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Marchesan, IQ. Quando, porque e quem inicia o trabalho com deglutição. In: Marchesan IQ. (Org).

Tratamento
da deglutição – a atuação do fonoaudiólogo em diferentes países. São José dos Campos: Pulso; 2005.
Capítulo 1 p.15-32

Quando, porque e quem inicia o trabalho com deglutição


Dra. Irene Queiroz Marchesan
Doutora em Educação pela UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas
irene@cefac.br

A deglutição, e as outras funções orofaciais, tem sido uma preocupação da Odontologia desde que
os cirurgiões dentistas iniciaram os tratamentos de reposicionamento dos dentes, ou seja,
ortodônticos. A preocupação com os movimentos ou postura da língua ou com as funções exercidas
na boca ocorreram principalmente por causa das recidivas. Ao ler a história da odontologia
veremos que assim que a ortodontia passa a existir, começam a aparecer dentistas buscando
explicações para as recidivas, e muitas destas explicações recaem sobre a língua, hábitos deletérios e
funções orofaciais. Vamos conhecer um pouquinho da história dos dentistas, para mais adiante
entendermos como e o porquê a fonoaudiologia inicia seu trabalho em conjunto com eles.

Um pouco de História da Odontologia

Em 1728, Pierre Fauchard, dentista francês, foi o primeiro profissional que ao estudar a etiologia da
irregularidade nas posições dentárias obteve o título de Cirurgião Dentista publicando o livro
“Tratado em Odontologia”, sendo por esta razão considerado o pai da odontologia moderna. Nesta
época eram considerados os problemas de ordem estética e só se consideravam os dentes
anteriores.

Já em 1771, Adam Brunner, dentista austríaco, escreve sobre ortodontia.

Em 1836 F.Ch. Kneisel, dentista alemão, escreve o primeiro livro de Ortodontia em língua alemã.

Em 1839 LeFoulon, dentista francês, criou o nome "Orthodonsie", e fez três tipos de aparelhos.
Estudou como possíveis causas da má oclusão, as extrações prematuras, a sucção de dedos, e a ação
inadequada da língua.

Em 1840 Chapin Harris organizou o primeiro número da revista científica chamada "The American
Journal of Dental Surgery". Criou vários tipos de aparelhos ortodônticos, todos feitos em ouro, e em
1842 chamou a atenção para a importância de se corrigirem as irregularidades da posição dos
dentes o mais cedo possível. Criou ainda, um dicionário de ciência dentária, adotando o nome
Ortodontia.

Em 1863 G.Von Langsdorff, dentista alemão, também se preocupou com a influência dos
tecidos moles sobre a posição dos dentes.

Em 1869 Kleinmann, dentista alemão abordou a influência dos tecidos moles na posição dos
dentes e publicou um artigo chamado “A ação da língua sobre a posição dentária”.

Em 1873 C. Tomes, lança uma teoria na qual diz que as forças musculares entre os lábios e a
língua, determinam a posição dos dentes.

Em 1883 J. Parreidt cita como causa das irregularidades na posição dentária a pressão exercida
pelas bochechas nos casos de mordida aberta, e o aumento da tonsila faríngea (adenóide).

Em 1884 Quinby criou um método para a correção de hábitos viciosos (chupar dedo, língua, lábio,
e outros). Ele achava que ao corrigir o hábito haveria a autonormalização da mordida. Quinby
desbravou a pesquisa na Inglaterra, e em seguida apareceram outros dentistas ingleses que
publicaram muitos artigos abordando o assunto forma versus função. Foram eles: Rix, Ballard,
Hovell, Pringle e Tulley.

Em 1888 John Nutting Farrar, dentista inglês, publica um “Tratado sobre as irregularidades dos
dentes e suas correções” sendo a primeira publicação dedicada inteiramente à Ortodontia.

Em 1885 Edward Hartley Angle nasceu. Ele separou a Ortodontia da Odontologia levando a
Ortodontia a ser uma especialidade. Em 1900 Angle fundou em Saint Louis no Missouri – USA, a
primeira escola de Ortodontia do mundo, e em 1901 a Ortodontia passou a ser aceita como a
primeira especialidade do mundo.

Em 1918 Alfred P. Rogers, dentista norte-americano, estudou profundamente os hábitos


musculares e a ação dos vários músculos faciais, bem como seu controle e tonicidade. Idealizou
aparelhos para mioterapia e estabeleceu princípios de terapêutica para respiradores orais,
reconhecendo a importância do sistema orofacial nos problemas do tratamento ortodôntico.
Rogers recomendou exercícios para o desenvolvimento dos músculos da face e para aumentar sua
atividade funcional. Havia exercícios para os músculos masseteres, temporais, pterigóideos,
mentual, língua, orbicular da boca e músculos faciais. Na época os ortodontistas de todo o mundo
aceitaram este método. Os exercícios sempre eram recomendados. Depois se notou que os
resultados obtidos, apenas com os exercícios, eram pequenos. Era necessário o uso simultâneo de
aparelhos. Atualmente, esses exercícios isoladamente são obsoletos em sua grande maioria. Porém,
Rogers demonstrou ter razão em dois aspectos:

1 – ele foi o primeiro a reconhecer a importância dos músculos para o crescimento,


desenvolvimento e a forma de todo o sistema estomatognático. O bionator de Balters foi
desenvolvido para influir sobre a posição da língua.
2 – deu muita ênfase aos exercícios labiais, os quais receberam destaque por várias vezes de Hotz, o
qual usava placa de expansão para facilitar o movimento anterior da mandíbula por etapas, em
conjunto com elásticos intermaxilares durante a noite. Duyzing, Frankel e outros, também
apoiaram Rogers nos exercícios labiais.

Em 1920 Viggo Andresen, da Dinamarca, desenvolveu um aparelho que servia como contenção
funcional e impedia a respiração oral. O aparelho tinha o princípio de John Nutting Farrar, ou seja,
deveria atuar de forma intermitente de acordo com o princípio biológico, trabalhar e descansar. O
ativador de Andresen era um aparelho totalmente inerte e com liberdade de movimentos. Quando
estava na cavidade oral era posto em movimento pela língua e pela musculatura oral. Os aparelhos
móveis não eram reconhecidos na época.

Em 1925 Lewis, dentista norte-americano, enumerou várias causas da má oclusão destacando o uso
de mamadeiras e hipertrofia dos tecidos linfóides (amídalas e adenóide).

Em 1927 Rogers, dentista norte-americano, publica sobre casos de mordida aberta envolvendo
problemas de deglutição.

Nas décadas de 20 e 30 a Ortopedia Funcional dos Maxilares despontava com força. O corretor de
função de Fränkel corrigia a má oclusão, praticamente sem contato com os dentes. O vestíbulo oral
era a base das operações para o tratamento. Fränkel acreditava que a pressão da língua ou a sucção
de polegar levava a perturbações funcionais na formação dos componentes esqueletais. Era
necessário inibir o mau hábito e isso levaria a uma reabilitação espontânea. Queria inibir as causas
contra naturais para o sistema orofacial se desenvolver livremente, dentro de sua tendência
fisiológica normal. Os aparelhos de Fränkel não se limitaram à inibição da função muscular
defeituosa, mas também, reeducavam os músculos envolvidos. O uso do aparelho constituía uma
mioterapia funcional não havendo necessidade de o paciente realizar exercícios de forma
consciente. Além dos aparelhos miotônicos e miodinâmicos havia um terceiro grupo, o qual
poderia se chamar de "aparelhos que procuram uma guia postural". O crescimento e
desenvolvimento estão muito relacionados pela função. "A função cria o órgão: o órgão cria a
função". O aparelho de Fränkel afasta a ação muscular nociva dos bucinadores e do orbicular da
boca, deixando livre a ação muscular interna (língua) para exercer sua função modeladora dos
maxilares e dentes.

Em 1946 Rix, dentista inglês, escreve sobre a deglutição e a posição dos dentes.

Em 1951 Straub, dentista norte-americano, escreve sobre a etiologia do hábito de deglutir


inadequadamente.

Em 1953 Asnis publica no Journal Dental Medicine um guia para treinamento lingual.
Em 1960, 1961 e 1962, Straub, dentista norte-americano, escreve sobre o mau funcionamento da
língua, suas causas, efeitos, resultados no tratamento ortodôntico, e sobre a terapia. Straub foi um
grande defensor dos programas de terapia miofuncionais, os quais até criou, pois acreditava
cegamente na inter-relação entre forma e função.

Em 1965, Crowder publica no American Jounal Clinic Hypnosis um artigo ensinando como
controlar a deglutição atípica usando a hipnose.

Ao ler a história da Odontologia, podemos observar que a preocupação com a inter-relação entre
partes duras e moles não é de hoje e que muitos dentistas escreveram sobre isto. Ao mesmo tempo
sabemos de muitos outros artigos de dentistas, que discordavam do ponto de vista dos seus
colegas, os quais acreditavam no uso de exercícios para reeducar músculos e funções orais com o
objetivo de melhorar ou corrigir os dentes Snow (1963); Mason, Proffit (1974); Day (1975). Não
parece nada, mas de 1728 até os dias de hoje temos 277 anos de certezas e dúvidas sobre este
assunto!

E na Fonoaudiologia?
Quem iniciou o trabalho com Motricidade Orofacial? Quais são as primeiras publicações? Em que
país tudo começa? Existem pesquisas realizadas por fonoaudiólogos que comprovem a importância
do trabalho conjunto entre fonoaudiólogos e dentistas na reeducação da deglutição?
Um pouco de história da Fonoaudiologia no mundo
Primórdios da Fonoaudiologia
A Fonoaudiologia inicia com Demóstenes (330 AC) que usava a técnica de colocar seixos, ou pedras
na boca para melhorar sua articulação, já que era gago. Ele discursava diante do mar bravio,
inibindo, sem saber, seu próprio controle auditivo, ou falava com o peito encostado em uma espada
para controlar suas sincinesias posturais e corporais.

Fonoaudiologia na Europa
Em 1900 na Hungria foi dado início a um curso de Fonoaudiologia, e até 1940 outros países como,
Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, Noruega e Iugoslávia também o fizeram.
Embora não oficialmente, na Áustria em 1909, já existia terapia para fala e voz.
Em 1911 é fundada a primeira clínica de fala na Inglaterra. Em 1918 o curso é implantado na Suécia.
Em 1920 foi aberta a Escola Vienense de Logopedia com reconhecimento oficial em 1924. Em 1937
clínicas de Fonoaudiologia são fundadas na Rússia.
A International Assostiation for Logopedics and Phoniatrics - IALP é a maior organização de
profissionais que se dedicam ao estudo da comunicação humana e representa 130.000 especialistas
por meio de 56 sociedades nacionais afiliadas de 38 países. Esta organização foi fundada em 1924
por Emil Froeschels em Viena na Áustria. Neste mesmo ano foi realizado o primeiro Congresso da
IALP com oito países representados.

Fonoaudiologia nos Estados Unidos


Os caminhos da Fonoaudiologia nos Estados Unidos sempre foram mais independentes do que os
caminhos trilhados por esta profissão na Europa, que em geral, sempre esteve ligada aos egressos
de outras áreas.
Em 1886, em Boston – Massachusetts, realizaram-se testes para se detectar o número de distúrbios
da palavra na população. Em 1904 mais seis cidades foram pesquisadas. Em 1911, Nova York e St.
Louis, também realizaram este mesmo teste. Em 1920, foi fundada a primeira clínica de Speech
Pathology and Audiology na Universidade de Iowa. Atualmente os Estados Unidos da América é o
país com o maior número de fonoaudiólogos do mundo com cerca de 125.000 profissionais. A
ASHA – American Speech-Language-Hearing Association é a entidade que representa e defende os
interesses dos fonoaudiólogos norte-americanos. É evidentemente a maior associação existente de
fonoaudiólogos do mundo. Seu site www.asha.org trás uma infinidade de informações sobre a
profissão de fonoaudiólogo.
Como observamos no relato acima, a Fonoaudiologia inicia na Europa ao redor de 1900 e nos
Estados Unidos, oficialmente, em 1920. No Brasil a Fonoaudiologia é oficializada como curso
regular apenas na década de 1960.

Fonoaudiologia no Brasil
No início, no Brasil, a Fonoaudiologia e a Educação Especial se misturavam. Já se pensava em
reabilitação desde a época do Império.
Em 1854 foi fundado o Colégio Imperial para meninos cegos, e em 1855 foi fundado o Colégio
Nacional destinado ao ensino dos surdos, ambos no Rio de Janeiro. Em 1912 um médico do Rio de
Janeiro inicia as pesquisas e reabilitação dos distúrbios da voz
e da fala, bem como cria cursos de orientação a professores, promovendo conferências sobre o
tratamento da voz e da gagueira. Isto foi considerado o início da diferenciação da Fonoaudiologia
com a Educação Especial.
Em 1920, 1928, 1935 e 1938, já encontramos publicações no Brasil de otorrinolaringologistas sobre
voz. Em 1948 é lançada, a 3ª edição da obra “Manual de Califasia” do Dr. Silveira Bueno, que
tratava principalmente de problemas de dicção e articulação. A partir da década de 1950 surgem os
primeiros cursos livres para a reeducação da fala, voz, audição e linguagem.

Os primeiros cursos, chamados de Logopedia, ou Terapia da Palavra, ou ainda Terapeuta da


Palavra, tinham como objetivo atender populações com problemas específicos, e os estudos ainda
não eram sistematizados. Em 1956 é fundado no Rio de Janeiro o primeiro curso de Terapia da
Palavra em um hospital. Não existia a palavra fonoaudiologia e sim terapeutas da palavra e
logopedistas a exemplo dos nomes utilizados na Europa:
Logopedia – Espanha
Ortofonia – França, Canadá
Speech-Language Pathology – EUA
Speech Therapy – Inglaterra
Terapia da Palavra – Portugal
Terapia da Fala – Venezuela
Terapia de Linguagem – Peru
Fonoaudiologia – Brasil e Argentina

Até o início dos anos 70 a profissão ainda se chamava de Logopedia ou Terapia da Palavra no Rio
de Janeiro, e de Fonoaudiologia em São Paulo. O nome utilizado hoje no Brasil, Fonoaudiologia,
veio da Argentina.
O primeiro curso de Fonoaudiologia no Brasil, com um ano de duração, foi aberto em 1960 na
Universidade de São Paulo. O segundo curso, também com um ano de duração, iniciou em 1961 na
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Na seqüência abriram os seguintes cursos: em 1965
Santa Maria no Rio Grande do Sul; em 1967 Universidade Federal Rio Janeiro; em 1968 Escola
Paulista de Medicina em São Paulo; em 1971 Pontifícia Universidade Católica em Campinas-SP; e
em 1972 Instituto Henry Dunant no Rio de Janeiro.

O primeiro curso aprovado no Brasil foi o de Santa Maria – Rio Grande do Sul em 1974. Em 1975
foram aprovados os cursos da Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, e por último, o da Escola Paulista de Medicina. O primeiro
currículo mínimo foi aprovado em 08/07/1976.

A profissão de fonoaudiólogo foi oficialmente reconhecida


em 9 de dezembro de 1981 pela Lei n° 6965 e foi regulamentada pelo Decreto lei n° 87.218 de
31/5/82. Sendo que consideramos como 9 de dezembro, o dia do Fonoaudiólogo.

A Fonoaudiologia brasileira inicia seus congressos com apresentação dos primeiros trabalhos
científicos em 1978, com o 1° Congresso de profissionais afins da Medicina em Fortaleza – CE. Em
1979, ocorreu o 1° Congresso de Profissionais de Ensino da Saúde em Campinas e em 1983 ocorreu
o 1° Congresso Internacional dos Profissionais em Fonoaudiologia no Rio de Janeiro.

Órgãos de classe foram criados, sendo que o primeiro foi em 1962 e se chamou Associação
Brasileira de Fonoaudiologia – ABF. Esta associação foi fundada em São Paulo, e após alguns anos
foi transformada em sindicato. Em 1974 foi criada a ABRAFA que reunia fonoaudiólogos e médicos,
também extinta após alguns anos de atividades.

Em 1988 foi criada a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – SBFa com sede em São Paulo. Esta
sociedade é responsável atualmente pelos congressos anuais da Fonoaudiologia e edita uma revista
científica. Conta hoje com aproximadamente 2000 fonoaudiólogos como sócios.
Todas estas entidades tiveram, e têm como objetivo, cuidar da parte científica da profissão.

Para resolver as questões profissionais foram criados no Brasil os chamados Conselhos de Classe.
Em 1983 foi criado o Conselho Federal de Fonoaudiologia e em 1986 os Conselhos Regionais de
Fonoaudiologia da 1ª região - Rio de Janeiro e a 2ª Região - São Paulo. Atualmente existem sete
conselhos regionais de classe representando todo o Brasil que tem aproximadamente 25.000
fonoaudiólogos.
A Fonoaudiologia no Brasil cresceu, se diversificou, e naturalmente começou a ter especialistas.
O Conselho Federal de Fonoaudiologia,
por meio da Resolução de número 130/95, determinou as áreas de especialidade da
Fonoaudiologia brasileira: Motricidade Oral; Linguagem; Voz e Audiologia e em seguida
regulamentou os cursos de especialização via Resolução n. 131/95.
Foram emitidos até 04 de maio de 2005, segundo informações oficiais do Conselho Federal de
Fonoaudiologia, 2888 títulos de especialistas sendo 980 na área de motricidade oral, 846 na área de
audiologia, 595 na área de voz e 467 na área de linguagem.

Com relação à parte científica as primeiras publicações na área de Fonoaudiologia no Brasil foram
as seguintes:

Livros:
1969: “Vocabulário Ilustrado para Terapeutas” de Marly Bezerra Canongia, publicado pela própria
autora na cidade do Rio de Janeiro.
1970: “Disgrafia” de Abigail Caraciki publicado pela Ed. Forense também no Rio de Janeiro.
1972: “Fundamentos Científicos da Fonoaudiologia” de Antônio Amorim publicado pela Ed. Grafik
em São Paulo.

Revistas:
As duas primeiras revistas científicas brasileiras foram editadas na década de 80. Em 1986 surge a
Revista Distúrbio da Comunicação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que
é a primeira revista de Fonoaudiologia do Brasil e também é a primeira a ser indexada no Lilacs. No
ano de 1989 é editada a Revista Lugar em Fonoaudiologia pela Universidade Estácio de Sá do Rio
de Janeiro, a qual já não existe mais.
Para se ter uma idéia da evolução com relação às revistas científicas brasileiras, atualmente são
publicadas sete revistas, sendo que três delas já são indexadas no Lilacs e uma delas, também no
MedLine.
–Distúrbios da Comunicação PUC–SP (Lilacs)
–Pró Fono - Revista de Atualização Científica (Lilacs e MedLine)
–Fono Atual (Lilacs)
–Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
–Fonoaudiologia Brasil
–Revista CEFAC de Atualização Científica
–Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia do Conselho Federal de Fonoaudiologia
Bem, após este panorama geral da Fonoaudiologia no mundo e no Brasil, retomamos nosso tema
inicial que é o da “Deglutição”, a qual, no Brasil, é estudada, avaliada e tratada pelos
fonoaudiólogos especialistas em Motricidade Orofacial (MO).

Esta área de especialidade cresceu muito nos últimos anos, e tem o maior número de
fonoaudiólogos especialistas cadastrados pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. A MO está
subdividida em áreas de domínio, uma vez que não é possível saber em detalhes tudo que esta área
abarca. O Comitê de MO da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) descreveu por meio de
alguns documentos, o que é estudado nesta área e quais são alguns dos conhecimentos necessários
para ser especialista em MO. Uma consulta ao site da SBFa - Comitê de MO - documentos, poderá
ajudar a compreender melhor esta grande área de conhecimento: www.sbfa.org.br.

Os primeiros fonoaudiólogos brasileiros que se interessaram por começar a trabalhar na área de


MO acabaram registrando por escrito seu trabalho. Os dois primeiros artigos da área foram escritos
nos anos 70, lembrando que os cursos de Fonoaudiologia no Brasil começaram na década de 60.

1º Artigo – “Síndrome de Apert - estudo multidisciplinar” o qual foi escrito pela fonoaudióloga
Lidia D’Agostino em conjunto com outros profissionais, tendo sido publicado na Revista Brasileira
de Deficiência Mental, 5: 5-11, 1970
2º Artigo – “Reeducação mioterápica nas pressões atípica de língua: diagnóstico e terapêutica” de
Beatriz A.E. Padovan, o qual foi publicado na revista de Ortodontia, 9 (1 e 2) jan/abr, 1976.
3º Artigo – “Reorganização Neurológica” de Beatriz A.E. Padovan, o qual foi publicado no Jornal
Brasileiro de Reabilitação Vocal. Rio de Janeiro, ano 2, n.6, vol.2, jan/fev/março, 1981.
4º Artigo – “Algumas considerações fonoaudiológicas sobre deglutição atípica numa abordagem
multidisciplinar” de Zelita C. F. Guedes, o qual foi publicado na Acta AWHO, 2(4): 40-6, 1985.

O primeiro livro na área de MO – “Manual prático de Deglutição Atípica e problemas correlatos”


foi escrito por Maria da Conceição Ferraz, e publicado no Rio de Janeiro pela Ed. Antares em 1983.

O primeiro capítulo de livro na área da MO chamado “Avaliação e Terapia da Motricidade Oral”


de Maristela Proença, Sueli Limongi e Ivone Dias Gomes, foi publicado dentro do livro Temas de
Fonoaudiologia na cidade de São Paulo pela Ed. Loyola em 1984, p.59-119.

Observamos pelos dados expostos acima, que dos quatro artigos, um livro e um capítulo de livro,
na área de MO, escritos entre 1970 e 1985 temos três deles, que no seu título, já mostram uma
preocupação com as alterações da deglutição. A partir de 1987, livros, capítulos em livros, artigos
em revistas, vídeos educativos, dissertações e teses na área de MO, são escritos pelos estudiosos
deste assunto e passam a fazer parte do cenário bibliográfico brasileiro.

Pesquisas específicas em deglutição começam a ser realizadas, e várias dissertações de mestrado e


teses de doutorado foram escritas na década de 90, explicando a normalidade e as alterações da
deglutição. As dissertações de mestrado e teses de doutorado no Brasil sobre MO, foram escritas em
torno de 30 anos após os norte-americanos terem defendido suas dissertações e teses nesta mesma
área, pois nos Estados Unidos, como veremos logo abaixo, os primeiros trabalhos acadêmicos na
área de deglutição são da década de 60.

Os primeiros brasileiros que pesquisaram sobre avaliação e terapia miofuncional tinham pouca ou
quase nenhuma literatura nacional para avançar em seus estudos. Nesta época dois livros clássicos
da área de MO, “Inter-relações entre a odontoestomatologia e a fonoaudiologia” de Segóvia (1977),
publicado na Argentina, e “Oral Myofunctional Disorders”, de Barret e Hanson (1974), publicado
nos Estados Unidos, foram muito utilizados por quase todos aqueles que queriam se aprofundar
em MO. Estes livros foram e continuam sendo considerados clássicos para quem quer iniciar seus
estudos na Motricidade Oral, compreendendo melhor o caminho que esta área de conhecimento
trilhou.

Consultando a literatura internacional sobre os estudos com a função da deglutição, encontramos


que um dos primeiros livros escritos com o foco nesta função, já com a preocupação específica da
inter-relação entre a odontologia e a fonoaudiologia, chamou-se “Myofunctional Therapy in Dental
Practice” de Daniel Garliner, tendo sido publicado pela primeira vez em 1971. Este livro foi escrito
após vinte anos de prática clínica do autor e tratava dos hábitos anormais da deglutição, como
diagnosticar e tratar, sendo recomendado para dentistas e fonoaudiólogos. O livro tem quase 300
páginas, é muito bem ilustrado e apresenta inúmeros casos clínicos. Claro que este autor, assim
como outros fonoaudiólogos, já haviam publicado inúmeros artigos na década de 60 sobre o
assunto deglutição e tudo mais que está correlacionado a esta função. Garliner, o autor do livro
citado acima, publicou entre 1964 e 1970, doze artigos sobre os problemas da deglutição, sendo
todos publicados em revistas científicas de odontologia. Fletcher, um outro fonoaudiólogo norte-
americano já em 1957, defendeu sua dissertação de mestrado com o título “Estudo dos movimentos
da parede posterior da faringe durante a fala e a deglutição por meio de cinefluorografia”. Além
disto, ele publicou entre 1970 e 1974, seis artigos que abordavam a mastigação e deglutição; o
comportamento da língua na deglutição atípica e a relação da deglutição, fala com a idade. Além
destes artigos, Fletcher publicou um método de terapia para as alterações da deglutição.
Nesta mesma década de 70, foram escritos, também nos Estados Unidos, pelo menos mais cinco
livros além do de Garliner, que tratavam praticamente do mesmo assunto. Só no ano de 1974 foram
publicados três livros. “Oral Myofunctional Disorders” de Barrett e Hanson já citado anteriormente;
“Tongue Thrust in Swallowing and Speaking de Samuel G. Fletcher e “Oral Myo Therapy” de
William Zickefoose and Marvin Hanson.

No ano de 1975 Goldberger escreveu o livro intitulado “Tongue thrust correction” e, em 1978, de
Roberta B. Pierce temos “Tongue Thrust – a look at oral myofunctional disorders”. Antes destes
livros, já em 1962, foi publicado na Califórnia por Larr, o livro “Tongue thrust and speech
correction”, que tratava dos problemas da fala correlacionados com a deglutição atípica.
Como podemos observar, quando a Fonoaudiologia iniciava no Brasil, nos Estados Unidos entre
1962 e 1978, já haviam sido publicados sete livros sobre o assunto deglutição. Como vimos
anteriormente, no Brasil o primeiro livro sobre o mesmo assunto é publicado somente em 1983 ; são
vinte e um anos de diferença entre o primeiro livro de deglutição escrito por um norte-americano e
o publicado no Brasil.

Comentamos sobre os livros publicados pelos fonoaudiólogos norte-americanos nas décadas de 60


e 70, porém ao consultar a literatura observamos que várias dissertações de mestrado e teses de
doutorado, abordando os problemas da deglutição, foram defendidas nos Estados Unidos já na
década de 60, como, por exemplo, a de Werlich, 1962; Akamine, 1962; Case, 1968; Robson, 1963;
Christofferson, 1970 e Stansell,1969. Além dos trabalhos acadêmicos de dissertações e teses, temos
inúmeros artigos escritos e publicados na década de 60 e 70 por fonoaudiólogos norte-americanos
Akamine,1962; Case, 1975; Crowder1965; Ward MM, et al, 1961 e muitos outros.

Observamos que quando os norte-americanos já estavam discutindo este assunto, os brasileiros, por
terem iniciado esta profissão mais tardiamente, ainda engatinhavam. As mesmas discussões que os
norte-americanos tiveram na década de 70 e 80, os brasileiros especialistas em MO começaram a ter
na década de 80 e 90, portanto com pelo menos dez anos de atraso. O interessante é que mesmo sem
conhecermos a literatura americana, ou mesmo ter tido acesso a ela anteriormente, observamos que
os problemas, as discussões e as soluções encontradas pelos fonoaudiólogos brasileiros são
praticamente as mesmas daquelas que os fonoaudiólogos norte-americanos encontraram.

O que também pudemos observar, e que do meu ponto de vista é muito interessante, é que tanto os
fonoaudiólogos norte-americanos como os brasileiros iniciaram seus estudos, suas questões e
soluções para o problema da deglutição praticamente quase 80 anos depois que os dentistas já
vinham discutindo este assunto, considerando que em 1884 Quinby, dentista inglês, criou um
método para a correção de hábitos viciosos (chupar dedo, língua, lábio, e outros), e Rogers, dentista
norte americano, em 1918 divulgou sua técnica de trabalho miofuncional para a solução dos
problemas miofuncionais orofaciais.

Os fonoaudiólogos seguiram os passos da odontologia, assumindo o trabalho de avaliação e


reabilitação dos problemas miofuncionais orofaciais a partir da década de 50.
Para saber se este assunto ainda é algo de interesse dos profissionais que trabalham com MO, sejam
eles dentistas ou fonoaudiólogos, fiz uma busca no MedLine em dois períodos, de 1966 a 1992 e de
1993 a 2005, para ter uma idéia da média anual de publicações na área de: terapia miofuncional;
miologia orofacial - que é um nome usado apenas pelos norte-americanos - e deglutição atípica.

Ao buscar no MedLine artigos que discorressem sobre “terapia miofuncional” (myofunctional


therapy) pude encontrar 94 artigos entre 1966 e 1992, o que significa que em 26 anos foram escritos
uma média de 3,61 artigos ao ano. De 1993 e 2005, ou seja, em 12 anos, foram escritos 40 artigos, o
que nos dá uma média de 3,33 textos ao ano. Podemos dizer que temos praticamente a mesma
média de artigos publicados por ano, desde 1966 até hoje, ou seja, o interesse sobre o assunto
aparentemente se mantém. (Tabela1)

Buscando também por “miologia orofacial” (orofacial myology), encontrei entre 1966 a 1992, (26
anos) nove textos, o que dá uma média de 0,34 textos ao ano. De 1993 a 2005, em 12 anos, foram
encontrados dezenove textos com a média de 1,58 textos/ano. Estes números parecem nos apontar
para um interesse maior dos norte-americanos na busca por soluções para um velho problema.
(Tabela 1)

Por último busquei por “deglutição atípica” (tongue thrust). De 1966 a 1992 encontrei 91 artigos
com a média de 3,50 artigos/ano. De 1993 a 2005, foram encontrados 47 artigos, portanto, com a
média de 3,91/ano, novamente vemos que o interesse por este assunto aumentou um pouco nos
últimos anos. (Tabela 1)

Na somatória de todos os artigos encontrados, vimos que no período de 1966 a 1992, a média de
publicações por ano foi de 7,46 artigos/ano, e no período de 1993 a 2005, a média foi de 8,83
artigos/ano, mostrando que o interesse sobre este assunto continua e até aumentou um pouco,
conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1 Média de artigos/ano na área de MO


Busca no Terapia miofuncional Miologia orofacial Deglutição atípica Total de publicações no
MedLine Myofunctional therapy Myologia orofacial Tongue thrust período

Nº. de Média anual Nº. de Média anual Nº. de Média anual Nº. total de Média total
artigos de artigos de artigos de artigos anual de
publicado publicações publicados publicações publicados publicações publicados publicações
1966 a 94 3,61 9 0,34 91 3,50 194 7,46
1992
(26 anos)
1993 a 40 3,33 19 1,58 47 3,91 106 8,83
2005
(12 anos)

Claro que poderíamos ter buscado estes dados em outras bases de dados, mas o MedLine sempre é
um bom indicador do que se está pesquisando no mundo.

Em seguida, procurei saber em quais países estes artigos estavam sendo publicados usando a
mesma base de dados, ou seja, o MedLine. Volto a dizer que este é apenas um indicador e que
minha sugestão é que outras bases de dados sejam consultadas para termos uma idéia mais exata
dos dados aqui apontados.

Também tem que ficar claro, que o fato da maioria dos artigos nesta área terem sido publicados nos
Estados Unidos, não quer dizer que todos os autores sejam norte-americanos. Muitos brasileiros, e
japoneses especialistas em MO, por exemplo, publicam em revistas americanas, principalmente no
“The International Journal of Orofacial Myology”, que é uma revista especializada na área de MO,
publicando principalmente artigos que discutem a relação dos trabalhos conjuntos realizados entre
fonoaudiólogos e dentistas, os quais mostram a inter-relação entre forma e função.

Buscando por “Terapia Miofuncional” (Myofunctional Therapy), no período de 1966 a 1992


encontramos 91 artigos publicados, sendo que 57 (60,64%) deles foram publicados nos Estados
Unidos e 21 (22,34%) na Alemanha. Os demais artigos foram publicados em vários países, conforme
demonstra a Tabela 2.

Buscando por “Miologia Orofacial” (Orofacial Myology), que é um termo usado basicamente nos
Estados Unidos, encontramos que tanto no período de 1966 a 1992, com nove artigos publicados,
como no período de 1993 a 2005, com dezenove artigos publicados, todos os 28 (100%) artigos
foram publicados nos Estados Unidos.

Em “Deglutição Atípica”, encontramos no período de 1966 a 1992, um total de 91 artigos


publicados, sendo que 79 (86,81%) nos Estados Unidos e os demais em diferentes países. No
período de 1993 a 2005, com 47 artigos publicados, contabilizamos 25 (53,19%) deles, publicados
nos Estados Unidos e os demais em diferentes países, conforme demonstra a Tabela 2.

Tabela 2 - Países onde os artigos de MO foram publicados de 1966 a 2005


Terapia miofuncional Deglutição atípica
Myofunctional therapy Tongue thrust
Países 1966 a 1992 1993 a 2005 1966 a 1992 1993 a 2005
94 artigos 40 artigos 91 artigos 47 artigos
Estados Unidos 57 60,64% 28 70% 79 86,81% 25 53,19%
África do Sul 1 1,10%
Alemanha 21 22,34% 6 15% 2 2,20% 3 6,38%
Argentina 2 2,13%
Austrália 1 2,5% 3 6,38%
Bélgica 1 2,5% 1 1,10%
Brasil 1 1,06% 1 1,10%
Canadá 3 3,19% 1 1,10%
Escócia 1 1,10%
França 1 1,10%
Holanda 1 1,06% 1 1,10% 1 2,13%
Índia 1 2,5% 3 6,38%
Inglaterra 2 5% 2 2,20% 5 10,64%
Irã 1 1,06%
Itália 3 3,19% 1
Japão 1 1,06% 5 10,64%
México 1 1,10%
Singapura 1 2,13%
Suíça 1 1,06%
Tailândia 1 2,5%
Uruguai 2 2,13%
Venezuela 1 1,06%
Olhando a tabela observamos que é nos Estados Unidos onde os artigos de MO são mais
publicados. Observamos também um pequeno aumento de interesse nos últimos doze anos pelo
tema, deglutição atípica, em países como Inglaterra, Japão, Alemanha e Índia. A Alemanha
publicou mais no passado sobre terapia miofuncional do que publica atualmente.

Para finalizar, gostaria de dizer que as bases da terapia miofuncional, parecem ser as mesmas desde
o início, quando os primeiros dentistas, há 150 anos atrás, se preocuparam com as funções
orofaciais, preconizando que quando uma função estivesse alterada, haveria interferências na
forma.
Praticamente em toda literatura pesquisada, o trabalho realizado pelos Fonoaudiólogos com relação
à terapia miofuncional e deglutição atípica, não diverge muito. A terapia quase sempre está
centrada na correção das alterações musculares orofaciais e na correção das funções orofaciais. O
que observei que varia um pouco, é que nos primórdios do trabalho miofuncional, de uma forma
geral, o que se fazia era muito centrado na reabilitação da função de deglutir. Atualmente, a terapia
para reabilitar a função de deglutir é menos valorizada, já que ao se trabalhar com as outras funções
orofaciais, respiração e mastigação, em geral, a deglutição se re-equilibra, não necessitando de um
trabalho tão específico ou tão longo com o ato em si de deglutir.

Outro dado interessante, é que os fonoaudiólogos que escreveram sobre a terapia com a deglutição
das décadas de 60, 70 e 80 já preconizavam que para a reeducação da deglutição, era necessário que
fossem solucionados os problemas oclusais, assim como fossem tratadas as alterações de outras
funções, como por exemplo, a respiração oral, uma vez que sem fechar a boca, é impossível manter
a língua bem posicionada. Isto nos mostra que, apesar do trabalho ser centrado na deglutição já se
sabia muito bem que outras alterações que impedissem a reabilitação da deglutição tinham que ser
tratadas anteriormente, principalmente as alterações oclusais.

Uma última diferença a ser comentada, é que os autores norte-americanos apresentam uma cultura
de trabalhar com programas bem definidos de terapia. Muitos criam propostas a partir de
modificações de trabalhos já existentes anteriormente. Tais programas tendem a ser rigorosamente
seguidos por seus adeptos, o que permite verificar a eficiência dos mesmos. No Brasil é menos
comum a existência de programas de terapia com tal tipo de estruturação. Normalmente, os
terapeutas seguem um pouco do que eles aprenderam durante a graduação, um pouco do que
viram em cursos ou do que leram nos livros de MO, tendendo a atuar de um modo empírico,
procurando sentir o que pode ser melhor para cada paciente. Porém, raramente existe um
programa pré-definido ou estruturado de intervenção e, embora encontremos algumas exceções,
estamos falando daquilo que tem sido mais comum.

É importante salientar que, em ambas as situações encontramos vantagens e desvantagens. Por um


lado, enquanto os procedimentos estruturados permitem uma seqüência, assim como uma
verificação do que está sendo mais efetivo, nem sempre conseguem levar em consideração
características ou necessidades específicas dos diferentes pacientes. Por sua vez, os procedimentos
não formalizados, embora possam ser mais flexíveis para considerar as especificidades do paciente,
nem sempre apresentam uma condição de controle de eficiência ou uma ordem em sua aplicação.
“O sucesso da terapia miofuncional depende da habilidade do terapeuta em ensinar e conduzir
bem a terapia. Se o terapeuta é um bom motivador o programa de terapia miofuncional será
sempre um sucesso”. p.2 Zickefoose, 1989.
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