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Autoestima e aprendizagem na

educação de jovens
Relação entre autoestima e aprendizagem na
Educação de Jovens e Adultos.





Resumo

O presente trabalho visa apresentar a relação entre autoestima e


aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos, bem como seus
efeitos.Inicia com conceitos de Andragogia, de Pedagogia e a
diferença entre amboscomo modelos de ensino. Traz o conceito de
EJA, seus amparos legais, destaca conhecimentos sobre os modos
de ser do aluno adulto, de agir, como ocorre seu processo de
aprendizagem e os conceitos de autoestima, de autoconceito,
autoimagem e de autoeficácia, bem como a atuação da autoestima
e da baixa autoestima em toda a vida do educando, principalmente
em seu processo ensinoaprendizagem. Destaca a influência dos
âmbitos familiar e escolar na vida do aluno adulto: como ambas,
através de uma fundamental parceria participativa na vida do
educando, ainda que esse seja adolescente ou adulto, podem
contribuir para o sucesso na aprendizagem do mesmo com
incentivo às capacidades através do afeto que, por sua vez, eleva a
autoestima, pois tais instituições devem proporcionar condições
saudáveis ao indivíduo, dando-lhe uma vida feliz e saudável
especialmente no âmbito emocional e segurança diante das
adversidades do cotidiano. Além disso, dar-lhe respeito, afeto e
ensinar o mesmo a amar e respeitar seu próximo.
Metodologia

Este trabalho trata, à princípio, de uma pesquisa bibliográfica. Os


principais autores utilizados na realização desse trabalho foram: A
BÍBLIA SAGRADA COM ORIENTAÇÕES DE SAÚDE FÍSICA,
EMOCIONAL E ESPIRITUAL, 2008; BELLAN, 2005; BOSSA, 2000;
COSTA, 2006; CUNHA, 2008; CURY, 2003; FERNANDEZ, 2001;
FREIRE, 1993; JUSANI, 2009; KROTH, 2009; LIBÂNEO, 1990;
MOYSÉS, 2007; MURANETTI, 2007; PIMENTEL, 2006; PORTO,
2009; SALTINI, 2008; SCOZ, 1987; entre outros recursos didáticos.

SUMÁRIO

Introdução 8
Capítulo I – Educação de Jovens e Adultos 10
Capítulo II – Andragogia e aluno adulto 18
Capítulo III – Escola e família na EJA: um olhar psicopedagógico 26
Conclusão 35
Bibliografia 37
Folha de avaliação 41

Introdução

“Uma das condições para se conseguir o bem-


estar satisfatório consigo mesmo e com os outros é
a autoestima.”

O tema deste estudo é a influência da autoestima oriunda da família


e da escola na Andragogia, que é a ciência que estuda a
aprendizagem de adultos, bem como apresentar a baixa autoestima
como causa pertubadora do processo ensinoaprendizagem de
jovens e adultos.

A questão central deste trabalho é alertar a família e a escola para


despertarem o desejo pelo saber, estimularem as potencialidades
de jovens e adultos através da afetividade e da confiança, fazendo
com que eles e sintam-se capazes de romper barreiras, realizar
sonhos, levando-os, assim, à satisfação profissional e pessoal.

Problemas de aprendizagem são consequências de variados


conflitos eum dos maiores é a baixa autoestima, decorrente da falta
de amor: amor da família, dos amigos (dentro e fora da escola,
incluindo os profissionais da educação). Daí a preocupação em usar
a afetividade como uma “arma” para alcançar resultados especiais
em relação à aprendizagem na Andragogia.

O tema sugerido é de grande relevância, pois o aluno da EJA,


amado e acolhido, tem um auto-conceito bem construído, o que faz
com que ele se sinta bem consigo mesmo, esteja mais fortalecido
diante dos obstáculos da vida e saiba que é alguém capaz de
aprender o que quiser e conquistar o seu espaço na sociedade que,
por sua vez, sofre transformações numa velocidade cada vez
maior e exige da humanidade uma bagagem cultural cada vez mais
ampla.

Para obter êxito junto ao aluno da EJA rumo à aprendizagem, é


válido conhecer quem é o indivíduo que procura a Educação de
Jovens e Adultos: os motivos que não o permitiram concluir seus
estudos na idade regular, seus objetivos ao retomarem os estudos,
seus sonhos, experiência de vida e maneira particular de buscar
conhecimento, pois tais informações auxiliam o ensinante (todo
aquele que ensina) na orientação de seus aprendentes (todo aquele
que está disposto a aprender).

É interessante, também, estar ciente a respeito da diferença entre


Pedagogia e Andragogia, ciências que cuidam do ensino, sendo
que a última cuida do ensino de adultos, ao passo que a primeira
cuida do ensino infantil, bem como estar ciente a respeito do
significado da palavra aprendizagem e como ela ocorre,
principalmente no universo dos jovens e dos adultos.
Conhecer a definição de auto-conceito e suas divisões (autoestima,
autoimagem e autoeficácia) ajuda a esclarecer a relação entre o
bem-estar do indivíduo e a aprendizagem, tanto de forma positiva
quanto de forma negativa.

É importante que pais e responsáveis aprendam a ajudar a resgatar


e reconstruir a autoestima do aluno da EJA para que o mesmo
tenha interesse em aprender, traçar objetivos positivos para sua
vida e conquistá-los, demonstrando amor por esses alunos e
interesse em ajudar no resgate e na realização de seus sonhos,
ainda que o aprendente seja alguém responsável pelos seu atos,
como é o caso do aluno da EJA. A mesma importância se dá à
participação dos profissionais da educação que, ainda que tenham
difíceis condições de trabalho, precisam, também, ser conscientes
quanto a sua responsabilidade de ensinar, de uma autoestima bem
trabalhada para oferecerem uma aprendizagem prazerosa através
da afetividade, do respeito mútuo, e uma metodologia voltada para
os interesses do aluno adulto, o que demonstra interesse e respeito
por suas idéias.Tal proposta visa, também, alcançar sucesso no
processo ensinoaprendizagem.

São, portanto, os objetivos desta pesquisa: Conceituar Andragogia;


conceituar auto-conceito, autoestima, autoimagem e autoeficácia e
discutir seus efeitos positivos e negativos; apresentar a relação
entre autoestima, baixa autoestima e aprendizagem na EJA e
enfatizar a importância da família e da escola no resgate da
autoestima com o propósito de alcançar aprendizagem de
jovens e adultos.

CAPÍTULO I

ANDRAGOGIA E ALUNO ADULTO

1.1- Andragogia
A Andragogia, termo de origem grega que significa formação de
adultos e usado pela primeira vez pelo educador alemão Alexander
Kapp em 1833, nomeia a ciência que tem como público alvo o aluno
adulto.

Malcolm Knowles, educador, em 1950, começa a


formular uma Teoria de Aprendizagem de Adultos.
Na década de 60, tem o primeiro contato com o
termo Andragogia por um educador yuguslavo,
num Workshop na Universidade de Boston.
(BELLAN, 2005, p. 23).

Segundo Knowles, a Pedagogia, que é a ciência que cuida do


ensino de crianças, exige que os alunos se ajustem aos currículos
estabelecidos. Propõe uma aprendizagem imposta pelo professor e
o aluno torna-se o objeto do ensino. Método inverso do que propõe
a Andragogia, que sugere currículos construídos de acordo com as
necessidades dos alunos adultos, baseados em suas
experiências anteriores e suas condições de vida e de trabalho,
com conteúdos que podem ser aplicados ao seu cotidiano. O aluno
deixa de ser objeto e passa a ser o sujeito do ensino. Professor e
alunos pensam juntos e se enriquecem, pois ambos alcançam
conhecimentos nessa jornada.

A Andragogia é praticada nos cursos universitários, nas empresas


para a implantação em planejamento estratégico, marketing,
comunicação, processos de qualidade, etc. e na EJA (Educação de
Jovens e Adultos).

1.2- EJA

A Educação de Jovens e Adultos, outrora denominada de Ensino


Supletivo, reingressa os maiores de quinze anos no Ensino
Fundamental (C.A. ao 9º ano) e os maiores de dezoito anos no
Ensino Médio que não tiveram acesso à educação na idade devida,
na maioria das vezes no ensino noturno (Artigo 208, inciso I da
Constituição Federal; Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, arts.
37 e 38 seção V; Lei 10.172/2001, que aprovou o Plano Nacional de
Educação; Resolução CNE/CEB nº 02/1998 e Parecer CNE/CEB nº
04/1998, que estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais para
Ensino Fundamental).

A interrupção escolar ocorre por diversos fatores: a necessidade de


trabalhar ainda na infância para ajudar no sustento de suas famílias,
casamentos precoces, fracasso escolar, entre outros.

A educação de adultos chega ao Brasil com os padres jesuítas em


1549, com o objetivo de catequizar e instruir nativos e
colonizadores.

Torna-se oficial no Brasil em 1945, com o Decreto nº 19.513 de 25


de agosto de 1945.

O ensino de jovens e adultos acontece nas escolas das redes


pública e privada. Cada fase (como costuma-se denominar cada
série) tem duração semestral ou anual, com cursos presenciais e
semi-presenciais. Estes são oferecidos nos Centros de Estudos
Supletivos (CES) e Núcleos Avançados dos Centros de Estudos
Supletivos (NACES), através de uma avaliação contínua, com
apostilas como recursos didáticos.

A EJA é vista por muitos como solução para a exclusão e para a


desigualdade social, como pagamento de uma dívida da sociedade
para com os analfabetos e as pessoas com escolaridade
interrompida.

Há uma necessidade de formação acadêmica que privilegie o


trabalho do professor com o ensino de jovens e adultos. A formação
docente é dirigida para o ensino de crianças e adolescentes e
propõe uma metodologia que se torna ineficaz no universo do aluno
adulto, pois o mesmo aprende de formas diferentes.
1.3- O ALUNO ADULTO

O aluno adulto possui faixa etária diversificada: uma mesma classe


recebe desde adolescentes até idosos. Esses educandos têm níveis
de ensino diferentes e são trabalhadores, desempregados, donas-
de-casa, portadores de necessidades especiais, de origem rural e
urbana, de etnias diferentes, entre outras, que buscam diferentes
objetivos: realização pessoal, aumento da autoestima, afirmação e
promoção profissional, continuidade nos estudos até chegar ao
Ensino Superior, aquisição de leitura da Bíblia, participação
políticosocial em seu meio, etc. Tiveram parte de suas vidas
roubada por uma sociedade desigual, excludente e, como todos,
eles merecem a chance de recomeçar. É aquele que tem
capacidade de decidir o que fazer com sua vida e de assumir as
responsabilidades pelos seus atos, pois tem maturidade suficiente
para tais atitudes adquirida através de experiências vividas
negativas e positivas. É válido lembrar que maturidade ocorre
independente de idade cronológica, isto é, existem adolescentes
quarentões e adultos com apenas quinze anos de idade. É aquele
que tem sede de conhecer, decide o que quer conhecer, possui
senso crítico, ou seja, é um ser pensante, capaz de produzir ideias
que surgem nas mais diversas conversas e observações. Quer ter
alguém que ouça, aceite e avalie suas produções; alguém que
reconheça suas capacidades. Muitas vezes suas ideias não
aparecem porque se sentem inibidos diante de pessoas mais cultas.

O número de jovens na EJA é crescente desde a década de 90,


devido à legislação que permitiu a entrada desses jovens a partir
dos quinze anos de idade.Por isso, existem nesse meio alguns
alunos que vão à escola por imposição da família, mas não é
maioria.

O homem está sempre em processo de se educar, pois a


sociedade sofre mudanças constantes e velozes, ou seja, o
aumento da procura por educação formal está vinculado ao
dinamismo atual do mercado de trabalho, o que exige domínio da
ciência e outros conhecimentos sobre produção e consumo.

Logo, a sociedade educa o homem conforme seus interesses, a fim


de que o mesmo busque fins coletivos, ou seja, benefícios para si e
para seu meio, o que faz com que a capacidade de trabalho e a
reflexão acerca do cotidiano também sofram mudanças cada vez
mais rápidas. Daí a necessidade de cursos organizados com uma
metodologia que promova a união entre os conteúdos curriculares e
as experiências pessoais do indivíduo, com o intuito de estimular o
prazer pelo saber, propiciar-lhe uma melhor compreensão e visão
da realidade, condições de transformá-la e de transformar a sua
trajetória de vida.

As mudanças velozes no mundo do trabalho fazem o trabalhador,


também, ampliar sua escolaridade (desde a alfabetização até o
ensino superior) não só para conseguir ascensão profissional, mas
para não perder seu emprego. Para o aluno da EJA o trabalho é,
quase sempre, um motivo de abandonar a escola e, ao mesmo
tempo, um motivo de retomada dos estudos.

A educação formal proporciona ao aluno adulto níveis culturais mais


altos que se aliarão às suas ideias enriquecidas pela sua atuação
no processo político da sociedade. Assim, ainda que seja educado
para buscar fins comuns, esse indivíduo aprende por que e como
deve participar mais ativamente de seu meio, além de colaborar
para a transformação desse meio. Ainda que analfabeto, tal
condição não impede seu cumprimento de dever social. A educação
faz com que esse se torne importante como um ser consciente de
seus direitos e deveres na sociedade. A escola deve ser um espaço
para a formação de cidadãos, pois a
aluno, ainda que adulto, além de aprender os conteúdos
curriculares, aprende lições de cidadania, solidariedade, justiça
social e postura crítica diante de sua realidade, aprendendo a se
relacionar com o seu próximo e a respeitá-lo, bem como ao meio
que os cerca.

Tornando-se gente, o indivíduo qualifica-se como


ser social, pronto a contribuir para o seu país, para
a sociedade: um ser livre e criativo que busca,
critica, renova, entende, pensa e possui as
estruturas necessárias para que possa integrarse à
sua família, ao seu Estado. Enfim, ele é um ser
que se relaciona em uma trama de desafios,
cooperações e, principalmente,
competições. (SALTINI, 2008, p. 126).

Há aqueles que, infelizmente, não desejam mudar de vida


positivamente. Procuram a escola visando outros benefícios,
inclusive materiais, sem o menor interesse pelo conhecimento ou
deixam a escola esquecida. Atitude que merece respeito, o que não
significa omissão de idéias por parte do ensinante, idéias que dão
oportunidades ao aprendente de comparar, escolher e decidir.

É errôneo o adulto analfabeto ser visto como atrasado e


infantilizado porque, culturalmente, seu crescimento mental parou
durante a infância. Isso é negar que o adulto já possui sua
consciência a respeito da sociedade adquirida através do seu
trabalho na mesma e que o adulto possui capacidade de aprender,
ainda que não tenha domínio das letras. Tal visão leva ao uso de
métodos de ensino inadequados, como cartilhas infantis para
alfabetização, por exemplo.

Partindo do princípio de que o adulto analfabeto é um ser pensante


e atuante no mundo, é um erro, também, concluir que o analfabeto
não sabe ler. A necessidade de conhecer as letras é algo imposto
pelo trabalho, para conhecimento das técnicas do mesmo. O
indivíduo não chega analfabeto à idade adulta por vontade própria,
e sim por imposição da sociedade. É de caráter social. O
conhecimento de mundo que o aluno adulto leva para a escola vem
da observação deste mundo e da reflexão, que forma opiniões. É a
chamada leitura de mundo.

Para que haja sucesso na educação infantil, uma das condições


necessárias é incentivar o ensino de adultos, pois o adulto
escolarizado torna-se mais produtivo para o seu meio e
compreende melhor a importância da educação formal para seus
filhos. Conclui-se que a educação de adultos deve ser feita
paralelamente à educação infantil para que esta última tenha êxito,
tanto para o educando quanto para o futuro da humanidade.

O aluno adulto traz em sua bagagem as mais diversas experiências


adquiridas dentro e fora da escola, através das suas mediações
com o ambiente, das experiências de outras pessoas e em
frequências escolares anteriores, pois, apesar de seu prestígio
social, a escola não é a detentora do saber, o que faz com que o
ensino mútuo entre professor e aluno seja mais amplo quando
ambos têm grande liberdade para compartilhar experiências.
Histórias essas que, em alguns casos, deixam marcas profundas
em seu interior e repercutem em seu caminhar ao longo da vida,
fazendo com que o mesmo desvalorize a si mesmo e não perceba
sua capacidade de conhecer e transformar a si mesmo.

Esse ser independente, autodirecionável, deseja um aprendizado


voltado para os seus interesses, o que inclui o aluno adulto estar
bem consigo mesmo, conhecer e acreditar em seu potencial
intelectual. Precisa ser elogiado para ter auto-confiança e otimismo.
Precisa ter a sua sede de saber estimulada, pois exercita o
raciocínio lógico e a reflexão. O sentido da aprendizagem para o
aluno adulto está em ter alguém para valorizar seus conhecimentos
anteriores, usá-los e alcançar novos conhecimentos que sejam úteis
para sua vida e façam com que o adulto conquiste seus objetivos.
Respeitando os sonhos, as frustrações, as
dúvidas, os medos, os desejos dos educandos,
crianças, jovens ou adultos, os educadores e
educadoras populares têm neles um ponto de
partida para a sua ação. Insista-se, um ponto de
partida e não de chegada. (FREIRE, 1993, p. 16).

Entre exemplos de motivação externa encontram-se as


classificações escolares e as apreciações do professor. Já entre as
motivações internas encontram-se qualidade de vida, satisfação,
autoestima, etc. O trabalho com esta implica o despertar, no aluno
adulto, o desejo pela aprendizagem através da motivação
emocional, fazendo com que o adulto sinta-se aceito por todos e
com as mesmas capacidades intelectuais e emocionais. Uma boa
autoestima resulta num bom desempenho. Este, por sua vez,
contribui para uma boa autoestima.Portanto, ambos caminham de
mãos dadas num percurso onde não há um início nem um fim.

Toda a sociedade pode contribuir para uma boa autoestima do


cidadão, mas esse trabalho deve iniciar-se na família e na escola
desde a infância, cultivando o amor e o respeito na criança,
ensinando-a a transmitir esses sentimentos e estimulando suas
mais diversas potencialidades, inclusive a sua sensibilidade, com
bons conselhos e palavras de encorajamento. Deus utilizou a
palavra para criar, para encorajar. O poder da palavra edifica,
renova, anima, eleva a autoestima e o amor-próprio do indivíduo.

O afeto é necessário para impulsionar a busca pelo conhecimento,


estabelece a aproximação entre o indivíduo e seu objeto de estudo.
A emoção mobiliza o pensamento que, por sua vez, faz gerar o
conhecimento. O afeto exerce influência, também, no ato do
indivíduo buscar ou evitar pessoas e experiências. Esse despertar
da afetividade precisa ser visto com muita atenção na EJA, pois
essa recebe alunos que são filhos de lares conflituosos e que
tiveram (ou têm) conflitos familiares em seus próprios lares,
ambientes que não são saudáveis para ninguém, entre outras
situações que geram baixa autoestima. O resultado desses
desajustes é a carência afetiva, dificuldade de adaptação em grupo,
desconhecimento de seus direitos e seus deveres, rejeição e
dificuldades de concentração. Tais desajustes têm como
consequência as dificuldades de aprendizagem.

O ponto de partida de qualquer trabalho


pedagógico deve ser a emoção. Como vimos, a
emoção do aprendente apropria-se do que será
apreendido e, desta forma, o afeto atua no início
do processo de aprendizagem para canalizar a
atenção e no final para ajudar a memória no
resgate das informações. (CUNHA, 2008, p. 44).

Jornada de trabalho excessiva, situações de subemprego e de


desemprego são situações desestimulantes e fazem com que o
adulto não planeje seu futuro.

É necessário que o aluno da EJA tenha em mente que ele não é


inferior ao aluno do Ensino Regular, pensamento que impera na
mente de muitos e deve ser grande motivo de preocupação. Tal
pensamento deve-se ao fato de que a EJA tem uma carga horária
menor quando é constituído de fases semestrais e,
consequentemente, oferece menos conteúdo, o que não significa
que a EJA tenha uma oferta de ensino inferior. Ele deve ter em
mente que merece a mesma qualidade de ensino e a mesma
atenção que merece o aluno de qualquer outra modalidade de
ensino.

A sua eventual passagem pela escola, muitas


vezes, foi marcada pela exclusão e/ou pelo
insucesso escolar. Com um desempenho
pedagógico anterior comprometido, esse aluno
volta à sala de aula revelando uma autoimagem
fragilizada, expressando sentimentos de
insegurança e de desvalorização pessoal frente
aos novos desafios que se impõem. (COLEÇÃO
TRABALHANDO COM A EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS, VOL. 1, 2006, p. 16)

É tarefa de toda a sociedade, em especial dos educadores,


trabalhar o indivíduo na sua totalidade, explorar todo o seu
potencial, desenterrar talentos além dos trabalhados pela escola.
Ao mesmo tempo, tendo o cuidado de não incentivar o narcisismo e
a onipotência. O casamento entre ensino e autoestima deve visar o
apoio e o resgate da identidade dos educandos, e não formar seres
onipotentes. Algumas dicas para que este trabalho possa ser
desenvolvido e alcançar êxito serão apresentadas nos capítulos
seguintes.

CAPÍTULO II

AUTOESTIMA E APRENDIZAGEM NA EJA

2.1- O que é autoestima?

O conceito de autoestima é melhor compreendido


quando é conhecido, de início, o auto-conceito e
seus constituintes.

O auto-conceito resulta na avaliação que o indivíduo faz de si


mesmo e divide-se em auto-conceito real (avaliação real de si
mesmo) e avaliação ideal (como o indivíduo gostaria de ser).

O auto-conceito tem seus constituintes que são: a autoimagem, que


é o que o indivíduo pensa a respeito de si mesmo; a autoeficácia,
que diz respeito à confiança do indivíduo na sua capacidade de
realizações, de compreensão e a autoestima, objeto de estudo
nesse trabalho, relacionado à aprendizagem de jovens e adultos,
que diz respeito ao que a pessoa sente diante de suas conclusões a
respeito de si mesmo.

O sentimento de valor que acompanha essa


percepção que temos de nós próprios se constitui
na nossa autoestima. Ou seja, ela é a resposta no
plano afetivo de um processo originado no plano
cognitivo. É a avaliação daquilo que sabemos a
nosso respeito: gosto de ser assim ou
não? (MOYSÉS, 2007, p. 18).

O auto-conceito origina-se de fatores externos e internos que


rodeiam o indivíduo. Os fatores internos são tudo aquilo que as
influências externas plantam no seu interior, ou seja,
são internalizações e, ao juntarem-se com a bagagem trazida por
esse, produz os mais diversos resultados na construção da
identidade do mesmo, ou seja, os efeitos negativos ou positivos são
maiores na vida de algumas pessoas e menores na vida de outras.
O que estas ouvem a seu respeito pode colaborar para a raiz do
seu auto-conceito, aliado às avaliações de ordem psicológica
cognitiva, motor e física. Ao internalizar avaliações negativas vindas
do ambiente externo, o indivíduo passa a se comportar tal qual a
avaliação negativa dita. Uma pessoa que cresce ouvindo que ela
não presta, por exemplo, passa a pensar e a se mostrar para a
sociedade como uma pessoa que realmente não presta.

As internalizações surgem nas relações grupais, onde o ser


humano descobre o mundo através da interação com o outro. Inicia
com a relação mãe/filho e se diferencia conforme as diversas fases
da vida.

Para os psicólogos interacionistas, as características de um


indivíduo são construídas desde o nascimento, através da interação
com o meio que o cerca. Por isso, o meio é o responsável pela
formação moral e cultural do indivíduo. Segundo Vygotsky, um
interacionista, as experiências anteriores dos adultos interferem no
modo de agir da criança no seu ambiente, o que ocasiona uma
internalização das orientações transmitidas. A internalização das
informações obtidas faz com que a criança tenha suas funções
psicológicas (percepção, atenção, memória e capacidade para
solucionar os problemas) modificadas e influencia seus conceitos
sobre si mesmo e sobre o mundo, levando-a se aplaudir diante do
sucesso e a ser severa consigo mesma diante de
seus fracassos.

Henri Wallon, psicólogo francês, também visa a construção do


indivíduo nas suas interações com o meio com contribuição para a
educação. Para Wallon, o indivíduo só se percebe diferenciado
através das interações sociais. Quando recém-nascido, não
percebe tão diferenciação por, ainda, não estabelecer contatos
suficientes com seu meio.

A maneira como o indivíduo se dirige aos outros que o rodeia é


chamado por Pichon-Rivière, psiquiatra e psicanalista suíço, de
expressão de vínculo. Segundo esse, é uma relação particular do
indivíduo com o objeto.

“Vínculo é uma estrutura dinâmica, acionada por


motivações psicológicas, que acompanham o ser
humano por toda a sua história, que pode ser
revivida através da Transferência”. (REVISTA
PSICOPEDAGOGIA – 18, 1999, p. 40).

A Psicanálise trata a relação entre o auto-conceito mal construído e


a construção da subjetividade como algo não facilmente reversível.
Exige um trabalho de maior profundidade para se ter acesso às
lembranças inconscientes que se expressam sobre forma de
insegurança, ansiedade e baixa autoestima.
Quando o sujeito internaliza traços de alguém valorizado, passa a
se comportar como ele. Tal processo é denominado pela
Psicanálise de identificação, que é um dos métodos que ajuda o
indivíduo a vencer seus conflitos. Faz, também, com que o indivíduo
identifique no outro, traços negativos que não deseja para si nem
para ninguém. É com o outro que um indivíduo aprende tudo aquilo
que ele quer e o que não quer nem para si nem para o próximo.

A autoestima é um dos fatores de ordem interna que motivam o


adulto para a aprendizagem, juntamente com satisfação, qualidade
de vida, etc., pois é fruto de interação social que propicia o acesso à
cultura através da troca de experiências, de informações, ou seja, o
fortalecimento do vínculo resulta em aprendizagem. A autoestima é
como o indivíduo se sente diante da avaliação que faz de si mesmo.
Portanto, um constituinte afetivo do auto-conceito. Referese ao
modo do indivíduo interagir com o ambiente e consigo mesmo. É a
responsável pela sua felicidade e pelos seus dramas. Quem tem
boa autoestima gosta e confia em si mesmo. É se sentir capaz de
enfrentar a vida com mais confiança e otimismo. É ser mais criativo
em tudo o que faz e sentir prazer diante de suas realizações. Tudo
isso deve ser cultivado desde a infância, amando e desejando a
criança desde a sua concepção e proporcionando-a um ambiente
afetuoso e confiável (família, escola, amizades), pois as emoções
contidas nesse ambiente farão com que as emoções do indivíduo
se manifestem, o que para Rivière, tem uma importância decisiva
para a boa interação do grupo social. Assim, a criança se tornará
um adulto que se vê como digno de receber e dar amor para que
não tenha problemas de relacionamentos, que reconhece seu valor
e suas potencialidades. Logo, não se deixa abater pelas referências
negativas externas. Amar é a peça-chave na construção da
autoestima.

Todas as pessoas almejam algo de bom.


Provavelmente o sentido da felicidade, por ela ser
subjetiva, seja particular e única para cada ser
humano. Muitos fatores podem ser considerados
como pilares para que alguém seja feliz, deve
haver uma certa unanimidade em temas como
saúde, escola, realização profissional, experiências
afetivas e positivas. Uma das condições para se
conseguir o bemestar satisfatório consigo e com os
outros é a autoestima. (KROTH, 2009, p. 2).

2.2- Efeitos da autoestima e da baixa autoestima

A autoestima é a base para todos os relacionamentos e para todas


as situações da vida. Envolve relacionamento do indivíduo com
Deus, consigo mesmo e com os outros. Quem se sente amado e
protegido, tem autoestima e tem confiança em suas capacidades,
em suas habilidades; é saber que está pronto para os desafios da
vida e que tem todo o direito de realizar seus sonhos e alcançar sua
felicidade.

Enquanto a autoestima faz a pessoa se sentir confiante e a leva ao


seu sucesso pessoal e profissional, a baixa autoestima,
desencadeada por múltiplos fatores, produz sensação de
abandono, solidão e não permite que o indivíduo busque e
conquiste seu espaço na sociedade, que ele desenvolva seus
talentos.

Características da pessoa com baixa autoestima:

 -A pessoa não luta pelos seus direitos e se submete às


imposições sem o menor questionamento;
 -não tem auto-confiança para argumentar sobre suas
idéias;
 -faz com que a criança se torne um adulto que não sabe
superar os momentos difíceis da vida;
 -não sabe lidar com as críticas, pois não entende que essas
contribuem para o seu crescimento e não a deixa ver o que
não está precisando mudar em sua vida;
 -tem dificuldade de dizer não, pois tem medo de ser
rejeitado, de não agradar;
 -não consegue delegar poderes;
 -o indivíduo com autoestima baixa acha que vale pelo que
tem e não pelo que é;
 -tem medo de mudanças, do desconhecido;
 -não aceita seus próprios erros e os dos outros;
 -sofre por antecipação por achar que não vai dar conta do
que deve ser feito;
 -pede licença para estar no mundo, pede desculpas o
tempo todo por achar que está sempre incomodando;
 -é uma pessoa que não sabe receber elogios. Alguém diz: -
Você está linda.

Ela responde: -Que nada, são seus olhos. Acha que não merece.

“A resistência da pessoa diante das adversidades


da vida diminui. (...) E os fatores negativos de sua
vida têm mais poder sobre ela do que os
positivos”. (DICAS DE SAÚDE EMOCIONAL,
2008. p. 63).

Triste e preocupante é quando a baixa autoestima transforma-se


em violência, ou seja, leva o indivíduo para as gangues, que
proporcionam identidade e reconhecimento aos jovens. Jovens e
adultos, mesmo que tenham nível socioeconômico elevado, entram
para o mundo do crime porque não receberam o amor dos pais na
infância e agora querem chamar a atenção deles arriscando-se,
buscando emoções perigosas.

Uma das contribuições da educação deve consistir em gerenciar


emoções e pensamentos, ou seja, orientar o educando no sentido
de conhecê-las e filtrá-las; de controlar o medo, a ansiedade e a
insegurança, não permitindo que esses sentimentos ocupem o
primeiro lugar na mente. O objetivo de tal orientação é prevenir
doenças depressivas e ansiosas, que geram a agressividade, que
por sua vez, gera baixa autoestima. Controlar as emoções e os
pensamentos não significa fugir deles. A união entre a psiquiatria, a
psicologia e a educação tem muito a contribuir com esse
procedimento preventivo.

Gerenciar a emoção é o alicerce de uma vida


encantadora. É construir dias felizes, mesmo nos
períodos de tristeza. É resgatar o sentido da vida,
mesmo nas contrariedades. Não há dois senhores:
ou você domina a energia emocional ainda que
parcialmente, ou ela o dominará. (CURY, 2003 p.
21).

Conflitos socioeconômicos e culturais também contribuem para uma


auto-desvalorização, juntamente com os conteúdos já trazidos na
mente humana. Diferenças raciais e culturais podem surgir no calor
de uma discussão, em formas de brincadeiras e tocarem fundo no
coração de um indivíduo, o que pode transformar-se na
autoavaliação do mesmo. O ser humano influencia e é influenciado
pelo seu ambiente sócio-cultural.

2.3- Relação entre autoestima e aprendizagem

Por que o afeto é tão importante para que haja aprendizagem?

A aprendizagem é um processo contínuo de aquisição de


conhecimentos. Resulta do ambiente de vínculo, que se dá, em
grande parte, por meio da linguagem, que organiza, articula e
orienta o pensamento e transmite informações produzidas. Tal
interação depende, para a realização do conhecimento, da
percepção, que organiza as informações sobre o objeto obtidas
através dos órgãos dos sentidos e da inteligência, que possibilita o
sujeito transformar as informações organizadas em conhecimento.
O resultado é a mudança da condição do indivíduo que adquire o
conhecimento. O homem que aprende mais, amplia seu ponto de
vista a respeito do mundo e de si mesmo.Assim, ele participa da
transformação do mundo.

Aprendizagem é fenômeno do dia-a-dia que ocorre


desde o início da vida. A aprendizagem é um
processo fundamental, pois todo indivíduo aprende
e, por meio deste aprendizado, desenvolve
comportamentos que possibilitam viver. Todas as
atividades e realizações humanas exibem os
resultados da aprendizagem. (PORTO, 2009, p.
42).

O vínculo possibilita diversas trocas através da transferência de


papéis entre ensinante (todo aquele que ensina) e aprendente (todo
aquele que busca o conhecimento).

Durante o processo de aprendizagem, a mente acompanha o


desenvolvimento emocional. Caso contrário, resulta na dispersão do
aprendente. Assim, conclui-se que despertar a afetividade do
aprendente é a chave do sucesso para o processo ensino-
aprendizagem, pois a percepção que o mesmo tem de suas
habilidades fortalece seu auto-conceito e torna-o confiante para
realizar tarefas, o que resulta em sucesso. Para o aprendente que
tem um baixo auto-conceito, os novos desafios parecem-lhe
tormentos, pois se acha incapaz de realizá-los.

É de suma importância para a aprendizagem uma autoestima


elevada através da afetividade entre ensinante e aprendente, pois a
autoestima elevada faz com que o indivíduo se valorize, descubra a
sua importância no mundo. Assim, o indivíduo tem uma mente livre
para adquirir conhecimentos, o seu desejo pelas descobertas é
mais aguçado, pois a pessoa está bem consigo mesma para
enfrentar seus problemas e satisfazer seus interesses. Quanto
maior a autoestima, maior é a sua criatividade. Quem se sente
amado, aprende a distribuir amor, sente amor pelo ato de aprender
e, assim, desenvolve sua personalidade. A união entre autoestima e
aprendizagem produz muito mais do que conhecimento: produz
amizade, respeito e confiança, que resultam, também, em interação
social do aluno adulto. Ao passo que, o mau desempenho aliado à
baixa autoestima resulta em evasão escolar e, consequentemente,
no rótulo intelectualmente incapaz, o que acaba afetando toda a
vida do educando, quando deveria ser algo ligado apenas ao
processo cognitivo. Alunos nessa situação sentem-se pouco
inteligentes e incapacitados de aprender diante de um mundo
competitivo e são vistos como alunos que têm baixa autoestima por
pais e professores.

O erro costuma ser visto, não só em sala de aula, mas na vida,


como algo negativo e motivo de punição; quando, na verdade, deve
ser visto como um recomeço, uma caminhada para o acerto. Ao
comparar o erro com o acerto, o educando percebe que evoluiu
como pessoa, pois acaba de aprender, de desvendar parte de suas
capacidades. Crianças que não aprendem a conviver com os erros,
tornam-se adultos inseguros.

Acompanhando a prática de conviver com os erros, e desenvolvida,


também, a prática do perdão. Embora seja de cunho espiritual,
ensinamento do nosso Salvador Jesus Cristo, tem um caráter
altamente afetivo e educativo. Quem ama, perdoa.

Rotular um indivíduo que se desvaloriza é algo que dever ser feito


com cuidado.

Muitos adultos são taxados como incapazes de aprender devido à


idade. Por isso, todo investimento em seu desenvolvimento é
considerado disperdício. Situações de exclusão, como a falta de
oportunidades o insucesso escolar, por exemplo, reforçam, quase
sempre, a baixa autoestima do aluno, que volta à escola fragilizado,
inseguro e sentindo-se incapaz de aprender.

Os efeitos negativos oriundos de influências externas recebidas


pelo indivíduo produzem dificuldades de aprendizagem, ao passo
que os efeitos positivos produzem amor pelo objeto de estudo e
pelo ensinante (ou por somente um dos dois).

Capítulo III

Escola e família na EJA: um olhar psicopedagógico

3.1- O papel da escola

A ida à escola para muitos alunos adultos é um projeto de vida, uma


busca pelo crescimento pessoal. Ao mesmo tempo, a EJA recebe,
também, alunos adultos que vão à escola por imposição da família,
do patrão, para conseguir benefícios oferecidos pelo governo, como
carteira escolar e uniforme, requisitos necessários para viagens
gratuitas em transportes coletivos, por exemplo.

Muitos alunos adultos veem a escola como espaço ideal para a sua
ressocialização, ou seja, para a realização de seus sonhos, que são
construídos ao longo da vida e são suas motivações de
aprendizagem, bem como para a construção de relacionamentos. O
aspecto social da escola é oferecer ao aluno da EJA a possibilidade
de construir relacionamentos dentro e até fora da escola através de
grupos de estudos e passeios, o que amplia seu círculo de
amizades (aluno/aluno, aluno/professor), favorece a vida social e a
troca de experiências, fortalecendo, assim, a autoestima.

(...). É um aluno que pode estar voltando à escola


para a realização de um sonho, ou porque se
deparou com um mercado de trabalho que está
cada vez mais exigente, ou ainda por motivação de
familiares e até mesmo para driblar a
solidão.(MURANETTI, 2007, p. 1).

O aluno adulto utiliza sua maturidade na hora de aprender e


demonstra mais interesse pelo conhecimento porque quer recuperar
um tempo perdido. Busca o saber a partir do seu espaço cultural.
Um desses espaços é a sala de aula.

Atualmente, a família busca os mais diversos tipos de interesses,


em especial os interesses profissionais. Isso resulta em pouco
tempo para seus filhos. Estes, embora tenham casa, comida,
roupas, etc., sentem-se desamparados emocionalmente e procuram
na escola (principalmente na figura do professor) o carinho e a
atenção que não têm em seus lares, fato que não é diferente numa
classe de jovens e adultos. A importância do relacionamento entre
ensinante e aprendente dá-se no sentido de permitir que o
aprendente exponha seus sentimentos e, consequentemente,
explore suas próprias fantasias e transforme-as em conhecimento.

O grau de afetividade que envolve a relação do(a)


professor(a) com seus pares representa o fio
condutor e o suporte para a aquisição do
conhecimento pelo sujeito. O aluno, (...), precisa
sentir-se integralmente aceito para que alcance
plenamente o desenvolvimento de seus aspectos
cognitivo, afetivo e social. (BALESTRA, 2007, p.
50, apud JUSANI, 2009, p. 3).

Devido à ansiedade que o processo de aprendizagem provoca no


sujeito diante de novas situações, o ensinante deve contribuir para
uma interação entre conhecimento e afeto, e para que esta resulte
no desenvolvimento científico e pessoal do sujeito. Para isso, é
preciso que o educador faça com que o educando sinta-se
envolvido, antes afetivamente para, depois, fazer com que ele sinta-
se atraído pelo objeto de estudo.
Quando o aluno não aprende, ele passa a ter uma imagem
marginalizada pela sociedade e pela instituição que não solucionam
o problema, o que gera o tão famoso fracasso escolar, oriundo, na
maioria das vezes, da escola, devido às deficiências nas mais
diversas áreas: o relacionamento com professores e com colegas,
adaptação do aluno ao ambiente escolar, seu interesse pelo objeto
de estudo, a estrutura da escola, o projeto pedagógico, etc., o que
deixa marcas profundas na personalidade do indivíduo e causa
indiferença em relação às aulas, indisciplina, timidez e nervosismo
diante das avaliações, comportamentos que acompanham o
indivíduo em seu retorno à escola, além de afetarem a identidade
do aluno adulto e de gerarem a baixa autoestima, que faz o adulto
voltar à escola sentindo-se inseguro e desvalorizado diante dos
novos desafios. Mergulha num poço profundo sem expressar a
menor reação. Recebe a notícia da recuperação e até mesmo da
reprovação com um sorriso no rosto. Alunos com histórico de
fracasso escolar, mesmo quando obtêm sucesso nos estudos, não
acreditam que conseguiram tal sucesso por suas capacidades.
Atribuem essas aos professores, à sorte ou à facilidade das
questões. Já os alunos com bom desempenho escolar assumem a
responsabilidade quando o fracasso chega.

A Psicopedagogia surgiu para dar conta das dificuldades de


aprendizagem não solucionadas pela Psicologia nem pela
Pedagogia. Apresentase como parceira da Educação. Não provoca
ameaças aos professores, aos demais profissionais da Educação
nem de áreas próximas, mas faz surgir o indivíduo aprendiz,
compreendido como tal o aprendente e o ensinante, levando os
alunos ao auto-conhecimento como seres pensantes e autores de
sua própria história. Investiga como o indivíduo age para aprender,
como ocorre sua aprendizagem, o que aprende e o que não
aprende.
A Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem
humana, que adveio de uma demanda – o
problema da aprendizagem, colocado num
território pouco explorado, situado além dos limites
da Psicologia e da própria Pedagogia – e evoluiu
devido à existência de recursos, ainda que
embrionários, para atender a essa demanda,
constituindo-se, assim, numa prática. Como se
preocupa com o ‘problema de aprendizagem’, deve
ocupar-se inicialmente do ‘processo de
aprendizagem’. Portanto, vemos que a
Psicopedagogia estuda as características da
aprendizagem humana: como se aprende, como
essa aprendizagem varia evolutivamente e está
condicionada por vários fatores, como se
produzem as alterações na aprendizagem, como
reconhecê-las, tratálas e ‘previni-las’. (BOSSA,
2000, p. 21).

Visando trabalhar o domínio afetivo dos seus alunos, a


Psicopedagogia aposta na afetividade como o caminho para o
alcance da aprendizagem, ou seja, o ensinante deve ser um amigo
que caminha com eles na estrada do aprendizado, isto é, deve ouvir
o que seus alunos têm a dizer não somente sobre os conteúdos
aplicados, mas sobre seus anseios, suas necessidades, seus
gostos, suas confissões; transmitir confiança, esperança e força ao
ouvir e guardar segredos; orientá-los a respeito de tudo aquilo que
ouviu e contar suas experiências (se puder) sobre os assuntos em
pauta. Fazer com que o aprendente sinta-se bem aceito no
ambiente escolar estimula a sua autoestima e o seu interesse pelos
estudos.

Para que a falta de afetividade não seja mais um sintoma escolar na


vida do aluno, é necessário que não só o corpo docente, mas toda a
instituição de ensino trabalhe com uma prática pedagógica que
possibilite o aluno trabalhar com prazer, tenha prazer em estar
dentro de sua escola, buscando maneiras atraentes de transmitir os
conteúdos. Em se tratando da EJA, utilizar técnicas que prendam a
atenção dos educandos até o fim da aula, pois o adulto tem uma
mente acelerada pela velocidade do dia-a-dia e, por isso, dispersa-
se com mais facilidade. É bom dar oportunidade de exporem suas
realizações. Deve, também, valorizar todo o conhecimento do aluno
trazido para a sala de aula: seus saberes culturais, profissionais,
suas experiências de vida, bem como sua origem étnica, as
características de seu local de origem, sua gente, seu modo de
vida, pois os saberes antigos ajudam na busca de novos saberes.
Além disso, o educador deve cuidar de sua aparência pessoal e de
sua postura em sala de aula, atitudes que revelam o bem-estar do
professor que, também, precisa estar em alta e fazem com que o
educando se sinta alguém que tem importância para os outros. Isso
garante uma vasta autoestima, além de facilitar o processo
ensinoaprendizagem.

A escola deve trabalhar não só com os conteúdos curriculares, mas


também com assuntos ligados à Deus, à família, à ética e à
cidadania. Quem tem conhecimento sobre a Palavra de Deus, deve
aproveitar as oportunidades de aplicá-la às mais diversas situações
presentes no cotidiano. Assim, o educando será transformado num
indivíduo de boa índole, consciente de seus direitos e deveres na
sociedade e capacitado a lidar com os sucessos e os fracassos da
vida.

Todo esforço está em estabelecer um clima


favorável a uma mudança dentro do indivíduo, isto
é, a uma adequação pessoal às solicitações do
ambiente. (LIBÂNEO, 1990, p.p. 13-14).

A sala de aula deve ser um lugar democrático, de troca de idéias,


de acúmulo de conhecimentos e de liberdade.
Mas, como o profissional da educação pode estimular a autoestima
dos seus alunos se a sua autoestima também anda baixa, devido
aos baixos salários, às precárias condições de trabalho e à falta de
capacitação profissional, como é o caso do professor da EJA?
Todos esses problemas, infelizmente, tornam o trabalho difícil e
necessitam de soluções urgentes para o êxito de todo o sistema
educacional. Mas o profissional deve pensar que tem em suas
mãos, vidas que dependem dele para construírem condições
futuras com dignidade, cidadãos que merecem a oportunidade de
se tornar mais conscientes e, assim, construírem uma sociedade
mais justa através da educação. As dificuldades que rodeiam a
profissão não podem ofuscar a responsabilidade do educador.

3.2- O papel da família

“Instrui o menino no caminho em que deve andar,


e até quando envelhecer não se desviará dele.”

A interação entre conhecimento e afeto na vida do educando,


proposta pela Psicopedagogia, deve ser fortalecida, principalmente,
pela sua família, pois essa é a primeira e a maior provedora de
conhecimentos para o indivíduo, já que esse adquire seu
conhecimento de mundo e constrói seus contatos sociais através da
assimilação de características de outras pessoas inicialmente no
ambiente familiar. Inicia com a relação mãe/filho e se diferencia
conforme as diversas fases da vida.

A procura de jovens e adultos pela escola acontece, entre outras


razões, por decisão da família.

A família, por sua vez, também é responsável pela


aprendizagem da criança, já que os pais são os
primeiros ensinamentos e as atitudes destes diante
das emergências de autoria do aprendente, se
repetidas constantemente, irão determinar a
modalidade de aprendizagem dos
filhos. (FERNÁNDEZ, 2001, apud PORTO, 2009,
p. 17).

Cabe à família, independente de seu nível socioeconômico,


contribuir para que seus membros sejam responsáveis por suas
atitudes. Cabe, também, à família, dar amor a esses membros fazer
com que eles sintam-se amados e desejados desde o período de
gestação, além de responsabilizar-se em ser mantedor material e
cultural e de transmitir todos os valores morais que façam de seus
descendentes, cidadãos conscientes. Criar seres humanos que
espalhem o amor e a paz pela terra.

Uma relação afetiva bem construída entre pais e filhos é de suma


importância na construção da autoestima, bem como da
aprendizagem, não só a escolar, mas o aprendizado que se adquire
na caminhada da vida. O indivíduo que se sente amado aprende
melhor, pois segue confiante na busca de seus objetivos.

O aluno moldado através do amor adquire benefícios não só para si


mesmo, mas também para sua família. A afetividade e a disciplina
que são desenvolvidas no educando estendem-se aos familiares.
Estes, por sua vez, passam a ter suas esperanças renovadas, pois
o aluno resgatado pelo amor da escola e que busca um novo rumo
para sua vida, faz toda uma diferença no seio familiar. Educando e
família têm suas autoestimas recuperadas.

Os pais precisam elogiar seus filhos por suas qualidades, saber


sempre por onde andam e o que fazem para que saibam que são
protegidos. Por outro lado, a pessoa que não é elogiada, que não
tem uma família que se interesse pelos seus interesses e não a
proteja, mesmo que esteja na idade adulta, sente-se rejeitada,
cultiva a ideia de que não é importante para a família, não se
sente satisfeita com sua vida e, consequentemente, não aprende,
pois não tem quem veja e aplauda o seu sucesso. Logo, não se
sente motivada em buscá-lo, o que resulta em rejeição aos estudos
e em evasão escolar.

É muito importante prestar atenção às palavras que são proferidas


às pessoas. Uma criança pode ficar muito machucada com a
palavra de qualquer outra pessoa, mas quando a palavra é
proferida pelos pais ou por outras pessoas importantes para elas, a
dor é extremamente mais profunda, o que transforma a criança num
adulto com muitas barreiras na vida, inclusive na área cognitiva. O
fato de não estar bem consigo mesmo pode levar um pai ou uma
mãe a jogar a culpa nos filhos através da agressão verbal, entre
outras.

A palavra é um instrumento e, como tal, pode ser


usada tanto para o bem quanto para o mal. Ela
também tem o poder de destruir, arruinar, deprimir,
de causar todo tipo de dor à alma de alguém,
podendo deixar profundas marcas. (PIMENTEL,
2006, p. 31).

Os pais devem, também, valorizar e respeitar a individualidade dos


filhos, entender que são indivíduos que têm vida própria, estar mais
próximos deles nos momentos difíceis, interessar-se por seus
problemas, por sua vida escolar e acompanhá-los. Aprender a ouvi-
los. Compreender os filhos não só quando fazem as coisas
corretas, mas quando fazem, também, as coisas erradas.Isso
inspira confiança e respeito.

Uma família precisa estar bem ajustada consigo mesma para


propiciar um ambiente saudável ao educando. Problemas de
relacionamento entre familiares (principalmente entre marido e
mulher) afetam profundamente a vida pessoal e escolar do
educando. Na EJA, o número de alunos com dificuldades de
relacionamento em relação aos professores, aos funcionários, aos
colegas e com dificuldades de aprendizagem é cada vez mais
significativo.Isso nada mais é do que, entre outros problemas,
reflexo de acontecimentos negativos oriundos da família. Entre
outros fatores negativos estão: a falta de amor uns pelos outros e a
falta de disciplina.

A orientação e a correção são tarefas obrigatórias de pais e


responsáveis. Os pais não ensinam aos filhos porque não têm nada
de bom para transmitir ou porque ocupam-se de outras coisas,
principalmente da vida profissional. Quem não é disciplinado no
seio da família desde a infância, não aceita a autoridade imposta
por professores o por outros líderes que encontrarão no decorrer da
vida (patrão, etc.). Quando os pais não estabelecem limites, formam
um adulto indisciplinado, que não obtém êxito na vida, pois sem
disciplina, não há aprendizagem e não há sujeito seguro de si
mesmo. Para colocar limites, é necessário argumentar suas razões
para que o sujeito sinta-se confiante.

É muito importante a participação da família na vida escolar do


aluno, inclusive do aluno da EJA, que recebe uma grande
quantidade de adolescentes, com visitas frequentes à instituição,
mesmo que não haja reuniões de pais, para saber sobre o
desempenho escolar do aluno, verificar suas tarefas escolares em
casa, bem como acompanhar o educando no preparo das mesmas;
enfim, participar da vida escolar do educando de todas as formas
possíveis. Até mesmo com os alunos de faixas etárias maiores esse
trabalho é bem-vindo, interessandose por suas atividades
escolares. Essas atitudes fazem com que o aluno adulto saiba que
a família o ama, o que resulta em satisfação pessoal e bom
desempenho escolar.

É válido ressaltar a presença da escola na vida familiar, ou seja, um


trabalho da instituição escolar visando aproximar-se, conhecer
melhor a família do aluno e investigar as causas da dificuldade de
aprendizagem nesse meio, já que a mesma origina-se, muitas
vezes, de conflitos familiares; bem como encaminhar a família para
uma análise psicopedagógica, que inclui investigação do histórico
de vida do aluno em seu meio familiar e conversa com os pais para
que possam compreender e aceitar essas dificuldades e saber
ajudar seus filhos. É uma tarefa que pode contribuir tanto para a
vida do educando quanto para a vida da família em relação ao
resgate da autoestima, uma vez que ambos se sentirão amados e
acolhidos pela instituição escolar.

Nosso objetivo é dar um alerta para que não se


feche à visão psicopedagógica a dinâmica familiar
em torno de um problema de aprendizagem,
quaisquer que sejam as suas causas. Tal
posicionamento vai nos levar a compreender casos
em que, sem intervenção a nível familiar, o
processo corretor psicopedagógico não atinge o
sucesso almejado. Quando a família deposita em
um de seus membros o papel de ‘doente’, de
desviante em algum sentido, a escola e os
profissionais que concentram seus esforços
apenas em direção à criança ou adolescente,
estão de algum modo diminuindo as suas
possibilidades de cura. (SCOZ et al., 1987. p. 77).

Família e escola são os principais responsáveis pela educação,


inclusive do aluno adulto, pois ambas têm o dever de incentivar o
crescimento cultural do educando. Infelizmente, essa parceria está
cada vez mais escassa devido ao afastamento da família da vida
escolar dos jovens. A família, independente de seu nível
socioeconômico, pode, perfeitamente, transmitir aprendizagem ao
lado da escola.

Família e escola devem ter plena consciência de que o ato de


educar é, também, um ato de amor e obtém mais sucesso quando é
feito muito mais por atitudes do que por palavras, como a Palavra
de Deus ensina sabiamente e está escrito na epígrafe desse
tópico: instrui o menino no caminho em que deve andar (...)., ou
seja, para transmitir valores, é necessário viver esses valores, estar
com o educando no mesmo caminho em direção ao triunfo pessoal
e profissional, dando-lhe condições morais, emocionais e materiais
o máximo possível.

Conclusão

“Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura


é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo”.

A Andragogia cuida do ensino de jovens e adultos e apresenta uma


proposta de ensino baseada nas necessidades e nas experiências
anteriores dos mesmos, sejam experiências escolares ou adquiridas
na escola da vida.

O aluno adulto é independente e seleciona aquilo que quer


aprender, de acordo com seus anseios profissionais e pessoais.

Muitos voltam para a escola cheios de sonhos e de esperanças em


construírem um futuro digno para si e para sua família através do
conhecimento; outros voltam cheios de feridas interiores, causadas
por insucessos escolares e pessoais, palavras negativas
internalizadas, falta de apoio emocional e material por parte do meio
que os cerca, deixando que o desânimo impere em suas vidas.
Esses motivos, entre outros, fazem com que o aluno adulto se sinta
um ser inferior diante do mundo, incapaz de aprender e de construir
sua própria história, bem como de contribuir com melhorias para a
história da humanidade.

Esse indivíduo precisa de estímulos para a sua autoestima, ou seja,


saber que é um ser que tem tanta importância quanto qualquer
outra pessoa, que pode aprender o que quiser e alcançar o objetivo
que quiser.
Família e escola são responsáveis pela construção da autoestima
do aluno. Ambos têm a incumbência de transmitir confiança e de
despertar os sentimentos do mesmo, fortalecendo, assim, as suas
estruturas emocionais. Família e escola, quando caminham juntas,
colaboram no processo de aprendizagem, inicialmente, através da
afetividade. Devem ser vistas como “portos seguros” do indivíduo,
como pontos de busca de apoio para o mesmo em todas as horas.

Educação não é tarefa exclusiva do professor e a escola não é o


único espaço físico para aprender. Toda a sociedade deve voltar-se
para a educação, proporcionando os mais diversos espaços físicos
para o alcance da aprendizagem.

Ensinar é muito mais do que transmissão de conteúdo: requer


afetividade entre professor e aluno, sempre na busca de soluções
de dificuldades da aprendizagem do educando. Requer, também, o
amor do professor pela delícia de ensinar.

As realizações na vida do indivíduo se dão conforme o fluir do seu


modo de pensar. Por exemplo: se pensar e planejar coisas boas,
elas acontecerão; mas se pensar somente em coisas negativas e
não agir para mudá-las, esse pensamentos negativos também
acontecerão. Basta internalizar somente aspectos positivos e
esforçar-se, traçar objetivos, buscálos e aproveitar todas as boas
oportunidades que surgirem. É muito importante saber usar sempre
suas qualidades, acreditando em si mesmo, estudando, trabalhando
e a creditando que pode escrever a sua história.

Muitas pessoas ficam presas às influências negativas do passado,


sejam palavras ou atitudes. Esse aprisionamento gera falta de
confiança em Deus e num futuro melhor. Como o aluno da EJA tem
consciência de suas atitudes, ele deve ter plena consciência de que
precisa libertar-se do seu passado amargo, cheio de desprezo e de
profecias dolorosas, caminhar com os próprios pés, buscar forças
em Deus que tem todo o poder para cicatrizar as feridas do
passado e dar vida nova a todo aquele que crê no Seu infinito amor
e na Sua infinita misericórdia. Encher-se de fé em Deus e deixar o
passado para trás.

Deve, também, aceitar e aproveitar o amor e o empenho da família


e da escola. Ao mesmo tempo, família e escola têm a inteira
obrigação exercer a sua responsabilidade de amar, de educar e de
cuidar. Só assim as gerações futuras serão formadas por pessoas
sensíveis, honestas e responsáveis.

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Disponível em: www.ebooksbrasil.org. Acesso em 13 jan. 2010.

Por Luciane Fernandes da Silva

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