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Braile pra surdos...

Metáforas vivas, é o que somos. 


Figuras de linguagem, palavras usadas com o sentido de outras palavras. 
Expressamos apenas parcialmente e muitas vezes o contrário do que queremos dizer. 
Damos sinais dos quais não há receptores capazes de entender. E então, como sobreviver em um mundo que para
estar com o outro precisamos estar ligados a ele? 
Para uma metáfora existir a palavra expressada deve sempre exercer uma relação de semelhança com o termo ao qual
realmente está se referindo, é exatamente o que ocorre com os sinais que emitimos. Sempre há uma ligação, se a
pessoa souber ler entenderá o real significado. 
Existem dois tipos de opniões claras em relação a essa forma de existir: os que enxergam beleza e os que enxergam
estupidez. Por que tornar difícil algo que poderia ser tão simples? Lembre-se um derivado da palavra simples é o
simplório, ou seja, muito crédulo, tolo, ingênuo, ignorante. 
Ser metáfora é ser genuíno, é ser soneto em braile que surdos não lerão, mas quem souber se fazer de cego pra tocar
em seus sinais, traduzirá e será impactado por tudo que pode ser descrito em simples trocas de palavras ou olhares. 
Nunca somos a superfície, em o Mundo de Sofia já lia-se “O fato de o mar estar calmo na superfície, não significa que
algo não esteja acontecendo nas profundezas”, a sempre uma explosão de neurônios em pleno
desenvolvimento prontos para nós fazer entrar em êxtase ou nos autodestruir, basta um gatilho, podendo ser uma
palavra interpretada errado, um gesto, um toque, um olhar, uma respiração, uma atitude, uma brincadeira, qualquer
coisa derivada da convivência com outro ser. Agora, se será uma reação boa dependerá da leitura feita da pessoa sobre
você e vice versa. 
A questão principal é: está disposto a ser alfabetizado sobre quem se quer ler? 
Ninguém vem com manual, é um trabalho que deve ser confeccionado a cada relação a ser estipulada, mas sempre
será mais difícil quando há níveis de profundidade diferentes, o que não é nada relacionado a superioridade ou
inferioridade, apenas existiram personalidades mais racionais e outras mais inconscientes, as primeiras veem o mundo
de maneira funcional, acreditando que tudo pode ser simplificado e trazido à tona de bate pronto, as segundas veem
o mundo de maneira abstrata, acreditando que tudo pode ser além do que já é e trazido à tona por meio de poesia e
conectividade. 
Ligar esses dois polos sempre causará faíscas, então depende se está disposto a arriscar se queimar e ceder quem você
é para abranger um pouco do outro. 
Conseguiu entender? Então me diga, quem você é no meio dos sinais? Tem tentado ler alguém e não consegue? 
Eu me vejo como sinal que não pode ser lido, braile para surdos, libra para cegos, e ao mesmo tempo, pras pessoas
raras uma janela aberta da qual através dos meus olhos poderão ver o mundo da maneira que vejo, onde tudo pode
ser mais, onde nada precisa ser fixo, onde tudo depende porque nós dependemos, a mudança é a chave do
movimento da vida e as certezas só servem pra gerar conflitos e convicções pragmáticas a causar mal a quem não se
encaixar nas suas certezas pessoais, hoje amo amarelo, amanhã posso amar o rosa e no dia seguinte odiar os dois, isso
não é ser inconstante, é ser flexível, mas vai depender da leitura do outro. Estamos em escassez de quem queira ler o
mundo do outro e está em sobra quem queira obrigar os outros a ver seu mundo à sua maneira. Que possamos pensar
mais sobre a visão do outro, entender os sinais do outro e saber refletir com paciência se vale a pena perder a paz para
ler sinais que em contato com os seus irão machucar.
Empatia.

“Penso onde não sou; portanto, sou onde não me penso” (Lacan) 

Quem é você e quem sabe te ler?  💭

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