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Questão

01 - (UNICAMP SP/2019)

Os viajantes, missionários, administradores coloniais e etnógrafos europeus, no passado,


tenderam a fundir múltiplas identidades em um único conceito de tribo. O uso da palavra
tribo para descrever as sociedades africanas surgiu de um desejo de enaltecer o Estado-
nação, ao mesmo tempo em que sugeria a inferioridade inerente de outros. Em resumo,
conotava políticas primitivas que eram menos desenvolvidas do que as políticas dos
Estados-nação.

(Adaptado de John Parker e


Richard Rathbone, “A ideia
de África”, em História da
África. Lisboa: Quimera,
2016, p. 56-58.)

Baseado no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.

a) A formação e a difusão do conceito de tribo no pensamento europeu acompanharam


os avanços do colonialismo na África no século XIX, legitimando o domínio de seus
povos por agentes oriundos de nações que se consideravam civilizadas e superiores.

b) O conceito de tribo ganhou força no pensamento ocidental, porque na África não


havia formações políticas que cobriam grandes extensões territoriais como na
Europa. Ou seja, os europeus não encontraram estruturas políticas acima das
unidades tribais.

c) As sociedades africanas eram organizadas a partir de pequenas tribos lideradas por


chefes guerreiros, o que gerava fragmentação política e guerras, inviabilizando nesse
continente a formação de unidades políticas complexas nos moldes europeus.

d) Em razão das tradições milenares e do respeito aos ancestrais, as tribos eram


unidades sociais e políticas estáticas assentadas em uma identidade homogênea. Os
europeus comumente desrespeitavam todas essas características na colonização.

Questão 02 - (UERJ/2019)

MAPA 1 − ORIENTE MÉDIO DAS MINORIAS

MAPA 2 − ORIENTE MÉDIO ATUAL

Adaptado de libertesinternets.wordpress.com.

O primeiro mapa apresenta o Oriente Médio em um cenário hipotético no qual as


reivindicações de autodeterminação das principais minorias fossem atendidas; já o
segundo mostra a divisão política atual do mesmo recorte espacial.

A principal explicação para as diferenças entre os dois mapas, no que se refere à


configuração territorial, está indicada em:

a) predomínio numérico da etnia árabe

b) ação intervencionista do governo estadunidense

c) interferência histórica do imperialismo europeu


d) homogeneidade religiosa da população regional

Questão 03 - (UFSC/2019)

Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?

Compositores: Claudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal – G.R.E.S. Paraiso
do Tuiuti (2018)

Irmão de olho claro ou da Guiné

Qual será o seu valor? Pobre artigo de mercado

Senhor, eu não tenho a sua fé, e nem tenho a sua cor

Tenho sangue avermelhado

O mesmo que escorre da ferida

Mostra que a vida se lamenta por nós dois

Mas falta em seu peito um coração

Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz

Eu fui mandinga, cambinda, haussá

Fui um Rei Egbá preso na corrente

Sofri nos braços de um capataz

Morri nos canaviais onde se plantava gente

Ê, Calunga, ê! Ê, Calunga!

Preto Velho me contou, Preto Velho me contou

Onde mora a Senhora Liberdade

Não tem ferro nem feitor

Amparo do Rosário ao negro Benedito

Um grito feito pele do tambor


Deu no noticiário, com lágrimas escrito

Um rito, uma luta, um homem de cor

E assim, quando a lei foi assinada

Uma lua atordoada assistiu fogos no céu

Áurea feito o ouro da bandeira

Fui rezar na cachoeira contra a bondade cruel

Meu Deus! Meu Deus!

Se eu chorar, não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu Paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti, o quilombo da favela

É sentinela na libertação

Sobre o processo do fim da escravidão e o período pós-abolição no Brasil, é correto


afirmar que:

01. no começo do século XX, depois da abolição, as elites e os poderes públicos passaram
a combater hábitos e costumes da população afrodescendente brasileira,
transformando, por exemplo, a capoeira e as práticas religiosas africanas em ações
criminosas.

02. o movimento abolicionista tomou definitivo impulso nos centros urbanos e a


agitação política dos clubes abolicionistas se articularia com o aumento das fugas já
entre o fim da década de 1870 e o início da de 1880.

04. o governo imperial, em processo de abolição gradual com a aprovação de leis como a
do Ventre Livre (1871) e a dos Sexagenários (1885), já havia conseguido que 95% dos
cativos gozassem de liberdade quando foi assinada a Lei Áurea (1888).
08. tomados por ideias eugenistas, jornais de grande circulação, já no período
republicano, costumavam representar a população negra brasileira negativamente,
repleta de estereótipos, o que dificultou sobremaneira a construção de uma imagem
positiva do negro na sociedade brasileira.

16. apesar de ter sua história marcada por séculos de escravidão, o Brasil é reconhecido
internacionalmente como um país de “democracia racial”, fruto de um longo
processo de investimento em políticas etnicorraciais de combate ao racismo.

32. a partir da Lei Eusébio de Queirós (1850) e com o incentivo governamental à


imigração europeia, o preço médio de um cativo despencou pela falta de interesse
por esse tipo de mão de obra.

64. a igualdade política garantida pela Constituição de 1891 fez com que muitos negros
ascendessem a cargos eletivos, ajudando na construção de políticas de inclusão social
como a de distribuição de terras e a de expansão da escolarização aos ex-
escravizados.

Questão 04 - (FUVEST SP/2018)

Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito José da Costa,


residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas então enfrentados
pelo Império português na América:

A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter mais ou
menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei ali se acha das
intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas ocorrências, segundo melhor
convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes daquela crise se decidir, não poderá
tomar parte nos arranjamentos que a nova ordem de coisas deve ocasionar na América.

Nesse excerto, o autor referia-se

a) aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara o


domínio português sobre o centro-sul do Brasil.

b) às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata do


monarca a Portugal.

c) à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa Aliança


para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
d) às implicações que os movimentos de independência na América espanhola traziam
para a dominação portuguesa no Brasil.

e) ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do Brasil
independente.

Questão 05 - (PUC SP/2019)

A história do subdesenvolvimento da América Latina integra, como já se disse, a história


do desenvolvimento do capitalismo mundial. Nossa derrota esteve sempre implícita na
vitória alheia, nossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a
prosperidade dos outros: os impérios e seus agentes nativos. Na alquimia colonial e
neocolonial, o ouro se transforma em sucata e os alimentos se convertem em veneno.

Galeano, E. As Veias Abertas da


América Latina; 8ª ed, Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1979 - p.14

Eduardo Galeano, importante jornalista e intelectual uruguaio, se alinhava ao grupo dos


pensadores de esquerda da América Latina. Percebem-se sinais desses elementos no
fragmento acima. Esses sinais representam uma visão comum da historiografia latino-
americana. Assinale a alternativa que melhor represente essa visão.

a) A América Latina foi explorada pelos europeus desde o século XVI, para atender a
uma demanda por mercados consumidores e matérias primas, com forte predomínio
do trabalho assalariado.

b) A visão que os europeus tinham da América condizia com a visão que tinham de si
mesmos, prezando pelo respeito e alteridade, num claro movimento de equilíbrio
comercial.

c) A América “surgiu” no radar europeu para atender a uma lógica mercantilista,


movida por lucros exorbitantes da Metrópole, a partir da exploração de suas
Colônias.

d) A América Latina foi ocupada, desde sempre, por elites estrangeiras que tinham o
intuito de organizar suas atividades e administração coloniais no sentido estrito do
livre comércio.

Questão 06 - (UNIPÊ PB/2018)


Dentre os principais antecedentes dos conflitos, na atualidade, destacam-se disputas por
território, soberania do Estado nacional, rivalidades étnicas e religiosas, além de questões
de fronteiras e de propriedade de recursos minerais.

Tendo-se por base os conhecimentos sobre conflitos da atualidade, é incorreto afirmar:

01. Após o término do período de bipolaridade da Guerra Fria, os conflitos armados


aumentaram, na África, devido à retomada de antigas diferenças étnicas e religiosas
entre os vários povos.

02. A Iugoslávia, após a extinção da URSS, tornou-se a região politicamente mais instável
do leste europeu, em razão das disputas pelo controle dos arsenais nucleares do país.

03. A Libéria e a Etiópia, apesar de não terem sido vítimas de neocolonialismo, não
escaparam de fazer parte das estatísticas dos conflitos no continente africano.

04. A Caxemira se constituiu o epicentro do conflito entre a Índia, o Paquistão e a China,


envolvendo diferenças étnicas e disputas pela divisão de fronteiras nacionais.

05. A ocupação, por Israel, do território da Cisjordânia, onde se localizam as reservas


aquíferas da região, é mais um dos motivos dos conflitos entre israelenses e
palestinos.

TEXTO: 1 - Comum à questão: 7

Um ataque suicida [...] deixou 50 mortos em uma mesquita na cidade de Mubi, no


nordeste da Nigéria, segundo autoridades locais. [...]

“No momento, temos, pelo menos, 50 mortos e vários feridos após um ataque suicida na
terça-feira contra uma mesquita de Mubi, durante a oração matutina”, declarou à AFP o
porta-voz da polícia do estado de Adamawa, Othman Abubakar.

Abukabar acrescentou que o autor do ataque tinha cerca de 17 anos, segundo a CNN.

Presença terrorista - O estado de Adamawa, onde se localiza Mubi, teve parte de seu
território tomado pela milícia radical Boko Haram, em 2014. Apesar de terem sido
expulsos por tropas do governo no ano seguinte, os insurgentes têm realizado ataques
terroristas frequentes na região.

O atentado guarda semelhanças com diversas ações do Boko Haram, que costuma agir
com homens-bomba em locais públicos de grande movimentação, como mesquitas e
mercados.

O grupo terrorista promove uma insurgência no nordeste da Nigéria, bem como em


regiões próximas de outros países, desde 2009, como forma de estabelecer um estado
islâmico fundamentalista na região. Desde então, as ações do Boko Haram mataram mais
de 20 mil pessoas e forçaram mais de 2 milhões a deixarem suas casas.

ATAQUE SUICIDA deixa 50 mortos


na Nigéria, diz polícia. Disponível em:
<https://g1.globo.com/mundo/noticia/
ataque-suicida-deixa-mortosna- nige-
ria.ghtml>. Acesso em: 22 nov. 2017.

Questão 07 - (UNEB BA/2018)

As relações entre a África e o Ocidente, ao longo da história, alteraram profundamente as


características socioeconômicas e políticas das sociedades africanas.

Nesse contexto, pode-se inferir que a

01. ausência de um Estado centralizado e de sociedades estratificadas socialmente na


África foi fundamental para o estabelecimento do processo de escravização dos
negros africanos pelos europeus.

02. criação de fronteiras artificiais, durante a ação neocolonialista, contribuiu para o


surgimento de conflitos étnicos nacionalistas nas sociedades africanas, durante o
processo de descolonização.

03. necessidade do controle sobre as áreas fornecedoras de escravos e a divisão


equitativa, entre as potências imperialistas, das rotas de tráfico, provocaram a
convocação da Conferência de Berlim.

04. islamização do norte da África, após a expulsão dos colonizadores europeus, fez
retroceder a exploração de sal e de ouro, provocando uma retração das atividades
econômicas e o retorno à economia de subsistência na região.

05. aproximação das ex-colônias africanas com os Estados Unidos e a União Soviética, no
contexto da Guerra Fria, contribuiu para a superação dos conflitos religiosos e e de
caráter étnico-nacionalista.

Questão 08 - (ESPM SP/2017)

Na Argélia, por mais incoerente que fosse a política dos governadores franceses, desde
1830, continuou o processo inexorável de afrancesá-la. Primeiro as terras foram tomadas
aos nativos e seus edifícios ocupados; a seguir os franceses tomaram conta das matas de
sobreiros e jazidas minerais. Depois os franceses removeram os argelinos e povoaram
regiões com europeus. Durante várias décadas a economia foi movida por pilhagem,
houve um decréscimo da população nativa e aumentou a população de franceses. A
economia europeia tornou-se uma economia capitalista empresarial, enquanto a
economia argelina poderia ser comparada a uma economia pré-capitalista de bazares.

(Edward Said. Cultura e Imperialismo)

O texto deve ser relacionado diretamente:

a) ao colonialismo mercantilista praticado pelos europeus na história moderna;

b) ao antigo sistema colonial em sua versão de colonização de povoamento;

c) ao neocolonialismo do século XIX;

d) com a descolonização e o não alinhamento;

e) com conquistas efetuadas por Napoleão Bonaparte antes do Congresso de Viena.

Questão 09 - (UFSC/2017)

As raças superiores têm um direito perante as raças inferiores. Há para elas um direito
porque há um dever para elas. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores
[...]. Vós podeis negar; qualquer um pode negar que há mais justiça, mais ordem material
e moral, mais equidade, mais virtudes sociais na África do Norte desde que a França a
conquistou?

FERRY, J. Discurso ao parlamento francês em 28 de julho de 1885. In: MESGRAVIS. L. A


colonização da África e da Ásia. São Paulo: Atual, 1994, p. 14.

Sobre o Imperialismo e o Neocolonialismo no continente africano no século XIX, é correto


afirmar que:

01. os países europeus procuraram justificar a dominação de outros povos com base em
uma interpretação equivocada das teorias de Charles Darwin, adotando o que se
chamou de darwinismo social.

02. Leopoldo II, rei belga, constituiu uma sociedade privada comandada por ele para
ocupar e administrar seus territórios na África. Isso se deu depois que o Parlamento
da Bélgica não apoiou o desejo do rei de estabelecer um império colonial.
04. os europeus, por conhecerem pouco os recursos naturais e a geografia africana,
sucumbiram muitas vezes na tentativa de ocupar o continente, o que explica terem
levado quase todo o século XIX para consolidar seu projeto neocolonial.

08. estudos recentes têm levado em consideração o fato de que a resistência africana à
invasão europeia no continente contribuiu para acelerar o processo de dominação
através de intensas ações militares.

16. a Conferência de Berlim foi realizada na Alemanha, entre 1884 e 1885, com a
presença de algumas lideranças de diferentes etnias africanas que concordavam com
as ações das nações europeias.

32. muitas fronteiras foram criadas por meio de acordos diplomáticos entre os países
europeus levando em consideração as divisões étnicas e culturais dos povos que ali
viviam como estratégia para evitar possíveis conflitos entre os povos originários do
continente.

Questão 10 - (UCB DF/2017)

A partir de 1870, as potências europeias intensificaram a busca por mercados


consumidores para as suas manufaturas e áreas produtoras de matérias-primas (cobre,
borracha, ferro etc.) para suas indústrias. Além disso, buscavam também oportunidades
de investimentos para seus capitais e suas colônias para acomodar o excedente
populacional. Por isso, lançaram-se em uma disputa acirrada pela Ásia, África e Oceania.
Essa corrida por colônias, no século 19, é chamada de imperialismo ou neocolonialismo.

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania: 3º ano.


1ª. ed. São Paulo: FTD, 2013, com adaptações.

Acerca da política de dominação imperialista europeia, em diversas regiões do mundo,


nos séculos 19 e 20, assinale a alternativa correta.

a) Um dos efeitos do imperialismo em sua versão neocolonialista, na Ásia, foi a


ocupação e a exploração do Japão nas últimas décadas do século 19.

b) O imperialismo apoiava-se em uma pseudociência, segundo a qual a raça branca


(europeia) era superior às demais, o que justificava a dominação de outros povos na
África, na Ásia, na América e na Oceania.

c) O processo neocolonialista na África não ultrapassou estreita faixa litorânea. As


regiões interiores do continente não foram alcançadas pelas políticas de dominação
europeia.
d) O processo neocolonialista não poupou vários países da América do Sul, que
permaneceram subordinados à Espanha e a Portugal até meados do século 20.

e) Em algumas regiões da Ásia, como a Índia e a China, os efeitos do imperialismo


traduziram-se em profundas alterações culturais, sobretudo linguística, quando as
áreas coloniais adotaram oficialmente o idioma das metrópoles europeias.

TEXTO: 2 - Comum à questão: 11

Engana-se quem acredita que as teorias da Evolução e da Seleção Natural limitaram-se


à área da Biologia. Alguns pensadores do século XIX, como o inglês Herbert Spencer,
recorreram às ideias de Darwin para elaborar esquemas filosóficos que acabaram sendo
utilizados para classificar as sociedades humanas em atrasadas e avançadas; primitivas e
modernas; bárbaras e civilizadas. Eles defendiam a tese de que existiam raças superiores e
inferiores, a qual foi amplamente utilizada por alguns governos europeus para justificar
seus domínios na Ásia e na África no período do Imperialismo, contribuindo para o
aumento do preconceito contra os povos desses continentes. Mas é necessário destacar
que essas concepções jamais foram criadas ou aceitas por Darwin, que, aliás, era um
antiescravocrata declarado.

Disponível em: <http://www.educacional.com.br/reportagens/


Darwin>. Acesso em: 20 ago. 16. (Adaptado.)

Questão 11 - (UCS RS/2017)

O Imperialismo Europeu (Neocolonialismo) exercido sobre os continentes Africano e


Asiático estava relacionado à ideia

a) da “missão civilizadora” europeia e das ideologias de progresso e superioridade racial


branca.

b) da busca de “áreas novas” para a emigração, uma vez que a pressão demográfica na
Europa exigia uma solução para o problema.

c) da promoção do desenvolvimento das Colônias através da aplicação de capitais


excedentes nas metrópoles europeias.

d) do favorecimento da atuação dos missionários católicos junto aos pagãos,


assegurando a livre concorrência comercial.

e) da necessidade de interação de novas culturas, da compensação da pobreza e da


cooperação com os nativos.


Questão 12 - (FAMEMA SP/2016)

O aumento acelerado da produção, impulsionado pelos avanços técnicos, gerou uma


grande depressão, que se estendeu de 1873 a 1896.

Uma das medidas adotadas pelas empresas para combater os efeitos da crise
econômica foi criar mecanismos de associação com outras empresas do mesmo ramo. Os
governos de alguns países recorreram a medidas protecionistas. Outra medida adotada
pelos países industrializados foi sair em busca de novos mercados.

O aumento da população europeia também exigiu novas terras que pudessem


absorver a mão de obra excedente. Nos campos, as dificuldades da crise econômica e a
crescente mecanização geraram tensões sociais. No meio urbano, as pressões exercidas
por uma classe operária cada dia mais numerosa e organizada levaram os governos
europeus a buscarem uma saída para afastar a ameaça de uma revolução social.

(Alexandre Alves e Letícia Fagundes de Oliveira.


Conexões com a História, 2010. Adaptado.)

Esse contexto está relacionado

a) ao neocolonialismo na África e na Ásia e aos processos migratórios intercontinentais.

b) à expansão napoleônica na Europa e ao controle italiano do comércio oriental.

c) à fundação de feitorias na África e ao apogeu dos Impérios Português e Espanhol.

d) aos movimentos de independência na América e ao auge da escravidão negra.

e) ao monopólio mercantilista na Ásia e ao pioneirismo inglês na Revolução Industrial.

Questão 13 - (UCB DF/2016)

A condição de subdesenvolvimento de muitos países do mundo tem origens históricas


que remontam aos séculos 15 e 16, ligada ao colonialismo, que marcou a expansão do
capitalismo em sua fase mercantil, e se seguiu com o imperialismo no momento em que o
capitalismo entrou em sua fase industrial, já no século 19 e início do século 20.

MARTINEZ, Rogério; VIDAL, Wanessa Pirees Garcia. Novo olhar:


geografia. Vol. 3. São Paulo: FTD, 2013, com adaptações.

No que se refere às políticas de dominação capitalista e ao subdesenvolvimento na


América, na África e na Ásia, assinale a alternativa correta.

a) Na América, os europeus adotaram políticas de dominação imperialista, sem a posse


do território e sem dominação política.

b) O Brasil, após ser subjugado pelo colonialismo português, teve um grande


desenvolvimento socioeconômico e, atualmente, é um dos países mais desenvolvidos
do mundo.

c) A Divisão Internacional do Trabalho permitiu uma maior integração econômica entre


países desenvolvidos e subdesenvolvidos, diminuindo a distância econômica entre
eles.

d) A relação desigual das trocas comerciais entre as metrópoles europeias e as


respectivas colônias criou as condições para o subdesenvolvimento nas áreas
exploradas.

e) Durante a Guerra Fria (1945-1991), intimidados pelo poderio soviético e norte-


americano, os países africanos e asiáticos não lutavam pelo fim do neocolonialismo.
O receio de invasão por parte de uma das superpotências globais paralisou os
movimentos de independência nos dois continentes.

Questão 14 - (FUVEST SP/2019)

A história do século XIX foi marcada pela tensão entre tradições políticas e intelectuais
que apelava, ora para a força do nacionalismo, ora para o vigor das ideias
internacionalistas. Indique a alternativa que traduz uma destas tradições.

a) A formulação de alianças militares, a união de forças monárquicas e abolição das


fronteiras políticas contribuíram para minar o poder dos Estados-Nacionais.

b) O 1º de Maio e os rituais trabalhistas manifestavam a ascensão de partidos e de


movimentos de massa, expressão do nacionalismo da classe trabalhadora.

c) As guerras de caráter religioso que eclodiram na Europa demonstram um


enfraquecimento do poder universal da Igreja Católica e a ascensão de tradições
religiosas nacionais.

d) O apelo ao direito de autodeterminação dos povos questionou o poder das casas


dinásticas e contribuiu para a posterior fragmentação dos grandes impérios
europeus.

e) O culto do progresso e da liberdade despertou os ideais republicanos e democráticos


que contribuíram para o estabelecimento de federações supranacionais.


Questão 15 - (UERJ/2017)

adorocinema.com

O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa, publicado postumamente e popularizado pelo


cineasta italiano Luchino Visconti, narra a decadência da nobreza e a ascensão de uma
nova classe na Itália do final do século XIX, endinheirada, destituída de sangue azul, mas
ávida para comprá-lo. A astúcia do aristocrata Tancredi o levou a perceber a necessidade
de sobrevivência numa nova realidade. Em uma de suas falas, ele diz: “Se nós não
estivermos presentes [na unificação], eles aprontam a República. Se queremos que tudo
continue como está, é preciso que tudo mude. Fui claro?”

Adaptado de revistabula.com.

A frase do personagem Tancredi no filme O Leopardo sintetiza a postura da nobreza


italiana em meio ao processo de unificação nacional na década de 1860.

Apresente uma característica da unificação italiana que justifique a frase do personagem.


Aponte, ainda, um efeito socioeconômico dessa unificação para o continente americano.


Questão 16 - (UEFS BA/2017)

Célebre desde o fim do século XIV, o personagem de Robin começa a despertar a


curiosidade dos historiadores britânicos. Por volta de 1420, o cronista Andrew Wyntoun
cita um certo Robin Hood e seu companheiro João Pequeno, bandidos “dignos de
elogios”, que teriam atuado nas florestas de Inglewood e de Barnsdale durante a década
de 1280. Outro cronista, Walter Bower, situa a ação do herói no fim da década de 1260.
Em sua História da Grã-Bretanha, de 1521, John Mair apresenta uma nova versão da
trajetória do personagem, afirmando que ele teria vivido na década de 1190, durante o
reinado de Ricardo Coração de Leão. (A VERDADEIRA... 2016).

O contexto histórico onde nasceu a lenda de Hobin Hood registra

01. as bases da construção das monarquias nacionais, tendo a Inglaterra estabelecido o


acordo de poder entre o monarca e os barões representantes da nobreza.

02. os conflitos internos vividos pela Igreja Católica na Europa, dos quais logo resultaram
os movimentos da Reforma protestante e da Contrareforma católica.

03. as lutas comerciais entre as cidades italianas e o reino de Portugal, pela posse e pelo
controle das rotas marítimas do comércio das especiarias do século XVI.

04. o confronto militar entre a Inglaterra e a Alemanha, por ocasião do processo de


unificação alemã, que recebia a oposição dos ingleses.

05. o estabelecimento da colonização inglesa na Índia, quando a Guerra do Ópio selou a


dependência dos indianos em relação aos traficantes ingleses.

Questão 17 - (UEM PR/2019)

A Revolta da Vacina ocorrida em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, é considerada a


principal revolta popular urbana da Primeira República. Sobre os motivos que
desencadearam esse movimento, assinale o que for correto.

01. Na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, o intenso crescimento


populacional favoreceu a ocupação de áreas insalubres, com os denominados
“cortiços”, entre outras formas de ocupação.

02. A reforma urbana demoliu os velhos casarões ocupados pela população mais pobre
da cidade, para alargar ruas e avenidas, tendo cidades europeias como modelo.
04. A reforma sanitária foi instituída devido aos altos índices de mortalidade causados
por doenças epidêmicas, como a varíola.

08. A vacinação obrigatória foi estabelecida na Presidência de Rodrigues Alves, o qual


regulamentou, por decreto, lei aprovada pelo parlamento.

16. A Revolta da Vacina teve início na Marinha brasileira, que aplicava castigos físicos
contra a maioria dos marinheiros, recrutados entre os mais pobres.

Questão 18 - (UECE/2018)

Atente ao seguinte enunciado: “Há 120 anos, em 5 de outubro de 1897, a quarta


expedição militar enviada por órgãos do Estado conseguiu, enfim, destruir a comunidade.
Ao final de tudo, apenas quatro pessoas a defendiam. Quando foi incendiada pelo
exército, este registrou que a comunidade contava com 5.200 casebres. Aqueles que,
depois da morte de seu líder, dias antes, haviam se rendido após receber promessas de
garantia de vida foram também degolados pelas tropas, inclusive mulheres e crianças”.

O enunciado acima diz respeito ao evento denominado

a) Guerra do Contestado, ocorrida numa região fronteiriça do Paraná com Santa


Catarina, e que teve líderes religiosos que se antepuseram à dominação da região por
empresas madeireiras estrangeiras que receberam aquelas terras do governo
brasileiro.

b) Massacre do Caldeirão, evento transcorrido no município do Crato, Ceará, e que teve


como líder José Lourenço Gomes da Silva, o Beato José Lourenço, que conduziu os
desvalidos enviados por Pe. Cícero durante vários anos em uma próspera
comunidade.

c) Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, quando agentes públicos invadiam à


força as comunidades pobres da cidade para impor a vacinação obrigatória contra a
febre amarela e a varíola a todos os moradores.

d) Guerra de Canudos, ocorrida no sertão da Bahia e que teve no cearense Antônio


Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, o principal líder daquela comunidade
rural, formada por sertanejos miseráveis que fugiam da fome e buscavam a salvação
eterna.

Questão 19 - (UNITAU SP/2018)

Observe a charge.

Fonte: Charge de Leônidas Freitas, publicada em


O Malho, 1904. Biblioteca da Casa
Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro.

A charge faz referência ao período chamado de Primeira República, mais especificamente,

a) à remodelação urbana das ruas estreitas do centro do Rio de Janeiro, liderada pelo
prefeito da então Capital Federal, o engenheiro Francisco Pereira Passos, e apoiada
por Rodrigues Alves e Oswaldo Cruz.

b) à abolição dos escravos, à migração para os grandes centros urbanos e ao


crescimento das “favelas” nos morros, como locais de habitação precária para essa
população empobrecida.

c) à Revolta da Vacina, em que a população se rebelou contra a obrigatoriedade da


vacinação contra a varíola, a peste bubônica e a febre amarela.

d) à Revolta das Mulheres, que considerava imorais as medidas sanitárias da Capital


Federal, já que tinham que expor partes do corpo, como o braço, para que fossem
aplicadas as vacinas.

e) à Revolta popular contra o alto índice de desemprego, a pobreza e a falta de


saneamento na cidade. Os protestos chegaram às ruas e foram reprimidos, com
prisão e morte de manifestantes.

Questão 20 - (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016)

“A revolta não visava o poder, não pretendia vencer, não podia ganhar nada. Era somente
um grito, uma convulsão de dor, uma vertigem de horror e indignação. Até que ponto um
homem suporta ser espezinhado, desprezado e assustado? Quanto sofrimento é preciso
para que um homem se atreva a encarar a morte sem medo? E quando a ousadia chega
nesse ponto, ele é capaz de pressentir a presença do poder que o aflige nos seus menores
sinais: na luz elétrica, nos jardins elegantes, nas estátuas, nas vitrines de cristal, nos
bancos decorados dos parques, nos relógios públicos, nos bondes, nos carros, nas
fachadas de mármore, nas delegacias, agências de correio e postos de vacinação, nos
uniformes, nos ministérios e nas placas de sinalização.”

Nicolau Sevcenko. A revolta da vacina. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 68.

O texto trata da Revolta da Vacina, ocorrida em 1904, e associa a reação popular contra a
vacinação obrigatória

a) à irracionalidade da população do Rio de Janeiro e aos benefícios que a vacina traria


para a saúde pública.

b) ao programa higienizador empreendido pelo prefeito do Rio de Janeiro e ao amplo


esclarecimento da opinião pública quanto aos benefícios da vacina.

c) à participação de funcionários de todos os setores do governo federal na campanha


de erradicação dos focos epidêmicos.

d) ao projeto de reurbanização do Rio de Janeiro e às diversas formas de segregação e


exclusão social que ele promoveu.

Questão 21 - (IFPE/2016)

A República Oligárquica (1894-1930) foi marcada no Brasil pelo controle político exercido
sobre o governo federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira, na
conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período, ainda, que se desenvolveu mais
fortemente o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do
país. Nesse período de domínio dos fazendeiros, ocorreram conflitos sociais, entre os
quais destacamos:

a) a Revolta de Juazeiro (1911), em que o Padre Cícero liderou jagunços e cangaceiros


contra os coronéis que cometiam abusos contra os camponeses no sertão do Ceará.

b) a Revolta da Vacina (1903), que envolveu somente a elite carioca, rebelada por causa
da obrigatoriedade da vacina, decretada pelo Ministro Osvaldo Cruz.

c) a Revolta da Chibata (1910), que envolveu oficiais do Exército, os quais se negavam a


continuar castigando seus subordinados com chicotes e prisões desnecessárias.

d) a Guerra de Canudos (1897), um conflito marcado pelo fanatismo messiânico, que


também envolvia questões relativas à miséria dos camponeses do interior do
Nordeste.
e) a Revolta dos 18 do Forte (1922), em que os camponeses atacaram o forte de
Copacabana, no Rio de Janeiro, exigindo que o governo decretasse a reforma agrária.

Questão 22 - (UNESP SP/2018)

Entre as manifestações místicas presentes no Nordeste brasileiro no final do Império e nas


primeiras décadas da República, identificam-se

a) as pregações do Padre Ibiapina, relacionadas à defesa do protestantismo calvinista, e


a literatura de cordel, que cantava os mitos e as lendas da região.

b) o cangaço, que realizava saques a armazéns para roubar alimentos e distribuí-los aos
famintos, e o coronelismo, com suas práticas assistencialistas.

c) a liderança do Padre Cícero, vinculada à dinâmica política tradicional da região, e o


movimento de Canudos, com características de contestação social.

d) a peregrinação de multidões a Juazeiro do Norte, para pedir graças aos padres


milagreiros, e a liderança messiânica do fazendeiro pernambucano Delmiro Gouveia.

e) a ação catequizadora de padres e bispos ligados à Igreja católica e a atuação do líder


José Maria, que comandou a resistência na região do Contestado.

TEXTO: 3 - Comum à questão: 23

— Muito bom dia, senhora,

que nessa janela está;

sabe dizer se é possível

algum trabalho encontrar?

— Trabalho aqui nunca falta

a quem sabe trabalhar;

o que fazia o compadre

na sua terra de lá?

—Pois fui sempre lavrador,


lavrador de terra má;

não há espécie de terra

que eu não possa cultivar

— Isso aqui de nada adianta,

pouco existe o que lavrar;

mas diga-me, retirante,

o que mais fazia por lá?

—Também lá na minha terra

de terra mesmo pouco há;

mas até a calva da pedra

sinto-me capaz de arar.

—Também de pouco adianta,

nem pedra já aqui que amassar;

diga-me ainda, compadre,

que mais fazias por lá?

(Trecho extraído de: MELO NETO,


João Cabral de. Morte e Vida severi-
na e outros poemas em voz alta. 23 ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1987)

Questão 23 - (PUCCamp SP/2018)

A questão da concentração fundiária e os mecanismo de poder local, bem como a difícil


sobrevivência por meio da agricultura, no Nordeste, foram fatores que contribuíram para
a eclosão de movimentos populares com fortes líderes que atuaram no período
republicano, como a

a) Cabanagem e a Balaiada.
b) Coluna Prestes e a Confederação do Equador.

c) Sabinada e a Conjuração Baiana.

d) Revolta de Canudos e o Cangaço.

e) Revolução Pernambucana e o Contestado.

Questão 24 - (FUVEST SP/2017)

Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado,


sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o
patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava
acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência
que suportasse tanta coisa.

– Um dia um homem faz besteira e se desgraça.

Graciliano Ramos, Vidas secas.

Tendo em vista as causas que a provocam, a revolta que vem à consciência de Fabiano,
apresentada no texto como ainda contida e genérica, encontrará foco e uma expressão
coletiva militante e organizada, em época posterior à publicação de Vidas secas, no
movimento

a) carismático de Juazeiro do Norte, orientado pelo Padre Cícero Romão Batista.

b) das Ligas Camponesas, sob a liderança de Francisco Julião.

c) do Cangaço, quando chefiado por Virgulino Ferreira da Silva (Lampião).

d) messiânico de Canudos, conduzido por Antônio Conselheiro.

e) da Coluna Prestes, encabeçado por Luís Carlos Prestes.

TEXTO: 4 - Comum à questão: 25

Não creio que o tempo

Venha comprovar

Nem negar que a História

Possa se acabar

Basta ver que um povo

Derruba um czar

Derruba de novo

Quem pôs no lugar

[...]

Quantos muros ergam

Como o de Berlim

Por mais que perdurem

Sempre terão fim

[...]

Por isso é que um cangaceiro

Será sempre anjo e capeta, bandido e herói

Deu-se notícia do fim do cangaço

E a notícia foi o estardalhaço que foi

Passaram-se os anos, eis que um plebiscito

Ressuscita o mito que não se destrói

GIL, Gilberto. O Fim da História. Disponível em: <http://www.vagalume.


com.br/gilberto-gil/>. Acesso em: 2 nov. 2015.

Questão 25 - (UNIT SE/2016)

Os versos “Por isso é que um cangaceiro / Será sempre anjo e capeta, bandido e herói /
Deu-se notícia do fim do cangaço/ E a notícia foi o estardalhaço que foi / Passaram-se os
anos, eis que um plebiscito / Ressuscita o mito que não se destrói”, pode ser relacionados
ao fato de

a) o cangaceiro atuar, em determinados momentos, como aliados dos grandes coronéis


e, em outros momentos, cometendo atos de vingança contra alguma injustiça social.
b) a imprensa da República Velha ter adquirido autonomia e isenção política e
ideológica na informação dos fatos políticos, o que resultou na criação de mitos,
como o do cangaço.

c) o processo industrial e de urbanização, decorrentes da política econômica do


governo de Getúlio Vargas, extinguir qualquer ação governamental de proteção ao
setor agroexportador.

d) o plebiscito realizado pelos militares no período populista ter dado vitória à tese da
saída do presidente João Goulart do poder, diante da ameaça de uma revolução civil.

e) a ditadura civil-militar ter apoiado o culto a personagens oriundos da camadas


pobres, como Lampião, Antônio Conselheiro e João Cândido, na busca de respaldo
popular.

Questão 26 - (UEM PR/2014)

A respeito da arte na contemporaneidade, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01. Os precursores da videoarte utilizaram, em suas obras, elementos originários de


diversas outras mídias, como a História em Quadrinhos, a publicidade, a televisão e o
cinema.

02. Além da sua importância como exemplo central do Cinema Novo, o filme Deus e o
Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, faz parte de um conjunto de filmes que
recebeu o nome de Ciclo do Cangaço.

04. Práticas artísticas contemporâneas como o Happening estão fortemente ligadas à


crítica do próprio conceito de arte e de objeto artístico.

08. Por ser uma prática que se assemelha aos modelos industriais, a estética
contemporânea não acredita que a produção cinematográfica possa ser considerada
uma arte.

16. A obra escultórica de Vítor Brecheret pode ser considerada um interessante exemplo
da produção brasileira do período posterior ao fim do Regime Militar.

Questão 27 - (PUC GO/2014)

O cangaço foi um movimento de banditismo social politicamente ambíguo. Sob certos


aspectos, era um protesto contra as injustiças, contra os latifúndios e as violências
praticadas cotidianamente no mundo sertanejo; porém, cometia, igualmente, violências e
podia estar a serviço de coronéis. Acerca desse tema, pode-se afirmar que:

a) O golpe de Getúlio Vargas, que instituiu o Estado Novo, em 1937, aproveitou-se do


medo gerado pelos cangaceiros para implantar uma ditatura centralizada, criar a
censura da imprensa e decretar estado de sítio para os estados nordestinos.

b) O combate ao cangaço fazia parte da implantação da ideologia do trabalhismo, base


dos governos de Getúlio Vargas, já que os cangaceiros ganhavam a vida sem
trabalhar e, ainda, ajudavam famílias pobres a conseguir rendas indevidas.

c) A perseguição aos grupos de cangaceiros, a exemplo do liderado por Lampião,


simbolizava o projeto de modernização implementado pela Revolução de Trinta e
maior controle sobre o poder dos coronéis, mesmo que o regime altamente desigual
de distribuição de terras continuasse vigente.

d) A Revolução de Trinta difundiu o trabalhismo tanto pelas cidades quanto pelo campo,
gerando emprego a muitas pessoas que, antes, dedicavam- -se ao banditismo social.
O fim de grupos como o de Lampião era uma questão de tempo, mesmo que ele
tenha sido morto pela polícia no fim da década de 1930.

Questão 28 - (UEPG PR/2019)

A fase da I República no Brasil, delimitada temporalmente pelos historiadores entre 1889


e 1930, possui características bastante peculiares. Sobre esse período histórico, assinale o
que for correto.

01. Como não existia Justiça Eleitoral no Brasil, não havia uniformidade nos processos
políticos eleitorais. Voto aberto, cédulas publicadas em jornais e queima dos votos
logo após a contagem, foram comuns durante a I República.

02. Cortiços, zungas e cabeças de porcos eram formas de habitações coletivas comuns no
Rio de Janeiro e que foram, em grande parte, demolidas pela reforma urbana de
Pereira Passos.

04. O Club dos Bandeirantes, o Centro Dom Vital e o Partido Comunista, todos fundados
na década de 1920, são núcleos que representavam posições e perspectivas de
diferentes grupos na sociedade brasileira.

08. Conflitos rurais como a Guerra de Canudos e a Guerra do Contestado foram tratados
de forma violenta pela República. Em ambos os casos, os conflitos resultaram na
morte de milhares de pessoas, em sua maioria camponeses, negros, mestiços e
indígenas.

TEXTO: 5 - Comum à questão: 29


Em novembro de 1517, toda a Europa era cristã – havia mais de um milênio, no sul e no
centro, com os últimos vestígios das velhas religiões, nos países bálticos, apagados no
século 14. Todos os aspectos da vida, incluindo a formação da família, o sexo, a
alimentação e as guerras seguiam as orientações dos papas — e, isso, mesmo quando
mandavam envenenar os adversários e levavam suas amantes para dentro do Vaticano,
como o infame Alexandre VI, que havia reinado até 1504. O papa atual, Leão X, da família
Médici, era acusado de farra e sodomia. A ele se atribuía a frase “Já que Deus nos deu o
papado, vamos aproveitar!”.

Mas, mesmo quando as lideranças religiosas não davam bons exemplos, quase ninguém
pensava a sério em romper com a Igreja. O que se discutia, fazia mais de 200 anos, era
realizar reformas, sem rupturas radicais.

EM NOVEMBRO DE 1517, toda a Europa


era cristã... Revista Aventuras na História.
São Paulo: Caras S.A.. ed. 173, out. 2017.

Questão 29 - (UNIC MT/2018)

A formação social brasileira foi influenciada pelo catolicismo, que deixou marcas
profundas em diversos aspectos da sociedade, como

01. no período colonial, quando o processo de aculturação imposto pelo projeto


colonizador provocou o desaparecimento dos elementos culturais afro-indígenas e a
europeização da sociedade brasileira.

02. no estabelecimento da laicidade do Estado, a partir da separação da Colônia de


Portugal, estabelecendo o fim do Padroado e a formação de um Estado laico
inspirado nas ideias dos filósofos iluministas.

03. nas revoltas do Contestado e de Canudos, cujo caráter messiânico mereceu a


aprovação da Igreja Católica, que apoiou os líderes desses movimentos na luta pela
reforma agrária.

04. no apoio da cúpula da Igreja Católica ao golpe militar de 1964 e na posterior oposição
da ala progressista da Igreja contra o regime ditatorial, influenciada, na década de 70,
pela Teologia da Libertação.

05. na aliança entre a Igreja Católica e os neopentecostais contra a ascensão dos


governos de esquerda no país e a necessidade de se estabelecer uma frente única
contra as religiões de matrizes afro-brasileiras.

Questão 30 - (UFSC/2017)
Tragédia anunciada

Coronéis locais, forças estaduais e exército se uniram para combater as “cidades santas”,
territórios autônomos criados por caboclos.

Cerca de 200 seguidores do monge e curandeiro José Maria estão reunidos em Irani. Todos
eles homens simples, sertanejos, refugiaram-se ali na esperança de evitar um confronto
com as forças do governo. Mas é tarde demais: a essa altura, o simples agrupamento –
em uma região de conflitos fronteiriços e de instabilidade social – já é considerado uma
atitude hostil às autoridades. Em resposta à ameaça, o governo resolve atacar: uma força
de 58 soldados do Regimento de Segurança do Paraná entra em combate com os
sertanejos. Morrem 21 pessoas, entre elas os chefes dos grupos em confronto – o coronel
João Gualberto Gomes de Sá e o monge José Maria.

MACHADO, Paulo Pinheiro. Tragédia anunciada. Revista de História da


Biblioteca Nacional, ano 7, n. 85, p. 17, out. 2012.

Sobre o movimento do Contestado, narrado no trecho acima, e os demais movimentos


sociais rurais ocorridos na Primeira República (1889-1930), é correto afirmar que:

01. diferentemente do que ocorria nas regiões Norte e Nordeste do país, o coronelismo
catarinense caracterizava-se pela atuação em defesa das populações sertanejas na
luta pela legitimação da posse da terra.

02. para autoridades civis e militares do governo republicano e para amplos setores da
imprensa, o movimento do Contestado era uma reedição do fanatismo de Canudos
que, portanto, precisava ser energicamente eliminado.

04. o messianismo foi a crença que alimentou as esperanças das populações sertanejas e
contribuiu para a organização de movimentos de resistência.

08. no final do século XIX, apoiado oficialmente pela Igreja Católica, Antônio Conselheiro
liderou sertanejos do interior da Bahia em um movimento pela defesa do retorno da
Monarquia e pela pacificação dos conflitos no sertão nordestino.

16. a Cabanagem e a Balaiada, movimentos ocorridos no meio rural do Norte e do


Nordeste do país, buscaram articular as populações sertanejas na luta contra o
coronelismo nas primeiras décadas da República brasileira.

32. entre o final do século XIX e a década de 1930, no interior do Nordeste do Brasil,
bandos de homens armados, conhecidos como cangaceiros, agiam à margem da lei e
contestavam a ordem dominante dos latifundiários e dos coronéis.


Questão 31 - (UEPG PR/2019)

A imigração europeia do século XIX foi um fenômeno decisivo para a transformação social,
cultural e econômica brasileira e, por isso, se constitui em um episódio decisivo para a
realidade contemporânea nacional. A respeito desse tema, assinale o que for correto.

01. A eugenia, teoria que defende o branqueamento racial como forma de


melhoramento de um povo, foi um dos motivos que favoreceu a entrada de
europeus no Brasil do século XIX.

02. A crise gerada pela perda do valor do café no mercado internacional foi um elemento
decisivo para o processo da imigração europeia para o Brasil do século XIX. Assim, a
ausência de recursos para a compra de africanos escravizados fez com que os
cafeicultores optassem pela contratação de trabalhadores europeus.

04. A vinda de imigrantes europeus para o Brasil no século XIX resumiu-se, na verdade, à
presença destes nas regiões sul e sudeste. O norte, o centro-oeste e o nordeste não
receberam fluxo imigratório europeu nesse período.

08. O desenvolvimento de práticas sindicais e político-partidárias foi uma das principais


consequências sociais da incorporação de trabalhadores europeus nos postos de
trabalhos no Brasil a partir do século XIX.

16. O avanço das leis abolicionistas (como a do Ventre Livre e a do Sexagenário)


dificultou a manutenção da imigração europeia. Na avaliação dos cafeicultores, seria
mais barato pagar aos negros livres do que arcar com os custos da imigração.

Questão 32 - (UEPG PR/2016)

Fenômeno que alterou profundamente a realidade social, econômica, cultural e


demográfica brasileira, o movimento de imigração europeia do século XIX tornou-se um
dos principais objetos de estudo de historiadores, sociólogos e economistas que buscam
compreender a nossa realidade contemporânea. Sobre o tema, assinale o que for correto.

01. O crescimento da economia europeia pode ser compreendido como um dos fatores
que impulsionou a vinda dos imigrantes para as regiões periféricas, como o Brasil. O
movimento imigratório acompanhou o investimento de capitais e o estabelecimento
de indústrias transnacionais europeias ao redor do mundo.

02. Apesar do discurso que associava a imigração ao ideal de progresso e a construção de


uma "civilização", muitos imigrantes pobres foram objeto de perseguição por parte
de autoridades políticas e policiais brasileiras que entendiam a pobreza como um
sinônimo de periculosidade e criminalidade.
04. Ao contrário do que prometiam as propagandas que arregimentavam os imigrantes
na Europa, as condições as quais eles foram submetidos no Brasil eram bastante
precárias. Fixados no meio rural ou no meio urbano, os primeiros imigrantes
passaram por dificuldades extremas para poder sobreviver no Brasil.

08. Para as autoridades brasileiras, os imigrantes europeus foram vistos como


substitutos naturais dos negros escravos nas grandes lavouras cafeeiras de São Paulo
e também significavam a possibilidade de branqueamento da população nacional,
algo que estava em consonância com as ideias eugênicas que circulavam no mundo
naquele período.

16. Nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), os imigrantes
cumpriram um importante papel de ocupação territorial e também se dedicaram às
atividades agrícolas. No entanto, diferentemente de São Paulo, nos estados do Sul
não houve envolvimento de imigrantes com as atividades comerciais e industriais.

Questão 33 - (UDESC SC/2009)

Em 1888, com o abolição da escravidão, o Brasil deixava de ser o único país independente
do continente americano, onde ainda vigorava o regime escravista.

Sobre o contexto histórico do fim da escravidão e suas consequências sociais, cuja questão
racial é o centro, é incorreto afirmar:

a) A adoção de políticas governamentais que buscaram o branqueamento da população


brasileira, no final do século XIX, incentivando a imigração européia, por exemplo,
também contribuiu para o aumento da exclusão social e pobreza dos negros,
resultando assim na desigualdade social.

b) Mecanismos legais - como a Lei de Terras, de 1850; a Lei Áurea, de 1888; e mesmo o
processo de estímulo à imigração - criaram um cenário no qual a mão-de-obra negra,
tornou-se uma condição de força de trabalho excedente; que era usada, em sua
maioria, nos pequenos serviços ou na agricultura de subsistência.

c) Embora a escravidão faça parte da História do Brasil, a democracia racial se coloca


como um paradigma inquestionável nestes últimos 120 anos, haja vista a conquista de
políticas governamentais efetivas, em que se destaca, por exemplo, a política de cotas.

d) Embora a abolição da escravidão coincida com o nascimento da República e com a


disseminação de ideias de igualdade e cidadania, esse evento não significou o início da
desconstrução dos valores associados ao preconceito e à discriminação racial.
e) No panorama das desigualdades do Brasil, a desigualdade racial ainda é bastante
considerável. Segundo dados do PNAD, por exemplo, a população negra vive com
menos da metade da renda domiciliar disponível em relação à renda domiciliar da
população branca.

TEXTO: 6 - Comum à questão: 34

Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e
sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da
mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a
“domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de
espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa.

(GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo.


Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195)

Questão 34 - (PUCCamp SP/2016)

A vinda de imigrantes europeus ao Brasil favoreceria, segundo as autoridades


governamentais da época, o branqueamento da população, evitando um processo de
mestiçagem que, até então, tinha a negritude como um forte componente. Além dessa
"consequência", a imigração era aclamada por parte da elite, pois:

a) segundo os defensores de políticas eugênicas, a sociedade brasileira possuía "males


de origem" agravados pelo meio tropical, que poderiam ser amenizados com a vinda
de uma população mais educada, limpa e disciplinada.

b) de acordo com o pensamento positivista, a modernização social e econômica do


Brasil dependia do nível de ilustração e participação política de seu povo, sendo
papel dos imigrantes fundar escolas, atender os trabalhadores humildes e ocupar
cargos administrativos.

c) a situação econômica, com a crise da escravidão, exigia o abandono da agricultura e


o direcionamento dos investimentos ao meio industrial, sendo a mão de obra
europeia, especializada, indispensável ao bom funcionamento das fábricas.

d) conforme as demandas do regime republicano, manter o trabalho escravo significaria


abdicar da ampliação do mercado consumidor e postergar o fim do tráfico negreiro,
tipo de comércio que há muitas décadas onerava os cofres dos Estados envolvidos.

e) a expansão cafeeira demonstrara que o trabalho assalariado resultava em maior


lucro para os produtores, porque os trabalhadores europeus eram mais dedicados,
responsáveis por sua subsistência e dominavam a técnica exigida nesse tipo de
produção.

Questão 35 - (UEPG PR/2010)

No século XIX, milhares de imigrantes europeus de diversas origens chegaram ao Brasil.


Era um momento de crise social aguda na Europa e também de prenúncio de fim da
escravidão em território brasileiro. Sobre esse tema, assinale o que for correto.

01. O nordeste aparece como a região brasileira que mais recebeu imigrantes europeus
durante a segunda metade do século XIX.

02. No estado de São Paulo a imigração européia foi predominantemente utilizada como
mão-de-obra na nascente indústria paulista, sendo mantido exclusivamente o
trabalho escravo nas lavouras de café até o final do período escravista.

04. A imigração italiana foi, numericamente, a maior a entrar no Brasil no decorrer do


século XIX.

08. A ideia do "branqueamento" como forma de "melhoria da raça" foi uma das causas
que também motivou a entrada de imigrantes europeus no Brasil.

16. Na região sul do Brasil não se registra a presença de imigrantes europeus no século
XIX. Nessa região a imigração é um fenômeno recente, datada da segunda metade do
século XX.

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