Вы находитесь на странице: 1из 2

Conclusão dissertativa: Como encerrar o texto expositivo ou

argumentativo
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/conclusao-dissertativa-como-encerrar-o-texto-
expositivo-ou-argumentativo.htm
Sueli de Britto Salles, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação, 01/09/201016h59

Qualquer texto, para estar completo, organiza-se em três etapas básicas: introdução,
desenvolvimento e conclusão. Cumpridas as duas primeiras etapas, cabe à conclusão fechar o texto
do modo mais adequado à modalidade textual em questão. Nas dissertações, a conclusão é a parte
final que condensa os pontos centrais da discussão, inclusive o posicionamento apresentado na
tese.
A dissertação argumentativa, principal modalidade textual solicitada nas provas de redação de
concursos e vestibulares, tem, na boa conclusão, grande parte da sua eficiência. Othon Garcia, em
sua obra "Comunicação em Prosa Moderna", nos ensina que "não existe argumentação sem
conclusão, que decorre naturalmente das provas ou argumentos apresentados". Partículas como
"logo" e "portanto" são típicas no início de períodos ou parágrafos em que se nega (argumentação
por refutação) ou confirma o teor da proposição.
Há várias formas de se concluir uma dissertação argumentativa, mas alguns cuidados precisam ser
tomados. Então, apresentamos, a seguir, alguns aspectos a serem observados em diferentes tipos
de conclusão dissertativa:

Retomada da tese
É importante que, ao terminar a leitura, o leitor tenha total clareza quanto à tese ali defendida. Por
isso, o autor de uma dissertação não pode perder essa última possibilidade de reforçar seu
posicionamento no parágrafo final.
Para isso, é preciso que o conteúdo retomado na conclusão - seja apenas da tese ou de parte da
análise - esteja em total coerência com o que foi escrito nas partes anteriores da redação, pois só
assim se consegue a reafirmação de uma verdade. Mas atenção: o que deve ser retomado é apenas
a essência do que já foi mostrado, evitando-se a mera repetição de frases e vocabulário.

Perspectivas futuras
Durante a análise do tema, principalmente quando este tratar de uma situação problemática atual,
a dissertação pode se basear em dados passados e presentes, identificando causas, fazendo um
paralelo histórico, comparações. Isso feito, abre-se espaço para o olhar futuro em relação ao
problema.
É a hora de traçar perspectivas futuras, que podem envolver uma proposta de solução ou apenas
uma projeção hipotética do que deverá acontecer, considerando-se determinados contextos. Em
ambos os casos, o autor precisa basear-se nos conteúdos já analisados. Não é possível apresentar
propostas de solução para problemas que não foram discutidos ou perspectiva futura que não esteja
embasada em dados presentes.
Propostas de enfrentamento do problema
Quanto às propostas de solução, elas não devem ser "utópicas", ou seja, não dá para propor que os
países desenvolvidos simplesmente aceitem dividir suas riquezas com os países pobres para acabar
com a miséria no mundo. Também não se devem apresentar propostas genéricas demais ou típicas
do senso comum, como dizer que o governo precisa "fazer alguma coisa" ou que as pessoas
"precisam se conscientizar" de algo.
Em vez disso, pode-se propor que determinado órgão de certa área específica do governo reformule
a lei que trata do assunto em questão, ou que seja criado um órgão fiscalizador para fazer cumprir
determinado acordo. É possível também elaborar propostas mais concretas envolvendo a
sociedade, como sugerir que determinados grupos se organizem em associações para pressionar a
ação de instituições com poder de resolução do problema. Ou seja, o autor tem direito de manter
seu ponto de vista em relação ao tema, só precisa apontar sugestões específicas, sempre citando
nomes e escolhendo o vocabulário mais preciso, evitando as generalizações que não contribuem
em nada com o texto.

Genérico, específico
Outro aspecto importante da conclusão é a ligação dessa etapa com a forma como o tema foi
introduzido no início do texto, ou seja, para introdução genérica usa-se conclusão genérica; para
introdução específica, conclusão específica.
Vejamos um exemplo de início genérico: se o texto começa discutindo a falta de ética do ser humano
nas diversas relações sociais, tem-se uma introdução genérica. Evidentemente, o texto não poderá
continuar nessa abstração durante o desenvolvimento e acabará por usar uma série de exemplos
específicos, como fatos históricos dentro e fora do Brasil, para provar a tese. Na conclusão, porém,
o texto deve voltar para a tese inicial, mais genérica, mostrando que os exemplos comprovam o
comentário mais amplo feito no início do texto.
No caso de um início específico, poderíamos imaginar uma tese que criticasse a falta de ética dos
deputados federais brasileiros ao aprovarem um abusivo aumento de salário para eles mesmos. No
desenvolvimento o autor poderia mostrar exemplos históricos (e mais genéricos) para provar que
esse comportamento tem acompanhado o ser humano nas mais diferentes sociedades e épocas.
Porém, na conclusão, o autor precisaria voltar ao tema específico, mostrando que, assim como em
tantos exemplos históricos de corrupção, os deputados federais em questão agiram mal.
Por último, vale lembrar: nunca inicie uma discussão nova na conclusão, pois não haverá tempo
para desenvolvê-la. Também não termine com perguntas abertas sobre questões que, ao invés de
serem encaminhadas ao leitor, deveriam ter sido respondidas durante o texto, afinal, a dissertação
(principalmente a argumentativa) expõe objetivamente um raciocínio e tem por função conduzir o
leitor à aceitação dessa verdade.
Sueli de Britto Salles, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é mestra em língua
portuguesa, leciona em cursos universitários e participa de bancas corretoras de redações em
vestibulares.

Вам также может понравиться