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Unidade Curricular: Sociolinguística (51067)

Docente: Carla Almeida


Actividade Formativa 3: pistas de correcção

1. Segundo John Gumperz a Sociolinguística estuda códigos sociocomunicativos que


integram marcas do sistema, formas de realização e restrições impostas pelo todo
“situação” (cf. p. 41 do manual de Sociolinguística). O modelo desenvolvido por este
autor tem o nome de Etnografia da comunicação e estuda os sistemas socioverbais
analisados em situação de comunicação.

COMENTÁRIO: Os autores da Etnografia da Fala ou Etnografia da Comunicação


estudam os códigos dos locutores (as suas competências comunicativas) que integram
marcas linguísticas do sistema da Língua formas linguísticas de realização e as
restrições decorrentes dos parâmetros situação, tópico, actores e espaço.

2. A análise da variação situacional tem em conta o enquadramento espácio-temporal,


psicológico e sociocultural da comunicação (cf. pp. 41-43 do manual de
Sociolinguística).

3. Os acontecimentos linguísticos são regulados por normas sociais e discursivas (cf. pp.
128-137 do manual de Sociolinguística).

4. As duas perspectivas de estudo da variação social são a da estratificação social e a da


situação de comunicação. A perspectiva da estratificação social é desenvolvida por
Labov (Cf. pp. 128-131do manual de Sociolinguística) e a da situação de comunicação é
estudada por Gumperz (cf. pp. 40-41 do manual).

5. Sexo, idade e etnia (cf. pp. 128-131 do manual).

6. O modelo da Etnografia da Fala de Gumperz e Hymes tem como objecto de análise a


competência de comunicação, competência apoiada não apenas na competência
linguística, mas também nas competências sociolinguísticas e socioculturais (cf. p. 17
do manual).

7. A perspectiva externa da situação analisa o enquadramento espácio-temporal e


sociocultural da comunicação e a perspectiva interna aborda as condições
circunstanciais de base psico-sociológica que, por se enraizarem no(s) interlocutor(es) e
num sistema complexo de representações, determinam a produção verbal.
Sobre este assunto, ver pp. 40-42 do Manual.

8. (vd. pp. 129-131) Parâmetros contextuais: espaço-tempo em que decorre o discurso


(Cenário), conteúdo que regula tipos específicos de argumentação e selecciona funções
específicas da linguagem, interacções marcadas pelo tipo de relação entre os
participantes e que pré-determinam a escolha de um dado estilo e modo de dizer
(entoação, registo...).

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Os parâmetros passíveis de mudança que condicionam a produção discursiva são os
parâmetros contextuais que se inserem na cena (factores temporais e físicos que
condicionam o processo de interacção):

a) cenário – tempo e lugar da interacção; obtenção do tempo de palavra; duração do


tempo de palavra; tamanho do grupo reunido e papéis dos seus elementos;
b) conteúdo – situação; acontecimentos de fala; actos de fala; tópicos; géneros e/ou
tipos de interacção (tipos de argumentação...);
c) interacções marcadas por solidariedade vs poder; rede (trama), isto é, o número e
os tipos de interacções verbais que um indivíduo mantém com outros;
d) funções da fala (cf. funções da linguagem) que constituem meios marcados por
“system constraints” e “ritual constraints” (Goffman, 1976: pp. 257-314) – note-se que
estes meios condicionam quer a interpretação ilocutória de actos locutórios quer os
respectivos perlocutórios;
e) papel da voz/tom.
Sobre este assunto, ver pp. 130-131 do Manual.

9. As componentes da competência de comunicação são, por um lado, o saber acerca


do sistema linguístico, isto é, o conjunto de regras e de princípios que o regulam (saber
consubstanciado na competência linguística) e, por outro lado, o conhecimento das
regras socioculturais (regra da cortesia e/ou delicadeza, regra da modéstia e as formas
de tratamento) que permitem a adequação do discurso às diferentes situações de
comunicação (saber integrado nas competências sociolinguísticas e socioculturais).
Sobre este assunto, ver pp. 134-135 do Manual.

10. Gumperz define “repertório verbal ou linguístico” como a totalidade dos recursos
linguísticos utilizados regularmente numa determinada comunidade linguística, numa
interacção social.
Estamos assim perante códigos sociocomunicativos que integram não só marcas o
sistema linguístico e formas de realização (obedecendo a regras e padrões sistemáticos
que determinam a competência linguística), mas também restrições socioculturais
(estatuto, grupos socioeconómicos de pertença, lugares, papéis sociais, por exemplo)
impostas pelos actores em presença, pelo contexto e pela situação de comunicação.
A importância destes filtros/restrições torna-se particularmente perceptível através do
sistema das formas de tratamento e em certos rituais discursivos, como no discurso
parlamentar ou académico (registo de língua formal), ou através das relações semânticas
que são o produto de padrões estruturais enraizados em hábitos linguísticos, em rotinas
de uso culturalmente condicionadas. Assim, a escolha das variantes linguísticas obedece
a determinados padrões que são regulados por factores sociais.
Sobre este assunto, ver pp. 40-41 e pp. 133-135 do Manual.

Votos de continuação de bom trabalho!


Carla Almeida

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