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Rede Social

PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

PLANO DE

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

2012 – 2014

Vila Nova de Gaia

SUPERVISÃO _ Núcleo Executivo do CLAS de Vila Nova de Gaia

- Câmara Municipal de Vila nova de Gaia: Amélia Traça

- Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia: Mira Paulo

- Instituto da Segurança Social, IP. C.D. Porto: Odete Marques

- Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia: Célia Rodrigues

- Centro de Reabilitação Profissional de Gaia: Jerónimo de Sousa

CONCEPÇÃO E REDACÇÃO _ Departamento Municipal de Acção Social e Saúde

Equipa Técnica:

(Coordenação): Olivia Rito/Marina Nunes

Domingos Couto

Hersilia Carvalho

Olga Damas

Olga Teixeira

Susana Barros

Colaboradores: Ana Santos

Célia Teixeira

Elsa Pinto

Consultor: António Baptista

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO

I – Diagnóstico Social

1 – Demografia777777777777777777777777777777......12

1.1. População Residente


1.2. Estrutura Etária
1.3. Taxa de Variação
1.4. Índice de Envelhecimento e Dependência
1.5. Taxas de Crescimento Total, Natural e Migratório

2 – Equipamentos e Respostas Sociais por Problemática Social7777777.....25

2.1. Crianças e Jovens::::::::::::::::::::::::::::::::25


2.1.1. Creches
2.1.2. Centro de Actividades e Tempos Livres
2.1.3. Educação
2.1.3.1. Pré-Escolar
2.1.3.2. 1º Ciclo do Ensino Básico
2.1.3.3. 2º e 3º Ciclo de Ensino Básico e Cursos Tecnológicos
2.1.3.4. Ensino Privado
2.1.3.5. Níveis de Insucesso Escolar e Abandono Escolar
2.1.3.6. Projectos de Intervenção

2.2. Terceira Idade:::::::::::::::::::::::::::::::..:....49


2.2.1. Equipamentos e Respostas

2.3. Deficiência:::::::::::::::::::::::::::::::::::.53
2.3.1. Equipamentos e Respostas
2.3.2. Alunos com Necessidades Educativas Especiais

2.4. Saúde::::::::::::::::::::::::::::::::::::....57
2.4.1. Situação actual/ACES/Indicadores de Saúde
2.4.2. Saúde Mental
2.4.3. Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – RNCCI
2.4.4. Toxicodependência
2.4.4.1. Projectos de Apoio à Toxicodependência
2.4.5. HIV

3 – Famílias /Vulnerabilidade Social777777777777777777777 73

3.1.CPCJ:::::::::::::::::::::::..::::::::::.::..:.73
3.1.1.Os Níveis de Intervenção Comunitária na Protecção das Crianças e Jovens
3.1.2. A Intervenção das CPCJ

3.2. RSI:::::::::::::::::::::::::::::::::::::.....83

3.3. Violência Doméstica:::::::::::::::::::::::::::::::96

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3.4. Apoios de Emergência Social:::::::::::::::::::::.:::::103

4 – Emprego, Formação e Qualificação77777777777777777777106

4.1. Análise da Situação Actual:::::::::::::::::::::::::::..106


4.2. População Activa no Concelho::::::::::::::::::::::::...:108
4.3. Desemprego::::::::::::::::::::::::::::::.::.:.110
4.4. Qualificação profissional:::::::::::..:::::::::::::::::113
4.5. Ensino Profissionalizante:::::::::::::::::::::.:::::...:.114

II – Plano de Desenvolvimento Social

1 - Quadro de Referência de Intervenção Estratégica no Concelho77777..77..116

1.1 – Análise do potencial estratégico:::::::::::::.:::::...:................:..116

1.2 – Áreas de Potencial Estratégico do Desenvolvimento Social de Vila Nova de


Gaia::::::::::::::::::::::::::::..::::::::.:: 118

2– Estratégias de Intervenção em Vila Nova de Gaia777777...7777777.. 119

Infância e Juventude
Terceira Idade
Deficiência
Saúde
Rendimento Social de Inserção
Núcleos Locais de Inserção do R.S.I.

3 – Construção e Análise do Mapa de Vulnerabilidade Social do Concelho77..7.129

3.1. Mapas de Vulnerabilidade Social do Concelho::::::::::::::::::...132

3.2. Tipologias de Vulnerabilidade Social no Território:::::::::::......................143

3.3. Propostas de Intervenção Concelhia:::::::::::::::::::::::.148

Siglas77777777777777777777777777777777...777151

Glossário7777777777777777777777777777777777.153

Bibliografia777777777777777777777777777777...77..155

Anexos7777777777777777777777777777777.777...163

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INTRODUÇÃO

A Rede Social de Vila Nova de Gaia foi constituída a 28 de Fevereiro de 2000, como projecto-piloto, nos
termos da resolução de Conselho de Ministros nº 197/97 de 18 de Novembro e restruturada pelo
Decreto-lei nº 115 de 14 de Junho de 2006, que instituiu a Rede Social enquanto uma medida de política
social, que procura impulsionar um trabalho de parceria assente na planificação estratégica da
intervenção social local, visando a promoção do desenvolvimento social.

O trabalho da Rede Social, enquanto espaço privilegiado de conjugação de esforços entre os diferentes
parceiros sociais, pode de forma concertada e articulada, contribuir para garantir as condições e
oportunidades para uma efectiva inclusão.

A Rede Social de Gaia é constituída por um Conselho Local de Acção Social, composto por vinte e três
Comissões Sociais de Freguesia, englobando Instituições Públicas e Privadas, atravessando os vários
quadrantes sectoriais do território municipal, com responsabilidade na acção social do concelho. Na
Constituição das Comissões Sociais de Freguesia foram elaborados planos operacionais, seguindo a
técnica “Árvore de Problemas”, que permitiu o levantamento, discussão e identificação dos principais
problemas sociais das freguesias pelos parceiros presentes, o que conduziu à definição das primeiras
prioridades de intervenção com a respectiva calendarização das acções.

O Plano de Desenvolvimento Social de 2004/07 de Vila Nova de Gaia assumiu-se como um instrumento
orientador das actividades desenvolvidas no âmbito da Rede Social, definido em função dos problemas e
necessidades diagnosticados, bem como, das respostas sociais existentes.

A sua estrutura passou por definir vectores críticos da realidade social designados de eixos estratégicos
das grandes áreas problemáticas: comunidade educativa, empregabilidade e acção social.

A articulação dos parceiros e a convergência de recursos permitiu concretizar alguns dos objectivos e
propostas estratégicas anunciadas. A meta proposta na valência das creches (atingir o dobro das
respostas existentes) foi alcançada na sua totalidade (20%). No âmbito da 3ª idade as novas respostas
criadas nas IPSS foram significativas na valência lar (100 lugares), centro de dia (70 lugares) e apoio
domiciliário (155 lugares).

Também foram desenvolvidas parcerias entre instituições públicas e privadas, que de forma articulada e
integrada, encontraram respostas conducentes ao desenvolvimento social das populações mais
vulneráveis, tais como:

- Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vila D’ Este:” Agir XXI”.

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- Protocolos no âmbito do Rendimento Social de Inserção;

- Uma equipa local de Crianças e Jovens em Perigo;

- Gabinetes de inserção profissional (GIP);

- Territórios de Intervenção Prioritária (TEIP);

- 4 Projecto Escolhas:

- CEF, RVCC e EFAS criado em escolas do ensino regular da rede pública para dar resposta ao
abandono, absentismo e insucesso escolar;

- Criação de mais uma CPCJ.

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METODOLOGIA DO PDS

O actual contexto de mudança social acelerada em que vivemos é suficientemente complexo e


imprevisível para que se torne determinante uma releitura das opções estratégicas de intervenção e
consequente replaneamento da utilização dos recursos e sua priorização em função das novas
necessidades. Por um lado, acentuam-se as necessidades sociais associadas à ruptura e exclusão
social de grupos e famílias até há pouco sustentáveis, envolvendo franjas da classe média no circuito de
resposta social. Por outro, a restrição de recursos com que as instituições enfrentavam as problemáticas
sociais mais complexas e permanentes, como as baixas qualificações, competências parentais
desfasadas e questões específicas dos grupos mais vulneráveis (crianças em risco, idosos, deficiência,
dependências e insucesso escolar entre os jovens) acentuam a gravidade das necessidades sociais e os
problemas em que se enquadram.

Nesta etapa da conjuntura em que vivemos, o presente PDS, regulamentado pelo Decreto-Lei 115/2006
de 14 de Junho, deverá ser o instrumento de criação da adaptação e resposta da intervenção social do
concelho à nova situação. Assim, a lógica de planeamento que lhe está subjacente, baseia-se na
definição de quatro grandes orientações estratégicas:

- Caracterização social do Concelho;

- Priorizar os territórios onde se acentuam e convergem as necessidades sociais, orientando no futuro,


intervenções concertadas e integradas de intervenção no risco, perigo e emergência social;

- Identificar e estruturar a rede de respostas existentes no território, de modo a definir as tipologias de


resposta e equipamento social, que garantam a cobertura equitativa e de excelência do concelho,
ajustando os recursos às reais necessidade de Vila Nova de Gaia. Esta estratégia permite a coerência
da rede já existente, percebendo onde estão lacunas na resposta a certas problemáticas e zonas a
descoberto no concelho. Permitirá, igualmente, orientar os recursos escassos para as necessidades
realmente prioritárias, alertando para a escala de reais necessidades no território do concelho;

- Definir as prioridades estratégicas para a intervenção nas problemáticas sociais mais relevantes no
concelho, concertando um conjunto de estratégias como referencial para a acção dos parceiros da rede
social de Vila Nova de Gaia.

A metodologia adoptada no presente documento pretende conduzir à definição de um conjunto de


prioridades do trabalho da rede social no concelho, nomeadamente: evidenciar algumas tendências
(demográficas e outras) que possam condicionar o trabalho futuro das instituições, identificar as
prioridades de intervenção por eixo, actualizar as taxas de cobertura das respostas e equipamentos do
concelho de modo a estabelecer uma rede eficiente e não sobreposta e, por fim, identificar os territórios
prioritários no concelho (e respectivas problemáticas) que possam ser alvo de intervenções integradas

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multi-institucionais. As solicitações da rede sendo diversas e de vária ordem, conduziram à adopção de


uma metodologia mista e complementar, de acordo com diferentes procedimentos técnicos:

1- Actualização estatística

A actualização estatística do anterior PDS, que dista já cinco anos é uma componente metodológica
essencial. Os dados apresentados foram aqueles que foram possíveis recolher, por se tratarem dos
dados disponibilizados pelo INE e outras instituições, ao longo do tempo que decorreu a elaboração
deste estudo. Para muitas instituições parceiras da rede, a actualização estatística é fundamental para o
planeamento das suas respostas e intervenções no concelho. A análise estatística é necessária para as
instituições dimensionarem a capacidade existente, para a reorientarem de acordo com novas
necessidades e para a avaliação da sustentabilidade de algumas das suas opções.

Foram pesquisadas as fontes disponíveis com a colaboração activa das instituições do concelho:
Instituto Nacional de Estatística, Centro de Emprego de Gaia – IEFP, APAV, Ministério Público, ACES –
ARS, Carta Social do MTSS – GEP, DREN – Agrupamentos escolares, Departamentos Municipais da C.
M. G. – Educação e Acção Social, Banco Alimentar Contra a Fome, Projecto Escolhas, APDES,
Associação Abraço, CRI – IDT, IPSS de Vila Nova de Gaia, NLI 1 e 2 do Rendimento Social de Inserção
de Vila Nova de Gaia, ISS, I.P, CPCJ, AMI, EUROSTAT.

2- Actualização da Carta Social do Município

Nos cinco anos que distam do anterior PDS foram efectuados muitos investimentos na área social,
nomeadamente na criação de creches, lares de idosos e outras respostas sociais. Foi necessário
actualizar a dimensão da rede, de modo a verificar as taxas de cobertura por segmento de utentes e
pelos respectivos territórios de implantação.

Relevante para o planeamento do território em termos de respostas sociais foi também cruzar esta
informação com as variações demográficas, que definem potenciais orientações de investimento e
criação de novas respostas.

No actual contexto, torna-se imperativo racionalizar a rede de respostas existentes e a sua distribuição
equitativa no território, pelo que, a actualização das taxas de cobertura foi efectuada no presente PDS.

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3- Planeamento participativo na rede social

A garantia da participação dos parceiros da rede social nas suas decisões fundamentais foi desde
sempre um requisito metodológico chave, em todos os processos de planeamento. No presente PDS a
participação dos parceiros foi organizada em sessões temáticas por eixos, com a presença de todas as
instituições do concelho que se disponibilizaram a estar presentes. Os objectivos destas sessões foram
sobretudo criar um consenso sobre as prioridades e possibilidades de intervenções ou acções nestas
temáticas. Foram produzidos quadros síntese com as respectivas prioridades de intervenção.

Neste contexto foram realizadas as seguintes acções:

- Reuniões com as equipas e coordenadoras do RSI e coordenadoras dos NLI,s, com vista a uma
reflexão sobre a inserção social dos beneficiários do RSI;

- Grupos de trabalho com as instituições da área da Deficiência. Reunião com os técnicos das CSF no
sentido de definir os indicadores sociais das freguesias a constar no diagnóstico social do concelho;

- Sessão de trabalho para o planeamento do diagnóstico dos sem-abrigo em Gaia com os técnicos das
CSF e associações intervenientes nesta área, enquadradas na Estratégia Nacional para a Integração
dos Sem- Abrigo;

- Workshop’s sobre as respostas sociais na área da Deficiência, 3ª Idade e Infância (Creches e ATL);

- Reunião com o Director do Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia para discussão da questão do
Emprego, Qualificação e Formação;

- Apresentação em plenário do CLAS dos principais indicadores do Diagnóstico Social do Concelho para
discussão com os parceiros.

4- Organização dos territórios prioritários de intervenção

A leitura comparativa das problemáticas por território do concelho (freguesias) foi uma inovação
metodológica deste PDS. A leitura espacial das problemáticas territoriais pretendeu responder à
necessidade de “territorialização” das intervenções que também há muito foi traduzida na lógica da
criação das redes sociais como ferramenta territorial de intervenção.

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Procurou-se caracterizar as necessidades específicas de cada território no âmbito do concelho de modo


a tornar mais clara, objectiva e direccionada a definição e planeamento de intervenções integradas no
âmbito da rede social.

Nesta conformidade, após o trabalho desenvolvido com os parceiros, já referido, procedeu-se ao


tratamento da informação discutida. A organização da informação estatística, por freguesia, foi agrupada
pelos seguintes indicadores: acção social escolar, crianças e jovens em perigo sinalizados pela CPCJ,
beneficiários do RSI, população em situação de insuficiência económica apoiada pelo ISS,I.P,-C Dist do
Porto (subsídios de precariedade), habitação social, habitação social por insuficiência económica,
pessoas em situação de desemprego, consumidores de estupefacientes.

A sistematização destes indicadores, por freguesia, passou por definir os territórios com maior ou menor
grau de vulnerabilidade, através da concentração de problemáticas por território, o que permitiu definir as
tipologias de vulnerabilidade social em Vila Nova de Gaia.

Por cada tipologia identificada foi definida uma estratégia de intervenção, com níveis de prioridade social:
elevada, tendencialmente elevada, mais baixa e tendencialmente oscilante.

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I – DIAGNÓSTICO SOCIAL

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1 – DEMOGRAFIA

A evolução demográfica deve constituir simultaneamente um desafio e uma oportunidade.

O envelhecimento demográfico é um desafio ao qual só se pode responder se forem criadas condições


favoráveis para apoiar devidamente as pessoas que querem ter filhos e saber tirar o melhor partido das
oportunidades decorrentes de vidas mais longas, mais produtivas e com melhor saúde.

Na demografia, o resultado da conjugação de três factores, natalidade/esperança de vida/fluxos


migratórios, traduziu-se no envelhecimento da população no território nacional, nomeadamente em Vila
Nova de Gaia, o que modificou a sua estrutura e a pirâmide de idades. Trata-se de um duplo
envelhecimento, os designados «envelhecimento no topo» que corresponde ao aumento das pessoas
em idade mais avançada e «envelhecimento na base» que está relacionado com a diminuição das
pessoas em idades jovens. Isto vai ter implicações no equilíbrio entre a população em idade activa (15-
64 anos) e a população inactiva (65 mais anos), isto é entre a população produtiva e a população
dependente (beneficiada, que não participa na actividade económica).

A quebra da taxa de natalidade e o envelhecimento da população são frutos do progresso; o


prolongamento da esperança de vida é a consequência directa dos progressos da ciência, da higiene e
do nível de vida; o controlo da fecundidade pela própria mulher é o resultado da sua emancipação e
evolui paralelamente ao aumento do nível de educação das raparigas e à participação das mulheres na
vida activa. O declínio da fecundidade deve-se também à dificuldade em conciliar a vida profissional e a
vida familiar, ao contexto social gerador de ansiedade e ao temor do futuro.

As mulheres vivem mais do que os homens, o que se traduz na feminização do envelhecimento, e que
se reflecte na significativa parcela de mulheres em grupos de idade mais avançada.

Desta forma, a mudança demográfica é acompanhada de mudanças que atingem a composição das
famílias e traduz-se, designadamente, num número crescente de idosos que vivem sós. O aumento do
número de pessoas muito idosas e dependentes funcionalmente levanta novas preocupações de ordem
económica, social e mesmo ética.

As famílias, nomeadamente as mais jovens, enfrentam actualmente desafios resultantes sobretudo da


dificuldade de conciliar a actividade profissional dos pais com o cuidado dos filhos, na multiplicidade de
formas de vida familiar existentes e das novas exigências do estatuto da criança, pelo que se torna
fundamental organizar e dinamizar serviços/respostas sociais que lhes assegurem o bem-estar.

As projecções da população, para além de procurarem explicar a dinâmica populacional e os factores


que a podem influenciar, possibilitam informação de enorme relevância em processos de tomada de
decisão, como por exemplo o planeamento da oferta educativa e dos equipamentos sociais.

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As projecções do Eurostat (EUROPOP2008), apontam para um crescimento gradual e contínuo da


população da União Europeia até 2035 e posteriormente uma tendência de diminuição da população.
Paralelamente, a tendência será de envelhecimento da mesma.

Na União Europeia, com um aumento da população com idade igual ou superior a 65 anos e uma
diminuição da taxa da natalidade, as projecções apontam para 2060, a existência de 2 pessoas em idade
activa por cada pessoa com mais de 65 anos.

Portugal apresenta a este nível valores muito próximos da média europeia. A projecção da população
portuguesa aponta para um crescimento efectivo ligeiramente superior, mas a taxa de dependência
funcional dos idosos será igualmente superior em 2060, de 53,47% para a EU27 e de 54,76% para
Portugal.

Com a diminuição das taxas de natalidade e um aumento das taxas de mortalidade, o saldo natural da
população será negativo e o factor de crescimento da população será a imigração. Esta será um factor
determinante no crescimento populacional em Portugal e na Europa em particular, junto da população
em idade activa.

Segundo as projecções, as transformações demográficas caracterizar-se-ão por um envelhecimento


global da população, resultado da redução da percentagem de população jovem e do aumento da
proporção de população idosa; um declínio da população em idade activa, em particular nas faixas
etárias mais jovens e um aumento da taxa do envelhecimento e da dependência.

1.1 População Residente

A demografia estuda a dinâmica populacional, isto é, o seu objecto de estudo engloba a dimensão, a
estrutura e a distribuição da população humana num determinado território e período de tempo. As
estruturas demográficas não são estáticas, pois variam devido à natalidade, mortalidade, migrações e
envelhecimento.

O devir de cada região e as suas respectivas potencialidades parecem estar dependentes da intensidade
e direcção das migrações. O papel fundamental passa para as migrações internas e para a imigração.

A análise das estruturas demográficas do concelho de Vila Nova de Gaia, teve como referência a sua
integração aos seguintes níveis: Local (Grande Porto), Regional (Região Norte), Nacional (Portugal).

O Concelho de Vila Nova de Gaia é constituído por 24 freguesias, com uma área total de 168,4 Km2 e
1
com uma população residente , em 2009, de 315 382 Habitantes, dos quais 151 986 Homens e 163 396
Mulheres, apresentando uma densidade populacional de 1 872,9 Hab/Km2.

1
A População residente total inclui a população com nacionalidade portuguesa, com nacionalidade estrangeira, dupla
nacionalidade e apátridas (sem nacionalidade).

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Quadro 1 - População residente no Município de V. N. Gaia, por género,


área total e densidade populacional, em 2009

Densidade
População Área Total
Homens % Mulheres % populacional
Residente Km2
Hab/KM2

315 382 151986 48,2 163 396 51,8 168,4 1 872,9


Fonte: INE, Estimativas 2009.

Ao analisar o Quadro n.º 1, constatamos que a população feminina continua a ter maior peso na
população total, com 51,8%, embora a diferença percentual em relação à população masculina seja
pouco significativa.

Gráfico 1 - População residente nos Municípios do Grande Porto, em 2001 e 2009

1 600 000
1 370 657
1 400 000 1395751
1 200 000
1 000 000
800 000
600 000
400 000 263 131
315382
288 749
210558
200 000
0

População Residente em 2001 População Residente em 2009

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 1, Anexos.

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Gráfico 2 - Peso percentual da população residente por Município no Grande Porto,


em 2001 e 2009

Vila Nova de Gaia 22,6


Vila de Conde 21,1
Valongo

Trofa

Santo Tirso

Póvoa de Varzim

Porto
15,1
19,2
Matosinhos

Maia

Gondomar

Espinho

2009
2001

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 1, Anexos.

Em 2009, Vila Nova de Gaia é o Município que detém, no Grande Porto, o maior volume populacional,
com 315382 habitantes (gráfico n.º 1), o que representa 22,6% da população total (gráfico n.º2). O
Concelho do Porto situa-se na segunda posição, com 210558 habitantes (gráfico n.º1), apresentando um
peso percentual em termos de população de 15,1% (gráfico n.º2).

Entre 2001 e 2009, a representatividade de V.N. de Gaia aumentou, de 21,1% para 22,6% (gráfico n.º2),
assim como a diferença percentual na representatividade, quando comparada com o Município do Porto,
de 1,9% (em 2001) para 7,5% (em 2009).

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1.2 – Estruturas etárias

Gráfico 3 - População residente em Vila Nova de Gaia por grupo etário, em 2001 e 2009

57 58
60

50

40

30
17,1 15,7
14,1 15,3
20 11,9
11

10

0
0-14 anos 15-24 25-64 65 ou 0-14 anos 15-24 25-64 65 ou
anos anos mais anos anos mais
2001 2009

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 2, Anexos.

O perfil etário da população residente em Vila Nova de Gaia tem vindo a envelhecer, tanto a nível da
base como do topo da pirâmide etária. Como se pode verificar no gráfico n.º 3, registou-se um
envelhecimento na população residente em Vila Nova de Gaia, entre 2001 e 2009, visível na diminuição
da camada jovem (dos 0-24 anos) e no aumento da população activa (dos 25-64 anos) e da população
idosa (65 ou + anos). Em 2001, a população dos 0-14 anos representava cerca de 17, % da população
residente, valor que reduz para 15,7%, em 2009, decorridos 8 anos. No outro extremo da escala etária, a
proporção de residentes com 65 e mais anos de idade passou de 11,9% para 15,3%. Tal significa que o
índice de envelhecimento demográfico, que mede precisamente a relação entre a população idosa (65 +
anos) e a população jovem (0-14 anos), aumentou entre 2001 e 2009. O número de idosos quase
suplanta o de jovens, 15,3% por relação a 15,7%.

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Gráfico 4 - População residente em Portugal, Região Norte, Grande Porto e Vila Nova de Gaia,
por grupo etário, em 2009

15,3
65 ou mais 15,6

25-64 anos 58
58 Vila Nova de
2009

Gaia
11
15-24 anos Grande Porto
11

15,7 Norte
0-14 anos 15,4

Portugal

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas2009 – Ver Tabela 2, Anexos.

Em comparação com o Grande Porto, Vila Nova de Gaia encontra-se na mesma tendência, em todos os
grupos etários.

1.3 Taxa de variação da população residente

Gráfico 5 - Taxa de variação da população residente nos Municípios do Grande Porto, entre
2001/2009

25
20 19,4
15 14,6

10 9,2 9,2
6,6
5 5,4 4,3
1,8 1,4
0
-5 -4,2

-10
-15 -14,3

-20 -20

-25

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 3, Anexos.

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Ao analisar, o gráfico n.º 5, verificamos que V. N. Gaia no contexto do Grande Porto, apresenta um
crescimento significativo entre 2001/2009, registando o maior crescimento populacional em termos de
valores absolutos, na ordem das 26 633 pessoas, e um dos concelhos com valor relativo superior, 9,2%.

Gráfico 6 - Taxa de variação da população residente em Vila Nova de Gaia,


por grupo etário, entre 2001/2009

50 40,3

40

30

20 11,2
9,2

10 0,8

0
0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65e + anos Total
-10
-14,9
-20

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 3, Anexos.

É de realçar que em Vila Nova de Gaia o grupo etário que cresceu mais foi a população idosa, na ordem
dos 40,3% (gráfico n.º6), o que comprova o envelhecimento da população. No entanto, registou-se em
Vila Nova de Gaia um crescimento de 0,8% na camada mais jovem, dos 0-14 anos, o que não aconteceu
no Grande Porto, que revelou um valor negativo, -4,6% (gráfico n.º7).

Gráfico 7 - Taxa de variação da população residente em Vila Nova de Gaia e


no Grande Porto, por grupo etário, entre 2001/2009

60
40
20
0
-20
-40
anos anos anos anos
0-14 15-24 25-64 65e + Total
Grupos Etários
Grande Porto -4,6 -22,4 5,3 22 1,8
Vila Nova de Gaia 0,8 -14,9 11,2 40,3 9,2

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 3, Anexos.

18
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

A tendência de envelhecimento da população verifica-se em todos os Municípios, com a excepção do


Porto que teve um crescimento negativo em todos os escalões etários, revelando uma perda de
população residente na ordem das 52 573 pessoas.

1.4 Índices de envelhecimento e de dependência

Gráfico 8 - Índice de Envelhecimento em Portugal, Região Norte e


nos Municípios do Grande Porto, 2009

97,2
Vila Nova de Gaia
Vila do Conde 86,3
81,7
Valongo
81,5
Trofa
Santo Tirso 108
74,7
Póvoa de Varzim
160,2
Porto
102,5
Matosinhos
84,3
Maia
Gondomar 94,4
Espinho 117,1
101,8
Grande Porto
102,6
Norte
Portugal 117,6

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180


Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 4, Anexos.

Apesar do registo de envelhecimento da população de Vila Nova de Gaia, o seu índice de


envelhecimento em 2009, de 97,2%, é inferior à média do Grande Porto (101,8%), da Região Norte
(102,6%) e a nível nacional (117,6%). No entanto, é notório que desde 1991 até 2009, o índice de
envelhecimento em Vila Nova de Gaia aumentou significativamente, passando de 47,62% para 97,2%.

Gráfico 9 - Índice de Envelhecimento em Vila Nova de Gaia, em 1991, 2001 e 2009

97,2
69,78
100 47,62
80
60
40
20
0
1991 2001 2009
Índice de envelhecimento

Índice de envelhecimento 1991 Índice de envelhecimento 2001 Índice de envelhecimento 2009

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 4, Anexos.

19
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quanto ao índice de dependência, verifica-se o crescente fenómeno do envelhecimento, através do


aumento do rácio do índice de dependência de idosos, de 13,7% em 1991 passa para 22,1% em 2009.
O que significa que existem, em Vila Nova de Gaia, 22 pessoas idosas por cada 100 pessoas em idade
activa.

Gráfico 10 - Índice de dependência total, idosos e jovens em Vila Nova de Gaia,


em 1991, 2001 e 2009

50 44,9
40,7 42,6

40
28,8
30 23 22,1 24
16,7
20 13,7

10

0
IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI
2008/2009 2001 1991

IDT – Índice de dependência Total


IDJ – Índice de dependência Jovem
IDI - Índice de dependência Idosos

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 5, Anexos.

Gráfico 11 - Índice de dependência total, idosos e jovem em Portugal,


Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, em 2009

V. N. Gaia 44,9 23 22,1

Vila do Conde
Valongo
Trofa
S. Tirso
Póvoa de Varzim
Porto 51,5 19,6 31,7
Matosinhos
Maia
Gondomar
Espinho
Grande Porto 45,3 22,5 22,9
Região Norte 45,2 22 22,9
Portugal 49,4 22,8 26,7

0 20 40 60 80 100 120

Índice Dependência Total Índice Dependência Jovem Índice Dependência Idosos

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 5, Anexos.

20
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quando comparamos V.N. de Gaia com o Grande Porto, no que respeita aos índices de dependência
total e de idosos, verificamos que apresenta valores inferiores. O mesmo não se verifica no índice de
dependência jovem, que apresenta um valor ligeiramente superior à média do Grande Porto.

1.5 Taxas de crescimento total, natural e migratória

Gráfico 12 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório,


nos Municípios do Grande Porto, em 2009

2
0,84 0,21
1 0,63
0,12
0,15 0,03

-1

-2

-3
Taxa de crescimento efectivo Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento migratório
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 6, Anexos.

Vila Nova de Gaia apresenta um crescimento efectivo superior ao Grande Porto, 0,84% em relação a
0,15%. A taxa de crescimento natural segue a mesma tendência, 0,21% por relação a 0,12%. A taxa de
crescimento migratório, 0,63%, é superior à taxa de crescimento natural, 0,21%.

Gráfico 13 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório de Vila Nova de Gaia,


em 2001 e 2009

1,6
1,49
1,4
1,2
1,08
1
0,8 0,84

0,6 0,63

0,4 0,41

0,2 0,21

0
Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de
crescimento crescimento crescimento crescimento crescimento crescimento
efectivo natural migratório efectivo natural migratório
2001 2009

Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 6, Anexos.

21
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Sendo assim, pode-se constatar que o processo de crescimento populacional em V.N. de Gaia é devido
sobretudo ao contributo positivo do saldo migratório, tanto em 2001 como em 2009. No entanto, a taxa
de crescimento natural é igualmente favorável. Neste sentido, é importante o fluxo migratório na
dinâmica populacional.

Gráfico 14 - Indicadores demográficos de Vila Nova de Gaia, em 2001 e 2009

Taxa fecundidade geral 42,5

Taxa bruta divórcio 1,7


2001

Taxa bruta nupcialidade 5,7

Taxa bruta mortalidade 7,5

Taxa bruta natalidade 11,6

Taxa fecundidade geral 37,3

Taxa bruta divórcio 2,9


2009

Taxa bruta nupcialidade 3,3

Taxa bruta mortalidade 7,2

Taxa bruta natalidade 9,3

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 7, Anexos.

Pode-se constatar no gráfico n.º 14, um declínio da natalidade e da fecundidade, entre 2001 e 2009,
constituindo factores determinantes para o acentuar do envelhecimento da população, em
consonância com o prolongamento da vida até idades muito avançadas.

A conjugação dos factores como o envelhecimento da população, a diminuição do nível de


nupcialidade e de fecundidade, o aumento do nível de divorcialidade fizeram emergir novas
configurações familiares. Ao modelo clássico de pai/mãe/filhos acrescentam-se outras formas de
família, designadamente o aumento das pessoas que vivem sós, das famílias monoparentais e das
famílias recompostas a par da diminuição das famílias numerosas.

22
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Gráfico 15 - Nados-vivos e óbitos nos Municípios do Grande Porto, em 2009

12 233
14 000 10 647
12 000
10 000
8 000
6 000 2 872 2 929 2 254
4 000 1 962
2 000
0

Nados-vivos Óbitos

Fonte: INE, Estimativas 2009 – Ver Tabela 8, Anexos.

A taxa de natalidade tem decaído desde 1991, o que representa um decréscimo de nados vivos. No
entanto, o número de nascimentos tem sido superior ao número de óbitos, pelo que o crescimento
natural (medido pela diferença entre as duas variáveis) se apresenta positivo, com repercussões sobre a
vitalidade demográfica do município de Vila Nova de Gaia.

23
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Gráfico 16 - População estrangeira com estatuto legal de residente e que solicitou estatuto
de residente nos Municípios do Grande Porto, em 2009

5 171
Vila Nova de Gaia
588

Vila do Conde

Valongo

Trofa

Santo Tirso

Póvoa de Varzim
8 703
1 564 Porto

Matosinhos

Maia

Gondomar

Espinho
24 828
Grande Porto
3 595

População estrangeira com estatuto legal de residente


População estrangeira que solicitou estatuto de residente

Fonte: INE, Estimativas 2009 – Ver Tabela 9, Anexos.

No que respeita à população estrangeira com estatuto legal de residente e que solicitou estatuto de
residente, verificamos que no Grande Porto, Vila Nova de Gaia apresenta representações significativas,
com 20,8% e 16,4% respectivamente, só superado pelo Município do Porto, com 35,1% e 43,5%.

24
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2 – EQUIPAMENTOS E RESPOSTAS SOCIAIS POR PROBLEMÁTICA SOCIAL

2.1 CRIANÇAS E JOVENS

Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Organização das Nações Unidas considera que as
crianças, devido á sua vulnerabilidade física, psíquica e social têm direito a cuidados especiais.

2
A Declaração sobre os Direitos da Criança define um conjunto de direitos (civis, políticos, sociais,
económicos e culturais), assentes em quatro princípios basilares:

 “Não descriminação” na medida em que toda a criança tem direito a desenvolver o seu potencial;
 “O interesse superior da criança” deve ser consideração prioritária em todas as acções e
decisões;
 “A sobrevivência e desenvolvimento” sublinham a importância vital da garantia de acesso a
serviços básicos e á igualdade de oportunidades;
 “A opinião da criança” deve sempre ser tida em conta em todos os assuntos que se relacionem
em direitos.

Actualmente, um dos desafios da sociedade é conseguir que os seus sistemas de bem-estar se


adequem às alterações demográficas, económicas e sociais preservando os direitos de cidadania
consubstanciados no modelo social europeu.

As estratégias que se colocaram a nível nacional têm em atenção os seguintes indicadores globais:

- Decréscimo da natalidade, acompanhado de crescente envelhecimento populacional, com


reflexos no período contributivo;
- Crescimento da despesa com pensões a um ritmo superior ao das contribuições, traduzindo-se
em problemas para a sustentabilidade financeira;
- Transformações de carácter económico caracterizada por uma desaceleração no crescimento;
- Desemprego, com maior relevância em grupos com vínculos mais precários e em segmentos
da população com maior dificuldade de acesso ao mercado de trabalho;
- Vulnerabilidade de alguns grupos na ligação ao mercado de trabalho;
- Salários reduzidos;
- Dificuldades em conciliar a actividade profissional e a vida pessoal e familiar;
- Acréscimo de mulheres no mercado de trabalho quer por necessidade de equilíbrio do
orçamento/desempenho de papel activo na vida social/realização profissional;

2
Declaração dos Direitos da Criança adoptado pela Assembleia das Nações Unidas em 20/11/59

25
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- As alterações relativas a novas formas de viver a conjugalidade, tais como, a coabitação sem
casamento ou os agregados familiares monoparentais acarretam implicações nas condições de
vida e desenvolvimento das crianças/jovens;
- Maior dificuldade por parte de famílias monoparentais em equilibrar vida pessoal/familiar com a
vida profissional.

3
O Plano Nacional de Acção para a Inclusão apresenta orientações para uma política articulada e
transversal, que favoreça e constitua um instrumento central de promoção da conciliação entre a
actividade profissional e a vida pessoal e familiar, bem como um mecanismo de reforço da igualdade de
oportunidades e igualdade de género.

Neste plano são descritas algumas directrizes de actuação:

- Reforçar medidas no âmbito da protecção social;


- Investimento e qualificação das respostas existentes ao nível de equipamentos e serviços;
- Desenvolver políticas activas de emprego que reforcem o apoio às famílias e
consequentemente às crianças inseridas nestes agregados;
- Promover medidas no âmbito do sistema educativo;
- Promover a inserção profissional de grupos desfavorecidos, no quadro das políticas activas de
emprego e formação profissional, que contribuam para criação de melhores condições de
enquadramento familiar das crianças em situação de pobreza;
- Reforçar o exercício da parentalidade positiva. Pais e encarregados de educação devem
garantir o desenvolvimento de competências e potencialidades às crianças.

Os equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens têm um papel essencial na medida em que devem
responder às necessidades específicas de cada criança e jovem e respectivas famílias. Proporcionam
condições de retaguarda e complemento de funções parentais e/ou familiares, sendo inequívoca a sua
importância tanto no plano quantitativo, dando resposta ao mais alargado numero de crianças, como
qualitativamente, prestando um serviço de qualidade, ajustado às necessidades de crianças e jovens,
contribuindo para o seu crescimento nas diferentes dimensões: educativa e psicossocial.

3
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2006), Plano Nacional para a Inclusão 2006-2008, Lisboa.

26
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2.1.1 – Creches

Vila Nova de Gaia dispõe de uma taxa de cobertura de equipamento de creche, para o grupo etário dos
0 aos 2 anos, de 20,5%.

A população estimada para este grupo etário é 9382 crianças e o concelho dispõe de 1925 lugares
criados para dar resposta. Estas pertencem ao sector de solidariedade social e ao privado, sendo o
primeiro o responsável pelo maior número das mesmas, 1.010 funcionam em equipamentos das IPSS,
330 respostas estão aprovadas, ao abrigo dos vários Programa de Apoio para criação de equipamentos
sociais (PARES, QREN-POPH, ON) e 126 estão entregues a Amas, da responsabilidade do ISS-IP, e o
sector privado é responsável por 383 lugares.

A meta proposta no PDS da Rede Social de 2004-2007 apontava para o dobro do número de respostas
de creche, meta que foi atingida, tendo passado de 10,6% (2004) para 20,5% (2010), correspondendo a
um aumento de 9,1%. Apesar deste aspecto positivo da dinamização e esforço das IPSS do concelho na
concretização desta meta, existem ainda, 5 freguesias que não dispõem de qualquer tipo de
equipamento criado para este grupo etário, são elas: Lever, S. Pedro da Afurada, Seixezelo, Sermonde,
Serzedo.

Por outro lado, existem freguesias com taxas superiores ao valor da meta indicada pelo PNAI para 2013,
4
ou seja de 33% , destacando-se nesta situação, por ordem decrescente, as freguesias de Madalena
47%, Crestuma 46,6%, Avintes 38,7%, Olival 36,3 e Stª Marinha 37,3%.

Todas as instituições do concelho, com esta valência, têm lista de espera, representando isso um
indicador da carência desse equipamento.

Como foi referido antes, a meta do PNAI (2008-2010) aponta para um aumento de 33% na taxa de
cobertura até 2013, o que significa que Vila Nova de Gaia precisa de mais 12,5% de respostas para
este grupo.

4
Considerada a taxa de cobertura satisfatória para o grupo etário

27
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Quadro 2 - Nº de respostas sociais creches 0 – 2 Anos

3%
Tx.
5 Percentagem
FREGUESIA População IPSS Privados Amas Pares Total
Grupo
cobertura
Etário**
Arcozelo 13.417 402,5 35 35 8,70%
Avintes 12.478 374,3 140 5 145 38,70%
Canelas 13.323 399,7 63 63 15,80%
Canidelo 25.707 771,2 15 33 4 33 85 11,00%
Crestuma 3.221 96,6 45 45 46,60%
Grijó 11.134 334 19 19 5,70%
Gulpilhares 10.508 315,2 25 25 7,90%
Lever 3.284 98,5 0,00%
Madalena 10.133 304 95 48 143 47,00%
Mafamude 42.189 1.265,70 210 173 9 392 31,00%
Olival 6.067 182 33 33 66 36,30%
O.Douro 25.332 760 45 15 25 99 176 23,20%
Pedroso 19.984 599,5 44 17 61 10,20%
Perosinho 6.442 193,3 45 45 23,30%
Sandim 6.849 205,5 35 35 17,00%
Stª Marinha 33.307 999,2 255 41 18 59 373 37,30%
S.Feix Marinha 12.103 363,1 27 27 7,40%
S.Pedro Afurada 3.722 111,6 0 0,00%
Seixezelo 1.876 56,3 0 0,00%
Sermonde 1.314 39,4 0 0,00%
Serzedo 8.163 244,9 0 0,00%
Valadares 9.851 295,5 4 4 1,40%

V.Andorinho 18.108 543,2 33 33 16 82 15,10%


V.Paraíso 14.230 426,9 25 25 5,90%
TOTAL 312.740* 9.382,20 1.010 383 126 406 1925 20,50%
Fonte: Carta Social, MTSS- GEP, 2010 - DMASS e DME – CMG
*INE, Estimativas Provisórias 2008.
**Plataforma Supraconcelhia Grande Porto (valor estimado pelo DEP, ISS.IP) 2009.

5 A população por freguesia foi calculada a partir do valor da população do concelho, de acordo com as estimativas provisórias do
INE 2008, tendo sido aplicado o peso da população por freguesia segundo os censos 2001.

28
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2.1.2 Centro de Actividades de Tempos Livres

Em Vila Nova de Gaia temos 9 freguesias com Centro de Actividades de Tempos Livres para crianças do
1º e 2º ciclo do ensino básico da responsabilidade de Instituições de Solidariedade Social, com
6
capacidade para 1120 crianças, mas só 750 frequentam esta valência; as AEC funcionam em 102
escolas do 1º ciclo e correspondem a 600 turmas. O Inglês e Educação Física são actividades que
funcionam em todas as turmas, do 1º ciclo da rede pública, com horário até às 17h30m.

Na componente de apoio à família funcionam os ATL em 13 freguesias distribuídos por 29 salas, da


responsabilidade das Associações de Pais. Na rede privada existe uma capacidade de 142 lugares,
estando ocupados por 53 crianças.

Tanto a nível das IPSS como do sector privado, há uma oferta superior à procura para este tipo de
equipamento, não sucedendo o mesmo na rede pública.

6
Criadas por legislação da responsabilidade do Ministério da Educação em parceria com a Autarquia e geridas pela empresa
municipal GAIAANIMA

29
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Quadro 3 - Centro de Actividades de Tempos Livres

IPSS R. Público Privado


FREGUESIA
Capacidade Crianças ATL[7 AEC8 Capacidade Crianças
Arcozelo 60 60 1 x 40 -

Avintes - - 2 x - -

Canelas 50 48 - x - -

Canidelo 64 - 4 x - -

Crestuma 50 40 1 x - -

Grijó - - - x - -

Gulpilhares - - 1 x - -

Lever - - - x - -

Madalena - - 1 x - -

Mafamude 255 243 1 x 56 26

Olival - - 1 x - -

O.Douro 125 - 4 x 46 17

Pedroso 107 53 - x - -

Perosinho - - - x - -

Sandim 60 60 3 x - -

Stª Marinha 349 246 4 x - -

S. Feix Marinha - - - x - -

S. Pedro Afurada - - - x - -

Seixezelo - - - x - -

Sermonde - - - x - -

Serzedo - - - x - -

Valadares - - 3 x - -

V. Andoriinho - - - x - -

V. Paraíso - - 3 x - -

TOTAL 1120 750 29 - 142 53


Fonte: Carta Social, MTSS- GEP, 2010 - DMASS e DME – CMG.

7
Os ATL funcionam nas salas do 1º ciclo e são da responsabilidade das Associações de Pais.
8
AECs (Actividades Extra Curriculares).

30
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2.1.3 Educação

O PDS da Rede Social de V N Gaia definiu a Comunidade Educativa como um dos eixos estratégicos do
concelho. A educação escolar constitui um dos pilares estruturantes da vida dos indivíduos em
sociedade, sendo considerada um dos vértices fundamentais ao desenvolvimento do concelho e à
melhoria da qualidade de vida e bem-estar da sua população, crucial para a sua inclusão social. O PNAI
(2008-2010) defende que o acesso à educação apresenta-se como uma condição básica de
desenvolvimento do país, como também menciona que os fenómenos de insucesso e abandono escolar
estão frequentemente associados a situações de exclusão social.

Foram traçados vectores dentro do eixo estratégico da Comunidade Educativa do PDS, cujos objectivos
estratégicos foram implementados, tendo sido alcançados algumas metas propostas.

Quadro 4 - Indicadores de Educação

Ano

Percentagem 2005/2006** 2007/2008**

Taxa de pré- 9
57 59,6
escolarização

Taxa bruta de
10
escolarização no 102,8 100,6
Ensino básico

Taxa bruta de
11
escolarização 78,5 77,7
Ensino Secundário

Taxa da retenção e Total 1ºciclo 2ºciclo 3ºciclo Total 1ºciclo 2ºciclo 3ºciclo
desistência no
ensino básico 11,612 4,5 12,6 20,5 7,6 3,5 7,3 14,3

Taxa de Cursos Cursos


Cursos Cursos
Total gerais/científicos- Total gerais/científicos-
transição/conclusão tecnológicos tecnológicos
humanísticos humanísticos
no ensino
secundário 74,7 74,6 74,8 80,7 80,9 78,8

9
Dentro dos municípios do Grande Porto encontra-se 9º lugar - Tx GP- 73,8%9
10
Também neste indicador se encontra em 9º lugar Grande Porto - Tx GP- 119,6%
11
Encontra-se em 6º lugar nos municípios do Grande Porto -Tx GP- 93%
12
Neste está em 4 lugar face aos municípios do Grande Porto . Tx GP - 7,4%

31
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Ano

2005/2006** 2007/2008**

Percentagem

Relação de
feminidade no 62,9 58,8
ensino secundário

Taxa de ocupação
dos edifícios >100%*** __
13
escolares

Fonte: *Censos 2001; **Dados do INE I.P, 2009 Indicadores de educação por município, 2001/2008; *** Carta Educativa V N Gaia
2007.

Deste quadro salientamos os indicadores que evidenciam evolução no concelho:

 Tx de pré-escolarização que regista um aumento de 2,6% no espaço de dois anos;


 Tx da retenção e desistência no ensino básico baixou 4%;
 Tx de transição/conclusão no ensino secundário aumentou 6%.

2.1.3.1- Pré-escolar

No concelho, 6211 crianças do grupo etário dos 3-5 anos frequentam este nível de ensino, distribuídos
pelos vários equipamentos existentes com esta valência. Das várias respostas criadas, 3155 pertencem
à rede pública, com salas em todas as freguesias, 2153 são da responsabilidade de Instituições de
Solidariedade Social, que estão implantadas em 16 freguesias do concelho, e 925 pertencem ao sector
14
particular. A componente de apoio à família , nos jardins-de-infância da rede pública abrange 1795
crianças, o que significa que cerca de 57% das crianças que frequentam os equipamentos da rede
pública dispõem deste tipo de apoio.

A população estimada, para o grupo etário dos 3 aos 5 anos, em Vila Nova de Gaia é de 9382
15
crianças , o que corresponde a uma percentagem de 3% da população do concelho, sendo que a taxa
de cobertura de equipamentos para este grupo etário de 66,2%.

13 Não são incluídos os do Pré-escolar


14
A componente de apoio à família compreende: o serviço de refeições e do prolongamento de horário.

15
O cálculo para obtenção deste valor foi obtido a partir do mesmo valor que este grupo etário representava no peso da população
dos censos de 2001, ou seja de 3% e aplicado ao valor estimado da população do concelho de Vila Nova de Gaia, das Estimativas
Provisórias do INE 2008.

32
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Dispondo o concelho de uma taxa de cobertura considerável, existem, no entanto, freguesias, com taxas
de cobertura abaixo dos 50%, nomeadamente, Vilar de Paraíso e Vilar de Andorinho, com as taxas mais
baixas, respectivamente de 23,8% e 35%, seguidas das freguesias de Serzedo, S. Felix da Marinha,
Seixezelo, Gulpilhares, Canelas e Grijó. Em contraste, com esta situação existem outras com taxas
16
acima dos 90% , como Stª Marinha, Sandim, Arcozelo e Crestuma.

Quadro 5 - Relação de Alunos no Ensino Pré- Escolar, 3-5 anos em Vila Nova de Gaia

%Grupo Rede Pública Tx.


FREGUESIA População* 17 IPSS Privados Total
Etário Crianças18 Apoio19 cobertura
Arcozelo 13.417 403 62 125 85 186 373 92,5%
Avintes 12.478 374 120 154 72 - 274 73,3%
Canelas 13.323 400 40 125 71 21 186 46,5%
Canidelo 25.707 771 64 330 204 - 394 51,1%
Crestuma 3.221 97 56 40 - - 96 99,0%
Grijó 11.134 334 - 123 67 40 163 48,8%
Gulpilhares 10.508 315 44 94 56 - 138 43,8%
Lever 3.284 99 - 55 36 - 55 55,5%
Madalena 10.133 304 69 179 69 - 248 81,6%
Mafamude 42.189 1.266 430 273 142 301 1004 79,3%
Olival 6.067 182 50 137 73 - 187 100,2%
O.Douro 25.332 760 125 237 148 192 554 72,8%
Pedroso 19.984 600 100 220 121 - 320 53,3%
Perosinho 6.442 193 66 73 60 - 139 72,0%
Sandim 6.849 206 100 88 64 - 188 91,2%
Stª Marinha 33.307 999 707 238 156 115 1060 100,6%
S.Feix Marinha 12.103 363 60 89 57 - 149 41,0%
S.PedroAfurada 3.722 112 - 75 65 - 75 66,9%
Seixezelo 1.876 56 - 46 22 - 24 42,8%
Sermonde 1.314 39 - 24 24 - 24 61,5%
Serzedo 8.163 245 - 100 23 - 100 40,8%
Valadares 9.851 296 - 118 63 50 168 56,7%
V.Andoriinho 18.108 543 60 130 71 - 190 35,0%
V.Paraíso 14.230 427 - 82 52 20 102 23,8%
TOTAL 312.740* 9.382** 2.153 3.155 1795 925 6.211 66,2%
Fonte: INE – Estimativas Provisórias 2008; ** DMASS- cálculos de autor; CAE e Departamento Municipal de Educação e
Ensino CMVNGAIA- ano lectivo 2008/2009; e Carta Social - Segurança Social,

Comparando os dados apresentados no PDS de 2004-2007, para este grupo etário, observa-se uma
20
diminuição de 251 crianças , em relação aos valores actuais. Este decréscimo reflecte-se ao nível da
rede pública e das instituições de solidariedade social, só superada pela rede lucrativa, responsável pelo
aumento de 2% da taxa de cobertura, tendo esta, passado de 64,3% para 66,2%.

16
Meta PNAI- Alargar e racionalizar a rede de equipamentos pré-escolar, até 2008, aumentando as taxas de cobertura para: 95%
- 5 anos;85%- 4 anos; 85%- 3 anos.
17
Percentagem do grupo etário de 3%
18
Número de crianças a frequentar os Jardins de Infância
19
Número de crianças abrangidas pela Componente de Apoio à Família
20
Em 2004 havia 9633 crianças, dos 3-5 anos, de acordo com os Censos de 2001- INE

33
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2.1.3.2. - 1º Ciclo do Ensino Básico

No concelho de Vila Nova de Gaia, no ano lectivo de 2008/09, 13341 alunos encontravam-se a
frequentar o 1º ciclo do ensino básico, sendo 12031 da rede pública, distribuídos por 103 escolas,
ocupando 566 salas, o que representa uma média de aluno/sala de 21 alunos e 1308 alunos da rede
privada, distribuídos pelos 11 estabelecimentos de ensino existentes pelo concelho.

Quadro 6 - Relação de Alunos no 1º Ciclo do Ensino Público e Privado em V N Gaia

1º Ciclo
Freguesias
Público Nº Salas Med.al/sala Privado Total publ e priv.

Arcozelo 549 26 21 240 265

Avintes 539 27 20 - -

Canelas 452 21 21,5 - -

Canidelo 899 40 22,5 - -

Crestuma 119 6 19,8 - -

Grijó 475 23 20,7 - -

Gulpilhares 319 15 21,3 - -

Lever 135 7 19,3 - -

Madalena 406 19 21,4 - -

Mafamude 1622 69 23,5 350 373,5

Olival 308 16 19,3 - -

O. Douro 934 49 19 333 352

Pedroso 815 36 22,6 - -

Perosinho 183 8 22,9 - -

Sandim 302 14 21,6 - -

Stª. Marinha 1026 52 19,7 354 373,7

S.Félix Marinha 459 21 21,9 - -

S.P. Afurada 138 8 17,3 - -

Seixezelo 79 4 19,8 - -

Sermonde 64 3 21,3 - -

Serzedo 325 15 21,7 - -

Valadares 522 27 19,3 91 -

V. Andorinho 786 36 21,8 - -

V. Paraíso 575 24 24 - -

TOTAL 12031 566 20,9667 1308 13341


Fonte: CAE e Departamento Municipal de Educação – CMVNG Alunos inscritos no ano lectivo 2008/2009

Comparando com os dados apresentados no PDS anterior, houve uma diminuição de 179 alunos neste
nível de ensino.

34
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

A Carta Educativa do Município de Vila Nova de Gaia (2007) aponta como “propostas de ordenamento:

• Requalificação escolar, permitindo a eliminação dos horários duplos e o desenvolvimento da


«Escola a tempo inteiro»;
• Reforçar a oferta da Rede Pré-Escolar aumentando a cobertura para uma taxa próxima de 90%;
• Rentabilização de recursos dos meios e recursos disponíveis, procurando articulações e
complementaridade;
• Racionalização dos meios e recursos.”

Neste seguimento, e tendo como objectivo geral “ Modernizar o Parque Escolar” apresenta 8 propostas
21
de intervenção – construção para o 1º ciclo e pré-primário, hoje designados campus escolares .
Entretanto, e mais recentemente, foi acrescentado a esta lista, mais a construção de outro campo,
totalizando 9 campos escolares. A saber:

• Campus escolar da Serra do Pilar – EB1 e JI -em construção a abrir no ano lectivo
2011/012;
• Campus escolar Rego do Pinheiro – Avintes – EB1 e JI (com autorização para construir);
• Campus escolar da Lavandeira - O. Douro - EB1 e JI (com autorização para construir);
• Campus escolar Crasto - Madalena - EB1 e JI;
• Campus escolar Guardal – Mafamude - EB1 e JI;
• Campus escolar Pisão – Pedroso - EB1 e JI;
• Campus escolar Aldeia - Arcozelo - EB1 e JI;
• Campus escolar Juncal – S. Felix da Marinha - EB1 e JI;
• Campus escolar Arcos – Vilar de Andorinho- EB1 e JI.

21
Os campus escolares são um equipamento composto de salas de EB1 e JI , com salas de professores, cantina e cozinha, centro
de recursos, instalações sanitárias alunos, instalações sanitárias professores, instalação sanitárias pessoal, instalações sanitárias
deficientes, sala de atendimento, Biblioteca, recreio coberto, arrumos balneários, polivalente e instalações desportivas. , “Programa
Nacional da Requalificação do 1º ciclo do ensino Básico e Pré- Escolar “visa garantir a igualdade de oportunidade de acesso a
espaços educativos de dimensão e recursos adequados ao sucesso educativo, através da prioridade à reorganização da rede de
escolas, em colaboração com as autarquias”

35
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2.1.3.3 - 2º/3º Ciclo do Ensino Básico, Secundário e Cursos Tecnológicos

Quadro 7 - Relação de alunos do 2º, 3º ciclo, Secundário,


CEF, EFA. E. Profissional no E. Público em V.N.G.

Ciclos e Cursos
Freguesias TOTAL
2º 3º Secundário CEF Efa Profissionais

Arcozelo 657 731 188 54 94 106 1830

Avintes 312 296 - 27 41 - 676

Canelas 510 689 190 - 175 1564

Canidelo 656 951 360 13 - 269 2249

Crestuma - - - - - - -

Grijó 294 323 - 17 38 - 672

Gulpilhares - - - - - - -

Lever - - - - - - -

Madalena 234 244 - 14 - 492

Mafamude 1075 1878 1488 257 387 492 5577

Olival 467 590 298 - - - 1355

O. Douro 331 583 318 53 121 1406

Pedroso 508 720 585 11 109 85 2018

Perosinho - - - - - - -

Sandim - - - - - - -

Stª. Marinha 241 227 - 15 - - 483

S. Félix Marinha - - - - - - -

S.P. Afurada - - - - - - -

Seixezelo - - - - - - -

Sermonde - - - - - - -

Serzedo - - - - - - -

Valadares 586 817 478 108 - 84 2073

V. Andorinho 526 489 - 67 - - 1082

V. Paraíso - - - - - - -

TOTAL 6397 8538 3905 583 722 1332 21477


Fonte: CAE e Departamento Municipal de Educação – CMVNG Alunos inscritos no ano lectivo 2008/2009.

Sobre estes níveis de ensino, verificamos que no existem 6397 alunos no 2º ciclo, 8538 no 3ºciclo e
583 alunos em CEF (Curso de Educação e Formação) num total de 15518, que juntamente com o 1º
ciclo representa 27549 alunos no ensino básico. O ensino secundário tem 3905 alunos, sendo 1332
dos cursos tecnológicos, dando um total de 5237 alunos.

Nas várias escolas do concelho, neste ano lectivo de referência, 722 alunos frequentam cursos EFA
(Educação e Formação de Adultos). Seguindo a mesma tendência de decréscimo da população em
Vila Nova de Gaia, estes níveis de ensino são igualmente atingidos de decréscimo da população. E
novamente, por comparação com os dados do PDS anterior, verifica-se uma diminuição de 907

36
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

alunos, o que corresponde a um deficit de 5,5% em relação a 2004. O mesmo aconteceu no


secundário, este nível de ensino perdeu 1167 alunos, menos 18,2% do que em 2004.

2.1.3.4– Ensino Privado

Em Vila Nova de Gaia existem em funcionamento 11 estabelecimentos de ensino privado, dos quais,
10 com o 1º ciclo, 5 com o 2º ciclo e 3º ciclo, 6 com o secundário regular e 1 com ensino recorrente.
Frequentam este tipo de ensino, 1308 alunos do 1º ciclo, 1407 alunos do 2º e 3º ciclo, 2385 alunos no
22
ensino secundário , e 34 alunos no ensino recorrente.

Quadro 8 - Relação de alunos no 1ª, 2ª, 3º ciclo do EB e Secundário


E E. Profissional no E. Privado

1º, 2º, 3º ciclo, Secundário, Ensino Profissional


Freguesias
1º 2º 3º Secundário E. Recorrente TOTAL
Arcozelo 240 - - 76 - 316

Avintes - - - - - -
Canelas - - - - - -
Canidelo - - - - - -
Crestuma - - - - - -
Grijó - - - - - -
Gulpilhares - - - - - -
Lever - - - - - -
Madalena - - - - - -
Mafamude 350 245 284 1123 34 2036
Olival - - - - - -
O. Douro 333 59 40 - - 372
Pedroso - 268 390 1144 - 1802

Perosinho - - - - - -
Sandim - - - - - -
Stª. Marinha 354 47 74 42 - 517

S.FélixMarinha - - - - - -

S.P. Afurada - - - - - -
Seixezelo - - - - - -
Sermonde - - - - - -
Serzedo - - - - - -
Valadares 91 - - - - 91
V. Andorinho - - - - - -

V. Paraíso - - - - - -

TOTAL 1308 619 788 2385 34 5134


Fonte: DREN – FREQ - part 2008_09.

22
Não é feito descriminação dos cursos.

37
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Também o ensino privado foi atingido pela diminuição de alunos, acompanhando a tendência
demográfica já atrás apresentada. Assim, no ano lectivo 2008/ 2009, há menos 237 alunos no 2º e 3º
ciclo e 277 no secundário, do que em 2004.

Quadro 9 – Quadro Síntese

Quadro Síntese

1º ciclo 2º e 3º ciclo Secundário Esc. Profissionais E. Superior


Níveis
Público Privado Público Privado Público Privado Público Privado Público Privado

Equipamentos 103 11 15 5 9 6 - 2 1 4

Nº de alunos 12031 1281 14305 1407 5237 2419 - 965 2200 3987

Fonte: DREN – FREQ - part 2008_09.

2.1.3.5 Níveis de Insucesso Escolar e Abandono Escolar

No ano lectivo de 2008/2009, a taxa média de insucesso escolar nas escolas do concelho de Vila Nova
23
de Gaia foi de 7,6% e a taxa de abandono de 1,5%, (a taxa insucesso do GP- 6,7% ).

No que se refere ao insucesso por nível de ensino, encontramos os seguintes dados:

- 1ºciclo apresentou um valor de 3,2% (Grande Porto - 3,1%);


- 2ªciclo de 7,3% (Grande Porto – 6,1%);
- 3ºciclo de 16,6% ( Grande Porto - 12,1%);
24
- Secundário CN 13,6%.

Analisando o insucesso escolar pelos Agrupamentos e Escolas Secundárias do concelho, constatamos o


seguinte:

- Com taxa mais alta:

• Agrupamento Vertical de Stª Marinha 11,6% e de 25,2% no 2º ciclo;


• Agrupamento Vertical de Vila D’Este 9,7%;
• ES3 Inês de Castro 22,8% - Com uma tx de 38,1% no 3º ciclo;
• ES3 Arq. Oliveira Ferreira 16%;
• Agrupamento Vertical de Canelas – Com uma tx no Secundário CN 25,1%.

23
Fonte: Dados do INE,I.P.,2009 “Indicadores de educação por município, 2007/2008”

24
Na área das Científicas Naturais

38
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

- Com taxa mais baixa:

• Agrupamento Vertical D. Pedro I 2,6%;


• Agrupamento Sophia de Mello Breyner 3,3%;
• ES3 António Sérgio 6%;
• ES3 Joaquim Ferreira Alves 7%.

2.1.3.6 – Projectos de Intervenção

Territórios de Intervenção Prioritária

Os Territórios de Intervenção Prioritária (TEIP) foram instituídos pelo Despacho Normativo nº 55/2008,
de 23 de Outubro de 2008, têm por base o princípio da igualdade de oportunidades e da equidade social
com vista á promoção da dignidade do individuo e do sucesso escolar das crianças e jovens,
nomeadamente as que se encontram em situações de risco.

Pretendem reforçar a dupla função da escola, ou seja, o estabelecimento escolar como responsável pela
promoção do sucesso educativo e como instituição central do processo de desenvolvimento comunitário.

Encontram-se em consonância com as prioridades deste Município, nomeadamente, a inclusão social e


as políticas educativas. Neste contexto, existem no concelho três projectos educativos, abrangendo a
população de Canidelo, S. Pedro de Afurada e Vilar de Andorinho, num total de 4. 447 alunos, inseridos
entre o Jardim de Infância e o 12º ano.

39
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 10 - Projecto TEIP “Acolher, Formar e Preparar para a Vida"


Área
População Total
Projecto Problemáticas Objectivos Acções geográfica Parcerias Duração
Alvo Alunos
abrangida

1- Rumo ao Sucesso
APPACDM (Assoc.
(Disciplina de oferta de
Portuguesa de pais e
escola; Matemática em
amigos do cidadão
acção; Sala de estudo;
deficiente mental);
acções de
Coordenador de
sensibilização; Turma
Educação para a
mais:).
Saúde; Câmara
Municipal de Vila
2- (Com) viver com saber
Nova de Gaia;
em segurança
Comissão de
(Grupos de
Combate à indisciplina Freguesia de
Indisciplina; desenvolvimento de
e comportamentos Canidelo e Afurada;
"Acolher, Hiperactividade e competências; Acção
desajustados; Conselho Local de
Formar e desconcentração; tutorial; Conhece-te;
Combate á Acção Social;
Prepara para a Dificuldades de Segurança na escola;
desmotivação e ao Contrato de
Vida" (Escola aprendizagem; Gabinete de apoio ao
abandono e 1083 desenvolvimento 2 ANOS
Secundária Inês Problemas de ordem aluno:). Canidelo e S.
absentismo escolar; Ensino básico e Alunos. Social de Canidelo; (2009/2011).
de Castro). familiar; Instabilidade Pedro Afurada.
Sucesso educativo; secun- Assoc. Portuguesa de
psicológica; 3-Valoriza-te pela escola
Relação escola, Dário. Apoio á Vitima SOS
Comportamentos (Certifica-te para o
família, comunidade; Racismo; Bombeiros
desajustados; futuro; Orienta-te; clubes;
Comunicação interna. Sapadores de Gaia;
Absentismo. Qualific@ESIC;;
Escola Segura/PSP;
Semanas temáticas:).
Unidade de saúde
familiar de Canidelo;
4-ESIC em família (Rede
Autoridade de Saúde
Social concelhia; Apoio
de Gaia; Associação
psicossocial; Educação
de pais (APESCA);
parental/acções de
Associação recreativa
sensibilização; Visitas
de Canidelo.
domiciliárias; Luta contra
a pobreza:).

5- O Nosso rosto (Rota


ESIC; Rádio ESIC;
Desalinho - Jornal
escolar; Canal interno de
televisão; Rádio SIC:).

Informação relativa a 2009/2011 - Fonte: DREN.

40
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 11 - Projecto TEIP “"D. Pedro @Agir"

População Total Área geográfica


Projecto Problemáticas Objectivos Acções Parcerias Duração
Alvo Alunos abrangida

Fomentar hábitos de
AMI (Centro Porta Amiga de
estudo nos alunos e a sua
Vila Nova de Gaia);
participação cívica.
Falta de acompanhamento APAV (Associação de Apoio
familiar. 1-Agir pelo à Vítima);
Incentivar a participação
Sucesso Associação de
da família na vida dos
Atitudes Comportamentais. (Matem@agir; Solidariedade Social dos
seus filhos.
Linguas em Idosos de Canidelo;
Má gestão de recursos. @cção; Projecto Educativo D. Pedro
Prosseguir na política de
Diversificação da @gir 2011;
inclusão sócio-escolar das
Falta de formação/educação. oferta educativa; Associações de Pais das
minorias culturais e sociais
@acção inclusiva; Escolas do Agrupamento de
ou dos que têm problemas
Várias dependências. Saúde em Escolas D. Pedro I;
de aprendizagem,
@acção:). Câmara Municipal de Vila
emocionais ou outros.
Desemprego. . Nova de Gaia; GaiaSocial;
Freguesia de
2-VIV@gir GaiAnima; Rede Social);
Criar ofertas educativas Canidelo e S. Pedro 2 ANOS (2009/2011).
Violência doméstica. (Anim@ação; Casa de Santa Isabel;
D. Pedro @Agir" destinadas à comunidade. da Afurada
@GIR;Info@gir; CerciGaia;
(Agrupamento de (EB1/JI Afurada de
Falta de recursos financeiros da Anim@ção:). Centro de Saúde Barão do
escolas D. Pedro Melhorar a segurança na Cima; EB1/JI de
comunidade e das famílias. Alunos do pré- Corvo;
I). comunidade escolar. Afurada de
3-Re--agir escolar, 1º ,2º, e 3º 2.264 Comissão de Protecção de
Baixo;EB1/JI do
Baixa auto- estima. (Gabinete de Ciclo. Alunos dos Alunos. Crianças e Jovens em
Diminuir o número de Meiral; EB1/JI do
Intervenção social; cursos CEF. Perigo de Vila Nova de
alunos por turma. Viso; EB1/JI de S.
Atitudes Comportamentais. Plano de acção Gaia;
Paio; Escola Básica
tutorial; @gir em Escola Secundária Inês de
Assegurar a articulação de Canidelo; JI de
Alunos com necessidades família; Gabinete Castro;
curricular e de atitudes Canidelo; EB1/JI de
educativas especiais. de medi@ção Escola Superior de
entre os ciclos e unidades Chouselas).
comportamental; Educação do Porto;
do Agrupamento.
Dificuldade no domínio do Serviço de IDT (Instituto da Droga e
Português e Matemática. Psicologia e Toxicodependência);
Favorecer o trabalho em
orientação...). Junta de Freguesia de
equipa.
Existência de emigrantes e Canidelo;
dificuldade na língua 4-Agir em Junta de Freguesia de S.
Alargar e qualificar os
Portuguesa. cidadania! Pedro da Afurada;
recursos humanos e
(Parlamento Pastelaria Mira Sol.
materiais.
jovem; Atitudes e
trabalho em
Catalisar a simplificação e
acção; Padrinhos
a optimização de
em acção...).
procedimentos.

Desenvolver uma cultura


de avaliação.

Dados referentes a 2009/2010 - Fonte: DREN.

41
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 12 - Projecto TEIP "Intervir para Progredir"

Popula Área geográfica


Projecto Problemáticas Objectivos Acções Total Alunos Parcerias Duração
ção Alvo abrangida

.
Biblioteca Municipal de Gaia
1:Agarra o sucesso
e Almeida Garrett;
(Plano Nacional da Leitura;
Hospital de Gaia;
Programa Nacional do
Centro de Saúde;
Ensino de Português,
Porto Editora;
Plano de Matemática,
Edições Asa;
Plano Tecnológico; Sala de
Centro de Formação Gaia
Estudo;
Oeste; Junta de
Plano Acção Tutorial:).
freguesia Canidelo;
Gaiurb - Habitação E.M.;
2: Marca a tua presença
Gaianima, E.M.; 2009/2011
(Diversificação da oferta
Associações Culturais .
educativa; laboratório de
Freguesia de Locais; Câmara Municipal
música; Desporto Escolar;
Vilar de de Vila Nova de Gaia;
"Intervir para Actividades externas; População
Insucesso escolar; Alunos do Andorinho Comissão de Crianças e
Progredir" Assegurar uma Clube de artes, Diferenciar alvo directa:
Abandono e pré - (E.B. 1 de Vila Jovens em Perigo;
(Agrupamento Educação de para integrar; Cientistas 1.100 alunos;
absentismo escolar; escolar, 1º d'Este; E.B.1 de Equipas Multidisciplinares
Vertical de base com XXI; Dimensão humana e População
Indisciplina física e ciclo, 2º e S. Lourenço; E.B. de Acessoria aos Tribunais;
Escolas de Vila qualidade para cultural; Animação de indirecta:
verbal; 3º ciclo. 1 de Balteiro; Projecto Escolhas;
D'este). todos; Dinamizar espaços e apoio ao 3.000
Carência de Hábitos de E.B. 2/3 de Vila Fundação Padre Luís;
e promover o aluno:.). famílias.
Higiene; d'Este). Projecto Agir XXI;
estudo.
Famílias Instituto de Segurança
3: Indisciplina? Violência?
monoparentais. Social - Vila Nova de Gaia;
Comportamentos de risco?
Centro de Saúde Soares
Estou Fora! (Sala de Apoio
dos Reis;
cívico, Estou seguro na
Universidade Católica
escola; Clube de
Portuguesa;
prevenção e protecção
Instituto de Ciências da
civil; Plano de acção
Saúde; Centro Hospitalar de
tutorial:
Vila Nova de Gaia;
Santa Casa de Misericórdia
5: Pela Nossa Saúde!
de Vila Nova de Gaia;
(Educação para a saúde;
Instituto Português do
SPO e ES - Escola mais
Sangue; Instituições Apoio
saudável).
Social (AMI,
Samaritanos...).

Dados referentes a 2009/2010 - Fonte: DREN.

42
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Programa Escolhas

O Programa Escolhas é um programa de âmbito nacional que se iniciou em 2001 com a


denominada 1ª geração, estando neste momento a decorrer a 4ª geração “Uma escolha com
futuro”. Este programa é tutelado pela Presidência do Conselho de Ministros em parceria com o
Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural visando a promoção da inclusão social
de crianças e jovens em contexto socioeconómico mais vulnerável.

Desde o seu início, o programa tem demonstrado uma capacidade de intervenção no domínio da
inclusão social, assumindo um carácter transversal que permite criar igualdade de oportunidades
para as crianças e jovens em risco de exclusão. Assume especial importância a articulação com
diversos programas e organismos, como acontece no Concelho de Vila Nova de Gaia onde
existem quatro projectos inseridos no Programa Escolhas, distribuídos pelas freguesias de
Sandim, Oliveira do Douro, Olival e Vilar de Andorinho, abrangendo 1125 crianças, jovens e
famílias da comunidade em situação de vulnerabilidade.

Quadro 13 - Projecto Escolhas "Escolhe Vilar"

População Grupo Freguesias de


Projecto Objectivo Actividades Parceiros
alvo etário Intervenção

- Actividades
Lúdico/Pedagógicas.

- Ludoteca.
Junta Freguesia
de Vilar de
Contrariar - Atelier’s de expressão
Andorinho.
processos de plástica, culinária,
exclusão de intercultural.
Gaiurb.
crianças,
jovens e Vilar de - Animação desportiva.
Crianças e 6 aos Agrupamento
"Escolhe famílias. Andorinho (Vila
Jovens 18 Vertical de Vila
Vilar" D'este e - Orientação Escolar e
(Total: 250). anos. D'Este.
Promover a Balteiro). vocacional.
inclusão Social
Comissão Local
das crianças, - Apoio escolar.
de
jovens e
Aconselhamento
famílias.
II.
- Apoio psicossocial.

- Acções de
sensibilização.

Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Coordenadora do projecto.

43
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 14 - Projecto Escolhas “Mais Jovem”

Freguesias
População Grupo
Projecto Objectivo de Actividades Parceiros
alvo etário
Intervenção

- Escola e Projectos de
Vida (apoio escolar,
mediação escolar,
Promover
acções educativas,
Sucesso
orientação vocacional).
Escolar. Junta de Freguesia
de Olival.
Crianças e - Vida Saudável
Jovens (desporto, colónia de
Agrupamento
férias, promoção da
Aumentar as Vertical das
(Total:820). saúde e da higiene,
competências Escolas de Olival.
Freguesia de quinta pedagógica).
pessoais e
Olival - Bairro
“Mais sociais das Escola Secundária
6 aos Social D. - Sócio- cultural (espaço
Jovem”. crianças, jovens e do 3º Ciclo.
16 Armindo lúdico-pedagógico,
e famílias.
anos. Lopes Coelho. expressão artística,
Gaiurb -Urbanismo
hora da leitura, visitas e
e Habitação
Famílias passeios, animação
EEM.
comunitária).
Promover a
(Total: 196).
Iniciativa, Comissão
- Cidadania e
Participação e Protecção de
empreendedorismo
Cidadania dos Crianças e Jovens.
(serviço comunitário,
Jovens.
voluntariado, orçamento
participativo.

- Intervenção familiar
(educação familiar,
formação de adultos,
apoio e informação).

Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Coordenadora do projecto.

44
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 15 - Projecto Escolhas “Olh@r Mais Positivo"

Freguesias
População Grupo
Projecto Objectivo de Actividades Parceiros
alvo etário
Intervenção

Gaiurb -
Urbanismo e
Promover o Sucesso Habitação
escolar e Apoiar a EEM.
Definição de
- Acompanhamento
Projectos de Vida Associação de
psicopedagógico.
das Crianças e Socorros
Jovens. Mútuos de
- Atelier de
Nossa
Expressão Plástica
Sensibilizar para o Senhora da
e Artística.
Processo de Co- Esperança de
responsabilização Sandim e
-Atelier de
Parental e Promoção freguesias
imaginação e
da Estilos Educativos circunvizinhas.
criatividade.
mais Funcionais.
Junta de
-Apoio ao estudo.
Promover a Inclusão Freguesia de
Social das Crianças e Sandim.
-Gabinete de
Jovens, assim como
Crianças e mediação social.
"Olhar dos seus familiares. 6 aos Agrupamento
Jovens Freguesia de
Mais Educação Parental. 24 Vertical de
Sandim. - Ludoteca.
Positivo". anos. Olival.
(Total: 150).
Banco de
- Orientação
Voluntariado. Escola
vocacional e em
Secundária
grupo.
Clube dos Diogo de
Descobridores. Macedo.
- Gabinete de apoio
ao adolescente.
Actividade de Teatro
Simulação Amador de
- Educação para a
Profissional. Sandim.
saúde.
Ateliers de Música e Centro Social
- Educação
Sociodrama. de Sandim.
ambiental.
Actividades de Comissão de
Intercâmbio. Protecção de
Crianças e
Jornal do Projecto. Jovens de Vila
Nova de Gaia
- Sul.

Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Coordenadora do projecto.

45
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 16 - Projecto Escolhas "Desafios"

Freguesias
População Grupo
Projecto Objectivo de Actividades Parceiros
alvo etário
Intervenção
Junta de
Freguesia de
Oliveira do
Douro.
- Apoio
Psicopedagógico e
Cooperativa
Escolar.
de
Solidariedade
- Oficina de
Social Sol
Competências de
Maior.
Diminuir Situações estudo.
de Insucesso,
CRL;
Absentismo, - Grupos de
Fundação
Abandono escolar. Transição 1º/2º
Padre Luís.
Ciclo.
Agrupamento
Promover a - Mediação Escola
Escolas de
Inclusão em Família.
Oliveira do
alternativas de
Oliveira do Douro.
Formação/Emprego Crianças, -
Douro.
dos destinatários, jovens 6 aos Acompanhamento
Colégio
Projecto sem a escolaridade 24 Alunos.
Adventista de
"Desafios". Obrigatória. (Total: 130) e anos.
(Bairro Guarda Oliveira do
famílias. - C.E.F.
Livros). Douro.
Promover a - Clube de
Igreja
cidadania e o Formação,
Adventista de
desenvolvimento Emprego e
Oliveira do
de competências Orientação.
Douro.
pessoais, sociais
relacionadas com - Espaço Lúdico e
Associação
as crianças e Pedagógico.
Oliveirense de
jovens envolvidos.
Socorros
- Equipa de Rua.
Mútuos.
- Desporto.
Centro de
Novas
-Espaço Cid Net.
Oportunidades
- Escola
Secundária/3
Oliveira do
Douro.

Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Técnico responsável pelo projecto .

Projecto Integrado de Educação e Formação


25
O Programa PIEF surge em 2004-2005, na Escola Básica de Santa Marinha, enquanto resposta
preventiva ao abandono/insucesso escolar e à inserção precoce no mundo de trabalho,
identificado como problema no Plano Operacional da Comissão Social de Freguesia de Santa
Marinha. Desde essa data que se têm desenvolvido esses projectos, na referida escola, como
resposta a alunos do 2º ciclo, outros de continuidade para alunos do 3º ciclo, finalizando com
estrutura curricular de CEF, permitindo obter uma dupla certificação, escolar e profissional.

25 Despacho Conjunto nº 948/2003 de 26/09 dos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho

46
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

A Entidade Gestora dos Projectos tem sido a FEDAPGAIA, a Entidade Formadora a EB2/3 de
Santa Marinha, fazendo parte outros parceiros nomeadamente a Câmara Municipal Vila Nova de
Gaia, enquanto coordenadora do CLAS da Rede Social, estrutura donde saiu o Plano Operacional
da CSF.

Inicialmente o PIEF, resultou de uma partilha de responsabilidades entre a EB2/3 de Santa


Marinha a EB2/3 Teixeira Lopes, mas nos últimos anos passou exclusivamente para a EB2/3 de
Santa Marinha. No ano lectivo de 2010/20011, mais dois projectos PIEF entraram em
funcionamento, um na EB2/3 Teixeira Lopes e o outro EB2/3 Padre Luís Moreira. O aumento de
casos de insucesso e abandono escolar, o número de casos sinalizados à CPCJ que surgiram
nessas escolas e a falta de respostas mais adequadas levaram os responsáveis a apresentarem
as candidaturas. Estes novos projectos destinam-se à certificação do nível do 6º ano de
escolaridade para os jovens abrangidos.

São objectivos dos PIEF:


• “ Certificar os jovens com o 2º e 3º ciclo do ensino básico;
• Fortalecer os laços que se têm vindo a criar e apoiar a concretização de projectos
educativos que cada vez mais se abrem à comunidade;
• Intensificar e alargar medidas de prevenção, com vista à redução da percentagem de saídas
precoces da escolaridade obrigatória, através de programas e projectos de intervenção
directamente relacionados com a população absentista e abandonante;
• Proporcionar aos alunos novas oportunidades, reforçando-lhes a auto-estima e permitindo
melhorar os seus desempenhos escolares em novos espaços de aprendizagem, que constituam
dispositivos de luta contra o insucesso e a exclusão social, consagrando modos flexíveis de
organização escolar e pedagógica;
• Promover a educação e a formação como um processo permanente ao longo da vida,
articulando as actividades formais e informais de educação;
• Construir ambientes de aprendizagem, com uma componente mais prática e orientada para
os desafios da vida activa, que complemente as aprendizagens de base;
• Criar condições que favoreçam aprendizagens diversificadas, designadamente em domínios
profissionais de interesse para o grupo;
• Habilitar os jovens com competências pessoais e sociais que lhes permitam uma adequada
integração social;
• Informar e orientar vocacionalmente os jovens, envolvidos no programa, com vista à sua
integração futura em formação profissional, de acordo com os seus interesses e competências;
• Envolver as famílias e responsabilizá-las pelo processo educativo dos seus educandos,
tornando-as proactivas;
• Acompanhar e apoiar a família nas suas diferentes vertentes: sociofamiliar, económica,
entre outras;

47
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

• Proceder à elaboração de parcerias junto das entidades locais, de forma a reforçar a


26
responsabilidade social, bem como a rentabilização dos recursos existentes na comunidade.”

É de salientar como aspectos positivos do PIEF da Escola de Santa Marinha, o facto de estar em
funcionamento há 7 anos, e simultaneamente constituir uma aposta no plano de continuidade para
o 3º ciclo, para os alunos que concluem com aproveitamento o 2º ciclo.

A equipa técnica como a própria Direcção da Escola apostaram nesse percurso educativo e
formativo, por possuírem um prévio conhecimento das fragilidades e das debilidades dos alunos
que o frequentam, e das dificuldades que se lhes colocariam caso regressassem ao sistema de
ensino regular. Outro aspecto que tiveram em consideração foi a necessidade de dar continuidade
às aprendizagens alcançadas e terem a noção, de que se não for este o caminho a seguir, o que
se perspectiva para esses jovens é um horizonte sem futuro.

26
Fundamentação dos Objectivos dos Projecto de Constituição do PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação)
das EB2/3 Teixeira Lopes e Pe. Luís Moreira e Santa Marinha para o ano lectivo de 2019/2011.

48
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2.2 TERCEIRA IDADE

A Comissão Europeia face aos desafios que o envelhecimento da população representa propõe
uma abordagem intergeracional orientada para as necessidades das diferentes gerações ao longo
do seu ciclo de vida activa.

Os Princípios Postulados pela ONU para Terceira Idade, baseiam-se em 5 grandes vertentes:

- Independência;
- Participação;
- Assistência;
- Auto realização;
- Dignidade.

A ONU face á a necessidade de enfrentar o envelhecimento, aconselhou os diferentes governos a


adoptarem medidas para enfrentar essa realidade. Nesse sentido, considera que cada estado
deve reformar e repensar as suas políticas sociais, dirigindo-as para três áreas fundamentais:

- Pessoas idosas e desenvolvimento;


- Promoção saúde e bem-estar na velhice;
- Assegurar um ambiente propício e favorável ao seu desenvolvimento (envelhecimento
activo).

Também Portugal está atento a esta tendência, e assume prioridades de intervenção com os
idosos, como por exemplo através do PNSPI (Plano Nacional de Saúde para Idosos). Este plano,
inclui diferentes sectores como:

- Promoção do envelhecimento activo;


- Adequação dos cuidados de saúde às características do idoso;
- Desenvolvimento de ambientes favoráveis á autonomia e independência do idoso.

2.2.1 Equipamentos e respostas

No que diz respeito à 3ª Idade, Vila Nova de Gaia dispõe de 3536 respostas sociais para este
grupo etário, das quais 513 pertencem a Centro de Convívio, 916 a Centros de Dia, 1072 a Apoio
Domiciliário e 1102 a Lares. Destas, 325 correspondem a novas respostas a criar (no âmbito do
programa Pares, ON-QREN- Eixo 3, POPH Med.6.12) com a seguinte distribuição: 70 CD, 155 AD
e 100 Lares. Do equipamento social para a 3ª idade existente no concelho, 2860 pertence a IPSS,
responsável pelo maior número de respostas criadas, e 376 ao sector privado lucrativo, que tem
vindo a crescer na oferta de respostas e serviços para este grupo etário.

49
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 17 – Respostas sociais por valência em instituições públicas e privadas


Valência Centro de Convívio Centro de Dia Apoio ao Domicilio Lar
TOTAL
IPS Novo Privado IPS Novo Privado IPS Novo Privado IPS Novo Privado
Freguesia S s s S s s S s s S s s

Arcozelo 20 - - 45 - - 45 - - 10 - - 120

Avintes 50 - - 30 - - 30 - - 40 - - 150

Canelas 15 - - 35 - - - 25 - - - - 75

Canidelo 35 - - - - 25 - - - - 11 71

Crestuma - - - 20 - - 25 - - - - - 45

Grijó - - - 40 - - 40 - - 42 - 112

Gulpilhares 30 - - 30 - 6 40 - - 100 - 10 216

Lever - - - 30 - - 30 - - - - - 60

Madalena 30 - - 20 30 - 30 35 - 60 - 47 252

Mafamude 105 - - 60 - 5 140 - 10 120 - 181 621

Olival - - - 50 - - - - - - - - 110

O. Douro 60 - - 50 40 - 75 65 - - 75 - 365

Pedroso - - - 60 - - 85 - - 23 - - 168

Perosinho - - - 30 - - - - - - - 30

Sandim - - - 70 - - 50 - - - - - 120
St. ª
148 - - 155 - - 157 30 238 25 32 785
Marinha

S. Félix - - - 60 - - 75 - - - - 17 152
S.P.
- - - - - - - - - - - - -
Afurada

Seixezelo - - - - - - - - - - - - -

Sermonde - - - - - - - - - - - - -

Serzedo - - - - - - - - - - - - -

Valadares - - - 20 - - - - - 14 - 17 51
V.
- - - 30 - - - - - - - - 30
Andorinho
20 - - - - - - - - - - 40 60
V. Paraíso
TOTAL 513 - - 835 70 11 907 155 10 605 142 355 3603
Fonte: DMASS da CM Gaia e Carta Social - Segurança Social 2010

Segundo as Estimativas Provisórias do INE de 2008, Vila Nova de Gaia apresenta uma
percentagem de 14,45% de população com mais de 65 anos de idade, tendo-se registado um
aumento de 2,55% de população deste grupo etário, em relação ao valor dos Censos 2001. O
27
mesmo aconteceu com o Índice de Envelhecimento situando-se agora nos 93,4% , quando
28
anteriormente era de 69,78% .

27
INE – Estimativas Provisórias 2008
28
INE – Censos 2001

50
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

29
No Quadro n.º 18 é apresentado a população idosa por freguesia , de acordo com as estimativas,
e foram considerados dois cenários quanto à taxa de cobertura de respostas sociais para o grupo
etário em análise. Num cenário foram consideradas todas as respostas sociais, sendo a taxa de
cobertura de 8%. O outro cenário, não inclui a resposta do Centro de Convívio, e neste caso a
taxa de cobertura no concelho é de 7%.

Dentro das seis freguesias mais populosas do concelho, designadamente Mafamude, Stª Marinha,
Oliveira do Douro, Pedroso, Vilar de Andorinho e Canidelo, esta ultima é a freguesia com a menor
cobertura de respostas sociais, não ultrapassando 0,2%.

Só 6 freguesias apresentam uma taxa de cobertura acima dos 10%, são elas: Madalena, Stª
Marinha, Olival, Lever, Sandim e Oliveira do Douro. As freguesias S. Pedro da Afurada, Serzedo,
Seixezelo e Sermonde não possuem nenhum tipo de equipamento criado.

Na lista de espera de pessoas para admissão em Lares de 3ª idade (IPSS e lucrativos) de Vila
Nova de Gaia, por freguesia, Mafamude aparece em 1º lugar com 161 pessoas inscritas, seguida
de Santa Marinha com 101 e Canidelo com 71. Ao todo existem 877 pessoas em lista de espera,
para admissão em Lar, em Vila Nova de Gaia.

29
Os valores aqui apresentados foram calculados a partir do peso da percentagem do grupo etário estimada para o
concelho, e aplicados ao peso da população por freguesia, usando o mesmo modelo seguido para o cálculo dos grupos
etários.

51
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 18 - Taxa de cobertura de equipamentos de Terceira Idade

Freguesias Pop Estimada %Grupo etário Resp.soc30 Taxa cobertura Resp.sociais31 Taxa cobertura

Arcozelo 13.417 1992 120 6% 100 5%

Avintes 12.478 1853 150 8,10% 100 5,40%

Canelas 13.323 1978 75 6,80% 60 3%

Canidelo 25.707 3817 71 1,20% 36 0,20%

Crestuma 3.221 477 45 9,40% 45 9,40%

Grijó 11.134 1653 112 4,80% 112 4,80%

Gulpilhares 10.508 1560 216 14% 186 12%

Lever 3.284 488 60 12,30% 60 12,20%

Madalena 10.133 1505 252 16,70% 222 14,80%

Mafamude 42.189 6265 621 11,30% 516 9,60%

Olival 6.067 901 110 12,20% 110 12,20%

Oliveira de Douro 25.332 3762 365 11,70% 305 10,10%

Pedroso 19.984 2968 168 5,70% 168 5,70%

Perosinho 6.442 957 30 3,10% 30 3,10%

Sandim 6.849 1017 120 11,80% 120 11,80%

St. ª Marinha 33.307 4946 785 15,90% 637 12,90%

S. Félix da Marinha 12.103 1797 152 8,50% 152 8,50%

S.P. Afurada 3.722 553 - - - -

Seixezelo 1.876 279 - - - -

Sermonde 1.314 195 - - - -

Serzedo 8.163 1212 - - - -

Valadares 9.851 1463 51 3,50% 51 3,50%

V. Andorinho 18.108 2689 30 1,10% 30 1,10%

V. Paraíso 14.230 2113 60 2,80% 40 1,90%


TOTAL 312.740* ** 46440 3593 8% 3080 7%
Fonte:* INE – Estimativas Provisórias 2008; **DMASS- cálculos de autor.

30
Neste total de respostas sociais enquadram-se todo o tipo, incluindo o centro de convívio.
31
Neste total de respostas sociais não é considerada a resposta centro de convívio.

52
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2.3 DEFICIÊNCIA

“A questão da deficiência vem sendo discutida/analisada pela sociedade através de diversas


atitudes que se modificaram ao longo do tempo. Atitudes essas, que foram influenciadas por
factores económicos, culturais, filosóficos, científicos e morais. Essas mudanças constituíram-se
em vários paradigmas que permeiam o processo histórico das pessoas com deficiência. Em cada
período histórico esse segmento da população tem sido caracterizado por diferentes paradigmas
32
nas relações sociais: exclusão, segregação, integração social e inclusão social” .

De um “modelo médico”, segregador em que “a deficiência é vista como um problema da pessoa


numa perspectiva estritamente individual:que requer uma acção que se confina ao campo
médico: subentende que seja a pessoa a adaptar-se ao meio”, passou-se a um “modelo social,
onde é enfatizado o papel do meio ambiente:a valorização da responsabilidade colectiva:na
construção de uma sociedade para todos e no questionamento de modelos estigmatizantes ou
33
pouco promotores da inclusão social” .

A Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência e posteriormente a Convenção


sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, testemunham a preocupação das Nações Unidas
em “promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito
34
pela sua inerente dignidade” .

Em Portugal, à semelhança de outros países das Nações Unidas, a problemática da deficiência


constituiu preocupação, facto que determinou a elaboração da Lei n.º 38/2004 de 18 de Agosto.
Este documento veio definir “:uma política global, integrada e transversal de prevenção,
35
habilitação, reabilitação e participação da pessoa com deficiência:” .

O 1.º Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006/2009
(elaborado com base na lei 38/2004 de 18 de Agosto e nas Grandes Opções do Plano 2005-2009
– “Mais e Melhor Política de Reabilitação”) consubstancia um conjunto de propostas de actuação
tendo como principais objectivos: “Promoção dos direitos humanos e do exercício da cidadania”,
“Integração das questões da deficiência e da incapacidade nas políticas sectoriais”,
“Acessibilidade a serviços, equipamentos e produtos”, “Qualificação, formação e emprego das
pessoas com deficiência ou incapacidade” e “Qualificação dos recursos humanos/formação dos
36
profissionais e conhecimento estratégico” .

32
SASSAKI, 1997; VIEIRA; PEREIRA, 2003; ARANHA, 2004; BRUNO, 2006.
Fonte: www.webartigos.com/articles/33351/1/OS-VARIOS-PARADIGMAS-QUE-PERMEIAM-A-HISTORIA-DA-PESSOA-
COM-DEFICIENCIA-EM-NOSSA SOCIEDADE/pagina1.html#ixzz1ITXZwHCW.
33
1.º Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006/2009, Portugal.
34
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
35
Lei n.º 38/2004 de 18 de Agosto “Lei de Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação e Participação das Pessoas com
Deficiência.
36
1.º Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006/2009, Portugal.

53
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Reconhecendo que (:) “ a existência de barreiras no acesso ao meio físico edificado e às


tecnologias da informação e das comunicações representa um grave atentado à qualidade de vida
dos cidadãos com mobilidade condicionada ou com dificuldades sensoriais” (:) o governo
português elaborou o Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade (PNPA) o qual inventaria um
conjunto de medidas que visam (:) “ possibilitar a este segmento populacional uma utilização
plena de todos os espaços públicos e edificados, mas também dos transportes e das tecnologias
de informação, o qual irá proporcionar um aumento da sua qualidade de vida e a prevenção e
37
eliminação de diversas formas de discriminação ou exclusão” .

2.3.1 Equipamentos e Respostas Sociais

Vila Nova de Gaia tem sete instituições ligadas à deficiência: APPPACDM (Associação
Portuguesa Para As Perturbações Do Desenvolvimento E Autismo), APPDA (Associação
Portuguesa do Desenvolvimento do Autismo), CERCIGAIA (Cooperativa de Educação
Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Gaia), CRPG (Centro de Reabilitação Profissional de
Gaia), CRG (Centro Reabilitação da Granja), CEFPI (Centro de Educação e Formação Profissional
Integrado) e APD (Associação Portuguesa de Deficientes), das quais 6 estão ligadas à Deficiência
Mental e com equipamento social implantado. Estes equipamentos dão resposta a 1231 clientes,
conforme quadro nº 19.

Ao abrigo de programas financiados, 72 novas respostas sociais vão ser criadas, nomeadamente
CAO e Lar. Nos vários equipamentos, existe uma lista de espera de 433 pedidos de ingresso para
as várias respostas sociais.

37 Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade – Resolução do Conselho de Ministros n. 9/2007.

54
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 19 – Respostas Sociais por Valências

Fonte: DMASS e Carta Social – MTSS -GEP, 2010.

2.3.2 Alunos com Necessidades Educativas Especiais - NEE

Em Vila Nova de Gaia, 832 alunos com NEE frequentam os 15 Agrupamentos Verticais,
representando 3,1% da população estudantil do ensino básico público. O Agrupamento Drº. Costa
Matos, o que tem maior número (em termos absolutos) 90 alunos, mas o Agrupamento Adriano
Correia de Oliveira é o que tem maior percentagem,5,2%.

Alguns Agrupamentos têm acordos celebrados com o Centro de Reabilitação da Granja e com a
APPACDM de Gaia para a componente prática de apoio pré- profissional. Deste modo, os alunos
frequentam a componente lectiva nas escolas, e integram as diferentes ofertas de formação de
componente prática nessas instituições.

A Câmara Municipal de Gaia tem um serviço de transporte adaptado, com oito carrinhas e
Auxiliares de Acção Educativa para realizar o transporte dos alunos com NEE de suas casas para
as escolas.

55
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 20 – Alunos com NEE

Agrupamento Alunos Alunos NEE

ANES DE CERNACHE 993 32 3,2%

O.DOURO 1609 45 2,8%

JÚLIO DINIS 1400 41 2,9%

S.PEDRO DE PEDROSO 1881 71 3,8%

OLIVAL 1806 53 2,9%

VILA D’ESTE 1133 31 2,7%

SANTA MARINHA 1270 57 4,5%

SOARES DOS REIS 2295 46 2%

SOPHIA M. BREYNER 2392 52 2,2%

D.PEDRO I 2254 55 2,4%

ADRIANO C. OLIVEIRA 1398 72 5,2%

COSTA MATOS 2162 90 4,2%

MADALENA 1042 25 2,4%

CANELAS38 2656 65 2,4%

VALADARES 2488 45 1,8%

TOTAL 26779 832 3,1 %

Fonte: DMASS e Agrupamentos Verticais de Vila Nova de Gaia, ano lectivo 2010/2011.

38 Este Agrupamento integra todos os ciclos de ensino

56
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2.4 SAÚDE

A Estratégia Nacional para a Protecção Social e Inclusão Social (2008-2010), na parte IV do


Relatório Nacional de Estratégia para os Cuidados de Saúde e Cuidados de Longa Duração,
considera que as estratégias do sector da saúde, passam pelos ganhos que poderá alcançar para
conseguir lidar com as alterações demográficas, o que implica que se consiga melhores
resultados, que passam por se tratar e diagnosticar determinadas patologias que possam impedir
a diminuição da incapacidade e de autonomia.

Na mesma linha, considera-se que a estratégia do sector da saúde passa também pela estratégia
do desenvolvimento económico e social do país, o que visa canalizar apoios para os cidadãos e
famílias, através de determinadas políticas que sejam geradoras de riqueza e de elevar o nível de
qualidade de vida, assim como envolver a participação das pessoas.

Toda esta estratégia implica acções, cujo objectivo é de promover a inclusão, diminuindo as
desigualdades e permitir que todos possam ter acesso a todos os tipos de serviço na área da
saúde.

2.4.1 Situação actual / ACES / Indicadores de saúde

No campo da saúde, o concelho de V.N. de Gaia dispõe de vários equipamentos tais como:

- O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho: área de influência directa são os


concelhos de Vila Nova de Gaia e Espinho, serve – para todas as especialidades. Para as
especialidades de diferenciação intermédia, serve ainda os concelhos Entre Douro e
Vouga. Trata-se de um Hospital Geral Central que tem todas as valências básicas,
intermédias, diferenciadas e praticamente todas as altamente diferenciadas, algumas das
quais consideradas como referência na zona Norte. O Centro Hospitalar de Vila Nova de
Gaia/Espinho tem instalações distribuídas pelos dois concelhos vizinhos. Em Gaia,
localizam-se a Unidade I – antigo Hospital Eduardo Santos Silva, a Unidade II – antigo
Hospital Distrital de Gaia. No município limítrofe, encontra-se a unidade III - antigo
Hospital Nossa Senhora da Ajuda;

- Um hospital privado com vários serviços e especialidades e com internamento.

Em resultado da nova organização dos serviços de saúde, o concelho dispõe de:

- Dois Agrupamentos de Centros de Saúde, Grande Porto VII – Gaia e Gaia/Espinho,


aos quais estão associados 6 prestadores, que correspondem a 6 Centros de Saúde (CS)

57
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

39
e Unidades de Cuidados Personalizados . Os Centros de Saúde têm associadas 18
Extensões de Saúde.

De acordo com os dados fornecidos pelos ACES Gaia, existe na totalidade 160 498 pessoas
inscritas, das quais 16.176 não possuem médico de família, o que corresponde a 10% da
população inscrita, por outro lado, 144.332 das pessoas inscritas tem atribuído médico,
representando 89% dos inscritos.

Dos vários centros de saúde, o Centro de Saúde de Oliveira do Douro é aquele que tem o maior
número de utentes sem médico de família.

Quadro 21 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família,


por Centro de Saúde – ACES GAIA

UCSP / USS Total S/ Total C/ Médico Totais Total de inscritos


Médico
UCSP / USF 4.933 22.613 27.546 28.846
Polo Afurada 552 2.770 3.322 3.360
USF Canidelo 13.173 13.173 13.173
USF A. do Prado 12.048 12.048 12.048
C.M. Canidelo 9.849 9.849 9.849
CS B. Corvo 5.485 60.453 65.938 62.277
UCSSP 4.346 8.387 12.733 13.026
USF S. no Futuro 14.314 14.314 14.314
USF Nova Salus 14.147 14.147 14.147
USF Camélias 14.416 14.416 14.416
P.V. Andorinho 4.518 4.518 14.518
CS Soares dos Reis 4.346 55.782 60.128 60.434
UCSP 1.924 13.050 14.974 15.117
Avintes 4.421 8.096 12.517 12.524
USF A. Salazar 6.941 6.941 6.941
CS O. Douro 6.345 28.087 34.432 34.582
Total_ACES 16.176 144.322 160.498 162.293
Fonte: ACES GAIA, Dezembro 2010 (SIARS).40

39
Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto VII – Gaia, com três prestadores associados:
Centro de Saúde Soares dos Reis/Oliveira do Douro – Unidade Soares dos Reis;
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Barão do Corvo (ACES- Grande Porto VII-Gaia);
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Oliveira do Douro (ACES- Grande Porto VII-Gaia).
Agrupamento de Centros de Saúde Gaia/Espinho, com três prestadores associados:
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da Boa Nova (ACES Espinho/Gaia);
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados dos Carvalhos (ACES Espinho/Gaia).
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Espinho (ACES Espinho/Gaia)
40
Existe um numero residual de Utentes Inscritos que não têm médico de família por opção e que não estão, por isso,
considerados, pelo que o total de inscritos (162.293) ser superior ao valor dos totais (160.498), ( in Relatório ACES Gaia).

58
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À semelhança do ACES Gaia, também no ACES Gaia/Espinho, nem todos os utentes inscritos
têm médico de família atribuído. Assim, dos 140.146 utentes inscritos (só utentes do concelho de
41
Vila Nova de Gaia ) 9.178 utentes (6,5% do total dos inscritos) não têm médico de família
atribuído; 130.968 utentes (93,4% dos inscritos) possuem médico de família. O Centro de Saúde
dos Carvalhos é o equipamento deste ACES onde se regista o maior número de utentes inscritos
sem médico de família.

Quadro 22 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família,


por Centro de Saúde – ACES GAIA/Espinho

TOTAL C/ TOTAL S/
UCSP / USF
Médico Família Médico
T OT AIS
Carvalhos 20.796 3.492 24.288
Crestuma 5.478 725 6.203
Lever 4.545 - 4.545
Olival 2.290 - 2.290
Perosinho 4.822 10 4.832
CS CARVALHOS 37.931 4.227 42.158
Arcozelo 3.185 100 3.285
Grijó 8.368 1.146 9.514
Gulpilhares 4.653 578 5.231
Serzedo 3.607 205 3.812
USF Aguda 8.970 - 8.970
USF Canelas 12.722 - 12.722
USF S. Félix da Marinha 12.892 - 12.892
USF S. Miguel 11.125 - 11.125
CS ARCOZELO 65.522 2.029 67.551
Boa Nova 4.802 806 5.608
Madalena 5.066 2.116 7.182
USF Nova Via 17.647 - 17.647
CS BOA NOVA 27.515 2.922 30.437
Total_ACES 130.968 9.178 140.146
Fonte: ACES Gaia/Espinho (21-04-2011).42

41
O número total de inscritos deste ACES é de 197.056 (está incluído o CS de Espinho e duas unidades do concelho de
Gondomar (Pedemoura e USF Além D’Ouro).
42 Dos dados fornecidos pelo ACESGE foram retiradas as freguesias que não pertencem ao concelho de Gaia, mas que no

entanto fazem parte deste ACES.

59
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Quadro 23 – Indicadores de Saúde ACES Gaia/Espinho


ACES
Gaia e
Indicador Sexo Período Unidade Continen. R.Norte
Gaia/Espi
nho
Tx.bruta de mortalidade HM 2007 % 9,8 8,4 7,3
Tx bruta mortalidade inf. HM 2005-2007 % 3,4 3,5 2,8
Tx. de mortalidade padronizada pela idade(TMP) prematura(0-64 anos)
H 21,3 22,8 23,7
T. maligno da traqueia, bronquios e pulmão 2003-2005 /100000hab
4 4,2 4,8
M
H 10 13,2 14,3
T. maligno do estomago 2003-2005 /100000hab
4,4 5,6 6,5
M
T. maligno da mama(feminina) M 2003-2005 /100000hab 12,9 10,9 13,5
H 25,8 18,7 20,3
Doenças isquêmicva do coração M
2003-2005 /100000hab
6,1 4 3
H 18,6 17,2 18,3
Doenças cerebrovasculares M
2003-2005 /100000hab
8,8 8,5 9
H 15,2 15,2 11,7
Doença crónica do figado e cirrose M
2003-2005 /100000hab
4,9 7,4 5,9
H 23,1 17,2 8,7
Acidentes de transportes M
2003-2005 /100000hab
5,4 4,5 1,3
Taxa de internamento padronizada(TIP) para todas as idades
H 366,1 375,6 323,8
Pneumonia M 2007 /100000hab 231,2 231,9 190,3
H 265,1 255,4 213,1
Doenças cerebrovasculares M 2007 /100000hab 173 171,5 153,7
H 287 250,2 200,6
Doenças isquémica do coração M 2007 /100000hab 98,7 81,1 70,8
H 132,6 144,6 120
Doença pulmonar obstrutiva crónica(DPOC) M 2007 /100000hab 73,5 79,2 69,5
Tx de doenças. infecto contagiosas
Tx.de incidência de sida HM 2007 /100000hab 5,1 5 5
Tx. De prevalência de sida HM 2007 /100000hab 8,2 6,1 4,8
Tx. De incidência de tuberculose HM 2007 /100000hab 29,6 35 34,8
Fonte: Relatório do ACES GAIA e GAIA/ESPINHO, Dezembro 2010 (SIARS).

Este quadro apresenta os indicadores de saúde a três escalas: nacional (continente), por região
(Norte) e por ACES do concelho de Vila Nova de Gaia. Da sua análise, podemos dizer o seguinte,
no que se refere a Gaia:

• A taxa bruta de mortalidade é de 7,3%, inferior quer à média do Continente, quer à


da Região Norte;
• A taxa bruta de mortalidade infantil é de 2,8%, inferior quer à média do Continente
quer à da Região Norte;
• A taxa de mortalidade padronizada por idade (tmp) prematura dos (0- 64 anos)
apresenta a seguinte situação:
- A causa da morte por tumores malignos, apresenta no concelho, valores
superiores aos registados ao nível do Continente e da Região Norte, sendo o
tumor maligno da traqueia, brônquio e pulmões, os que apresentam os valores
mais altos. O género masculino é o mais afectado, à excepção do tumor da mama,
onde esse valor é superior na mulher;

60
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- A causa da morte por doenças cerebrovasculares, tem um valor de 18,3%, valor


este superior ao registado na Região Norte, mas ligeiramente abaixo do valor do
Continente;
- A causa da morte por doença crónica do fígado e cirrose apresenta um valor de
(5,9%), superior ao valor do Continente (4,9%) e inferior ao da Região Norte
(7,4%).

• A taxa de internamento padronizada para todas as idades, apresenta os seguintes


indicadores:

- O número de internamentos por pneumonia aparece em 1º lugar, no concelho,


com uma taxa de 323,8 pessoas do género masculino e 190,3% do género
feminino, valor inferior da Região Norte e do Continente;

- Ao analisar-se a incidência da taxa de internamento, por género, é maior o


número de homens que o de mulheres nos vários tipos de doença.

• A taxa de doenças infecto-contagiosas apresenta os seguintes indicadores:

- A taxa de incidência de sida é de 5%, valor igual ao verificado na Região Norte e


ligeiramente inferior ao do valor do Continente;
- A taxa de incidência de tuberculose é de 34,8%, inferior à registada na Região
Norte (35%) e superior à registada no Continente (29,6%);
- A taxa das doenças infecto-contagiosas engloba os dois géneros.

• No concelho existem 62 farmácias distribuídas por todo o território.

2.4.2 Saúde Mental

No que se refere à saúde mental e, de acordo com a informação fornecida pelo Centro Hospitalar
Gaia/Espinho (2010) apresentam-se os seguintes dados:

- Doentes com psicoses e internados, 230;

- Doentes em grupos de Reabilitação, 150 (Gaia - 145, Espinho - 5);

- Utentes em tratamento injectável de Neuroléptico na consulta externa de Psiquiatria, 397;

- Deste grupo, 382 residentes em Vila Nova Gaia e 15 em Espinho.

Foi apresentada pela equipa técnica do referido Centro Hospitalar a necessidade de implementar
algumas respostas sociais para este grupo alvo, sendo prioritário o fórum sócio ocupacional que

61
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constitui, uma das prioridades identificadas pelo CLAS da Rede Social e que consta no Plano de
Prioridades da Plataforma Supraconcelhia do Grande Porto.

2.4.3 Rede nacional de cuidados continuados integrados - RNCCI

A R.N.C.C.I. (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados) consubstancia-se na prestação


de cuidados de saúde e de apoio social a pessoas em situação de dependência e com perda de
autonomia, tendo sido criada pelo Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho.

Trata-se, acima de tudo, de uma dinâmica de desenvolvimento organizacional dos sistemas para a
implementação de novos serviços para a promoção da continuidade dos cuidados de saúde e
apoio social promovida, em parceria, pelo Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e
Solidariedade Social e por um número indeterminado de prestadores de cuidados.

Assim, a R.N.C.C.I. é o conjunto estruturado de unidades (internamento e ambulatório) e equipas


domiciliárias de cuidados continuados de saúde e de apoio social, prestados de forma integrada, a
pessoas em situação de dependência com falta ou perda de autonomia, independentemente da
idade.

A prestação dos cuidados de saúde e de apoio social é assegurada pela R.N.C.C.I. através de
unidades de internamento, de ambulatório e de equipas domiciliárias. Neste sentido, é importante
distinguirem-se as seguintes tipologias de Cuidados Continuados:

- Unidades de convalescença (recuperação e estabilização do doente);


- Unidades de média duração e reabilitação;
- Unidades de longa duração e manutenção;
- Unidades de cuidados paliativos;
- Unidades de dia e de promoção da autonomia;
- Equipas domiciliárias (E.C.C.I.).

62
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Quadro 24 – Unidade de Convalescença

Local Unidade Tipologia Lotação Ocupação Vagas


Unidades de Internamento

Espinho CHVNG - Espinho Convalescença 28 28 0

Vila Nova de Gaia Clihotel Gaia Média 23 23 0

Vila Nova de Gaia Clihotel Gaia Longa 45 45 0

Montepio
Vila Nova de Gaia Média 40 40 0
Residências
Montepio
Vila Nova de Gaia Longa 40 40 0
Residências
A.C.E.S. Grande 1 Equipa de apoio
E.C.C.I.

Vila Nova de Gaia 20 20 0


Porto VII - Gaia domiciliário
A.C.E.S. 4 Equipas de apoio
Vila Nova de Gaia 80 80 0
Gaia/Espinho domiciliário
Fonte: CDSS, Porto – ISS, IP, 2010.

Neste âmbito, existe actualmente em Vila Nova de Gaia 3 Unidades de Internamento,


designadamente, o Centro Hospitalar de V.N. Gaia / Espinho – Unidade III (Hospital N. Sr.ª da
Ajuda) com tipologia de convalescença, bem como a Montepio Residências – Gaia (Mafamude) e
o Clihotel de Gaia (Vilar de Andorinho), com tipologias de média e longa duração.

Relativamente ao Apoio Domiciliário (E.C.C.I.) existe 1 Equipa no ACES Gaia, que presta apoio a
20 pessoas e 4 Equipas no ACES Gaia/Espinho, que apoiam 80 indivíduos.

Quadro 25 – Unidades de Convalescença por Tipologia

Convalescença Média Longa Paliativos


Em Em Em Em
Meta Existe Meta Existe Meta Existe Meta Existe
falta falta falta falta

Vila
Nova
71 ----- 71 82 63 -1 204 85 89 10 ----- 10
de
Gaia
Fonte: CDSS, Porto – ISS, IP, 2010.

A meta definida pelos promotores da R.N.C.C.I. para Vila Nova de Gaia é criar, 71 camas em
Unidades de Convalescença, 82 camas em Unidades de Média Duração e Reabilitação e 204
camas em Unidades de Longa Duração e Manutenção, bem como alcançar mais 10 camas para
Cuidados Paliativos.

63
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2.4.4 Toxicodependência

O número de casos de toxicodependentes em tratamento e consultas no Centro de Respostas


Integradas (CRI Central) do IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência) é de 871 indivíduos,
sendo 813 homens e 58 mulheres.

Gráfico 17 – Distribuição de Toxicodependência por faixa etária


por nove freguesias do concelho

Fonte: CRI Central – IDT, 2010 – Ver Tabela 10,11, Anexos.

O grupo etário com maior número de casos é o de > = 45 anos com 211 casos, registando-se esta
situação em 9 freguesias do concelho, Avintes, Canidelo, Madalena, Mafamude, Oliveira do
Douro, Pedroso, Stª. Marinha, Valadares e Vilar de Andorinho.

Quadro 26 - As sete freguesias com maior número de casos de toxicodependentes

Freguesias 2009 2008 2007


MAFAMUDE 116 109 140
STA MARINHA 114 101 92
CANIDELO 69 74 66
VILAR ANDORINHO 64 68 58
AVINTES 60 54 47
OLIV. DOURO - 68 58
VALADARES - 54 47
TOTAL 423 528 508
Fonte: CRI Central – IDT, 2010.

No que se refere à variação do número de toxicodependentes ao nível das freguesias,


constatamos que esta não é linear. Das sete freguesias com maior número de casos, Mafamude,
entre 2007 e 2009, apresentava o maior número de situações, seguida de Santa Marinha.

64
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Gráfico 18 – Evolução do Número de Toxicodependentes por Ano e Género

900 871
824
800 813 755
762
700 Total
697
600
Feminino
500
400 Masculino
300
200
100 58 62 58
0
2009 2008 2007
Fonte: INEE, estimativas 2009.

Entre 2007 e 2009, verificamos um aumento do número de pessoas toxicodependentes, em


ambos os géneros. Quando analisamos a sua variação por freguesia, constatamos que não é
linear.

Nas cinco freguesias com maior número de casos, Santa Marinha é a freguesia que, nos anos de
2007 e 2008, apresentava o maior número de situações. Em 2009, Mafamude passa a ser a
freguesia com maior incidência de casos.

Do mesmo modo, a variação por freguesia no que se refere ao género, comporta-se de forma
idêntica, ou seja, verifica-se uma alteração de um ano para o outro, sem no entanto isso
corresponder a um aumento constante. Assim de 2007 para 2008 há um acréscimo de 62 casos
do género masculino e o feminino diminuir em 2009 para 58 casos.

Gráfico 19 – Apoios a Toxicodependentes

APOIOS
300

250

200

150
APO IOS
100

50

0
ALIMENTAÇ ÃO MEDIC AM ENTOS

Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISS,IP 2010 - Ver Tabela 12, Anexos.

65
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Em termos de apoios sociais, a pessoas toxicodependentes foram abrangidas pelo serviço local
do I.S.S, I.P 182 famílias, das quais 250 indivíduos, receberam ajuda alimentar e 141 apoio para
medicamentos.

2.4.4.1 Projectos de apoio à toxicodependência

Foram desenvolvidos projectos nesta área de intervenção no âmbito da prevenção, tratamento e


redução de danos, pela APDES (Agência Piaget para o Desenvolvimento) e Associação Abraço.

A APDES desenvolveu os Projectos GIRUGaia e Arriscar. O projecto GIRUGaia tem uma equipa
multidisciplinar, está em funcionamento desde Outubro de 2003 e prevê manter-se, até final de
2012.

Desde o início da sua intervenção contactou mais de 1500 pessoas diferentes e passaram pelo
seu Programa de Metadona mais de 250 pessoas e, desta população, cerca de 40% passou para
um programa de tratamento mais estruturado. No ano de 2009 e 2010 cerca de 150 pessoas
realizaram o rastreio da tuberculose, 21 pessoas estão a ser acompanhadas no serviço de
infecciologia, 70 pessoas realizaram análises de sangue e 12 iniciaram medicação para
perturbações psiquiátricas, graças à intervenção desta equipa, verificando-se aqui a sua
relevância em termos de saúde pública.

Esta equipa encontra-se a promover, em parceria com a Câmara de Gaia, o ISS,I.P, a AMI, a
Associação Abraço e o Centro Social de São Félix da Marinha o diagnóstico da população sem-
abrigo no concelho. Este levantamento baseia-se no elevado número de indivíduos nesta situação
com quem se tem entrado em contacto e na ausência de respostas para esta população no
concelho.

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Quadro 27 – Projecto GIRUGaia

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Quadro 28 - Projecto Arriscar

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O projecto Arriscar está previsto terminar em Novembro de 2012. Até ao final do projecto
prevêem-se abranger sensivelmente 151 indivíduos através das diferentes acções em curso e
programadas

Projecto “Passo a Passo”

O Projecto “Passo a Passo” resultou de uma candidatura da Associação ABRAÇO, realizada em


2008, a um PRI financiado, no âmbito do PORI, o qual é promovido pelo Instituto da Droga e da
Toxicodependência, para a Zona Histórica de Gaia. A execução do PORI (Plano Operacional de
Respostas Integradas) concretiza-se mediante a identificação e selecção de territórios prioritários,
a elaboração de diagnósticos sobre cada território e a implementação do PRI (Programa de
Respostas Integradas). Para o concelho de V.N. de Gaia identificou-se como territórios prioritários
as freguesias de Santa Marinha e S. Pedro da Afurada.

Este projecto, iniciou em Janeiro de 2009 e esteve em funcionamento até Dezembro de 2010 (1.ª
Fase). Dados os resultados positivos alcançados pela equipa multidisciplinar do projecto, o mesmo
irá continuar em funcionamento por um período de mais dois anos (2011/2012).

Apesar da população consumidora de estupefacientes que recorre à ABRAÇO se caracterizar pela


sua heterogeneidade no que respeita ao fenómeno da exclusão social é, na sua maioria, uma
população que vivencia quadros de agravada precariedade socioeconómica, em condições de
baixos recursos, experimentado ao longo das suas vidas situações objectivas de carências várias
(insuficiência económica, baixa escolaridade, desemprego ou emprego precário, violência
doméstica, toxicodependência, alcoolismo, prostituição, famílias disfuncionais, isolamento social,
défice de competências e perturbação psicológica/psiquiátrica).

Estavam previstos em sede de candidatura a integração de 50 indivíduos com estas


características, tendo integrado até ao término em 2010, 40 utentes. Continuam em
acompanhamentos 15 indivíduos (dos 40 integrados). Foram encerrados até à data 25 processos.

No momento da integração, 16 dos 40 utentes residiam na freguesia de Santa Marinha e 15 dos


40 residiam noutras freguesias de Gaia. Nove dos indivíduos integraram o Projecto em situação de
sem-abrigo, tendo sido todos alojados através do “Passo a Passo”. Apesar de não contemplar
utentes do Porto, em 2010, estiveram integrados neste Projecto 5 utentes a residir no Porto, mas
cujas rotinas diárias se efectuavam em V.N.de Gaia (Ribeira). Estes indivíduos integraram o
projecto em situação de sem-abrigo na freguesia de Santa Marinha.

Ao longo do tempo de execução do projecto, não houve situações de alta social ou psicológica. A
existência do trabalho de grupo foi permitindo um acompanhamento regular e de proximidade

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junto dos utentes, ajustando os atendimentos individuais às necessidades dos mesmos, havendo
alturas de maior estabilidade em que se puderam suspender as consultas psicológicas e/ou
atendimentos de serviço social durante esses períodos, mas mantendo sempre a retaguarda da
instituição e intervenção grupal.

Através do diagnóstico de necessidades realizado, constatou-se que o processo de mudança


comportamental destes utentes só é possível mediante um trabalho de reaquisição de um conjunto
de competências sociais, educativas e de cidadania, aliadas a um acompanhamento psicossocial
que visa a reestruturação da identidade pessoal e social.

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Quadro 29 - Projecto “Passo a Passo”

71
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2.4.5 HIV

Relativamente aos portadores de HIV dispomos de dados fornecidos pelo Centro Distrital de
Segurança Social que prestou apoio a 189 pessoas infectadas, sendo o grupo masculino o de
maior incidência, nomeadamente a faixa etária dos 35 - 44 anos.

Gráfico 20 - Portadores de HIV por grupo etário

Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISS,IP 2010 – Ver Tabela 13, Anexos.

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3 – FAMÍLIAS / VULNERABILIDADE SOCIAL

3.1 CPCJ

Ao abordar a temática das crianças em risco será necessário fazer uma distinção entre dois
conceitos que, frequentemente, são considerados sinónimos, mas que no entanto não o são. O
conceito de risco em crianças e jovens é mais amplo e abrangente do que o de situações de
perigo, que se encontram definidas na Lei, podendo ser difícil a demarcação entre os dois
conceitos. As situações de risco dizem respeito ao perigo potencial para o exercício dos direitos da
criança, no que se refere à sua segurança, saúde, formação, educação e desenvolvimento.
Entende-se que a evolução negativa de determinados contextos de risco condiciona, na maior
parte das vezes, o aparecimento das situações de perigo. A diferenciação entre os dois conceitos
é que determina os níveis de responsabilidade e legitimidade de intervenção.

Nas situações de risco, a legitimidade da intervenção reduz-se aos esforços para a extinção do
mesmo, tendo em vista evitar o perigo, através de medidas, políticas, estratégias e acções
dirigidas à população, em geral, ou intervenções mais específicas para crianças e jovens em
situações familiares, habitacionais, ambientais, escolares, sanitárias, sociais, culturais e
económicas que, pela sua precariedade, criem condições de especial vulnerabilidade.

3.1.1 Os níveis de intervenção comunitária na protecção das crianças e jovens

O sistema de protecção português focaliza a acção nas situações de perigo, dado que nem todas
as formas de risco legitimam a intervenção do Estado e da Sociedade na vida, na autonomia e
43
família da criança ou do jovem .

Assim, seguindo o Princípio da Subsidiariedade, a intervenção para a promoção dos direitos e


protecção da criança e do jovem deve ser efectuada sucessivamente pelas entidades com
competência em matéria da infância e juventude, pelas comissões de protecção de crianças e
44
jovens e, em última instância, pelos tribunais.
Neste sentido, a protecção das crianças e dos jovens é feita em primeira linha pelas entidades
com competência em matéria de infância e juventude, sendo esta realizada de modo consensual
45
com os pais .

43
Para efeitos da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, considera-se criança ou jovem a pessoa com menos
de 18 anos ou com menos de 21 anos que solicite a continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos.
44
Um dos princípios consagrados na Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro no seu Art.º 4º alínea j.
45
Art.º 7º da Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro.

73
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A intervenção processa-se segundo um modelo que estabelece três níveis de acção:

• No primeiro nível, é atribuída legitimidade às entidades com competência na área da


infância e juventude - ou seja, as que têm acção privilegiada em domínios como os da
saúde, educação, formação profissional, ocupação dos tempos livres, entre outros – para
intervir na promoção dos direitos e na protecção das crianças e dos jovens, em geral, e
das que se encontrem em situação de risco ou perigo;

• No segundo nível, quando não seja possível às entidades acima mencionadas actuar de
forma adequada e suficiente para remover o perigo, toma lugar a acção das Comissões de
Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), nas quais a Saúde, participa também;

• No terceiro nível, é à intervenção judicial, que se pretende residual, que cabe o


protagonismo na protecção de crianças e jovens em perigo.

Limitam-se, assim, as situações que envolvam perigo para a segurança, saúde, formação,
educação e/ou desenvolvimento da criança ou jovem, conforme o art. 3º da Lei n.º 147/99 de 1 de
Setembro, à intervenção das CPCJ e dos tribunais, reservando-se as restantes à intervenção
comunitária local e próxima das populações.

74
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3.1.2 A intervenção das CPCJ

Tal como referido, a CPCJ tem legitimidade para intervir em situações de perigo, pelo que se
considera que uma criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra
46
numa das seguintes situações :

a) Está abandonada ou vive entregue a si própria;


b) Sofre maus-tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
c) Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal;
d) É obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade,
dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
e) Está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente
a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional;
f) Assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem
gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que
os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo
adequado a remover essa situação.

A CPCJ de Vila Nova de Gaia foi constituída em 1995, e desde a sua constituição, tem tido, de
uma forma constante, um número significativo de sinalizações de crianças e jovens em perigo,
apresentando uma média anual de 429 processos.

Quadro 30 - Processos instaurados por ano de funcionamento


Ano de funcionamento N.º de Processos
1996 93
1997 205
1998 187
1999 286
2000 184
2001 138
2002 199
2003 496
2004 484
2005 435
2006 764
2007 913
2008 742
2009 622
2010 685
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

46
Art.º 3º da Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro.

75
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47
No ano de 2009 existiam na CPCJ de Vila Nova de Gaia 2028 processos de promoção e
protecção, o que representava 23% dos processos movimentados no Grande Porto.

De acordo com o quadro 31, a comparação deste valor com a população residente estimada na
faixa etária dos 0-19 anos, as situações de perigo em que se encontravam as crianças e jovens
sinalizados na CPCJ, têm uma representação situada nos 3%, só superada pelo Porto, Espinho e
Vila do Conde.

Em relação ao número total de processos, as situações de perigo representam 23%, sendo este
número só superado pelo Porto.

Quadro 31 - Crianças e Jovens sinalizados nas CPCJ do Grande Porto, 2009


(Movimento processual 2009)

% Processos por
N.º total de População residente
CPCJ % relação à população
processos estimada 0-19 anos
residente
Espinho 219 2,5 5657 3,9
Gondomar 1010 11,5 36443 2,8
Maia 672 7,6 31900 2,1
Matosinhos 900 10,2 34493 2,6
Porto 2046 23,2 37483 5,5
Póvoa de Varzim 375 4,3 15830 2,4
Santo Tirso 303 3,4 13742 2,2
Trofa 221 2,5 8911 2,5
Valongo 461 5,2 21737 2,1
Vila do Conde 581 6,6 17299 3,4
Vila Nova de Gaia 2028 23 66593 3
Grande Porto 8816 100 267435 3,3
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

Em relação à população residente em relação ao número total de processos sinalizados, assim


como à comparação com a faixa etária 0-19 anos, analisando os quadros 31 e 32, verifica-se uma
concordância em relação às freguesias com maior peso populacional e o número total de
sinalizações, enquanto que acontece a tendência inversa em relação à população residente.

47 Os dados referentes ao Grande Porto do ano de 2010 brevemente irão estar disponíveis.

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Quadro 32 - Movimento processual por freguesia, 2009

População Residente Total de Processos CPCJ


Freguesia % Freguesia %
Olival 5,8 Mafamude 11
Sermonde 4,4 Santa Marinha 9,5
Valadares 4,5 Vilar de Andorinho 9,1
Vilar de Andorinho 5 Canidelo 7,3
Perosinho 3,7 Oliveira do Douro 6,7
Serzedo 3,7 Pedroso 6
Afurada 3,6 Avintes 4,6
Grijó 3,6 Canelas 4,5
Avintes 3,5 Grijó 4,4
Vilar do Paraíso 2,9 Vilar do Paraíso 4,3
Santa Marinha 2,9 Olival 4,2
Canelas 2,8 Valadares 4,1
Mafamude 2,8 Madalena 3,5
Pedroso 2,7 Serzedo 3,4
Nota: A tendência no ano 2009, repete-se, quase de igual forma no ano de 2010.

Quadro 33 - Movimento processual por freguesia, 2010

População Residente Total de Processos CPCJ


Freguesia % Freguesia %
Olival 5,2 Mafamude 11,7
Valadares 4,4 Santa Marinha 11
Vilar de Andorinho 3,8 Vilar de Andorinho 8,8
Sermonde 3,8 Canidelo 7,5
Madalena 3,5 Oliveira do Douro 6,7
Avintes 3,5 Pedroso 5,8
Vilar do Paraíso 3,5 Vilar do Paraíso 5,2
Santa Marinha 3,4 Avintes 4,5
Serzedo 3,1 Canelas 4,4
Mafamude 3 Valadares 4
Grijó 2,9 Olival 3,8
Canidelo 2,8 S. Félix da Marinha 3,7
Canelas 2,7 Grijó 3,6
Nota: Em relação às entidades sinalizadoras, ou seja, quais as entidades que remetem participações para a CPCJ.

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Da leitura do quadro 34, constata-se que são os estabelecimentos de ensino as entidades que
mais sinalizam as situações de risco à CPCJ.

Quadro 34 - Entidades sinalizadoras

Entidade N.º de Processos


Estabelecimentos de Ensino 529
Estabelecimentos de Saúde 193
Outras CPCJ 172
Os pais 169
Ministério Público 158
Autoridades Policiais 134
Outras 113
Vizinhos ou particulares 111
Autarquias 90
Familiares 78
Segurança Social 75
RSI 66
Projectos 57
Tribunais 52
IPSS 32
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

Os grupos etários mais significativos situam-se nas faixas etárias entre os 11 e os 14 anos,
seguido da faixa etária com mais de 15 anos. No entanto, destaca-se o facto de haver quase uma
homogeneidade entre os vários grupos etários, que se situam acima das 500 sinalizações, (gráfico
21).

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Gráfico 21 - Grupos etários

576 511

0-5

6-10
11-14
+15
503
599

Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

No que diz respeito às situações sinalizadas verifica-se a predominância da negligência parental


com 768 situações, seguida do absentismo escolar e dos maus-tratos psicológicos/abuso
emocional. As restantes situações situam-se entre as 141 e as 14 sinalizações, tendo estas
últimas um peso quase residual no conjunto total das situações sinalizadas.

Gráfico 22 - Problemáticas sinalizadas / Total de processos

Negligência

Absentismo escolar
768

371 M aus-tratos Psicológicos

301
M aus-tratos Físicos
141

110 PFQC

98
Exposição a modelos
27 comportamento desviante

14 Abuso sexual

14
M endicidade

0 200 400 600 800 Abandono

Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

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Fazendo desta forma a análise das problemáticas das situações sinalizadas com os grupos etários
(Quadros 35, 36, 37 e 38), verifica-se que predominam as situações de negligência no grupo etário
dos 0 aos 5 anos, assim como no grupo seguinte (6 aos 10-anos), enquanto nos grupos etários
seguintes encontramos o absentismo escolar como preponderante.

Quadro 35 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 0-5 anos

Problemática %
Negligência 59,8
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 22,5
Maus-tratos físicos 8,2
Exposição modelos comportamento desviante 4,6
Abuso sexual 2
Mendicidade 1,4
Abandono 1
PFQC 0,4
Uso estupefacientes 0,2
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

Quadro 36 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 6 - 10 anos

Problemática %
Negligência 49,4
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 18,7
Maus-tratos físicos 9,8
Abandono escolar 3
PFQC 2,4
Exposição modelos comportamento desviante 1,7
Mendicidade 0,8
Abuso sexual 0,5
Pornografia infantil 0,2
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

80
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Quadro 37 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 11 - 14 anos

Problemática %
Abandono escolar 36,2
Negligência 24,8
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 11,7
PFQC 10,1
Exposição modelos comportamento desviante 5,7
Maus-tratos físicos 5,7
Abuso sexual 1,8
Abandono 1,2
Uso estupefacientes 1,2
Ingestão bebidas alcoólicas 0,7
Mendicidade 0,5
Pornografia infantil 0,3
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

Quadro 38 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários + 15 anos

Problemática %
Abandono escolar 36,7
Negligência 26,2
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 8,7
Maus-tratos físicos 6,2
Abuso sexual 6
Exposição modelos comportamento desviante 3,6
Corrupção de menores 2,2
Abandono 2
Ingestão bebidas alcoólicas 0,4
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

Para além das situações de absentismo escolar, mais relevantes nos grupos etários a partir dos
11 anos, encontramos como principais comportamentos desviantes assumidos pelos adolescentes
a agressividade junto dos pares e figuras de autoridade, o não cumprimento de regras, as fugas
constantes de casa, vandalismo e o consumo de bebidas alcoólicas e estupefacientes (quadros 37
e 38).

Em relação às situações referentes a sinalizações de violência doméstica, que são transversais a


todos os grupos etários não possuímos dados ao nível concelhio, pois nem todas as situações
vivenciadas no contexto familiar são reportadas à CPCJ. Neste sentido, recorreu-se a dados
remetidos pela Procuradoria da República (quadros 39 e 40), referentes aos Inquéritos que
81
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48
englobam crime de violência doméstica e de maus-tratos , sendo esta classificação efectuada de
acordo com as participações policiais e queixas dos cidadãos, abrangendo um leque de situações,
que ocorrem na família e também na relação conjugal.

Quadro 39 - Inquéritos-Criminais na Procuradoria da República, ano de 2010

N.º Inquéritos-Criminais Estado

659 Instaurados
299 Transitados
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

Quadro 40 - Estado dos Inquéritos-Criminais, ano de 2010

N.º Inquéritos-Criminais Estado

97 Acusação
427 Arquivamento
84 Outros motivos
350 Transitados
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.

Em Vila Nova de Gaia existem 5 Instituições de apoio a Crianças e Jovens em Perigo, sendo 5
lares de Infância e Juventude, que albergam 212 crianças e jovens e, um Centro de
Acolhimento Temporário, para crianças dos 0-6 anos, que acolhe 11 crianças. Ao todo, estão
institucionalizadas 223 crianças e jovens, em equipamentos distribuídos por seis freguesias do
concelho.

Quadro 41 - Equipamentos para Crianças e Jovens em Perigo

TIPO Nº CAPACIDADE UTENTES


Lar de Infância / Juventude 5 269 212
Centro de Acolhimento Temporário 1 15 11
TOTAL 6 284 223
Fonte: DMASS e Carta Social, ISS-IP,2010.

48
Dados fornecidos pela Procuradoria da República do Círculo Judicial de Vila Nova de Gaia.

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3.2 RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO

“O Rendimento Social de Inserção consiste numa prestação incluída no subsistema de


solidariedade e num programa de inserção, de modo a conferir às pessoas e aos seus agregados
familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a satisfação das suas
49
necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária” .

Actualmente o valor da prestação por pessoa adulta é de €189,52 e de €94,76 por cada criança
(2011), embora estes valores estejam sujeitos a cálculos ponderados.

A estrutura que assegura o desenvolvimento da medida do RSI, nomeadamente, aprovar os


programas de inserção são os Núcleos Locais de Inserção Social (NLI), que constituem a estrutura
operativa de composição plurissectorial, que assegura o desenvolvimento das medidas.

Vila Nova de Gaia tem dois Núcleos Locais de Inserção (NLI) constituídos por representantes das
seguintes entidades: Instituto de Segurança Social, Câmara de Vila Nova de Gaia, Centro de
Emprego de Gaia, Saúde/ARS e DREN.

O enquadramento geográfico dos NLI é o seguinte:

- NLI1: Oliveira do Douro, Mafamude, Santa Marinha, Canidelo, Afurada, Avintes e Vilar de
Andorinho;

- NLI2: Grijó, Arcozelo, Canelas, São Félix da Marinha, Serzedo, Pedroso, Perosinho,
Sermonde, Seixezelo, Crestuma, Lever, Olival, Sandim, Vilar do Paraíso, Gulpilhares,
Valadares, Madalena.

Foram estabelecidos entre a Entidade Distrital de Segurança Social e as Instituições Particulares


de Solidariedade Social ou outras entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, que
prossigam fins de solidariedade social 8 protocolos, com 12 equipas, que visam o
desenvolvimento de acções de acompanhamento e de inserção social dos beneficiários do RSI,
que se passa a descrever:

- NLI1: Associação de Escolas Torne e Prado, Cooperativa Sol Maior, Fundação Joaquim
Oliveira Lopes e Fundação Padre Luís;

- NLI2: Centro Social de Grijó, Associação Solidariedade Social Madalena, Olival Social,
Associação Sandim.

49
Lei 13/2003 de 21 de Maio, alterada pela lei 45/2005 de 29 de Agosto.

83
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Quadro 42 - População beneficiária do RSI no grande Porto, 2009

Peso população Peso


População Peso no População beneficiária RSI população
residente Grande beneficiária sobre a beneficiária
Área Geográfica em 2009 Porto RSI 01/2010 população RSI no Grande
residente Porto

N.º % N.º % %

Gondomar 174878 12,5 13637 7,8 12,9

Maia 143371 10,3 7649 5,3 7,2

Matosinhos 169303 12,1 12459 7,4 11,7

Porto 210558 15,1 25738 12,2 24,2

Póvoa do Varzim 66919 5 2778 4,2 2,6

Santo Tirso 69377 5 3571 5,2 3,4

Trofa 41022 2,9 2274 5,5 2,1

Valongo 98522 7,1 8380 8,5 7,9

Vila do Conde 77553 5,6 3105 4 2,9

Vila Nova de Gaia 315382 22,6 26607 8,4 25,1

Grande Porto 1395751 100 106198 7,8 100

Fonte: - INE (estimativas provisórias da população residente, 2009 – CDSS-Porto, ISS-IP, 2010.50

Em Janeiro de 2010, Vila Nova de Gaia era o município do Grande Porto com maior número de
beneficiários do RSI, com 26607 pessoas, o que representava 22,6% do total da população
beneficiária do RSI do Grande Porto.

No entanto, quando comparamos o peso percentual da população beneficiária do RSI no total da


população residente, constata-se que esta representa 8,4% da população residente em Vila Nova
de Gaia (26607 beneficiários do RSI por relação a 315 382 pessoas residentes), só superado pelo
concelho do Porto com 12,2% e Valongo com 8,5%.

50
O Município de Espinho não está representado por pertencer ao CDSS-Aveiro.

84
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Gráfico 23 - Beneficiários do RSI de Vila Nova de Gaia, por freguesia, Junho 2010

Vilar do Paraíso
Vilar de Andorinho
Valadares
Serzedo
Sermonde
Seixezelo
S. Pedro da Afurada
S. Félix da Marinha
Santa Marinha
Sandim
Perosinho
Pedroso
Oliveira do Douro
Olival
Mafamude
Madalena
Lever
Gulpilhares
Grijó
Crestuma
Canidelo
Canelas
Avintes
Arcozelo

-0,50% 0,50% 1,50% 2,50% 3,50% 4,50% 5,50% 6,50% 7,50% 8,50% 9,50% 10,50% 11,50%

Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 14, Anexos.

Em Junho de 2010 Vila Nova de Gaia tinha 27947 beneficiários do RSI, distribuídos pelas 24
freguesias.

Quanto à sua distribuição geográfica por freguesia, verifica-se que Santa Marinha apresenta a
taxa mais elevada (10,5%), seguido de Mafamude (10,1%) e Vilar de Andorinho (9,3%).

Com menor taxa de beneficiários surgem as freguesias de Seixezelo (0,5%), Crestuma (0,5%) e
Sermonde (0,6%).

85
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Quadro 43 - Beneficiários do RSI em relação á população residente

51 % de Beneficiários do RSI em relação á população


Freguesias Total da População
residente
Arcozelo 13.417 7,60%
Avintes 12.478 9,90%
Canelas 13.323 8,80%
Canidelo 25.707 8,30%
Crestuma 3.221 4,50%
Grijó 11.134 8,90%
Gulpilhares 10.508 6,90%
Lever 3.284 6,00%
Madalena 10.133 8,00%
Mafamude 42.189 6.60%
Olival 6.067 10,60%
O. Douro 25.332 9,00%
Pedroso 19.984 9.10%
Perosinho 6.442 8,50%
Sandim 6.849 8,50%
Stª Marinha 33.307 8,80%
S. Felix Marinha 12.103 9,30%
S.P. Afurada 3.722 11,40%
Seixezelo 1.876 7,00%
Sermonde 1.314 13,70%
Serzedo 8.163 12,80%
Valadares 9.851 11,20%
V. Andorinho 18.108 14,20%
V. Paraíso 14.230 7,90%
TOTAL 312.740* 8,90%
Fonte: INE 2010.

Comparando a população residente em Vila Nova de Gaia com a população beneficiária de RSI,
constata-se que esta representa 8,9% da população total. As freguesias de Vilar de Andorinho
(14,2%), Sermonde (13,7%) e Serzedo (12,8%) apresentam a maior percentagem de beneficiários
do RSI.

51
A população por freguesia foi calculada a partir do valor da população do concelho, de acordo com as estimativas
provisórias do INE 2008, tendo sido aplicado o peso da população por freguesia segundo os censos de 2001.

86
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Gráfico 24 - Caracterização dos Beneficiários do RSI por Idade, Junho de 2010

Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 15, Anexos.

Em relação à caracterização dos beneficiários por escalão etário, verifica-se uma predominância
no escalão com <18 anos (35,6%), o que significa que o número de crianças e jovens abrangidos
pela medida do RSI é o mais significativo.

É também relevante a percentagem de beneficiários no escalão etário 40-54 anos (24,2%). São
sobretudo pessoas que ficam em situação de desemprego e com dificuldade em integrar
novamente o mercado de trabalho.

O reduzido número de beneficiários com mais de 65 anos, deve-se ao facto destes passarem a
usufruir de outro tipo de prestações sociais.

Gráfico 25 – Beneficiários do RSI com e sem rendimentos, Junho 2010

Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 16, Anexos.

Do universo da população beneficiária do RSI, 28,24 % possuem rendimentos.

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Quadro 44 - Tipos de Rendimentos dos Beneficiários de RSI, por Freguesia

Bens
Maternidade,
mobiliários/ Bolsa de Direito a Outros Pensão Outras Subsidio de Subsidido Trabalho Trabalho Não Outras
AREA GEOGRÁFICA CSI Paternidade e TOTAL
Imobiliários/ Formação Alimentos Rendimentos CNP Pensões Desemprego de Doença Dependente Dependente Situações
Adopção
Rendimentos
Arcozelo 0,03% 0,10% 0,02% 0,29% 0,05% 0,74% 0,45% 0,09% 0,17% 0,01% 0,67% 0,01% 0,41% 3,40%
Avintes 0% 0,07% 0,04% 0,25% 0,01% 0,81% 0,54% 0,07% 0,35% 0,01% 0,98% 0,01% 1,18% 4,30%
Canelas 0% 0,14% 0% 0,24% 0,05% 0,94% 0,57% 0,08% 0,31% 0,01% 1,04% 0% 1,35% 4,70%
Canidelo 0% 0,06% 0,02% 0,76% 0,05% 1,89% 0,89% 0,16% 0,59% 0,07% 1,63% 0% 2,25% 8,40%
Crestuma 0% 0,03% 0% 0,07% 0% 0,08% 0,04% 0,02% 0,03% 0,02% 0,12% 0% 0,15% 0,60%
Grijó 0% 0,10% 0,04% 0,22% 0,02% 0,77% 0,45% 0,06% 0,31% 0,01% 0,76% 0,01% 0,71% 3,50%
Gulpilhares 0% 0,06% 0,01% 0,25% 0,03% 0,52% 0,30% 0,06% 0,14% 0,03% 0,51% 0,01% 0,69% 2,60%
Lever 0% 0,03% 0,02% 0,03% 0,01% 0,12% 0,14% 0,03% 0,05% 0% 0,15% 0% 0,18% 0,80%
Madalena 0% 0,03% 0,01% 0,21% 0,02% 0,56% 0,29% 0,04% 0,26% 0,02% 0,55% 0% 0,69% 2,70%
Mafamude 0,02% 0,20% 0,05% 1,22% 0,06% 1,93% 0,78% 0,12% 0,67% 0,06% 2,07% 0,02% 2,53% 9,70%
Olival 0% 0,12% 0,02% 0,12% 0,03% 0,45% 0,27% 0,04% 0,23% 0,01% 0,35% 0% 0,48% 2,10%
Oliveira do Douro 0,01% 0,12% 0% 0,62% 0,03% 2,01% 0,97% 0,17% 0,71% 0,03% 1,83% 0,03% 2,44% 9%
Pedroso 0,01% 0,17% 0,05% 0,57% 0,02% 1,39% 0,96% 0,23% 0,38% 0,05% 1,43% 0,01% 1,74% 7%
Perozinho 0% 0,05% 0,01% 0,11% 0% 0,46% 0,92% 0,05% 0,09% 0,01% 0,42% 0,01% 0,45% 1,89%
Sandim 0% 0,16% 0,02% 0,11% 0% 0,47% 0,23% 0,01% 0,18% 0,01% 0,49% 0,01% 0,60% 2,30%
Santa Marinha 0,02% 0,27% 0,05% 0,96% 0,06% 2,05% 0,78% 0,21% 0,68% 0,03% 2,09% 0,03% 2,66% 9,80%
S. F´lix da Marinha 0% 0,07% 0,03% 0,31% 0,04% 1,02% 0,57% 0,09% 0,30% 0,02% 0,71% 0,01% 0,93% 4,10%
S. Pedro da Afurada 0,02% 0,02% 0,03% 0,14% 0% 0,31% 0,29% 0,09% 0,10% 0% 0,25% 0,01% 0,40% 1,67%
Seixezelo 0,01% 0,02% 0,02% 0% 0% 0,11% 0,08% 0% 0,04% 0,01% 0,10% 0,01% 0,15% 0,55%
Sermonde 0% 0,02% 0% 0,04% 0% 0,14% 0,09% 0% 0,06% 0,01% 0,11% 0,01% 0,11% 0,59
Serzedo 0,01% 0,05% 0,03% 0,28% 0,01% 0,78% 0,59% 0,08% 0,27% 0,05% 0,73% 0,01% 0,95% 3,84%
Valadares 0,01% 0,14% 0,02% 0,40% 0,09% 0,80% 0,48% 0,11% 0,28% 0,03% 0,62% 0,02% 0,64% 3,64%
Vilarer de Andorinho 0,01% 0,30% 0,08% 0,84% 0,06% 1,71% 1,03% 0,19% 0,57% 0,04% 1,77% 0,01% 2,41% 9,03%
Vilar do Paraíso 0% 0,09% 0,04% 0,30% 0,05% 0,75% 0,44% 0,09% 0,25% 0,04% 0,84% 0,08% 1,03% 4%
TOTAL 0,15% 2,40% 0,60% 8,40% 0,70% 21% 12% 2,10% 7% 0,60% 20,20% 0,30% 25,10% 100,00%
Fonte: ISS 2010.

Relativamente aos rendimentos obtidos pelos beneficiários do RSI, destacam-se os resultantes de


“Trabalho Dependente” (20,2%), “Outros Tipos de Rendimentos” (21,0%) e “Pensões do CNP”
(12,0%). As freguesias de Santa Marinha (9,8%), Mafamude (9,1%) e Vilar de Andorinho (9,0%)
são as que apresentam maior número de beneficiários com rendimentos.

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Gráfico 26 - Número de Agregados Familiares Beneficiários do RSI,


por Freguesias, Junho 2010

Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 17, Anexos.

Existem 12269 agregados familiares que beneficiam do RSI. As freguesias de Santa Marinha com
11,3%, Mafamude 10,5% e Vilar de Andorinho 9,2%, apresentam os valores de taxa mais
elevados, tal como se verifica na percentagem de Beneficiários do RSI por Freguesia. Com menor
percentagem surgem as freguesias de Sermonde (0,7%), Crestuma (0,5%) e por fim Seixezelo
(0,4%).

Gráfico 27 - Caracterização dos Agregados Familiares Beneficiários


do RSI por Tipo de Família, Junho 2010

11,30%

Isolados
30,50%
F. Alargada
19,40%
F. Nucle ar C/ Filhos
F. Nucle ar S/ Filhos
2,00% F. Monoparental
7,70%
Outra s

29,20%

Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 18, Anexos.

Quanto à caracterização dos agregados familiares, por tipo de família, constata-se que,
maioritariamente são indivíduos “Isolados” (30,5%), seguidos de “Famílias Nucleares com Filhos”
(29,2%) apresentando igualmente valor relevante, as “Famílias Monoparentais” (19,4%).

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Gráfico 28 - Valor Médio da Prestação de RSI, por Freguesia, Junho 2010

Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 19, Anexos.

O valor médio da prestação de RSI, no concelho de VNG é de 232,51€. As freguesias de


Perosinho (255,78 €), Sermonde (255,43 €) e Olival (253,52 €), são as que apresentam
prestações mais elevadas.

Gráfico 29 - Agregados familiares com processos activos

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 – Ver Tabela 20, Anexos.

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Em Dezembro 2010, existiam 10117 processos activos respeitantes a agregados familiares. Em


relação à mesma data, foram contratualizados com programa de inserção, 7294 do total de
processos activos, o que representa 72,94% em termos percentuais.

Gráfico 30 – Caracterização dos beneficiários por idade e género


a frequentar acções de inserção

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 – Ver Tabela 21, Anexos.

De acordo com o gráfico 30, os beneficiários a frequentar Acções de Inserção, maioritariamente,


são do género feminino (8341), mas em valor aproximado aos do género masculino (8047). No
género feminino predominam acções no escalão etário entre os 6-18 anos (2018), seguido de 35-
44 anos (1418). No masculino, salientam-se as seguintes faixas etárias: 6-18 (2286), seguido do
45-54 (1381).

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Gráfico 31 - Distribuição de todos os Beneficiários do RSI por Áreas de Inserção


(com acordo de inserção)

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 – Ver Tabela 22, Anexos.

Relativamente á distribuição dos beneficiários do RSI, com acordos de inserção, verifica-se que a
área com maior incidência se concentra na “Acção Social” (19 324 pessoas). Destacam-se as
“Acções de Apoio á Organização da Vida Quotidiana” (12516 pessoas), seguida do “Apoio ao
Exercício da Cidadania” (2896 pessoas) e “Apoio Pessoal em Situação de Perca de Auto-estima e
Autonomia” (1243 pessoas), sendo ainda de salientar o “Acompanhamento e Educação Sócio -
Familiar” (1093 pessoas). Trata-se de acções que revelam a existência de um elevado número de
beneficiários com falta de competências sociais e parentais, assim como dificuldades na gestão
financeira, doméstica, familiar e de conflitos (gráficos 31 e 32).

Gráfico 32 – Acção Social

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.

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A saúde aparece como segunda área prioritária (11 361 pessoas), sendo de destacar as
“Consultas de Medicina Familiar (5508 pessoas) e “Outras” (3502 pessoas) no âmbito da medicina
familiar. Este resultado denúncia, por um lado, a necessidade de serem efectuados despistes e
/ou confirmações respeitantes a problemas de saúde apresentados pelos beneficiários, por outro,
o acompanhamento pelo médico de familiar face a doenças crónica, principalmente de foro
psiquiátrico/neurológico (gráficos 31 e 33).

Gráfico 33 – Saúde

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.

Seguidamente aparecem as acções na Educação (6979 pessoas), sobressaindo a “Escolaridade


Obrigatória” (4469 pessoas) seguido de “Cursos EFA” (1033 pessoas) o que traduz uma
população adulta com baixo nível de escolaridade, com necessidade de apoio educativo e ou
formativo. A integração “Pré-escolar/Jardim de Infância” (684 pessoas) assume também destaque
o que revela por um lado o peso na população infantil e por outro a necessidade de integração
desta em equipamentos, por forma a libertar pais e encarregados de educação para o
cumprimento das acções (gráficos 31 e 34).

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Gráfico 34 – Educação

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.

No Emprego (5585 pessoas) a “Colocação em Mercado de Trabalho” (5274 pessoas) é notória o


que demonstra o elevado número de beneficiários em situação de desemprego (gráficos 31 e 35).

Gráfico 35 - Emprego

Informação e Orientação
Profissional
Mercado Social Emprego

Criação de Emprego

Criação Empresas

Formação e Emprego

Colocação em Mercado de
Traboalho-1.º
Reabilitação Profissional

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.

Na “Formação Profissional” (2238 pessoas) as acções de “Educação e Formação” (1396 pessoas)


e “Formação Profissional Qualificante” (353 pessoas), é também revelador de uma população com
necessidades formativas (ver tabela 22, anexo).

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Gráfico 36 – Regularização da situação habitacional

Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.

Na “Habitação” (2398 pessoas) os pedidos de “Regularização da Situação Habitacional” (2398


pessoas) resultante dos problemas habitacionais e na necessidade de várias soluções (gráficos 31
e 36).

O RSI tem funcionado desta forma como agente proporcionador do acesso desta população com
necessidades a regalias sociais, através dos programas de inserção, sem os quais dificilmente
conseguiriam alcançar.

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3.3 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A vulnerabilidade social das famílias a nível económico e social, encontra-se, na maioria das
vezes, associada á realidade da Violência Doméstica.

Segundo a Comissão de Peritos para o Acompanhamento da Execução do I Plano contra a


Violência Doméstica de 2000, a Violência Doméstica é definida como um comportamento que
inflige, repetidamente, crimes de vária ordem tais como sofrimentos físicos, sexuais, psicológicos
ou económicos, de modo directo ou indirecto (através de ameaças, enganos, coacção :), a
qualquer pessoa que habite no mesmo agregado familiar ou que não coabitando, seja cônjuge ou
companheiro ou ex-cônjuge ou ex-companheiro, ascendente ou descendente familiar.

A violência doméstica é um problema transversal, ocorrendo em diferentes contextos,


independentemente de factores sociais, económicos, culturais, etários. Embora seja exercida na
grande maioria sobre mulheres, atinge directa, ou indirectamente crianças, idosos e outras
pessoas mais vulneráveis ou com deficiência física.

Neste concelho constata-se a existência desta problemática social, como comprovam os dados
fornecidos pela Associação de Apoio á Vitima e pelo Ministério Público de Vila Nova de Gaia.

Quadro 45 – Registos de processos de apoio à vítima por tipo e por ano


Registo Processos

Outros Transitaram
2009 2010 Acusação Arquivamento motivos
Suspensos
para 2011
TOTAIS

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

299 31,2 659 68,7 97 10,1 427 44,5 84 8,7 3 0,3 350 36,5 958 100

Fonte: Procuradoria da República - Circulo Judicial de V. N. Gaia.

O número de processos de violência doméstica, relativos a Vila Nova de Gaia em 2009 e 2010 e,
registados pelo Ministério Público é significativo num total de 958. Do total de processos
registados, apenas 10,1% foram encerrados com acusação efectiva e 44,5% foram arquivados,
tendo transitado para 2011 36,5%.

Quadro 46 – Género da Vítima


Sexo Frequência %
Feminino 146 86,4

Masculino 23 13,6
Total 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

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A Associação Portuguesa de Apoio á Vítima registou em Vila Nova de Gaia 169 crimes de
violência doméstica em 2009/2010. As vítimas de violência doméstica são maioritariamente do
género feminino, representando 86,4 % dos crimes sinalizados face a 13,6 % da população
masculina.

Gráfico 37 – Estado Civil da Vítima

Fonte: APAV - Ver Tabela 23, Anexos.

A maioria das vítimas tem uma relação conjugal (64,5%) pelo matrimónio ou em união de facto
com o seu agressor. Apenas 16% são solteiras e 10,7% são divorciadas/separadas. É no seio
doméstico, nomeadamente na relação entre pares que ocorre o maior número de crimes.

Gráfico 38 – Nacionalidade da Vítima

Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 24, Anexos.

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A nacionalidade predominante das vítimas é portuguesa com 75,10 %. Relativamente à população


estrangeira foram identificadas mulheres de nacionalidade brasileira (1,2 %), cubana (0,6%),
boliviana (0,6%) e angolana (0,6%).

Gráfico 39 – Tipo de Família da Vítima

60% 52,70%
50%

40%
30%

20% 12,40%
11,20%
10% 5,90% 7,10% %
0,60% 1,80% 2,40%
0%

Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 25, Anexos.

O tipo de família onde prevalece a violência doméstica é na família nuclear c/ filhos, com 52,7%, e
nas famílias nucleares sem filhos com 11,2%, com menor representatividade situam-se as famílias
reconstruídas com 0,6%.

Gráfico 40 - Condição Perante a Actividade Económica da Vítima

Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 26, Anexos.

Quanto à condição perante a actividade económica da vítima, a maior percentagem é de


empregados com 39,1%, seguindo-se a de desempregados com 16,6%, os reformados com
10,1% e os estudantes com 5,9%.

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Gráfico 41 – Idade da Vítima por Grupos Etários

4,7

21,9

[0-17]

35,5 [18-41]

7,1 [42-64]
[65- ….[
N.s./N.r.

30,7

Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 27, Anexos.

Os grupos etários das vítimas com maior relevância são dos 18 aos 41 anos (35,5%) e dos 42 aos
64 anos (30,7%). A faixa etária da população idosa (mais de 64 anos) é de 7,1%. Saliente-se que
outro grupo vulnerável é dos 0 aos 17 anos a que corresponde 4,7%.

Gráfico 42 – Género do Autor do Crime

0,60%

13,00%

Feminino
Masculino
N.s. / N.r.

86,40%

Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 28, Anexos.

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Gráfico 43 - Nível de Ensino do Autor do Crime

90% 82,20%

80%

70%

60%

50%
%
40%

30%

20%
5,90%
10% 1,80% 1,80% 2,40% 2,40% 3,60%

0%
Não sabe 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Ensino Ensinio N.s. / N.r.
ler Secundário Superior

Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 29, Anexos.

Gráfico 44 – Idade do Autor do Crime

16,80%
17-35
36-45

49,70% 46-55
16,20%
56-65
66-…
n.s / n. r
8,40%

1,80% 7,80%
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 30, Anexos.

Os autores do crime de violência doméstica são 86,4% do sexo masculino, e por grupo etário dos
17-45 anos com 33%, realçando-se o facto de a partir dos 56 anos a taxa diminuir para 7,8%
(gráficos 42 e 44). Relativamente ao nível de ensino saliente-se que a maioria dos agressores não
sabe ler e escrever (5,9%) e, 3,6% possuem habilitações ao nível do ensino superior (gráfico 43).

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Quadro 47 – Condição Perante a Actividade Económica do autor do Crime

Condição perante a actividade económica do autor do crime Frequência %


Empregado/a 59 34,9
Desempregado/a 31 18,3

Reformado/a 8 4,7
Incapacitados para o trabalho 3 1,8
Outra 1 0,6
N.s/N.r. 67 39,7
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima.

Segundo a condição perante a actividade económica, 34,9% dos autores dos crimes são
empregados, 18,3% desempregados e 4,7% reformados.

Quadro 48 – Relação do Autor do Crime com a Vítima

Relação do autor do crime com a vítima Frequência %


Nenhuma 5 3
Cônjuge/Companheiro 98 58
Ex- Cônjuge/Companheiro 15 8,9
Namorado/a 3 1,8
Ex-Namorado/a 4 2,4
Pai/Mãe 11 6,5
Padrasto/Madrasta 2 1,2
Filho/a 12 7,1
Irmão/ã 1 0,6
Outro familiar 4 2,4
Conhecido 2 1,2
Não determinada 3 1,8
Outra 4 2,4
N.s/N.r. 5 3
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima.

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Gráfico 45 – Tipo de Crime - Violência Doméstica

40 35,3
35 30,2
30 Crime
25 19,8
20
15 11,6
10
5 0,3 0,5 1,3 0,3 0,8
0

Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima Ver Tabela 31, Anexos.

Comprova-se que é em ambiente doméstico e familiar que ocorre o maior número de actos de
violência doméstica conforme quadro 48, nomeadamente nas relações conjugais (58%) e nas
relações entre namorados e ex-namorados (4,2%). No que respeita, ao tipo de crime praticado,
destacam-se os maus tratos psíquicos (35,3%), maus tratos físicos (30,2%), ameaça/coacção
(19,8%), difamação/injúria (11,6%) (gráfico 46 e tabela 31, anexos).

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3.4 – APOIOS DE EMERGÊNCIA SOCIAL

Programas e instituições que prestam apoio em géneros alimentares

O Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC), é uma acção anualmente


promovida pela Comissão Europeia e executada pelos Estados-membros que utilizando as
existências de intervenção de vários produtos agrícolas, tem como finalidade proceder à
distribuição de produtos alimentares às pessoas mais necessitadas na Comunidade Europeia.

O tipo de bens alimentares a distribuir anualmente (em Outubro), depende dos produtos agrícolas
provenientes dos excedentes dos países membros da União Europeia. Podem ser beneficiários do
PCAAC aqueles que residam em território nacional e todas as famílias/pessoas e
instituições/utentes, cuja situação de dependência social e financeira for considerada e
reconhecida com base nos critérios de elegibilidade aprovados, nomeadamente as famílias mais
carenciadas com baixo rendimento familiar. Deste modo, são priorizadas as situações de
desemprego prolongado, prisão, morte, doença, separação e abandono, pensionistas do regime
não contributivo, dimensão do agregado familiar, situações de catástrofe, entre outras.

A Delegação Norte da AMI e o Banco Alimentar Contra a Fome (pólos de recepção) são as
entidades responsáveis pela gestão do PCAAC no distrito do Porto e que abastecem/distribuem
por todas as IPSS, do distrito onde está incluído o concelho de Vila Nova de Gaia.

Em 2010, a Delegação Norte da AMI forneceu bens alimentares do PCAAC a 5 Instituições


Mediadoras de Vila Nova de Gaia, nomeadamente o Centro Porta Amiga de Gaia-AMI, Associação
de Proprietários da Urbanização de Vila D’Este, Conferencia de S. Mamede de Serzedo,
Associação “Olhar Futuro” (Associação de Solidariedade sem Fins Lucrativos) e ANAPEN
(Associação Nacional de Apoio aos Pobres), que por sua vez prestaram apoio a 896 famílias,
correspondendo a 2577 beneficiários.

Quadro 49 - Instituições apoiadas pelo PCAAC/2010, através da AMI, em V.N. de Gaia

52
Instituições Mediadoras 5
Nº de famílias apoiadas 896
Nº de beneficiários 2577
Fonte: AMI, 2010.

52
Instituições Mediadoras são as instituições que recebem os apoios e distribuem pelas famílias e pessoas sinalizadas.

103
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O Banco Alimentar Contra a Fome do Porto distribui géneros alimentares a 78 IPSS e


Associações do concelho de Vila Nova de Gaia, nas quais se incluem as Juntas de Freguesia de
Oliveira do Douro e Crestuma. Essas Instituições subdividem-se em Instituições Mediadoras (que
fornecem cabazes de produtos alimentares a famílias em situação de carência) e Instituições
Beneficiárias (que recebem os alimentos para confeccionar refeições, servidas em Lares, Apoio
Domiciliário, Creches, ATL ou outros).

Quadro 50 – Instituições Apoiadas pelo Banco Alimentar contra a Fome em V.N. de Gaia

Instituições Mediadoras Instituições Beneficiárias

Nº de Total de [0 aos [13 aos Mais de 65 Nº total de


Crianças Adultos Acamados
Famílias pessoas 12] 65] anos pessoas

Nºs
Absoluto 1738 1323 3691 6.752 2021 974 1528 74 4523
s

26% 19% 55% 100% 44% 21% 34% 1% 100%


%
Fonte: Banco Alimentar Contra a Fome, 2010.

Neste âmbito, as Instituições Mediadoras de Vila Nova de Gaia apoiaram 1738 famílias,
abrangendo 6752 pessoas (quadro 50). As Instituições Beneficiárias prestaram apoio a 4523
utentes, sendo as valências da infância as mais apoiadas, representando 44% do total de pessoas
apoiadas (quadro 50).

Quadro 51 – Famílias Sinalizadas pelas Comissões Sociais de Freguesia com Carência


Alimentar

Freguesia Apoiadas Sem apoio


Mafamude 112 11
Stª Marinha 145 0

Canelas 65 21
Valadares 38 0

Serzedo 125 25

S. Félix da Marinha 152 0

Gulpilhares 81 27

Perosinho 90 0

Arcozelo 52 31

S. Pedro da Afurada 62 37

Sandim 160 0
Sermonde 19 8

Avintes 50 60

Grijó 19 2

Canidelo 85 10

Vilar de Andorinho 597 8


Vilar do Paraíso 80 0

GiruGaia (Avintes, Stª Marinha, Madalena, Arcozelo) 32 0


Sem referência da freguesia 160 44
TOTAL 2124 284
Fonte: DMASS, CSF da Rede Social de VNG, 2010.

104
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As Comissões Sociais de Freguesia sinalizaram 2408 famílias em situação de carência alimentar,


das quais 2124 foram apoiadas em géneros alimentares, destacando-se a freguesia de Vilar de
Andorinho com o maior número de situações, 597 casos. No entanto, 284 agregados familiares
ainda não obtiveram apoio em bens alimentares.

105
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

4– EMPREGO, FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

4.1 – ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL

A Europa, o país e o concelho muito em particular sentem as problemáticas de um desemprego


conjuntural, no nosso caso em particular também estrutural, persistente, crescente e
potencialmente desestruturante da sociedade tal como a conhecemos e tal como a desejamos.

Os contínuos saldos líquidos negativos do emprego (emprego criado – emprego destruído)


configuram uma situação em que as dinâmicas de criação de emprego têm sido insuficientes para
contrariar a tendência de destruição de emprego.

O emprego que se destrói tem características substancialmente diferentes do que aquele que
diariamente emerge.

Os novos empregos, transversalmente nas profissões e nas áreas de actividade económica onde
são criados, tem perfis diferenciados e mais exigentes, mesmo que sejam criados nos mesmos
sectores onde outros se extinguiram.

Os critérios de oferta, de selecção, as exigências de formação e ou qualificação, as competências


valorizadas, os vínculos e as remunerações, definem hoje modelos muito mais exigentes,
concorrenciais e com novos paradigmas de enquadramento do factor trabalho.

O desajustamento entre a circunstancial oferta limitada de trabalho e a pressão de procura


existente por parte dos desempregados, sejam eles primeiros empregos ou à procura de novos
empregos, evidencia claramente que neste contexto o mercado é mais selectivo, mais exigente e
diferenciador.

A expectativa de que possa ocorrer uma inversão da actual situação, com criação liquida de
emprego, terá de ter um conta este novos paradigmas, e qualificar ou requalificar, evoluindo no
sentido de ajustar às actuais realidades e exigências do mercado de trabalho.

As famílias, a sociedade, a escola, os múltiplos sistemas de formação profissional, tem que


cultivar os valores do trabalho, do profissionalismo, das aptidões, da competência ou das
diferentes competências.

A formação, isto é, os agentes de formação, os formandos, o mercado da formação, tem de


prosseguir modelos de qualidade, no sentido de assegurar uma ligação estreita entre o

106
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

processo e o mercado, interpretando as necessidades, as tendências, as exigências e as


realidades.

O aumento da qualidade formativa, a identificação precoce das necessidades, as atitudes


proactivas, a análise do custo/eficácia dos sistemas de formação e a medição dos efectivos
resultados de investimento em formação, são determinantes nos contextos económicos
reguladores deste século.

A existência de um mercado global de emprego, que pode passar pelo local, pelo metropolitano,
pelo regional, nacional ou mesmo transnacional, exige uma estratégia de investimento na
educação/formação mais dirigida ao mercado, mais orientada para o potenciamento da
empregabilidade numa clara selecção das qualificações orientadas para as profissões
emergentes, certo de que a qualificação é também geradora de maior igualdade de oportunidades
e de redução das taxas de desemprego significando para quem a possui, oportunidade e
benefícios económicos efectivos.

A formação profissional tem que ser definitivamente vista como um meio ao serviço do aumento e
da promoção da empregabilidade, e não como um fim em si mesmo. O mercado, os
empregadores são os principais interessados na potencialização dos modelos formativos que
encaixam nos conhecimentos, nas necessidades e nas expectativas dos investidores e agentes
económicos.

A Formação Profissional tem que ser cada vez mais próxima das realidades existentes ou
expectáveis, prosseguir a qualidade e a eficácia, sintonizar-se com a realidade socioeconómica
próxima, com os constrangimentos financeiros, com as expectativas, mas acima de tudo com as
oportunidades.

107
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4.2- POPULAÇAO ACTIVA NO CONCELHO

De acordo com os censos de 2001 Vila Nova de Gaia, era o segundo concelho da área
53
Metropolitana do Porto com a taxa maior de actividade de cerca de 52,80%, estando a Maia em
1º lugar com 54%. Pelos dados provisórios de 2008 do INE, Vila Nova de Gaia aparece como o
concelho do Grande Porto com a maior taxa de actividade 22,6%, aparecendo o Porto em 2º
lugar com 14,4%.

Se da mesma forma compararmos a taxa de actividade do concelho de 2001 com a actual (dados
Provisórios 2008), verificamos que também esta difere, tendo passado de 71,05% para 68,9%.

Quadro 52 – População em Idade Activa no Grande Porto

Área geográfica População em idade activa %Taxa de actividade


Grande Porto 962.873 100
Espinho 19.914 2
Gondomar 122.524 12.7
Maia 98.365 10.2
Matosinhos 117.801 12.2
Porto 138.957 14.4
Póvoa de Varzim 46.498 4.89
Santo Tirso 49.048 5
Trofa 29.448 3
Valongo 69.012 7.2
Vila do Conde 53.714 5.6
Vila Nova de Gaia 217.592 22.6
Fonte: INE – Dados provisórios de 2008.

Quando analisamos a população em idade activa por escalões etários, entre 2001 e 2008,
verificamos uma diminuição dos grupos dos 15 aos 39 anos em relação a 2001 e um movimento
inverso dos 45 aos 64 anos.

53
Taxa de Actividade: é a relação da população activa com 15 anos ou mais anos com a população total residente x 100
(em 2001).

108
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Quadro 53 – População em Idade Activa em V. N. Gaia 2001/2009

População em idade activa 2001 (%) 2009 (%)


15-19 6.3 5.4
20-24 7 5.6
25-29 8.3 6.4
30-34 8.2 7.3
35-39 8.5 8.1
40-44 8 8
45-49 7.2 8.1
50-54 6.9 7.2
55-59 5.5 6.7
60-64 4.6 6
Fonte: INE (dados Provisórios de 2009).

Entre 2001 e 2009 há uma diminuição da população activa em todos os grupos etários.

109
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4.3 DESEMPREGO
O número de desempregados inscritos no Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia é de 27925
(Dez, 2010) pessoas. Deste universo, 56% são do género feminino e 44% são do género
masculino.

Gráfico 46 - População Desempregada por Género

60
50 56

40
44
30
20
10
0
F M
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 32, Anexos.

O género feminino apresenta uma taxa de incidência superior ao género masculino em todas as
freguesias do concelho, com excepção de S. Pedro de Afurada.

Gráfico 47 – População desempregada por Freguesia e Género

70 63,1 63,4
62,1
60 54,2
50
45,8
40
37,9 36,9 36,6
30
F
20
10 M

0
OLIVEIRA DO…

SÃO FÉLIX DA…

VILAR DE…
VILAR DO…
SÃO PEDRO DA…
CANELAS

LEVER

MAFAMUDE
CRESTUMA

MADALENA

SERMONDE

VALADARES
SANDIM

SEIXEZELO
ARCOZELO

CANIDELO

GRIJÓ

OLIVAL

PEROZINHO

SERZEDO
PEDROSO
AVINTES

GULPILHARES

SANTA MARINHA

Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 - Ver Tabela 32, Anexos.

A distribuição geográfica revela que a freguesia de Mafamude é a freguesia com maior taxa de
desempregados inscritos, de 12%, seguida das freguesias de Santa Marinha, Oliveira do Douro e
de Canidelo com 11%, 8% e 8%, respectivamente.

110
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Gráfico 48 – População Desempregada por Freguesia

14
12
12 11
10
8 8
8
6
4
2
0

Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 - Ver Tabela 32, Anexos.

A taxa de distribuição dos desempregados inscritos no concelho de Vila Nova de Gaia por
habilitações, apresenta uma maior incidência no nível escolar do 1º ciclo com uma taxa de
31,50%, seguido do 2º ciclo (20,30%) e do 3º ciclo com 18,80%. A taxa de representatividade dos
desempregados inscritos com formação superior é de 8,10%, menor apenas os desempregados
inscritos com escolaridade inferior ao 1º ciclo, 3,90%.

Gráfico 49 – População Desempregada por Habilitação Literária

8,1 3,9

17,3 < 1º CICLO EB


31,5 1º CICLO EB

2º CICLO EB

3º CICLO EB

SECUNDÁRIO

SUPERIOR

18,8

20,3

Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 33, Anexos.

111
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Gráfico 50 – Desempregados por Grupo Etário

60 50,04

50

40

30 21 18,16

20 10,28

10

0
25 - 34 Anos < 25 Anos 35 - 54 Anos 55 Anos e +
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 34, Anexos.

Relativamente à taxa da população desempregada inscrita por faixa etária no concelho de Vila
Nova de Gaia, o gráfico 50 demonstra que a maior incidência verifica-se no grupo etário dos 35
aos 54 anos com 50,04% enquanto os grupos etários dos 25 aos 34 e mais de 55 anos,
encontram-se com taxas na ordem dos 21% e dos 18,16% respectivamente.

Gráfico 51 – Desempregados por Grupo Etário e Freguesia

100%
21 19 16 21 22 19 17 19 21 19 16 19 19 18 18 20 14 16 16 17 18 20 15 19
80%
49 32
60% 51 53
51 47 49 52 50 48 49 52 50 47 53 53 54 55 52 49 50 52 49
53
40% 8
11 9 10 9 12 12
7 12 10 13 11 12 9 12 9 14 10 10 11 12 9 12 8
20% 24
21 17 22 24 15 22 22 16 21 22 19 20 22 20 17 18 24 17 21 21 22 21 23
0%
SANDIM

SERMONDE

VALADARES
LEVER

MADALENA

SÃO FÉLIX DA MARINHA


ARCOZELO

CANIDELO

GRIJÓ

OLIVEIRA DO DOURO

PEDROSO

PEROZINHO

SEIXEZELO

SERZEDO

VILAR DE ANDORINHO

VILAR DO PARAÍSO
OLIVAL
AVINTES

CANELAS

GULPILHARES

MAFAMUDE
CRESTUMA

SÃO PEDRO DA AFURADA

SANTA MARINHA

25 - 34 Anos < 25 Anos 35 - 54 Anos 55 Anos e +


Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 34, Anexos.

Verifica-se que a percentagem de desempregados inscritos no grupo etário dos 35-54 anos, é a
que predomina em todas as freguesias do concelho, destacando-se a freguesia de Sermonde que
apresenta uma percentagem de 55% nesse grupo etário.

112
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4.4 – QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL


A necessidade de implementar medidas para aumentar a democratização do ensino e diminuir as
desigualdades levou à criação dos processos de reconhecimento, validação e certificação de
competências, os cursos de formação e educação de adultos e formações modulares. Do mesmo
modo, foram criados programas de apoio aos jovens em risco de abandono escolar, assim como
os apoios destinados a famílias e alunos através da Acção Social Escolar.

Hoje é reconhecida a necessidade da qualificação como garante do crescimento económico e


como factor da promoção da coesão social. A própria OCDE apresenta a mesma proposta para
Portugal, considerando dever ser uma prioridade política para fomentar a produtividade da força
de trabalho, com o reforço da escolarização no secundário. Este reforço da escolarização da
população portuguesa tem um duplo alcance: por um lado aumenta o crescimento económico, ao
melhorar a qualidade do trabalho, por outro, aumenta as competências para uso das novas
tecnologias. O aumento da qualificação e formação contribui para diminuir o risco e o tempo de
desemprego, facilitando a reinserção no mercado de trabalho.

Investir na educação e formação é contribuir para conquistas nos domínios de organização da vida
social das pessoas, pois a educação é um factor determinante para o desenvolvimento pessoal.
Daí a importância do investimento em formação. A Iniciativa Novas Oportunidades do Ministério
da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, apresentada publicamente no
dia 14 de Dezembro de 2005, tem como objectivo alargar o referencial mínimo de formação até ao
12º ano de escolaridade para jovens e adultos. A estratégia da Iniciativa Novas Oportunidades tem
dois pilares fundamentais: ensino profissionalizante de nível secundário para jovens; elevar a
54
formação de base dos activos. Em Vila Nova de Gaia estão implementados e reconhecidos 15
Centros de RVCC.

No quadro 54, constata-se que se inscreveram, desde 1 de Janeiro de 2007 até Janeiro de 2011,
6.127 pessoas no ensino básico, tendo sido certificados 2. 474 alunos. No ensino secundário
inscreveram-se 2.661 pessoas e saíram certificados 986 alunos.

Quadro 54 – Novas Oportunidades

Inscritos Certificados
Básico
Total
6.127 2.474

Secundário
Total
2.661 986
Nota: Estes valores correspondem ao período de 1 de Janeiro de 2007 a Janeiro de 2011. Fonte: Escola Secundária Inês
de Castro, Centro de Reabilitação Profissional de Gaia, Escola Profissional do Infante, CNO - Toyota Caetano, CNO –
Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa, CNO – Escola Secundária António Sérgio.

54
Novas Oportunidades - Iniciativa no âmbito do Plano Nacional de Emprego e do Plano Tecnológico (2005-2010.

113
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4.5 - ENSINO PROFISSIONALIZANTE

O ensino profissional em V.N. de Gaia funciona nas escolas públicas e privadas do concelho, com
cursos profissionais (são um dos percursos do nível secundário de educação) e os CEF (Cursos
de Educação e Formação) para conclusão do 9º ano de escolaridade ou equivalente. O ensino
profissional é um ensino mais prático e voltado para o mundo do trabalho.

Os Cursos Profissionais funcionam nas escolas secundárias da rede pública, nas Escolas
profissionais públicas ou privadas. Os Cursos de Educação e Formação (CEF) permitem concluir a
escolaridade obrigatória, através de um percurso flexível e ajustado aos interesses dos alunos e
possibilitam prosseguir os estudos ou formação, que lhes permite uma entrada qualificada no
mundo do trabalho.

55
Os cursos profissionais em Gaia funcionam em 8 Escolas Secundárias da rede pública , com uma
frequência de 1107 alunos, e em 2 escolas profissionais da rede privada com 965 alunos.

Os CEF funcionam em 18 estabelecimentos públicos com 855 alunos. Este tipo de ensino é um
dos percursos do nível secundário de educação após a conclusão do 9.º ano de escolaridade ou
equivalente.

Quadro 55 - Escolas públicas e privadas com ensino profissional

Público Privado
Estabelecimentos Número Alunos Estabelecimentos Número Alunos
Cursos profissionais 8 1107 2 965
CEF 18 855 - -
Fonte: Escola Secundária Inês de Castro, Centro de Reabilitação Profissional de Gaia, Escola Profissional do Infante, CNO
- Toyota Caetano, CNO – Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa, CNO – Escola Secundária António Sérgio

A oferta formativa é grande havendo um total de 29 cursos Profissionais a funcionarem nas


56
diversas escolas .

55
CAE e DME VNG Ano lectivo 2008-2009.
56
NOTA: Tipologia de cursos profissionais do concelho (oferta de 2008 / 2009).
A oferta de cursos profissionais é diversificada no concelho de Gaia. Cobre todos os sectores de actividade. A
empregabilidade é desigual e mereceria a concertação com o IEFP e empresas na actualização da oferta pelos
agrupamentos. Muitas das áreas profissionais em que os cursos se inserem estão em recessão (apoio psicossocial,
multimédia, animação sócio cultural e outras como exemplo) ou ficam rapidamente saturadas no concelho: Animador
Sociocultural; Contabilidade; Construção Civil - condução de obra (edifícios) Construção Civil - Medições e Orçamentos;
Design; Electrónica, Automação e Instrumentação Energias Renováveis Gestão de sistemas solares; Gestão do Ambiente;
Gestão e Programação de Sistema Informático; Mecatrónica; Multimédia; Recepção; Secretariado; Turismo; Análises
Laboratoriais; Comunicação; Marketing; Relações Públicas e Publicidade; Apoio Psicossocial; Design Gráfico; Informática
de Gestão; Restaurante e Bar; Técnico de Design de Interiores e de Exteriores; Técnico de Apoio à Infância; Técnico
auxiliar de saúde; Técnico de Apoio à Gestão desportiva; Técnico de Vitrinismo; Técnico de Processo e Controlo da
Qualidade. Alimentar.

114
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II – PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

115
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1- QUADRO DE REFERÊNCIA DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA NO


CONCELHO

1.1 - ANÁLISE DE POTENCIAL ESTRATÉGICO


O actual modelo de PDS procura ocupar o papel de produzir orientações estratégicas como base
de partilha e plataforma para a concertação institucional no concelho, evidenciando as
possibilidades e as potencialidades de intervenção a partir dos recursos e capacidades já
instaladas e disponíveis. A nova geração de respostas e intervenções sociais do concelho deverá
orientar-se para a optimização, qualificação e rentabilização dos recursos existentes no terreno.
Ainda que intervenções pontuais e circunscritas possam e devam ser equacionadas, até porque
assistimos à emergência de novas necessidades sociais muito complexas que não se enquadram
na rede existente, as probabilidades de expansão dos equipamentos, são a curto e médio prazo
muito restritas, sendo mais estratégica a orientação para o desenvolvimento e qualificação do
potencial existente.

Dispositivo institucional
A rede de instituições do concelho de Gaia representa um forte potencial estratégico para o seu
desenvolvimento social. A evolução contínua e sustentada das instituições de solidariedade social
do concelho, tornou-o uma referência em termos da cobertura e qualificação do tecido
institucional. Esta evolução é sobretudo visível na área da deficiência, da rede escolar (na primeira
e segunda infância) e na área dos idosos. Esta rede institucional representa um potencial a ser
activado em futuras intervenções orientadas para as novas necessidades sociais, enquadrável em
projectos de desenvolvimento social e local.

Territorialização da rede social


O concelho de Gaia apresenta a particularidade da intervenção social estar distribuída pelo
território e suportada em grande medida pela iniciativa das freguesias e instituições nelas
radicadas. Esta distribuição dos pólos, de iniciativa e gestão da intervenção, é um aspecto positivo
e diferenciador do concelho, que pode assentar nesta rede como uma resposta mais eficaz e
contratualizada para a implementação de serviços e respostas sociais integradas. O PDS aponta
para uma leitura das necessidades sociais específicas em cada freguesia e da sua distribuição
comparativa. Neste contexto é um mapa orientador da intervenção social prioritária no concelho,
um suporte de planeamento essencial para a coesão e equidade territorial.

Rede escolar – Infra-estrutura de conhecimento


Vila Nova de Gaia possui uma infra-estrutura escolar e formativa qualificada e dimensionada para
os diferentes níveis de ensino, formação e especialização. A existência no concelho de um centro

116
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

de formação enquadrado em empresa (Salvador Caetano) e a proximidade a outros centros


especializados, representa um potencial para a emergência de políticas locais para a
empregabilidade. Esta é a problemática central para a qual se orientam as estratégias do PDS.

A ligação entre o sistema formativo / educativo e o tecido empresarial, já estabelecida no


concelho, é uma vantagem competitiva para o desenvolvimento social e para uma real inserção de
grupos de baixa empregabilidade muito persistente e enraizada. A concertação interinstitucional
neste domínio é uma ferramenta estratégica essencial para a inclusão destes grupos ao definir
percursos de qualificação técnico profissional bem adequados.

Tecido empresarial / centralidade territorial


O concelho de Vila Nova de Gaia detém uma importante infra-estrutura de localização industrial e
um tecido empresarial significativo. Associado à centralidade territorial e proximidade a um
conjunto de concelhos de elevado dinamismo económico, Gaia poderá potenciar a resolução /
minimização de problemáticas sociais associadas à empregabilidade, constituindo um território de
inovação sócio económica. A centralidade do concelho é uma oportunidade para a especialização
enquanto plataforma logística distribuidora para toda a região do Grande Porto. Este é um dos
sectores com empregabilidade emergente e consolidada, o que representaria um recurso
estratégico para o emprego de mais baixas qualificações pois trata-se do problema social do
concelho mais complexo.

117
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1.2 - ÁREAS DE POTENCIAL ESTRATÉGICO NO DESENVOLVIMENTO


SOCIAL DE GAIA

Inovação tecnológica nas áreas emergentes


A inovação tecnológica é a estratégia central para a criação de investimento e emprego em áreas
com forte taxa de desemprego como Gaia. As novas energias e sobretudo a mobilidade eléctrica é
uma oportunidade estratégica, até pelo pioneirismo das empresas do parque industrial de Gaia
como a Salvador Caetano. A coordenação estratégica do sector educativo / formativo, para o
investimento nas competências técnicas requeridas pela inovação tecnológica e consequente
reconversão empresarial, poderá abrir um conjunto de oportunidades para a empregabilidade do
concelho, sobretudo para os jovens qualificados, os alunos dos cursos tecnológicos intermédios e
os desempregados de longa duração com competências técnicas especializadas.

Empreendedorismo social – incubadoras sociais


O empreendedorismo social é uma ferramenta estratégica para a inserção que começa a definir as
agendas dos municípios e da área social em geral. Embora o contexto em que vivemos seja
extremamente adverso e mesmo hostil para empreendedores de baixas qualificações, existe toda
uma cultura a implementar, de empreendedorismo associado a políticas sociais activas. Para
segmentos muito específicos e que preferencialmente estejam enquadrados por políticas sociais,
o empreendedorismo como criação do auto emprego é uma estratégia cada vez mais essencial
como oportunidade de inserção social. A criação de um sistema de incentivos e de espaços de
incubação para as capacidades empreendedoras de alguns beneficiários das políticas sociais,
pode tornar-se uma aposta diferenciadora e competitiva do concelho.

Empreendedorismo avançado
Com um significado social muito diferente mas com um impacto determinante na empregabilidade
está o empreendedorismo gerado por recém-licenciados ou estudantes graduados e altamente
qualificados. Em associação com o tecido empresarial é possível criar oportunidades de
investimento e emprego a partir da inovação em produtos e serviços com viabilidade no mercado.
O concelho de Gaia poderá potenciar a sua infra-estrutura tecnológica e empresarial, tornando-se
um centro de inovação e empreendedorismo, gerador de investimento e emprego qualificado.

Empreendedorismo institucional
Tal como referido, a existência de um grande número de instituições de solidariedade social nos
mais variados domínios, poderá tornar-se na alavanca para a criação de um ambiente e espaço
incentivador do empreendedorismo. Assistimos a crescente pressões para a sustentabilidade
financeira das IPSS, vistas como “entidades” prestadoras de serviços que poderão gerar as suas
próprias receitas em sectores lucrativos para o reinvestimento social nas suas respostas e
iniciativas solidárias. Identificar oportunidades de empreendedorismo e criação de negócios
sociais na sua área de actividade e na criação de mercados para as novas necessidades sociais,
deverá transformar-se numa nova prioridade estratégica para estas instituições.

118
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2 - ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO SOCIAL EM VILA NOVA DE GAIA

INFÂNCIA E JUVENTUDE

Apresentada que está a situação do concelho, no âmbito da infância e juventude e tendo em conta
as necessidades e problemas identificados, definiram-se duas estratégias de intervenção que têm
como objectivo promover o desenvolvimento equilibrado das crianças e jovens de forma
pluridimensional (físico, psicológico, social, emocional, cognitivo e cultural) e que visam enquadrar
as acções para as operacionalizar.

• Sensibilização/motivação interventiva dos múltiplos agentes no processo educativo (pais,


famílias, instituições, outros). A necessidade de se dar apoio às famílias aos mais variados
níveis desde: competências parentais, novas realidades e modos de vida, exigências
colocadas ao nível do mercado de trabalho, alteração dos modelos no seio da família,
representam por si uma preocupação de todos os actores envolvidos na intervenção
social, merecendo respostas e intervenções ajustadas aos novos problemas sociais;

• Promover a Qualificação e Flexibilização dos Serviços. As alterações sociais configuram


novas realidades às quais se torna necessário encontrar novas respostas e novos
serviços cada vez mais qualificados.

A concretização destes objectivos passa pela intervenção em rede envolvendo as Instituições


Públicas Centrais, podendo assumir papel relevante as Autarquias, Escolas e Instituições da
Sociedade Civil.

119
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Quadro 56 – Infância e Juventude

Necessidades/Problema Estratégias de Propostas de Acção Meta


s Intervenção

- Desenvolvimento de acções - Realização de


de formação/informação Campanha sobre
parental destinadas a pais e Permanência
encarregados de educação de Exagerada das
- Ausência/falta de crianças integradas em Crianças nas
competências Parentais. creches. Instituições:
elaboração de cartaz e
desdobráveis alusivos
- Abordagem deficitária de SENSIBILIZAÇÃO / - Criação de respostas para sensibilização de
informação relacionada MOTIVAÇÃO interdisciplinares de pais e familiares.
com as relações afectivas INTERVENTIVA planeamento familiar em
e sexuais. DOS MULTIPLOS articulação com a entidade - Criação de respostas
AGENTES NO competente. multidisciplinares na
PROCESSO abordagem do
- Dificuldades financeiras EDUCATIVO planeamento familiar.
dos agregados familiares (PAIS, FAMILIAS, - Promoção de acções que
INSTITUIÇÕES, estimulem a participação dos - Realização de
OUTROS). pais no processo de sessões informativas
- Reduzida articulação dos crescimento das crianças por com cariz
centros de saúde. forma a assegurar um sociopedagógico, junto
acompanhamento efectivo. das famílias.

- Deficiente número de - Desenvolvimento do


creches com acordo com - Promoção de articulação projecto “sensibilizar
a Segurança Social. efectiva dos centros de saúde grávidos”, permitindo
com as creches no vivenciar experiencias
desenvolvimento de acções na instituição em
- Restrições financeiras informativas, qualificativas e contacto directo com a
param a criação de novos PROMOVER A formativas dirigidas a pais e maternidade.
equipamentos. QUALIFICAÇÃO E profissionais envolvidos na
FLEXIBILIZAÇÃO dinâmica de desenvolvimento - Implementação da
DOS SERVIÇOS. da criança. valência creche
- Problemas relacionados familiar como
com mecanismos de - Promoção de diligências alternativa ao modelo
articulação entre local de junto das entidades creche.
trabalho local de responsáveis para estudo de
residência localização dos soluções alternativas. - Promover um
equipamentos. encontro com
empregadores do
- Estabelecimentos de concelho.
contactos com empresas
implementadas no concelho, - Desenvolvimento de
motivando-os a assumirem um um modelo de
papel de responsabilização resposta social de
social. iniciativa
publica/privada/empres
arial/autarquia/seguran
ça Social.

- Criação de respostas
sociais para jovens do
2.º e 3.º ciclo (ATL,
OTJ, etc.).

120
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

TERCEIRA IDADE

O envelhecimento activo torna-se uma estratégia importante como forma promotora de novas
práticas e respostas que contribuam para adopção de estilos de vida mais saudáveis, emergindo
também com o intuito de afastar a imagem de dependência das pessoas idosas e da situação de
solidão e isolamento, de forma a possibilitar a frequência em actividades físicas e de lazer onde se
sintam bem e lhes ofereça qualidade de vida.

Com o acentuar do envelhecimento surgiu a denominada “4ª Idade”, sobretudo ligada às questões
de saúde, quer pelo aumento do nível de dependência, pela perda acentuada de autonomia e
sobretudo pela emergência das doenças neurodegenerativas, cuja importância é crescente quer
nas pessoas já institucionalizadas quer nas que ainda têm algum suporte familiar cada vez mais
precário e em situação de extrema precariedade.

As respostas sociais existentes nomeadamente os Lares e Centros de Dia, pelo seu carácter
generalista e vocacionado para o acolhimento, segurança e cuidados básicos não respondem já a
este quadro que implica uma especialização e profissionalização muito exigente.

Na tentativa de alcançar uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com mais idade, propõe-
se colocar em prática as seguintes propostas de acção.

121
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 57 – Terceira Idade

Problemas
Estratégias de Acção Acções Meta
Identificados

- Insuficiência de - Criação de agência de cuidadores.


formação a diferentes
níveis e categorias - Aumento de cobertura de apoio
profissionais – - Plano de intervenção domiciliário/ cuidados continuados.
Técnicos, cuidadores, para um envelhecimento - Criação de 4 Agências
famílias e outros. activo. - Criação de um Centro de Noite. de Cuidadores com a
vertente de apoio
- Insuficiente rede de - Promover os serviços de domiciliário.
serviços necessários e proximidades interinstitucional –
qualificados para PSP, Juntas de Freguesia, - Criação de 1 Centro de
pessoas em situação Unidades de Saúde. Noite.
de dependência e para
as novas exigências - Aumentar a taxa de
dos futuros idosos. cobertura em serviços
- Criar e operacionalizar sociais para 12%.
- Insuficiência de eficazmente canais de comunicação
equipamentos de apoio de acordo com as necessidades. - Criação de 1 serviço
a pessoas isoladas e de Tele Assistência.
sem rectaguarda. - Promover sessões de
sensibilização junto das Escolas. - Criação de serviços
- Ausência de trabalho - Políticas preventivas especializados de apoio
intergeracional. para a 3ª Idade. - Educar os jovens para adopção de domiciliário para a
idosos. saúde reabilitativa e
- Insuficiente manutenção das
capacidade de - Reforçar programas promotores funções cognitivas e
resposta de apoio ao de actividades físicas, de lazer e operativas.
idoso no seu domicílio. valorização pessoal – academia
sénior, centros de trabalhos
manuais a nível concelhio, etc.

- Promover e divulgar todos os


direitos e deveres associados ao
processo de envelhecimento.

- Promover e divulgar acções de


formação.

122
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

DEFICIÊNCIA

A necessidade de envolver toda a comunidade na problemática da deficiência, por tratar-se de um


grupo exposto a situações de maior vulnerabilidade social, obriga a encontrar uma resposta eficaz,
de forma a integra-los mais facilmente na sociedade, que se quer igualitária e equitativa. De
acordo com a inventariação de situações / necessidades, no âmbito da deficiência, neste
concelho, estipularam-se as seguintes estratégias de intervenção:

- Sensibilização/Motivação pró-activa dos intervenientes no processo de integração e promoção da


qualidade de vida;

- Acessibilidade e Informação;

- Educação, qualificação profissional e inclusão sócio - profissional.

123
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

57
Quadro 58 – Deficiência

Necessidades /
Estratégias de
Problemas Propostas de Acção Meta
Intervenção
Comunidade Educativa

- Dificuldades na - Desenvolver projectos / Dotar de acessibilidades


acessibilidade / acções conducentes à todos os equipamentos da
mobilidade aos eliminação de barreiras comunidade educativa.
equipamentos. arquitectónicas.
Sensibilização/Motivação Garantir o apoio dos
- Insuficiente apoio pró-activa dos Promover estudo que centros de recursos
dos centros de intervenientes no garanta o apoio dos especializados em todas
recursos processo de integração e centros de recursos as escolas /
especializados às promoção da qualidade especializados em agrupamentos.
escolas e de vida escolas/agrupamentos.
agrupamentos.

- Falta de respostas - Criar respostas


formativas adequadas formativas em centros de
às especificidades formação especializada,
das pessoas com adequadas a pessoas
deficiência mental, deficientes mentais.
em Centros de
Formação - Promoção de uma
Especializada. articulação efectiva e
estabelecimento de - Garantir o acesso a
sinergias entre as todas as pessoas com
estruturas de formação deficiência mental em
Acessibilidade e especializada. centros de formação
- Dificuldades na Informação especializada.
articulação efectiva e - Promover acções
estabelecimento de conducentes á mobilização
sinergias entre as das estruturas regulares de
estruturas de formação para a inclusão
formação das pessoas com
Formação

especializada. incapacidades, em - Elaboração de


articulação com os Centros diagnóstico concelhio das
de Formação necessidades formativas.
- Falta de mobilização Especializada,
das estruturas nomeadamente no caso
regulares de especifico de pessoas com
formação para a Educação, qualificação e deficiência mental.
inclusão das pessoas promoção da
com incapacidades. inclusão/inserção - Promover a dinamização
socioprofissional nas parcerias entre
estruturas regulares de
formação e os centros de
recursos especializados.

- Incremento da inclusão
de pessoas com
deficiência/incapacidade
nas estruturas regulares de
formação, quer através da
flexibilização de requisitos,
quer da articulação estreita
com as estruturas de
formação especializada.

57
Ver anexo tabela 44 – “ Resposta destinadas a Pessoas com Deficiências e Incapacidades".

124
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

- Falta de informação - Desenvolver acções de - Realização de um


por parte dos sensibilização e encontro com
empregadores. informação para empregadores para
Empregabilidade
empregadores, conhecimento de novas
- Falta de mobilização promovedoras da inclusão. medidas/legislação actual.
dos empregadores
para a inclusão de - Promover políticas de - Elaboração de
pessoas com empregabilidade que documento de
incapacidade. prevejam a criação de enquadramento legal.
soluções atípicas para a
- Falta de emprego população sem “perfil de - Sensibilização para a
adaptado às empregabilidade”. produção de legislação
capacidades das apropriada.
pessoas com
deficiência.

- Reforçar e - Promover diligências - Aumentar


diversificar a rede de junto das entidades significativamente o
equipamentos de tutelares para aumento do número de CAO.
Acção Social

CAO para pessoas número de lugares e por


com deficiência. tipologias em CAO. - Reforço da rede de lar
residencial.
Falta de - Promover a formação de
especialização dos técnicos e pessoal com - Criação de residências
equipamentos vista à especialização na autónomas.
prestadores de rede dos cuidados
cuidados de saúde. paliativos, dando resposta - Criação de um modelo
qualificada a pessoas com de equipas de apoio
deficiência com grande familiar integrado – 2
grau de dependência. equipas no concelho.

- Deficiente - Promover acções de - Realização de sessões


Organizacional

capacitação formação para capacitar de formação/informação


Capacitação

organizacional por técnicos das instituições, nas instituições do


parte das instituições. recorrendo aos recursos concelho.
das mesmas.
- Criação de “Plataforma
- Implementar uma de Trabalho em Rede”.
“Plataforma de Trabalho
em Rede” entre as IPSS - Realização de reuniões
que actuam no âmbito da periódicas.
deficiência e a autarquia.

- Existência de - Incentivar o cumprimento - Aplicar no espaço


barreiras do Decreto-lei n.º 163, público o referido decreto.
Questões transversais

arquitectónicas no 2006 de 08 de Agosto.


espaço público. - Estabelecimento de
- Promover reuniões em protocolo com uma
- Dificuldade no rede para realização de Universidade para criação
acesso a serviços, estudos com vista à de um “Modelo de Gestão
equipamentos e definição de necessidades de Frotas”.
produtos. e prioridades.
- Criação de um directório
- Falta de - Divulgação no/pelo de divulgação, inserido no
programação das Município dos serviços e portal da Rede Social
necessidades equipamentos (dados informativos sobre
concelhias a médio e especializados e ofertas serviços, agrupados por
a longo prazo. formativas, existentes no áreas de intervenção, links
concelho. de acesso a sites, etc).

125
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

SAÚDE

As transformações demográficas, sociais e familiares têm criado novas necessidades sociais,


nomeadamente na área da saúde mental. A complexidade das patologias do foro mental e
emocional exige uma abordagem para além da esfera clínica, passando por um trabalho
conciliador e agregador entre o meio social (recursos), família e doente. Torna-se necessário a
criação de respostas adequadas a esta problemática.

Quadro 59 – Saúde

Estratégias de
Problemas identificados Propostas de acção
intervenção

- Criação de um Fórum Ocupacional.

- Criação de novas respostas no


- Ausência de equipamentos acompanhamento da doença mental.
dirigidos a situações de saúde
mental. - Criação de um modelo de grupo de
cuidadores de apoio às necessidades
- Aumento de doenças neuro desta população.
degenerativas (com perca de Sistema de respostas
autonomia). dirigidas à saúde mental. - Criação de um grupo de ajuda mútua
aos familiares dos doentes do foro
- Insuficientes redes informais mental.
de apoio, minimizadoras do
isolamento. - Dotar as equipas de técnicos com
perfil adequado e formação específica
na área da saúde mental.

- Aumentar as redes informais de


suporte social (voluntariado).

126
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO

Os perfis de vulnerabilidade social exigem uma abordagem que assente em treinar competências
pessoais, parentais, comportamentais e sociais das pessoas e famílias. Isto implica uma prática
intra e inter-institucional, bem como, a criação de respostas e acompanhamento de proximidade.

A medida do RSI através da contratualização de acções de inserção social, procura colmatar as


vulnerabilidades sociais numa lógica de concertação / responsabilização de todos os
intervenientes nos processos de promoção social.

As estratégias de intervenção que se apresentam baseiam-se nos objectivos dos planos de acção
dos Núcleos Locais de Inserção de Vila Nova de Gaia.

Quadro 60 – Núcleos Locais de Inserção do RSI


Objectivos Metodo
Acções Grupo alvo Impacto
estratégicos logia

Treinar - Criação do «espaço no Mulheres. Dinâmica - Reforçar o papel


competências: feminino». individual e de e a importância da
grupo maternidade.
- Trabalho com as mulheres (acolhimento,
- Parentais; ao nível da dinâmica familiar Famílias motivação e - Melhorar as
na relação / educação dos multiproblemá capacitação). competências nas
- Pessoais e filhos. ticas. relações família /
sociais; comunidade / com
- Orientação vocacional Partilha de os pares.
- Comportamentais. através da construção de saberes.
percursos vocacionais. - Quebrar o
isolamento.
- Criação de hortas,
divulgação e venda dos - Valorização
produtos. pessoal.

- Ateliers de saúde, beleza, - Auto-estima.


artesanato e culinária.
- Novos
- Formação ao nível da gestão equilíbrios na
e orçamento familiar, gestão dinâmica familiar.
de conflitos e arte.
- Educação para
os afectos.
- Educação para a Menores em
sexualidade nos jovens risco. - Educação
ambiental.
- Apoio pedagógico.

- Sessão de sensibilização / Grupos de


- Promover o apoio informação sobre a Crianças e apoio ao
escolar / importância da escola para o menores em estudo e às
pedagógico e a desenvolvimento pessoal. risco. actividades
ocupação de escolares - Projecto
tempos livres. - Ateliers temáticos (artes “Descomplicar”.
plásticas:). Parceria com
escolas, IPSS.
- Prática desportiva.

127
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

- Actividades lúdicas.

- Ocupação de tempos livres


nas férias escolares (campos
de férias:).
- Cursos EFA.
- Elevar os níveis - Diminuir o
de escolaridade - CEF. Jovens e insucesso e o
com dupla adultos. abandono escolar.
certificação. - Novas oportunidades.

- Outros.

- Sessões de sensibilização /
divulgação de ofertas de
formação.

- Apoio na procura activa de


- Promover a emprego («atelier do Desemprego - Gerar percursos
qualificação. emprego»). e CNO no saber Formar e
Certificar
- Acções de alfabetização.

- Ateliers de manualidades.

- Sessões para aquisição de


competências pré-
profissionais.

- Orientação motivacional,
- Promover a vocacional e profissional. Feira do
empregabilidade. emprego - Empregabilidade
- Sensibilização / informação
junto dos empregados locais.

- Sessões sobre adopção de


estilos saudáveis.

- Sessões de trabalho ao nível Responsabilidade


de igualdade de género Comportamento
- Prevenção de sexualidade. Adultos Saudáveis
comportamentos de Jovens 15-20 Cidadania
risco. - Acções de anos Conhecimento
informação/formação sobre Educação para a
cuidados de higiene e saúde
prevenção de acidentes e
doenças sexualmente
transmissíveis, tabaco, outros.

- Rastreio.
Protocolo de
- Banco de alimentos: recolha, Parceria: NLI,
gestão de validade e IPSS e
distribuição pela população População farmácias
- Criar novas desfavorecida. desfavorecida
respostas sociais. Protocolo de - Bem-estar social
- Banco de ajudas técnicas. Parceria:
IPSS, saúde e
- Loja social a dinamizar pelas segurança
freguesias. social CSF`s

128
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

3 - CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DO MAPA DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO


CONCELHO

Uma forma de identificar uma pessoa pobre ou uma pessoa socialmente excluída consiste em
avaliar as suas condições de vida objectivas. É o aspecto mais visível da pobreza. A alimentação,
as condições habitacionais, o estado de saúde, o acesso aos equipamentos sociais, o rendimento,
entre outras denunciam a condição da maior parte das pessoas pobres e excluídas.

A pobreza é conceptualmente definida como situação de privação baseada na falta de recursos,


que limita o direito básico a uma participação plena na sociedade.

A pobreza como privação significa que a pessoa não tem satisfeitas as suas necessidades
humanas básicas, tais como de alimentação, vestuário, transportes, água, energia, habitação, etc.

O limiar de pobreza traça a fronteira entre a população que está ou não em risco de pobreza a
partir de um critério monetário, definido de acordo com o volume dos rendimentos anuais líquidos
verificados em cada unidade geográfica. Neste sentido, as condições de vida decorrentes de uma
situação de risco de pobreza variam de país para país e dentro do mesmo espaço geográfico.

Na prática, o limiar de pobreza corresponderá à definição do Eurostat, ou seja, o individuo é


considerado pobre se, num determinado período, o nível de rendimento monetário líquido por
adulto equivalente for inferior a 60% do rendimento líquido por adulto equivalente mediano.

58
Em 2007, e em Portugal, este limiar correspondia a 407 euros mensais por adulto equivalente .
Por exemplo, o limiar de pobreza para uma família com dois adultos e duas crianças correspondia
a cerca de 850€ (Eurostat, SILC 2008).

Com este limiar, a taxa de pobreza em Portugal em 2007 ascendia a 18% (após as transferências
sociais), superior à registada em termos médios nos países da EU-25 em dois pontos percentuais,
16%.
A incidência do risco de pobreza tende a variar de acordo com algumas variáveis de
caracterização sociográfica, tais como sexo, idade, escolaridade ou tipo de agregado doméstico.
As mulheres, os mais velhos e a população até aos 17 anos, os menos escolarizados e as famílias
monoparentais são os grupos mais afectados.

58
Cálculo: rendimentos do agregado familiar: 1,0 para 1.º adulto, 0,5 restantes adultos, 0,3 cada criança (com menos 15
anos).

129
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

As mais altas taxas de risco de pobreza tendem a concentrar-se na faixa etária mais nova (dos 0-
17 anos) e mais velha (dos 65 ou mais anos), respectivamente 23% e 22% (Eurostat, SILC 2008).

As famílias com crianças, são as que têm uma maior incidência de privação, sendo precisamente
estas, as que constituem os principais beneficiários do Rendimento Social de Inserção.

Outros riscos como as situações de abandono e de negligência, os maus-tratos, a exposição a


modelos de comportamento desviante, trabalho infantil, bem como outro tipo de situações ou
actividades sujeitam as crianças a comportamentos que afectam a sua segurança, saúde,
educação e formação.

Os factores condicionantes de uma parte significativa das situações de pobreza são as


reformas/pensões baixas, o desemprego e os baixos salários. A doença aparece muitas vezes
aliada a algum deles. O acesso ao trabalho é também um elemento que condiciona bastante o
risco de pobreza.

Existem formas de resolver a privação sem resolver a pobreza. O procedimento mais corrente
consiste no apoio monetário ou em espécie que permita satisfazer as necessidades básicas, o que
não tem impacto sobre a falta de recursos. O problema da falta de recursos só fica resolvido
quando a pessoa os obtém de uma das fontes que a sociedade considera como fonte «corrente»
de recursos. O pobre mesmo que tenha apoio monetário, a sua situação de dependência de meios
extraordinários mantém-se.

Pelo facto de a pobreza implicar falta de recursos, representa uma forma de exclusão social, ou
seja, não existe pobreza sem exclusão social.

Existem formas de exclusão social que não implicam pobreza, como por exemplo na situação dos
idosos. Um problema específico dos idosos pode não ser a pobreza mas sim o isolamento. Os
idosos são socialmente excluídos da sociedade, independentemente do seu nível de rendimento.
Esta forma de exclusão resulta das várias formas de discriminação e preconceitos que excluem as
minorias da sociedade. Esta situação também pode coexistir com a pobreza.

Os factores de natureza social são aqueles que conduzem à exclusão, afectando grupos que,
devido ao modelo de organização da sociedade e dos estilos de vida dominantes, não têm lugar
na sociedade em geral.

Por sua vez a sociedade (local, nacional, regional ou global) é constituída por um conjunto de
sistemas sociais, alguns deles considerados básicos ou essenciais: o social (as redes de
sociabilidade na família, vizinhança, amigos), o económico (acesso ao mercado de trabalho,
segurança social, mercado de bens e serviços, educação/formação, aos serviços de saúde,

130
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

cuidados médicos aos medicamentos, protecção no desemprego), o institucional (acesso a


serviços de apoio à infância, a idosos, a deficientes, a doentes crónicos, à habitação social),
espacial (habitação degradada, equipamentos de saúde, infra-estruturas básicas).

A existência de factores patológicos e de comportamentos autodestrutivos podem estar na origem


de disfuncionalidades na relação das pessoas com um ou vários sistemas. A doença psiquiátrica,
o alcoolismo e a toxicodependência são exemplos de factores que estão muitas vezes na origem
de rupturas que surgem ao nível das sociabilidades e que se estendem a outros sistemas (saúde,
emprego, habitação:).

A inclusão na sociedade depende do posicionamento das pessoas relativamente ao sistema


económico, no que se refere aos meios geradores de rendimentos e à possibilidade de adquirir
bens e serviços indispensáveis.

A disponibilidade de recursos financeiros é que permite às pessoas e às famílias adquirir no


mercado bens e serviços de que necessitam (alimentação, vestuário, transportes, habitação,
educação, lazer, informação, etc.).

A impossibilidade de, por insuficiência de recursos (pobreza), não satisfazer essas necessidades
configura uma forma de privação, mas também um factor de exclusão da sociedade. Neste
contexto, o acesso aos meios geradores de rendimento e ao mercado de bens e serviços
representa outro factor de inclusão social.

Para a maioria das famílias, a principal fonte de rendimento é o mercado de trabalho. Para outros,
como os reformados, o principal recurso financeiro de que dispõem é a pensão de velhice ou
invalidez.

Assim, o mercado de trabalho (existência/nível e regularidade dos salários), o sistema de


segurança social e a propriedade (capital) são meios geradores de rendimento, que alternativa ou
cumulativamente são essenciais à inclusão na sociedade.

O acesso aos sistemas educativo/formativo, à saúde, ao emprego, à habitação, aos serviços de


apoio social, à informação e ao conhecimento têm uma importância fundamental para o exercício
da cidadania e para a inclusão na sociedade.

Outro factor essencial de inclusão é a existência das redes de sociabilidade (família, vizinhança
territorial, profissional, amizade) e de um suporte familiar, que permitem um processo de
ancoragem social.

131
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Uma pessoa pode estar excluída em relação a alguns sistemas e não relativamente a outros.
Neste contexto, a exclusão pode ser considerada como um processo, que vai de formas mais
superficiais de exclusão para formas e graus mais profundos e abrangentes de exclusão.

A exclusão também pode ter uma base territorial, isto é, atinge não apenas as pessoas e as
famílias, mas também as áreas geográficas onde vivem. A inclusão das pessoas e famílias requer
que o espaço onde vivem também seja integrado no espaço que o rodeia.

Para uma caracterização / análise e proposta de intervenção nos territórios mais vulneráveis do
concelho de Vila Nova de Gaia, foram seleccionados sete itens, determinantes para a sua
identificação e distribuição:

- Crianças e jovens em perigo sinalizados na CPCJ / população residente nas


freguesias do grupo etário 0-18 anos;

- Rendimento social de inserção (% dos beneficiários de RSI por freguesia);

- Apoio social escolar (% das crianças com escalão A e B / crianças do grupo etário 3-10
anos por freguesia);

- Insuficiência económica (distribuição das prestações sociais da Segurança Social /


população de freguesia);

- Habitação (pedidos por freguesia);

- Desemprego (pessoas inscritas no Centro de Emprego por freguesia / população activa).

Estes indicadores revelam a fragilidade das diferentes problemáticas sociais, como se distribuem
no concelho, como se concentram, como se agregam, permitindo criar pistas para futuras
intervenções.

3.1 MAPAS DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO CONCELHO

A sistematização dos indicadores seleccionados revela a incidência de cada problema social nas
freguesias, o que permite uma aproximação ao retrato das vulnerabilidades sociais, existentes no
concelho.

132
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Mapa 01 - Sinalização das crianças e jovens em perigo na CPC

0-2%
+2-4%
+4%

As freguesias de Olival, Sermonde e Valadares apresentam a maior percentagem de casos de


crianças e jovens em perigo sinalizados no concelho pela CPCJ, (ver tabela 36).

133
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Mapa 02 - Rendimento Social de Inserção

0-5%
+5-10%
+10%

Olival, Sermonde, Serzedo, São Pedro da Afurada, Valadares e Vilar de Andorinho são as
freguesias que apresentam uma maior incidência de beneficiários de RSI, (ver tabela 37).

134
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Mapa 03 - Acção Social Escolar

0-40%
+40-60%
+60%

As freguesias com maior apoio social escolar são Canelas, Olival, Pedroso, Sermonde, Serzedo e
S. Pedro da Afurada, (ver tabela 38).

135
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Mapa 04 –Toxicodependência

0-4%
+4-8%
+8%

As freguesias que apresentam o maior número de consumidores de estupefacientes em


tratamento são, Mafamude, Oliveira do Douro e Santa Marinha, (ver tabela 39).

136
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Mapa 05 – Habitação Social

0-6%
+6-10%
+10-16%

As freguesias de Canidelo e Oliveira do Douro são as que apresentam o maior número de pedidos
de habitação social no concelho, (ver tabela 40).

137
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Mapa 06 - Habitação Social / Insuficiência Económica

0-4%
+4-8%
+8%

As freguesias de Canidelo, Mafamude, Oliveira do Douro, Santa Marinha e Vilar de Andorinho


apresentam maior número de pedidos de habitação social por insuficiência económica no
concelho, (ver tabela 41).

138
Rede Social
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Mapa 07 - Subsídios de Precariedade

0-1%
+1-2%
+2%

As freguesias que apresentam maior distribuição de subsídios de precariedade pelo concelho são,
Santa Marinha e Vilar de Andorinho, (ver tabela 42).

139
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Mapa 08 - Desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gaia, por


género

0-3%
+3-6%
+6%

As freguesias de Mafamude, Santa Marinha, Vilar de Andorinho, Canidelo e Oliveira do Douro (exo
quo) apresentam o maior número de desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gaia.
Verifica-se, predominância do género feminino enquanto grupo mais afectado pelo desemprego,
(ver tabela 43).

140
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Mapa 09 – Geral

CPCJ RSI

TOX HAB

141
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ASE

PREC / SUBS

DESEM

142
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3.2 TIPOLOGIAS DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO TERRITÓRIO

Quadro 61 - Freguesias com indicadores mais baixos de vulnerabilidade

CPCJ RSI ASE TOXIC/ HAB: SOC SUB/PREC DESEMP


Arcozelo X X - - - X -
Avintes - - - - - - -
Canelas - - - - - - -
Canidelo - - - - - - -
Crestuma X X X X X - X
Grijó - - - - - X -
Gulpilhares - X - - - - -
Lever X X - X X X X
Madalena - - X - - - -
Mafamude - X X - - - -
Olival - - - - X - -
Oliveira do Douro X - - - - - -
Pedroso - - - - - - -
Perosinho - - X
Sandim X - - X X - -
Santa Marinha - - - - - - -
S. Félix da Marinha - - - - - - -
S. Pedro da Afurada - - - - - - X
Seixezelo X X X X X X X
Sermonde - - - X X X X
Serzedo - - - X - X -
Valadares - - X - - - -
Vilar de Andorinho - - - - - - -
Vilar do Paraíso - - X - - - -
Fonte: DMASS, 2010 (cálculos próprios).

143
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Quadro 62 - Freguesias com indicadores mais altos de vulnerabilidade

CPCJ RSI ASE TOXIC/ HAB: SOC SUB/PREC DESEMP


Arcozelo - - - - - - -
Avintes - - - x x - -
Canelas - - x - - - -
Canidelo - - - x x x x
Crestuma - - - - - - -
Grijó x - - - - - -
Gulpilhares - - - - - - -
Lever - - - - - - -
Madalena - - - - - - -
Mafamude - - - x x x x
Olival x x x - - - -
Oliveira do Douro - - - x x x x
Pedroso - - x - - - x
Perosinho x - - - - - -
Sandim - - - - - - -
Santa Marinha - - - x - x x
S. Félix da Marinha - - - - - - -
S. Pedro da Afurada - x x - - x -
Seixezelo - - - - - - -
Sermonde x x x - - - -
Serzedo x x x - x - -
Valadares x x - - - x -
Vilar de Andorinho x x - x x x x
Vilar do Paraíso - - - - - - -
Fonte: DMASS, 2010 (cálculos próprios).

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Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 63 - Número de indicadores mais altos e mais baixos por freguesia

Menos Mais
Arcozelo 3 0
Avintes 0 2
Canelas 0 1
Canidelo 0 4
Crestuma 6 0
Grijó 1 0
Gulpilhares 1 0
Lever 6 0
Madalena 1 0
Mafamude 2 4
Olival 1 3
Oliveira do Douro 1 4
Pedroso 0 2
Perosinho 1 1
Sandim 3 0
Santa Marinha 0 3
S. Félix da Marinha 0 0

S. Pedro da Afurada 1 3
Seixezelo 7 0
Sermonde 4 3
Serzedo 2 4
Valadares 1 3
Vilar de Andorinho 0 6
Vilar do Paraíso 1 0
Fonte: DMASS, 2010 (cálculos próprios).

A metodologia para definir a tipologia de vulnerabilidade social em Vila Nova de Gaia, foi a
seguinte: seleccionam-se as 6 freguesias com os indicadores mais elevados, as 6 freguesias com
59
os indicadores mais baixos, as freguesias com indicadores tendencialmente elevados ; as
60
freguesias com indicadores tendencialmente oscilantes e as freguesias com indicadores
61
medianos .

59 O número de indicadores elevados que apresentam é superior ao número de indicadores mais baixos que possuem.
60 Apresentam o mesmo número de indicadores mais elevados e mais baixos, ou então, os mais elevados são
ligeiramente superiores aos mais baixos.
61 Trata-se da única freguesia cujo os indicadores não se apresentam nem nos indicadores mais elevados, nem nos
indicadores mais baixos, todos os seus indicadores são intermédios.

145
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Sintetizando, a selecção e a agregação dos territórios em função do seu grau de vulnerabilidade


social permite constatar a existência de uma realidade diversificada ao nível da incidência das
problemáticas sociais.

A intervenção a realizar deverá assentar na materialização do trabalho em rede, na


responsabilidade solidária, na rentabilização dos recursos existentes e na valorização do capital
humano, numa perspectiva de desenvolvimento social integrado, atenuando as assimetrias de
vulnerabilidade existentes.

146
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Mapa 10 - Síntese de vulnerabilidades concelhias

FREGUESIA ------ +++ / -

Arcozelo 3 0

Avintes 0 2

Canelas 0 1

Canidelo 0 4

Crestuma 6 0

Grijó 1 0

Gulpilhares 1 0

Lever 6 0

Madalena 1 0

Mafamude 2 4

Olival 1 3

O. Douro 1 4

Pedroso 0 2

Perosinho 1 1

Sandim 3 0

Stª Marinha 0 3

S. Feix
0 0
Marinha
S. Pedro
1 3
Afurada

Seixezelo 7 0

Sermonde 4 3

Serzedo 2 4

Valadares 1 3

V. Andorinho 0 6

V. Paraíso 1 0

TIPOLOGIA dos TERRITÓRIOS:

1 - Freguesias com indicadores mais altos de vulnerabilidade

2 - Freguesias com indicadores tendencialmente elevados

3 - Freguesias com indicadores mais baixos de vulnerabilidade

4 - Freguesias com indicadores tendencialmente oscilantes

5 - Freguesia com indicadores medianos

147
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

3.3 PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO CONCELHIA

Prioridades sociais

Nos territórios de intervenção prioritária com indicadores mais altos de vulnerabilidade


social, são eles Avintes, Canidelo, Santa Marinha, Pedroso e Vilar de Andorinho, deverão ser
alvo de uma intervenção dirigida essencialmente ao apoio à vulnerabilidade familiar,
nomeadamente:

• Acesso a bens e a recursos de 1.ª necessidade (alimentos:.);

• Reforçar as redes de sociabilidade;

• Rede solidária de medicamentos, ajudas técnicas:;

• Acompanhamento das famílias e a formação de competências parentais;

• Criar planos operacionais de freguesia com base nos indicadores de vulnerabilidade


por problemática, em articulação com as comissões sociais de freguesia.

• No campo da habitação criar novas respostas alternativas aos modelos de


realojamento social como sendo as residências partilhadas, o apoio ao arrendamento
social, entre outras medidas.

148
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Nos territórios de intervenção tendencialmente elevada com indicadores tendencialmente


elevados, nomeadamente, Mafamude, Afurada, Valadares, Oliveira do Douro, Olival e Serzedo,
deverão ser alvo de uma intervenção que passa pela intervenção/prevenção de risco social e
familiar.

• Acompanhamento das famílias e potenciar a formação de competências parentais;

• Criar planos operacionais de freguesia com base nos indicadores de vulnerabilidade


por problemática, em articulação com as comissões sociais de freguesia.

• No campo da habitação criar novas respostas alternativas aos modelos de


realojamento social como sendo as residências partilhadas, o apoio ao arrendamento
social, entre outras medidas.

149
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Nos territórios tendencialmente oscilantes com indicadores que alternam entre o mais alto e
mais baixo, nomeadamente, Madalena, Canelas, Gulpilhares, Perosinho, Sermonde e Grijó, a
intervenção passa por reforçar as competências de inserção no território, promovendo o
trabalho em rede e motivando os parceiros sociais:

• Reforçar a rede de parcerias;

• Dinamizar as CSF´S;

• Criar abordagens inovadoras ao nível da prática profissional, orientando as respostas


de acordo com as exigências e a configuração das necessidades dos cidadãos;

• Acompanhamento das famílias e potenciar a formação de competências parentais;

• Criar planos operacionais de freguesia com base nos indicadores de vulnerabilidade


por problemática, em articulação com as comissões sociais de freguesia;

• Maior ênfase no ensino tecnológico e nos gabinetes de apoio ao emprego (GIP).

• No campo da habitação criar novas respostas alternativas aos modelos de


realojamento social como sendo as residências partilhadas, o apoio ao arrendamento
social, entre outras medidas.

150
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

SIGLAS

ACES - Agrupamento de Centros de Saúde.


ACES/GE – Agrupamento de Centros de Saúde de Gaia e Espinho.
AEC – Actividades Extra – Curriculares.
APAV – Associação Portuguesa de Apoio á Vitima.
APD – Associação Portuguesa de Deficiência.
APDES – Agência Piaget para o Desenvolvimento.
APPACDM – Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
APPDA - Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.
ATL – Actividade de Tempos Livres.
C.M. Canidelo – Centro Médico de Canidelo.
C.S. Barão do Corvo – Centro de Saúde Barão do Corvo.
C/ - Com.
CAE - Classificação de Actividades Económicas.
CAO – Centro Apoio Ocupacional.
CEF – Cursos de Educação e Formação.
CEFPI – Centro de Educação e Formação Profissional e Integrado.
CERCI Gaia - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Gaia.
CLAS – Comissões Locais Acção Social.
CLAS – Conselho Local de Acção Social.
CNO – Centro de Novas Oportunidades.
CPCJ – Comissão de protecção de Crianças e Jovens.
CPG – Centro Profissional de Gaia.
CRG – Centro Reabilitação da Granja.
CRI – Centro de Respostas Integradas.
CRPG – Centro Reabilitação e profissional de Gaia.
CSF – Comissões Sociais de Freguesia.
DME – Departamento Municipal de Educação.
DREN – Direcção Regional de Educação do Norte.
ECCI – Equipas de Cuidados.
EFA – Educação e Formação de Adultos.
Estb/ - Estabelecimento.
EUROSTAT - Gabinete de Estatísticas da União Europeia.
GEP – Gabinete de Estudos e Planeamento.
GIP – Gabinete de Inserção Profissional.
HIV - Human Immunodeficiency Virus (Vírus da Imunodeficiência Humana).
IDT – Instituto da Droga e Toxicodependência.
IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional.

151
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

INE – Instituto Nacional de Estatística.


IPSS – Instituições Particulares Solidariedade Social.
ISS,I.P – Instituto de Segurança Social, Instituto Público.
MTSS – Ministério Trabalho e Segurança Social.
NEE – Necessidades Educativas Especiais.
NLI – Núcleo Local de Inserção.
OCDE – Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento.
P.V. Andorinho – Pólo de Vilar de Andorinho.
PCAAC – Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados.
PDS – Plano de Desenvolvimento Social.
PFQC – Práticas de Facto Qualificadas Como Crime.
PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação.
PNPA – Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade.
PORI – Plano Operacional de Respostas Integradas.
PRI - Programa de Respostas Integradas.
RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
RSI – Rendimento Social de Inserção.
RVCC – Reconhecimento Validação e Certificação de Competências.
S/ - Sem.
SIARS - Serviço de Informação da Administração Regional e Saúde.
SILC - Systematic Production of Community Statistics on Income and Living Conditions (Produção
Sistemática de Estatísticas do Rendimento e das Condições de Vida na Comunidade).
T – Tumor.
Tx – Taxa.
UCSP – Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados.
UE – União Europeia.
USF – Unidade de Saúde Familiar.
USFS no futuro – Unidade de Saúde Familiar e Saúde no Futuro.

152
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

GLOSSÁRIO62

Comissão Social de Freguesia (CSF) - Denominação dada à estrutura de funcionamento do


Programa da Rede Social a nível de Freguesia, entendida como “fórum de articulação e
congregação de esforços, baseada na adesão livre das autarquias e das entidades públicas ou
privadas sem fins lucrativos”. Através das Comissões Social de Freguesia (CSF) pretende dar-se
corpo à ideia de que é próximo das populações que podem ser detectadas as necessidades,
recursos e encontradas as soluções para problemas das comunidades, pessoas e famílias.

Conselho Local de Acção Social (CLAS) - Denominação dada à estrutura concelhia de


funcionamento do Programa da Rede Social, segundo a mesma lógica de “fórum de articulação e
congregação de esforços”, enunciada para as Comissões Sociais de Freguesia, abrindo-se à
participação de entidades privadas sem fins lucrativos, organismos da Administração Pública,
implantados nessa área, organizações representativas do sector económico, etc.. Os CLAS são
constituídos com o objectivo de planear integradamente e garantir a implementação de iniciativas
de desenvolvimento social local com vista a uma maior eficácia e racionalização de meios na
erradicação da pobreza e da exclusão social.

Desenvolvimento Local - Noção de desenvolvimento que se veio propor como alternativa a


perspectivas funcionalistas do desenvolvimento territorial, segundo as quais, o investimento em
determinadas zonas-motor seria gerador do desenvolvimento noutras regiões do país, por
alastramento. Este pressuposto não só não se confirmou como em Portugal deu origem a fortes
desequilíbrios territoriais. Em contraposição, o desenvolvimento local passa pela valorização dos
recursos endógenos e pela dinamização das populações e dos actores locais, no sentido da
abertura do campo de oportunidades que é oferecido a uma determinada população. É uma
dinâmica essencialmente territorializada, mas que não é fechada em si, integrando os recursos e
as oportunidades que são oferecidos ao nível nacional e comunitário.

Diagnóstico Social – Instrumento dinâmico que permite uma compreensão da realidade social,
inclui a identificação das necessidades e a detecção dos problemas prioritários e respectivas
causalidades, bem como dos recursos e potencialidades locais, que constituem reais
oportunidades de desenvolvimento. Por ser um instrumento resultante da participação dos
diversos parceiros, é facilitador da interacção e da comunicação entre eles e parte integrante do
processo de intervenção, criando as condições sociais e institucionais para o seu sucesso. O
Diagnóstico Social pode ter uma incidência territorial concelhia, ou retratar a realidade de uma
freguesia ou várias freguesias.

62
Fonte: www.seg-social.pt, 2011.

153
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Indicadores – São elementos observáveis a partir dos quais se pode recolher informação para
efeitos de verificação empírica. Por exemplo, para a avaliação sobre a integração profissional dos
beneficiários de um projecto, poderiam deferir-se como indicadores: o número de pessoas
integradas no mercado de emprego, o tipo de contratos, a efectuação de descontos para a
Segurança Social, etc.

Parceria – Dinâmica de funcionamento e intervenção, cooperativa e negociada, entre entidades


públicas e privadas e outros actores locais, com o objectivo de potenciar o desenvolvimento local.
Esta forma de funcionamento em que a tomada de decisão é assumida como um compromisso
colectivo, permite uma racionalização das intervenções, reduzindo custos e riscos e promovendo
trocas de experiências, de conhecimento e de saberes.

Planeamento estratégico – (aplicado à intervenção social) O Planeamento pode entender-se


como um procedimento racional, que traduz a articulação e integração de decisões e através do
qual se formalizam compromissos e estratégias de mudança (social e territorial). Traduz uma
forma participada de pensar, agir e decidir sobre o futuro desejável.

Plano de Acção - É a componente do Plano de Desenvolvimento Social (PDS) que define as


acções e projectos a desenvolver para concretizar os objectivos e estratégias de longo prazo
delineados pelo PDS. É elaborado anualmente e permite definir com mais detalhe, calendários,
recursos humanos e materiais a afectar, permitindo tornar mais claro o tipo de participação de
cada um dos parceiros.

Plano de Desenvolvimento Social – Instrumento da metodologia de implementação do


Programa da Rede Social em que se definem os objectivos e as estratégias, capazes de
responder às necessidades e aos problemas individuais e colectivos prioritários. O PDS é o
instrumento no qual se concebe e desenvolve o quadro estratégico de intervenção do
desenvolvimento social concelhio considerando e gerindo as possibilidades, os recursos, mas
também as fragilidades das diferentes medidas e políticas no terreno, das acções dos diversos
sectores e das dinâmicas locais.

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Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

BIBLIOGRAFIA

155
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

BIBLIOGRAFIA

- CDSS – Porto – ISS, IP- Vila Nova de Gaia, 2008.


- Comissão Europeia, Proposta de Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao Ano
Europeu do Envelhecimento Activo (2012), COM (2010) 462 final, Bruxelas, 06/09/2010.
- Comunicação da comissão do conselho do Parlamento europeu ao comité económico e social
europeu e ao comité das regiões: envelhecer bem na sociedade da informal-iniciativa, 2000-
2007.
- Comunicação da Comissão, de 12 de Outubro de 2006, O Futuro Demográfico da Europa-
Transformar um desafio em oportunidade”,(COM (2006) 571 final – não publicada no Jornal
Oficial).
- Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência aprovada, juntamente com o
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, pela
Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 6 de Dezembro de 2006, através da resolução
A761/611.
- Declaração sobre os Direitos da Criança Proclamada pela Resolução da Assembleia Geral 1386
(XIV), de 20 de Novembro de 1959.
- Declaração Universal Dos Direitos Humanos adoptada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948.
- Diagnóstico Social – Concelho de Aveiro , Outubro 2010.
- Diagnóstico Social – Lisboa, Março 2009.
- Gaiurb EM – Urbanismo e Habitação.
- Instituto se Segurança Social, IP.
- Instituto Nacional de Estatística, IP., Estatísticas Demográficas, Estimativas Anuais da População
residente 2009, Censos 2001 e 1991.
- Instituto Nacional de Estatística, IP., Projecções de População Residente em Portugal 2008-
2060, Eurostat, EUROPOP 2008, Convergence Scenario.
- Lei nº 3872004 de 18 de Agosto “ lei de Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação e
Participação das Pessoas com Deficiência, (SAAAKI, 1997; VIEIRA ; PEREIRA , 2003; ARANHA,
2004; BRUNO, 2006).
- Lei nº 38/2004 de 18 de Agosto “ Lei de Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação e
Participação das Pessoas com Deficiência.
- Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2005). Plano
Nacional do Emprego e do Plano Tecnológico (2005-2010) – Novas Oportunidades.
- Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2008) Estratégia Nacional para a Protecção
Social e Inclusão Social (2008-2010), Lisboa: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.
- Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, A Estratégia Nacional para a Protecção Social
e Inclusão Social (2008-2010) – Parte IV do Relatório Nacional de Estratégia para os Cuidados

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Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

de Longa duração.
- Núcleos Locais de Inserção do Rendimento Social de Vila Nova de Gaia.
- Paul, M (1992), Satisfação de vida dos idosos, Psycologia, 8:69-80.
- Plano de desenvolvimento social 2009-2015 Rede Social de Vila Nova de Famalicão.
- Plano Nacional de Acção para a Inclusão 2008-2010.
- Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade (Resolução do Conselho de Ministros nº 9/2007).
- Políticas sobre Envelhecimento do Estado de Providência – ECFIN – Comissão Europeia,
22/05/2009.
- Proposta de resolução do Parlamento Europeu sobre o Futuro Demográfico da Europa
(2007/2156 (INI), de 11/10/2007, Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais.
- Secretariado Nacional para a Reabilitação e integração das Pessoas com Deficiência (s.d.) 1º
Plano de Acção para a integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade, Lisboa: IEFP.

Internet:

-http://europa.eu/legislation_summaries/employment_and_social_policy/index_en.htm

-www.ec.europa.eu/economy finance/structural reforms/ageing/index pt.htm

-www.webartigos.com/articles/33351/1/OS-VARIOS-PARADIGMAS-QUE-PERMEIAM-
a.HISTORIA-DA-PESSOA-COM-DEFICIENCIA-EM-NOSSA-
SOCIEDADE/pagina1.html#ixzz1iTXZwHCW

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

QUADROS

I – Diagnóstico Social

Quadro 1 -População residente no M. VNG, por género, área total e densidade populacional, em 20097777...714
Quadro 2 - Nº de respostas sociais creches 0 – 2 Anos77777777777777777777...777777728
Quadro 3 - Centro de Actividades de Tempos Livres7777777777777777777777777777730
Quadro 4 - Indicadores de Educação777777777777777777777777777777777777.31
Quadro 5 - Relação de Alunos no Ensino Pré- Escolar, 3-5 anos em Vila Nova de Gaia7777777777777.33
Quadro 6 - Relação de Alunos no 1º Ciclo do Ensino Público e Privado em V N Gaia7777777777777734
Quadro 7 - Relação de alunos do 2º, 3º ciclo, Secundário, CEF, EFA. E. Profissional no E. Público em VN77...7..36
Quadro 8 - Relação de alunos no 1ª, 2ª, 3º ciclo do EB e Secundário E E. Profissional no E. Privado77.777..737
Quadro 9 - Quadro Síntese777.7777777777777777777777777777777777777...38
Quadro 10 - Projecto TEIP “Acolher, Formar e Preparar para a Vida"777777777777777777777..40
Quadro 11 - Projecto TEIP “"D. Pedro @Agir"77777777777777777777777777777777.41
Quadro 12 - Projecto TEIP "Intervir para Progredir"7777777777777777777777777777.7.42
Quadro 13 - Projecto Escolhas "Escolhe Vilar"777777777777.7777777777777777777.43
Quadro 14 - Projecto Escolhas “Mais Jovem”77777777777777777777777777777777.44
Quadro 15 - Projecto Escolhas “Olh@r Mais Positivo"7777777777777777777777777777.45
Quadro 16 - Projecto Escolhas "Desafios"777777777777777777777777777777777...46
Quadro 17 - Respostas sociais por valência em instituições públicas e privadas777777777777777...50
Quadro 18 - Taxa de cobertura de equipamentos de Terceira Idade777777777777777777777.752
Quadro 19 - Respostas Sociais por Valências77777777777777777777777777777777.55
Quadro 20 - Alunos com NEE777777777777777777777777777777777777777...56
Quadro 21 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família, por Centro de Saúde – ACES GAIA77777777777.59
Quadro 22 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família, por Centro de Saúde – ACES GAIA/Espinho777777....60
Quadro 23 - Indicadores de Saúde ACES Gaia/Espinho777777777777777777777777777...63
Quadro 24 - Unidades de Convalescença777777777777777777777777777777777.....63
Quadro 25 - Unidades de Convalescença por Tipologia77777777777777777777777777...764
Quadro 26 - As sete freguesias com maior número de casos de toxicodependentes7777777777777....67
Quadro 27 - Projecto GIRUGaia77777777777777777777777777777777777.777..67
Quadro 28 - Projecto Arriscar777777777777777777777777.77777777777777..768
Quadro 29 - Projecto “Passo a Passo”77777777777777777777777777777777777..71
Quadro 30 - Processos instaurados por ano de funcionamento77777777777777777777777775
Quadro 31 - Crianças e Jovens sinalizados nas CPCJ do Grande Porto, 20097777777777777777.7.76
Quadro 32 - Movimento processual por freguesia, 2009777777777777777777777777777..77
Quadro 33 - Movimento processual por freguesia, 2010777777777777777777777777777..77
Quadro 34 - Entidades sinalizadoras777777777777777777777777777777777777.78
Quadro 35 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 0-5 anos777777777777777777777...80
Quadro 36 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 6 - 10 anos 77777777777777777777..80
Quadro 37 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 11 - 14 anos7777777777777777777.781
Quadro 38 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários + 15 anos777777777777777777777.81
Quadro 39 - Inquéritos-Criminais na Procuradoria da República, ano de 20107.777777777777777...82
Quadro 40 - Estado dos Inquéritos-Criminais, ano de 20107777777777777777777777777782
Quadro 41 - Equipamentos para Crianças e Jovens em Perigo77777777777777777777777.782
Quadro 42 - População beneficiária do RSI no grande Porto, 20097777777777777777777777...84

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Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Quadro 43 - Beneficiários do RSI em relação á população residente7777777777777777.77..77...86


Quadro 44 - Tipos de Rendimentos dos Beneficiários de RSI, por Freguesia777777777777777.7.7.88
Quadro 45 - Registos de processos de apoio à vítima por tipo e por ano77777777777777777.77..96
Quadro 46 - Género da Vítima777777777777777777777777777777777.7.777...7.96
Quadro 47 - Condição Perante a Actividade Económica do autor do Crime77777777777777.777...101
Quadro 48 - Relação do Autor do Crime com a Vítima777777777777777777777.77777.7.101
Quadro 49 - Instituições apoiadas pelo PCAAC/2010, através da AMI, em V.N. de Gaia77777777..77...7.103
Quadro 50 - Instituições Apoiadas pelo Banco Alimentar contra a Fome em V N G777777777..7.777..104
Quadro 51 - Famílias Sinalizadas pelas Comissões Sociais de Freguesia7777777777777.7777..7104
Quadro 52 - População em Idade Activa no Grande 7777777777777777777777.7.77777.108
Quadro 53 - População em Idade Activa em V N G 2001/200977777777777777777777.7777.109
Quadro 54 - Novas Oportunidades777777777777777777777777777.77777..77....7113
Quadro 55 - Escolas públicas e privadas com ensino profissional77777777777777777..777..7114

II – Quadro de Referência de Intervenção Estratégica no Concelho

Quadro 56 – Infância e Juventude7777777777777777777777.777777777777..7.7120


Quadro 57 – Terceira Idade777777777777777777777777777777777777.777....122
Quadro 58 – Deficiência77777777777777777777777777777777777777..7.7..124
Quadro 59 – Saúde7777777777777777777777777777777777777777..7..77126
Quadro 60 – Núcleos Locais de Inserção do RSI777777777777777777777777777..7.7..127
Quadro 61 - Freguesias com indicadores mais baixos de vulnerabilidade77777777777777777..7143
Quadro 62 - Freguesias com indicadores mais altos de vulnerabilidade777777..77777777777.7..144
Quadro 63 - Número de indicadores mais altos e mais baixos por freguesia7777777777777..7..77.145

159
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

GRÁFICOS

Gráfico 1 - População residente nos Municípios do Grande Porto, em 2001 e 2009 7777777...77777714
Gráfico 2 - Peso percentual da população residente por Município no Grande Porto, em 2001 e 2009777777..15
Gráfico 3 - População residente em Vila Nova de Gaia por grupo etário, em 2001 e 2009777777777777..16
Gráfico 4 - População residente em Portugal, Região Norte, Grande Porto e VNG, por grupo etário, em 200977...17
Gráfico 5 - Taxa de variação da população residente nos Municípios do Grande Porto, entre 2001/200977777.17
Gráfico 6 - Taxa de variação da população residente em VNG, por grupo etário, entre 2001/200977777777..18
Gráfico 7 - Taxa de variação da população residente em VNG e no G P, por grupo etário, entre 2001/20097777.18
Gráfico 8 - Índice de Envelhecimento em Portugal, Região Norte e nos Municípios do G P, 200977777777..19
Gráfico 9 - Índice de Envelhecimento em Vila Nova de Gaia, em 1991, 2001 e 2009777777777777777.19
Gráfico 10 - Índice de dependência total, idosos e jovens em VNG, em 1991, 2001 e 200977777777777720
Gráfico 11 - Índice de dependência total, idosos e jovem em Portugal, Região Norte e nos M G P, em 2009777..20
Gráfico 12 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório, nos M G P, em 20097777777777777721
Gráfico 13 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório de VNG, em 2001 e 2009777777777777.21
Gráfico 14 - Indicadores demográficos de VNG, em 2001 e 200977777777777777777777777...22
Gráfico 15 - Nados-vivos e óbitos nos M G P, em 20097777777777777777777777777777.23
Gráfico 16 - População estrangeira com estatuto legal de residente e que solicitou estatuto de residente nos
M GP, em 200977777777777777777777777777777777777..77...7724
Gráfico 17 - Distribuição de Toxicodependência por faixa etária por nove freguesias do concelho77777.77..64
Gráfico 18 - Evolução do Número de Toxicodependentes por Ano e Género77777777777777777....65
Gráfico 19 - Apoios a Toxicodependentes77777777777777777777777777.7777777...65
Gráfico 20 - Portadores de HIV por grupo etário7777777777777777777777777777777.72
Gráfico 21 - Grupos etários7777777777777777777777777777777777777777...79
Gráfico 22 - Problemáticas sinalizadas / Total de processos77777777777777777777..7777779
Gráfico 23 - Beneficiários do RSI de Vila Nova de Gaia, por freguesia, Junho 201077777777777777....85
Gráfico 24 - Caracterização dos Beneficiários do RSI por Idade, Junho de 20107777777777777777..87
Gráfico 25 - Beneficiários do RSI com / sem rendimentos, Junho 201077777777777777777777..87
Gráfico 26 - Número de Agregados Familiares Beneficiários do RSI, por Freguesias, Junho 201077777777.89
Gráfico 27 - Caracterização dos Agregados Familiares Beneficiários do RSI por Tipo de Família, Junho 201077..89
Gráfico 28 - Valor Médio da Prestação de RSI, por Freguesia, Junho 2010777777777777777777790
Gráfico 29 - Agregados familiares com processos activos77777777777777777777777777.90
Gráfico 30 - Caracterização dos beneficiários por idade e género a frequentar acções de inserção 7777777.91
Gráfico 31 - Distribuição de todos os Beneficiários do RSI por Áreas de Inserção (com acordo de inserção)77...92
Gráfico 32 - Acção Social777777777777777777777777777777.77777777777.92
Gráfico 33 - Saúde7777777777777777777777777777777777777..77777.7793
Gráfico 34 - Educação77777777777777777777777777777777777777777.7794
Gráfico 35 - Emprego77777777777777777777777777777..7..77777777777.7.94
Gráfico 36 - Regularização da situação habitacional7777777777777.777777777777777...95
Gráfico 37 - Estado Civil da Vítima7777777777777777777777777777777777777..97
Gráfico 38 - Nacionalidade da Vítima777777777777777777777777777777777777.97
Gráfico 39 - Tipo de Família da Vítima7777777777777777777777777777777777..7.98
Gráfico 40 - Condição Perante a Actividade Económica da Vítima7777777777777777777777...98
Gráfico 41 - Idade da Vítima por Grupos Etários77777777777777777777777777777..7..99
Gráfico 42 - Género do Autor do Crime77777777777777777777777777777..77777...99
Gráfico 43 - Nível de Ensino do Autor do Crime777777777777777777777777....77777..100
Gráfico 44 - Idade do Autor do Crime7777777777777777777777777777777.7777.100

160
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Gráfico 45 - Tipo de Crime - Violência Doméstica777777777777777777777777777777102


Gráfico 46 - População Desempregada por Género777777777777777777777777.777..7.110
Gráfico 47 - População desempregada por Freguesia e Género7777777777777777777777..7110
Gráfico 48 - População Desempregada por Freguesia77777777777777777777..7777777.111
Gráfico 49 - População Desempregada por Habilitação Literária77777777777777...7777777.....111
Gráfico 50 - Desempregados por Grupo Etário77777777777777777777777777777.7....112
Gráfico 51 - Desempregados por Grupo Etário e Freguesia 7777777.777777777777777.77..112

161
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

MAPAS TERRITORIAIS

Mapa 01 - Sinalização das crianças e jovens em perigo na CPCJ7777777....777..133


Mapa 02 - Rendimento Social de Inserção77777777777777777..77.77..134
Mapa 03 - Acção Social Escolar7777777777777..7.777777.7..777..7135
Mapa 04 - Toxicodependência 7777777777777777777777.................7136
Mapa 05 - Habitação Social7777777777777777777777777777.....137
Mapa 06 - Habitação Social / Insuficiência Económica,777777777777....,777138
Mapa 07 - Subsídios de Precariedade.77777777777777777777777....139
Mapa 08 - Desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gaia, por género7............140
Mapa 09 - Geral777777777777777777777777777777777..7.141
Mapa 10 - Mapa síntese de vulnerabilidades concelhias.7777777..7777........77147

162
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ANEXOS

1 - DEMOGRAFIA

Tabela 01

População residente, densidade populacional e superfície nos Municípios do


Grande Porto, em 2001 e 2009

Área Geográfica 2001 2009 % no GP % no GP Densidade Pop. 2009 Superfície Km2 2009
2001 2009

Grande Porto 1 370 657 1395751 - - 1 578,8 814,1

Espinho 33 701 28866 2,5 2,1 1 370,9 21,1

Gondomar 164 096 174878 12 12,5 1 326,2 131,9


Maia 120 111 143371 8,8 10,3 1 724,6 83,1
Matosinhos 167 026 169303 12,2 12,1 2 720,2 62,2

Porto 263 131 210558 19,2 15,1 5 099,8 41,3

Póvoa de Varzim 63 470 66919 4,6 5 815,6 82,1

Santo Tirso 72 396 69377 5,3 5 507,9 136


Trofa 37 581 41022 2,8 2,9 570,7 71,9

Valongo 86 005 98522 6,3 7,1 1 311,5 75,1

Vila de Conde 74 391 77553 5,4 5,6 520,6 149


Vila Nova de Gaia 288 749 315382 21,1 22,6 1 872,9 168,4
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009. – Gráfico 1,2

Tabela 02

População residente em Portugal, Região Norte e Municípios do Grande Porto, segundo o


grupo etário, em 2001 e 2009

2001 2009
Grupos Etários Grupos Etários
Zona Geográfica
0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais 0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais
% %
Portugal 16.0 14,3 53,4 16,4 15,2 11,1 56 17,9
Norte 17,5 15,1 53,4 14 15,4 12 56,9 15,8
Grande Porto 16,4 14,5 56,1 13 15,4 11 58 15,6
Espinho 15,2 14,5 55,7 14,5 14,3 10,8 58 17
Gondomar 17,3 14,4 57,3 11 15,4 11 58 14,5
Maia 17,4 14 58,1 10,5 17 10,7 59 14,4
Matosinhos 16 14,4 57,4 12,3 15 10,9 58 15,4
Porto 13,1 14 53,5 19,4 13 9,8 59 21
Póvoa de Varzim 19 16,1 53,6 11,2 17,4 12,4 56 13
Santo Tirso 16,9 14,8 55,4 13 14,1 11,9 57 15,2
Trofa 19,2 15,6 55,3 10 15,5 12,9 59 12,7
Valongo 17 13,1 57,2 9,8 16,5 11,3 59 13,5
Vila de Conde 18 15,2 55,2 11,7 16,5 12 57,3 14,2
Vila Nova de
17,1 14,1 57 11,9 15,7 11 58 15,3
Gaia
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009.- Gráfico 3,4.

163
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Tabela 03

Taxa de variação da população residente em Portugal, Região Norte e Municípios do Grande


Porto, por grupo etário, em 2001 e 2009

Grupos Etários

0-14 15-24 25-64 65e +


Total
Área Geográfica anos anos anos anos
%
Portugal -2,4 -20,2 7,5 12,3 2,7
Região Norte -10,8 -19,8 8,2 14,7 2
Grande Porto -4,6 -22,4 5,3 22 1,8
Espinho -19,7 -36,5 -10,5 -1,3 -14,3
Gondomar -5,2 -18,4 9,6 41,4 6,6
Maia 16,6 -8,3 19,1 62,8 19,4
Matosinhos -4,7 -23,3 3,7 27,2 1,4
Porto -20,4 -44,2 -15,8 -13,6 -20
Póvoa de Varzim -3,2 -18,7 12,2 22,5 5,4
Santo Tirso -19,8 -23 1,8 12,2 -4,2
Trofa -11,5 -9,9 16,4 38,5 9,2
Valongo 5,8 -14,4 17,6 57,6 14,6
Vila de Conde -4,3 -17,6 8,2 27,2 4,3
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009 - Gráfico 5,6,7.

Tabela 04

Índice de envelhecimento em Portugal, Região Norte e nos Municípios do


Grande Porto, em 1991/2001/2009
Índice de envelhecimento
Local de residência 1991 2001 2009
%
Portugal 68,1 102,2 117,6

Norte 51,7 79,8 102,6


Grande Porto 52,8 80,5 101,8

Espinho 51,8 95,3 117,1

Gondomar 41,8 63,3 94,4

Maia 42,1 60,4 84,3

Matosinhos 43,6 76,8 102,5

Porto 87,3 147,5 160,2

Póvoa de Varzim 39,2 59 74,7

Santo Tirso 45,4 77,2 108

Trofa 52,1 34,1 81,5

Valongo 32,2 54,9 81,7

Vila do Conde 42,5 64,9 86,3


Vila Nova de Gaia 47,62 69,78 97,2
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009 - Gráfico 8,9.

164
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Tabela 05

Índice de Dependência total, jovem e de idosos em Portugal, Região Norte e nos Municípios
do Grande Porto, em 1991/2001/2008/2009

2008/2009 2001 1991


Área Geográfica IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI
%
Portugal 49,4 22,8 26,7 47,8 23,7 24,2 50,6 30,1 20,5
Região Norte 45,2 22 22,9 45,9 25,5 20,4 50,5 33,3 17,2

Grande Porto 45,3 22,5 22,9 41,8 23,1 18,6 44 28,8 15,2

Espinho 45 21 24,2 42,3 21,7 20,7 44 29 15

Gondomar 42,7 22,2 20,7 39,4 24,1 15,3 42,2 19,7 12,4

Maia 45,8 24,8 20,9 38,8 24,2 14,6 43,3 30,5 12,8

Matosinhos 43,7 21,6 22,1 39,4 22,3 17,1 42,1 29,3 12,8

Porto 51,5 19,6 31,7 72,8 29,4 43,4 46,5 24,8 21,7

Póvoa de Varzim 43,9 25,5 18,8 43,4 27,3 16,1 49,6 35,7 14

S. Tirso 41,4 20,4 21,5 42,7 23,9 18,8 45,8 31,3 14,5

Trofa 39,3 22,3 17,6 41,3 26,5 14,8 45,7 33,5 12,2

Valongo 42,8 23,6 19,2 38,2 24,7 13,5 41,5 31,4 10,1

Vila do Conde 44,4 24 20,6 42,1 25,5 16,6 46,6 32,7 13,9

V. N. Gaia 44,9 23 22,1 40,7 24 16,7 42,6 28,8 13,7


Fonte: INE: Censos 1991, 2001; Estimativas 2009 - Gráfico 10,11.

Tabela 06

Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório nos municípios do Grande Porto, em


1991/2001/2009

2001 2009

Taxa de
Área Geográfica Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de crescime
cresciment crescimento crescimento crescimento crescimento nto
o efectivo natural migratório efectivo natural migratóri
o

Grande Porto 0,67 0,29 0,39 0,15 0,12 0,03


Espinho -0,65 0,29 -0,94 -2,11 -0,29 -1,81
Gondomar 1,27 0,46 0,8 0,56 0,17 0,39
Maia 2,56 0,65 1,91 1,77 0,41 1,36
Matosinhos 0,76 0,32 0,44 0,02 0,15 -0,12
Porto -1,98 -0,32 -1,66 -2,59 -0,43 -2,16
Póvoa de Varzim 1,34 0,53 0,81 0,4 0,33 0,06
S. Tirso 0,25 0,28 -0,03 -0,78 -0,19 -0,59
Trofa 1,44 0,52 0,91 0,84 0,21 0,63
Valongo 1,7 0,55 1,16 1,41 0,39 1,03
Vila do Conde 1,07 0,35 0,72 0,3 0,23 0,07
Vila Nova de Gaia 1,49 0,41 1,08 0,84 0,21 0,63
Fonte: INE: Censos 1991, 2001; Estimativas 2009 - Gráfico 12,13.

165
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 07

Indicadores demográficos em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto,


em 2001 e 2009

Taxa Taxa
Taxa Taxa
Taxa Taxa bruta Taxa de Taxa Taxa bruta Taxa de
bruta bruta
bruta de bruta de de fecundid bruta de bruta de de fecundid
de de
mortalid nupcialid divór ade mortalid nupcialid divór ade
natalid natalid
Área ade ade cio geral ade ade cio geral
ade ade
Geográfica (PO) (PO)

‰ ‰

2009 2001

Portugal 9,4 9,8 3,8 2,5 38,7 11,0 10,2 5,7 1,8 43,2

Norte 8,7 8,5 4,1 2,4 34,4 11,3 8,7 6,2 1,4 42,6
Grande
9,5 8,3 3,9 2,9 38,3 11,3 8,5 5,7 1,9 42,0
Porto
Espinho 7,7 10,7 7,7 3,4 32,1 11,6 8,7 7,6 1,9 44,6

Gondomar 8,7 7,0 3,0 2,5 34,5 12,0 7,4 5,1 1,4 43,6

Maia 10,1 6,0 3,4 2,9 40,2 12,8 6,3 5,3 2,1 45,9

Matosinhos 10,0 8,5 3,6 3,3 40,8 10,8 7,6 5,0 2,0 39,7

Porto 9,2 13,5 4,9 3,2 38,9 9,3 12,5 5,5 2,4 36,9
Póvoa de
10,8 7,4 4,9 2,6 40,9 13,6 8,3 7,2 1,9 49,2
Varzim
Santo Tirso 7,2 9,1 4,3 2,4 28,1 11,0 8,2 9,6 1,6 40,6

Trofa 7,8 5,7 4,5 2,3 29,2 11,7 6,4 0,3 41,7

Valongo 10,0 6,1 3,5 3,0 38,7 12,2 6,8 6,3 1,3 43,1

Vila do Conde 10,0 7,7 4,7 2,9 39,5 11,4 8,0 7,2 1,4 42,0
Vila Nova de
9,3 7,2 3,3 2,9 37,3 11,6 7,5 5,7 1,7 42,5
Gaia
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009 - Gráfico 14.

166
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 08

Movimento da população em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, 2009

Nados-vivos Óbitos
Total Fora do casamento Total Com
Área Geográfica menos
Com
HM H M Total coabitação HM H M de 1
dos pais ano

Portugal 99 491 50 873 48 618 37 928 30 088 104 434 53 310 51 124 362
Norte 32 760 16 588 16 172 9 148 6 709 31 729 16 148 15 581 107
Grande Porto 12 233 6 175 6 058 4 528 3 292 10 647 5 360 5 287 45
Espinho 226 120 106 93 74 312 142 170 1
Gondomar 1 521 783 738 556 400 1 227 642 585 7
Maia 1 435 700 735 413 329 855 447 408 7
Matosinhos 1 689 846 843 662 486 1 438 746 692 2
Porto 1 962 991 971 974 639 2 872 1 379 1 493 12
Póvoa de Varzim 718 368 350 171 127 496 238 258 2
Santo Tirso 501 252 249 109 79 636 338 298 2
Trofa 318 151 167 71 53 234 128 106 0
Valongo 979 510 469 321 235 598 318 280 2
Vila do Conde 774 392 382 198 155 595 323 272 1
Vila Nova de Gaia 2 929 1 465 1 464 1 140 847 2 254 1 125 1 129 11
Fonte: INE, Estimativas 2009 - Gráfico 15.
Tabela 09

Movimento da população estrangeira em Portugal, Região Norte e nos Municípios do


Grande Porto, 2009

População estrangeira que solicitou População estrangeira com estatuto legal


Área Geográfica estatuto de residente de residente

HM H M HM H M
Portugal 61 445 29 549 31 896 451 742 233 280 218 462
Norte 7 331 3 340 3 991 49 240 25 226 24 014
Grande Porto 3 595 1 570 2 025 24 828 12 515 12 313
Espinho 108 52 56 671 332 339
Gondomar 120 47 73 1 577 771 806
Maia 328 157 171 2 329 1 147 1 182
Matosinhos 503 211 292 3 219 1 552 1 667
Porto 1 564 700 864 8 703 4 497 4 206
Póvoa de Varzim 135 61 74 962 473 489
Santo Tirso 55 22 33 472 234 238
Trofa 75 33 42 694 383 311
Valongo 120 50 70 994 534 460
Vila do Conde 129 58 71 1 202 622 580
Vila Nova de Gaia 588 234 354 5 171 2 587 2 584
Fonte: INE, Estimativas 2009 - Gráfico 16, PDS.

167
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

2 – EQUIPAMENTOS E RESPOSTAS SOCIAIS POR PROBLEMÁTICA SOCIAL

Tabela 10

Distribuição de Toxicodependentes por Faixa Etária em 9 Freguesias do Concelho

Oliv.
Avintes Canidelo Madalena Mafamude Pedroso Stª. Marinha Valadares V Andorinho
Douro
0 - 14 1
15 - 19 1 1
20 - 24 2 2 4 6 4 8 1
25 - 29 7 1 9 1 6 2 2 4
30 - 34 7 13 2 20 14 5 16 3 13
35 - 40 13 14 15 33 17 19 30 20 21
40 - 44 14 10 10 22 18 7 17 14 8
>=-
20 24 17 38 27 5 36 17 19
45
Fonte: CRI Central – IDT, 2010 – Ver gráfico 17.

Tabela 11

Evolução da Toxicodependência por Freguesia

FREGUESIA ANO 2007 ANO 2008 ANO 2009


Arcozelo 17 27 28
Avintes 43 49 60
Canelas 20 22 27
Canidelo 66 74 69
Crestuma 4 3 2
Grijó 14 20 18
Gulpilhares 18 27 18
Lever 7 8 8
Madalena 44 49 48
Mafamude 92 101 116
Olival 14 13 12
Oliveira do Douro 58 68 77
Pedroso 37 43 42
Perozinho 8 9 13
Sandim 4 2 5
Santa Marinha 140 109 114
S. Felix da Marinha 19 25 20
S. Pedro da Afurada 25 27 26
Seixezelo 2 2 3
Sermonde 1 1 2
Serzedo 10 9 10
Valadares 47 54 52
Vilar de Andorinho 45 55 64
Vilar do Paraíso 20 30 35
Total 755 827 871
Fonte: INE, Estimativas 2009 - Ver gráfico 17.

168
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 12

Apoios a Toxicodependentes

ALIMENTAÇÃO MEDICAMENTOS

250 141

Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISSP.IP, 2010 - Ver gráfico 19.

Tabela 13

Portadores de HIV por Grupo Etário

Género
Grupo Etário M F Total
<15 anos 1 1 2
15-24 - 3 3
25-34 19 19 38
35-44 69 18 87
45-54 35 14 49
55-64 1 5 6
≥ 65 1 3 4
Total 126 63 189
Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISS,IP 2010 - Ver gráfico 20.

169
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO

Tabela 14

Beneficiários do RSI de Vila Nova de Gaia, por freguesia, Junho 2010

% de Beneficiários do RSI

Arcozelo 3,7%
Avintes 4,4%
Canelas 4,2%
Canidelo 7,7%
Crestuma 0,5%
Grijó 3,6%
Gulpilhares 2,6%
Lever 0,7%
Madalena 2,9%
Mafamude 10,1%
Olival 2,3%
Oliveira do Douro 8,2%
Pedroso 6,6%
Perosinho 2,0%
Sandim 2,1%
Santa Marinha 10,5%
S. Félix da Marinha 4,0%
S. Pedro da Afurada 1,5%
Seixezelo 0,5%
Sermonde 0,6%
Serzedo 3,8%
Valadares 4,0%
Vilar de Andorinho 9,3%
Vilar do Paraíso 4,0%
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 23.

170
Rede Social
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Tabela 15

Caracterização dos Beneficiários do RSI por Idade, V. N. Gaia, Junho de 2010

<18 anos 18 - 24 anos 25 - 39 anos 40 - 54 anos 55 - 64 anos > 65 anos


35,58% 9,9% 21,5% 24,2% 7,6% 1,3%
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 24.

Tabela 16

Caracterização dos Rendimentos dos Beneficiários do RSI, V.N. Gaia, Junho 2010

Com Rendimentos Sem rendimentos

28,4% 71,6%
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 25.

Tabela 17

Número de Agregados Familiares Beneficiários do RSI, por Freguesias,


V. N. Gaia, Junho 2010

Freguesias de V. N. Gaia %
Arcozelo 3,7%
Avintes 4,3%
Canelas 4,2%
Canidelo 7,9%
Crestuma 0,5%
Grijó 3,3%
Gulpilhares 2,6%
Lever 0,7%
Madalena 3,3%
Mafamude 10,5%
Olival 2,1%
Oliveira do Douro 8,2%
Pedroso 6,1%
Perosinho 1,9%
Sandim 1,90
Santa Marinha 11,3%
S. Félix da Marinha 4,0%
S. Pedro da Afurada 1,5%
Seixezelo 0,4%
Sermonde 0,7%
Serzedo 3,5%
Valadares 4,0%
Vilar de Andorinho 9,2%
Vilar do Paraíso 4,1%
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 26.

171
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 18

Caracterização dos Agregados Familiares Beneficiários do RSI por Tipo de Família, V. N.


Gaia, Junho 2010

F. F. Nuclear C/ F. Nuclear S/ F.
Isolados Outras
Alargada Filhos Filhos Monoparental
30,5% 2,0% 29,2% 7,7% 19,4% 11,3%
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 27.

Tabela 19

Valor médio da Prestação de RSI, por Freguesia, V. N. Gaia, Junho 2010

Freguesias %
Arcozelo 241,07 €
Avintes 236,35 €
Canelas 222,66 €
Canidelo 234,92 €
Crestuma 205,41 €
Grijó 241,54 €
Gulpilhares 228,77 €
Lever 227,33 €
Madalena 235,00 €
Mafamude 231,86 €
Olival 253,52 €
Oliveira do Douro 229,82 €
Pedroso 226,45 €
Perosinho 255,78 €
Sandim 224,56 €
Santa Marinha 234,53 €
S. Félix da Marinha 218,25 €
S. Pedro da Afurada 220,83 €
Seixezelo 196,34 €
Sermonde 255,43 €
Serzedo 227,39 €
Valadares 242,09 €
Vilar de Andorinho 257,43 €
Vilar do Paraíso 233,09 €
Valor médio da prestação RSI no concelho 232,51 €
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 28.

172
Rede Social
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Tabela 20

Agregados familiares com processos activos

Freguesias Processos activos


Arcozelo 368
Avintes 442
Canelas 404
Canidelo 836
Crestuma 54
Grijó 328
Gulpilhares 281
Lever 70
Madalena 344
Mafamude 1072
Olival 219
Oliveira do Douro 843
Pedroso 598
Perosinho 186
Sandim 183
Santa Marinha 1118
S. Félix da Marinha 415
S. Pedro da Afurada 143
Seixezelo 45
Sermonde 61
Serzedo 351
Valadares 410
Vilar de Andorinho 916
Vilar do Paraíso 430
Total 10117
Fonte: NLI 1 e 2 2010 - Ver gráfico 29.

Tabela 21

Caracterização dos beneficiários por Idade e Sexo a frequentar Acções de Inserção

0-5 anos 6-18 anos 19-24 anos 25-34 anos 35-44 anos 45-54 anos 55-64 anos >65 Total
M F M F M F M F M F M F M F M F M F

NLI 1 492 420 1173 1015 363 392 355 561 550 620 523 566 358 386 129 136 3943 4096

NLI 2 413 453 1113 1003 241 338 353 531 675 798 858 584 321 390 130 148 4101 4245

TOTAL 905 873 2286 2018 604 730 708 1092 1225 1418 1381 1150 679 776 259 284 8047 8341

Fonte: NLI 1 e 2 2010 - Ver gráfico 30.

173
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Tabela 22

Distribuição de todos os Beneficiários do RSI por Áreas de Inserção


(com acordo de inserção), V.N. Gaia

N.º acções
Recursos de inserção
contratualizadas
Pré-escolar/Jardim de Infância 684
Escolaridade Obrigatória 4469
Ensino Secundário 263
Ensino Especial 12
Educação
Ensino Técnico Profissional 17
Ensino Superior 41
Ensino Recorrente 98
Educação Extra-Escolar 362

Cursos EFA 1033 6 979


Sistema de Aprendizagem 28
Formação Profissional Especial 9
Formação Profissional Especial
162
Programa Constelação
Formação Profissional Qualificante 353
Formação Profissional não Qualificante 32

Formação Qualificação Inicial 15


Profissional
Qualificação Profissional 18
Aprendizagem 18
Educação e Formação 1396
Formação Prof. Para desempregados 97
Formação Sócio-Profissional 32
Cursos Formação-Emprego 65

Formação para grupos desfavorecidos 5 2 238


Informação e Orientação Profissional 148
Prog. Ocup. Carenciados 37

Prog. Ocup. Subsidiados 9


Escolas-Oficina
Mercado Social Emprego Prog. Inserção-Emprego 50

Empresas Inserção 5
Emprego
Rede-Ajuda 2
Emprego Protegido 2
Prog. Estimulo Oferta
Criação de Emprego Emprego 5
Criação Empresas 5
Estágios Profissionais 2
Formação e Emprego
Bolsas Individuais /Formação 2 5 585

174
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Bolsas de Formação por


Iniciativa do trabalhar 20
Colocação em Mercado de Trabalho 5274
Preparação Pré-profissional 19
Reabilitação Profissional
Readaptação ao Trabalho 5
Educação para a Saúde 46
Planeamento Familiar 43

Saúde Materna 28
Prevenção Primária
Saúde Infantil 48
Plano Nacional de Vacinação 23

Outros 528
Consultas de Medicina
Saúde Familiar---1.º 5508
Estomatologia 482

Consultas/Tratamentos Oftalmologia 402


Psiquiatria 50
Psicologia 430
Outros-------------------------------2.º 3502
Alcoolismo 60
Desintoxicação
Toxicodependência 211 11 361
Amas/Creche familiar/Creche 172
Lares crianças e Jovens 9
Acolhimento Institucional ou
Familiar de Crianças e Jovens Actividades de Tempos Livres 67

Famílias de Acolhimento para


Crianças e Jovens 0
Colónias de Férias 0
Centro de Apoio Familiar e Formação Parental 15
Acompanhamento e Educação Sócio-familiar 1093

Famílias de Acolhimento para


Idosos 0
Acolhimento Institucional ou
Familiar a pessoas Idosas Lar para Idosos 1
Acção Social
Centro de Dia /Centro de
Convívio 5
Apoio Domiciliário 13

Família de Acolhimento para


Deficientes 1
Acolhimento Institucional ou
Familiar a Pessoas Portadoras Centro de Actividades
de Deficiência Ocupacionais - CAO 13
Lar Residencial 0
Intervenção Precoce 0

Apoio a Pessoas em Situação de


Dependência Unidade de Apoio Integrado
para Pessoas em situação de
Dependência 3

175
Rede Social
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Apoio Domiciliário Integrado a


Pessoas com dependência 37

Apoio Pessoal e Familiar em


Situação de Isolamento Social 500

Apoio Pessoal em Situação de


Perca de Auto-estima e
Autonomia 1243
Apoio Psicossocial
Acções de Apoio á
Organização da Vida
Quotidiana 12516
Apoio ao Exercício de
Cidadania 2896

Apoio familiar a nível de


relações e Dinâmicas 740 19 324

Arrendamento Público Programa de Realojamento-1.º 358


Situação de Emergência 11
Arrendamento Privado 68
Habitação
Obras de Conservação 85
Apoio á Melhoria do Alojamento Obras de Beneficiação 25

Obras de Adaptação 10
Regularização da situação
habitacional 1841 2 398
TOTAL 47 885
Fonte: NLI 1 e 2 2010 - Ver gráfico 31, 32, 33, 34, 35, 36.

176
Rede Social
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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Tabela 23
Estado Civil da Vitima

Estado Civil Frequência %


Solteiro/a 27 16
Casado/a 92 54,4
União de facto 17 10,1
Viúvo/a 4 2,4
Divorciado/a 12 7,1
Separado/a 6 3,6
N.S. / N.R. 11 6,5
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 37.

Tabela 24

Nacionalidade da Vitima

Nacionalidade Frequência %
N.s. / N.r. 37 21,9
Angolana 1 0,6
Boliviana 1 0,6
Brasileira 2 1,2
Cubana 1 0,6
Portuguesa 127 75,1
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 38.

Tabela 25

Tipo de Família da Vitima

Tipo de família Frequência %


Individuo Isolado 10 5,9
Monoparental 12 7,1
Nuclear sem filhos 19 11,2
Nuclear com filhos 89 52,7
Reconstruída 1 0,6
Alargada 3 1,8
Outro 4 2,4
N.s/N.r. 31 18,3
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 39.

177
Rede Social
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Tabela 26

Condição Perante a Actividade Económica da Vitima

Actividades Frequência %
Empregado/a 66 39,1
Desempregado/a 28 16,6
Estudante 10 5,9
Doméstico/a 4 2,4
Reformado/a 17 10,1
Incapacitados para o trabalho 7 4,1
Outra 3 1,8
N.s/N.r. 34 20,1
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 40.

Tabela 27

Idade da Vítima por Grupo Etário

Faixa Etária Frequência %


[0-17] 8 4,7
[18-41] 60 35,5
[42-64] 52 30,7
[65-∞[ 12 7,1
N.s./N.r. 37 21,9
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 41.

Tabela 28

Género do Autor do Crime

Género Frequência %
Feminino 22 13
Masculino 146 86,4
N.s. / n.r. 1 0,6
Total 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 42.

178
Rede Social
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Tabela 29
Nível de Ensino do Autor do Crime

Nível de Ensino Frequência %


Não Sabe Ler 10 5,9
1º ciclo 3 1,8
2º ciclo 3 1,8
3º ciclo 4 2,4
Ensino Secundário 4 2,4
Ensinio Superior 6 3,6
N.s. / N.r. 139 82,2
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 43.

Tabela 30

Idade do Autor do Crime por Grupo Etário

Faixa Etária Frequência %


[17-35] 28 16,8
[36-45] 27 16,2
[46-55] 14 8,4
[56-65] 13 7,8
[66 - ∞[ 3 1,8
N.s./N.r. 84 49,7
TOTAL 169 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 44.

Tabela 31

TIPO DE CRIME - Violência Doméstica

Tipo de crime Frequência %

Maus tratos físicos 117 30,2


Maus tratos psíquicos 137 35,3
Ameaças/Coacção 77 19,8
Difamação/Injúrias 45 11,6
Subtracção de menores 1 0,3
Violação da obrigação de alimentos 2 0,5
Violação 5 1,3
Homicídio 1 0,3
Outros em meio doméstico 3 0,8
TOTAL 388 100
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima - Ver gráfico 45.

179
Rede Social
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4 – EMPREGO, FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

Tabela 32

População Desempregada por Freguesia e Género

Freguesia F M Total
ARCOZELO 657 522 1179
AVINTES 679 591 1270
CANELAS 727 530 1257
CANIDELO 1259 1073 2332
CRESTUMA 154 97 251
GRIJÓ 644 395 1039
GULPILHARES 443 338 781
LEVER 192 117 309
MADALENA 458 392 850
MAFAMUDE 1899 1513 3412
OLIVAL 328 242 570
OLIVEIRA DO DOURO 1200 1028 2228
PEDROSO 948 746 1694
PEROZINHO 294 228 522
SANDIM 335 196 531
SÃO FÉLIX DA MARINHA 634 549 1183
SÃO PEDRO DA AFURADA 135 160 295
SEIXEZELO 92 53 145
SERMONDE 71 64 135
SERZEDO 452 365 817
VALADARES 489 400 889
VILA NOVA DE GAIA (FREG.N/CODIFICADA) 28 27 55
SANTA MARINHA 1652 1327 2979
VILAR DE ANDORINHO 1130 945 2075
VILAR DO PARAÍSO 634 493 1127
Vila Nova de Gaia 15534 12391 27925
Fonte: INEE – Instituto Nacional de Estatística – Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP.
Ver gráfico 46,47,48.

180
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 33

População desempregada por Habilitação Literária por Freguesia

< 1º 1º 2º 3º
Freguesia CICL CICLO CICL CICL SECUNDÀRIO SUPERIOR Total
O EB EB O EB O EB

ARCOZELO 57 326 223 232 230 111 1179

AVINTES 84 529 272 188 139 58 1270

CANELAS 52 378 268 241 228 90 1257

CANIDELO 79 719 463 423 443 205 2332

CRESTUMA 3 107 49 52 34 6 251

GRIJÓ 66 367 216 194 139 57 1039

GULPILHARES 21 207 133 148 164 108 781

LEVER 4 114 73 48 54 16 309

MADALENA 33 267 168 157 154 71 850

MAFAMUDE 75 741 621 739 803 433 3412

OLIVAL 24 222 115 119 63 27 570

OLIVEIRA DO DOURO 97 758 485 417 348 123 2228

PEDROSO 95 590 320 291 261 137 1694

PEROZINHO 25 194 105 85 77 36 522

SANDIM 27 212 105 88 80 19 531

SÃO FÉLIX DA MARINHA 50 451 208 193 172 109 1183

SÃO PEDRO DA AFURADA 19 92 72 42 44 26 295

SEIXEZELO 5 53 29 22 21 15 145

SERMONDE 5 65 30 12 17 6 135

SERZEDO 41 298 187 138 109 44 817

VALADARES 34 248 156 172 176 103 889

VILA NOVA DE GAIA (FREG.N/CODIFICADA) 12 12 15 10 6 55

VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 90 814 638 601 568 268 2979

VILAR DE ANDORINHO 91 733 465 405 288 93 2075

VILAR DO PARAÍSO 33 305 263 227 203 96 1127

Total 1110 8802 5676 5249 4825 2263 27925


Fonte: INEE – Instituto Nacional de Estatística – Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP. Ver gráfico 49.

181
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 34

Desempregado por Grupo Etário por Freguesia

25 - 34
< 25 Anos 35 - 54 Anos 55 Anos e + Total
Anos
Freguesias
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

ARCOZELO 243 21 86 7 604 51 246 21 1179 4,22

AVINTES 210 17 152 12 667 53 241 19 1270 4,55

CANELAS 281 22 141 11 638 51 197 16 1257 4,50

CANIDELO 557 24 205 9 1086 47 484 21 2332 8,35

CRESTUMA 38 15 25 10 132 53 56 22 251 0,90

GRIJÓ 224 22 102 10 513 49 200 19 1039 3,72

GULPILHARES 173 22 70 9 407 52 131 17 781 2,80

LEVER 49 16 44 14 156 50 60 19 309 1,11

MADALENA 181 21 81 10 406 48 182 21 850 3,04

MAFAMUDE 762 22 345 10 1669 49 636 19 3412 12,22

OLIVAL 109 19 73 11 297 52 91 16 570 2,04

OLIVEIRA DO DOURO 438 20 257 12 1112 50 421 19 2228 7,98

PEDROSO 365 22 208 12 793 47 328 19 1694 6,7

PEROZINHO 103 20 48 9 277 53 94 18 522 1,87

SANDIM 88 17 66 12 284 53 93 18 531 1,90

SÃO FÉLIX DA MARINHA 215 18 89 8 643 54 236 20 1183 4,24

SÃO PEDRO DA AFURADA 71 24 36 12 146 49 42 14 295 1,06

SEIXEZELO 35 24 11 8 76 32 23 16 145 0,52

SERMONDE 23 17 17 13 74 55 21 16 135 0,48

SERZEDO 170 21 88 11 423 52 136 17 817 2,93

VALADARES 187 21 105 12 440 49 157 18 889 3,18

FREG.N/CODIFICADA 16 29 3 5 28 51 8 15 55 0,20

SANTA MARINHA 643 22 257 9 1478 50 601 20 2979 10,67

VILAR DE ANDORINHO 438 21 253 12 1083 52 301 15 2075 7,43

VILAR DO PARAÍSO 262 23 105 9 549 49 211 19 1127 4,04

Total 5881 21 2867 10,28 13981 50,04 5196 18,16 27925 100
Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP. Ver gráfico 50 e 51.

182
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 35 – Distribuição de alimentos no concelho de Vila Nova de Gaia pelo Banco Alimentar contra a Fome - Porto

Instituições mediadoras Instituições beneficiárias


Dos Dos Dos Dos Dos
Total Total Nº
Instituições de Solidariedade Social 0 4 7 13 19 Maiores Nº Total
Kilos Euros IPSS Nº de Total de
Crianças Adultos aos aos aos aos aos de 65 Acamados de
Familias pessoas
3 6 12 18 65 anos pessoas
anos anos anos anos anos
Jardim Infantil Nª Srª do Pilar 7.316 10.183 __ __ __ __ __ 40 26 35 __ __ __ __ 101

Fundação Claret (Lar Juvenil dos Carvalhos) 22.686 19.911 __ __ __ __ __ __ __ 25 78 4 __ __ 107

Centro Social e Paroquial de Perosinho 7.654 8.407 __ __ __ __ __ __ 50 __ __ __ 30 4 80

Associação das Escolas do Torne e do Prado 6.423 7.583 __ __ __ __ __ 42 45 17 54 123 2 281

Assoc. Pro-Infância de Pedroso 9.694 13.068 __ __ __ __ __ 79 77 34 __ __ __ __ 190

Comunidade Cristã da Serra do Pilar 21.821 24.182 __ 84 25 166 191 __ __ __ __ __ __ __ __

A.P.P.A.C.D.M. de Vila Nova de Gaia 8.702 9.931 __ 16 __ 53 53 __ __ 4 11 154 __ 4 169


Fábrica da Igreja Paroquial Stª Bárbara de
13.983 15.686 __ 53 23 124 147 __ __ __ __ __ __ __ __
Coimbrões
Centro Social S. Miguel de Arcozelo 14.253 16.375 __ 19 19 47 66 __ __ __ __ 10 65 __ 75

Centro Social de Coimbrões 5.924 6.212 __ __ __ __ __ 53 56 36 __ __ __ __ 145

Bom Samaritano 10.057 12.224 __ 28 36 49 85 __ __ __ __ __ __ __ __

Centro de Solidariedade Cristã Maranatha 9.470 11.165 __ 13 11 24 35 __ 1 6 33 22 __ __ 62

Centro Social Paroquial S. Pedro de Pedroso 16.829 20.970 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 19 146 1 165

Cruzada de Bem-Fazer da Paz 7.204 8.988 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 30 70 __ 100

Centro de Convívio da Serra do Pilar 4.662 6.022 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 2 36 __ 38

APPDA - Norte - Assoc. Port. Pert. Dese. e Autismo 8.552 10.160 __ __ __ __ __ __ __ __ 2 25 __ __ 27

Assoc. das Creches de Santa Marinha 13.996 17.878 __ 21 29 32 61 57 47 47 __ __ __ __ 151

Conf. Mista SVP Santo André de Canidelo 14.891 16.332 __ 84 80 137 217 __ __ __ __ __ __ __ __

Centro Social Paroquial de Santa Marinha 7,825 9.736 __ __ __ __ __ 37 19 __ 1 38 16 __ 111


183
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Centro Social do Candal - Marco 6.581 6.661 __ __ __ __ __ 72 61 41 __ __ __ 174


Assoc. Soc. Mútuos N. Sra. da Esperança de
12.043 14.437 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 26 125 __ 151
Sandim
Centro Social da Paróquia de S. Salvador de Grijó 16.006 21.310 __ 32 27 58 85 __ __ __ __ 13 75 14 88

Assoc. Nacional de Combate à Pobreza 24.504 28.815 __ 60 45 107 152 __ __ __ __ 77 3 __ 80

Mão Amiga - Assoc. Nacional Solidariedade Social 4.229 4.464 __ 7 3 14 17 __ __ __ __ __ __ __ __

Associação de Lares Familiares - Novo Futuro 6.485 8.391 __ __ __ __ __ __ 1 3 10 __ __ __ 14

Assoc. Protectora da Criança 10.819 13.521 __ __ __ __ __ __ __ 12 15 __ __ __ 27

Centro Paroquial de S. João Baptista de Canelas 9.318 10.758 __ __ __ __ __ __ __ 50 __ __ 25 7 75


Centro Social Paroquial Igreja Senhor Vera Cruz
11.055 12.072 __ 32 27 58 85 __ __ __ __ __ 130 __ 130
Candal
Ordem Soberana e Militar de Malta 95 245 __ 60 45 107 152 __ __ __ __ __ __ __ __
Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Soares dos
9.810 11.691 __ 30 32 46 78 __ __ __ __ __ __ __ __
Reis
Conferência Feminina São Cristóvão de Mafamude 7.649 9.873 __ 50 60 70 130 __ __ __ __ __ __ __ __
ANAPEN- Assoc. Nac. de Apoio aos Pobres e
5.565 6.838 __ 38 38 77 115 __ __ __ __ 40 __ __ 40
Necessitados
Lar Irmãos - Centro de Repouso de Idosos 8.708 10.777 __ 11 11 17 28 __ __ __ __ __ 11 1 12

Tenda do Encontro 1.347 1.240 __ __ __ __ __ __ 2 7 5 6 __ 1 20

Lar de Santa Isabel 12.319 15.198 __ __ __ __ __ 33 __ __ __ __ 160 40 193

Associação de Solidariedade Social de Crestuma 6.883 9.901 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 43 __ 43

Associação Humanitária Nova Esperança 6.496 8.054 __ 10 14 14 __ __ __ __ __ __ __ __

Fundação Joaquim Oliveira Lopes 12.349 15.769 __ __ __ __ __ 61 120 __ __ __ __ __ 181

Associação de Solid. Social Idosos de Canidelo 1.687 2.539 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 25 __ 25


Cercigaia-Coop. Educ. e Reab. Cidadãos
15.648 17.633 __ 9 6 30 36 9 21 16 61 __ 107
Inadaptados
Centro Social Mário Mendes da Costa 9.221 10.778 __ __ __ __ __ __ __ 8 __ 20 100 __ 128
Associação Nova - Associação Recuperação
4.780 5.705 __ __ __ __ __ 3 7 2 1 23 1 __ 37
Toxicodep.
Centro Social S. Felix da Marinha 16.616 22.392 __ __ __ __ __ 23 38 __ __ 35 103 __ 199

184
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Centro Social da Paróquia de Gulpilhares 9.599 11.722 __ 15 9 28 37 42 27 __ __ 4 27 __ 100

Saúde e Vida 2.380 3.091 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 19 __ 19

Associação - Famílias Diferentes 5.441 6.661 __ 22 24 48 72 __ __ __ __ __ __ __ __

Agencia Jean Piaget (Equipa de Rua-GIRUGaia) 3.792 6.436 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 20 __ 20

Olhar o Futuro - Associação de Solidariedade Social 22.154 28.625 __ 112 141 232 378 __ __ __ 4 __ __ __ 25

Conferência SVP S. João Batista 8.507 8.784 __ 60 32 118 150 __ __ __ __ __ __ __ __

Conferência Feminina de S. António de Valadares 2.260 3.084 __ 78 38 106 144 __ __ __ __ __ __ __ __

Conferência SVP São Pedro Afurada 8.440 9.393 __ 56 14 115 129 __ __ __ __ __ __ __ __

Centro Social de Serzedo 27.548 30.649 __ 40 60 40 100 __ __ __ __ __ __ __ __

Ass. Igreja Cristã do Evangelho Completo 10.712 12.213 __ 20 30 36 49 __ __ __ __ __ __ __ __

Associação Refúgio dos Meninos 12.916 14.894 __ 29 32 62 94 __ __ __ __ __ __ __ __

Ajuda em Ajuda - Associação de Solidariedade 14.357 16.878 __ 12 17 53 70 __ __ __ __ __ __ __ __

Abrigo Seguro - Associação de Solidariedade Social 16.409 18.435 __ 45 67 85 152 __ __ 30 5 __ __ __ 35

Olival Social - Ass. Desenvolvimento de Olival 30.246 35.565 __ 43 59 82 141 38 67 __ __ __ 53 __ 158

Mãos Abertas 520 815 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __


Centro Dia e Jar. Inf. Salvador Caetano e Ana
16.675 23.429 __ __ __ __ __ 55 41 __ __ 6 33 __ 135
Caetano
Junta Freguesia Oliveira do Douro 462 770 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 45 __ 45

Associação Humanitária Familia Feliz 4.729 6.975 __ 80 34 236 270 __ __ __ __ __ __ __ __


Projecto Divino-Ass. Nac. Apoio a Crianças
2.049 2.697 __ 30 20 100 120 __ __ __ __ __ __ __ __
Deficientes
Associação de Solidariedade Social de Lever 8.476 11.498 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 37 __ 37

Centro Porta Amiga de Gaia - Fundação AMI 4.847 6.007 __ __ __ __ __ __ __ 15 __ 30 __ __ 45

Sorriso Constante - Associação de Apoio Social 811 1.128 __ 11 22 44 66 __ __ __ __ __ __ __ __

Espalhar Afectos Associação 5.563 7.547 __ __ __ __ __ 5 7 11 14 37 6 80

Associação Humanitária Acções Unidas 4.574 6.893 __ 31 29 64 93 __ __ __ __ __ __ __ __

185
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Associação Nacional Abraços de Criança 7.403 10.030 __ 90 63 337 400 __ __ __ __ __ __ __ __

Conferência de Nossa Senhora de Fátima de Lever 3.500 5.326 __ 23 28 72 100 __ __ __ __ __ __ __ __

Árvore da Vida - Assoc Solidariedade Social 2.548 3.864 __ 20 10 54 64 9 6 5 12 31 1 __ 64

Centro Social de Sandim 4.375 6.871 __ __ __ __ __ 60 85 60 __ __ __ __ 205

Associação de Solidariedade da Madalena 1.607 2.628 __ __ __ __ __ __ __ 30 __ __ __ __ 30

Junta de Freguesia de Crestuma 242 308 __ 6 5 20 25 __ __ __ __ __ __ __ __

Constante Ajuda 146 330 __ 40 20 60 80 __ __ __ __ __ __ __ __


Ass. Pais Enc. Amigos do SI Escola EB1 Lavadores
338 529 __ 20 20 40 60 __ __ __ __ __ __ __ __
Olival
Conferência SVP Oliveira do Douro Santa Eulália 2,006 3,106 __ 150 30 300 330 __ __ __ __ __ __ __ __

Conf.SVP De S. Pedro Pedroso 1.062 1.625 __ 90 41 189 230 __ __ __ __ __ __ __ __

SocialKids - Associação de Apoio Social 3.584 6.450 __ 50 50 100 150 __ __ __ __ __ __ __ __

Total 674.430 829.324 78 1.738 1.323 3.691 5.014 718 807 496 207 767 1.528 74 4.523
Fonte: Banco Alimentar Contra a Fome, 2010. Ver quadro 50.

186
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 36 - Sinalização das crianças e jovens em perigo na CPCJ

DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE SINALIZAÇÂO CPCJ 2009

ARCOZELO 1,50%
AVINTES 3,50%
CANELAS 2,80%
CANIDELO 2,70%
CRESTUMA 1,90%
GRIJÓ 3,60%
GULPILHARES 2,95%
LEVER 1,10%
MADALENA 3,60%
MAFAMUDE 2,80%
OLIVAL 5,80%
OLIVEIRA DO DOURO 2,50%
PEDROSO 2,70%
PEROZINHO 3,70%
SANDIM 1,50%
SEIXEZELO 1,00%
SERMONDE 4,40%
SERZEDO 3,70%
S. FELIX DA MARINHA 2,60%
S. PEDRO DA AFURADA 3,60%
VALADARES 4,50%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 2,90%
VILAR DE ANDORINHO 4,00%
VILAR DO PARAÍSO 2,90%

CONCELHO DE VILA NOVA DE GAIA 3,05%

Ver mapa de vulnerabilidade social nº 1.

187
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 37 – Rendimento Social de Inserção.

PERCENTAGEM DE BENEFECIÁRIOS
DE RSI NO CONCELHO (Junho) 2010
ARCOZELO 7,60%
AVINTES 9,90%
CANELAS 8,80%
CANIDELO 8,30%
CRESTUMA 4,50%
GRIJÓ 8,90%
GULPILHARES 6,90%
LEVER 6,00%
MADALENA 8,00%
MAFAMUDE 6,60%
OLIVAL 10,60%
OLIVEIRA DO DOURO 9,00%
PEDROSO 9,10%
PEROZINHO 8,50%
SANDIM 8,50%
SEIXEZELO 7,00%
SERMONDE 13,70%
SERZEDO 12,80%
S. FELIX DA MARINHA 9,30%
S. PEDRO DA AFURADA 11,40%
VALADARES 11,20%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 8,80%
VILAR DE ANDORINHO 14,20%
VILAR DO PARAÍSO 7,90%
Concelho de Vila Nova de Gaia 8,90%
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 2.

188
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 38 - Acção Social Escolar

DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DO APOIO DA ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR


ARCOZELO 43,40%
AVINTES 48,00%
CANELAS 66,20%
CANIDELO 41,90%
CRESTUMA 37,90%
GRIJÓ 54,40%
GULPILHARES 45,90%
LEVER 51,90%
MADALENA 40,10%
MAFAMUDE 23,50%
OLIVAL 63,20%
OLIVEIRA DO DOURO 42,10%
PEDROSO 65,80%
PEROZINHO 58,60%
SANDIM 54,60%
SEIXEZELO 40,20%
SERMONDE 65,90%
SERZEDO 73,90%
S. FELIX DA MARINHA 52,30%
S. PEDRO DA AFURADA 69,90%
VALADARES 38,80%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 52,00%
VILAR DE ANDORINHO 59,60%
VILAR DO PARAÍSO 39,40%
Concelho de Vila Nova de Gaia 45,40%
Os valores apresentados reportam-se ao universo de alunos em frequência escolar no ano lectivo 2009/2010 no 1º Ciclo
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 3.

Tabela 04 –Toxicodependência

DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE TOXICODEPENDENTES EM TRATAMENTO 2009


ACORZELO 3,20%
AVINTES 6,90%
CANELAS 3,10%
CANIDELO 7,90%
CRESTUMA 0,20%
GRIJÓ 2,10%
GULPILHARES 2,10%
LEVER 0,90%
MADALENA 5,40%
MAFAMUDE 12,10%
OLIVAL 1,40%
OLIVEIRA DO DOURO 8,80%
PEDROSO 4,80%
PEROZINHO 1,50%
SANDIM 0,60%
SEIXEZELO 0,40%
SERMONDE 0,20%
SERZEDO 1,30%
S. FELIX DA MARINHA 2,30%
S. PEDRO DA AFURADA 3,00%
VALADARES 6,20%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 12,00%
VILAR DE ANDORINHO 7,40%
VILAR DO PARAÍSO 4,00%
Concelho de Vila Nova de Gaia 4,08%
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 4.

189
Rede Social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA

Tabela 40 - Habitação Social

DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE


PEDIDOS DE HABITAÇÃO SOCIAL (Junho) 2010
ARCOZELO 3,50%
AVINTES 7,10%
CANELAS 5,40%
CANIDELO 15,30%
CRESTUMA 0,20%
GRIJÓ 4,00%
GULPILHARES 2,00%
LEVER 0,20%
MADALENA 3,70%
MAFAMUDE 7,60%
OLIVAL 1,00%
OLIVEIRA DO DOURO 14,80%
PEDROSO 2,20%
PEROZINHO 2,50%
SANDIM 0,50%
SEIXEZELO 0,70%
SERMONDE 0,20%
SERZEDO 6,90%
S. FELIX DA MARINHA 1,20%
S. PEDRO DA AFURADA 1,20%
VALADARES 1,70%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 4,40%
VILAR DE ANDORINHO 8,90%
VILAR DO PARAÍSO 4,70%
Concelho de Vila Nova de Gaia 4,16 %

Ver mapa de vulnerabilidade social nº 5.

Tabela 41 - Habitação Social / Insuficiência Económica

DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE


PEDIDOS DE HABITAÇÃO SOCIAL - INSUFICIÊNCIA ECONÓMICA (Junho) 2010
ARCOZELO 3,50%
AVINTES 5,80%
CANELAS 2,60%
CANIDELO 15,50%
CRESTUMA
GRIJÓ 3,30%
GULPILHARES 0,90%
LEVER 0,50%
MADALENA 3,50%
MAFAMUDE 11,80%
OLIVAL 0,90%
OLIVEIRA DO DOURO 9,80%
PEDROSO 5,30%
PEROZINHO 1,20%
SANDIM 1,40%
SEIXEZELO 0,70%
SERMONDE 0,20%
SERZEDO 4,90%
S. FELIX DA MARINHA 1,60%
S. PEDRO DA AFURADA 1,20%
VALADARES 2,60%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 11,10%
VILAR DE ANDORINHO 8,60%
VILAR DO PARAÍSO 3,30%
Concelho de Vila Nova de Gaia 4,18 %
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 6.

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Tabela 42 - Subsídios de Precariedade

DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE SUBSÍDIOS DE PRECARIEDADE (MENSAL, EVENTUAL) ATRIBUÍDOS


POR AGREGADOS FAMILIAR: 2008 CONCEDIDOS PELO ISS
ARCOZELO 0,6%
AVINTES 1,4%
CANELAS 0,8%
CANIDELO 1,5%
CRESTUMA 0,8%
GRIJÓ 0,4%
GULPILHARES 0,9%
LEVER 0,5%
MADALENA 0,8%
MAFAMUDE 1,5%
OLIVAL 1%
OLIVEIRA DO DOURO 1,7%
PEDROSO 1,1%
PEROZINHO 1,1%
SANDIM 0,9%
SEIXEZELO 0,8%
SERMONDE 0,2%
SERZEDO 0,4%
S. FELIX DA MARINHA 0,8%
S. PEDRO DA AFURADA 2%
VALADARES 1,8%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 2,7%
VILAR DE ANDORINHO 3,5%
VILAR DO PARAÍSO 0,8%
Concelho de Vila Nova de Gaia 1,15%
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 7.

Tabela 43 - Desempregados inscritos no Centro


de Emprego de Gaia

DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO


Soma
DE DESEMPREGADOS INSCRITO (Dezembro) 2010
ARCOZELO 4,22%
AVINTES 4,55%
CANELAS 4,50%
CANIDELO 8,35%
CRESTUMA 0,90%
GRIJÓ 3,72%
GULPILHARES 2,80%
LEVER 1,11%
MADALENA 3,04%
MAFAMUDE 12,22%
OLIVAL 2,04%
OLIVEIRA DO DOURO 7,98%
PEDROSO 6,07%
PEROZINHO 1,87%
SANDIM 1,90%
SEIXEZELO 0,52%
SERMONDE 0,48%
SERZEDO 2,93%
S. FELIX DA MARINHA 4,24%
S. PEDRO DA AFURADA 1,06%
VALADARES 3,18%
VILA NOVA DE GAIA (FREG.N/CODIFICADA) 0,20%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 10,67%
VILAR DE ANDORINHO 7,43%
VILAR DO PARAÍSO 4,04%
SOMA 4,17%

Ver mapa de vulnerabilidade social nº 8.

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Tabela 44 – Resposta destinada a Pessoas com Deficiência e Incapacidades

RESPOSTAS SOCIAIS RESPOSTAS IDENTIFICADAS

Intervenção precoce • Intervenção precoce


Integração Jardim
CAO • Centro de Actividades Ocupacionais
Sócio Educativo • Apoios especializados – educação pré-
escolar e nos ensinos básico e secundário
[?]
Centro de Estudos Apoio Criança e Família
Formação Reabilit. Prof. • Apoio à Qualificação: formação inicial;
Profissional Formaç. Integ. formação contínua
• Apoios à integração, manutenção e
reintegração no mercado de trabalho:
o Informação, avaliação e orientação para a
qualificação e emprego;
o Apoio à colocação;
o Acompanhamento pós -colocação;
o Adaptação de postos de trabalho e
eliminação de barreiras arquitectónicas;
• Emprego apoiado (inclui Centro de emprego
protegido)
LAR • Lar de Apoio
• Lar Residencial
• Residência Autónoma
CRI • Centro de Recursos para a Inclusão
Emprego Protegido Incluído no Emprego apoiado
Integração Social
Parcerias com Escolas
O.A.I.s
Avaliação • Informação, avaliação e orientação para a
qualificação e emprego [? - incluído nos
apoios à integração, manutenção e
reintegração no mercado de trabalho]
Desenvolvimento de competências/ Transição
de vida activa
Grupo de Autonomia e Socialização em
contexto
• Fórum Sócio-Ocupacional
• Transporte de Pessoas com Deficiência
• Acolhimento Familiar
• Centro de Férias e Lazer
• Centro de Atendimento/Acompanhamento e
Animação para Pessoas com Deficiência
• Serviço de Apoio Domiciliário
• Apoio Domiciliário Integrado (para pessoas
em situação de dependência)
• Unidade de Apoio Integrado (para pessoas
em situação de dependência)
• Unidade de Vida Protegida
• Unidade de Vida Autónoma
• Unidade de Vida Apoiada

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