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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7

07/06/2016 PRIMEIRA TURMA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 929.925 RIO


GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


EMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S) : LYNSEY BIAZZETTO DE ASSIS
ADV.(A/S) : LYNSEY BIAZZETTO DE ASSIS

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO


REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO. AÇÃO COLETIVA. EXECUÇÃO
PROPORCIONAL DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS
ORIUNDOS DE SENTENÇA PROFERIDA EM PROCESSO
COLETIVO. POSSIBILIDADE. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. INEXISTÊNCIA. ERRO MATERIAL.
INOCORRÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DE NOVA SUCUMBÊNCIA.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESPROVIDOS.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da


Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Luís Roberto Barroso, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar
provimento aos embargos de declaração e, por maioria de votos, em
condenar a parte sucumbente ao pagamento de honorários advocatícios,
nos termos do voto do Relator, vencido, nesse ponto, o Senhor Ministro
Marco Aurélio.
Brasília, 07 de junho de 2016.
LUIZ FUX – RELATOR
Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório

Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7

07/06/2016 PRIMEIRA TURMA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 929.925 RIO


GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


EMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S) : LYNSEY BIAZZETTO DE ASSIS
ADV.(A/S) : LYNSEY BIAZZETTO DE ASSIS

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de


declaração opostos pelo ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL contra
acórdão que restou assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.
LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO. EXECUÇÃO
PROPORCIONAL DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS
ORIUNDOS DE SENTENÇA PROFERIDA NA FASE DE
CONHECIMENTO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.”

Inconformado com a decisão supra, o embargante interpõe o


presente recurso, alegando, em síntese:

"Contudo, a decisão ora embargada apresenta-se omissa, pois


desconsiderou que não há jurisprudência consolidada sobre a matéria
de fundo." (fl. 165).

É o relatório.

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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07/06/2016 PRIMEIRA TURMA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 929.925 RIO


GRANDE DO SUL

VOTO

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não merecem acolhida


as pretensões do embargante.

O acórdão hostilizado, ao contrário do alegado pelo embargante,


enfrentou os argumentos trazidos nas razões do agravo regimental, ao
demonstrar que o entendimento firmado pelo Plenário desta Corte no
julgamento do ARE 925.754, Rel. Min. Teori Zavascki, sob a sistemática da
repercussão geral, aplica-se, de igual modo, à possibilidade de
individualização dos honorários advocatícios, proporcionalmente à
fração de cada uma das partes substituídas no processo de conhecimento,
sob pena de se desestimular a concentração das demandas por meio das
ações coletivas.

Ressalto que os embargos de declaração somente são cabíveis


quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade, contradição ou
omissão e para corrigir erro material, consoante dispõe o artigo 1.022 do
NCPC. No caso concreto, não se constata nenhuma das hipóteses
ensejadoras dos embargos de declaração, eis que a decisão embargada
apreciou as questões suscitadas no recurso extraordinário, em perfeita
consonância com jurisprudência pertinente, por isso não há se cogitar do
cabimento da oposição destes embargos declaratórios.

Assevere-se, que os restritos limites dos embargos de declaração não


permitem rejulgamento da causa. Ademais, o efeito modificativo
pretendido somente é possível em casos excepcionais e uma vez
comprovada a obscuridade, contradição ou omissão do julgado, o que
não se aplica ao caso sub examine pelas razões acima delineadas.

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Voto - MIN. LUIZ FUX

Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7

RE 929925 AGR-ED / RS

Nesse sentido, confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes


julgados da Suprema Corte, verbis:

“EMBARGOS DECLARATÓRIOS INEXISTÊNCIA DE


VÍCIO DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos
declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria e inexistente
no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam - omissão,
contradição e obscuridade -, impõe-se o desprovimento.” (AI 799.509-
AgR-ED, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de
8/9/2011).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE


CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO -
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
- Os embargos de declaração destinam-se, precipuamente, a
desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões
que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal. A
inocorrência dos pressupostos de embargabilidade, a que se refere o
art. 535 do CPC, autoriza a rejeição dos embargos de declaração, por
incabíveis.” (RE 591.260-AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello,
Segunda Turma, DJe de 9/9/2011).

Por fim, observo que o recurso foi interposto sob a égide da nova lei
processual, o que impõe a aplicação de nova sucumbência.

Ex positis, DESPROVEJO os embargos de declaração e CONDENO


a parte sucumbente nesta instância recursal ao pagamento de honorários
advocatícios majorados ao máximo legal, obedecidos os limites do artigo
85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC/2015.

É como voto.

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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO

Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7

07/06/2016 PRIMEIRA TURMA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 929.925 RIO


GRANDE DO SUL

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, sempre


que posso, enalteço o grande mestre José Carlos Barbosa Moreira. O que
nos diz José Carlos Barbosa Moreira quanto ao recurso, para o mesmo
órgão, denominado embargos declaratórios? Visa-se, em continuidade ao
exame anterior, o esclarecimento do decidido, ou a integração, em caso de
omissão, em caso de suprir-se lacuna na apreciação do recurso anterior.
Indaga-se: se é assim, se o recurso anterior, que motiva os embargos
declaratórios, foi formalizado sob a regência do Código pretérito e
continuamos, portanto, ante uma ficção jurídica, a julgá-lo, é possível
impor honorários advocatícios ao embargante? A resposta, para mim,
revela-se negativa, como não poderia interpor se tivesse enfrentado as
matérias versadas nos declaratórios, por ocasião do crivo anterior,
relativo – vamos repetir – ao recurso protocolado quando ainda não vigia
o Código de 2015.
Por isso, excluo os honorários advocatícios recursais.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Esses embargos


foram interpostos já na vigência do novo Código.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim, sim. Mas o


recurso a que os embargos dizem respeito foi protocolado anteriormente.
E, por uma ficção jurídica, tem-se a continuidade daquele julgamento,
presente a premissa dos declaratórios: esclarecer ou integrar, segundo
Barbosa Moreira.

O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO


(PRESIDENTE) - Se os embargos tiverem sido interpostos anteriormente
ao novo Código, estou de acordo com Ministro Marco Aurélio. Mas não é
o caso.

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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO

Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7

RE 929925 AGR-ED / RS

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É claro e eu


também estaria de acordo, só que não é isso.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas não haveria


qualquer dúvida, eu não estaria gastando o meu latim.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - De qualquer


forma, aqui, por exemplo, embargos de declaração no agravo regimental
no recurso extraordinário com agravo, então a parte, depois de todos
esses recursos, oferece embargos de declaração com a finalidade de
infringente. A razão de ser da sucumbência recursal é dissuadi essas
manobras protelatórias.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vamos impor uma


multa, se forem protelatórios. Agora, ter como possível os honorários
recursais – eu os denomino assim – em situação concreta na qual, por
ficção legal, continuamos no julgamento do recurso pretérito, embora
com a roupagem de embargos declaratórios, é um passo que não dou.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É uma


construção interessante. Estou rejeitando todos.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Quanto a isso,


acompanho Sua Excelência. Apenas estou a divergir relativamente aos
declaratórios.

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Extrato de Ata - 07/06/2016

Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7

PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 929.925


PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S) : LYNSEY BIAZZETTO DE ASSIS
ADV.(A/S) : LYNSEY BIAZZETTO DE ASSIS (044570/RS)

Decisão: Por unanimidade, a Turma negou provimento aos


embargos de declaração e, por maioria de votos, condenou a parte
sucumbente ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do
voto do Relator, vencido, nesse ponto, o Senhor Ministro Marco
Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª
Turma, 7.6.2016.

Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. Presentes


à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber
e Edson Fachin.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo Gustavo Gonet


Branco.

Carmen Lilian Oliveira de Souza


Secretária da Primeira Turma

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