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20 horas
1
Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no
Trabalho Rural
SENAR 2015
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Informações e Contato
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO Rua 87,
nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300
(62) 3412-2700 / 3412-2701 – E-mail: senar@senargo.org.br -
http://www.senargo.org.br/ - http://ead.senargo.org.br/
Superintendente
Eurípedes Bassamurfo da Costa
Gestora
Rosilene Jaber Alves
Coordenação
Fernando Couto Araújo e Stella Miranda Menezes Corrêa
Módulo 1
Introdução à origem dos agrotóxicos
Fonte: Shutterstock
Neste módulo, iremos discutir os princípios gerais de segurança com máquinas e implementos
agrícolas, destacando as principais exigências e alterações na norma de segurança do trabalho.
Ao final deste módulo, você estará apto a entender os princípios gerais de segurança e também
a importância de seguir os procedimentos e permissões de trabalho estabelecidos pela norma
de segurança do trabalho em vigor.
Para melhor entendimento, o conteúdo do módulo está dividido nas seguintes aulas:
• Aula 1: As principais exigências e alterações na norma de segurança com máquinas e im-
plementos agrícolas.
Aula 1
Não basta saber operar a máquina, o operador deve ler e compreender com clareza os
procedimentos descritos nos manuais de instrução e de manutenção.
• treinamento para a utilização segura de máquina motosserra, com carga horaria de, no
mínimo, oito horas. Esse treinamento não é destinado para que o trabalhador aprenda a
operar a máquina, e sim para que ele o faça com segurança;
Cabe, ainda, ao empregador rural manter os sistemas de segurança em perfeito estado de con-
servação e funcionamento. Os dispositivos de segurança das máquinas, implementos e equipa-
mentos não podem ser considerados itens opcionais, ou seja, o fabricante ou revenda não pode
vender uma máquina sem esses dispositivos. A retirada ou a neutralização total ou parcial destes
sistemas que coloquem em risco a integridade física dos trabalhadores são consideradas riscos
graves e iminentes. Cabe ao empregador ainda garantir acesso adequado a postos de trabalho
que fiquem a mais de 0,55 m do solo. Esse acesso pode ser feito por degraus, por exemplo.
Estudo de caso
Oi, tudo bem? Quer ver um exemplo do que você acabou de ver? Imagine a seguinte si-
tuação: em uma casa temos uma criança e, por descuido dos pais, ela coloca um grampo
de cabelo esquecido em cima de uma mesa, em uma tomada e leva um choque. De
quem é a culpa?
Reflexão
Agora, veja o que diz a lei para as máquinas fabricadas após maio de 2008:
• Para as máquinas autopropelidas que não possuem a estrutura de proteção, deve ser con-
sultado o Quadro III do Anexo IV desta Norma para verificação da disponibilidade técnica
de EPC.
• As máquinas devem possuir faróis, lanternas traseiras de posição, buzina, espelho retrovi-
sor e sinal sonoro automático de ré acoplado ao sistema de transmissão. Antes da altera-
ção da norma, todas as máquinas deveriam ter esses dispositivos. Para as máquinas auto-
propelidas fabricadas antes de maio de 2008, são itens obrigatórios apenas faróis e buzina.
Estudo de caso
Aula 2
Fonte: Shutterstock
Você toma os devidos cuidados ao embarcar e desembarcar de uma máquina agrícola, ou está
tão acostumado que age de forma automática?
Tarefas que exigem repetição são comuns no dia a dia, no entanto, mesmo que você já esteja
acostumado a realizar alguma atividade, deve sempre estar atento aos cuidados necessários
para executá-la.
Mas, agora, você deve estar pensando: como garantir que os trabalhadores conheçam, e te-
nham, esse tipo de postura? Uma boa maneira de garantir isso é descrevendo os procedimentos
de trabalho em uma linguagem de fácil assimilação para o trabalhador.
procedimentos: Descrição detalhada das medidas necessárias para a realização de uma tarefa
com segurança.
Além disso, é importante destacar que esses procedimentos devem ser discutidos com o tra-
balhador para que ele perceba a importância de cumpri-los e esclareça suas dúvidas, evitando
assim, problemas de interpretação. Os três primeiros passos para definir os procedimentos são:
Fonte: Shutterstock
Defina as responsabilidades
Determinar qual função ou setor deve seguir aquele procedimento e
quem será o responsável por verificar se o procedimento está sendo
02 cumprido e realizar ajustes, caso seja necessário. É importante que a
atenção seja constante, pois, muitas vezes, somente após a execução de
determinada tarefa, surgem as necessidades de controle de outros riscos
não discutidos nas discussões de elaboração.
Quer ver um exemplo? No caso dos procedimentos relacionados às máquinas, você pode
descrever:
• o objetivo do procedimento;
• o que deve ser feito antes de iniciar a atividade (por exemplo, ginástica laboral);
• ações seguras de operação (por exemplo: acionar duas vezes a buzina de maneira pouco
prolongada e com intervalo entre uma e outra antes de dar a partida na máquina, alertan-
do às pessoas próximas que a máquina entrará em movimento);
• o término da jornada de trabalho (por exemplo: fazer a limpeza da máquina e garantir seu
estacionamento em local seguro).
A permissão de trabalho, ou ordem de serviço, também é uma forma de evitar riscos para os
trabalhadores. Essa permissão é um documento escrito, específico e auditável, que deve conter,
no mínimo, a descrição do serviço, a data, o local, o nome, a função dos trabalhadores e dos res-
ponsáveis pelo serviço e por sua emissão e os procedimentos de trabalho e segurança.
Tem como principal característica constatar as condições de segurança do local onde se deseja
realizar uma tarefa, além de coletar a assinatura do responsável por aquela área. Assim, é pos-
sível perceber se há realmente condições satisfatórias de segurança no local e documentá-las.
Isso impede que pessoas sem treinamento entrem em locais perigosos ou realizem tarefas sem
serem capacitadas.
Recapitulando
Este foi o primeiro módulo do curso 3. Nesta etapa, você estudou os princípios gerais de seguran-
ça com máquinas e implementos agrícolas e conheceu as principais exigências e alterações na
norma de segurança do trabalho com máquinas agrícolas. Compreendeu também a importância
de seguir os procedimentos de segurança e permissões de trabalho estabelecidos pela norma
de segurança do trabalho em vigor. No próximo módulo, discutiremos a norma de segurança e
saúde no trabalho com máquinas agrícolas. Até lá!
A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo.
Preparado? Leias as orientações e, em seguida, responda às questões.
b) Com a modernização das máquinas agrícolas, se faz necessário que o trabalhador tenha
conhecimento de informática, pois ele necessita de conhecimentos básicos nessa área
para operar máquinas com dispositivo GPS.
c) Para a execução dessa atividade o operador deverá passar por treinamento, não bastan-
do apenas saber realizar o trabalho, mas também ter conhecimento da norma regula-
mentadora de segurança e saúde no trabalho, de ergonomia, de legislação de trânsito,
de primeiros socorros e de procedimentos de segurança para prevenção de acidentes
de trabalho.
c) É a máquina que desloca por meio de motor de combustão interna e emite grande quan-
tidade de gás carbônico para a atmosfera, causando efeito estufa, tais como: tratores,
colhedoras e pulverizadores.
d) É a máquina que desloca sobre meio terrestre com sistema de propulsão próprio, tais
como: tratores, colhedoras e pulverizadores.
20 horas
Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no
Trabalho Rural
SENAR 2015
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
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87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300 (62)
3412-2700 / 3412-8701 – E-mail: senar@senargo.org.br -
http://www.senargo.org.br/ - http://ead.senargo.org.br/
Superintendente
Eurípedes Bassamurfo da Costa
Gestora
Rosilene Jaber Alves
Coordenação
Fernando Couto de Araújo
Consultor Técnico
Arthur Eduardo Alves de Toledo
Apresentação
Fonte: Shutterstock
Bem-vindo! Você está iniciando o curso Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-
31.12 do Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural.
Você sabia que antes da criação da NR-31 em 2005, era necessário seguir outras normas para
manter a segurança dos trabalhadores envolvidos com qualquer tipo de máquina agrícola? Essas
regras constavam principalmente na norma urbana NR-12, que possui anexos com referências téc-
nicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.
Quando a NR-31 foi discutida e elaborada, o item 12 dessa norma foi destinado aos assuntos
relacionados às máquinas, fazendo uma referência à NR-12. Em dezembro de 2011, foram feitas
várias modificações na NR-31 e a principal ocorreu justamente no item 12, pois tudo que havia
na NR-12 relacionado com máquinas, equipamentos e implementos do setor agrícola, passou a
fazer parte da NR-31.
Para compreender melhor todas essas mudanças, você verá, nas próximas aulas, regras e restri-
ções que não existiam e que, agora, devem ser cumpridas.
Estudo de caso
Módulo 2
Estudo da Norma NR-31.12 – Segurança no trabalho
em máquinas e implementos agrícolas
Neste módulo, iremos discutir os princípios gerais da segurança no trabalho com máquinas agrí-
colas, utilizando a norma regulamentadora 31 no seu item 12.
Fonte: Shutterstock
Módulo 2 - Estudo da Norma NR-31.12 - Segurança no trabalho em máquinas e implementos agrícolas // 3
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Aula 1
NR-31.12.1
Dica do especialista
NR-31.12.2
Dica do especialista
Antes da alteração da norma, vários dispositivos de proteção podiam ser vendidos sepa-
radamente, como itens opcionais. Isso foi proibido e, com a nova lei, os fabricantes têm
que comercializar seus produtos de acordo com as normas vigentes.
NR-31.12.5
Dica do especialista
Muitas vezes, ao iniciar um trabalho com as forrageiras, é necessário cortar algumas linhas
de plantio manualmente. Para aproveitar esse material que foi cortado, é comum lançá-lo
na boca da forrageira. Essa atitude pode ocasionar acidentes graves e não deve ser toma-
da, pois, a máquina pode acaber puxando o trabalhador, provocando mutilações e até a
morte.
NR-31.12.7
Dica do especialista
Para evitar acidentes são necessários os dispositivos que impedem que uma máquina en-
tre em funcionamento sem o operador desejar. Imagine o seguinte exemplo: o operador
estava usando uma máquina estacionária utilizada para serrar madeiras e, de repente, a
energia acaba. A serra, então, para de girar. Ele, então, aproveita esse momento e resolve
limpá-la e retirar a sujeira que estava próxima da serra. Subitamente, a energia é reesta-
belecida e a máquina entra em funcionamento. Acidente na certa, não é mesmo? Por isso,
a importância desse dispositivo. Esse tipo de dispositivo é encontrado em diversos apare-
lhos do nosso dia a dia, por exemplo, as TVs mais modernas.
NR-31.12.10
NR-31.12.12
NR-31.12.13
b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada
por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e
deve se associar a dispositivos de intertravamento.
NR-31.12.14.1
Dica do especialista
NR-31.12.15
As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requi-
sitos de segurança:
a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibili-
tar a reposição de partes deterioradas ou danificadas;
b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de
peças, materiais e partículas;
c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os
esforços requeridos;
d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com
outras proteções;
e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas.
NR-31.12.16
NR-31.12.17.1
Para as máquinas autopropelidas e seus implementos, a proteção deve ser móvel quando
o acesso a uma zona de perigo for requerido mais de uma vez por turno de trabalho.
NR-31.12.18
b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a ope-
ração; e
c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar início às funções
perigosas.
NR-31.12.18.1
Dica do especialista
Isso quer dizer que o mecânico treinado pode ter acesso ao compartimento do motor, por
exemplo, com a proteção aberta e com o motor funcionando, pois ele foi capacitado ou
qualificado para trabalhar nessas condições.
NR-31.12.23
Dica do especialista
Para entendermos melhor esse item, vamos pensar em uma roçadora manual do tipo que
se usa para cortar grama. Esse tipo de máquina pode ter um fio ou uma lâmina para rea-
lizar o corte. Vamos, neste momento, imaginar que a roçadora está equipada com uma
lâmina de aço nova. O operador está cortando o capim e, de repente, sem perceber, a
lâmina acerta uma pedra grande que está quase toda enterrada. Provavelmente, a lâmina
irá se partir devido ao impacto. É desse risco de ruptura que se trata o item, o que não quer
dizer que a peça estava com algum defeito e poderia quebrar.
NR-31.12.23.1
NR-31.12.24
As máquinas de cortar, picar, triturar, moer, desfibrar e similares devem possuir sistemas
de segurança que impossibilitem o contato do operador ou demais pessoas com suas
zonas de perigo.
Dica do especialista
Para este tipo de máquina existe uma barreira física que prolonga o bocal de abastecimen-
to de maneira que, mesmo que o operador se distraia e coloque a mão na zona de perigo,
ele não conseguiria alcançá-la.
Aula 2
NR-31.12.20
Dica do especialista
NR-31.12.22
Dica do especialista
O movimento giratório do eixo cardã pode causar sérios acidentes devido ao enrosca-
mento, principalmente, de roupas frouxas. A roupa enrosca no cardã e é torcida, puxando
a pessoa em direção ao eixo, fazendo com que a pessoa seja atirada com violência ao
chão por várias vezes, até se soltar ou até que alguém desligue a máquina. Nos casos mais
graves ocorre amputação de membros e até mesmo a morte devido à gravidade dos feri-
mentos e hemorragias internas.
NR-31.12.31
Dica do especialista
A EPC é uma estrutura de proteção que pode ser fixada no trator em dois ou quatro pon-
tos. Não se trata de uma capota e sim de uma estrutura. Uma capota pode estar acoplada
em uma EPC. Veja as figuras a seguir que ilustram essas situações. A primeira apresenta
um trator sem a estrutura, e a segunda um trator com a estrutura e sem a capota.
NR-31.12.31.1
Dica do especialista
NR-31.12.32
Para as máquinas autopropelidas fabricadas a partir de maio de 2008 deve ser consultado
o Quadro III do Anexo IV desta norma para verificação da disponibilidade técnica de EPC.
Dica do especialista
NR-31.12.33
A EPC deve:
a) ser adquirida do fabricante ou revenda autorizada; (C = 131.539-0/I3)
Dica do especialista
O empregador que possuir uma máquina sem a EPC pode consultar o Quadro III e verificar
se a marca e o modelo da máquina dele se adequam ou não às regras atuais. Se a máqui-
na constar no Quadro III, ele poderá adquirir do fabricante e instalar a EPC. Se a máquina
não estiver no Quadro III, o empregador não poderá fabricar a sua própria estrutura, pois
o item “c” deixa bem claro que a EPC deve atender aos requisitos de segurança estabele-
cidos pelas normas técnicas e, portanto, testadas em laboratórios específicos.
NR-31.12.34
As máquinas autopropelidas que durante sua operação ofereçam riscos de queda de ob-
jetos sobre o posto de trabalho devem possuir Estrutura de Proteção Contra Queda de
Objetos (EPCO). (C = 131.542-0/I4)
NR-31.12.35
Na tomada de potência (TDP) dos tratores agrícolas deve ser instalada uma proteção que
cubra a parte superior e as laterais, conforme Figura 1 do Anexo IV desta norma. (C =
131.543-9/I3)
Aula 3
NR-31.12.38
Dica do especialista
Podemos perceber que para cada dispositivo de proteção cobrado nesse item temos um
código, ou seja, é necessário ter todos os dispositivos na máquina.
NR-31.12.38.1
Motopodas: máquina similar à motosserra, dotada de cabo extensor para maior alcance nas
operações de poda.
Dica do especialista
NR-31.12.39
Dica do especialista
Os treinamentos podem ter dezesseis, vinte e quatro ou quarenta horas, não importa. O
importante é que tenham pelo menos oito horas voltadas à segurança na utilização dos
equipamentos. As demais horas do treinamento serão utilizadas para a aprendizagem de
manuseio, manutenção, regulagem e demais assuntos pertinentes à utilização da máquina.
NR-31.12.40
NR-31.12.41
NR-31.12.41.1
Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 31.12.41, poderá ser
utilizada escada fixa tipo marinheiro.
Dica do especialista
NR-31.12.41.2
Dica do especialista
Neste aspecto, o que deve ser destacado é a questão de o operador estar sempre apoiado
em três pontos durante todo o tempo de acesso. A figura abaixo mostra essa condição.
NR-31.12.41.2.1
Deve-se utilizar uma forma de acesso seguro indicada no manual de operação, nas
situações em que não sejam aplicáveis os meios previstos no subitem 31.12.41.2.
(C = 131.558-7/I2)
NR-31.12.42.1
31.12.42.1.1
As plataformas móveis devem ser estáveis, de modo a não permitir sua movimentação ou
tombamento durante a realização do trabalho. (C = 131.560-9/I2)
NR-31.12.43
Devem ser fornecidos meios de acesso se a altura do solo ou do piso ao posto de operação
das máquinas for maior do que 0,55 cm (cinquenta e cinco centímetros). (C = 131.561-7/I2)
Dica do especialista
Acima de 0,55 m haverá esforço para o operador, sendo assim necessário um meio de
acesso, por exemplo, um degrau.
NR-31.12.44
Dica do especialista
NR-31.12.45
NR-31.12.46
Dica do especialista
Os meios de acesso não podem gerar riscos adicionais, por exemplo, o corte ou escorrega-
mento do operador, além disso, não podem provocar esforço excessivo para a utilização.
NR-31.12.47
Os meios de acesso de máquinas, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, de-
vem possuir sistema de proteção contra quedas com as seguintes características: (C =
131.565-0/I3)
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a
suportar os esforços solicitantes; e (C = 131.566-8/I3)
Dica do especialista
c) possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um me-
tro e vinte centímetros) de altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão,
em ambos os lados; (C = 131.568-4/I3)
d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação
de objetos; (C = 131.569-2/I3)
e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão in-
termediário a 0,70 m (setenta centímetros) de altura em relação ao piso, localizado
entre o rodapé e o travessão superior. (C = 131.570-6/I3)
Dica do especialista
Essas alturas devem ser respeitadas para evitar que o trabalhador passe por cima da pro-
teção caso ocorra um acidente.
NR-31.12.49
NR-31.12.50
As rampas com inclinação entre 10º (dez) e 20º (vinte) graus em relação ao plano horizon-
tal devem possuir peças transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir
escorregamento, distanciadas entre si 0,40 m (quarenta centímetros) em toda a sua ex-
tensão. (C = 131.579-0/I2)
Dica do especialista
Essa figura mostra que de 0° até 10° podemos ter uma rampa lisa. Acima de 10° a 20° con-
tinuamos tendo uma rampa, porém ela possui peças transversais de 40 em 40 cm.
NR-31.12.50.1
É proibida a construção de rampas com inclinação superior a 20º (vinte) graus em relação
ao piso. (C = 131.580-3/I2)
Dica do especialista
NR-31.12.55
c) o travessão superior não deve ter superfície plana, a fim de evitar a colocação de
objetos sobre ele. (C = 131.612-5/I2)
NR-31.12.56
Dica do especialista
NR-31.12.57
Os pneus, cubos, rodas e para-lamas não são considerados degraus para acesso aos pos-
tos de trabalho. (C = 131.614-1/I2)
Dica do especialista
Subir em máquinas agrícolas pelos pneus, cubos, rodas e para-lamas caracteriza situação
de risco e pode gerar graves acidentes. Muitas vezes, os postos de trabalho das máquinas
atingem alturas superiores a dois metros, o que faz com que a queda seja muito perigosa,
podendo provocar fraturas e até traumatismo craniano.
NR-31.12.58
Os para-lamas podem ser considerados degraus para acesso desde que projetados para
esse fim. (C = 131.615-0/I2)
NR-31.12.59
Em máquinas de esteira, as sapatas e a superfície de apoio das esteiras podem ser uti-
lizadas como degraus de acesso, desde que projetadas para esse fim, e se for garanti-
do ao operador apoio em três pontos de contato durante todo o tempo de acesso.
(C = 131.616-8/I2)
Dica do especialista
Sapata da esteira
NR-31.12.60
NR-31.12.61.2
Dica do especialista
Para evitar que a escada inteira seja danificada, caso a máquina passe por uma ondulação
ou mesmo um cupinzeiro, é permitido que a conexão entre o primeiro degrau (que está
mais perto solo) seja articulada.
NR-31.12.61.3
Não deve haver riscos de corte, esmagamento ou movimento incontrolável para o opera-
dor na movimentação de meios de acesso móveis. (C = 131.635-4/I2)
NR-31.12.62
NR-31.12.63
NR-31.12.65
NR-31.12.65.1
Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 31.12.65 acerca das operações de
abastecimento de combustível e de outros materiais, deve-se instalar degrau de acesso
com manípulos que garantam três pontos de contato durante toda a tarefa nas máquinas
autopropelidas. (C = 131.644-3/I2)
NR-31.12.65.2
Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 31.12.65 acerca das operações de
abastecimento de combustível das máquinas autopropelidas que possuam o tanque loca-
lizado na parte traseira ou lateral, poderá ser utilizada plataforma ou escada externa que
servirá de apoio para a execução segura da tarefa. (C = 131.645-1/I2)
NR-31.12.65.3
Aula 4
NR-31.12.3
Dica do especialista
NR-31.12.4
Dica do especialista
Plantadeira: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a
operação de plantio de culturas, como sementes, mudas, tubérculos ou outros.
NR-31.12.4.1
NR-31.12.8
Dica do especialista
NR-31.12.9
As máquinas cujo acionamento por pessoas não autorizadas possa oferecer risco à saúde
ou à integridade física de qualquer pessoa devem possuir sistema ou, no caso de máqui-
nas autopropelidas, chave de ignição, para o bloqueio de seus dispositivos de acionamen-
to sistemas de segurança em máquinas e implementos. (C = 131.491-2/I3)
Dica do especialista
Em máquinas estacionárias podem ser utilizadas chaves gerais para garantir que pessoas
não autorizadas, ou mesmo curiosos, acionem a máquina. No caso de máquinas agrícolas,
podemos retirar a chave da ignição e guardá-la em local seguro.
NR-31.12.29
c) seu terminal positivo deve ser protegido, a fim de prevenir contato acidental e curto-
circuito.
Dica do especialista
As baterias apresentam diversos riscos ao ser humano. São pesadas e podem causar le-
sões ao serem levantadas, e se caírem podem atingir o trabalhador. Além disso, podem
iniciar um incêndio devido a curto-circuito.
NR-31.12.30
Lanternas traseiras de posição: lanterna traseira de posição: dispositivo designado para emitir um
sinal de luz para indicar a presença de uma máquina.
NR-31.12.30.1
NR-31.12.36
Dica do especialista
NR-31.12.36.1
A indicação de uso dos sistemas de engate mencionados no subitem 31.12.36 deve ficar em
local de fácil visualização e afixada em local próximo da conexão. (C = 131.545-5/I1)
NR-31.12.36.2
Os implementos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim o exija, devem pos-
suir dispositivo de apoio que possibilite a redução do esforço e a conexão segura ao siste-
ma de tração. (C = 131.546-3/I2)
31.12.36.3
A operação de engate deve ser feita em local apropriado e com o equipamento traciona-
do imobilizado de forma segura com calço ou similar. (C = 131.547-1/I3)
Equipamento tracionado: Equipamento que desenvolve a atividade para a qual foi projetado
deslocando-se por meio do sistema de propulsão de outra máquina que o conduz.
NR-31.12.37
Dica do especialista
Motores de combustão interna liberam gases que podem causar danos à saúde e até mes-
mo a morte por asfixia.
NR-31.12.66
Dica do especialista
NR-31.12.67
Dica do especialista
Muitas vezes, por falta de manutenção, as máquinas são abastecidas com o motor ligado,
devido à falta de partida. Essa atitude, além de perigosa, é proibida e pode gerar punições.
Vale lembrar que os vapores dos combustíveis são explosivos.
NR-31.12.70
As proteções fixas que podem ser removidas só podem ser retiradas para execução de
limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, ao fim dos quais devem ser obrigatoriamente reco-
locadas. (C = 131.650-8/I3)
Dica do especialista
Na tentativa de ser mais rápido, o trabalhador pode achar irrelevante ou mesmo pensar
que recolocar a proteção irá atrasar o seu serviço, pois ele sabe que algum tempo depois
ele irá precisar retirar essa proteção novamente. Porém, deve-se realizar um trabalho de
conscientização demonstrando a necessidade de sempre recolocar a proteção, pois esses
são os momentos em que os acidentes podem acontecer. Toda vez que uma proteção fixa
é retirada, ela deve ser obrigatoriamente recolocada.
NR-31.12.71
NR-31.12.72
Dica do especialista
Esse item trata da segurança nos trabalhos com pneus. A manutenção dos pneus requer vá-
rios cuidados, entre eles, o de esvaziá-los antes de sua manutenção. O dispositivo de clausu-
ra ou a gaiola são dispositivos de proteção para o trabalhador e devem ser usados sempre.
NR-31.12.74
Dica do especialista
NR-31.12.75
A capacitação deve:
a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a função; (C = 131.663-0/I2)
Dica do especialista
Essa é a situação ideal, mas como fazer se o trabalhador já está atuando? Independente-
mente da data de admissão, a capacitação do trabalhador é obrigatória e é responsabili-
dade do empregador.
Dica do especialista
O empregador terá que se organizar e encontrar um período do ano em que ele esteja
sujeito a menor demanda deste trabalhador e providenciar o treinamento sem cobrar por
isso. Os custos do treinamento são do empregador. Uma vantagem de utilizar o SENAR
para ministrar esses treinamentos é que ele já pagou ao SENAR e não será necessário
investir novamente.
Dica do especialista
Dica do especialista
A legislação permite que o empregador escolha a entidade que irá ministrar o treinamen-
to, porém, como dito anteriormente, o produtor já contribui com o SENAR, que tem o
certificado aceito pela fiscalização.
NR-31.12.76
O programa deve abranger partes teóricas e práticas, com o seguinte conteúdo mínimo:
(C = 131.667-2/I2)
a) descrição e identificação dos riscos associados com cada máquina e as proteções
específicas contra cada risco;
b) funcionamento das proteções; como e por que devem ser usadas;
c) como, por quem e em que circunstâncias pode ser removida uma proteção;
d) o que fazer se uma proteção é danificada ou perde sua função, deixando de garantir
uma segurança adequada;
e) princípios de segurança na utilização da máquina;
f) segurança para riscos mecânicos, elétricos e outros relevantes;
g) procedimento de trabalho seguro;
h) ordem ou permissão de trabalho; e
i) sistema de bloqueio de funcionamento das máquinas e implementos durante a ins-
peção e manutenção.
NR-31.12.77
Dica do especialista
b) identificação das fontes geradoras dos riscos à integridade física e à saúde do tra-
balhador;
c) noções sobre acidentes e doenças decorrentes da exposição aos riscos existentes
na máquina e implementos;
d) medidas de controle dos riscos: Equipamento de Proteção Coletiva e Equipamento
de Proteção Individual;
e) operação da máquina e dos implementos com segurança;
f) inspeção, regulagem e manutenção com segurança;
g) sinalização de segurança;
h) procedimentos em situação de emergência; e
i) noções sobre prestação de primeiros socorros.
NR-31.12.78
A parte prática da capacitação pode ser realizada na máquina que o trabalhador irá ope-
rar, deve ter carga horária mínima de doze horas, ser supervisionada e documentada. (C =
131.669-9/I2)
NR-31.12.78.1
Dica do especialista
A legislação utiliza bastante linguagem técnica, assim, ela deve ser transformada em uma
linguagem compreensível para os alunos do treinamento.
NR-31.12.79
Será também considerado capacitado o trabalhador que possuir comprovação, por meio
de registro, na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ou no registro de empre-
gado, de pelo menos dois anos de experiência na atividade, até a data de publicação des-
ta norma, e que participou da reciclagem prevista no subitem 31.12.80.1.
NR-31.12.80
Deve ser realizada capacitação para reciclagem do trabalhador sempre que ocorrerem
modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas e implementos ou
troca de métodos, processos e organização do trabalho. (C = 131.670-2/I2)
Dica do especialista
O trabalhador deverá passar por novo treinamento para atualização, porém não existe
uma data especifica na NR-31. O período mais utilizado pelas empresas é o de dois anos,
ou seja, de dois em dois anos é ministrado novo treinamento.
NR-31.12.81
Dica do especialista
Esse item é muito relevante, pois o trabalho de menores de 18 com máquinas e implemen-
tos está na lista TIP do Ministério do Trabalho e Emprego, que é a lista das piores formas
de trabalho infantil. É considerado um trabalho prejudicial à saúde e à segurança.
NR-31.12.82
Dica do especialista
Nesse item, exige-se a utilização de crachá para todos os operadores de máquinas auto-
propelidas.
NR-31.12.83
Dica do especialista
O ideal é que o empregador faça uma cópia do manual e a deixe na própria máquina,
guardando o manual original em um local de fácil acesso, mas sobre o qual haja controle.
É muito comum manuais sumirem das máquinas ou serem danificados com o passar do
tempo. Esse manual é muito importante, principalmente para a elaboração dos procedi-
mentos de segurança.
NR-31.12.84
NR-31.12.84.1
Os manuais devem:
a) ser escritos em língua portuguesa (Brasil), com caracteres de tipo e tamanho que
possibilitem a melhor legibilidade possível, acompanhados das ilustrações explica-
tivas; (C = 131.676-1/I1)
Recapitulando
Chegamos ao final de mais um módulo. No Módulo 2, você conheceu a legislação de saúde e
segurança no trabalho com máquinas, equipamentos e implementos agrícolas. No próximo mó-
dulo, você receberá informações sobre a simbologia em máquinas e implementos agrícolas. Até
breve e nos encontramos lá.
Agora, realizaremos algumas atividades sobre o conteúdo que você acabou de ver. Vamos lá?
Leias as orientações e, em seguida, responda às questões.
1. O empregador rural identifica que, se ele adaptar uma peça em seu trator, ele atingirá um
desempenho muito maior e, por consequência, irá melhorar a sua produção. De acordo com o
que você aprendeu no Módulo 2, qual dos itens abaixo deve ser seguido?
a) O empregador rural, desde que muito criativo, pode melhorar e fazer adaptações em
suas máquinas, equipamentos e implementos para aprimorar as suas produções.
2. De acordo com o conteúdo apresentado no Módulo 2, o produtor rural que possui empre-
gados é o responsável por realizar o treinamento de todos os trabalhadores que operam
máquinas agrícolas. Assinale a alternativa que identifica o treinamento correto para esses
trabalhadores.
a) A capacitação de operadores de máquinas autopropelidas e implementos deve atender
ao programa de capacitação em etapas teórica e prática, com carga horária mínima de
vinte horas distribuídas em quatro horas diárias, após a jornada diária de trabalho.
20 horas
Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no
Trabalho Rural
SENAR 2015
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Informações e Contato
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO Rua
87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300 (62)
3412-2700 / 3412-8701 – E-mail: senar@senargo.org.br -
http://www.senargo.org.br/ - http://ead.senargo.org.br/
Superintendente
Eurípedes Bassamurfo da Costa
Gestora
Rosilene Jaber Alves
Coordenação
Fernando Couto de Araújo
Consultor Técnico
Arthur Eduardo Alves de Toledo
Apresentação
Fonte: Shutterstock
Bem-vindo! Você está iniciando o curso Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-
31.12 do Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural.
Você sabia que antes da criação da NR-31 em 2005, era necessário seguir outras normas para
manter a segurança dos trabalhadores envolvidos com qualquer tipo de máquina agrícola? Essas
regras constavam principalmente na norma urbana NR-12, que possui anexos com referências téc-
nicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.
Quando a NR-31 foi discutida e elaborada, o item 12 dessa norma foi destinado aos assuntos
relacionados às máquinas, fazendo uma referência à NR-12. Em dezembro de 2011, foram feitas
várias modificações na NR-31 e a principal ocorreu justamente no item 12, pois tudo que havia
na NR-12 relacionado com máquinas, equipamentos e implementos do setor agrícola, passou a
fazer parte da NR-31.
Para compreender melhor todas essas mudanças, você verá, nas próximas aulas, regras e restri-
ções que não existiam e que, agora, devem ser cumpridas.
Estudo de caso
Módulo 3
Conhecendo a simbologia em máquinas e implementos
agrícolas
Fonte: Shutterstock
Neste módulo, você conhecerá os principais símbolos utilizados nas máquinas e implementos
agrícolas e verá como deve ser feita a leitura desses símbolos. A compreensão do que eles signi-
ficam será uma aliada nas atividades em que existem riscos.
Aula 1
Da mesma forma que você aprendeu a ler as palavras, você também deverá aprender a ler ima-
gens. Fazendo as conexões certas, elas terão sentido cada vez que encontrá-las em um maqui-
nário. Esta aula é bem visual, por isso, fique atento e procure fazer as conexões necessárias entre
a imagem e o seu significado. Vamos lá?
Óleo Ar Temperatura
Pressurizado (abrir
lentamente)
Aula 2
+ + =
+ + =
Já a junção dos três símbolos, neste caso, representa a Pressão de Óleo do Motor.
+ + =
Líquido de
Nível Motor
Arrefecimento
Aqui temos nível, líquido de arrefecimento e motor. Este símbolo representa o Nível do Líquido
de Arrefecimento do Motor.
+ + =
Líquido de
Motor Temperatura
Arrefecimento
+ + =
+ + =
Quando você observar os três itens acima juntos, saiba que a nova figura formada significa Nível
de Óleo do Hidráulico.
+ + =
Motor Filtro Ar
+ + =
O símbolo que você acabou de formar significa Filtro de Óleo da Transmissão ou Filtro Obstruído
de Óleo da Transmissão.
+ + =
+ + =
Recapitulando
Chegamos ao final de mais um módulo. Nesta etapa de estudo, você conheceu os principais
símbolos existentes nas máquinas agrícolas e os seus significados isolados ou em conjunto. En-
tender o significado desses símbolos tão comuns no dia a dia no campo auxiliará o seu trabalho
com diferentes maquinários. No próximo módulo, você receberá informações sobre a sinalização
de segurança com máquinas e implementos agrícolas. Até lá.
1. Você aprendeu, neste módulo, que cada símbolo encontrado nos maquinários tem um signi-
ficado específico. De acordo com o conteúdo apresentado, os símbolos abaixo representam
respectivamente:
2. O símbolo a seguir também é comum nas máquinas agrícolas e, assim como o símbolo apre-
sentado na questão anterior, possui um significado específico. A sua representação é:
a) Hidráulico.
c) Pressão.
d) Transmissão.
c) Filtro de Ar do Motor.
a) c)
b) d)
20 horas
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Bem-vindo! Você está iniciando o curso Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-
31.12 do Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural.
Você sabia que antes da criação da NR-31 em 2005, era necessário seguir outras normas para
manter a segurança dos trabalhadores envolvidos com qualquer tipo de máquina agrícola? Essas
regras constavam principalmente na norma urbana NR-12, que possui anexos com referências téc-
nicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.
Quando a NR-31 foi discutida e elaborada, o item 12 dessa norma foi destinado aos assuntos
relacionados às máquinas, fazendo uma referência à NR-12. Em dezembro de 2011, foram feitas
várias modificações na NR-31 e a principal ocorreu justamente no item 12, pois tudo que havia
na NR-12 relacionado com máquinas, equipamentos e implementos do setor agrícola, passou a
fazer parte da NR-31.
Para compreender melhor todas essas mudanças, você verá, nas próximas aulas, regras e restri-
ções que não existiam e que, agora, devem ser cumpridas.
Estudo de caso
Módulo 4
Estudo da sinalização de segurança de máquinas e
implementos agrícolas
Fonte: Shutterstock
Com o objetivo de facilitar a sua compreensão, o módulo está dividido em duas aulas. São elas:
• Aula 1: Conhecendo as informações de segurança contidas nos adesivos de segurança.
Aula 1
Fonte: Shutterstock
Muitos acidentes que acontecem no campo poderiam ter sido evitados. Uma boa tática de pre-
venção é estar sempre atento aos avisos existentes nos espaços e nos equipamentos.
Uma das formas de receber esses alertas é por meio dos adesivos de segurança. Eles são impor-
tantes aliados, pois informam de maneira rápida acerca de um possível perigo. Basta conhecer o
seu significado para evitar que alguma ação seja tomada de forma imprudente.
Para fazer a leitura desses adesivos, é preciso antes analisá-los separadamente. Na parte de
cima fica localizado um triângulo com uma informação de risco, perigo ou alerta. Já a parte de
baixo traz a informação do que fazer para evitar aquele risco.
Nesta imagem, o objeto que a mão tenta segurar é uma mangueira agrí-
cola. E o que temos em uma mangueira de máquina agrícola são fluidos
sob pressão, não é mesmo? Se a mangueira sofre um furo, a pressão
fará com que ocorra um vazamento que, se atingir uma pessoa, pode
machucá-la gravemente. Então, o risco em questão diz respeito à Injeção
de Fluídos. Abaixo do adesivo, temos um desenho de um livro com uma
chave de boca. Assim como o anterior, essa figura também representa o
manual de instruções, mas nesse caso, da manutenção. Ou seja, o alerta
aqui é para consultar o manual de manutenção para realização dos
serviços.
Agora que você já sabe que a indicação para evitar acidentes é não abrir
ou retirar a proteção com a máquina em movimento, olhe a parte de
cima da figura e tente identificar o alerta. Está bem clara a figura de uma
pessoa com o braço entre as correias, não é mesmo? Então, esse é o
equipamento que não pode ser tocado com a máquina em movimento.
Já este adesivo alerta para o risco em peças giratórias, que, assim como
os equipamentos anteriores, não podem ser tocadas em movimento.
Esse risco pode motivar leituras bem diferentes, mas se você olhar com
atenção, verá que a imagem trata de vapor. Ou seja, o perigo aqui está
relacionado com a superfície aquecida. Esse adesivo fica sempre nas
proteções ou próximo à superfície das partes mais quentes e acessíveis
das máquinas, por exemplo, a proteção do escapamento.
A imagem está bem clara neste adesivo, e mostra o risco com eletrici-
dade. Assim como nos adesivos anteriores, a seta indica que a máquina
deve observar uma distância suficiente da rede de energia elétrica.
Este é mais um exemplo de risco que está bem claro na imagem, ou seja,
o de atropelamento. Abaixo vê-se o habitual “x” de proibição em cima
de uma chave de fenda e, ao lado, um motor de partida. Quando a chave
é encostada na máquina, como demonstrado, é gerada uma corrente e
o motor é acionado. Essa prática é proibida pela segurança do trabalho,
pois o trabalhador está entre as rodas da máquina quando está fazendo
isso e, se a máquina estiver engatada, saltará sobre ele. Então, a figura
está indicando que não se deve encostar uma chave de fenda no motor
de partida. O operador somente pode dar partida na máquina do seu
posto de operação, ou seja, sentado no banco de operação da máquina.
Aula 2
Risco de corte
Risco de esmagamento
Líquido pressurizado
Injeção de Fluidos
Risco de capotamento
Prevenção de incêndio
Superfície aquecida
Recapitulando
Chegamos ao final de mais um módulo. Nesta etapa de estudo, você conheceu a sinalização en-
contrada nos adesivos e nos manuais de máquinas agrícolas. No próximo módulo, você receberá
informações sobre segurança na operação e manutenção de máquinas e implementos agrícolas.
Até logo!
1. Agora que você conhece as sinalizações encontradas nos adesivos e nos manuais de máqui-
nas agrícolas, responda: qual risco encontramos no primeiro adesivo na figura abaixo, e qual
é a medida a tomar no segundo?
2. Na figura abaixo, podemos perceber um adesivo de segurança. Identifique qual é o risco apre-
sentado neste adesivo, e qual atitude está sendo indicada para evitá-lo:
a) Risco de lesão em correias. Não abrir ou retirar a proteção com a máquina em mo-
vimento.
3. De acordo com os manuais das máquinas agrícolas, as figuras abaixo representam respecti-
vamente:
b) Evite os vapores de exaustão. Retire a chave quando parar a máquina. Utilize os EPIs –
Equipamentos de Proteção Individual.
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Bem-vindo! Você está iniciando o curso Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-
31.12 do Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural.
Você sabia que antes da criação da NR-31 em 2005, era necessário seguir outras normas para
manter a segurança dos trabalhadores envolvidos com qualquer tipo de máquina agrícola? Essas
regras constavam principalmente na norma urbana NR-12, que possui anexos com referências téc-
nicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.
Quando a NR-31 foi discutida e elaborada, o item 12 dessa norma foi destinado aos assuntos
relacionados às máquinas, fazendo uma referência à NR-12. Em dezembro de 2011, foram feitas
várias modificações na NR-31 e a principal ocorreu justamente no item 12, pois tudo que havia
na NR-12 relacionado com máquinas, equipamentos e implementos do setor agrícola, passou a
fazer parte da NR-31.
Para compreender melhor todas essas mudanças, você verá, nas próximas aulas, regras e restri-
ções que não existiam e que, agora, devem ser cumpridas.
Estudo de caso
Módulo 5
Segurança na operação e manutenção de máquinas e
implementos agrícolas
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Neste módulo, você conhecerá como funciona o trânsito para máquinas agrícolas, destacando as
principais regras de transporte. Discutiremos os cuidados na operação e manutenção de máquinas
e implementos agrícolas e, ainda, a elaboração de um checklist de segurança para estas máquinas.
Aula 1
Fonte: Shutterstock
Você sabia que existem regras específicas para o transporte de máquinas agrícolas? Elas são
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito – Contran, e servem para definir como e onde
os veículos podem transitar.
Uma dessas regras determina que esse tipo de condução só pode transitar pela via quando são
atendidos os requisitos e condições de segurança. O limite de velocidade, por exemplo, não
pode ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, respeitando as condições opera-
cionais de trânsito e da via. Ou seja, se uma via tiver como velocidade máxima oitenta quilôme-
tros por hora, a máquina não poderá andar a menos de quarenta quilômetros por hora.
Em algumas cidades, é comum também as máquinas agrícolas circularem nas vias públicas, o
que acarreta perigos de acidentes, pois as máquinas se deslocam em velocidade bem inferior
à dos demais veículos. Além disso, possuem largura e comprimento superiores, muitas vezes
ultrapassando a sua faixa de rolamento e invadindo o acostamento, ou mesmo a faixa contrária.
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à
circulação, rege-se por este Código.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou
em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação
de carga ou descarga.
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veícu-
los, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor
destinados à movimentação de cargas ou à execução de trabalho agrícola, de terraple-
nagem, de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por
condutor habilitado nas categorias C, D ou E.
Então, quando estiver em uma via pública, o condutor de uma máquina agrícola precisa atentar
às regras do Código de Trânsito Brasileiro. Veja, a seguir, outras normas:
• É proibido o trânsito de tratores nas rodovias tracionando outro veículo por corda ou
cabo de aço, bem como rebocando pulverizador, plantadeira ou semeadeira, capinadeira,
roçadeira, arado, grade subsoladora ou outro implemento agrícola, com exceção da carreta
agrícola, desde que devidamente sinalizada.
• É proibido também o trânsito de colheitadeiras nas rodovias, mesmo que estejam com
a plataforma de coleta desmontada. O mesmo se aplica às colhedoras de cana. O modo
correto e seguro para o transporte desses tipos de veículos é embarcá-los em um caminhão
(prancha).
• Nunca rebocar um trator a uma velocidade superior a 10 Km/h (6 mph), garantindo sempre
a presença de um operador para dirigir e frear o trator rebocado.
Estudo de caso
Aula 2
• Evite operar próximo a buracos, valas ou obstruções no terreno que possam fazer a
máquina inclinar-se demais.
• Nunca opere próximo a bordas de rios ou barrancos íngremes, pois eles podem des-
moronar com o peso da máquina.
• Antes de descer uma encosta, engate uma marcha mais baixa. Nunca costeie uma la-
deira.
• Evite buracos, fossos e obstruções que possam causar o tombamento do trator, espe-
cialmente em ladeiras.
• A tração dianteira do trator aumenta significativamente a sua tração. Isto significa que
se pode dirigir o trator em terrenos escarpados, aumentando a possibilidade de tom-
bamento. Dirigir para frente, para fora de um canal ou terreno escarpado pode causar
o tombamento para trás. Entretanto, esta situação pode ser possível de marcha à ré.
• Nunca guie perto da borda de uma vala ou de um aterro íngreme, pois a máquina pode
atolar.
Fonte: Shutterstock
O uso de máquinas agrícolas sem os devidos cuidados pode resultar em acidentes graves, en-
tre eles tombamento, procedimentos impróprios de partida (partida direta ou fora do posto de
operação), esmagamento ou aperto durante o levante hidráulico, colisões com outros veículos
motorizados, acidentes envolvendo as transmissões de força (enrosco no eixo da TDP) e queda
de máquina em movimento (queda do carona). Por isso, é tão importante entender as causas dos
acidentes e tomar todas as precauções para evitá-los. Uma boa prática é seguir os procedimen-
tos abaixo:
• Antes de sair da máquina, utilize o freio de estacionamento e deixe a alavanca de transmis-
são em posição NEUTRO.
• Buzine duas vezes sinalizando que a máquina entrará em movimento. A buzina deve ser de
alerta e não deve incomodar.
• Não leve passageiros na máquina, pois estão sujeitos a ferimentos, além de obstruírem a
visão do operador.
• Não rebocar cargas que ultrapassem o próprio peso da máquina, sendo o máximo reco-
mendado 1,5 vezes o seu peso.
Outra boa prática é a elaboração de um checklist para orientar o operador a tomar os principais
cuidados na operação e manutenção de máquinas e implementos agrícolas. Entre os itens do
checklist devem constar a obrigatoriedade de ler e seguir as recomendações do manual de ope-
ração da máquina, a conferência visual da máquina, como a verificação se existe cinto de segu-
rança, maleta de primeiros socorros e extintor. É preciso também verificar se há um protetor au-
ditivo, caso a máquina não tenha cabine acústica, tomar cuidado ao abrir portas e janelas ao ligar
as máquinas em galpões, verificar a ação dos freios e manter pedais, estribo e plataforma livres
de barro, óleo e graxa, e verificar se o escapamento está em boas condições e sem vazamentos.
Veja agora uma lista de práticas que você NUNCA deve utilizar:
3. NUNCA utilize recipientes abertos de gasolina ou diesel para limpar as peças. Reco-
menda-se o uso de um bom solvente não inflamável.
5. NUNCA permita chamas ou fagulhas próximo às baterias. Isso inclui fumar perto das
baterias.
7. NUNCA utilize uma chama aberta para procurar vazamentos em qualquer parte do
equipamento.
8. NUNCA utilize uma chama aberta como fonte de luz no equipamento ou em suas
proximidades.
Recapitulando
Chegamos ao final de mais um módulo. No Módulo 5, você aprendeu sobre noções de trânsito e
os cuidados na operação e manutenção de máquinas e implementos agrícolas. No próximo mó-
dulo, você receberá informações sobre medidas a serem tomadas em caso de acidentes, sobre
os EPIs e acerca dos princípios básicos na prevenção de incêndio. Parabéns por ter chegado até
aqui. Vejo você no próximo módulo!
1. O operador está se deslocando para uma nova área onde realizará os trabalhos. O trajeto tem
quase quatro quilômetros e é percorrido em estrada de chão. No caminho, passa por um ami-
go que está indo a pé para a mesma direção, e ele lhe pede uma carona. De acordo com o que
você aprendeu no Módulo 5, qual dos itens abaixo descreve a melhor atitude a ser tomada
pelo condutor e por quê?
a) O operador deve para o trator e organizar um espaço seguro para levar seu amigo.
b) O operador deve se sensibilizar com a condição do amigo e dar a carona, afinal são
quase quatro quilômetros.
c) O operador pode dar carona sem problemas, pois ele está em uma via sem pavimenta-
ção e não está sujeito às regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
d) O operador deve sinalizar e parar em um local seguro e explicar para o amigo que ele
foi treinado e agora sabe que tanto a NR-31.12, quanto o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB), proíbem transportar pessoas em máquinas agrícolas e nos seus implementos.
2. De acordo com o conteúdo apresentado no Módulo 5, o operador deve seguir alguns proce-
dimentos antes de iniciar seus trabalhos. Assinale a alternativa que melhor identifica esses
procedimentos.
a) Engatar implementos ao trator usando somente o braço superior do hidráulico e deixar
a corrente bem justa para evitar o desacoplamento acidental.
b) O operador somente deve iniciar seus trabalhos, após verificar se todas as proteções
foram colocadas e estão em suas posições corretas. É preciso também fazer uma veri-
ficação visual em torno da máquina observando se não há pessoas ao redor antes de
ligá-la.
d) O operador deve utilizar a buzina insistentemente até que todas as pessoas em volta
tenham se afastado e só assim ligar a máquina.
3. O operador está rebocando um equipamento que não possui freios próprios e tem uma carga
de sete toneladas, totalizando oito toneladas. O trator que está sendo utilizado tem quatro
toneladas. De acordo com o que você aprendeu no Módulo 5, assinale a alternativa que me-
lhor explica essa situação, considerando os cuidados na operação e manutenção de máquinas
e implementos agrícolas.
a) A tarefa pode ser desenvolvida com segurança, pois a recomendação é que não exceda
a velocidade de 40 km/h em deslocamento e não reboque cargas com pesos de mais
de 4,5 vezes o peso da máquina.
b) Levando em conta o peso do conjunto, oito toneladas, basta que o operador não se des-
loque a uma velocidade maior do que 32 km/h, assim, a tarefa pode ser desenvolvida
de forma segura.
c) O operador precisa diminuir a carga, pois o máximo que ele poderia rebocar nessas
condições e com segurança são seis toneladas.
d) A tarefa pode ser realizada, pois se o equipamento rebocado não tiver freios, não é re-
comendável rebocar cargas que ultrapassem o dobro do peso da máquina. Nesse caso,
a carga não ultrapassou o dobro do peso da máquina.
20 horas
Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no
Trabalho Rural
SENAR 2015
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Informações e Contato
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Eurípedes Bassamurfo da Costa
Gestora
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Consultor Técnico
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Bem-vindo! Você está iniciando o curso Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-
31.12 do Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural.
Você sabia que antes da criação da NR-31 em 2005, era necessário seguir outras normas para
manter a segurança dos trabalhadores envolvidos com qualquer tipo de máquina agrícola? Essas
regras constavam principalmente na norma urbana NR-12, que possui anexos com referências téc-
nicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.
Quando a NR-31 foi discutida e elaborada, o item 12 dessa norma foi destinado aos assuntos
relacionados às máquinas, fazendo uma referência à NR-12. Em dezembro de 2011, foram feitas
várias modificações na NR-31 e a principal ocorreu justamente no item 12, pois tudo que havia
na NR-12 relacionado com máquinas, equipamentos e implementos do setor agrícola, passou a
fazer parte da NR-31.
Para compreender melhor todas essas mudanças, você verá, nas próximas aulas, regras e restri-
ções que não existiam e que, agora, devem ser cumpridas.
Estudo de caso
Módulo 6
Noções de primeiros socorros e a importância do uso
dos EPIs
Fonte: Shutterstock
Chegamos ao último módulo do curso 3. Durante todo o curso, você teve a oportunidade de saber mais
sobre a prevenção de acidentes com máquinas agrícolas e discutir sobre quais são as maneiras mais
adequadas e seguras de evitar acidentes com máquinas e implementos agrícolas. Além disso, você
aprendeu como identificar os riscos, e interpretar os símbolos universais e adesivos de segurança.
Agora, neste módulo, você obterá noções de primeiros socorros, informações acerca da importância da
utilização de EPIs e EPCs, e os princípios básicos de prevenção de incêndio. O conteúdo está dividido
da seguinte forma:
• Aula 1: Medidas indicadas em caso de acidentes.
• Aula 2: Equipamentos de proteção individual e coletiva.
• Aula 3: Princípios básicos de prevenção de incêndio.
Aula 1
Para fazer o atendimento, o primeiro passo é ter iniciativa, pois tomar as providências neces-
sárias rapidamente pode salvar uma vida. A iniciativa pode ser avaliar o local e afastar novos
perigos, verificar as condições da vítima como o pulso, respiração, local e tipo de ferimento ou
até mesmo fazer uma ligação e avisar uma autoridade competente, principalmente se a pessoa
que está prestando o socorro não se sentir segura para resolver a situação. O importante é agir
dentro de suas capacidades físicas e mentais. Entrar em pânico pode piorar a situação e não irá
contribuir em nada para resolver a situação.
O socorrista também deve ter criatividade, pois nem sempre no campo poderá contar com todos
os utensílios para a prestação de primeiros socorros. Assim, é necessário que o socorrista seja
criativo e identifique possíveis materiais para serem utilizados em caso de o acidente ocorrer em
local distante ou de difícil acesso. Outro ponto importante para o socorrista é ter solidariedade
e estar disposto a fazer o atendimento, independentemente de quem tenha sofrido o acidente.
Cobras
O primeiro procedimento é não fazer torniquete ou garrote, essa prática não impede que o
veneno seja absorvido e ainda dificulta a circulação, podendo causar necrose e gangrena.
Também não é recomendado fazer incisões (cortes) no local, tentar extrair o veneno sugan-
do o local da picada, aplicar medicamentos que possam dificultar o diagnóstico da vítima e
ingerir bebidas alcoólicas.
Quando possível, identificar o animal causador do ataque, pois existem soros específicos
para cada tipo. No Brasil, são encontrados quatro gêneros de serpentes peçonhentas. Três
delas ocorrem em Goiás, são eles os gêneros Bothrops – jararacas e jararacuçu, Crotalus –
cascavel, e Micrurus – coral verdadeira. O outro gênero encontrado no Brasil é o Lachesis,
mas em Goiás não há a ocorrência.
Insetos
Aranhas e escorpiões
As medidas em caso de ferimentos superficiais são lavar o ferimento com água e sabão, proteger
o ferimento com gaze ou pano limpo, não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do
ferimento e não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante, por exemplo, sal, açúcar ou pó
de café.
Se os ferimentos forem profundos, as medidas indicadas são cobrir o ferimento com pano limpo
e usar técnicas para cessar hemorragia (curativo compressivo), não lavar para não aumentar o
risco de hemorragia, não remover objetos fixados no ferimento para não agravar a situação e
providenciar transporte de emergência.
Aula 2
Fonte: Shutterstock
As maiores reclamações quanto ao uso de EPIs são dos desconfortos por eles proporcionados.
Para tanto, devem ser fornecidos os EPIs de tamanho adequado a cada trabalhador, e concedi-
das também instruções quanto ao seu uso correto.
Para a utilização de alguns EPIs que causarem desconforto térmico e exigirem maior esforço físi-
co, os trabalhos podem ser organizados, quando possível, para serem desenvolvidos no período
da manhã ou no final da tarde.
É preciso controlar a entrega dos EPIs mediante registro formal. Nesse recibo, devem ser discri-
minados os EPIs entregues ao trabalhador.
Para cada trabalhador rural deve ser elaborada uma Ficha de Distribuição e Controle de EPIs.
Essa ficha visa atender aos controles administrativos e aos aspectos legais, pois além do termo
O empregado também tem responsabilidades. Ele deve utilizar o EPI apenas para a finalidade
a que se destina, higienizar, guardar e conservar os equipamentos. Deve também comunicar ao
empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso e cumprir as determinações do
empregador quanto ao uso adequado dos EPIs.
A definição de quais equipamentos serão necessários para realizar determinada tarefa depende-
rá de uma avaliação de riscos. Essa avaliação determinará os riscos ou perigos a que o trabalha-
dor está exposto e com base nisso serão definidas as medidas a serem tomadas, dentre elas, a
escolha dos EPIs. De uma maneira geral, os EPIs mais utilizados na proteção de operadores de
máquinas são botas de couro, com solado antiderrapante e com biqueira de aço; máscara semi-
facial de tecido tipo P-2 descartável, para as situações em que seja necessário evitar a inalação
de poeira, vapores e partículas tóxicas; protetor auricular tipo plug ou concha, camisa de mangas
compridas, óculos de segurança com proteção UV; óculos transparente para as situações de pou-
ca luminosidade, em barracões, oficinas e também durante as manutenções da máquina.
Muitos trabalhadores têm dificuldade e até mesmo resistência a usar os EPIs e essa situação só
pode ser mudada com a conscientização. Uma das resistências mais comuns é a utilização dos
protetores auriculares, que devem sempre ser utilizados quando o nível de ruído ultrapassar oi-
tenta e cinco decibéis (85 dBA). O protetor irá agir limitando o ruído. Os abafadores (tipo concha)
e protetores internos (tipo plug) mais comuns, utilizados para o trabalho com máquinas agríco-
las, reduzem entre vinte e um a trinta e um decibéis.
Vamos apresentar a importância da utilização desse equipamento. Para tanto, é necessário en-
tender um pouco sobre como nós conseguimos ouvir, e conhecer algumas estruturas do nosso
sistema auditivo.
Diagrama do ouvido médio e das divisões internas da cóclea, representando a direção da passagem do som.
Fonte: MIROL, 2002.
Neste diagrama, podemos perceber o caminho que o som faz dentro do nosso sistema auditivo.
Primeiro ele passa pelo tímpano, que é uma estrutura de proteção do sistema. Ao passar pelos
pequenos ossos martelo, bigorna e estribo, o som provoca uma vibração que é transmitida por
esse conjunto de pequenos ossos para o canal vestibular e para a cóclea. A vibração movimenta
o líquido dentro dessas estruturas que, por sua vez, movimentam os pequenos pelos, chamados
de cílios, que transmitem o som para o nosso cérebro. Resumidamente, é assim que ouvimos.
Não é fantástico?
Bem, mas o que acontece quando somos expostos a ruídos e não nos protegemos? Esses peque-
nos pelos são quebrados. Vamos analisar as duas imagens a seguir.
Consegue perceber a diferença na quantidade de cílios? Nessa situação, os cílios foram que-
brados. Esse dano é cumulativo e irreversível. A sensação para quem está nessas condições é a
de que ele acostumou com o barulho da máquina, mas na verdade ele perdeu a capacidade de
escutar, ou seja, ficou surdo. Para que isso não ocorra, basta seguir as instruções de segurança e
usar os equipamentos recomendados.
Aula 3
Esse processo é fácil se realizado em seu início, por isso, é preciso conhecer as diferentes classes
de incêndio e os tipos de extintores utilizados em cada uma delas. Aqui estudaremos somente os
riscos envolvidos com máquinas agrícolas. Todos os extintores utilizados em máquinas agrícolas
são vermelhos e o que diferencia um do outro é uma informação de classificação no seu rótulo
de identificação.
Agora, vamos identificar esses conceitos. Que extintor é este apresentado na figura abaixo?
Vamos identificar mais um tipo de extintor. Qual é a indicação de uso desse extintor?
Algumas medidas básicas para evitar incêndio em máquinas são o armazenamento adequado de
material, a organização, a limpeza das máquinas, além da manutenção adequada de instalações
elétricas de máquinas e equipamentos.
Recapitulando
Nosso curso chegou ao fim. Parabéns! Nele, você conheceu os princípios gerais de segurança e
saúde no trabalho, acompanhou o estudo da NR-31.12, entendeu a importância da sinalização de
segurança, e aprimorou seus conhecimentos sobre o trânsito de máquinas agrícolas e os cuida-
dos na operação e manutenção. Conhecemos também quais são as medidas mais indicadas em
casos de acidentes, os princípios da prevenção de incêndio e a importância de se usar os equi-
pamentos de proteção, os EPIs. Esperamos que os conteúdos apresentados neste curso ajudem
a prevenir os acidentes com máquinas, implementos e equipamentos agrícolas.
1. O operador ao realizar uma tarefa no período noturno, sofre um acidente com uma cobra do
gênero Bothrops. Ele não conseguiu capturá-la, mas fez a identificação. De acordo com o que
você aprendeu no Módulo 6, qual dos procedimentos ele deve seguir?
a) O operador deve fazer um torniquete imediatamente e só liberar a circulação novamen-
te após conseguir atendimento médico.
b) O operador deve fazer uma caminhada longa a fim de espalhar o máximo possível o
veneno e assim evitar que no local da picada possa ocorrer necrose ou gangrena.
d) O operador deve colocar gelo ou água gelada, lembrar-se de retirar alianças e joias,
devido ao inchaço e, se forem muitas picadas, procurar um médico.
2. De acordo com o conteúdo apresentado no Módulo 6, em caso de acidentes devem ser pro-
videnciados os primeiros socorros. A pessoa que irá realizar esses procedimentos deve ter
algumas características. Assinale a alternativa que melhor identifica as características deseja-
das em um socorrista.
a) O socorrista deve ser um médico ou enfermeiro para poder realizar esses procedimen-
tos.
b) O socorrista pode ser qualquer pessoa com um pouco de conhecimento e técnica para
prestar os primeiros socorros em uma situação de emergência, desde que faça tudo o
mais rápido possível, sem se preocupar com as regras, afinal quanto mais tempo demo-
rar, pior a situação fica.
c) O socorrista deve ter a característica de tomar a iniciativa, fazer tudo com bastante pres-
sa e resolver o problema rapidamente.
3. O operador percebe um princípio de incêndio na máquina em que está operando e ele precisa
fazer o controle antes que o fogo se espalhe e transformando-se em um incêndio. Do posto
de operação, ele percebe que tem duas opções de extintores, um extintor com o rótulo de
identificação com a indicação da classe de incêndio na cor verde e outro extintor com o rótulo
de identificação com a indicação de classe de incêndio com duas cores, uma vermelha e outra
azul. O fogo é na palha que ficou presa próximo a uma peça giratória e, devido ao próprio
movimento de fricção, deu início ao fogo. De acordo com o que você aprendeu no Módulo 6,
qual deve ser a atitude do operador frente a esse princípio de incêndio?
a) O operador deve descer da máquina, chamar ajuda e se afastar, pois ele não tem ne-
nhum conhecimento em combate de incêndio e não tem como saber qual extintor uti-
lizar.
b) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor com o rótulo de identificação com
a indicação de classe de incêndio com as cores vermelha e azul para combater esse
princípio de incêndio.
c) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor que estiver mais próximo dele para
combater esse princípio de incêndio.
d) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor com o rótulo de identificação com
a indicação de classe de incêndio com a cor verde para combater esse princípio de in-
cêndio.
Finalizando o curso
Ao longo deste curso, você conheceu as principais mudanças ocorridas na NR-31.12 e como o
conhecimento das sinalizações encontradas em máquinas agrícolas ajuda a evitar acidentes. Viu,
ainda, a importância da utilização de EPIs e EPCs e como prestar os primeiros socorros.
Agora, é hora de colocar esse conhecimento em prática no dia a dia e garantir uma atuação mais
segura e dentro da norma. Aproveite todo o conhecimento adquirido e bom trabalho.
Fonte: Shutterstock
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Bibliografia
ANDRADE, J. G.; PEREIRA, L. I. Manual Prático de Doenças Transmissíveis. Goiânia: IPTSP-UFG/
HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Fundação Olwaldo
Cruz, 2003.
DEBIASI, H.; SCHLOSSER, J. F.; WILLES, J. A. Acidentes de trabalho envolvendo conjuntos trato-
rizados em propriedades rurais do Rio Grande do Sul. In: Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, n. 3,
p. 779-784, mai-jun, 2004.
______. (Org.) Prevenção de Acidentes com Tratores Agrícolas e Florestais. Botucatu: Ed. Dia-
grama, 2010.
MAIA, P. A. Estimativa de exposições não contínuas a ruídos. Campinas, SP: Fundacentro, 2002.
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Módulo 2
1) B
2) C
3) A
Módulo 3
1) D
2) B
3) B
4) B
Módulo 4
1) A
2) C
3) D
Módulo 5
1) D
2) B
3) C
Módulo 6
1) C
2) D
3) D
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Quadro I - Máquinas a que se aplicam as exclusões de dispositivos referidos nos itens: 31.12.23, 31.12.30, 31.12.31.
Motocultivadores X X X X X
Outros microtratores e
cortadores de grama
X X X X X
autopropelidos (peso bruto total
abaixo de 600kg)
Pulverizadores autopropelidos X
Adubadoras autopropelidas e X
X
tracionadas
Escavadeiras Hidráulicas X
Plantadeiras tracionadas X X X X X
Plataforma porta -
implementos(acoplável ao X X X X X
motocultivador)
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Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Quadro III - Tabela para consulta de disponibilidade técnica para implantação de EPC (item 31.12.32.)