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TECNOLOGIA DOS
MATERIAIS DE
CONTRUÇÃO CIVIL I
AULA 1
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
BASES TECNOLÓGICAS
1. Materiais aglomerantes:
• cimento portland: o histórico, fabricação, composição (mineralógica e potencial),
propriedades, principais tipos, armazenamento
• cal: o definição, fabricação (matéria-prima, extinção, etc.), endurecimento, propriedades,
aplicações, armazenamento
• gesso: o definição, fabricação, endurecimento, propriedades, aplicações
2. Argamassa:
• conceituação, utilizações, classificação, propriedades, tipos e composição
3. Concreto:
• definição, materiais constituintes, tipos, propriedades (estado fresco e endurecido) e
aplicação
4. Produção, dosagem e cálculo de consumo dos materiais na produção da argamassa
5. Produção, dosagem e cálculo de consumo dos materiais na produção do concreto
6. Métodos de ensaios laboratoriais de cimento, argamassas e concretos
AULA 2
1. MATERIAIS AGLOMERANTES
Conceitos fundamentais:
Aglomerante: São elementos ativos, pois sofrem reação química. Após misturados com
água, não voltam naturalmente ao seu estado inicial. São responsáveis pela união dos
materiais inertes (agregados) e pelo endurecimento da massa.
Exemplos: Cimento Portland, Cal e Gesso.
A palavra cimento é originada do latim caementu, que na antiga Roma designava uma pedra
natural de rochedos não esquadrejada (quebrada).
Os monumentos do Egito antigo utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso
calcinado. Já nas obras gregas e romanas foram construídas de solos de origem vulcânica, que
endureciam sob ação da água. Em 1756, John (inglês), obteve um produto com alta resistência por
meio de calcinação (decomposição térmica) de calcários moles e argilosos.
Já em 1824, Joseph Aspadin (construtor inglês), queimou pedras calcarias e argila, e as
transformou num pó fino.
Esse pó, após ser misturado com agua, tornava-se tão duro quanto às pedras usadas nas
construções.
A pedra “artificial” inventada por eles não se dissolver em água, e no mesmo ano patenteou
com o nome cimento Portland.
No Brasil, os estudos sobre a produção de CP (Cimento Portland) começaram em meados de
1888.
Todas as tentativas foram fracassadas até 1924, por problemas de logística, qualidade e
concorrência com produtos importados após 1924, com a implantação da companhia Brasileira de CP.
O cimento nacional passou a ser produzido em larga escala, até extinguir o produto importado.
• CLÍNQUER
Principal item na composição do CP, é fonte de silicato tricalcio e silicato dicalcio. Estes compostos são
os maiores responsáveis pelas características de ligante hidráulico e resistência mecânica.
A produção é a parte mais importante na fabricação do CP, ela determina a qualidade e o custo.
Matéria prima -> calcário e argila.
• GESSO (GIPSITA)
Tem a função de entender o tempo de pega do CP (tempo para o início do endurecimento). Sem essa
adição, o tempo de pega do CP seria muito pequeno, o que inviabilizaria o uso devido a isso o gesso é
uma adição obrigatória.
• ESCORIO SIDERÚRGICA
É um subproduto de alto-forno reatores que produzem ferro gusa a partiu de mineiros que ferro e
carvão vegetal, fonte de ferro e carbono.
Sendo subproduto, tem custo baixo e sua função é de elevar a durabilidade do concreto.
• ARGILO POZOLÂNICA
As pozolanas ajudam como ligante hidráulico e tornar o CP mais impermeável. - pozolanas são argilas
com cinzas vulcânicas encontradas na Itália, porem vem sendo substituídos por pozolanos artificiais e
subprodutos como cinzas volantes.
• CALCÁRIO
É abundantemente encontrado na natureza. Preenche “vazios” entre as partículas age como
lubrificante, tomando o CP mais plástico. Sem prejudicar as outras propriedades também tem a função
de reduzir os outros componentes e tornar o cimento mais volumoso.
AULA 3
• DENSIDADE
A densidade absoluta do CP é considerada como 3,15. Na pasta de cimento, a densidade é variável
com o tempo, aumenta à medida que progride o processo da hidratação. Isso acontece devido ao
fenômeno de retração. (Perda de volume).
• FINURA
A finura do cimento é relacionada com o tamanho dos grãos do produto. É usualmente definida pelo
tamanho máximo do grão. A finura é o fator que governa a velocidade das reações de hidratação do
cimento. O aumento da finura:
▪ Melhora a resistência
▪ Diminui a exsudação
▪ Aumenta a impermeabilidade
▪ Aumenta a trabalhabilidade
▪ Aumenta a coesão dos concretos
• EXSUDAÇÃO
É o fenômeno da separação espontânea da agua da mistura. Os grãos de cimento, sendo mais densos
que a água, são forçados por gravidade, a uma sedimentação. O fenômeno ocorre antes do início da
pega. A agua que se acumula superficialmente é chamada exsudação.
• TRABALHABILIDADE
Trabalhabilidade é uma noção subjetiva, definida como a propriedade de oferecer maior ou menor
facilidade nas operações de manuseio com as argamassas e concretos frescos.
• PEGA
O fenômeno da pega do cimento compreende a evolução das propriedades mecânicos da pasta no
início do processo de endurecimento, consequente de um processo de hidratação. É o momento em
que a pasta adquire certa consistência que a torna impropria a um trabalho de manuseio (também se
aplica a argamassas e concreto).
Aceleradores e retardadores da pega do cimento deve ser regulada tendo-se em vista o de aplicação.
Aplicação para pega rápida são empregados aditivos aceleradores. Exemplo: obstrução de
vazamentos. Aplicação para pega mais lenta são usados aditivos retardadores. Exemplo: concreto
usinado levando a grandes distâncias.
• RESISTÊNCIA
A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura à compressão de corpos-de-prova
realizados com argamassa. No Brasil, empregam-se corpos-de-prova de forma cilíndrica, com 10cm de
altura e 5cm de diâmetro, feitos com argamassa de consistência normal. A argamassa é constituída
pela mistura de cimento e areia na proporção 1:3 em peso.
Os corpos-de-prova são moldados e conservados em câmara úmida por 24 horas e então mantidos
submersos em agua até a data do rompimento. O rompimento é realizado nas idades de 1, 3, 7 e 28
dias.
AULA 4
CP I
Cimento Portland Comum É o cimento puro, sem modificações, utilizado em obras que não necessitam
propriedades especiais.
CP II
Cimento Portland Composto É um cimento modificado, e pode ser utilizado em todas as etapas da
obra. Temos CP II Z, CP II E e CP II F.
• CP II Z: tem pozolana (cinza de usinas térmicas e de carvão) usado para fossa, pois resiste a ácido.
• CP II E: tem escoria de alto forno (resíduo de produção de ferro nas siderúrgicas) indicado para laje,
pisos e pilares.
• CP II F: tem materiais carbono (sobras de produtos queimados) indicado para pisos e tijolos de solo
cimento.
CP III
Cimento Portland de alto forno. É menos poroso e mais durável. Utilizado em ambientes agressivos
como esgoto e com chuva ácida. Também usado em fundações e peças de grandes dimensões e
barragens. Baixa resistência inicial evitar em chapisco e argamassa.
CP IV
Cimento Portland Pozolânico Tem cinza de carvão ou argila queimada. Usado em ambientes de agua
corrente e ambiente agressivo. Cura lenta demora a endurecer.
CP V – ARI
Cimento Portland de Alta Resistencia Inicial Indicado para desforma rápida endurecimento rápido
evitar uso sob insolação.
RS
Cimento Portland a Sulfato Indica para meios agressivos sulfasos, como esgoto industrial. Cimento
Portland Tipo (II aditivo) Aditivo (escoria) Resistencia (32 mpa)
BC
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação Evitar aparecimento de fissuras de origem térmica para
barragens e grandes pilares.
CPB
Cimento Portland Branco - Estrutural, para fins arquitetônicos;
- Não estrutural, para argamassa.
Em local fresco, seco, e não ventilado. Manter longe da umidade evitando que a embalagem
encoste nas paredes do depósito bem como afastada do chão (geralmente estocados em cima de
paletes). Evitar empilhamento com mais de 10 sacos e compras de grandes quantidades. (Estocagem
no máximo 30 dias).
O objetivo de “curar o concreto” é deixar que ele sempre molhado para que fatores externos
como temperaturas elevadas do ambiente, ventos e baixa umidade do ar não atrapalhem o processo
de endurecimento (principalmente nos 07 primeiros dias).
A maior atenção deve ser dada a cura de superfícies horizontais como lajes, pisos, fundo de
piscinas, quadras de esporte, etc. Geralmente são as peças concretadas que apresentam maiores
problemas de cura.
Uma cura mal feita é identificada pela fissuração e até pequenas trincas que surgem na
superfície do concreto.
Para que uma cura seja bem feita a superfície deve estar sempre úmida, imersa em água ou
com a utilização de mantas geotêxtis ou com aditivos químicos.
AULA 5
1.2. Cal
• CAL HIDRATADA – Quando a extinção é feita na fábrica. CaO + H2O Ca(OH)2 Em proporções
adequadas a areia, a cal extinta e a água formam a argamassa, e endurecem pela ação do ar (gás
carbônico). Já a cal hidratada endurece por ação da água.
PROPRIEDADES
• RETRAÇÃO: Perda do volume ocasiona trincas ao secarão adicionar agregado miúdo, diminui-se a
retração.
• RENDIMENTO: É o volume de pasta de cal obtido com uma tonelada de cal virgem. É primordial o
rendimento, pois se compra a cal viva.
EXTINÇÃO
A hidratação da cal virgem, é a adição de água, processo conhecido como a extinção do cal.
Esse processo é exotérmico, libera calor. Quanto mais puro, mais violento é o processo, podendo
atingir 360ᵒC em taques abertos e 450ᵒC em tanques fechado.
FABRICAÇÃO
Nada mais é que o processo de calcinação, ou seja, o aquecimento do calcário entre 850ᵒC e
1200ᵒC. A calcinação acontece em fornos que podem ser do tipo:
• Medas
• Fornos de campanha
• Fornos intermitentes
• Fornos contínuos
APLICAÇÕES
ARMANEZAMENTO
Em local fresco, seco, e não ventilado. Assim como o cimento, manter longe da umidade e
evitar compras de grandes quantidades. (Estocagem no máximo 30 dias).
AULA 6
1.3. Gesso
PROPPRIEDADES
• PEGA: em contato com a água, começa a endurecer em razão da formação de uma malha entre as
partículas com o passar do tempo ganha resistência. A velocidade de endurecimento depende.
- Temperatura e tempo de calcinação;
- Finura;
- Quantidade de água amassamento;
- Presença de impurezas e aditivos.
• RESISTENCIA MECÂNICA: as pastas de gesso após endurecimento atingem resistência a tração de 0,7
a 3,5 Mpa e compressão entre 5 a 15 Mpa.
• ADERÊNCIA: aderem muito bem ao tijolo, pedra e ferro, porém, aderem muito mal as superfícies de
madeira.
FABRICAÇÃO
O processo de calcinação da gipsita é realizado em fornos com a cal. Alguns fornos mais modernos
como forno de marmita e forno rotativo são mais usados atualmente.
APLICAÇÕES
Usado como:
- Revestimentos;
- Forros;
- Paredes (Drywall);
- Decoração de interiores.
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AULA 8
AULA 9
2. ARGAMASSAS
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
• Quanto a natureza:
Argamassa aérea
Argamassa hidráulica
• Quanto a consistência:
Argamassa seca
Argamassa plástica
Argamassa fluida (autonivelante)
• Quanto a plasticidade:
Argamassa magra ou pobre
Argamassa media ou cheia
Argamassa rica ou gorda
• Quanto a função:
Para construção de alvenaria
Para revestimento de pisos
Para revestimento cerâmico
• Trabalhabilidade É a propriedade no estado fresco que determina a facilidade com que elas podem
ser misturadas, transportadas, aplicadas, consolidadas e acabadas em uma condição homogenia.
• Consistência É a maior ou menor facilidade da argamassa deformar-se sob ação das cargas.
• Coesão Refere-se as forças físicas de atração existentes entre as partículas solidas da argamassa e as
ligações químicas da pasta aglomerante .
• Exsudação É tendência de separação da agua (pasta) da argamassa, de modo que a água sobe e os
agregados descem pelo efeito da gravidade argamassa de consistência fluida apresentam maior
tendência a exsudação.
• Aderência Resistência entre a extrusão do contato entre a argamassa e uma base é uma propriedade
que depende da interação dos dois materiais.
• Elasticidade / deformabilidade
• Permeabilidades / capilaridade
• Resistência
• Biodeterioração
AULA 9
As argamassas ideais são as que reúnem as qualidades dos dois materiais, ou sela, são argamassas
mistas de cimento e cal.
• De uma forma simplista, com o aumento do teor de areia, há uma redução na resistência de
aderência;
• Por outro lado é a areia, por constituir-se no esqueleto indeformável da massa, que garante a
durabilidade da aderência pela redução da retração.
• Areias muito grossas não produzem argamassas com boa capacidade de aderir porque prejudicam
a sua trabalhabilidade e, consequentemente, a sua aplicação ao substrato, reduzindo a aderência;
• ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO:
Definição:
A argamassa de assentamento de alvenaria é utilizada para a elevação de paredes e muros de
tijolos ou blocos, também chamados de unidades de alvenaria.
Funções:
- Unir as unidades
- Distribuir uniformemente as cargas
- Selar as juntas
- Absorver as deformações naturais
Traços:
• ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
Definião:
Argamassa de revestimento é utilizada para
revestir paredes, muros e tetos, os quais,
geralmente, recebem acabamentos como
pintura, cerâmicos, laminados, etc;
O revestimento de argamassa pode ser
constituído por várias camadas com
características e funções específicas:
-Chapisco;
-Emboço;
-Reboco;
-Camada única;
Funções:
-Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo;
-Integrar o sistema de vedação, contribuindo com diversas funções, tais como: isolamento
térmico, isolamento acústico, estanqueidade à água, segurança ao fogo e resistência ao
desgaste
e abalos superficiais;
-Regularizar a superfície e servir como base
para acabamentos decorativos.
Traços:
• ARGAMASSA DE ENCUNHAMENTO
Definição: É a ligação entre o topo da parede de alvenaria e a viga de concreto armado que
se situa acima.
Função:
Absorver as deformações das vigas, sem transmitir tensões excessivas para o painel de
vedação.
Tipos:
Traços:
• ARGAMASSA COLANTE
Definição:
As argamassas colantes são formadas pela composição de agregados, aglomerantes, aditivos,
água e eventualmente adições.
Características e Vantagens:
- Já vem de fábrica com a dosagem adequada, necessitando apenas a adição de água
especificada pelo fabricante;
- Agilidade em obra;
- Uniformidade e garantia do fabricante;
- Boa trabalhabilidade;
- Melhor resistência;
• ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
Definição:
Para preencher as juntas de assentamento, aliviando as tensões provocadas pelo trabalho do
revestimento.
É importante lembrar que :
-Quanto maior for a junta, maiores serão as tensões;
-Quanto maiores forem as tensões, mais flexível deve ser a argamassa de rejuntamento;
-Quanto mais fina for a junta, maior deve ser a aderência da argamassa de rejuntamento.
Pode ser usada em qualquer etapa, pois seu traço é definido de acordo com sua função.
Características e Vantagens:
-Produto pronto para uso;
-Composição definida em central de produção;
-Pesagem de todas as materiais primas;
-Controle de qualidade;
-Possibilidade de preparar argamassa com diferentes tempo de aplicação (36 e 72h);
-Reduz resíduos em obra;
-Maior rendimento do trabalho (até 35% maior);
-Não precisa comprar; alugar equipamentos de mistura;
-Sabe-se exatamente o custo do m³ de argamassa;
-Possibilidade de argamassa em qualquer momento;
-Otimiza o uso de mão de obra;
AULA 10
4. CONCRETO
DEFINIÇÃO
Concreto é basicamente o resultado da mistura de cimento, água, pedra e areia, sendo que o
cimento ao ser hidratado pela água, forma uma pasta resistente e aderente aos fragmentos de
agregados (pedra e areia), formando um bloco monolítico.
CLASSIFICAÇÃO
• Concreto convencional
O concreto convencional é o tipo de concreto mais utilizado nas obras de construções. No uso
deste concreto é necessário o uso de vibrador para que o adensamento seja realizado da forma
correta, devido a baixa trabalhabilidade e sua consistência seca. Por outro lado, não se deve utilizar
bombas para o lançamento do concreto convencional. Esta etapa deve ser executada com o auxílio de
carrinhos de mão, gericas, gruas ou outro meio de transporte manual.
A resistência do concreto convencional varia de 5,0 em 5,0 MPa, a partir de 10,0 até 40,0 MPa e
seu abatimento (Slump) varia de 40 a 70 mm.
• Concreto usinado
O concreto usinado ou dosado em central é aquele produzido com rigoroso controle tecnológico
da qualidade do concreto com a quantidade dos materiais constituintes da mistura (cimento, brita,
areia, água e aditivos) definidas por meio da necessidade do cliente.
Este tipo de concreto tem como principal vantagem, a garantia por parte do fornecedor quanto à
segurança e à obtenção da resistência característica do concreto solicitado para os elementos da obra.
• Concreto armado
O tipo de concreto mais comum em nosso dia a dia, esse material tem em seu interior barras de
aço. A inserção dessas barras se dá ao fato da deficiência do concreto em relação à resistência à tração,
pois seu forte é ao esforço de compressão.
O concreto armado é utilizado na maioria das construções, portanto, é um dos mais conhecidos.
O responsável pelos cálculos desse material, em questão de projeto, é o calculista, que pode projetar
a utilização do concreto de forma a aumentar sua resistência e acarretando a diminuição do volume,
dessa forma, melhorando a relação custo-benefício.
• Concreto protendido
A maior razão para a protensão do concreto se dá ao fato de existirem situações em que esse
material é submetido a grandes esforços de flexão. Dessa forma, essa técnica se mostra bastante
aproveitável também ao seu custo benefício já que, se for feito o correto controle tecnológico,
dispensa a manutenção ao longo de sua vida útil. Além disso, é possibilitada a construção de grandes
vãos, a utilização do concreto em ambientes agressivos, fabricação de pré-moldados (como as lajes
pré-moldadas), reforço de estruturas, entre outros.
A técnica da protensão ocorre com a inserção de cabos de aço de alta resistência (ancoramento)
no concreto e são aplicadas tensões de compressão nas partes da seção tracionadas pelas solicitações
dos carregamentos. Com a manipulação das tenções internas, obtém-se a contribuição da área total
da seção da do elemento estrutural para a inércia da mesma.
• Concreto rolado
O concreto rolado é utilizado principalmente como sub-base em pavimentações urbanas, pisos de
estacionamentos e em barragens de grande porte. Sua aplicação se dá por meio de sua compactação
com rolos compressores devido ao seu baixo consumo de cimento e baixa trabalhabilidade.
Os materiais componentes são os mesmos utilizados no concreto convencional e, em geral, não é
gerado um grande custo de transporte já que se consegue ter uma boa dosagem com materiais
geralmente empregados na dosagem do concreto.
Se a superfície que será aplicado o concreto rolado receber uma placa de concreto, é indicado a
execução de uma pintura com emulsão asfáltica ou betuminosa que irá permitir uma boa cura e
dispensa o uso de lona plástica, além de garantir uma boa impermeabilização para a estrutura.
• Concreto celular
O concreto celular é um tipo de concreto leve de massa especifica aparente abaixo de 1850 kg/m³
e acima de 300 kg/m³. Diferentemente do concreto leve que utiliza agregados de massa específica
reduzida, é adicionada uma espécie de espuma especial.
Sua aplicabilidade se relaciona em: paredes, divisórias, nivelamento de pisos, painéis pré-
fabricados e pré-moldados.
Fonte:
PEREIRA, Caio. Tipos de concretos utilizados na construção civil. Escola Engenharia, 2016. Disponível
em: https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-concreto/. Acesso em: 13 de março de 2019.
AULA 11
• Trabalhabilidade:
É a propriedade do concreto ou da argamassa recém-misturados que determina a facilidade e a
homogeneidade nas operações de mistura, lançamento, adensamento e acabamento. Também pode
ser definida como a energia necessária para manipular o concreto fresco sem a perda considerável da
homogeneidade.
• Consistência:
É a mobilidade relativa ou facilidade do concreto ou argamassa escoar. Fatores que influenciam:
Consumo de água, diâmetro e forma do agregado, temperatura, tempo e aditivos.
É medida através do Ensaio de Abatimento (Slump test)
• Pega:
Tempo de início de pega: tempo a partir do qual o concreto não pode mais ser manuseado.
Tempo de fim de pega: tempo após o qual o concreto apresenta variações acentuadas de sua
resistência
• Exsudação:
É tendência da água de amassamento de vir a superfície do concreto recém-lançado.
• Segregação:
Separação dos constituintes de uma mistura, podendo causar menor resistência e aparecimento de
fissuras superficiais
Cuidados:
Evitar transportar o concreto a grandes distâncias.
Transferir o concreto da betoneira ou da caçamba para a posição final na fôrma.
Evitar lançar o concreto de grandes alturas, passar por calhas com mudança de direção ou descarregá-
lo contra obstáculos.
• Massa específica:
Segundo a NBR6118 (ABNT,2003) concretos de massa específica normal são aqueles que, depois
de secos em estufa, têm massa específica compreendida entre 2000kg/m³ a 2800kg/m³.
Para concreto simples, em torno de 2400kg/m³
Para concreto armado, varia com a proporção de aço. Em geral, adota-se 2500kg/m³
Concretos com agregados leves: de 300kg/m³ a 1800kg/m³
Concretos com agregados pesados: de 3500kg/m³ a 5500kg/m³
• Resistência a compressão
Uma das propriedades mais importantes do concreto.
Fatores que afetam:
1) relação água/cimento;
2) idade;
3) forma e graduação dos agregados;
4) tipo de cimento;
5) forma e dimensão dos corpos-de-prova;
6) velocidade de aplicação da carga no ensaio;
7) Duração da carga.
• Resistencia a tração
O concreto resiste mal a tração: tensão de ruptura a tração é da ordem de 10% da
tensão de compressão.
Geralmente essa resistência não é levada em conta e tal deficiência é compensada
pelo uso de armaduras.
AULA 12
PRODUÇÃO DE CONCRETO
Dosagem
Mistura
Tansporte
Lançamento
Adensamento
Cura
Tipos de mistura:
- Manual para pequenas obras
- Mecanizada com máquinas especiais como betoneira
Cura
Sua finalidade concentra-se em impedir a evaporação precoce da água necessária à hidratação
do cimento, que rege a pega e o seu endurecimento.
Segundo a NBR 6118, são necessários pelo menos 7 dias de proteção após o lançamento
DOSAGEM DE CONCRETO
A resistência do concreto depende não apenas da qualidade dos constituintes mas também, e
muito, da sua dosagem, ou seja, a correta dosagem do concreto vai determinar a sua resistência.
Considerando que os constituintes são de boa qualidade, o concreto com maior teor de cimento é
mais resistente.
Chama-se “traço” a relação entre as quantidades de cimento, areia e brita ou mais
precisamente entre as quantidades de cimento, aglomerado miúdo e aglomerado graúdo.
O “traço” é normalmente uma relação de volumes. Não importa qual a unidade de volume
utilizada contanto que seja a mesma: metros cúbicos, litros, pés cúbicos, padiolas, carrinhos,
baldes etc.
O traço pode ser dado por uma relação entre pesos: quilos, toneladas, libras etc. Apesar de
melhor representar a dosagem, o traço em peso é mais difícil de realizar-se na prática.
Em estruturas de grande porte e responsabilidade, o calculista indica o traço de concreto
considerado em seus cálculos, o qual deve evidentemente ser respeitado. Pode ser diferente do
indicado no nosso quadro: aqui porém fornecemos os traços normais para estruturas comuns e
para o chamado concreto empírico, que é dosado e preparado com cuidados normais.
Além dos ingredientes sólidos (cimento, areia e brita), entra na composição do concreto a
água, ingrediente líquido de grande importância. A dosagem da água relativamente ao cimento
chama-se “fator água cimento” e tem grande influência na resistência do concreto, motivo por
que deve ser atentamente observado.
Falamos sobre o traço em volume, que é uma relação entre os volumes dos ingredientes.
A dosagem mais precisa é aquela em que os ingredientes são medidos e relacionados em peso.
O traço em peso relaciona mais racionalmente os ingredientes e é usado em estruturas de mais
responsabilidade.
Consideramos
Areia úmida: apertada na palma da mão, cai em partes separadas;
Areia molhada: após apertada na palma da mão, rola na mão, mas não deixa umidade na palma;
Areia encharcada: areia que foi sujeita recentemente à chuva; apertada na mão, deixa umidade na
mesma.
AULA 13