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RESUMO CIVIL 4° BIMESTRE

Fato jurídico é definido como qualquer acontecimento de ação humana que possa interessar ao
direito. Assim, se determinado fato decorre da ação humana e interessa ao direito, temos um ato
jurídico. Tal ato, dividi-se em duas categorias:

A primeira é o ato jurídico em sentido estrito, neste caso, a lei define quase que inteiramente a
forma, os termos e as consequências do ato, restando ao agente pouca margem deliberativa.

A segunda é o negócio jurídico, trata-se de uma espécie de ato jurídico, onde o agente possui um
maior campo de deliberação. Nesse caso, pode o agente criar ou modificar direitos, estabelecer
termos do ato, desde que tudo esteja nos conformes da lei. Há maior autonomia do agente.

Quanto à conceituação atual de negócio jurídico: um fato jurídico cujo núcleo central é a vontade
negocial exteriorizada nos limites da autonomia privada, ou a conduta humana participante de tráfico
jurídico, a que o direito confere validade e eficácia negociais. Em síntese, negocio jurídico é um ato,
ou uma pluralidade de atos, entre si relacionados, quer sejam de uma ou varias pessoas, e tem
por fim produzir efeitos jurídicos, modificações nas relações jurídicas no âmbito do Direito Privado.
- “O negocio jurídico é o meio de realização da autonomia privada e o contrato é o seu
símbolo.” Francisco Amaral.

Desse modo, os particulares realizam negócios e o direito os reconhece, atribuindo-lhes validade e


eficácia. Dentro do negócio jurídico autônomo, a exteriorização consciente da vontade tem a função
de compor seu suporte fático, jamais podendo ela própria ser considerada negócio jurídico, ou seja,
no negócio jurídico, a vontade não cria efeitos, pois estes são definidos no ordenamento, dando às
pessoas certo poder de escolha com relação a suas categorias.
Há casos de negócios jurídicos onde há manifestações de vontade sem declaração (uma espécie de
livre arbítrio), assim como também há casos de aparência de manifestação de vontade, não
produzindo efeitos (suporte fático insuficiente). Fica claro que não há negócio jurídico autônomo
quando não houver intenção dos respectivos efeitos jurídicos pelas partes nele vinculadas. Pode
haver negócios jurídicos avolitivos (não dependem da vontade/não são puros instrumentos da
autonomia privada), onde o suporte fático deixa de ser a vontade exteriorizada, e passando a ser as
condutas (independentes).
Nos negócios jurídicos autônomos temos as seguintes partes integrantes:
 Elementos Essenciais: exteriorização consciente da vontade e intenção negocial. São
essenciais para a ingressão do negócio ao plano da existência.
 Elementos Naturais: efeitos negociais derivados das leis que correspondem ao modelo direito
que envolve os negócio jurídico; as partes podem regular de forma diferente (não existe elemento
natural quando não se admite normas supletivas no negócio, optando-se por normas
imperativas/proibitivas).
 Elementos Acidentais: também chamados de complementares. São cláusulas acessórias que
podem integrar o negócio de forma opcional, delimitando seus efeitos sem alterar sua essência de
caracterização (o CC explicita a condição, o termo e o encargo).

Por sua vez, quanto à classificação dos negócios jurídicos, temos:

 Negócio Jurídico Unilateral: Para existir basta uma única exteriorização de vontade, não a
necessidade que esta vontade seja recebida por outra parte. Entretanto, os efeitos podem ser
tanto unilaterais como bilaterais. O NJU existe, é válido e eficaz antes mesmo de qualquer
pessoa o realizar. Ex: testamento.
 Negócio Jurídico Bilateral: Para existir necessita da exteriorização de vontades distintas e
concordantes. Pode haver mais de uma pessoa em qualquer um dos lados. As vontades são
distintas uma vez que os interesses são distintos, entretanto, é necessário que haja um
acordo, ou seja, concordância. Ex: contratos e acordos.
 Negócio Jurídico Plurilateral: Para existir necessita da exteriorização de vontades de duas
ou mais pessoas que buscam fins comuns. ex: contrato de sociedade de advogados.
 Outras classificações

 Consensuais x Reais (apenas a manifestação da vontade já é suficiente/é necessário dar


algo em troca).
 Formais x Informais (a forma importa ou não em sua validade).
 Típicos x Atípicos (previsto ou não em lei, em relação a suas caracterizações).
 Simples x Mistos (única função/fusão ou fracionamento em vários negócios que resultam em
várias funções).
 Inter vivus x Mortis causa (efeitos produzidos em vida/pós-morte).

A validade do ato e do negócio jurídico requer: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou
determinável, e forma prescrita ou não proibida por lei (CC art.104).

 Capacidade do agente: adquirida com a maioridade, emancipação ou ocorrência de situações


que a admitem. Caso uma das partes seja relativamente incapaz e isso for de conhecimento da
outra, esse fato não pode servir de argumento para a anulabilidade do negócio. (art. 105, pautado na
boa fé).

 Licitude, possibilidade e determinação do objeto: objeto é uma prestação de uma das partes e
deve ser lícita (caso não esteja dentro dos conformes da lei pode anular o negócio), determinado ou
determinável e possível.

 Forma: é um princípio livre quando não for substancial. Se houver desobediência a ela, causa a
nulidade do negócio. A forma que invalida é substancial e tem como objetivo fazer com que as
pessoas reflitam acerca das consequências daquele negócio jurídico.

Ao que tange a representação, se concede poderes a um terceiro para representar os interesses de


uma das partes. O representante exprime sua vontade própria na realização dos atos, dentro dos
limites dos poderes da representação, no interesse presumível do representado, ou seja, ele não
atuará como um mensageiro que apenas transmite ao destinatário a mensagem. Além disso, o
direito cerca o representado de garantias para evitar que haja conflito de interesses dele com os de
seu representante, se tornando indispensável à execução da representação a atribuição legal, a
atuação do representante em nome do representado e a expressa vontade manifestada na prática
do negócio jurídico representativo. Existem duas categorias principais de representação:

 Representação legal: basta ter o título que a legitima para ocorrer (pais representando filhos ou
nomeação de tutor/curador). Essas hipóteses já são definidas na legislação, não podendo ser
acrescidas pela autonomia negocial. Decorrem da necessidade de proteger os interesses de
pessoas que não podem exercer com plenitude ou consciência sua vontade ou poder negocial e
são, por isso mesmo, vulneráveis. A representação legal perdura enquanto permanecer a situação
que a determinou (menoridade, ausência, etc.).

 Representação convencional: deve fazer prova do instrumento do mandato de procuração, no


qual estão explicitados os poderes que foram outorgados ao representante pelo representado. É um
ato de escolha livre que confere os poderes necessários para a expressão de seus interesses ao
representante

O poder de representação é esgotado quando for concluída a sua finalidade, finalização do prazo
estipulado, cessação da incapacidade absoluta, impossibilidade de exercício do representante ou
por revogação.
A condição constitui uma cláusula, inserida no negócio jurídico, referente a evento futuro, do qual
dependem os efeitos do ato. É uma autolimitação da vontade do negócio. Não vale a condição
deixada ao inteiro arbítrio da parte (“Pagarei 100, quando quiser”). Tal condição invalida inclusive
todo o negócio. (Art.121-126).

 Condição Suspensiva: impede que o negócio possa produzir efeitos enquanto ela não se
implementar. Dá inicio (interfere no plano da eficácia).

 Condição Resolutiva: extingue os efeitos do negócio a partir do momento em que ela se


realizar, como no caso da propriedade fiducária, que desaparece com o pagamento final do débito.
Põe fim.

Termo é o momento, ou o fato, que marca o inicio (termo inicial) ou o fim (termo final) de um direito,
de uma obrigação ou um prazo. Prazo é o espaço de tempo que corre entre o termo inicial e o termo
final. Todo negócio jurídico tem termo final e inicial.

Encargo, ou modo, é a imposição de fato ou tarefa acessória, exigida para se considerar válido o
negócio jurídico, ou cumprida à obrigação. Não se confunde com condição, pois não suspende a
eficácia do negócio. Se o encargo for ilícito ou impossível, será considerado inexistente, salvo se
constituir o motivo determinante da liberdade, caso em que se invalida o negócio jurídico (Art.136-
137). Em outras palavras: impõe uma obrigação a ser cumprida pelo beneficiário. Gera direito
adquirido a seu destinatário, que já pode exercer o seu direito, ainda que pendente o cumprimento
da obrigação que lhe fora imposta. É uma cláusula acessória mais comum aos contratos em que há
uma liberalidade, como a doação. Ela é imposta pelo doador, geralmente restringindo a liberdade do
beneficiário no que diz respeito à forma de utilização do bem ou do valor doado. O encargo também
é admitido em declarações unilaterais de vontade.

Condição é um evento futuro e incerto que, quando suspensiva, suspende a aquisição e o exercício
do direito. É incerto se vai ocorrer, mas se ocorrer, ocorrerá dentro de um prazo. Termo é um evento
futuro e certo, período temporal. É certo que ele vai ocorrer, mas não se sabe o prazo (o tempo de
duração). Encargo é uma cláusula acessória à liberdade, não impedindo a dinâmica do negócio,
uma imposição.

Defeitos ou vícios de vontade comprometem a livre manifestação ou declaração negocial, tendo em


vista que sua ocorrência pode levar à anulação do negocio jurídico, assim, não permitindo que as
partes estipulem outros defeitos (teoricamente, todos já estão na lei).
I. Erro substancial
Erro é a falsa noção sobre alguma coisa. Equivale à ignorância, que é a ausência de conhecimento. Só anula
o ato jurídico se o erro é substancial ou essencial (afeta a substância do negócio e pode ser percebido por
qualquer pessoa; fazer uma doação, pensando tratar-se de venta; comprar um quadro de um pintor pensando
que é de outro). Não anula o ato o erro acidental ou secundário (comprar uma casa com duas janelas
pensando que tinha três).
Para definir como erro substancial são utilizados alguns critérios/hipóteses: natureza do negócio, objeto
principal do negócio, qualidades essenciais da coisa, identidade ou qualidade essências da pessoa
contratada, erro de direito determinante do negócio, erro de motivo.
O erro substancial pode ser desconsiderado pelo principio da conservação do negócio jurídico. Ver art.138-
144.
II. Dolo
Dolo é o artificio empregado para enganar alguém (não confundir com o Dolo do Direito Penal). Não se
considera dolo o simples elogio da mercadoria ou o exagero da publicidade. Aqui também, à semelhança do
que ocorre no erro, o dolo deve ser de certa gravidade (dolus malus); a ponto de se considerar que o ato
jurídico sem ele não seria praticado. O dolo sobre os aspectos secundários do negócio (dolo acidental) não
anula o ato, dando direito, porém, a perdas e danos. Pautado na má-fé. Ver art. 145-150.
III. Coação
Coação é a violência física ou moral que impede alguém de proceder livremente. Pode ser à pessoa ou à
família da parte. Também deve ser de certa gravidade, a ponto de incutir fundado temor (art.151). Não se
considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial (art.153). Ver
art.151-155.
IV. Estado de perigo
Estado de perigo caracteriza-se quando uma pessoa assume obrigação excessivamente onerosa, para
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano, conhecido pela outra parte. Ver art.156.
V. Lesão
Lesão ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Ver art. 157.
VI. Fraude contra credores
Fraude contra credores é praticada pelo devedor insolvente, ou na iminência de o ser, que desfalca seu
patrimônio, onerando ou alienando bens, subtraindo-os à garantia comuns dos credores. Caracteriza-se
também a fraude pela simulação de dívidas, pagamento de dívida não vencida, remissão de dívida, etc.,
desde que esses atos acarretem ou agravem a insolvência do devedor. Tais atos fraudulentos podem ser
anulados. Ver art.158-165.

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