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Fato jurídico é definido como qualquer acontecimento de ação humana que possa interessar ao
direito. Assim, se determinado fato decorre da ação humana e interessa ao direito, temos um ato
jurídico. Tal ato, dividi-se em duas categorias:
A primeira é o ato jurídico em sentido estrito, neste caso, a lei define quase que inteiramente a
forma, os termos e as consequências do ato, restando ao agente pouca margem deliberativa.
A segunda é o negócio jurídico, trata-se de uma espécie de ato jurídico, onde o agente possui um
maior campo de deliberação. Nesse caso, pode o agente criar ou modificar direitos, estabelecer
termos do ato, desde que tudo esteja nos conformes da lei. Há maior autonomia do agente.
Quanto à conceituação atual de negócio jurídico: um fato jurídico cujo núcleo central é a vontade
negocial exteriorizada nos limites da autonomia privada, ou a conduta humana participante de tráfico
jurídico, a que o direito confere validade e eficácia negociais. Em síntese, negocio jurídico é um ato,
ou uma pluralidade de atos, entre si relacionados, quer sejam de uma ou varias pessoas, e tem
por fim produzir efeitos jurídicos, modificações nas relações jurídicas no âmbito do Direito Privado.
- “O negocio jurídico é o meio de realização da autonomia privada e o contrato é o seu
símbolo.” Francisco Amaral.
Negócio Jurídico Unilateral: Para existir basta uma única exteriorização de vontade, não a
necessidade que esta vontade seja recebida por outra parte. Entretanto, os efeitos podem ser
tanto unilaterais como bilaterais. O NJU existe, é válido e eficaz antes mesmo de qualquer
pessoa o realizar. Ex: testamento.
Negócio Jurídico Bilateral: Para existir necessita da exteriorização de vontades distintas e
concordantes. Pode haver mais de uma pessoa em qualquer um dos lados. As vontades são
distintas uma vez que os interesses são distintos, entretanto, é necessário que haja um
acordo, ou seja, concordância. Ex: contratos e acordos.
Negócio Jurídico Plurilateral: Para existir necessita da exteriorização de vontades de duas
ou mais pessoas que buscam fins comuns. ex: contrato de sociedade de advogados.
Outras classificações
A validade do ato e do negócio jurídico requer: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou
determinável, e forma prescrita ou não proibida por lei (CC art.104).
Licitude, possibilidade e determinação do objeto: objeto é uma prestação de uma das partes e
deve ser lícita (caso não esteja dentro dos conformes da lei pode anular o negócio), determinado ou
determinável e possível.
Forma: é um princípio livre quando não for substancial. Se houver desobediência a ela, causa a
nulidade do negócio. A forma que invalida é substancial e tem como objetivo fazer com que as
pessoas reflitam acerca das consequências daquele negócio jurídico.
Representação legal: basta ter o título que a legitima para ocorrer (pais representando filhos ou
nomeação de tutor/curador). Essas hipóteses já são definidas na legislação, não podendo ser
acrescidas pela autonomia negocial. Decorrem da necessidade de proteger os interesses de
pessoas que não podem exercer com plenitude ou consciência sua vontade ou poder negocial e
são, por isso mesmo, vulneráveis. A representação legal perdura enquanto permanecer a situação
que a determinou (menoridade, ausência, etc.).
O poder de representação é esgotado quando for concluída a sua finalidade, finalização do prazo
estipulado, cessação da incapacidade absoluta, impossibilidade de exercício do representante ou
por revogação.
A condição constitui uma cláusula, inserida no negócio jurídico, referente a evento futuro, do qual
dependem os efeitos do ato. É uma autolimitação da vontade do negócio. Não vale a condição
deixada ao inteiro arbítrio da parte (“Pagarei 100, quando quiser”). Tal condição invalida inclusive
todo o negócio. (Art.121-126).
Condição Suspensiva: impede que o negócio possa produzir efeitos enquanto ela não se
implementar. Dá inicio (interfere no plano da eficácia).
Termo é o momento, ou o fato, que marca o inicio (termo inicial) ou o fim (termo final) de um direito,
de uma obrigação ou um prazo. Prazo é o espaço de tempo que corre entre o termo inicial e o termo
final. Todo negócio jurídico tem termo final e inicial.
Encargo, ou modo, é a imposição de fato ou tarefa acessória, exigida para se considerar válido o
negócio jurídico, ou cumprida à obrigação. Não se confunde com condição, pois não suspende a
eficácia do negócio. Se o encargo for ilícito ou impossível, será considerado inexistente, salvo se
constituir o motivo determinante da liberdade, caso em que se invalida o negócio jurídico (Art.136-
137). Em outras palavras: impõe uma obrigação a ser cumprida pelo beneficiário. Gera direito
adquirido a seu destinatário, que já pode exercer o seu direito, ainda que pendente o cumprimento
da obrigação que lhe fora imposta. É uma cláusula acessória mais comum aos contratos em que há
uma liberalidade, como a doação. Ela é imposta pelo doador, geralmente restringindo a liberdade do
beneficiário no que diz respeito à forma de utilização do bem ou do valor doado. O encargo também
é admitido em declarações unilaterais de vontade.
Condição é um evento futuro e incerto que, quando suspensiva, suspende a aquisição e o exercício
do direito. É incerto se vai ocorrer, mas se ocorrer, ocorrerá dentro de um prazo. Termo é um evento
futuro e certo, período temporal. É certo que ele vai ocorrer, mas não se sabe o prazo (o tempo de
duração). Encargo é uma cláusula acessória à liberdade, não impedindo a dinâmica do negócio,
uma imposição.