: o crime só ocorre mediante a
convergência no espaço e no tempo de: vítima, agressor em
potencial e ausência de segurança.
- Teoria da desorganização social: elaborada na Escola de Chicago,
parte constatação de que os delinquentes não estão
distribuídos de maneira uniforme pelas cidades, mas se
concentram em determinadas zonas, estudando-se então as
razões pelas quais estas regiões criavam as condições
necessárias para os comportamentos desviantes.
- Teoria da escolha racional: busca explicar os delitos em termos de
custo-recompensa.
“De acordo com o Infopen, um sistema de informações estatísticas do sistema
penitenciário brasileiro desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Brasil tem a
quarta maior população carcerária do mundo. São aproximadamente 700 mil
presos sem a infraestrutura para comportar este número. A realidade é de celas
superlotadas, alimentação precária e violência. Situação que faz do sistema
carcerário um grave problema social e de segurança pública. Além da
precariedade do sistema carcerário, as políticas de encarceramento e aumento de
pena se voltam, via de regra, contra a população negra e pobre. Entre os presos,
61,7% são pretos ou pardos. Vale lembrar que 53,63% da população brasileira têm
essa característica. Os brancos, inversamente, são 37,22% dos presos, enquanto
são 45,48% na população em geral. E, ainda, de acordo com o Departamento
Penitenciário Nacional (Depen), em 2014, 75% dos encarcerados têm até o ensino
fundamental completo, um indicador de baixa renda.”
Disponível em:
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes
/cdhm/noticias/>. Acesso em: 17 jan. 2019.
Entre as Teorias Macrossociológicas da Criminalidade, qual alternativa a seguir
melhor identifica a realidade do sistema penal e carcerário brasileiro, de acordo
com o trecho citado?
A. Teoria da Lei e Ordem, classificada como uma teoria de consenso. Essa
teoria parte da premissa de que os pequenos delitos devem ser rejeitados
de plano, fazendo com que os delitos mais graves sejam inibidos, atuando
como prevenção geral.
C. Teoria da Associação Diferencial, classificada como uma teoria de conflito.
Referida teoria afirma ser o capitalismo a base da criminalidade, na medida
em que promove o egoísmo, o qual, por sua vez, leva os homens a delinquir.
D. Teoria do Etiquetamento, classificada como uma teoria de conflito. Afirma
que a criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a
consequência de um processo em que se atribui ao indivíduo tal “adjetivo”,
principalmente pelas instâncias formais de controle social.
Gabarito D
Comentário:
A. ERRADA: Esta alternativa conceitua de forma correta a Teoria da Lei e da ordem,
contudo o comando da questão solicita a teoria que melhor se identifica com a
realidade do sistema penal e carcerário brasileiro, o que não é caso.
A Teoria da Tolerância Zero, é uma teoria do consenso, delineada por Willian
Bratton, decorrente da Escola de Chicago e da Teoria Ecológica, que se enquadra
no “Movimento de Lei e Ordem”. Tal movimento se caracteriza por uma maior
atuação policial visando à diminuição da criminalidade, seja de crimes de
repercussão, ou de pequenas infrações, todas combatidas com o mesmo rigor.
Essa teoria tem por modo de atuação uma resposta mais agressiva por parte do
poder policial ante os delitos menores.
B. ERRADA: A afirmativa traz, na verdade, a teoria da Associação Diferencial
(teoria do consenso), delineada por Edwin Sutherland, a qual assevera que o
comportamento desviante era aprendido por associação, combatendo a ideia de
que se tratasse de algo hereditário. O crime não pode ser definido apenas como
disfunção ou inadaptação das pessoas de classe menos favorecidas, pois, alguns
comportamentos desviantes requerem conhecimento especializado, ou ainda
habilidade de seu agente, o qual aprende tal conduta desviada
C. ERRADA: Trata-se, na verdade, da Teoria da Criminologia Crítica (teoria do
conflito), a qual critica as posturas tradicionais da teoria do consenso, eis que,
ancorada no pensamento marxista, acredita ser o modelo econômico adotado
em determinado local o principal fator gerador da criminalidade.
A. O direito penal do inimigo, de Gunther Jakobs, estabelece a proteção da
norma jurídica como fator de proteção social, com recrudescimento das
medidas penais com vistas à contenção da violência, mas garantindo ao
inimigo a postura de sujeito de direito, por meio da observância das
garantias constitucionais.
B. O neopunitivismo, como movimento panpenalismo, estabelece baixo nível
de seletividade dos fatos criminosos e de seus autores pelas leis penais e
máxima garantia ao cidadão contra a intervenção excessiva do Estado
punitivista.
D. O Código Criminal do Império foi criado, em 1830, com vistas ao
estabelecimento de um ordenamento jurídico penal brasileiro próprio,
embora não tenha conseguido seu intento liberal, diante de obstáculos
socioeconômicos enraizados na sociedade agrária, escravista e patriarcal
existente à época.
Gabarito D
Comentário:
A. ERRADA: O inimigo não era sujeito de direitos, não necessita observar as
garantias constitucionais.
B. ERRADA: O neopunitivismo, relaciona-se ao Direito Penal Internacional,
caracterizado pelo alto nível de incidência política e pela seletividade (escolha dos
criminosos e do tratamento dispensado). Nessa linha de raciocínio, o
neopunitivismo se destaca como um movimento do panpenalismo, que busca a
todo custo o aumento do arsenal punitivo do Estado, inclusive de forma mais
arbitrária e abusiva do que o Direito Penal do Inimigo. Cria-se, em outras palavras,
um direito penal absoluto.
D. CERTA.
E. ERRADA: A criminalização primária diz respeito ao poder de criar a lei penal e
introduzir no ordenamento jurídico a tipificação criminal de determinada conduta.
A criminalização secundária, por sua vez, atrela-se ao poder estatal para aplicar a
lei penal introduzida no ordenamento com a finalidade de coibir determinados
comportamentos antissociais.
B. relativa.
C. unificadora.
D. absoluta.
E. agnóstica.
Gabarito A
Comentário:
A. ERRADA: Desenvolvida por Wilson e Kelling com base nos estudos de Philip
Zimbardo, a teoria das janelas quebradas está centrada na ideia de que, “quando
se quebra a janela de uma casa e nada se faz, implicitamente a autoridades
pública estimulam a destruição do imóvel como um todo”. Por isso, a teoria
pregava que “as pequenas desordens às quais não se presta atenção seriam o
começo de problemas muito mais sérios de convivência” . Por conseguinte, o
controle social sobre esses pequenos delitos – que foram por Wilson e Kelling
intitulados de “incivilidades” – seria a melhor forma de inibir e prevenir delitos mais
grave. A sua essência era de uma política criminal preventiva, que provocaria um
intenso controle das atividades que favorecessem a delinquência, propiciando uma
política de “tolerância zero” com a criminalidade, de sorte que até mesmo os
pequenos delitos deveriam ser punidos de forma exemplar, de modo a
desestimular o cometimento de ilícitos mais graves.
B. ERRADA: A vertente relativa é centrada na ideia preventiva da pena, podendo
se manifestar de forma geral (positiva ou negativa) ou especial (positiva ou
negativa).
D. ERRADA: Para a vertente absoluta, a pena desponta como a retribuição estatal
justa ao mal injusto provocado pelo condenado, sendo ela um instrumento de
vingança do Estado em face do criminoso.
E. CERTA: Para Zaffaroni, a concepção de que a pena teria funções de (i)
retribuição e (ii) prevenção – geral e especial – seria uma falácia, servindo em
verdade para objetivos ocultos. Para ele, a única função da pena seria a
neutralização do condenado, sendo ela um ato político do Estado.
A. propõe a ideia da “janela quebrada”, segundo a qual a luta contra os
pequenos distúrbios cotidianos faz recuar os grandes problemas criminais.
Gabarito C
Comentário:
O Realismo criminológico de esquerda prioriza políticas criminais preventivas.
Movimento teórico que se opõe a políticas repressivas imediatas. É realista ao
compreender a complexidade do delito, não o considerando como uma unidade,
mas como resultado da interação de vários segmentos e fatores. É o delito em si a
verdadeira situação que afeta a sociedade e a classe trabalhadora.
Prova: 2018 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil
A respeito dos objetos da Criminologia, analise as assertivas abaixo:
I. O conceito de delito para a Criminologia é o mesmo para o Direito Penal, razão
pela qual tais disciplinas se mostram complementares e interdependentes.
II. Desde os teóricos do pensamento clássico, o centro dos interesses
investigativos da primitiva Criminologia sempre esteve no estudo do criminoso,
prisioneiro de sua própria patologia (determinismo biológico), ou de processos
causais alheios (determinismo social).
III. O controle social consiste em um conjunto de mecanismos e sanções sociais
que pretendem submeter o indivíduo aos modelos e às normas comunitários. Para
alcançar tais metas, as organizações sociais lançam mão de dois sistemas
articulados entre si: o controle social informal e o controle social formal.
IV. A particularidade essencial da vitimologia reside em questionar a aparente
simplicidade em relação à vítima e mostrar, ao mesmo tempo, que o estudo da
vítima é complexo, seja na esfera do indivíduo, seja na inter relação existente entre
autor e vítima.
São CORRETAS apenas as assertivas:
A. I, II e III.
B. II e IV.
D. III e IV.
Gabarito D
Comentário:
I - ERRADO! Não, não tem a mesma significação o conceito de delito para a
criminologia e para o direito penal, porquanto, para o direito penal, o conceito de
delito se identifica com a previsão legal, tendo em vista os princípios norteadores
do balizamento delitivo( taxatividade, anterioridade, legalidade).
Já para a Criminologia, o conceito de delito possui uma série de requisitos para
serem adimplidos:
b) Produção de sofrimento à vítima e ao corpo social. Ou seja, a relevância social
do fato;
c) Persistência espaço-temporal do fato criminoso. Ou seja, distribuição pelo
território durante um tempo juridicamente relevante;
d) Deve existir um consenso acerca de sua etiologia ( causa) e das técnicas de
intervenção para seu enfrentamento eficaz.
II - ERRADA. No pensamento Clássico, a criminologia não avaliava de forma
nevrálgica o " CRIMINOSO" este era apenas uma aspecto tangencial a ser balizado
pelos clássico sob o viés retributivo, panorama que se alterou com a ascendência
da escola positiva que centralizou a análise criminológica sobre o CRIMINOSO.
III - CORRETA! Os controles sociais se dividem em FORMAIS e INFORMAIS. Estes:
Igreja, escola, família, etc; Aqueles: Polícia, órgãos judiciários, etc.
ORRETA! Questão perfeita! A vitimologia, contemporaneamente tratada como
IV - C
uma ciência apartada da criminologia, portanto, não se cinge a apenas um
segmento dessa, busca desvelar a simplicidade da vítima no fato criminoso,
conjuga investigações anímicas, estruturais e sociais visando a prospectar um
protagonismo moderado da vítima ( diferente das épocas áureas da vítima -
vingança privada), a qual, por tanto tempo, foi mensurada como apenas um objeto
no fato criminoso, tendo agora destaque quanto à análise da perspectiva delitiva,
bem como a adoção de medidas de profiláticas quanto ao delito.
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item a seguir,
relativo a teorias sociológicas em criminologia.
● Certo
● Errado
Gabarito ERRADO
Comentário:
As teorias do consenso partem do pressuposto em que existe um consenso com
relação as regras sociais a serem seguidas, o questionamento ou resistência a tais
regras não são considerados como a causa ou concausa da criminalidade. Tais
teorias consideram que os objetivos da sociedade são atingidos quando as
instituições funcionam, não há necessidade de transformação da sociedade. Nesse
sentido, existe uma perspectiva conservadora nas teorias do consenso,
diferentemente do ideal progressista que está ligada à visão de progresso infinito
das sociedade mediante transformação econômica, política e social. Atualmente, a
visão progressista está voltada para a luta por direitos civis e individuais, bem como
a movimentos sociais, como o feminismo, o ambientalismo, o secularismo, o
movimento LGBT e o movimento negro, entre outros. Portanto, as visões
progressistas identificam-se com as teorias do conflito.
As teorias do conflito partem do pressuposto em que as regras dentro da
sociedade são impostas por uma classe dominante contra uma classe dominada
(formada pelas minorias que, em conjunto, reflete a maioria dentro da sociedade),
sendo que tais regras são culturalmente (mídia) e institucionalmente (Direito Penal)
difundidas e induzidas dentro da sociedade como o que seria moral e
normativamente correto, fazendo com que todas as condutas contrárias a tais
regras façam parte daquilo que é desviante, ocasionando o direcionamento para a
identificação dos criminosos (rotulação) para as minorias que possuem estilos
diferentes. A intenção subliminar e manter a realidade social como se encontra.
São consideradas teorias do conflito: a Criminologia Crítica, Radical, Nova e a teoria
do labeling approach.
A pesquisa criminológica científica visa evitar o emprego da intuição ou de
subjetivismos no que se refere ao ilícito criminal, haja vista sua função de
apresentar um diagnóstico qualificado e conjuntural sobre o delito.
● Certo
● Errado
Gabarito CERTO
Comentário
Doutrina:
"Pode-se dizer com acerto que é função da criminologia desenhar um diagnóstico
qualificado e conjuntural sobre o delito, entretanto convém esclarecer que ela não
é uma ciência exata, capaz de traçar regras precisas e indiscutíveis sobre as causas
e efeitos do ilícito criminal. Assim, a pesquisa criminológica científica, ao usar dados
empíricos de maneira criteriosa, afasta a possibilidade de emprego da intuição ou
de subjetivismos."
Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia, compete a
esta facilitar a recepção das investigações empíricas e a sua transformação em
preceitos normativos, incumbindo-se de converter a experiência criminológica em
proposições jurídicas, gerais e obrigatórias.
● Certo
● Errado
Gabarito ERRADO
Comentário
Nesse sentido, a Criminologia sempre tem um cunho opinativo, ou seja, ela
subministra informações à Política Criminal, a qual tem um cunho decisivo, que, por
sua vez, decide as políticas criminais a serem seguidas, as quais são transformadas
em leis e executadas pelo Direito Penal, que teria um cunho operativo.
Nesse sentido, é importante consignar que a relação é sempre dessa forma, ou
seja, o Direito Penal não alimenta a Política Criminal ou a Criminologia; assim
também, a Política Criminal não alimenta a Criminologia; ou não há relação direta
entre o Direito Penal e a Criminologia.