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Embriologicamente, a medula é formada a partir da porção mais caudal do tubo neural, porção esta que
não sofre as dilatações que formam as vesículas prosencefálicas, primórdios do encéfalo.
NEURULAÇÃO:
Placa neural e tubo neural • A notocorda em desenvolvimento induz a formação da placa neural. •
Dia 18 → invaginação da placa neural formando um sulco neural mediano, com as pregas neurais de ambos lados
(proeminentes na região cefálica – primeiros sinais de desenvolvimento do encéfalo).
• Fim da terceira semana → aproximação das pregas, que começam a fundir-se.
A formação do tubo neural começa no início da 4º semana (dias 22 a 23) e termina no final da 4º semana,
quando ocorre o fechamento do neuróporo caudal (posterior). • O tubo neural se fecha primeiramente na região
medial do embrião. • As extremidades abertas são os neuróporos rostral e caudal. O fechamento dos neuróporos
(DIA 27 e 28) coincide com o estabelecimento da circulação vascular no tubo neural
ESPASMOS INFANTIS (EI) são convulsões típicas da infância, caracterizadas por contrações bruscas e
simultâneas de vários grupos musculares, mais frequentemente em flexão, rápidas e repetidas, que geralmente se
associam a diferentes graus de retardo do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) e, quando também
associadas a um padrão típico de eletrencefalograma (EEG) chamado hipssarritmia, configuram a entidade clínica
denominada síndrome de West.
As causas peri-natais, infelizmente ainda predominantes em nosso meio devido às más condições de
assistência ao parto, incluem condições como a síndrome hipóxico-isquêmica, prematuridade, encefalopatia
bilirrubínica. Das etiologias pós-natais destacamos as infecções do sistema nervoso central, trauma crânio
encefálico, distúrbios metabólicos adquiridos, reações pós-vacinais (vírus vivos).
Os ESPASMOS INFANTIS duram poucos segundos e podem repetir-se várias vezes por dia. Em geral,
manifestam-se em crianças com < 1 ano de idade. As convulsões podem resolver-se espontaneamente até os 5
anos de idade, mas em geral podem ser substituídas por outros tipos de convulsões. A fisiopatologia é
desconhecida, entretanto os espasmos infantis podem refletir interações anormais entre o córtex e o tronco
cerebral. Normalmente, os espasmos infantis ocorrem em crianças com doenças cerebrais graves e anomalias
de desenvolvimento, que muitas vezes já foram reconhecidas. Essas doenças podem incluir: Lesões no cérebro
durante o período neonatal; Distúrbios metabólicos; Malformações cerebrais; Esclerose Tuberosa.
Sinais e sintomas: Os espasmos começam com contrações súbitas, rápidas e tônicas do tronco e dos membros,
às vezes por vários segundos. Os espasmos variam de acenos sutis de cabeça até contrações do corpo todo. Eles
envolvem flexão, extensão ou, mais frequentemente, ambos (misto). Os espasmos geralmente ocorrem em grupo,
dúzias de vezes sucessivamente, em geral depois que a criança acorda e, ocasionalmente, durante o sono. Às
vezes, inicialmente eles são confundidos com sustos. Em geral, há defeitos de desenvolvimento. Nos primeiros
estágios da doença, pode ocorrer regressão de desenvolvimento (p. ex., a criança perde a capacidade de sorrir,
sentar-se ou rolar o corpo).
A SÍNDROME DE WEST é forma de epilepsia generalizada que se inicia no primeiro ano de vida, com pico
de incidência entre 5 e 8 meses, caracterizada por espasmos ou mioclonias maciças (contração muscular breve
(1seg), de músculos individuais, ou generalizados, ocorrendo quedas), regressão do desenvolvimento
neuropsicomotor e alteração eletrencefalográfiaa denominada hipsarritmia. As características principais de um
registro de EEG com hipsarritmia são:
Desorganização marcante e constante da atividade basal;
Elevada amplitude dos potenciais;
Ondas lentas delta irregulares de voltagem muito elevada;
Períodos, habitualmente breves, de poli ondas e p
Diagnóstico: EEG durante sono e vigília; Neuroimagem, de preferência RM; Testes para identificar a causa,
a menos que uma doença neurológica subjacente significativa já tenha sido identificada
Tratamento:
. O ACTH, foi descrito por Sorel e Desaucy-Baloye em 1958 como droga eficaz no controle deste tipo de
crise. É usado o tetracosactrim (forma sintética do ACTH) e seus mecanismos de ação são postulados como sendo
de "feed-back" negativo do cortisol sobre a síntese e liberação da corticotrofina, que em ratos mostrou um potente
efeito epileptogênico6; além disto teria também um efeito acelerador da mielinização do SNC e portanto
diminuindo a susceptibilidade às agressões pelas próprias crises. Um terceiro mecanismo, ainda não muito bem
estabelecido, seria de ação direta de fragmentos da molécula do ACTH sobre os neurônios, independente dos
níveis de cortisol. A eficácia do ACTH pode variar conforme as séries de 60 a 90%.
A vigabatrina tem sido citada na literatura como droga de excelência para os EI. Seu mecanismo de ação é o
aumento do GABA (ácido gama amino butírico), um neurotransmissor inibitório. Em estudo publicado em 1998,
Masatoshi8 observou baixa concentração do GABA no líquor de pacientes apresentando EI. Baseados nisto e no
comprovado efeito da vigabatrina nos casos de EI secundários a esclerose tuberosa9 em que, sem dúvida é a droga
de primeira escolha. ambém concluiram ser uma ótima droga para manutenção a longo prazo e com melhores
efeitos nos casos de malformações cerebrais. Seus efeitos colaterais descritos são hiperatividade e constrição do
campo visual bilateral e concêntrica. Como esta alteração geralmente é assintomática principalmente em crianças,
sugere-se controle oftalmológico dos pacientes em uso.
Conclusão: O ACTH é um tratamento bastante eficaz no abortamento das crises, a despeito de seus efeitos
colaterais, mas com alto índice de recorrência delas. A vigabatrina se mostrou superior na manutenção do controle
das crises, o que a torna uma droga de primeira escolha no tratamento dos EI. Em nossa opinião, naqueles casos
graves em que existe a necessidade imediata do controle das crises deve-se associar as duas drogas e manter o
tratamento posteriormente com a vigabatrina.
OS ASTRÓCITOS são as celulas da neuróglia que possuem as maiores dimensões. Existem dois tipos de
astrócitos: os protoplasmasticos (substância cinzenta) e os fibrosos (substância branca). Estas células
desempenham funções; como a sustentação e a nutrição dos neurônios. Outras funções que desempenham
são: Preenchimento dos espaços entre os neurônios; Regulação da concentração de diversas substâncias com
potencial para interferir nas funções neuronais normais (ex.: concentrações extracelulares de potássio);
Regulação dos neurotransmissores (restringem a difusão de neurotransmissores liberados e possuem proteínas
especiais em suas membranas que removem os neurotransmissores da fenda sináptica); Regulam a composição
extracelular do fluído cerebral; Promovem tight junctions para formar a barreira hemato-encefálica (BHE).
CÉLULAS EPIDERMOIDES (EPENDIMÁRIAS): Recebem esse nome por lembrarem o formato de células
epiteliais. Margeiam os ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinhal e ajudam formar o plexo
coroide, estrutura responsável por secretar e produzir o líquor (LCR).
CÉLULAS DE SCHWANN: Células semelhantes aos oligodendrócitos, mas que se envolvem em torno de
uma porção de um axônio de neurônios do SNP, formando a bainha de mielina nesta divisão do SN (ver OBS7).
CÉLULAS SATÉLITES: Encontradas eventualmente no SNP envolvendo o corpo celular de neurônios nos
gânglios, para fornecer suporte estrutural e nutricional.
SINAPSES: Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas entram em contato com outros
neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são denominados sinopses, ou, mais
precisamente, sinapses interneuronais. No sistema nervoso periférico, terminações axônicas podem
relacionar-se também com células não neuronais ou efetuadoras, como células musculares (esqueléticas,
cardíacas ou lisas) e células secretoras (em glândulas salivares, por exemplo), controlando suas funções. Os
termos sinapses neuroefetuadoras e junções neuroefetuadoras são usados para denominar tais contatos.
Quanto à morfologia e ao modo de funcionamento, reconhecem-se dois tipos de sinapses: sinapses elétricas e
sinapses química.
A fenda sináptica compreende espaço de 20-30nm que separa as duas membranas em oposição. Na verdade,
esse espaço é atravessado por moléculas que mantêm firmemente unidas as duas membranas sinápticas.