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Carolina Castelli, 142 - 2019

MEDICINA INTERNA respondem aos analgésicos e aos AINES de


forma boa.
DOR  Predomínio neuropático: alteração nas
 É o sintoma mais comum que leva o vias da dor (nervo periférico ou estrutura
paciente a buscar atenção medica. medular/ tronco cerebral). Dor no trajeto
 É uma sensação desagradável, emocional, do nervo. Responde mal aos AINES.
que se relaciona com um dano tecidual,  Predomínio misto: é a mais comum,
presente ou eminente. É uma experiência como nas radiculopatias, ores nos canceres
subjetiva, e um evento neuropsicológico. e comprometimento de múltiplas
 Nomenclatura: Hiperpatia é estruturas.
principalmente relacionado ao tálamo,
Alodinia ocorre no diabetes e Causalgia é a
dor do membro fantasma.

Componentes da dor
 Sensitivo: mecanismos neurofisiológicos
Classificação da dor nociceptivo que permitem a detecção do
estimulo e suas características (analgesia
 A dor pode ser de origem somática (pele,
congênita da dor cursa com ausência de
articulações ou musculo), visceral ou
dor).
neuropática (lesões em nervos, vias
 Afetivo: exprime a conotação desagradável
medulares ou tálamo).
da dor e envolve uma base psicológica.
 A sensação pode ser aguda ou crônica, com
 Cognitivo: conjunto de processos que
causas diversas.
modulam a atenção, sugestão, experiências
 A dor pode ser um sintoma ou expressar
prévias.
uma doença.
 Comportamental: conjunto de
 Aguda: imediatamente após uma lesão com
manifestações fisiológicas observáveis
duração curta, ou inferior a 30 dias.
(somato-vegetativa), verbais (gemidos)
 Crônica: superior a 30 dias, podendo ou
motoras (imobilidade e atitude antálgica).
não ser recorrente. Significa uma inibição
nos mecanismos de controle dos estímulos Tipo de dor segundo sua origem:
dolorosos. De acordo com seu mecanismo  Localizada: quando se limita a uma área
fisiopatológico pode ser de 3 tipos – de especifica (corte num dedo)
predomínio nociceptivo, neuropático ou
 Difusa: quando não se limita e sua
misto.
localização é imprecisa (fibromialgia)
 Predomínio nociceptivo: ativação
 Cutânea: quando são estimulados
fisiológica de receptores de dor e esta
receptores sensitivos (queimadura leve)
relacionada à lesão nos tecidos ósseos e
 Somática: quando se originam em
musculares ou ligamentares e geralmente
ligamentos, ossos, tendões, nervos e vasos
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(torcer o tornozelo). O estimulo nociceptivo  No corno posterior da medula o estimulo


geralmente é evidente, bem localizada, chega de acordo com o local que foi
semelhante a outras dores já estimulado. As fibras mais mielinizadas
experimentadas pelo paciente. Aliviada por entram em uma camada, as fibras C em
anti-inflamatórios ou analgésicos locais mais posteriores, por exemplo,
narcóticos. mudando a característica da dor.
 Visceral: origem nos órgãos e cavidades
(infarto, cólicas)- craniana não inclusa. Mais
comumente ativada por inflamação, dor mal
localizada, e em geral referida. Associada ao
desconforto difuso (náuseas, distensão
abdominal) e é aliviada por analgésicos
narcóticos.
 Neuropática: causada por uma lesão do
sistema nervoso central ou periférico e se
manifesta por sinais e sintomas sensitivos
(neuralgia), acometimento sensorial e
fraqueza. Não possui estimulo nociceptivo
obvio, é uma dor incomum, lancinante ou
com qualidade elétrica. É aliviada
parcialmente por analgésicos narcóticos
podendo responder a antidepressivos ou
anticonvulsivantes.

Organização das vias Algicas


 Tipos de fibras sensitivas periféricas:

 Fibras alfa e beta são chamadas de fibras do


tipo II, é onde ocorre a condução saltatória.
 A coceira é uma estimulação de fibras A alfa
para que o estimulo seja mais rápido que a  Sempre entra no cordão posterior e sempre
parestesia (Adelta), inibindo-a. é a mesma vai pelo espino-talâmico. Podem ir também
situação de dor-pressão. pelos cornos posteriores (noção
 Quando a pessoa sente dor e está dormindo, proprioceptiva) como grácil e cuneiforme.
mesmo inconsciente, o estimulo doloroso,  Ocorre a decussação no tronco. Dessa forma
na formação reticular, provoca o despertar. a motilidade e a sensibilidade são cruzadas.
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 Limiar de excitabilidade: qualquer corno dorsal através das vias


receptor tem um limiar, e ao ultrapassa-lo bulboespinhais descendentes, que contem
esse estimulo é transmitido como dor. serotonina, noraepinefrina e vários
 Trajeto da dor: Estimulo  áreas de neuropeptideos.
hiperalgesia  Nervo periférico (fibras A ou 2. Os estímulos provenientes do córtex frontal
C)  medula espinhal (corno posterior da e do hipotálamo ativam as células no
medula) feixe espino talâmico tronco mesencéfalo que controlam as celulas de
cerebral  estimula a formação reticular transmissão da dor por meio de celulas da
ascendente  córtex motor. medula oblonga.

Tratamento da Dor
A. O sistema de transmissão da Dor
1. Determinar a natureza da dor
1. Os estímulos sensoriais produtores da
2. Aliviar a dor
dor (nociceptivo) na pele ou visceral,
3. Diagnosticar a doenca subjacente
ativam terminações nervosas periféricas
4. Aplicar o tratamento adequado, clinico
dos neurônios aferentes primários, os quais
ou cirúrgico, de alivio.
fazem sinapse com os neurônios de segunda
DOR CRONICA
ordem na medula espinhal ou na medula
 Analgésicos não opióides (AINES):
oblonga (bulbo). Esses neurônios de
prescritos na receita comum (branca).
segunda ordem formam as vias
ascendentes cruzadas, que vão até o
tálamo e se projetam em vias paralelas ate o
córtex somatossensorial (SS), córtice
cingulado anterior (C) e frontal insular (F).
2. Essas vias paralelas proketam-se até o
sistema límbico e fundamentam o aspecto
emocional da dor.

B. Rede de modulação da Dor  Analgésico narcótico (uso restrito):


1. A transmissão da dor é regulada ao nível do obrigatório termo de esclarecimento e
responsabilidade. Prescrito na receita
amarela, pois causam dependência química.
 Anticonvulsivantes ou drogas correlatas
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talamicas), talamotomia estereotatica


(núcleo centro-mediano ou outro).

Caso Clínico
Mulher de 68 anos relatou apresentar há 1 ano
dor intensa na hemi-face direita, localizada no
ouvido, têmpora e mandíbula. A dor era
permanente e intensa neuralgia do trigêmio
pulsa. Não havia fatores desencadeantes ou de
 Outros tratamentos: eletroterapia
alívio. A consulta com um dentista indicou a
(estimulação elétrica epidural percutânea
extração de vários dentes, sem alívio. A consulta
ou encefálica profunda-DBS), Introdução de
inicial com um neurologista levou ao
dispositivos para administração de
diagnóstico de nevralgia do trigêmeo. A RM foi
fármacos e acupuntura.
normal e não apresentou melhoras com
DOR SOMÁTICA AGUDA
drogas diversas como hidantoina amitriptilina
 É uma dor moderada e em geral pode ser
e carbamazepina, entre outras  dor
tratada com analgésicos não narcóticos
neuropática? Não havia outras queixas e com o
como: AAS, acetominofeno e AINDES.
problema havia emagrecido cerca de 20 kg no
 Analgésicos narcóticos na forma oral ou
período. Não havia antecedentes relevantes,
parenteral podem ser usados para dor mais
referindo ter sido tabagista (40 maços/ano) até
intensa, entretanto, o antagonista opioide
há 5 anos. O exame neurológico objetivo foi
Naloxona deve estar prontamente
normal. Um exame radiológico do tórax revelou
disponível quando forem usados narcóticos
um infiltrado na base do pulmão direito,
em altas doses ou em pacientes instáveis.
estendendo-se no lobo médio. Foi submetida à
Tratamentos cirúrgicos para DOR CRÔNICA biopsia pulmonar por agulha, cujo resultado
revelou um carcinoma do pulmão.
 Bloqueios anestésicos: com anestésicos,
anti-inflamatórios, outras substâncias.  Nevralgia do trigêmeo tem como principal
 Neurocirurgia: os procedimentos característica a pulsação (paroxística).
neurológicos estão indicados para o  Diagnostico- Síndrome paraneoplasica:
tratamento da dor refrataria à neuralgia atípica da face, como sintoma não
farmacoterapia, terapia física, psicoterapia e metastático de câncer de pulmão. É uma dor
bloqueios anestésicos. referida pulmonar pelo vago (Síndrome de
 Neurorrestaurativos: descompressão Fay)
de estruturas nervosas, descompressão DOR ARTICULAR
neurovascular de raízes dos nervos
cranianos.  A dor articular deve ser investigada de
 Funcionais ablativos: tratamento forma lógica, uniforme e completa para que
cirúrgico dos tumores, amputação, haja maior chance de se obter um
simpatectomia (para dores ciscerais diagnóstico preciso e para o planejamento
adbominais, pélvicas e torácicas), apropriado dos exames de
neurotomias de nervos somáticos acompanhamento e do tratamento.
(neuralgia occiptal, gemino-femoral,  A dor e o edema articulares podem ser
ilioinguinal e outras), nucleolise térmica manifestações de distúrbios primários do
discal, rixotomias (corte cirúrgico de raízes sistema musculoesquelético ou constituir
de nervos, quimica ou por radiofrequência), reflexos de doenças sistêmicas.
codotomias (interrupção do trato
espinotalamico), mielotomia e
mesencefalotomia (vias espino-reticulo-
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Avaliação inicial da queixa musculoesquelética: crônica, ou acompanhada de manifestações


1. Articular versus não articular. A dor sistêmicas/ neurológicas.
localiza-se em uma articulação ou em uma  Contagem de leucócito e Proteina C
estrutura periarticular, como tecidos moles reativa (suspeita-se de artrite infecciosa
ou músculo? com leucócitos acima de 50.000 /ul)
2. Inflamatória versus não inflamatória. O  Fator reumatoide, FAN, anticorpo
caráter inflamatório da doença é indicado anticitoplasmatico de neutrófilo
pelos sinais locais de inflamação (calor, (ANCA), antiestreptolisina O, e para
rubor, edema); pelas características doença de Lyme quando a clinica for
sistêmicas (rigidez matinal, fadiga, febre, sugestiva.
perda de peso); ou por evidências  Teste de função renal/ hepática e exame
laboratoriais de inflamação(trombocitose, de urina são uteia na suspeita de
VSG e proteína C-reativa elevadas). doenças sistêmicas.
3. Aguda (≤ 6 semanas) versus crônica.  Dosagem de acido úrico só é útil quando
4. Localizada versus sistêmica. HÁ diagnostico de gota e o paciente já
esta sob tratamento.
Características da anamnese  Quando houver dor muscular e
fraquesa: aldolase e CPK
 idade, sexo e historia familiar, instalação
 Exame de imagem: raio x tem baixo
dos sintomas de forma abrupta ou gradual,
valor (apenas bom para ver edema em
evolução crônica
partes moles), tomografia e ressonância
constante/migratória/intermitente ou
podem ser usadas na avaliação de
cumulativa, duração, numero de
articulações do quadril.
articulações acometidas (oligo 2/3, mono 1,
 A punção do liquido sinovial (A punção
poli >3), simetria, achados como rigidez
do liquido sinovial pode ser guiada por
matinal, fatores que aliviam ou agravam,
ultrassom de beira de leito).
febre, exantema, perda de peso, alterações
visuais, dispneia, diarreia, dormência, Punção do liquido sinovial
fraqueza, histórico de trauma,
medicamentos intrarticulares, viagem  Analise do liquido sinovial:
prolongada.  Aspecto e viscosidade
 Quando o achado é monoartrite pensar  Contagem absoluta e diferencial de
em gotosa, psoriatica, bacteriana não células (na suspeita de infecciosa)
gonocócica e osteoartrite. A monoartrite  Presença de cristais usando
aguda é a presença de sinais flogisticos + microscopia de luz polarizada
dor intensa à mobilização + derrame  Coloração gram e cultura
articular.  É indicada quando:
 Se apresentar sinais flógisticos pensar  Diagnostico:
em: AR, gotosa, e não gonocócica. - monoartrite aguda ou crônica
 Obs: ate que se prove o contrario, a - trauma com derrame articular
monoartrite aguda é séptica, já que o - suspeita de artrite infecciosa
retardo no tratamento pode levar à - artropatia induzida por cristais
destruição de cartilagens articulares em  Alívio: retirada de liquido para alivio
poucos dias. da dor quando intensa.
 Drenagem: tanto na crise séptica
Exames complementares quanto na hemartrose.
 indicados no caso de acometimento  Contraindicações (relativas):
monoarticular, trauma, inflamação, duração  Diátese sangrante (espontânea ou por
anticoagulante)
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 Infecção em tecidos moles puncionar. Entra com anti-inflamatório e


periarticulares em 48h responde se for gota, mas se for
 Complicações da punção sinovial: infecção não responde, então tem que
 Infecção (rara) puncionar.  Artrite infecciosa geralmente
 Sangramento (pode levar à é monoarticular.
hemartrose)  Punção do liquido articular na artrite
 Interpretação da aspiração do liquido bacteriana: Pedir celularidade (alta),
sinovial: colocarção por gram +, cultura do liquido
 o derrame é hemorrágico? Considerar sinovial, (positiva na não gonocócica).
traumatismo ou desarranjo, Hemocultura é fundamental.
coagulopatia, e artropatia neuropática.
 Leucócitos maior que 2.000? Condições induzidas por fármacos:
considerar artrite inflamatória ou  Gota  diurético, acido acetilsalicílico,
séptica ciclosporinas, álcool, etambutol,
 Inflamatória sem leucócitos refrigerante com frutose.
elevados? Considerar osteoartrite ou  Lúpus  hidralazina, procainamida,
traumatismo quinidina, fenitoina, carbamazepina,
 Cristais presentes? Identificar cristais isoniazida, clorpromazina, lítio, tetraciclinas
para gota ou pseudogota. inibidores da ECA.
 Osteonecrose  glicocorticoide, álcool,
radiação, bifosfatos.
 Artralgia  quinidina, cimetidina,
betabloqueadores, quinolonas, aciclovir
crônico, interferons, vacinas, inibidores da
protease do HIV.

MONOARTRITE AGUDA
 A monoartrite aguda é, dentre as causas
articulares, uma das maiores queixas em
centros emergenciais.
 É o envolvimento de uma articulação em
processo inflamatório com dor a
mobilização e derrame articular.
 As principais causas de monoartrite são:
bacteriana e crise aguda de gota.
 Outras causas: coagulopatia (hemofilia),
uso de anticoagulantes, trauma,
osteoartrose, endocardite infecciosa,
necrose avascular.
 OBS: algumas doenças poliarticulares
podem inicialmente apresentar
comprometimento monoarticular como AR
juvenil e artrite psoriatica (S. de reiter).
 Como já dito, ate que se prove o contrario, a
monoartrite aguda é séptica, já que o
 Punção do liquido articular: quando você retardo no tratamento pode levar à
suspeita de artrite infecciosa tem que
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destruição de cartilagens articulares em caso de não gonocócica), cultura de trato


poucos dias. genitourinario, faringe e reto no caso de
 OBS: artrites tuberculasa e fungica gonocócica, e devem ser semeadas em meio
geralmente se apresentam na forma de especifico! (thayer-martin). Na analise do
monoarticular crônica. liquido sinovial temos:
 Diagnostico: na maioria das vezes é a  Leucocitos > 50.000
punção do liquido sinovial para analise.  Predomínio de polimorfonucleares
 Contagem baixa de leucócitos não descarta
ARTRITE SÉPTICA artrite séptica. O que define é achado de
 Refere-se à invasão do liquido sinovial por bactéria pela coloração gram ou pelo
micro-organismos, frequentemente de crescimento de germes em cultura.
etiologia bacteriana.  Artrite gonocócica pode ter cultura
 Pacientes com artrite reumatoide tem risco negativa, a solução é pedir PCR.
10 vezes maior de adquirir artrite séptica  A ausência de febre e leucograma normal
do que a população sadia. não excluem a artrite bacteriana uma
 Fisiopatogenia: Na artrite não gonocócica vez que é frequente em idosos e
os microrganismos atingem a sinóvia por imunossuprimidos.
disseminação hematogênica a partir de uma  Conduta inicial: A antibioticoterapia
infecção a distancia. Na artrite gonocócica o empírica deve pegar gram positivo e gram
microrganismo é proveniente da infecção negativo: VANCOMICINA / OXACILINA
sexual. +
 Outras vias de contaminação são: via CEFTRIAXONA / CEFEPIMA /
linfática adjacente, osteomielite adjacente CIPROFLOXACINO
(+ em crianças), trauma e iatrogênica via  Após quadro de mordedura canina o
artrocentese ou artroscopia antibiótico tem que pegar Pausterella
 Etiologia mais frequente (não (AMPICILINA-SULBACTAM)
gonocócica):  Suspeita de Staphylococcus resistente (pós
Staphylococcus Aureus (70%) procedimento) VANCO com ou sem
Streptococcus Pneumoniae CEFEPIMA
N. gonorrhoeae e outros G -
 Etiologia de acordo com a doença de Artrite Não Gonocócica:
base:  Acomete mais a articulação do joelho (48%)
Diabetes: coco G+, bacilo G - e coxofemoral (24%).
Alcoolismo/cirrose: coco G+, bacilo G – S.  Fatores de risco são: idosos, neoplasias,
Pneumoniae doenças crônicas graves, imunossupressão,
Dç. Falsiforme: coco G+, S. pneumoniae, dialise, uso de drogas IV, doença articular
Salmonella previa como AR ou LES.
AR: staphylo AUREUS  Conduta: no caso de artrite não gonocócica
Usuario de drogas: staphylo AUREUS, deve-se realizar drenagem da articulação
pseudômonas, serratia marcescens através de artrocentese com agulha.
AIDS: staphylo AUREUS, neisseria
Artrite Gonocócica:
gonorrhoeae, pseudômonas, fungos
Mordedura de animal: pasteurella multocida  Os sintomas articulares se desenvolvem de
prótese articular: staphylo AUREUS 1 a vários dias após o contato sexual, porem
apenas 25% dos pacientes com a infecção
 Diagnostico: confirmado pela artrocentese
gonocócica disseminada (IGD) apresentam
(punção do liquido sinovial) e não deve ser
sintomas genitais. As mulheres são mais
retardada. Ainda podem ser colhidos
propensas que os homens, e os sintomas
hemograma, hemocultura (50% positiva no
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surgem próximo a menstruação ou na  O acido úrico é o produto final da via das


gestação. purinas, que são provenientes dos ácidos
 Manifestações: poliartralgia, poliartrite nucleicos e da dieta.
migratória ou aditiva, sendo joelhos,  Quando o acido úrico aumenta no plasma
tornozelos punhos e cotovelos mais ocorre saturação dos cristais de monourato
acometidos. Outros sintomas comuns são de sódio no meio extracelular. Eles se
tenossinovite, dermatite e febre. precipitam no espaco sinovial e
 Conduta: A antibioticoterapia empírica desencadeiam um intenso processo
deve ser instituída imediatamente após a inflamatório. Isso ocorre porque os cristais
coleta do liquido para cultura, com base nos ativam o sistema complemento.
possíveis microrganismos envolvidos.  Fatores de risco: Obesidade,
 O quadro de Poliartrite migratoria com hiperlipidemia, hipertensão arterial e
febre, leucocitose e lesão dermatológica nos ateroesclerose. O consumo excessivo de
leva à pensar em gonocócica, e o tto é álcool, carne vermelha, muídos, e frutos do
CEFTRIAXONA (diplococo gram negativo) mar, alem de inicio do uso de alopurinol
(redução abrupta dos níveis de AU),
ARTRITE GOTOSA exercício físico ou trauma articular e
 Gota é a doença decorrente da deposição de período pos operatório, podem desencadear
cristais de monourato de sódio nos tecidos a crise de gota aguda.
devido à hiperuricemia (supersaturação dos  Condições que aumentam o AU
cristais no liquido extracelular) (diminuem sua excreção):
 Manifestações: Artrite gotosa, tofos  Doença renal crônica, hipertensão,
(agregados de monourato de sódio nos obesidade, esclerose sistêmica,
tecidos moles, cartilagens e ossos), diureticos (tiazidicos e de alça),
nefropatia gotosa, nefrolitiase por acido betabloqueadores, inibidores da ECA,
úrico. salicilato, ciclosporinas, etambutol, e
 Os episódios iniciais são mais causas genéticas.
frequentemente monoarticulares, sendo o  Exames complementares: a dosagem de
principal local acometido as articulações acido úrico pode ser normal no momento da
MCF, com sinais flogisticos intensos com crise gotosa aguda e ser elevada em artrite
evolução de horas, podendo atingir também séptica! Coleta de liquido sinovial por
tecidos periarticulares (semelhante à artrocentese é o padrão ouro. O liquido
celulite). As primeiras crises tem resolução sinovial apresenta:
espontânea em 3-10 dias, podendo ter  Leucócitos > 2.000 – 75.000
descamaçãoda pele sobre a articulação  predomínio de neutrófilos
afetada. Ocorrem crises frequentes  Cristais de monourato de sódio em
monoarticulares, e em fases crônicas podem forma de agulha com birrefringência
tornar-se poliarticulares. negativa no interior da célula dos
 Obs: o acometimento é preferencialmente polimorfonucleares.
distal, pois a temperatura é menor,  Obs: na fase crônica os cristais estão
favorecendo a deposição de urato de sódio é fora das celulas, no espaço extra-
maior. celular.
 Há risco de desenvolver artrite gotosa  Conduta: baseia-se no repouso e controle
quando os níveis séricos de acido úrico da inflamação, AINES, colchicina e
estão aumentados (sendo hiperuricemia corticoide. Dessa forma temos que lembrar
definida como nível sérico de AU > 7,0 que a escolha do tratamento tem que
mg/dl em homens e 6,0 em mulheres). considerar doenças de base como renal e
cardíaca, doença ulcerosa péptica e diabetes
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 Alopurinol: medicações uricosúricas não  cerebrais: crise convulsiva, psicose e


devem ser utilizadas nas crises gotosas cerebrite.
articulares nem serem descontinuados caso  Lúpus induzido por fármacos:
estejam em uso, pois a diminuição abrupta procainamida, hidralazina, isoniazida,
do acido úrico no soro pode tornar instáveis clorpromazina, metildopa, são fármacos que
os depósitos de cristais de monourato de causam quadro de LES, com características
sódio, aumentando o processo inflamatório articulares e pleuropericardicas, sendo SNC
e sistema renal de raro acometimento
OUTRAS ARTRITES nesses casos. A maioria dos pacientes
melhoram com a retirada do fármaco.
LUPUS ERITEMATOSO SISTEMICO (LES)
 Avaliação: há presença do anticorpo
 Está dentro das doenças de tecido antinuclear (ANA) positivo, porem, esse
conjuntivo. Envolve inflamação de pele, ANA positivo não é especifico do LES. A
articulações, e estruturas ricas em tecido avaliação laboratorial deve incluir:
conjuntivo.  Hemograma completo
 Doença de etiologia obscura na qual os  ANA
tecidos e celulas sofrem dano mediato por  Complemento
complexos autoimunes e autoanticorpos  VDRL, TP, TTP
que se ligam aos tecidos. Ocorre  Anticorpo anticardiolipina
hiperatividade de celulas B e T,  Anticoagulante lúpico
anormalidades na função da célula T e  Diagnostico: feito pela presença de 4 ou
produção de antígenos nuclear celular. mais critérios a seguir.
 90% dos pacientes são mulheres em idade  Tratamento: depende da gravidade da
fertil doença. O objetivo é controlar as
 Manifestação clinica: pode acometer exacerbações agudas e manter os sintomas
qualquer sistema orgânico. suprimidos cronicamente.
 geral: fadiga, febre, mal estar, perda de  LES não grave
peso. - AINES (ibuprofeno 400-800mg 3x ao
 cutânea: erupções cutâneas, dia)
principalmente em malar (asa de - antimalárico (hidrocloroquina
borboleta), fotossensibilidade, vasculite, 400mg/dia): melhoram manifestações
alopecia e ulceras orais. cutâneas e articulares. Cuidado com
 hematológicas: anemia (hemolítica), toxicidade ocular.
neutropenia, trombocitopenia, - Belimumabe (10mg/kg IV nas semanas
linfadenopatia, esplenomegalia, trombose 0,2,4 e mensalmente) que é o inibidor
venosa ou arterial. especifico do estimulador de linfócitos
 Artrítica: poliarticular, inflamação, B. Não deve ser usado no grave.
simetria. Acomete pequenas articulações
 LES grave
periféricas, tem caráter migratório.
- glicocorticoides sistêmicos
Raramente causa deformidades. Pacientes - imunossupressores (em associação
com lúpus tem chance de sofrer necrose
com anterior): ciclofosfamida (6meses)
asséptica!
+ manutenção com micofenolato ou
 Cardiopulmonar: pleurite, pericardite,
azatioprina.
endocardite de libman sacks, miocardite,
maior risco de IAM, por maior ARTRITE REUMATOIDE
ateroesclerose.  Doença multissistemica de etiologia
 gastrointestinais: peritonite e vasculite sombria. Sintomas de sinotive inflamatória
são persistentes e costumam acometer
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articulações periféricas de maneira osteopenia justarticular, estreitamento do


simétrica. espaço articular e erosões marginais. Deve
 É um evento imunologicamente mediado no ser solicitada uma radiografiade tórax.
qual a lesão articular ocorre em razão de  Diagnostico diferencial: gota,LES, artrite
hiperplasia sinovial, infiltração linfocítica da psoriatica, artrite infecciosa, osteoartrite.
sinovial, produção de citocinas locais e  Tratamento: Os objetivos do tratamento
quimiocinas. são reduzir a dor, diminuir a
 Manifestação clinica: cursa com destruição inflamação,melhorar/ manter a função,
de cartilagem, deformidades e erosão óssea. prevenir o dano articular a longo prazo e
Acomete mais mulheres, aumentando com a controlar o acometimento sistêmico.
idade. Ocorre poliartrite simétrica de  Ácidoacetilsalicilico ou AINEs.
pequenas articulações com dor,  Glicocorticoidespor via intra-articular.
sensibilidade e edema das articulações Glicocorticoides sistêmicos.  O uso
afetadas. É comum rigidez matinal, em excessivo de corticoide gera necrose articular
interfalangeanas proximais (IFP) e asséptica.
metacaprofalangicas (MCF). Deformidades  Agentes antirreumáticos modificadores da
articulares podem instalar-se após doença (DMARD): metotrexato
inflamação persistente. hidroxicloroquina, sulfassalazina,
 Manifestações extra-articulares: nódulos leflunomida
reumatoides cutâneos e vasculite, nódulos  Agentes moduladores do TNF (etanercepte,
pulmonares, doenca intersticial, infliximabe,adalimumabe, golimumabe,
bronquiolite obliterante com pneumonia certolizumabe) são eficazes no controle da
em organização (BOPO), doenca pleural, AR em muitos pacientes, podendo retardar
síndrome de caplan (AR soropositiva o ritmo de progressão do dano articular
associada a pneumoconiose), radiográfíco e diminuir a incapacidade
ceratoconjuntivite seca, episclerite,
esclerite, anemia, síndrome de Felty
(esplenomegalia e neutropenia), DOR RADICULAR- LOMBALGIA
pericardite, miocardite, mielopatias
secundárias à doença da coluna cervical,
encarceramento.
 Avaliação: O fator reumatoide (FR) está
presente em mais de 66% dos pacientes,
correlacionando-se com doença grave,
nódulos e manifestações extra-articulares.
Os anticorpos para o peptídeo cíclico
citrulinado (anti-CCP) possuem
sensibilidade semelhante (porém
especificidade mais alta) à do FR,
podendo ser extremamente úteis nas fases
iniciais da AR; mais comum em pacientes
com doença agressiva, tendendo a
desenvolver erosões ósseas.  anti CCP
positivo pensar logo em AR
 Outros dados laboratoriais: hemograma
completo, VSG. Análise do líquido sinovial é
útil para excluir doença com formação de
cristais, infecção. Radiografias mostram
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 Tipos de lombalgia:  Lombalgia é muito comum em paciente que


 Dor local: causada por estiramento das trabalha ou tem habito de ficar muitas horas
estruturas com sensibilidade dolorosa sentado.
que comprimem ou irritam terminações  Nos casos agudos de lombalgia (< 3 meses),
nervosas. Dor localizada próximo da raramente há necessidade de exames
região afetada. Dor dilacerante ou laboratoriais "de rotina" e radiografias,
repuxante. indicados quando estiverem presentes os
 Dor referida: dor originada no abdme fatores de risco para doenças graves
ou pelve. Não se altera com mobilisação estruturais. RM e mielo-TC são os exames
da coluna. preferenciais para a definição anatômica
 Dor originada da coluna: restrita as das patologias da coluna
costas ou referida nos membros
inferiores ou nádega. As patologias da
coluna lombar alta podem ser referidas
na lombar baixa, virilhas e coxas.
 Dor radicular: irradiação da coluna
para a perna no território de
distribuição especifico da raiz nervosa
acometida. Tosse, espirros,
levantamento de objetos ou esforço
físico podem desencadear a dor.
 Dor associada a espasmos
musculares: acompanhada por tensão
nos músculos paravertebrais e postura
antálgica. Palpação acentua a dor.
 A dor originada no quadril pode ser
confundida com dor na coluna; a rotação
manual interna e externa do quadril (com
flexão do joelho e do quadril) reproduz a
dor com origem na articulação do quadril. L1: trigono femoral, escroto, lábios maiores,
 Sinal de Laségue é realizado pela flexão superior da nadega
passiva da coxa sobre o quadril, estando o L2: escroto, lábios maiores, anterior medial e
lateral da coxa, superior da nadega
paciente em posição supina; a manobra
produz o estiramento das raízes nervosas L3: anterior medial e lateral da coxa, medial da
de L5/S1 e do nervo ciático, passando perna, superior da nadega
posteriormente ao quadril; o sinal é positivo L4: anterior e lateral da coxa, medial da perna e
se a manobra reproduz a dor. panta do pé, anterior da perna/ joelho, SÓ halux
L5: lateral da perna anterior, lateral posterior
da perna e coxa, medial plantar, 3 dedos
mediais anterior e posterior, 2º dedo  maior
parte da planta do pé
S1: lateral do pé, lateral plantar, posterior
central toda da perna e coxa  maior parte
posterior.

Etiologias de lombalgia
 Discopatia lombar: As causas mais comuns
da dor lombar com extensão para a perna
costumam estar localizadas nos níveis entre
Carolina Castelli, 142 - 2019

L4-L5 e L5-S1. Para a localização precisa da febre; o exame pode ser normal ou revelar
origem da dor, a perda sensorial nos sinais radiculares, de envolvimento da
dermátomos, a redução ou perda dos coluna vertebral ou síndrome da cauda
reflexos tendineos profundos ou a avaliação equina. A extensão do abscesso é mais bem
da fraqueza nos diversos miótomos são definida com a RM.
mais informativas do que o padrão de dor.  Doenças imunes: Espondilite anquilosante,
Geralmente é unilateral, podendo ser artrite reumatoide, síndrome de Reiter,
bilateral nos casos com grandes herniações artrite psoriática e doença inflamatória
centrais do disco comprimindo diversas intestinal crônica. A espondilite
raízes nervosas (síndrome da cauda anquilosante ocorre geralmente em
equina). paciente masculino com menos de 40 anos
 Traumatismo: Entorse ou estiramento que sente dor nas costas noturna e rigidez
lombar baixo são termos usados para matinal, VSG elevada e presença de HLA-
descrever as lesões de menor intensidade, B27; a dor não é aliviada com o repouso,
autolimitadas, associadas a lombalgia. As mas sim por exercício.
fraturas vertebrais causam acunhamento ou
compressão dos corpos vertebrais; Os Causas viscerais de lombalgia
exames de TC são usados para triagem nos  Estômago (parede posterior), vesícula biliar
casos de patologia espinal por (Iitíase biliar)
traumatismos moderados a graves por  Pâncreas  tumor, cisto, pancreatite
serem mais eficazes do que as radiografias  Retroperitoneal  hemorragia, tumor,
simples para diagnosticar as patologias pielonefrite
ósseas. A causa mais comum de fratura não  Vascular  aneurismade aorta abdominal,
traumática é a osteoporose; outras causas trombose de artéria e veia renais
possíveis são osteomalacia,  Colo  colite, diverticulite, neoplasia
hiperparatireoidismo, hipertireoidismo,  Ligamentos uterossacros  endometriose,
mieloma múltiplo ou carcinoma carcinoma
metastático.  Deslocamento uterino
 Osteoartrite (espondilose): Dor nas  Dor menstrual
costas caracterizada por degeneração das  Infiltração neoplásica de nervos
cartilagens acompanhada de alterações das  Lesão nervosa por radiação de
estruturas ósseas vizinhas, induzida por tumores/nervos
movimentos da coluna e associada a rigidez.  Próstata carcinoma, prostatite
Aumenta com a idade; os sinais  Rins  cálculos renais, doença inflamatória,
radiológicos não se correlacionam com a neoplasia, infecção
gravidade da dor.
 Osteomielite vertebral: Quadro Lombalgia Aguda
inflamatório que afeta um ou mais ossos,  Dor com menos de 3 meses de duração
geralmente provocado por infecção  Lombalgia aguda – fatores de risco para
bacteriana ou fúngica. Dor nas costas que causa estrutural:
não se alivia com repouso; sensibilidade  Dor piora no repouso ou à noite
focal sobre a coluna. A fonte primária da  Historia anterior de câncer
infecção costuma ser pulmão, trato urinário  Historia de infecção crônica (pulmonar,
ou pele; o uso de drogas IV é fator de risco. urinaria ou cutânea)
Mostram-se comuns a destruição de  Historia de traumatismo
corpos vertebrais e a redução do espaço  Incontinência urinaria
discal. Os pacientes com abscesso epidural  Idade superior a 70 anos
lombar apresentam-se com lombalgia e  Uso de Fármaco intravenoso
Carolina Castelli, 142 - 2019

 Utilização de glicocorticoide essencial proceder imediatamente à


 Historia de defict neurológico imobilização do pescoço para reduzir os
rapidamente progressivo movimentos dos segmentos da coluna
 Perda de peso não explicada cervical possivelmente instáveis. A lesão em
 Febre não explicada chicote é causada por traumatismo (em
 Sinal de Patrick e/ou percussão do geral acidente automobilístico), produzindo
calcanhar lesão musculo ligamentar em função da
hiperflexão ou hiperextensão do pescoço.
Este diagnóstico não se aplica a pacientes
com fraturas, hérnia de disco, traumatismo
craniano, achados neurológicos focais ou
alteração no nível de consciência.
 Doenças do disco cervical: A hérnia de
disco cervical inferior é uma causa comum
 Massa abdominal retal ou pélvica
de dor ou de formigamento no pescoço,
 Sensibilidade à percussão da coluna
ombro, braço ou mão. São comuns dor
 Se não houver fator de risco (anterior) o
cervical (piora com o movimento),rigidez e
tratamento inicial devera ser sintomático
limitação no arco de movimentos do
sem necessidade de exame complementar.
pescoço. Com a compressão da raiz nervosa,
 Irradiação para região inguinal. Perda da
a dor pode se irradiar para o ombro ou
sensibilidade parestesia da face lateral da
braço. A extensão com a rotação lateral do
perna direita, dorso do pe e coxa, alem de
pescoço produz o estreitamento do forame
toda a outra perna.
intervertebral, podendo reproduzir os
 O tratamento da lombalgia aguda inclui
sintomas radiculares (sinal de Spurling).
AINES e acetominofeno. Os relaxantes
Nos jovens, a radiculopatias por ruptura de
musculares (ciclobenzaprina) podem ser
disco frequentemente é traumática. É
úteis, mas a sonolência é um efeito colateral
menos provável que uma radiculopatias
comum.
subaguda esteja relacionada com algum
 Sintomas sistêmicos como Incontinência incidente traumático específico, sendo
urinaria, perda de peso acentuada, náuseas,
maior a chance de estar envolvida com
febre, claudicação neurogênica  caso que
alguma patologia discal ou espondilose
chama atenção, já não parece ser algo tão
 Síndrome do desfiladeiro torácico:
simples.
Região anatômica que contém a primeira
costela, artéria e veia subclavia, plexo
braquial, clavícula e ápice pulmonar. As
DOR RADICULAR- CERVICALGIA
lesões nesta região podem causar dor
 Em geral causada por patologia da coluna relacionada com a postura ou induzida por
cervical e tecidos moles do pescoço. movimentos ao redor do ombro e na região
Desencadeada por movimentos, podendo supraclavicular. A síndrome do desfiladeiro
ser acompanhada por sensibilidade focal ao torácico neurogêníca verdadeira é incomum
toque e limitação dos movimentos. e resulta da compressão do tronco inferior
 Profissão que carrega peso é um fator de do plexo braquial por uma banda de tecido
risco. anômala; o tratamento consiste na secção
 Cervicobraquialgia dor na cervical que cirúrgica da banda. A síndrome do
irradia para o braço. desfiladeiro torácica arterial é causada por
 Traumatismo da coluna cervical: Estes compressão da artéria subclávia por uma
traumatismos (fraturas, subluxação) costela cervical; o tratamento é feito com
implicam risco de compressão medular; é trombólise ou anticoagulação e excisão
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cirúrgica da costela cervical. A síndromedo  Outras


desfiladeiro torácica inespecifica acomete  Outras cefaleias: da tosse, do esforço ou
um grande número de pacientes com dor exercício, da atividade sexual ou do
crônica no braço e no ombro de causa não orgasmo, do frio (com sorvete, bebidas
esclarecida. geladas), das anosmalidades temporo-
 Diagnósticos diferenciais para dor mandibulares.
irradiada para o braço: angina, esofagite,  A cefaleia secundaria é consequente a uma
hérnia de disco, artrose, traqueobronquite, doença sistêmica ou focal, tendo uma causa
amigdalite, torcicolo (contratura muscular), definida. São os casos as meningites,
infecção. traumas, inflamações dos olhos, ouvidos,
 Dor que piora ao movimento da coluna. nariz e garganta, além de processos
Palpação dolorosa da musculatura vasculares como arterites. Podem ser
paravertebral. oriundas de disturbios cranianaos ou
 Exames complementares importantes: cervicais .
hemograma, ecg para descartar infarto  Lesão traumática
quando a dor irradia para o membro  Perturbação vascular
superior, raio X de coluna cervical, TC de  Perturbação intracraniana não
coluna cervical seria 3ª linha. vascular
 Diminuição do espaço intervertebral mostra  Infecção
diminuição do disco vertebral e  Substancias ou privação de
consequentemente de sua função. substancias
 A indicação de tratamento cirúrgico da  Perturbação da homeostasia
hérnia é somente após a falha do  Perturbação do crânio, pescoço, olhos,
tratamento cirúrgico (6 meses pelo menos). dentes, seios paranasais
 Principais causas da cervicalgia:  Perturbações psiquiátricas
 Estenose (sendo artropatia  As cefaleias primárias podem ser sem aurea,
degenerativa, estenose central – com aurea (sendo a típica visual, e a atípica
mielopatia- estenose foraminal- a hemiplégica, basilar), cefaleias tipo tensão
radiculopatias). (episódica, frequente ou crônica), cefaleias
 Osteomielite trigêmino-autonômicas (em salva, SUNCT,
hemicrania paroxística crônica e continua),
ou outras cefaleias como cefaleia da tosse,
CEFALÉIAS PRIMÁRIAS esforço, atividade sexual e frio.
 Conceito: dor que se estende da nuca a
Enxaqueca
região supra-orbitrária, enquanto as dores
no rosto são as algias fociais. Entretanto o  São crises de cefaleia, geralmente de caráter
conceito internacional abrange face e pulsátil, unilateral, com duração de 4-72h
crânio. acompanhadas ou não de náuseas, vômitos,
foto e fonofobia, mais frequente nas
 São divididas em primarias e secundarias.
mulheres (3:1). Podem ser antecedidas por
 As cefaleias primárias são distúrbios
fenômenos transitórios denominados de
bioquímicos do próprio cérebro e que é
“aura”, mais comumente visuais (escotomas
deflagrada pela disfunção de
cintilantes).
neurotransmissores. Incluem-se a
enxaqueca, cefaleia tensional e em salva.  Geralmente tem origem genética ou
Podem ainda ter fatores ambientais. componente familial
 Enxaqueca  Dividem-se em enxaqueca com aura e sem
 Cefaleia tensional aura (enxaqueca comum)
 Cefaleia trigêmino-autonômica
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 Surgimento mais frequente na adolescência, doenças auto-imunes. Muitas tem caráter


pode ocorrer em crianças e têm tendência a genético com genes conhecidos
melhorar com o tempo, tanto na frequência
quanto na intensidade da dor Cefaleia Tensional
 O exame neurológico durante a crise  Muito frequente, pode haver uma forma
geralmente é normal crônica com mais de 15 dias por mês com
 Osmofobia é um sintoma pouco comum. dor ou 180 dias por ano. A forma episódica
 Os critérios diagnósticos de enxaqueca reque pelo menos 10 episodios de duração
requerem pelo menos 5 episódios de variável entre 30 minutos e 7minutos.
cefaleia, cada um durando de 4 a 72 horas,  Geralmente a dor é menos intensa,
geralmente unilateral, pulsátil ou em incômoda, não interfere nas AVD, pode ser
compressão, de intensidade moderada a bilateral, em com caráter de aperto ou
severa, que se agrava com atividade física e pressão, geralmente não pulsátil. Foto e
apresenta com frequência náusea/vômito, fonofobia juntas não ocorre.
fotofobia e fonofobia.  O exame neurológico é normal durante os
 Fisiopatologia: ativação de um gerador episódios, podendo haver pontos dolorosos
central (córtex ou tronco cerebral), específicos.
alteração da homeostasia, liberação de  Causa mais comum a tensão emocional
neurotransmissores, “depressão alastrante”, (psicogênica) ou ainda ligada ao aumento
vasodilatação meníngea e ativação do da tensão muscular cervical (miogênica)
sistema trigêmino-vascular, liberação de  Pode ser desencadeada por fatores
peptídeos vaso-ativos (neurocininas, externos, alimentares, bebidas, posturas
prostaglandinas, substancia P, etc) pelas forçadas, etc
terminações trigeminais, levando a uma
Cefaleia Crônica Diária
inflamação., piora da vasodilatação,
estimulação trigeminal aumentada,  É uma forma de cefaleia não paroxística,
aumento da liberação de peptídeos e mais frequente nas mulheres, pode ser
intensificação da dor; aferentes nociceptivo diária ou quase diária.
trigeminais transmitem os sinais de dor ao  Sua origem inclui as cefaleias associadas a
tálamo e dai para o córtex. A continuidade consumo excessivo de medicações
de sinais dolorosos ativam outros neurônios sintomáticas, especialmente
que levam aos sintomas associadas como  Analgésicos
foto e fonofobia. Essa continuação pode  Do ponto de vista clínico, muitos pacientes
levar a uma sensibilização cerebral em que com CCD apresentavam no passado,
qualquer estimulo provocado. migrânea episódica ou cefaleias do tipo
 Enxaqueca acompanhada: são crises tensional episódica ou crônica. Ao longo de
paroxísticas de cefaleia, geralmente de suas vidas, foram perdendo ou modificando
caráter pulsátil unilateral, acompanhadas as características específicas e marcantes
de uma variedade de sinais neurológicos destas cefaléias e passando a apresentar
como na enxaqueca oftalmoplégica com cefaléia diária ou quase diária, com algumas
hemianopsia, ou na enxaqueca basilar (com características clínicos das enxaquecas e
vertigem e muito vomito), ou ainda com das cefaleias do tipo tensional prévias.
hemiparesia, disfagia, náuseas e vômitos. 
Cefaleia Cervicogênica
o paciente que tem cefaleias acompanhadas
 Pode estar relacionada à cefaleia de tensão,
precisa de um acompanhamento, exames
com características de cefaleia secundária
laboratoriais, pois estão associados à
por problemas da coluna cervical
malformação vascular, aneurismas e
Carolina Castelli, 142 - 2019

(Compressão de um nervo ) e dos músculos trajeto do nervo, com exame neurológico


adjacentes normal. Possui zonas de gatilho na face,
 Geralmente são unilaterais, paroxísticas, quando apertadas desencadeiam dor. A
desencadeadas por postura ou por sintomática além da dor, ocorre anestesia
movimentação da cabeça no trajeto do nervo
 O fenômeno dolorosos pode ser  Neuralgia do glossofaríngeo (IX):
desencadeado pelo examinador, por Paroxismos de dor na loja amigdaliana ou
compressão de pontos desencadeadores, no na faringe, muitas vezes desencadeada pela
nervo occipital maior (n. grande occipital de alimentação. Pode levar à caquexia ou ser
Arnold), ou na raiz de C2 causa de síncope. E uma síndrome rara.
 Alguns casos estão relacionados à previa
Manejo do paciente com cefaleia
“síndrome do chicote cervical”
 Síndrome deKosten Na mandíbula pode
causar uma dor cervical.

Cefaleias trigêmino-autonômicas
 Cefaleias em salvas (cluster): é uma dor
muito intensa, unilateral, com episodeos
que duram de 30-90 minutos, se iniciando
de madrugada, geralmente no sexo
masculino. Os sintomas são olhos
vermelhos, ptose, artéria temporal turgida,
rinorreia,
 SUNCT: Short lasting, Unilater al,
Neuralgiform headache, with Conjuntival
injection and Tearing é uma doença mais
prevalente no homem, sendo de curta  Triagem da Cefaleia na emergência:
duração, unilateral, neuralgiforme, com
edema conjuntival, lagrimejamento,
vasodilatação, com irradiação para o rosto.
É diagnostico diferencial com cluster,
porem, a crise dura poucos segundo, com
dezenas de crises semelhantes. Também
mais comum em homes.
 Hemicrania paroxística crônica: mais
comum em mulheres, sendo episódios de
cefaleia paroxística nas mulheres após 30
anos, com sintomas de lacrimejamento,
focal, não é a mesma que cefaleia por
drogas. Os episódios são sensíveis a
indometacina. Os olhos ficam edemaciados.
A frequência é variada enquanto na HPC
podem ocorrer vários episódios no dia
enquanto a HC é contínua

Neuralgias Faciais
 Neuralgia do trigêmio (V): na essência, o
paciente apresenta paroxismos de dor no
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combinado dos três componentes


intracranianos:
- Componente parenquimatoso: constituído
pelas estruturas encefálicas (tecido
encefálico)
- Componente liquórico: constituído pelo
liquido cefalorraquidiano (LCR) das
cavidades ventriculares e do espaço
subaracnóide (liquido cerebroespinhal)
- Componente vascular: caracterizado pelo
sangue circulante, arterial e venoso
 Profilaxia: ver
 Tríade da Síndrome de hipertensão
 Tratamento da Crise: ver
intracraniana:
 Crise de cefaleia por uso de analgésico:
 Cefaleia
associação de amitriptilina com
 Vômitos
prednisolona
 edema de papila
Casos Clínicos  Além de outras como diplopia, distúrbios
 Neuralgia do trigêmio. Pode ser tratada com autonômicos, distúrbios da consciência. A
cefaleia da HIC é uma cefaleia matinal,
aciclovir, com corticoterapia em fase aguda,
difusa, que pode ou não melhorar com o
e a profilaxia pode ser feita com pregabalina
passar do dia. Além desse, os outros
ou gabapentina, de modo que não ocorra a
neurite herpetica sintomas também são maiores na manha e
diminuem com o passar do dia. Paciente
 Os diagnósticos sindrômicos são síndrome
vomita, em jato, sem ter náuseas.
álgica, síndrome de cefaleia, síndrome
 São 3 as causas de hipertensão
cutânea (herpes zoster)
intracraniana: processo expansivo, doença
 Conduta do caso: tratamento com beta
inflamatória ou alteração metabólica.
bloqueador para profilaxia da enxaqueca,
 Ausência da pulsação da artéria da retina,
aciclovir de 5-6 dias, corticoide por 3 dias, e
ocorre quando a PIC aumenta muito.
profilaxia da neurite herpética com pre
gabalina.  A principal coisa que ocorre como
complicação da HIC são as hérnias!

CEFALEIA SECUNDÁRIA
 São cefaleias atribuídas a:
1. Lesão ou traumatismo crânio-encefálico
e/ou cervical
2. Perturbação vascular craniana ou cervical
3. Perturbação intracraniana não vascular
4. Uma substância ou à sua privação
5. Infecção
6. Perturbação da homeostasia
7. Perturbação do crânio, pescoço, olhos,
nariz, seios paranasais, dentes, boca ou
outra estrutura do crânio ou da face  Herniação uncal: paralisia ipsilateral do
8. Perturbação psiquiátrica 3NC (compressão do terceiro nervo
 Pressão intracraniana: a pressão craniano- pupila fixa e dilatada) + redução
intracraniana é exercida pelo volume no nível de consciência + hemiparesia
contralateral
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 Herniação tonsilar: compressão do tronco  Astrocitoma cístico na criança no cerebelo é


cerebral causando reflexo de cushing benigno e um meduloblastoma é maligno
(respiração irregular, bradicardia e  Quando tem atrofia ótica tem perda visual,
hipertensão). mas quando tem papiledema, não tem perda
 Classificação dos tumores visual
intracranianos: primitivos – são os
tumores do parênquima. neurogliomas Oligodendrogliomas
(neuroepiteliais), embrionários, meníngeos,  Tumores de crescimento lento e
linfomas, tumores de células germinais, progressivo – desenvolvem-se ao longo de
tumores da região selar. Metastáticos - vários anos;
pulmão, mama, pele, gastrointestinal, rim 50% acometem o lobo frontal,
42% o lobo temporal e
32% o lobo parietal;
 Idade entre 40 e 60 anos –predomínio 2
homens para 1 mulher;
 Prognóstico varia de acordo com a idade
de diagnóstico:
Favorável - Idade < 40 anos e grau de
malignidade 1 e 2; sobrevida média de 9
Gliomas
anos (5 anos em 60 a 75 % dos casos e 10
 quanto mais primitiva a glia, mais maligno o
anos em 46% dos casos);
tumor. São classificados em astrocitomas e
Desfavorável – Idade > 40 anos,
oligodendrogliomas (celulas gliais),
hemiparesia e alterações cognitivas;
ependimomas (de celulas ependimarias) e
sobrevida de 5 anos cai para 36% dos casos.
meduloblastomas (de celulas primitivas do
cerebelo) Ependiomas e Ependimoblastomas
 Glioblastoma tem necrose dentro e edema  Provenientes de células ependimais;
periférico Crescem dentro dos ventrículos ou no
tecido cerebral adjacente;
Astrocitomas
 60 a 66% - localizados na fossa posterior;
 os aspectos de imagem são diferentes entre
 Sobrevida de 5 anos de 58 a 68%.
os astrocitomas. Derivam dos astrócitos e
são os tumores mais comuns em adultos e Meduloblastoma
crianças; Encontrado no lobo frontal do  Malígnos provavelmente derivados de
cérebro de adultos e no cerebelo em células primitivas da camada granulosa do
crianças, dividem-se em 4 grupos: cerebelo; Surgem normalmente na fossa
 graus 1 e 2 (baixo grau) – crescimento posterior; 25% dos tumores cerebrais na
lento e são em geral retirados infância;
cirurgicamente de modo parcial, sendo  Sobrevida de 5 anos de 30 a 70%;
comum a recidiva em formas mais graves  Metástases sistêmicas ocorrem em 5% dos
 grau 3 (anaplásico de grau médio ) – casos e ósseas em 90%.
crescem rapidamente, carregam traços de
células malígnas e geralmente progridem Manifestações gerais das cefaleias 2ª
para glioblastoma multiforme  Síndrome de cushing: hipertensão
 grau 4 (glioblastoma multiforme de alto intracraniana com pulso lento ao invés de
grau ) – altamente malígno, cresce taquicardia, dessa forma aumenta a pressão
rapidamente e invade os tecidos mais arterial mas mesmo assim ocorre
próximos, localizam-se na substância
branca profunda dos hemisférios cerebrais.
Carolina Castelli, 142 - 2019

bradsfigmia (pulso lento)  indicativo de  Qualquer alteração nesses componentes


internação. pode levar à: fraqueza (redução da força),
 Hidrocefalia: obstrutiva e comunicante alteração proprioceptiva, bradcinesia
(demora para atingir a força completa do
musculo), apraxia (distúrbio no
planejamento e inicio do movimento),
paralisia e paresia.
 Diagnostico anatômico: Localização central
(cérebro e medula) e Localização periférica
(nervos cranianos e nervos mistos).
 Diagnostico sindrômico: interpretação dos
sintomas e dos sinais em termos de
fisiologia e anatomia.
 Sinais de localização  Diagnósticos sindrômicos em neurologia:
 Síndrome cognitiva
 Síndrome convulsiva (1ª ou 2ª)
 Síndrome de hipertensão intracraniana
 Síndrome meníngea
 Síndrome motora
 Síndrome sensitiva.
 As síndromes motoras podem ser
classificadas em:
1. Síndrome piramidal (1º NM)
Hemiplégica  metade contralateral
Paraplégica  na medula, depende da
altura da medula
Tetraplégicas 4 membros afetados
(altura cervical).
Monoplégicas um só membro
2. Extrapiramidal (2º NM)
Parkinsoniana
Coreica
Coreotetórica
Distônica
3. Periféricas
Neuropatias
Miopatias
 Glioblastoma tem necrose empaniçada, Doenças da placa motora
neoangiogenese e figuras de mitose 4. Cerebelares
Ataxia

DISTURBIOS MOTORES Primeiro neurônio motor


 Livro indicado: neurologia e neurocirurgia  Lesão no primeiro neurônio motor: O
 A função motora envolve a atividade primeiro neurônio motor é a via piramidal
muscular integrada com córtex cerebral, (que liga à medula ao córtex motor).
núcleos da base, cerebelo, núcleo rubro,  Ocorre diminuição da força, aumento dos
formação reticular do tronco, núcleo reflexos pela perda da inibição negativa e o
vestibular lateral e medula espinhal. tônus muscular vai ficar aumentado
Carolina Castelli, 142 - 2019

(hipertonia).  Marcha Ceifante: atua Doenças da placa motora


predominantemente nos músculos  É definida por critérios clínicos e exames
antigravidade. complementares, sendo decorrente de
 Exemplos: Tumores, neurotoxoplasmose, fraqueza dos músculos, e de caráter
ave. hereditário.
 Esclerose múltipla: desmielinização  As principais doenças da placa motora
medular (mielinite), com comprometimento são: miastenia gravis e doença de Eaton-
dos membros, com sinais piramidais. lambert.
Acomete mais mulheres jovens, podendo ter  Sintomas principais da placa motora:
acometimento visual também, alem de fraqueza, fadiga, dor, claudicação, espasmos,
sensitivo e motor. A síndrome cerebelar câimbra, alterações de volume.
pode estar associada com ataxia e falta de  Distrofias musculares: é miopatia definida
coordenação. por critérios clínicos e exames
 Neurotoxoplasmose: também apresenta os complementares onde todos os sintomas
sintomas motores contralaterais da são decorrentes da fraqueza dos músculos,
síndrome piramidal associada a convulsão sendo progressivamente piores, sendo de
em alguns casos. transmissão hereditária.
 Resumindo:  Distrofias musculares progressivas:
 Hiperreflexia forma de Duchenne e forma de Becker.
 Perda de força Forma das cinturas e forma fascio-
 Hipertonia escapulo-umeral. Forma óculo-faringea,
 Marcha ceifante forma distal, forma muscular miotônica.
 Duchenne: Na duchenne acomete
Segundo neurônio motor principalmente meninos, crianças, que a
 Seu corpo esta localizado na medula partir dos 3 anos manifestam dificuldades
anterior, e localiza-se após a sinapse com o de correr, subir degrais, e acometimento
1º NM. Ele encaminha os estímulos motores proximal. Ocorre atrofia da musculatura,
para a placa motora. principalmente próximal, com lordose. Pode
 Características: ocorrer pseudo-hipertrofia, mas na verdade
 Hiporreflexia ou arreflexia é substituição do musculo por gordura.
 Perda de força  Miopatias inflamatórias: podem ser
 Hipotonia e atrofia muscular infecciosas (toxo, trichinose, vírus) ou
 Tem fasciculações alterações imunológicas (dermatomiosite e
 A eminencia hipotênar apagada é a poliomiosite).
característica da lesão do 2º NM. 
 Exemplos: doenças infecciosas, paralisia
infantil (poliomielite), esclerose lateral
amiotrófica (ELA- acomete o 1º e 2º NM- só
comprometimento motor, sem alteração
sensitiva nem cognitiva).
 As principais doenças musculares são:
distrofias musculares progressivas,
miopatias congênitas, miopatias  Diagnostico de doença muscular: exame
metabólicas, miotomias, miopatias de clinico, estudo ENMG, dosagem das enzimas
atividade elétrica continua, miopatias séricas, biopsia muscular, e biologia
inflamatórias ou imunologicas, e miopatias molecular (DNA).
endócrinas.  Miastenia gravis: doenca autoimune que
acomete os receptores de ACH, acometendo
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mulheres de 10-30 anos e homens de 40-60, DISTURBIOS SENSITIVOS


muito associado a tireoidite de Hashimoto.
 Diagnósticos sindrômicos em neurologia:
O quadro clinico envolve fadiga muscular,
 Síndrome cognitiva
fraqueza ocular, fraqueza dos músculos
 Síndrome convulsiva (1ª ou 2ª)
proximais e da face, comprometimento
 Síndrome de hipertensão intracraniana
bulbar, crise miastênica.
 Síndrome meníngea
 Os testes farmacológicos diagnósticos:
 Síndrome motora
administrar piridostigmina 10mg IM+
 Síndrome sensitiva.
atropina 0,4mg IV e manda fechar os olhos
 As vias sensitivas ascendentes começam
com força e sorrir forçadamente, e vai ser
nos receptores periféricos na pele e nos
percebida uma diferença, com redução da
fusos musculares, e ascendem da seguinte
ptose e redução da queda da mandíbula.
maneira.
Não tem edrofônio no brasil.
 Os receptores proprioceptores e
 Podemos ainda estimular o músculo de
mecanoceptores recebem a informação. A
forma repetida, gerando uma queda da
primeira célula está fora do sistema nervoso
atividade motora na eletromiografia.
com seu corpo celular no gânglio posterior
 Pode-se pesquisar ainda anticorpos, na
da medula. O segundo é da medula (coluna
forma ocular pura, generalizada ou anti-
dorsal) ao bulbo, e o terceiro do bulbo ao
musk. Podem ser feitos exame radiológicos
córtex sensorial.  sensibilidade profunda
(RM) da porção anterior do mediastino na
 Os receptores nociceptores e
procura de timoma ou timo residual que
termoceptores, ascendem de outra forma.
produz anticorpos.
A primeira célula é igual, no gânglio da raiz
 Tratamento: timectomia,
dorsal, que faz conecção no corno posterior
imunossupressão, inibidores da
da medula, decussando para o corno
colinesterase.
anterior contralateral, e sobe até o tálamo,
onde está o terceiro neurônio, que leva o
estimulo ao córtex sensitivo.
 Disfunções sensitivas:

 Esclerose do cordão lateral: motor


descendente e corno anterior (sensitivo)
 Deficiência de B12: Degeneração das
colunas dorsais e foniculos dorsais
 Comprometimento da irrigação da
arterial espinal anterior: acomete toda a
parte anterior da medula (corno anterior,
sensibilidade unilateral e um pouco da via
piramidal)  cocaína favorece
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 Siringomielia: síndrome que acomete o ou Hiperpatia), ataxia sensitiva e tremor,


canal (tumor, hemorragia) ependimário que alterações tróficas, alteraçõe autonômicas
acomete sensibilidade anterior e cordão  Classificação:
lateral. A sensibilidade profunda é  Velocidade de instalação (aguda,
preservado. Paciente perde a sensibilidade subaguda, crônica)
superficial e mantem a profunda. Mais  Tipo de fibra nervosas acometidas
comum na porção toracica alta, com (motora, sensitiva, autonômica e mista)
manifestação de alteração motor do 2º NM a  Tamanho da fibra envolvida (grossa, fina,
partir da lesão, de ambos os lados. mista)
 Hemissecção medular: síndrome de vaul-  Distribuição (proximal, distal, difusa)
sequar, principalmente em trauma.  Padrão (monneuropatia, mononeuropatia
Sensibilidade profunda de um lado e múltipla, Polineuropatia, radiculopatias e
profudnda do outro, e as manifestações plexopatia)
dependem da altura do acometimento. Pode  Patologia (axonal, desmielinizante e
ocorrer por compressão extrínseca por mista)
tumor por exemplo. Comprometimento  Principais etiologias: síndrome de
motor do lado da lesão + alteração da guillain-barré, neuropatia diftérica,
sensibilidade profunda e do lado oposto, neuropatia etílico-carencial (EPW),
alteração da sensibilidade superficial. neuropatia toxica e medicamentoa,
 Transecção medular: perda da neuropatia diabética, vasculitica, neuropatia
sensibilidade superficial e profunda de paraneoplasica /macroglobulinemia,
ambos os lados a partir da lesão. Possui neuropatia amiloide, neuropatia
Manifestações piramidais e sensibilidade geneticamente determinada
totalmente comprometida.  Diagnostico: anamnese e exame físico,
 Os níveis sensitivos ajudam a definir a exams hematológicos e bioquímicos, exame
altura da lesão sensitiva. do LCR, exame ENMG, biopsia do nervo.

Neuropatia Periférica
 Classificação das Neuropatias DOENÇAS CEREBROVASCULARES
periféricas:  A vascularização do cérebro é feita por um
 Comprometimento dos nervos sistema anterior, formado pela carótida
periféricos isolados  compressão por interna que emite 3 ramos: artéria cerebral
aneurisma, diabetes, hanseníase (ver anterior e media e artéria comunicante
marcha) anterior.
 Troncos nervosos (hérnia de disco)  O sistema posterior é formada pela artéria
 Raízes vertebral cujos ramos são artéria cerebral
 Gânglios sensitivos (paralisia facial posterior, basilar e comunicante porterior.
periférica, zoster)  A carótida interna (fica mais para fora)
 Polineuropatia (diabetes é a principal entra no crânio fazendo um cifão.
causa)  A artéria cerebral media irriga o córtex, os
 Obs: paralisia facial – na central preserva a núcleos da base, a capsula interna, entre
porção superior só desviando o labio, e na outros.
periférica não, acomete a testa, não da para  Sistema vertebro-basilar: a síndrome de
franzir a mesma, e o olho permanece aberto. encarceiramento é um estado de perda da
 Sinais e sintomas: alteração motora (tono função encefálica preservando parte do
reflexo e força), alteração da sensibilidade cérebro, mantendo a função dos olhos e
(hipo ou anestesia, parestesia, hiperestesia sono-vigilia.
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 Definição: Quadro súbito de disfunção focal pressão de perfusão cerebral (PPC) sobre a
da função encefálica, com duração maior resistência vascular cerebral (RVC). A PPC é
que 24h, de gravidade variável, que pode a Pressão arterial (PA) – a pressão venosa
ser progressiva. (PV). A RVC é o calibre arterial cerebral, que
 O quadro que dura menos de 24h com é sensível as variações de PaCO2.
recuperação total é um ataque isquêmico  Quando o fluxo sanguíneo cerebral fica
transitório, e ele não evolui com sequela. menor que 30 ml/min, ocorre injuria.
 Aquele paciente que teve um ataque  Dessa forma, a área afetada pode ser
isquêmico que durou menos de 24h, porem, separada em: área de necrose, área
que tem imagem de infarto cerebral, teve isquêmica, e área de penumbra isquêmica. A
um AVC e não um AIT. necrose é a extensão de neurônios não
 Fatores de risco para DCV: idade acima de recuperáveis, e dessa forma, é a extensão da
65 anos, sexo masculino, historia familiar, sequela. A área de isquemia e penumbra
negros, hipertensão, cardiopata ainda pode ser salva.
(principalmente o paciente com FA),  É importante entender que a clinica
diabetes, hipercolesterolemia, expressada é a soma das três regiões
sedentarismo, tabagismo, excesso de álcool, lesionadas.
estenose assintomática da carótida, AIT  Tipos de avc: isquêmico (AIT, infarto,
prévio. infarto lacunar, embolia) e hemorrágico
 Fatores que modificam os fatores de (intraparenquimatoso, sub-aracnoide).
risco: anti-hipertensivo, dieta,  85% das DCV são isquêmicos.
antiplaquetário, anticoagulante,  Pacientes com hipertensão arterial de difícil
antiarrítmico, controle glicêmico, drogas controle podem apresentar microblooding
redutoras do colesterol, dieta, exercício (pequenos sangramentos).
físico, cessação do tabagismo, redução de  O tempo de AVC é fundamental, e quando
álcool, antiplaquetário. não se sabe precisar, considera-se o inicio
 A hipertensão arterial leva à alteração do do quadro pela ultima vez que o paciente foi
vaso, com dimunuição do calibre, aumenta a visto sem sintomas.
pressão para que se mantenha um grande
fluxo. O diabetes mielito gera Exame físico do paciente com AVE
microangiopatia. O tabagismo e álcool  Avaliação do nível de consciência, sinais
agridem o endotélio, que leva à vitais como PA, temperatura, ritmo
arterioesclerose. A FA pode levar à trombos respiratório, pulso e saturação, avaliação de
que geram avci. Os AVC criptogenicos são de sinais de trauma na cabeça, jugula,
origem não determinada. carotídea, buscar historia de trauma,
 O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é a  O exame de fundo de olho deve ser avaliado,
principalmente auxiliando o AVEH, porem, a
ausência de alterações no exame de fundo
de olho não podem descartar o AVE.
 O que esperar no exame de fundo de
olho? Hemorragia sub-hialoide, perda
visual mono-ocular com palidez retiniana.
 Paciente com sinais motores (piramidais)
do lado direito tem lesão do lado esquerdo!
e isso é clássico da cerebral media.
 Após o exame físico é preciso pedir uma TC
de crânio SEM contraste.
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 Sinal de babinski bilateral é uma


hemorragia ou meningite, sendo sinal de
acometimento meníngeo e não de síndrome
piramidal.
 Sinal semiótico de hemorragia
subaracnóidea: síndrome completa do 3º
NC, compressão do nervo craniano.  ptose
palpebral do lado acometido + olho
desviado para fora + midríase  ocorre
devido a artéria cerebral posterior que
rompeu, o sangue coagula e como um tumor
ele comprime os nervos ou é um aneurisma  Hemorragia cerebral espontânea (HCE):
na junção da artéria cerebral posterior com 1. A HCE se define como um sangramento
a ?? no parênquima cerebral de origem não
 Manifestação clinica dos tipos de AVC: traumática. Tem alta mortalidade e apenas
20% dos pacientes estão independentes
Acidente Vascular Hemorrágico após 6 meses do AVC
 Intraparenquimatoso: as causas mais 2. Causas mais frequentes são: HAS
comuns são hipertensão arterial (microangiopatia hipertensiva), angiopatia
(microaneurismas de charcot-bouchard), amiloide e uso de nticoagulantes
angiopatia amiloide (em idosos), distúrbios 3. As bases para tratamento incluem:
de coagulação (cumarínicos), lesões terapia hemostática (vit K), controle da PA
expansivas como tumores, malformações, (>180x110), e evacuação do hematoma
angiomas cavernosos; transformação do (evitar sua expansão)
AVC isquêmico em hemorrágico e 4. Rapidez e controle agressivo inicial pode
drogadição. mitigar a lesão cerebral secundária
 Subaracnóideo: causas mais comuns são 5. A conduta inicial inclui: estabilização
trauma, aneurisma e malformação imediata, neuroimagem rápida e acurada
arteriovenosa (MAV). para estabelecer o diagnóstico e a etiologia.
 Manifestação clinica: cefaleia, torpor, 6. Considerar intervenção cirúrgica precoce
rigidez de nuca, sintomas progressivos, e prevenção de lesão cerebral secundária
inicio durante alguma ação, e os sintomas 7. Controle da PA: administração
não se associam com o local vascular endovenosa de labetalol, nicardipina,
lesionado. enalapril, hidralazina, urapidil, ou nitratos
 Conduta: controlar fatores de risco, avaliar  Outras etiologias de HCE: Aneurismas
indicação e trombolítico (RTPA) via venosa intracranianos (geralmente como
e intra-arterial, avaliar Terapia hemorragias subaracnóides), Malformações
endovascular, providenciar terapêutica arteriovenosas, Tromboses venosa cerebral
especifica para a etiologia sistêmica, e e infarto venoso, Tumores cerebrais
planejar reabilitação. primários e metástases (CA de pulmão e
melanomas), Abuso de drogas (cocaína e
anfetaminas)
 Hemorragia sub-aracnoidea (HSA):
Corresponde a 5% de todas os AVC e se
devem especialmente à ruptura de
aneurismas intracranianos e menos a outras
mal-formações. Cursa com cefaleia súbita
intensa e rápida deterioração do nível de
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consciência são sinais característicos. Te  Escala de Hunt & hass: 1) assintomático ou


que Buscar sinais meníngeos, fazer TC cefaleia leve, 2) cefaleia moderada a grave
imediata. A angiografia constitui o método ou paralisia oculomotora, 3) confuso tonto
diagnóstico definitivo, se os achados na ou com sintomas focais discretos. 4)
angio CT não forem claros. Evitar torporoso, 5) COMA.
hipervolemia, usar Nimodipina  Complicação das hemorragias:
(neuroproteção e vasoespasmo) – 60mg VO
até de 4/4hs até por 3 semanas e atenção
para a hiponatremia! A prioridade
terapêutica é evitar o ressangramento (20%
nos primeiros 10 dias). A definição de
terapêutica cirúrgica ou endovascular deve
ser discutida entre o neurocirurgião e o
radiologista intervencionista. O
procedimento deve ser realizado nos
primeiros 3 dias do sangramento, para
evitar o ressangramento e o vasoespasmo.
 A hemorragia no espaço sub aracnoideo
gera como reação uma vasoconstrição Aneurisma
intensa.  A malformação na camada muscular das
 Bandeiras Vermelhas para HSA: Cefaléias artérias do cérebro é geneticamente
súbitas – “ a pior dor de cabeça da sua vida” herdada.
– durante atividade ou não, Enxaquecas
acompanhadas de fenômenos neurológicos,
Cefaleia e sinais meníngeos ou distúrbios da
consciência, Cefaléia periorbitária e/ou com
paralisias oculares.
 Classificação prognostica de
vasoespasmo – Fisher:
 Grupo 1. Sangue não detectável pela TC –
não se prevê espasmo (10% risco)
 Grupo 2. Sangue difuso que não parece
ser denso o bastante para representar
um coágulo homogêneo, grande e
espesso; não se prevê um espasmo grave
(20%)
 Grupo 3. Densa coleção de sangue que
aparenta representar um coágulo maior  Fatores que afetam a oclusão do
que 1 mm espesso no plano vertical ou aneurisma:
maior que 5 x 3mm no plano horizontal
em sua dimensão longitudinal e
transversal - prevê-se um espasmo grave
(20%)
 Grupo 4. Coágulos intracerebrais ou
intraventriculares mas somente com
sangue difuso ou sem sangue nas
cisternas basais – não é previsto em
espasmo grave (40%)
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 .AVEI Hemisférico:

Terapia Trombolítica
 Critérios de inclusão:
 Maior de 18 anos
 Diagnostico clinico de AVC
 AVC ocorreu em 4,5 horas ou há 3 horas se
maior de 80 anos.
 TC de crânio sem contraste, SEM
HEMORRAGIA.
 Critérios de exclusão:
 Tratamento do aneurisma: neurocirurgia
ou via endovenosa.
 Colocação de colls x clipagem

Acidente vascular Isquêmico


 AVC isquêmico embólico: A Fibrilação
atrial é uma alteração do ritmo cardíaco
associada a um aumento de 5x do risco de
AVC. O Risco maior é em torno dos 75 anos
e história de AVC prévio. Na origem cardio-
embólica a Indicação de anticoagulante é
em pacientes acima de 65 anos. Nos
pacientes de embolias de origem arterial,
estão indicadas as terapias antiplaquetárias,
que deve ser iniciada em até 24hs após o TC  Como diminuir o tempo porta-agulha? O
excluir hemorragia. A terapia samu tem que avisar o hospital que é um
anticoagulante deve ser iniciada entre os possível AVC, disponibilidade para os
dias 4 e 14, na dependência da gravidade do protocolos de AVC, ativação da equipe de
quadro. Anticoagulantes não relacionados AVC e rápido protocolo de triagem, exame
com vit K orais são seguros. A terapia físico, neuroimagem e exames laboratoriais
antiplaquetária inclui 75mg de Clopidogrel imediatos nachegada,preparar rtpa se o
associada à 75-100mg de Ácido acetil- paciente for elegível, acesso rápido a
salicílico. administração intravenosa, observar a
 Manifestações segundo as artérias resposta imediata efazer revisões
acometidas: periódicas por parte de toda a equipe de
AVC.
 Administrando o rTPA:
 avaliar o estagio do quadro clinico
 estabelecer o peso, a dose é de 0,9mg por
KG até o máximo de 90mg intependente
do peso do paciente
 administrar 10% da dose em bolus em 1
minuto
 os outros 90% da dose são infundidos ao
longo de 1h
 dissolver o frasco de 50mg em 50ml de
agua destilada de modo que 1ml=1mg
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 Complicações do rTPA:  Objetivos na fase crônica: Manter os


 Transformação do AVC isquêmico em objetivos da fase aguda, Normalizar o tônus
AVE hemorrágico no hemicorpo acometido, Treinar
 Hemorragias não cerebrais como, atividades de vida diária (AVD’s), Treinar
hemorragia de estomago, vesícula. Sendo marcha, Treinar memória cinestésica,
maiores em pacientes idosos, diabéticos, Reaprendizado motor.
com defict neurológico inicial muito alto  Exercícios: alongamento, fortalecimento
e quando ocorre violação do protocolo muscular, treino de sensibilidade e
de inclusão ou exclusão. propriocepção, treino de marcha, estimulo
 Terapia invasiva endovascular: ao reaprendizado motor.
1. Trombectomia mecânica intra-arterial  Técnicas de desenvolvimento
com colocação de stent está indicada na neuromoto:
oclusão de grandes vasos da circulação  Método Bobath: trabalha com a
anterior facilitação do movimento, ou seja,
2. Requer um “Centro de AVC” com neuro- solicita-se ajustamentos automáticos na
radiologistas intervencionistas treinados postura, a fim de produzir reações
3. Exige angiografia (após a rtPA nos automáticas de movimentos
elegíveis)  Método Kabat: uma técnica de
4. Procedimento em paciente consciente sob Facilitação Neuromuscular
sedação (melhor que sob anestesia geral) Proprioceptiva
5. Pacientes com menos de 85 anos  Método de Rood: O método de
6. Lesões cerebrais não difusas estimulação sensório-motora é
7. Realizadas até 6 a 8hs depois do AVC fundamentado na teoria hierárquica do
8. Quando associada à rtPA venosa prévia controle motor, baseada na ideia de
expande ohorário de sua aplicação evolução ontogenética;
 Hidroterapia
Reabilitação do AVC  Órteses: bengalas, muletas. Talas
 Deve ser iniciada precocemente  Exoesqueletos
 Tem como objetivos melhorar a força
muscular e o tônus, buscando melhorar as Exames complementares
AVD  A técnica de difusão mostra alterações mais
 Utiliza técnicas variadas, caso a caso, recentes.
incluindo técnicas robóticas
 Acupuntura: vasodilatação, espasticidade,
dores DISTURBIOS COGNITIVOS
 Objetivos na fase aguda:  Diagnósticos sindrômicos em neurologia:
 Síndrome cognitiva
 Síndrome convulsiva (1ª ou 2ª)
 Síndrome de hipertensão intracraniana
 Síndrome meníngea
 Síndrome motora
 Síndrome sensitiva.
 A demência é um grupo de doenças que se
caracteriza por um declínio
/comprometimento na memoria,
linguagem, solução de problemas e outras
habilidades cognitivas que afetam a
capacidade da pessoa de executar suas
Carolina Castelli, 142 - 2019

atividades da vida diária. O defict devem ser impedimento- marca-passo por exemplo)
suficientemente graves de forma que atrofia dos hipocampos é um sinal
afetam o funcionamento ocupacional ou diagnostico de Alzheimer.
social.  Fisiopatogenia da demência:
 Este declínio ocorre porque os neurônios de  Diagnostico: Utilizar critérios para o
partes do cérebro envolvidas na função diagnóstico correto, Fazer uma anamnese,
cognitiva foram lesadas ou destruídas. exame físico e neurológico cuidadosos,
 Este comprometimento é confirmado a Realizar exames complementares básicos,
partir de uma avaliação neuropsicológica. visando o diagnóstico de demências
 Afasia, aoraxia, agnosia, ou alterações da secundárias, que podem ser potencialmente
função executiva estão presentes. reversíveis: exames no sangue e
 Tríade da demência: neuroimagem, Avaliar a função cognitiva,
- alteração cognitiva Estagiar a doença: demência leve,
- alteração comportamental moderada,ou grave. Fazer mini exame do
- alteração no cotidiano (pp perda da estado mental (MEEM), fluência verbal
autonomia) (animais sendo <9 comprometido nos
 A demência primaria é uma anomalia do analfabetos e menor que 13 em
cérebro, enquanto a secundaria é em alfabetizados), teste da memoria de figuras
decorrência de uma doença primaria. e teste do desenho do relógio.
 Demências primarias degenerativas:
 Manifestações corticais
predominantes: doenca de Alzheimer,
degeneração do lobo fronto-temporal
(DFT), variante comportamental da DFT,
afasia progressiva primaria, demensia
semântica.
 Incluem manifestações sub-corticais:
demência com corpos de lewy, demência
da doenca de Parkinson, paralisia
supranuclear progressiva, atrofia de
múltiplos sistemas, doenca de
Huntington.  O mini teste tem influencia da escolaridade,
se for escolaridade superior considera-se
afetado o total abaixo de 27, se a
escolaridade for media, abaixo de 25, e se a
 Demências secundarias prevalentes: escolaridade for baixa, abaixo de 19.
 Estadiamento da demência:
- demência leve: ainda independente para a
maioria das AVD, ideação critica preservada
e comportamento normal
- demência moderada: dependência
variável, erros de interpretação e de
julgamento, mudança comportamental.
- demência grave: dependência para a
maioria das AVD, perda de conceitos
básicos e presença de distúrbios
 O padrão ouro de imagem em demência é a comportamentais.
Ressonância Magnética (a menos que tenha
Carolina Castelli, 142 - 2019

 O que sabemos sobre a demência hoje?  Acetilcolina


Alterações anatomo-patologicas incipientes Os níveis de acetilcolina estão
da DA precedem as manifestações clinicas anormalmente baixos. Esta é a base para o
em cerca de 15 a 20 anos. Está-se tornando tratamento com inibidores de
evidente que a DA não é uma simples colinesterases – indicados para as fases
entidade, mas um grupo de doenças, pelo leve, moderada a moderada-grave
menos parcialmente diferenciáveis por uma
arquitetura genética própria; Devem existir
subtipos anátomo-patológicos de DA
dependentes da idade do início da doença;
Devido ao possível longo curso pré-
sintomático da DA e sua evolução, é muito
importante o foco na sua prevenção.
 Glutamato
 Formas atuais da DA: De inicio precoce e
Os níveis sinápticos de glutamato estão
de inicio tardio.
elevados. Esta é a base para o tratamento
Demências Primárias Degenerativas com memantina – indicada para as fases
 Essas demências são classificadas como: moderada-grave a grave. A memantina tem
- Corticais: predominam as alterações de ação antagonista do receptor NMDA,
memoria, comportamento e linguagem.  o controla a entrada de Ca no neurônio pós-
principal exemplo é a doenca de Alzheimer sináptico. Apresentação: comprimidos de
e degeneração lobar fronto-temporal: 10 mg
- Subcorticais: alterações iguais, somadas Doses e titulação:
as manifestações disexecutivas Semana 1: 1⁄2 comp. de manhã
(planejamento) e distúrbios motores Semana 2: 1⁄2 comp. de manhã e 1⁄2 comp
(execução)  principais exemplos são à noite
demências com corpos de lewy e demência Semana 3: 1 comp de manhã e 1⁄2 comp à
da doença de parkinson. noite
Semana 4: 1 comp de manhã e 1comp à
Alzheimer noite
 É uma deficiência genética ligada a fatores  Tratamento não farmacológico: É
como pré-senilinas 1 e 14, APP-21, APOE- importantes também na prevenção!
19, Alfasinucleina-4. Além disso, a idade Exercícios físicos regulares são eficazes,
avançada, e fatores ambientais como Manter atividade intelectual e hábitos
doenca vascular, baixa escolaidade, radicais adquiridos preserva a cognição, Não se tem
livres, e neurotoxinas podem desencadear a dados objetivos de medicina alternativa,
cascata patológica do Alzheimer. Essa mas Psicoterapia é importante, Terapia
cascata consiste em: formação de ocupacional, Fonoaudiologia, Centros de
oligômeros, placas senis (amiloides)............ convivência, e Capacitação de familiares e
 Diagnostico de Alzheimer: utilizar cuidadores.
critérios para o diagnostico correto, fazer  Ver neuroimagem
uma anamnese, exame físico e neurológico
cuidadoso, realizar exames complementares Demências Secundárias
básicos.  Demência vascular: as causas são
 Tratamento sintomático: Dois sistemas múltiplos infartos cerebrais, pode ser
principais de neurotransmissores foram decorrente de comorbidades associadas
estudados em relação a estratégias como HAS, diabetes e arteriopatias ou por
terapêuticas na DA: microangiopatia diabética que gera atrofia
cerebral. Por exemplo, o infarto talâmico
Carolina Castelli, 142 - 2019

bilateral é uma causa de demência 3. Hereditário: Huntington e doença de


secundaria. Wilson.
 Hidrocefalia normobárica: o ventrículo na 4. Secundário: por infecção, drogas,
neuroimagem mostra-se mais dilatado, toxinas, vascular, trauma ou metabólico.
além de outros achados de imagem. Quando  Fisiopatologia: ocorre devido à
o diagnóstico é precoce o tratamento leva a degeneração dos neurônios dopaminérgicos
cura. A tríade da HNB ou hidrocefalia de pigmentados, principalmente da substancia
pressão normal (HPN) são: negra e pela presença de corpos de lewy
- apraxia de marcha (inclusões proteináceas
- incontinência urinaria intracitoplasmáticas). Apesar de afetar mais
- demência leve os neurônios dopaminérgicos, a
degeneração neuronal pode acometer
também os neurônios colinérgicos basais,
DOENÇAS EXTRAPIRAMIDAIS noradrenergicos do locus ceruleus,
 Os problemas de marcha e equilíbrio são serotoninérgicos dos núcleos da rafe e os
comuns no idoso e contribuem para o risco neurônios olfatórios, sendo esses os
de quedas e lesões. mecanismos pelos quais as manifestações
 A deambulação depende da integração não dopaminérgicas ocorrem.
entre controle postural e locomoção. As  Esse mecanismo inflamatório e imunológico
informações sensoriais para o controle de morte neuronal ocorre devido a
postural são geradas pelo sistema visual, interação entre fator genético, fator
receptores proprioceptivos nos fusos ambiental (ou toxico) e fator metabólico
musculares e articulações, alem da (idade, doenças de base), sendo uma doenca
integridade vestibular. multifatorial.
 A doença de Parkinson é comum na faixa  Não há diferença de sexos, ambos são
etária acima de 55 anos, e ela será o acometidos igualmente, sendo na etnia
enfoque como exemplo de doença caucasiana maior do que na negra. A idade
extrapiramidal. de inicio pode ser precoce (20-40 anos),
 Definição da doença de Parkinson: mas o mais prevalente é a partir dos 40
doenca degenerativa, idiopática, com inicio anos.
gradual e simétrico, de evolução  Manifestação clinica: tremor de repouso,
progressiva. Caracteriza-se clinicamente rigidez, instabilidade postural, sudorese,
por tremor de repouso, rigidez, bradicinesia sialorreia, hiposmia, hipotensão ortostática,
e instabilidade postural. disfagia, constipação, disfunção urinaria e
Obs: posteriormente esses critérios foram sexual, distúrbios sensitivos, paralisia do
reformulados pelo Banco de cérebros do olhar conjugado para cima, depressão e
reino unido como tremor de repouso, demência, congelamento da marcha.
assimetria e boa resposta à levodopa mas  Parkinsonismo Plus (atípico): nessa
isso não cai na prova. forma ocorre acometimento também do
 Parkinsonismo: é um termo genérico globo pálido e estriado, que gera paralisia
empregado para definir uma síndrome supranuclear progressiva (retrocolis,
manifestada por Bradicinesia com rigidez quedas desde o inicio, demência precoce,
e/ou tremor. pouca resposta à levodopa), atrofia de
 Classificação de parkinsonismo: múltiplos sistemas (MAS- sintomas
1. Primaria: doença de Parkinson cerebelares, hipotensão postural, estridor
2. Parkinsonismo-plus: paralisia laríngeo, pouca resposta a levodopa) e
supranuclear progressiva, atrofia de degeneração ganglionar corticobasal
múltiplos sistemas. (síndrome da mao alienígena).
Carolina Castelli, 142 - 2019

 Parkinsonismo Hereditário: doença de  Síndrome motora


Huntington, doenca de Wilson, doenca de  Síndrome sensitiva.
machado joseph, doenca de fahr.  Definição de epilepsia: não é uma doença
 Parkinsonismo Secundário: pode ocorrer específica ou uma única síndrome.
devido a aidente vascular encefálico, compreende um grupo de doenças que têm
fármacos (bloqueadores do receptor de em comum crises epilépticas;
dopamina, reserpina, lítio, tetrabenazina e
flunarizina), tumor, infecção, exposição a CRISE EPILÉTICA
monóxido de carbono e manganês, SIDA,  eventos clínicos que refletem descarga
metanol. elétrica anormal, excessiva e transitória de
 Tratamento: Padrão ouro é LEVODOPA + um conjunto de neurônios de parte do
INIBIDOR DE DESCARBOXILASE encéfalo (crises focais) ou de área mais
 Outros: agonista dopaminérgico extensa envolvendo os dois hemisférios
(bromocriptina, pergolide, ropinirole, cerebrais (crises generalizadas). Quando
pramipexole, cabergolina) inibidor da MAO- decorrentes de doenças neurológicas
B (selegelina), inibidor da COMT agudas (meningoencefalite, TCE, AVE,
(entacapone e tolcapone), piribedil, hipoglicemia, insuficiência renal ou
amantadina e anticolinérgicos. hepática) não constituem epilepsia.
 Predomínio de TREMOR (<60anos):  Incidência: 5% da humanidade terão pelo
anticolinérgicos, amantadina, levodopa, menos uma crise epiléptica durante a vida
agonistas dopaminérgicos, inibidores da (não é epilepsia)
COMT, piribedil.  Ocorre principalmente, nos extremos de
 Predomínio de ACINESIA/RIGIDEZ faixa etária (crianças abaixo de 2 anos e
(<60anos): agonistas dopaminérgicos, adultos acima de 65 anos)
levodopa, inibidores da COMT, piribedil,  Classificação: é baseada no tipo de crise, na
selegelina idade de início, nos sinais clínicos ou
 Predomínio de TREMOR (>60anos): neurológicos associados, na história
amantadina, levodopa, agosistas familiar, nos achados EEG, lesão estrutural
dopaminérgicos, inibidores da COMT, nos exames radiológicos e no prognóstico.
piribedil.  Tipos de crise epiletica:
 Predomínio de ACINESIA/RIGIDEZ 1. Crises parciais ou focais
(>60anos): agonistas dopaminérgicos, a) Crises parciais simples (CPS)
levodopa, inibidores da COMT, piribedil, -com sinais motores
selegelina. -com sinais sensitivos, somatossensoriais
 Tratamento cirúrgico: talamotomia, -com sinais ou sintomas autonômicos
palidotomia, estimulação cerebral profunda -com sintomas psíquicos
(ECP), transplante. b) Crises parciais complexas (CPC)
 Associar ao tratamento medicamentoso: -Inicio com crise parcial simples seguida
fisioterapia, terapia ocupacional, re- por alteração de consciência
habilitacao postural, fonoaudiologia. -Alteração de consciência desde o inicio
c) Crises secundarias generalizadas
- CPS evoluindo com crise TCG
CONVULSÕES - CPC evoluindo para crise TCG
- CPS evoluindo par CPC e depois para TCG
 Diagnósticos sindrômicos em neurologia:
2. Crises generalizadas (desde o inicio)
 Síndrome cognitiva
a) Crise tonico-clonica generalizada
 Síndrome convulsiva (1ª ou 2ª)
b) Crise de ausência
 Síndrome de hipertensão intracraniana
c) Crise de ausência atípica
 Síndrome meníngea
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d) Crise mioclonica primeira crise? Qual a chance de


e) Crise clonica recorrência? Existem limitações a serem
f) Crise atonica impostas ao paciente? Qual o risco da
medicação antiepiléptica?
EPILEPSIA
 Classificação: Idiopatica (transmitias
geneticamente com maior expressão em
determinadas faixas etárias), sintomáticas
(tem etiologias identificadas), criptogenicas
(de presumível base orgânica, sem que se
esclareça a etiologia).
 A classificação é Baseada no tipo de crise, na
idade de início, nos sinais clínicos ou
neurológicos associados, na história
familiar, nos achados EEG, lesão estrutural
nos exames radiológicos e no prognóstico.
1. Sindrome e epilepsia localizadas:  Tratamento:
Epilepsia do lobo temporal, mais comum no 1. Crises parciais ou focais (parciais
adulto, associada a esclerose mesial, simples, parciais complexas,
tumores de baixo grau e MAV. Tem inicio na secundariamente generalizadas):
segunda decaa de vida. CARBAMAZEPINA
2. Síndrome e epilepsias generalizadas: FENITOINA
a) Ausência na infância: tem inicio ACIDO VALPROICO
relacionado a idade, dura ate 30 FENOBARBITAL
segundos, remite na puberdade, é clonica 2. Crises generalizadas:
tonica atonica e autonômica, tem ACIDO VALPROICO
automatismos. CARBAMAZEPINA
b) Síndrome de WEST: espasmos em FENITOINA
flexão, atraso DNPM. Pouca resposta ao FENOBARBITAL
tratamento.  Novas medicações: oxcarbazepina,
c) Sindrome de Lennox-Gastaut: crises lamotrigina, vigabatrina, topiramato,
tônicas axiais, ausência atípica, crises gabapentina.
atônicas.
3. Síndromes especiais: convulsões febris,
crises isoladas ou estado de mal isolado, TCE
crises que ocorrem somente em evento  O trauma crânio-encefálico ocorre mais em
toxico ou metabólico. homens que mulheres (2:1), e mais em
 Investigação: identificar o tipo de crise, jovens por acidentes de transito, queda,
fazer exame neurológico, EEG, ressonância agressão e esportes.
magnética, TC de crânio, vidio EEG e  O TCE pode ser devido ao impacto (sendo
espectroscopia por RM. esse o TCE primário) ou pode ser uma
 Quando tratar a 1ª crise? Cerca de 9% da reação orgânica que se desenvolve a partir
população irá apresentar uma crise ao longo de um impacto inicial (sendo este
da vida; menos de 1/3 irá desenvolver secundário)
epilepsia; Verificar se: Foi mesmo uma crise  A pressão intracraniana (PIC) normal é de
epiléptica? (síncope, simulação, distúrbios 10mmHg, uma vez que o volume do
do sono, intoxicações, somatização, contudo craniano é constante.
movimentos involuntários); Foi mesmo a  As determinantes da PIC são:
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 Encéfalo retroauricular (sinal de battle), disfunção


 Líquor do VII, VIII.
 Sangue
 O aumento de qualquer um desses QUANTO À LESÃO INTRACRANIANA
componentes gera aumento da PIC. Concussão
 Quando a PIC aumenta ocorrem
 É uma lesão DIFUSA. É a perda temporária
mecanismos de compensação, sendo eles:
da função neurológica que pode ser desde
 Expulsão do Líquor dos ventrículos e das
amnesia e confusão até breve perda da
cisternas para o espaço subaracnóideo.
consciência. É uma lesão leve, com
 Diminuição do sangue contido no
recuperação da consciência em até 6 horas.
sistema venoso encefálico.
 A pressão de perfusão cerebral é calculada a Lesão axonal difusa (LAD)
partir da formula  É uma lesão DIFUSA. Secção das fibras
PPC = PAM – PIC nervosas consequente ao movimento
 A classificação do TCE pode ser dada pela brusco do sistema nervoso sobre si mesmo
escala de Glasgow, sendo a intubação (chicote). A mortalidade é de 33% tendo
obrigatória abaixo de 8. alteração importante da consciência. Não há
 Leve: 15-14 indicação cirúrgica. A perda da consciência
 Moderado: 13-9 é superior a 6h. Quando eu suspeito?
 Grave: 8-3 Quando o paciente tem uma dissociação do
 Radiografias no trauma: Coluna cervical, quadro agudo clinico com o exame de
bacia e tórax em AP (cervical não é mais imagem. Paciente com Glasgow 3, por
necessário segundo a 10ª edição do ATLS) exemplo, porem com lesões cerebrais à TC
 O trauma pode ser fechado ou penetrante. são discretas. Pode haver pequenos focos
 As lesões podem ser classificadas quanto a hemorrágicos cerebrais difusos na junção
morfologia e quanto as lesões cerebrais da substancia branca e cinza, hemorragia
intracranianas. intraventricular e etc. O mecanismo de lesão
 Morfologia: Fratura de calota simples e é força de cisalhamento! Que provocam
fratura de base de crânio tais lesões, como ruptura axonal e de
 Lesão cerebral: focal (subdural, pequenos vasos (gerando as petéquias). É
extradural e intracerebral) ou difusa frequente que a TC seja normal (50% dos
(concussão e LAD), Sendo a difusa de casos).
maior complexidade diagnostico via  Grau 1: focos hemorrágicos na junção
imagem. entre substancia branca e cinzenta.
 Grau 2: grau 1 + focos hemorrágicos nos
QUANTO À MORFOLOGIA
núcleos da base, corpo caloso,
 Fratura simples de calota craniana: sem principalmente sua região posterior
afundamento  vista no exame de imagem  Grau 3: grau 1 e 2 + pequenos focos
como desalinhamento dos ossos, se for sem hemorrágicos no ronco cerebral.
lesões de encéfalo, não tem necessidade de Comumente associada a hemorragia
cirurgia. intraventricular.
 Fratura de base de crânio: dificilmente é
vista no raio X, mas cursa com sinais Contusão
clínicos muito evidentes como otorreia  Lesão FOCAL. Comprometimento da
liquorica, e rinorreia liquorica, superfície cerebral com vários graus de
hemotimpano, equimose periorbital (sinal hemorragia petequial, edema e destruição
do guaxinim) uni ou bilateral, paralisia tecidual. Déficit depende da localização e
facial, perda da audição, equimose tamanho da lesão. HIP (hematoma
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Intraparenquimatoso) pode ocorrer alguns longe da borda, ou vai do meio até a borda.
dias após TCE É abaixo da pia-máter.

Hematoma Extradural (Epi) Tratamento inicial


 Lesão FOCAL. É um extravasamento de  ABCDE do trauma: vias aéreas com proteção
sangue acima da dura-máter, na maioria dos da coluna cervical, respiração e ventilação,
casos decorrente de sangue arterial (da circulação com controle hemorrágico,
meníngea media), cujo volume que vasa é estado neurológico, exposição.
maior /mais rápido, tendo maior chance de  Transporte: o paciente tem que ser
efeito de massa e herniação. Como eu sei transportado na prancha, com colar
que é um HED? Ele apresenta uma imagem cervical, apoio lateral, aspirar vias aéreas se
biconvexa. A localização mais comum é houver vomito.
temporal ou temporo-parietal. O paciente  Analise da escala de Glasgow
apresenta intervalo lucido. O tratamento é  Tomografia computadorizada de crânio
cirúrgico com craniotomia quando o  Prevenção e tratamento hipotensão e
paciente está sintomático, com desvio da hipóxia. Se necessário IOT.
linha media > 10mm ou quando  Critérios para solicitação de TC (trauma
assintomático porem hematoma maior que leve):
10mm.  Se eu tenho fratura
 perda de consciência
Hematoma Subdural
 amnesia
 Lesão FOCAL. É mais frequente, geralmente
 cefaleia grave
de sangramento venoso, habitualmente
 vomito em jato
recobrem toda superfície do cérebro. Pode
 déficit focal
ser uni ou bilateral, sendo o unilateral mais
 Glasgow < 15
comum. Pode ser agudo ou crônico. O agudo
 Trauma moderado: solicitar TC de crânio
é que ocorre no momento do trauma, e o
com avaliação pela neurocirurgia,
crônico é o que ocorre em 3 semanas após o
hospitalização em UTI com avaliação
trauma  pacientes mais predispostos ao
neurológica frequente e nova TC se
hematoma Subdural crônico: cirrótico,
necessário. Paciente com trauma moderado
problemas na coagulação, pacientes idosos,
no qual a conduta é clinica mantem-se
pacientes em dialise.
observação por Hematoma Subdural
 O paciente evolui com mudança de
estando em dieta zero, hidratação venosa
comportamento, sonolência, demenciação,
com leito regulado à 30º.
sendo isso comum no idoso temos que
 Paciente de trauma faz omeprazol mesmo
prestar atenção! O hematoma crônico na
que trauma leve, manitol abaixo de
maioria das vezes é cirúrgico e o agudo tem
Glasgow 10 e corticoide sempre na
que ser avaliado, pois se for jovem e
suspeita de TRM. O manitol e o corticoide
pequeno pode ser reabsorvido sem a
NÃO são consenso, mas são pratica.
necessidade de drenagem.
Omeprazol é consenso. Ver sempre a
 A clínica depende da localização da lesão. A
bibliografia da prova ou do concurso, mas
imagem é em meia lua, podendo evidenciar
na pratica é feito.
até alguns sulcos, uma vez que é abaixo da
 Trauma grave: priorizar a correção
aracnoide.
hipovolêmica e hipóxica. Avaliação
 Como diferenciar o hematoma
neurológica + TC de crânio, intubação
Intraparenquimatoso do hematoma
orotraqueal quando Glasgow < 8, cuidado
Subdural? O Intraparenquimatoso ocorre
com a broncoaspiração. Monitorar PCO2
mantendo entre 30 e 35mmHg, evitando a
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hiperventilação. Se necessário expansão sensibilidade e/ou mobilidade em mm,


volêmica com cristaloides. perda da consciência secundaria ao trauma.
 No exame físico da ATLS buscar respiração
Tratamento – TCE GRAVE abdominal, priaprismo (ausência de
 Normalizar PIC estimulo sexual) e lesão em face ou pescoço.
 Otimizar PPC  O exame neurológico mostra ausência de
 Prevenir eventos que exacerbem ou resposta aos estímulos dolorosos abaixo da
desencadeiem lesões secundarias lesão, incapacidade de realização dos
 Evitar complicações iatrogênicas. movimentos voluntários nos membros,
 Normalização da PIC: intervir sempre que choque neurogencio com queda da PA e
PIC > 20mmHg por mais de 5-10min, se bradcardia e alteração no controle de
possível drenar liquoe para controle da PIC. esfíncteres.
Evitar a hiperventilação (realizar somente  Classificação:
se refratariedade), administrar MANITOL  Lesão medular completa: ausência de
(0,25 à 1g/kg), reposição volêmica para sensibilidade e função motora.
evitar hipovolemia, cabeceira elevada a 30º  Lesão medular incompleta:
(para que se mantenha a drenagem venosa pereservação parcial das funções
adequada), sedação com MIDAZOLAM ou motoras abaixo do nível da lesão.
PROPOFOL + opióides (coma barbitúrico e  Tetraplegia: perda da função motora e
bloqueador neuromuscular?). O corticoide sensitiva abaixo dos segmentos cervicais.
não é recomendado (caiu por terra) e pode-  Paraplegia: perda da função motora e
se manter hipotermia moderada entre 32 e sensitiva abaixo dos segmentos torácicos
34º. lombares ou sacrais.
 Manter a PPC: SEMPRE ACIMA DE 60!!  Neuroimagem: o TC é o melhor exame para
NÃO É MAIOR OU IGUAL. Manter a Hb estruturas osseas, maior sensibilidade do
acima de 9 e SatO2 > 95%. Manter expansão que radiografia simples e visualiza
volêmica adequada e balanço hídrico fragmentos osseos. Já a RNM auxilia o
cuidadoso. Ajuste da sedação e podem ser diagnostico do TRM com visualização das
utilizadas drogas vasoativas se necessário. estruturas neurais de lesões ligamentares.
 Prevenir eventos que exacerbam HIC:  Tratamento: o tratamento preoce no
prevenir e tratar hiponatremia, manter o momento do atendimento é o ATLS +
paciente normovolemico, evitar METILPREDNISOLONA até 8h após o
hipertermia, evitar hipoxemia, trauma (dose de ataque 30mg/kg; dose de
anticonvulsivantes (com FENITOINA e manutenção 5,4mg/kg em 23h)
CARBAMAZEPINA) e evitar hiperglicemia  Lesões somente medulares não são
(manter abaixo de 150mg/dl) cirúrgicas, apenas quando tem fratura dos
 Saber se o tratamento é clinico ou ossos vertebrais.
cirúrgico.  A neurocirurgia pode solicitar ainda: TC de
crânio e coluna cervical.
 Tomografia: Quando mais canais mais
TRM
precisa.
 O paciente com suspeita de lesão medular
(todo paciente com TCE) temos que
observar: se tiver estável fazemos TC e se DISTURBIOS DO SONO
tiver instável fazemos um raio x.
 Suspeitamos do TRM quando na anamnese
o paciente tem dor na coluna, perda da NEUROLOGIA DO IDOSO

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