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Faculdades Santo Agostinho

RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS

TEMPERATURAS EXTREMAS
CALOR

Prof. Rogério G. Souza


O calor

 O calor é um agente presente em vários


ambientes de trabalho:
· em empresas como siderúrgicas, forjarias; e
· em atividades desenvolvidas a “céu aberto”,
como na construção civil.

 O ser humano exposto a altas temperaturas


tem seu rendimento físico e mental diminuído.
Profissionais expostos ao calor

 Ocupações expostas ao calor:


· Padeiros.
· Cozinheiros.
· Fundidores de metais.
· Fabricantes de vidros.
· Mineiros.

 Também em pessoas que realizam atividade física


em ambientes quentes e úmidos.
Exemplos: operários da construção civil, atletas,
militares.
Altas temperaturas podem provocar

 Desidratação.

 Insolação.

 Fadiga física.

 Câimbras.

 Intermação

 Problemas
cardiocirculatórios.
Efeitos à saúde

 Em ambientes aquecidos, o organismo tende a


aumentar sua temperatura.
 Para evitar hipertermia (aumento da temperatura)
ocorrem alguns mecanismos de defesa:
· Vasodilatação periférica: para permitir meios de
troca de calor entre o organismo e o ambiente.
· Ativação de glândulas sudoríparas: aumento do
suor (sudorese).
Caso a vasodilatação e sudorese não mantenham
a temperatura do corpo em torno de 37 ºC,
haverá outras consequências para o organismo

 Desidratação
· Reduz o volume de sangue,
causando exaustão do calor.
 Exaustão do calor
· Pode causar a queda de
pressão arterial.
 Cãimbras
· Com o suor há perda de
água e sais minerais; esta
redução pode causar
câimbras.
Insolação e Intermação

Insolação
 Estado patológico devido a exposição direta e
excessiva ao calor tendo como fonte a radiação
solar.

Intermação
 Estado patológico devido basicamente, a
exposição por fontes artificiais.
 A ação do calor sobre o indivíduo ocorre em
ambiente aquecido, fechado ou pouco arejado
durante um trabalho muscular intenso.
Intermação ou hipertermia

 É a ocorrência mais grave na exposição


ocupacional ao calor.
 Decorre da falha do mecanismo do organismo que
regula a temperatura interna.
 A transpiração cessa e o organismo perde a
capacidade de liberar o excesso de calor.
 A temperatura corporal aumenta para 41°C ou
mais.
Principais agentes causadores

Umidade
 Quanto maior a umidade relativa do ar, mais
difícil será a evaporação cutânea.
 Consequentemente, o corpo acumula maior
quantidade de calor.
Ventilação
 Sem circulação constante do ar, o resfriamento
torna-se difícil, provocando o aumento da
temperatura corporal.
Exemplos: fornos, fundições, caldeiras, padarias.
Principais agentes causadores

Condições físicas
 O excesso de trabalho aumenta a produção de
calor pelo organismo, enquanto a fadiga muscular
acumula substâncias tóxicas nos tecidos.
Alimentação excessiva
 Em razão do processo de digestão ocorre um
aumento da temperatura corporal.
Vestuário
 Roupas escuras e lã favorecem o acúmulo de
calor, com consequente elevação da temperatura
corporal.
Aumento da temperatura

 O homem é homeotérmico:
mantém a temperatura ao redor
de 37°C.

 Mas, com o trabalho muscular


há um aumento da temperatura
do corpo e o suor tem a função
de refrigerá-lo.
Aumento da temperatura

 Nosso corpo tem milhões de Glândulas sudoríparas:


a maior parte nas axilas, palma das mãos, planta
dos pés e fronte.
 A água, no suor evapora e ajuda a manter a
temperatura do corpo.
 Mas, quando a umidade relativa do ar está alta,
essa evaporação fica dificultada.
 Assim, casos de intermação ocorrem mais, em dias
com temperatura e umidade relativa do ar muito
altas.
Sinais e sintomas

 Cefaléia.
 Vômitos.
 Insuficiência respiratória.
 Desidratação.
 Pele quente, avermelhada, seca e/ou com cianose.
 A frequência cardíaca aumenta e rapidamente
pode chegar a 160/180 batimentos por minuto.
 Frequência normal: 60 a 100 bpm.
Sinais e sintomas

 Respiração Fraca.

 Náuseas e tontura.

 Desorientação e
confusão mental.

 Perda da consciência
ou convulsões.
Sinais e sintomas

 A temperatura corpórea (que deve ser medida no


reto), sobe rapidamente para 40°C a 41°C.
 Provocando uma sensação de „estar queimando‟.

 Temperatura de 41°C é muito grave: somente um


grau mais elevado pode ser mortal.
 A Intermação instala-se rapidamente e nem sempre
dá sinais de alerta ou os sintomas são identificados
de imediato.
Consequências

 Se a Intermação não é tratada logo, pode levar a


insuficiência renal, pulmonar, cardíaca
complicações musculares e hemorragias.
 A lesão permanente de órgãos internos pode
ocorrer rapidamente e até causar a morte.
 Os idosos, alcoólatras e pessoas com doença
debilitante tendem a apresentar um prognóstico
pior.
Cuidados para minimizar
efeitos do calor

 Em ambientes com radiação solar ou confinados


sem ventilação deve-se descansar alguns minutos
em locais mais ventilados e frescos.
 Evitar bebida alcoólica nas noites que antecedem
um trabalho em locais quentes. O álcool aumenta
a necessidade de ingestão de água.
 Ingerir pitadas de sal, sem excesso.

 Evitar alimentação excessiva: a temperatura


corporal aumenta durante a digestão.
Cuidados para minimizar
efeitos do calor

 Trabalhar com roupas limpas: roupas sujas são


menos ventiladas em função do suor e da sujeira.
 Evitar roupas escuras, que favorecem o acúmulo
de calor.
 Não ficar sem camisa sob sol intenso.
· As radiações ultravioletas provocam lesões na
pele, que podem causar câncer de pele.
 A pele deve ser refrescada com água fria.
 Não podemos confiar na nossa sensação de sede.
Portanto, é importante a ingestão de água mesmo
que não se tenha sede.
Primeiros socorros

 Levar a vítima para um local arejado e fresco.


 Deitá-la com o tronco ligeiramente elevado.
 Afrouxar as roupas.
 Aplicar compressas úmidas e frias sobre a cabeça.
 Avaliar nível de: consciência, pulso e respiração.
 Encaminhá-la ao hospital com urgência.
 Observações: após uma intermação grave, o
repouso durante alguns dias é aconselhável e
temperatura corporal pode oscilar durante
semanas.
Anexo Nº3 da NR-15

Limites de Tolerância
para exposição ao Calor
Limites de tolerância para
exposição ao calor

1. A exposição ao calor deve ser avaliada através


do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo –
IBUTG, definido pelas equações:

 Ambientes internos ou externos sem carga solar:


· IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
 Ambientes externos com carga solar:
· IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
 Definições:
· tbn = temperatura de bulbo úmido natural.
· tg = temperatura de globo.
· tbs = temperatura de bulbo seco.
Limites de tolerância para
exposição ao calor

2. Aparelhos que devem ser usados nesta


avaliação:
· Termômetro de bulbo úmido natural.
· Termômetro de globo.
· Termômetro de mercúrio comum.

3. As medições devem ser efetuadas no mesmo


local onde permanece o trabalhador, na altura
da região do corpo mais atingida.
Limites de tolerância para
exposição ao calor

Trabalho intermitente
descanso no próprio local

 Limites de tolerância para exposição ao calor em


regime de trabalho intermitente com períodos de
descanso no próprio local de prestação de serviço.

1. Em função do índice obtido, o regime de


trabalho intermitente será definido no
Quadro Nº 1.
Limites de tolerância para
exposição ao calor

Trabalho intermitente
descanso no próprio local

2. Os períodos de descanso serão considerados


tempo de serviço para todos os efeitos legais.

3. A determinação do tipo de atividade:


· Leve;
· Moderada; ou
· Pesada.
 É feita consultando-se o Quadro N.º 3.
Quadro Nº 1
Limites de tolerância
para exposição ao calor

Trabalho intermitente
descanso em outro local
 Em regime de trabalho intermitente com período
de descanso em outro local (local de descanso).
1. Para os fins deste item, considera-se como local
de descanso ambiente termicamente mais ameno,
com o trabalhador em repouso ou exercendo
atividade leve.
2. Os limites de tolerância são dados segundo o
Quadro Nº 2.
Limites de tolerância
para exposição ao calor

Trabalho intermitente
descanso em outro local

3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão


obtidas consultando-se o Quadro nº 3.

4. Os períodos de descanso serão considerados


tempo de serviço para todos os efeitos legais.
Quadro Nº 2
M é a taxa de metabolismo - média ponderada
para uma hora, determinada pela seguinte
fórmula:

Sendo:
· Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
· Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se
permanece no local de trabalho.
· Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
· Td - soma dos tempos, em minutos, em que se
permanece no local de descanso.
IBUTG é o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de
Globo - média ponderada para uma hora,
determinada pela fórmula:

 Sendo:
· IBUTGt - valor do IBUTG no local de trabalho.
· IBUTGd - valor do IBUTG no local de descanso.
· Tt e Td - como anteriormente definidos.
· Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período
mais desfavorável do ciclo de trabalho, em que:
Tt + Td = 60 minutos corridos.
Quadro Nº 3

Taxas de Metabolismo por atividade


Quadro Nº 3

Taxas de Metabolismo por atividade


Quadro Nº 3

Taxas de Metabolismo por atividade


EXERCÍCIOS
I - Trabalho e descanso no próprio local:

Um operador de forno carrega a carga em 03 minutos, a seguir aguarda


por 04 minutos o aquecimento da carga, sem sair do lugar, e gasta
outros 03 minutos para a descarga. Este ciclo de trabalho é
continuamente repetido durante a jornada de trabalho. No levantamento
ambiental, obtivemos os seguintes valores:

Tg = 35°C
Tbn = 25°C
Resposta:
I - Trabalho e descanso no próprio local:
Um operador de forno carrega a carga em 03 minutos, a seguir aguarda
por 04 minutos o aquecimento da carga, sem sair do lugar, e gasta
outros 03 minutos para a descarga. Este ciclo de trabalho é
continuamente repetido durante a jornada de trabalho. No levantamento
ambiental, obtivemos os seguintes valores:
Tg = 35°C
Tbn = 25°C

O tipo de atividade é considerado como moderado.


Resposta:
Cada ciclo de trabalho é de 10 minutos; portanto,
em uma hora teremos 06 ciclos, e o operador
trabalha 6x6 = 36 minutos e descansa 4x6 = 24
minutos.
Como o ambiente é interno, sem incidência solar, o
IBUTG será:
IBUTG = 0,7Tbn + 0,3Tg
IBUTG = 0,7 x 25 + 0,3 x 35

IBUTG = 28,0°C
IBUTG = 28,0°C
Consultando-se o quadro I da NR-15, Anexo 3, verificamos que o regime
de trabalho nesse caso deve ser de 45 minutos de trabalho e 15 minutos
de descanso a cada hora, para que não haja sobrecarga térmica. Como
o operador trabalha 36 minutos e descansa 24 minutos, a sobrecarga
térmica é considerada aceitável.

Logo, podemos concluir que a atividade exercida pelo trabalhador, do


exercício 1, é salubre.
EXERCÍCIO II

Regime de trabalho com descanso em outro local:

Um operador de forno demora 03 minutos para carregar o forno, a


seguir aguarda o aquecimento por 04 minutos, fazendo anotações em
um local distante do forno, para depois descarregá-lo durante 03
minutos.
Verificar qual o regime de trabalho/descanso.

Nesse caso, temos duas situações térmicas diferentes, uma na boca do forno e
outra na segunda tarefa. Temos, portanto, de fazer as medições nos dois lugares.

Local 1 Tg = 54°C
(Trabalho) Tbn = 22°C

Local 2 Tg = 28°C
(Descanso) Tbn = 20°C
RESPOSTA:

Local 1 Tg = 54°C
Tbn = 22°C
Calculando-se o IBUTG Local de trabalho = 0,7 x 22 + 0,3 x 54
(IBUTG)t = 31,6°C
A atividade metabólica definida por meio do Quadro 3 do Anexo 3 da NR-15
temos - Tarefa Moderada M = 300 kcal/h

Local 2 Tg = 28°C
Tbn = 20°C
Calculando-se o IBUTG de descanso = 0,7 x 20 + 0,3 x 28
(IBUTG)d = 22,4°C
A atividade metabólica definida por meio do Quadro 3 do Anexo 3 da NR-15
temos - Tarefa Leve M = 125 kcal/h
RESPOSTA:

Temos que calcular o IBUTG médio e o Metabolismo médio, que será a média
ponderada entre o local de trabalho e o de descanso. O tempo de trabalho no
ciclo é de 06 minutos e o de descanso de 04 minutos. Como os ciclos se
repetem, em uma hora teremos, portanto, 06 ciclos de 10 minutos cada um.
Teremos em uma hora 36 minutos de trabalho e 24 minutos de descanso.
O IBUTG médio será:
RESPOSTA:
_____
IBUTG = 31,6 × 36 + 24 × 24
______ 60
IBUTG = 27,9°C

__
M = 300 × 36 + 125 × 24
__ 60
M = 230 Kcal/h

Considerando o quadro do máximo IBUTG médio ponderado permissível


para o metabolismo médio de 230 kcal/h da legislação (não encontramos
esse valor, adotamos o valor de 250 kcal/h a favor da segurança), deparamos
com o valor de 28,5°C. Como o IBUTG médio calculado foi de 27,9°C,
concluímos que esse ciclo de trabalho é compatível com as condições térmicas
existentes.
RESPOSTA:

__
M = 230 Kcal/h

Considerando o quadro do máximo IBUTG médio ponderado permissível


para o metabolismo médio de 230 kcal/h da legislação (não encontramos
esse valor, adotamos o valor de 250 kcal/h a favor da segurança), deparamos
com o valor de 28,5°C. Como o IBUTG médio calculado foi de 27,9°C,
concluímos que esse ciclo de trabalho é compatível com as condições térmicas
existentes.
Resumo

Nesta aula, você aprendeu a fazer a avaliação da


exposição ao calor em duas situações distintas:

• em regime de trabalho com descanso no mesmo


local;
• em regime de trabalho com descanso em local
diferente.

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