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FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
MESTRADO EM SOCIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Módulo Teórias Sociológicas Clássicas

Síntese sobre os Principais Teóricos da Sociologia

Mestrando:

Ruby Muinde

Docente:

Orlando Nipassa, PhD

Maputo, UEM
2019

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Índice

2. QUEM É KARL MARX? ....................................................................................................... 5

3. QUEM É ÉMILE DURKHEIM? .......................................................................................... 10

4. QUEM É MAX WEBER?..................................................................................................... 11

5. QUEM É PIERRE BOURDIEU? ......................................................................................... 14

6. QUEM É RAYMOND BOUDON? ...................................................................................... 17

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1. Introdução

O presente trabalho se propõe a realizar uma sintese a respeito da dos principais teoricos da
sociologia classico e de alguns contemporâneos, Marx, Durkheim, Weber, Bourdieu e Boudo,
respectivamente. A partir de uma compilação bibliográfica serão abordados os seus contributos
fundamentais nas diversas areas do saber. O objetivo desta sintese é situar o leitor sobre as
ideias centrais dos autores supracitados inscritas nos seus diversos textos cientificos. A produção
deste trabalho consta para fins de avaliação parcial do módulo Teorias Sociológicas Clássicas,
sob orientação do Prof Dr. Orlando Nipassa, no contexto específico do Mestrado em Sociologia
do Desenvolvimento, na FLCS da UEM, edição de 2019.

2. QUEM É KARL MARX?

Marx é um grande pnsador alemão dos meiados do século XIX (1818 a 1883). Estudou filosofia,
política, economia e sociologia, com base nas quais desenvolveu o seu pensamento filosófico,
sociológico, ético, etc. Este background permitiu-lhe, por exemplo, ser redator de gazeta, fezer
parte da Liga dos Comunistas e integrar da 1ª Internacional.

Marx é um estruturalista. Contribuiu para a resolução do problema da ordem, considerando a


coerção do poder económico a base da constituição da sociedade. Explica a estrutura social
através da produção. Aplicou o método dialéctico (de Hegel) ao estudo dos fenómenos
históricos. Concebe o homem como um ser produtivo, culmina no capitalismo. Centra-se no
estudo do capitalismo uns privilegiados e outros (maioria) oprimidos e explorados.

2.1. Principais Obras


i) Manuscritos Econômicos-filosóficos; ii) A ideologia alemã; iii) Miséria da Filosofia;
iv) Manifesto Comunista; v) O 18 de Brumário; vi) O Capital.

2.2. Práxis
i) Materialismo histórico; ii) Luta de classes; iii) Alienação;
iv) Política; v) Dialética.

2.2.1. Dialética

Filosofia de Hegel (tese, declaração) → (antítese, negou a tese) → (síntese, superou a tese e antitese).
Trata-se de um movimento interno de negação e superação.
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Para Marx, essa dialética é uma ideia. O que importa é a prática (matéria). Ele aplica a dialética
na história e na sociedade.

2.3. Alegoria do senhor e do escravo

Dois indivíduos lutam. O vencedor se torna senhor. O perdedor vira escravo.

Visão marxista

Senhor Escravo

Política Trabalho

Usufrui e controla Domina os meios de produção

Depende de quem domina o trabalho Pode controlar quem não sabe trabalhar

Escravo do escravo Senhor do senhor

É o patrão, burguês, capitalista É o operário, proletário, trabalhador

Fonte: https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ (adaptado, 02/06/2019)

2.4. As Primeiras Sociedades

i) Dialética é um movimento interno: da tese surge a antítese. Da antítese vem a síntese.


 O novo surge do interior do velho;
 Contradições internas: solidariedade X conflito;
 Dinamismo: transformação da natureza (pelo trabalho).

ii) Comunidade Original: Cooperação e harmonia: não há excedentes nem conflitos sociais.

iii) Sociedade : Ferramentas e técnicas → melhor produção → excedentes → distribuição não é


justa → propriedade privada → economia → classes sociais.

2.4.1. Classes Sociais

 Relação entre homens: Antagonismo – oposição – exploração – complementação.


 Relação dialética: Harmonia → Antagonismo → Divisão do trabalho → Hierarquia →
Desigualdade/Classes sociais.

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2.4.2. Escravo, Servo e Proletário

 Escravo: Sem direitos; Propriedade de alguém.


 Servo: Propriedade da Terra; Protegido pelo Senhor Feudal.
 Proletário: Livre, com direitos; Recebe salário;

- O único comprometimento do patrão é pagar o salário.

2.4.3. Luta de Classes


Para Marx:
 A propriedade do burguês são os meios de produção;
 A propriedade do proletário é sua força de trabalho;
 O proletário vende sua força de trabalho para o burguês.
- Os interesses são antagônicos e complementares.

Antagónicos Complementares

Burguês Proletário Burguês + Proletários

Mais lucro Dividir lucros Um existe com o outro

Diminuir o salário Aumentar salários Meios de produção

Aumentar jornada de trabalho Diminuir jornada de trabalho Força de trabalho

Fonte: https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ (adaptado, 02/06/2019)

2.5. Capitalismo
A sociedade capitalista, na visão de Marx, está assim organizada:

- infra estrutura: são as forças de produção e as relações de produção. Constitui o fundamento,


a base econômica da sociedade;

- superestrutura: explica, legitima, sacraliza, reproduz as práticas já existentes na sociedade.


São normas, leis, estatutos, códigos, ética, educação, família, religião etc. São mecanismos
criados pela sociedade para reprodução e manutenção dessa própria sociedade.

A superestrutura possui dois tipos de aparelhos: a) aparelhos repressivos: os que usam a força, a
repressão. Exército, polícia, leis, prisões, tribunais etc. b) aparelhos ideológicos: usam a
“persuasão” para atingir seus objetivos, usam a idéia. Escola, família, igreja, meios de
comunicação social (rádio, TV, jornais, cinema, revistas), clubes etc.

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Para Marx as relações materiais de produção de uma sociedade determinam a alienação política,
religiosa e ideológica, como conseqüências das condições de dominação econômica

i) Trabalho assalariado

 Meio de produção privado: artesanato, oficina, fábrica;


 As cidades ressurgem, se desenvolvem e crescem;
 O comércio se expande. O lucro aumenta.
ii) Revolução Industrial
 Maior produção → + lucro → + mão-de-obra assalariada → mais poder à burguesia →
Revoluções burguesas (Inglaterra, França, EUA).

iii) Valor da Mercadoria

Economistas ingleses: Tempo de trabalho + gastos = preço da mercadoria.

Para Marx
- A habilidade individual e as técnicas vigentes também são fatores para determinar o preço da
mercadoria;
- O valor da mercadoria será: tempo de trabalho socialmente necessário à produção da
mercadoria.

iv) O Lucro

- Mais-valia: Absoluta e Relativa

Absoluta
 Valor da força de trabalho (salário) ≠ Rendimento do trabalho (mais-valia);
 Para aumentar o lucro, explora-se mais o trabalhador;
 Problema: os seres humanos têm limites.
Relativa
 Com mais tecnologia, gera mais produtos, que aumenta o lucro;
 O número de trabalhadores diminui. Aumenta o desemprego;
 O valor da força de trabalho é desvalorizado: o homem passa a ser um apêndice
subordinado à máquina.

v) Alienação: é um afastamento ou separação entre:

 Meios de produção vs Operário;


 Trabalho vs Trabalhador;
 Máquina vs Homem;
 Mais-valia vs Salário.
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Consequências
 O trabalhador não se identifica com o produto produzido;

 O trabalhador não se reconhece no seu trabalho.


Contexto do reconhecimento
 Económico, social, psicológico, político;

 O trabalho alienado não é reconhecido em nenhum desses âmbitos.

2.6. Política

 Diferentes classes sociais: Existência da existência material: económica (riqueza) e


valores (comportamento, lazer, vivência, interesses, etc).
 Dominação burguesa: Apropria o Estado → Estabelece leis → Legitima a exploração.
 Solução: União da classe trabalhadora; mobilização política.

2.6.1. Superação

Capitalismo → Socialismo → Comunismo

i) Capitalismo: É a tese. A primeira classe a se legitimar pela dominação material; Baixo


salário, condições indignas de trabalho, sem poder ao trabalhador.

Consequências

 É a antítese;

 Injustiça, exploração, alienação, miséria;

A síntese será a superação da dessas contradições: O socialismo

ii) Socialismo: É a síntese entre a tese (avanço do capitalismo) e a antítese (a miséria causada
pelo capitalismo);

 Fim dos meios de produção privados. Meios de produção estatais. Estado governado pelo
proletário.

 Divisão igualitária de renda. Fim da divisão das classes sociais.

iii) Comunismo: É a superação do socialismo;

 Busca mais que o básico à sobrevivência;


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 Verdadeira democracia. Fim do Estado. Trabalhadores se autogerem.

3. QUEM É ÉMILE DURKHEIM?

Trata-se de um sociólogo francês (1858-1917); um dos maiores sociólogos de todos os tempos. É


considerado o Pai da Sociologia, por ter fundado esta área do saber enquato ciência. Ele estudou
direito e economia, tendo usado esses conhecimento de jurisprudencia e de economia para
interpreter a sociedade. E depois fundou a Escola Sociológica da França e aqui onde a sociologia
começa a ganhar robustez.

3.1. Principais obras

i) Da divisão do trabalho social; ii) O Suicídio;


iii) Fromas elementares da vida religiosa; iv) Educação e sociologia;
v) Sociologia e filosofia; vi) As regras do método sociológico
Importa notar que Durkheim sofreu forte influência do positismo, principalmente no que diz
respeito a vida social, ao defender que ela (vida social) pode ser regida por leis, sendo que cabe
`a Sociologia encontrar essas leis. Teve, Iguamente, influencia no uso de método:

Positivismo → Senso comum → neutralidade → factos sociais → pre-noções


Uma contribuição de vulto de Durkheim é facto de ter deixado claro que a ela tem um objeto de
estudo próprio, os factos sociais, que a distingue das demais ciências. Para Durkheim, a
Sociologia deve estudar os Factos sociais, que são os modos de pensar, sentir e agir de um grupo
social. Embora existam na mente do indivíduo, são exteriores a ele e exercem sobre ele um poder
coercitivo.

Na sua obra As Regras do Método Sociológico (1895) afirma que «os factos sociais devem ser
tratados como coisas», o que significa que o sociólogo deve conservar uma certa distância
relativamente ao seu objecto de estudo, a fim de afastar sistematicamente todos os preconceitos e
as falsas evidências que ameaçam, em cada instante, introduzir-se na sua análise.

Portanto, pode-se dizer que os factos sociais têm as seguintes características: - generalidade: o
fato social é comum aos membros de um grupo; - exterioridade: o fato social é externo ao
indivíduo, existe independentemente de sua vontade; - coercitividade: os indivíduos se vêem
obrigados a seguir o comportamento estabelecido. Por exemplo: língua; família; lei; educação;
habitação, etc.

Em virtude dessas características, os fatos sociais podem ser estudados objetivamente, como
“coisas”. Como a Biologia e a Física estudam os fatos da natureza, a Sociologia pode fazer o
mesmo com os fatos sociais.

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3.1. Sociedade e Organismo
i) Norma: generalidade; consenso geral; contade coletiva.
ii) Patologia: Fora dos limites; Excepção; transitório.

3.2. Solidariedade Mecânica e Orgânica


Toda a sociedade é orgânica, pois é composta por partes. O que torna as partes coesas?

- É a solidariedade.

Para Durkheim a pode ser:


Solidariedade mecânica Solidariedade Orgânica
- própria das sociedades tradicionais; - própria das sociedades modernas;
- de sociedade simples e homogenia;  - de sociedade capitalista:
- divisão de tarefas por gênero; o - baixa coesão social;
- especialização familiar; o - pouco reconhecimento;
- todos estão situados; o - mais individualismo, menos coletivo;
- mais coletivo, menos individual o - nova divisão do trabalho.
Fonte: https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ (adaptado, 02/06/2019)

Consciência Coletiva Anomia Moral Conflitos Sociais


- Determina a vida e o pensamento - Indivíduos são partes isoladas no  - Individualismo: indivíduo acima
das pessoas; todo; do coletivo;
- É autônoma (tem vida própria) e é - Prioridade da vontade individual.  - Desorientação dos cidadãos: O que
um facto social. Indivíduo: fazer? A quem recorrer?
- Indivíduos & Grupos: São menos - Interesse coletivo vs Interesse  - Enfraquecimento das Instituições
relevantes que a sociedade. particular; (Igreja, Família);
- A sociedade determina: Os - Falta de regras e limites.  - Consequências económicas.
indivíduos; A forma moral; As
regras e os valores.
Fonte: https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ (adaptado, 02/06/2019)

4. QUEM É MAX WEBER?

Grande sociólogo alemão, da virada do século XIX para o século XX. Weber estudou direito,
filosofia, história, sociologia. Ele utilizou esta diversidade de conhecimento para se focalizar na
sociologia, para estudar e entender a sociedade. Ele foi professor Universitário em Heidelberg.
Aplicou o seu conhecimento, as suas teorias na prática, na primeira guerra mundial. Apos esta
guerra foi conselheiro do Tratado do Versalhes, foi também responsável pela elaboração da
primeira Constituição alemã “Weimarer Republik” (1919-1933).

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4.1. Principais obras

i) A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", de 1903, ii) "Estudos sobre a Sociologia e a


Religião", de 1921 iii) "Estudos de Metodologia", de 1922. iv) “A política como vocação”.

4.2. Métodos

- Estatística (coleta de dados); Comparação (Comparar fatos históricos); Interpretação


(compreensão através de interpretar factos); História (é meio para interpretar a realidade)

Weber defende que os sentidos atribuídos ao mundo social são socialmente construídos de
acordo com diversos pontos de vista. Os actos mentais moldam ou dirigem a execução da
conduta. A modernidade deve ser associada à racionalidade.

4.3. Contexto Histórico

França Alemanha

Potência Séc. XVII - XIX Séc. XIX-XX

Capitalismo Comercial Concorrencial

Nacionalismo Início da Modernidade Tardio

Influências Ciência e Indústria História e Antropologia

Positivismo
Consequências (Universalidade) Sociologia (Diversidade)

Positivismo Weber
História  Processo universal;  - Cada sociedade tem uma formação histórica diferente.
 Todos povos passam História + Sociologia
pelo mesmo estágio.  - Particularidades (história);
 - Generalidades (Sociologia);
 - Roma → Idade Média → Capitalismo;
 - Dados históricos estão esparsos;
 - A sociologia liga e atribui sentido a esses dados históricos.

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Ação Social A sociedade determina - Não há oposição entre indivíduo e sociedade;
o indivíduo. - Um determina o outro.

- Sociedade → motivação/sentido individual → consequência →


sociedade → etc;

- Entender o sentido (individual) é fundamental para entender a ação


(social).

Cientista Social - Evolucionismo;  - Há motivações pessoais;
 - Cientista fora da  - Considerar as influências culturais;
sociedade;  - Parcialidade no dados coletados:
 - Desvalorização do o Selecionar;
o
indivíduo e da história. Orientar;
o Atribuir sentido.
Fonte: https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ (adaptado, 02/06/2019)

Temas Para Weber:

 - É a principal característica da Modernidade Ocidental;


Racionalidade  - Rompe com sociedades tradicionais e pré-industriais;
 - Tudo passa a ser feito de modo racional.

 - É fruto da extrema racionalidade e desenvolvimento econômico;


Ciência e Tecnologia  - Marca o apogeu da razão;
 - Extrema especialização da mão-de-obra;
 - Mudanças sociais em geral.
Idade Média
 - Economia rural; - Trabalho sem pressa; - Para que produzir
mais?
Cidade
Tempo  - Maior produção; - Patrão otimiza o empregado;
 - Surge o relógio para controlar a produção.
Weber
 - Com a cidade, há liberdade; - Mas se não trabalhar, não recebe;
 - A liberdade é aparente;
 - Surge o contrato como base do capitalismo.
Sociologia de Weber  - Estatística + História = valores protestantes.
Valores católicos  Oração; Sacrifício; Renúncia da vida prática.
Ética Protestante
 Educação: Técnica; Não humanística.
Valores protestantes
- O intermédio não é por instituições;
- É por valores:
Religião & Sociedade
São motivos para a ação social;
Trabalho é a finalidade.

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- Movimento social do século XVI;
História - Crítica à Igreja (contra indulgências);
- Estabelece outro tipo de cristianismo (evangélicos)
- Salvação é um dom:
Reforma Protestante Deus Não pode ser negociada;
Independe dos feitos humanos;
Não depende da Igreja
- Deus escolhe quem será salvo;
Calvino
- Trabalho é uma vocação divina;
- O rendimento do trabalho é sinal de escolha de Deus.
- Menos ócio;
Aproveitar - Mais trabalho:
melhor o tempo Aumento da disciplina e rigor; Organização da vida para
Capitalismo e trabalhar; Prova de fé para merecer a salvação;
Protestantismo O rigor aproxima de Deus.
O capitalismo - É condição prática para o protestantismo.

O protestantismo - É condição moral para o capitalismo.

 O racional no lugar do místico;


A ciência  Favorece o surgimento de tecnologias;
Desencantamento substitui a  Separa o religioso do profano;
religião  Retira a magia do mundo;
 A razão explica (Positivismo);
 Mas tem limites (Weber).
Fonte: https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ (adaptado, 02/06/2019)

5. QUEM É PIERRE BOURDIEU?

Filósofo e Sociólogo francês, Pierre Félix Bourdieu é considerado um dos principais nomes da
sociologia do século XX e um dos intelectuais mais influentes do período. Desde cedo ocupou
posição de destaque no campo acadêmico. Pierre Bourdieu nasceu em 1930, no sudoeste da
França, em Béarn. Formado em filosofia, despertou o interesse pela antropologia em seus
estudos sobre a guerra anticolonialista na Argélia, onde esteve durante os conflitos de
independência. Foi um crítico de todas as instituições, inclusive da própria sociologia, e seu
raciocínio é uma das chaves para entender os jogos de poder dentro da sociedade desigual; Um
autentico anti-liberalismo e anti-globalização.

5.1. Principais obras

- “Sociologia da Argélia” (sua 1ª obra, onde discute a organização social da sociedade cabila, e
em particular, como o sistema colonial interferiu naquela, em suas estruturas e desculturação.

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- “Anatomia do Gosto” (1976): aborda as práticas de lazer e de consumo dos povos europeus
(franceses)

- “Distinção – Crítica Social do Julgamento” (1979): a sua obra prima, a que mais o
caracteriza, enquanto pensador.

- “O Poder Simbólico” (1989): uma concepção relacional e sistêmica do mundo social, no


interior da qual a genealogia dos conceitos de habitus, campo e capital cultural ocupa um lugar
central.

- A Dominação Masculina (1999) - procura explicar as causas da persistência da dominação dos


homens sobre as mulheres em todas as sociedades humanas.

5.2. Influências e heranças

O trabalho académico de Bourdieu sofre fortes influências dos grandes sociólogos classicos e
não só, designadamente Dürkheim (sociologia da religião e cultura), Kant (estética/disposições),
Marx (processo económico), Foucault (Vigiar e Punir - Poder disciplinar)

No entanto,a A formação filosófica, a prática etnológica e a da posterior dedicação à sociologia


ancoram Bourdieu à filosofia das ciências, na tradição de Bachelard (1984, 1990, 1996), e ao
pensamento de Cassirer (1965, 1972), tanto no que se refere à sua filosofia das formas
simbólicas, como à sua concepção relacional do conhecimento, e à fenomenologia de Husserl e
Merleau-Ponty; Mas as suas fontes se estendem ao marxismo e ao diálogo intelectual com
contemporâneos, como Althusser, Habermas e Foucault.

5.3. Críticas aos Clássicos

i) Do Positivismo: nega a idéia de que a pesquisa “espontânea”, no sentido positivista do


termo, tende a obscurecer o fato social. Bourdieu sustenta que, em sendo o objeto de estudo um
ente que pensa e fala, ele tende a tirar a objetividade da investigação; Para ele, o positivismo é
característico das ciências exatas. Uma vez que os fatos sociais têm, também, um caráter, a
observação será tanto mais produtiva quanto melhor articulada é a reflexão lógica que a antecede
e mais sistemática for a teoria que predetermina os dados pertinentes e significantes subjetivo.

ii) Do Marxsimo: nega a ideia a que denomina “ilusão racionalista”:o pensamento que não leva
em conta a situação em que se pensa, o mundo em que se está imerso, como as teorias que

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partem de uma lógica dada do social. Contudo, toma as idéias da luta pela dominação e da
“consciência de classe”, que integra no conceito de habitus.

iii) Do Estruturalismo: rejeita a redução objetivista que nega a prática dos agentes e não se
interessa senão pelas relações de coerção que eles impõem. Nega também o determinismo e a
estabilidade das estruturas, mas mantém a noção de que o sentido das ações mais pessoais e mais
transparentes não pertence ao sujeito que as perfaz.

iv) Da Fenomenologia: Bourdieu rejeita o descritivismo, que considera apenas como uma etapa
do processo de investigação. Mas, absorve o rompimento com o senso comum, com as pré-
noções, com as doutrinas, com os modos de apreender o mundo;

v) Do Individualismo Metodologico: rejeita a idéia de que o fenômeno social é unicamente


produto das ações individuais, e que a lógica dessas ações deve ser procurada na racionalidade
dos atores. Por isso insiste que, na pesquisa, se mantenha uma “vigilância epistemológica”: o
cuidado permanente com as condições e os limites da validade de técnicas e conceitos.

5.4. Principais contribuicoes

 Quebra o paradgma funcionalista acerca da Educação;


`A educação  A escola faz uma violação simbólica;
 A escola é reprodutora das desigualdades sociais.
 Propõe uma Sociologia reflexiva;
`A Sociologia  A metodologia é apreender a pesquisa como um ACTIVIDADE RACIONAL, o
que pressupõe a quebra de DOUTRINAS;
 Ter em mente o PRINCíPIO DA NÃO-CONSCIÊNCIA.
Fonte: autor

Portanto, a sociologia reflexiva de Bourdieu significa a constante vigilância em relação ao


cientista como ser produtor de conhecimento, em relação ao próprio campo científico e ao objeto
de estudo, que deve ser trabalhado em todas as suas nuances até a exaustão.

5.5. Os principais conceitos

O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais:
campo, habitus e capital.

Assim sendo, Campo é o universo no qual estão inseridos os agentes e as instituições que
produzem, reproduzem ou difundem o capital simbólico. (mundo social). Por exemplo, campo
político, jurídico, artístico, ou científico, etc. Contudo, em cada campo, está em jogo um capital

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específico. E Habitus seria um sistema de disposições, modos de perceber, de sentir, de fazer, de
pensar, que nos levam a agir corporal e materialmente em determinada circunstância (campo).
Enquanto que capital a ver com o poder. Consiste em activos culturais, sociais, económicas,
políticas que se reproduzem e promovem a mobilidade social numa sociedade estratificada. É
que faz os outros nos reconhecerem como importantes.

6. QUEM É RAYMOND BOUDON?

Raymond Boudon é um sociólogo francês, nasceu em 1934 e faleceu em 2013. Esse sociólogo é
da mesma época que Pierre Bourdieu.

Conhecido por defender o liberalismo e o individualismo metodológico, assim como por sua
noção não utilitarista de racionalidade na explicação dos fenómenos sociais. Autor de vastos
trabalhos sobre diversos assuntos, incluindo educação, estratificação social, mobilidade social,
sociologia do conhecimento, valores e crenças .

Juntamente com Michel Crozier, Alain Touraine e Pierre Bourdieu, Boudon foi parte da segunda
geração de intelectuais franceses que ajudaram a solidificar a sociologia como uma disciplina
académica na França. Ele foi membro do Institut de France; da Academia Europaea;

6.1. Principais obras

i) “A desigualdade das oportunidades” (1981 [1973]), ii) “Efeitos perversos e ordem


social” (1979 [1977]) e iii) “A arte de se persuadir” (1990).

6.2. Influências

Influenciado pelos Trabalhos de Descartes, Pascal, Rousseau, Kant, Popper e Rawls. Entretanto,a
influência de Lazarsfeld sobre Boudon provou ser duradoura. A preocupação com uma
linguagem precisa para as ciências sociais e o método conhecido como explication de texte
ajudaram a moldar a sua sociologia.

Karl Popper: nacionalismo social, de acordo com o qual conceitos colectivos consistem em
construtos descritivos ou analíticos que são explicáveis, ao menos em princípio, em termos de

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acções individuais; Marx Webber: individualismo metodológico, visto que para ambos a acção
humana deve ser tratada, como o resultado do sentido que ela tem para actores individuais

Boudon, numa das suas teses, conlui que o estruturalismo resulta na explicação de fenômenos
macroscópicos em termos de forças ocultas e deterministas que operam “pelas costas” dos
actores.

6.3. Principais contribuições

Propoe a SOCIOLOGIA DA ACÇÃO ou Sociologia Interacionista:


- teoria específica de transformação social, que confere um papel crucial aos movimentos sociais,
na génese da transformação social.
- Por sua transparência epistemológica a sociologia da acção define-se por um conjunto de
princípios claros e baseado na natureza das coisas.
- Por sua eficácia prática, o interesse da Sociologia mede-se por sua capacidade de explicar
fenómenos à primeira vista obscuros para o espírito, privilegiando o paradigma da sociologia da
acção.
` A Sociologia Propoe os PRINCÍPIOS DA SOCIOLOGIA:
i) Individualismo Metodológico: são as acções dos indivíduos que permitem os fenômenos
sociais. Estes são o resultado de várias logicas individuais dos actores. É o individuo que faz a
sociedade.
ii) Racionalidade: a explicação de um fenómeno social supõe que sejam determinados os
comportamentos individuais de que ele e feito e que esses comportamentos sejam compreendidos.
Para ele, o indivíduo realiza uma acção em função de quatro princípios de racionalidade: em
finalidade (atuar para uma finalidade precisa com meios lógicos), em valor (dependendo de
imperativos), afetiva (paixão) ou tradicional (atitude antiga).
- Boudon mostra existe uma Desigualdade das oportunidades educacionais, esta é definida como
'diferenças no nível de instrução em função da herança social' (status socioprofissional da família),
e mobilidade, como as diferenças no status socioprofissional em função da 'herança social;
` A Educação - Quando a mobilidade é considerada neste sentido estrito, a imobilidade social representa uma
'desigualdade das oportunidades sociais';
- As desigualdades sociais de todos os tipos devem ser consideradas como resultado de um
conjunto complexo de determinantes cuja influência não pode ser tomada isoladamente, mas como
um sistema.
Fonte: autor

Considerações finais

Nesta sintese fica evidente que existem diferentes interpretações sobre o que acontece na
sociedade. E que essas visões diferentes formam as diferentes teorias ou escolas sociológicas.
Contudo, para se chegar ao entendemos dos fenómenos sociais,é imperioso que se passe pelos
principais sociólogos clássicos: Durkheim, Marx e Weber, por sem os responsáveis por
produzirem a base de várias discussões sociológicas ainda na actualidade. Marx postula que é
impossível compreender a vida fora da história. Afirmou que a libertação é um acto histórico,
não um acto de pensamento, e é ecfetivada por condições históricas. Durkheim defende que o
objeto de estudo da Sociologia deveriam ser os factos sociais. Estes factos têm as seguintes
características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Weber, além de oferecer uma
explicação para a origem do Capitalismo, é um dos principais teóricos do sistema burocrático.

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Em relacao ao contemporâneos, Bourdieu e Boudon, estes sofisticam mais a sociologia,do ponto
de vista metodológico e epistemológico.

Bibliografia

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1982.

BARBEROUSSE, A.; KISTLER, M.; LUDWIG, P. A filosofia das ciências do século XX.
Lisboa: Instituto Piaget, 2000.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1989. Cap. 1, 2 e 3, pp.7-16. (coleção memória e sociedade)

THIRY-CHERQUES, Hermano Roberto. Pierre Bourdieu: a teoria na prática. Artigo recebido


em set. 2005 e aceito em jan. 2006.

SCARTEZINI, Natalia INTRODUÇÃO AO MÉTODO DE PIERRE BOURDIEU. Bolsista


CAPES. Mestranda em Sociologia. Unesp – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de
Ciências e Letras – Pós-graduação em Sociologia – Araraquara – SP – Brasil. 14800-901 –

WEBER, M. 2004. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva, vol. 1.


Brasília/São Paulo, UnB/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo,

Site

https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ acessado no
dia02/06/2019

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