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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

KAMILA LOUISE DERETTI

A MANEIRA QUE A REDE SOCIAL INSTAGRAM AFETA A VIDA DOS


JOVENS NO SÉCULO XXI – Uma análise do ponto de vista do episódio
“Queda Livre” de Black Mirror

ITAJAÍ/2019
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI
KAMILA LOUISE DERETTI

A MANEIRA QUE A REDE SOCIAL INSTAGRAM AFETA A VIDA DOS


JOVENS NO SÉCULO XXI – Uma análise do ponto de vista do episódio
“Queda Livre” de Black Mirror

O presente artigo foi elaborado para a matéria


de Sociedade e Cultura do curso de Publicidade e Propaganda
da Univali ministrada pela Profª.Dra. Damares Strassburguer
para avaliação e com o objetivo
de analisar um produto midiático
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo entender de que maneira o uso
da rede social Instagram afeta a vida dos jovens do século 21. Fazendo uma
analogia com o episódio Nosedive – Queda-Livre – da série Black Mirror, foi
possível perceber uma forte aproximação com a realidade atual das redes
sociais na internet, principalmente quando se trata de passar uma imagem sua
para tentar ser aceito por determinadas pessoas e grupos além de uma
construção irreal da vida cotidiana. Foi possível perceber que muitos jovens,
entre 14 e 24 anos, que se preocupam com esses apontamentos e outros fatores
como número de curtidas, seguidores e engajamentos tem uma maior propensão
a sofrer cada vez mais com a ansiedade e estresse psicossocial.

1. INTRODUÇÃO

Sabe-se que a comunicação é tão antiga quanto o mundo em que vivemos hoje.
Nascida com os homens das cavernas, os primeiros diálogos surgiram em forma
de desenhos e rabiscos que vinham como algo do cotidiano, uma narração de
como seria a caçada do próximo dia ou ainda, acreditavam que suas pinturas
nas paredes serviam de rituais “[...] se fizessem uma imagem da sua presa, os
animais verdadeiros também sucumbiriam ao seu poder.” (Gombrich, 1950). A
linha do tempo mostra que a comunicação partiu da era primitiva passando por
vários povos, inúmeras maneiras de comunicar que perpassavam de simples
grunhidos a conversas com pessoas do outro lado do mundo.

Atualmente, vivemos rodeados de meios de comunicação, eletrônicos e


impressos, todos querendo mostrar algo, falar sobre alguém ou como seguir um
novo estilo de vida, esse último que antes se via em revistas e nas televisões
vem se tornando cada vez mais frequentes nas redes sociais. “[...] Uma rede
social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas,
instituições ou grupos) e suas conexões (iterações ou laços sociais).” (Racuero,
2009). Esses sites trouxeram grandes mudanças na comunicação, mudanças
que foram fundamentais para o mundo como por exemplo, a possibilidade de
expressão, socialização, compartilhamento de fotos e vídeos etc pelo
smartphone, tablets e computadores com pessoas de outros lugares. Essa
socialização acabou aproximando as pessoas de suas celebridades e sub-
celebridades preferidas, como é o caso do Twitter (2006) e principalmente o
Instagram (2010). O fenômeno das redes sociais se tornou tão grande que hoje
55% (4,1 bilhões de pessoas) da população mundial tem acesso a elas, o
crescimento desses sites de lazer se tornou tão grande que acaba sendo uma
preocupação com os perigos que os assolam.

Este trabalho propõe uma discussão a respeito da maneira que a rede social
Instagram afeta a vida dos jovens no século XXI. Trazendo em seu bojo teórico
uma aproximação entre o uso da rede social e o episódio Nosedive – Queda
Livre em tradução literal – da série futurística Black Mirror, o presente artigo
procurou entender como toda essa carga de informação vinda e presente no
Instagram pode, de alguma maneira, influenciar a vida do jovem.

2. METODOLOGIA

O presente artigo tem um caráter análogo, ou seja, relação de semelhança entre


coisas ou fatos distintos. Sua abordagem dá-se de um estudo de caso que,
segundo André (2008, p.18 e 19) é uma investigação da particularidade e
complexidade de um caso singular, levando a entender sua atividade dentro de
importantes circunstâncias.

Este artigo é realizado sob a análise do episódio “Queda-Livre” da série


futurística Black Mirror, observando a aproximação com a realidade das redes
sociais atualmente, que consta de que maneira ambos casos afetam a vida das
pessoas com o uso demasiado dos novos meios de comunicação,
compartilhamento e expressão de cada indivíduo na internet.

Sua natureza se caracteriza como bibliográfica, que segundo Fonseca (2002)


traduz uma pesquisa realizada através de bases teóricas já existentes, que estão
presentes em livros, artigos, sites, documentários, anais etc. Neste artigo serão
utilizados dados secundários como livros físicos, bem como site e blogs, além
de artigos.

Segundo Malhotra (2005) dados secundários são aqueles já existentes, cuja a


representação se dá a todos os dados já existentes e publicados referentes a
temáticas similares, mas cumprindo objetivos distintos em questão.

3. DESENVOLVIMENTO
3
4 3.1 REDES SOCIAIS E O INSTAGRAM

Em 1969, nos Estados Unidos, nasceu uma descoberta que foi capaz de
revolucionar o mundo. A internet. Contudo, naquela época, a internet era
chamada de Arpernet e tinha a única função de conectar os laboratórios de
pesquisa da Califórnia. O mundo vivia o auge da Guerra Fria, então essa criação
pertencia ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, sendo usado para
comunicação entre os cientistas e os militares, eram pontos que funcionavam
mesmo que um deles apresentasse algum problema. Duas décadas depois, a
Arpernet passou a integrar o âmbito acadêmico, sendo utilizadas em países
como EUA, Holanda, Dinamarca e Suécia – a partir dessa integração entre os
países, a Arpernet virou a internet.

Na década de 1995, a mais nova internet recebe seu primeiro site de rede social,
o ClassMater, – colegas, em tradução literal – fez muito sucesso entre alunos de
escolas e universidades nos Estados Unidos e Canadá. Ele foi desenvolvido
basicamente para os usuários encontrarem seus colegas de creche, escola,
faculdade até do serviço militar. Mesmo após 17 anos a pioneira das redes
sociais agrega até hoje mais de 100 mil anuários escolares, aqueles típicos livros
onde se reuniam as fotos dos alunos ao final do ensino fundamental e médio,
muito famoso nos EUA. Além da ClassMater, outras redes sociais surgiram, foi
como um boom desde 1995 até 2015, foram 20 anos criando maneiras das
pessoas se comunicarem, se expressarem de todas as formas.

Cada rede social tem o seu boom, onde há milhões de usuários que usam sem
parar e fazem daquilo parte do seu dia-a-dia. “[...] os sites de rede social se
espalham à velocidade de uma infecção virulenta ao extremo [...]” (Bauman,
2007). Quando um novo site de socialização aparece se torna o queridinho do
momentos, todos criam uma conta, montam seu perfil, mostram sua
personalidade; até mesmo aqueles que não possuem uma conta acabam
cedendo para criar, ficam curiosas e acabam se sentindo influenciadas a “apenas
olhar e ver se gostam.” Além de criarem uma conta e montarem seu perfil,
acontece uma troca de informações pessoais entre os usuários, essa troca de
informações acaba deixando-os felizes, pois revelam detalhes íntimos de sua
vida e de alguma maneira, acabam sendo “vistos” e isso acaba sendo necessário
para você ser “reconhecido como alguém” nas redes sociais. É algo tão rotineiro
entrarmos em uma rede social, por exemplo o Instagram, e vermos fotos que as
pessoas postam de uma compra de roupa ou até mesmo quando estão no
hospital, tudo pela necessidade de atenção. “[...] vai-se compreender que
aqueles que zelam por sua invisibilidade tendem a ser rejeitados, colocados de
lado [...]” (Bauman, 2007), porque para uma boa parte dos usuários que seguem
está pessoa, consideram-na entediante ou antipática por querer preservar sua
intimidade.
Essa necessidade de visibilidade chamou tanto atenção ao redor do mundo que
séries como Black Mirror – objeto de estudo do presente artigo – gravou um
episódio mostrando como é a vida de uma jovem plugada em sua rede social e
a sua frustração ao perder “estrelas”. Isso não decorre somente na série, como
foi citado, estudos feitos mostram que jovens entre 14 e 24 anos são mais
vulneráveis a esse tipo de “frustração”, por não conseguir o número de curtidas
nas suas fotos ou seguidores, isso os faz pensar que não são populares e acaba
desencadeando sérios problemas com a autoestima. Bauman conta em seu
livro, Vida para consumo – A transformação das pessoas em mercadoria (2007),
que as pessoas ao se exporem dessa maneira nas redes sociais e buscarem a
fama, estão tentando vender a si mesmo em busca de atenção e aprovação dos
outros. Outro ponto que se encontra no cerne das discussões sobre redes sociais
é a necessidade de aceitação, aprovação da sua imagem para terceiros. É
assustador pensar que jovens de 14 a 24 anos passam uma imagem irreal de
sua vida para conseguir curtidas de pessoas que ele considera “famosas”. Muitas
das vezes compram curtidas ou enchem sua foto de hastags para conseguir mais
engajamento, para que nos olhos dos outros, ele também seja considerado
famoso ou conhecido.
O mesmo estudo que mostrou a idade dos jovens e a sua frustração com as
redes sociais, conta também que o compartilhamento de fotos pelo Instagram
impacta negativamente o sono, a autoimagem e a aumenta o FOMO – fear of
missing out - medo dos jovens de ficar por fora dos acontecimentos e tendências.
A “vida perfeita” compartilhada nas redes sociais faz com que os jovens
desenvolvam expectativas irreais sobre suas próprias vivências. Não à toa, que
esse perfeccionismo atrelado à baixa autoestima pode desencadear sérios
problemas de ansiedade. Os pesquisadores advertem: os usuários que passam
mais que duas horas diárias conectados em mídias sociais são mais propensos
a desenvolverem distúrbios de saúde mental, como estresse psicossocial.

3.2 Episódio: Queda–Livre de Black Mirror

O objeto de estudo do presente artigo se dá em uma aproximação da realidade


das redes sociais e do episódio Queda – Livre de Black Mirror. A série se
baseia em contos de ficção científica que refletem o lado negro das telas e da
tecnologia, mostrando que nem toda novidade traz só benefícios. Estreou em
2011 e se encontra na plataforma Netflix com as cinco temporadas disponíveis,
o episódio é estrelado por Bryce Dallas Howard como Lacie e Alice Eve como
Naomi. Nosedive ou Queda Livre lembra muito a invasão das redes sociais que
utilizamos hoje e faz com que tomemos consciência de quão perigosa e irreais
que podem ser.
O episódio conta a história de Lacie, uma jovem moça que faz de tudo para
receber cinco estrelas em um aplicativo que diz muito sobre a vida dos
personagens. Esse aplicativo vem com um caráter de popularidade, em que 0
estrelas é a pontuação mais baixa e que irá prejudicar sua vida num todo e 5
estrelas é a pontuação máxima e mostra que “pode tudo”. Durante a história é
bem notório que a protagonista vive em função do aplicativo, de esforçar para
ser vista, em uma das cenas, ela chega a consumir um tipo de café específico
que todos usufruem e descobre que nem é tão bom, mas de qualquer maneira
prepara todo ambiente para uma foto e posta com a legenda “Um delicioso café”.
O principal objetivo da personagem é comprar uma casa nova em um
condomínio de luxo e uma das alternativas de compra é pertencer ao clube
premium, em que ela precisa ter uma pontuação de 4,8 estrelas. Disposta a
conseguir a pontuação necessária, Lacie busca ajuda de um entendedor da área
que a aconselha a sair do grupo atual de amigos e buscar agradar as pessoas
mais famosas, ou seja, que possuem uma pontuação mais alta que a dela (4,2),
então a personagem começa a fazer coisas que antes não era do seu perfil,
consumir comidas que os “famosos” comiam, usar novos tipos de roupas,
começou a agir de outra maneira para ficar bem diante dos olhos alheios.
Um dia, após postar a foto de um boneco de pano, Rabicho, ela consegue a
atenção de Naomi, uma “influenciadora” com quase 4,9 estrelas. Naomi relata
que teve um momento nostálgico ao ver a foto de Rabicho e lembrou de toda
sua infância com Lacie, com isso a convida para ser sua dama de honra num
casamento recheado de pessoas “5 estrelas”. A protagonista vê isso como uma
grande oportunidade de conseguir as estrelas que precisa, prepara um discurso
emocionante e usa o Rabicho como um artificio para fazer as pessoas se
comoverem mais e gostarem dela. Contudo, após ensaiar o discurso para o
irmão, que possui uma pontuação relativamente baixa, ele se mostra contra a
tudo isso, dizendo que é uma enganação e que “aquela Lacie não era a sua irmã
e sentia falta de conversar”. Após discutir com irmão, Lacie começa a perder
estrelas e aquilo a desespera, começou com uma briga com o irmão, depois
esbarrou em uma mulher e se exaltou no aeroporto. Mau comportamento, uso
de palavras de baixo calão resultam em perda permanente de estrelas e até
mesmo suspensão das mesmas por um certo período de tempo. A perda da
pontuação faz com a personagem fique restrita a certas coisas, como por
exemplo não consegue fazer uma reserva de um assento no avião, alugar um
carro bom. Como a série se passa em um futuro tecnológico, os carros são
movidos a energia elétrica e com esse fator se faz entender que eles precisam
ser carregados. A protagonista, devido a baixa pontuação, consegue um carro
que não é mais fabricado e com isso não existe mais um carregador que possa
ser utilizado, vendo-se em uma situação de pânico, Lacie resolve pedir carona,
mas muitas pessoas a rejeitam devido a baixa pontuação que tem, somente uma
mulher que deixou de se importar com isso a ajuda e leva a personagem até um
certo ponto para conseguir outra carona.
Mesmo com as coisas dando errado e Naomi a dispensado do cargo de dama
de honra, Lacie ainda persiste em ir ao casamento e impressionar a todos com
o seu discurso, mas tudo dá errado mais uma vez. Após roubar uma moto, cair
na lama e seu vestido rasgar, a personagem chega no casamento e causa um
repúdio aos convidados que começam a negativa-lá cada vez mais. Quando
chega em 0 estrelas, a segurança é ativada e levam Lacie para uma prisão e lá
após encontrar um rapaz na mesma condição ela realmente se dá conta de que
tudo isso é uma grande besteira e acaba prejudicando as pessoas.

3.3 ANÁLOGIA COM O MUNDO REAL

Do episódio relatado, consegue-se tirar muitas coisas que se assemelham e se


igualam ao mundo real do instagram. O primeiro ponto em que vemos, é quando
Lacie faz de tudo para ser notada pelas pessoas no geral e isso vem
acontecendo cada vez mais na nossa sociedade. Um exemplo é quando usa-se
aplicativos para comprar curtidas de usuários fantasmas ou usar hastags para
aumentar o engajamento, estudos mostram que uma grande parte dos jovens de
14 a 18 anos utilizam de artifícios nas redes sociais que não são comuns em seu
dia-a-dia, para serem notados por pessoas com uma quantidade maior de curtida
e mais influência. Não apenas com o uso de hastgas ou compra de curtidas, mas
se enquadra nisso o consumo de marcas, produtos e serviços usados por
influenciadores. Consumindo esse tipo de produto, a pessoa se sente íntima de
sua sub-celebridade e passa a sentir incluída nesse mundo dos famosos.
Um outro ponto que se assemelha entre o episódio e a vida real é quando a
protagonista se frustra com a perda de estrelas. Essa reação pode ser vista ao
longo do episódio desde da briga com o irmão até quando ela é presa por ser
uma causadora da desordem. Recentemente, pesquisas apontaram que o
Instagram é a rede social mais “tóxica” entre todas já criadas, Pelo simples fato
de uma pessoa ficar visualizando só momentos felizes de terceiros e comparar
a sua vida automaticamente com as do que estão publicando fotos e momentos
felizes na redes sociais, levando a pensar se somente a sua vida é ruim e chegar
a ter a falsa impressão que gostaria que o seu estilo fosse igual a de algumas
pessoas. O problema com as curtidas da rede social se tornou evidente
finalmente quando a Royal Society Health da Inglaterra fez uma pesquisa com
1500 jovens entre 14 e 24 anos para evaluar aspectos como a saúde e o bem-
estar em relação às redes sociais. Um dos pontos negativos da experiência nas
redes é exatamente essa pressão que o usuário sente para que suas
publicações obtenham curtidas e comentários positivos, como um tipo de
comprovação da sua aceitação na sociedade. Esse fato chega próximo ao ponto
em que Lacie começa a tentar agradar pessoas com mais estrelas para
conseguir os holofotes para si.
Pessoas com poucas estrelas tendem a ser rejeitadas. Não precisamos ir buscar
em artigos para observar isso acontecer todos os dias na sociedade. É o caso
do aplicativo Uber - aplicativo para pedir carros com motoristas, que funcionam de
maneira similar ao táxi. – onde os motoristas podem avaliar você de 0 a 5 estrelas e
você também pode avalia-los. O que pensar de um motorista que possui estrelas
abaixo de 4,2? Passageiros relatam que preferem cancelar a corrida e buscar um
Uber com uma pontuação mais alta, pois se sentem mais seguros. Após uma
atualização em 2018, os passageiros podem ser expulsos se não possuírem uma
nota mínima que seria 4. Passageiros com menos que isso recebem uma mensagem
avisando sobre a situação, para que possam melhorar o comportamento.

Não somente esses pontos como outros que se identifica ao longo da série faz com o
que telespectador faça uma reflexão da atual situação e da sua situação. A exposição
e o julgamento da vida nas redes sociais no episódio são bastante próximos do
que já se vê hoje. O mundo do episódio se dá pela reputação, não muito distantes
dos aplicativos Uber e Airbnb, O ponto é que nós já vivemos em um mundo onde
a reputação abre portas, gera privilégios e até dinheiro. Um dos amigos de Lacie
perde o emprego porque não consegue passar pela porta que faz a contagem
das estrelas; a personagem não consegue reservar um assento no voo da classe
econômica porque está dois pontos abaixo do que é requisitado pela companhia
aérea. Vale lembrar ainda que se torna cada vez mais perto da realidade o fato
de que as pessoas com poucas estrelas são rejeitadas ou vistas como inferiores.
No Instagram, muitos usuários se sentem excluídos dos demais por não
passarem de 300 seguidores e não terem mais de 50 curtidas nas fotos e com
isso, gera toda a vontade de ser visto e de querer ter atenção e é aonde
desencadeia tantos problemas, principalmente a depressão e as crises de
ansiedade.
O roteirista da série, Charlie Brooker, conta que esse episódio é uma sátira sobre
a afirmação da identidade na era das redes sociais. Ou, sendo mais direto e
menos pedante, uma ilustração sobre o pesadelo que pode se tornar a maneira
como nos apresentamos no mundo digital.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabemos que o mundo digital traz muitas vantagens, muitas possibilidades, o


ponto principal do episódio é saber ponderar o uso destas tecnologias, enquanto
alguns personagens viviam uma função de sua influência, outros sequer se
importavam com as notas que conseguiam. As tecnologias não são ruins para
as relações humanas, algumas vezes nos ajudam e em outras nem tanto, por
isso devemos saber como ponderar toda essa carga de informação que
recebemos, devemos saber filtrar aquilo que nos agrada e aquilo que nos afeta
negativamente devemos deixar de lado. Muitos pesquisadores aconselham
“deixar de seguir e eliminar tudo aquilo que prejudica sua saúde mental”. Afinal
não é um número de curtidas ou de seguidores que dirá quem realmente somos
ou qual é a nossa verdadeira essência.

Cada vez mais a sociedade tende a virtualizar os processos e fortalecer a relação


que temos com o mundo virtual: “a sociedade caminha ao encontro da
tecnologização, para um processo de virtualização onde tudo passa a acontecer
e se fazer dentro de um universo virtual.” (KOHN, 2007, p.3).
REFERÊNCIAS

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LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. 3. ed. São Paulo: Barcarolla,


2007. 129 p. Tradução de: Mário Vilela.

BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Lisboa: Edições 70, 2011.


270 p. Tradução de: Artur Morão.

GOMBRICH, E.H.. A história da Arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

MCHULAN, Marshal. Os meios de comunicação como extensões do


homem: understanding media. São Paulo: Cultrix, 1964. Tradução de: Décio
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34, n. 8, p.34-45, dez. 2000.

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mental, diz estudo: Aplicativo tem impacto negativo no sono e na autoimagem
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<https://super.abril.com.br/sociedade/instagram-e-a-rede-social-mais-
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C.SILVA, Christofer. A falsa felicidade nas redes sociais. 2018. Disponível


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2019.

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