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DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
MESTRADO EM SOCIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Módulo Teórias Sociológicas Clássicas
Mestrando:
Ruby Muinde
Docente:
Maputo, UEM
2019
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Índice
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1. Introdução
O presente trabalho se propõe a realizar uma sintese a respeito da dos principais teoricos da
sociologia classico e de alguns contemporâneos, Marx, Durkheim, Weber, Bourdieu e Boudo,
respectivamente. A partir de uma compilação bibliográfica serão abordados os seus contributos
fundamentais nas diversas areas do saber. O objetivo desta sintese é situar o leitor sobre as
ideias centrais dos autores supracitados inscritas nos seus diversos textos cientificos. A produção
deste trabalho consta para fins de avaliação parcial do módulo Teorias Sociológicas Clássicas,
sob orientação do Prof Dr. Orlando Nipassa, no contexto específico do Mestrado em Sociologia
do Desenvolvimento, na FLCS da UEM, edição de 2019.
Marx é um grande pnsador alemão dos meiados do século XIX (1818 a 1883). Estudou filosofia,
política, economia e sociologia, com base nas quais desenvolveu o seu pensamento filosófico,
sociológico, ético, etc. Este background permitiu-lhe, por exemplo, ser redator de gazeta, fezer
parte da Liga dos Comunistas e integrar da 1ª Internacional.
2.2. Práxis
i) Materialismo histórico; ii) Luta de classes; iii) Alienação;
iv) Política; v) Dialética.
2.2.1. Dialética
Filosofia de Hegel (tese, declaração) → (antítese, negou a tese) → (síntese, superou a tese e antitese).
Trata-se de um movimento interno de negação e superação.
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Para Marx, essa dialética é uma ideia. O que importa é a prática (matéria). Ele aplica a dialética
na história e na sociedade.
Visão marxista
Senhor Escravo
Política Trabalho
Depende de quem domina o trabalho Pode controlar quem não sabe trabalhar
ii) Comunidade Original: Cooperação e harmonia: não há excedentes nem conflitos sociais.
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2.4.2. Escravo, Servo e Proletário
Antagónicos Complementares
2.5. Capitalismo
A sociedade capitalista, na visão de Marx, está assim organizada:
A superestrutura possui dois tipos de aparelhos: a) aparelhos repressivos: os que usam a força, a
repressão. Exército, polícia, leis, prisões, tribunais etc. b) aparelhos ideológicos: usam a
“persuasão” para atingir seus objetivos, usam a idéia. Escola, família, igreja, meios de
comunicação social (rádio, TV, jornais, cinema, revistas), clubes etc.
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Para Marx as relações materiais de produção de uma sociedade determinam a alienação política,
religiosa e ideológica, como conseqüências das condições de dominação econômica
i) Trabalho assalariado
Para Marx
- A habilidade individual e as técnicas vigentes também são fatores para determinar o preço da
mercadoria;
- O valor da mercadoria será: tempo de trabalho socialmente necessário à produção da
mercadoria.
iv) O Lucro
Absoluta
Valor da força de trabalho (salário) ≠ Rendimento do trabalho (mais-valia);
Para aumentar o lucro, explora-se mais o trabalhador;
Problema: os seres humanos têm limites.
Relativa
Com mais tecnologia, gera mais produtos, que aumenta o lucro;
O número de trabalhadores diminui. Aumenta o desemprego;
O valor da força de trabalho é desvalorizado: o homem passa a ser um apêndice
subordinado à máquina.
2.6. Política
2.6.1. Superação
Consequências
É a antítese;
ii) Socialismo: É a síntese entre a tese (avanço do capitalismo) e a antítese (a miséria causada
pelo capitalismo);
Fim dos meios de produção privados. Meios de produção estatais. Estado governado pelo
proletário.
Na sua obra As Regras do Método Sociológico (1895) afirma que «os factos sociais devem ser
tratados como coisas», o que significa que o sociólogo deve conservar uma certa distância
relativamente ao seu objecto de estudo, a fim de afastar sistematicamente todos os preconceitos e
as falsas evidências que ameaçam, em cada instante, introduzir-se na sua análise.
Portanto, pode-se dizer que os factos sociais têm as seguintes características: - generalidade: o
fato social é comum aos membros de um grupo; - exterioridade: o fato social é externo ao
indivíduo, existe independentemente de sua vontade; - coercitividade: os indivíduos se vêem
obrigados a seguir o comportamento estabelecido. Por exemplo: língua; família; lei; educação;
habitação, etc.
Em virtude dessas características, os fatos sociais podem ser estudados objetivamente, como
“coisas”. Como a Biologia e a Física estudam os fatos da natureza, a Sociologia pode fazer o
mesmo com os fatos sociais.
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3.1. Sociedade e Organismo
i) Norma: generalidade; consenso geral; contade coletiva.
ii) Patologia: Fora dos limites; Excepção; transitório.
- É a solidariedade.
Grande sociólogo alemão, da virada do século XIX para o século XX. Weber estudou direito,
filosofia, história, sociologia. Ele utilizou esta diversidade de conhecimento para se focalizar na
sociologia, para estudar e entender a sociedade. Ele foi professor Universitário em Heidelberg.
Aplicou o seu conhecimento, as suas teorias na prática, na primeira guerra mundial. Apos esta
guerra foi conselheiro do Tratado do Versalhes, foi também responsável pela elaboração da
primeira Constituição alemã “Weimarer Republik” (1919-1933).
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4.1. Principais obras
4.2. Métodos
Weber defende que os sentidos atribuídos ao mundo social são socialmente construídos de
acordo com diversos pontos de vista. Os actos mentais moldam ou dirigem a execução da
conduta. A modernidade deve ser associada à racionalidade.
França Alemanha
Positivismo
Consequências (Universalidade) Sociologia (Diversidade)
Positivismo Weber
História Processo universal; - Cada sociedade tem uma formação histórica diferente.
Todos povos passam História + Sociologia
pelo mesmo estágio. - Particularidades (história);
- Generalidades (Sociologia);
- Roma → Idade Média → Capitalismo;
- Dados históricos estão esparsos;
- A sociologia liga e atribui sentido a esses dados históricos.
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Ação Social A sociedade determina - Não há oposição entre indivíduo e sociedade;
o indivíduo. - Um determina o outro.
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- Movimento social do século XVI;
História - Crítica à Igreja (contra indulgências);
- Estabelece outro tipo de cristianismo (evangélicos)
- Salvação é um dom:
Reforma Protestante Deus Não pode ser negociada;
Independe dos feitos humanos;
Não depende da Igreja
- Deus escolhe quem será salvo;
Calvino
- Trabalho é uma vocação divina;
- O rendimento do trabalho é sinal de escolha de Deus.
- Menos ócio;
Aproveitar - Mais trabalho:
melhor o tempo Aumento da disciplina e rigor; Organização da vida para
Capitalismo e trabalhar; Prova de fé para merecer a salvação;
Protestantismo O rigor aproxima de Deus.
O capitalismo - É condição prática para o protestantismo.
Filósofo e Sociólogo francês, Pierre Félix Bourdieu é considerado um dos principais nomes da
sociologia do século XX e um dos intelectuais mais influentes do período. Desde cedo ocupou
posição de destaque no campo acadêmico. Pierre Bourdieu nasceu em 1930, no sudoeste da
França, em Béarn. Formado em filosofia, despertou o interesse pela antropologia em seus
estudos sobre a guerra anticolonialista na Argélia, onde esteve durante os conflitos de
independência. Foi um crítico de todas as instituições, inclusive da própria sociologia, e seu
raciocínio é uma das chaves para entender os jogos de poder dentro da sociedade desigual; Um
autentico anti-liberalismo e anti-globalização.
- “Sociologia da Argélia” (sua 1ª obra, onde discute a organização social da sociedade cabila, e
em particular, como o sistema colonial interferiu naquela, em suas estruturas e desculturação.
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- “Anatomia do Gosto” (1976): aborda as práticas de lazer e de consumo dos povos europeus
(franceses)
- “Distinção – Crítica Social do Julgamento” (1979): a sua obra prima, a que mais o
caracteriza, enquanto pensador.
O trabalho académico de Bourdieu sofre fortes influências dos grandes sociólogos classicos e
não só, designadamente Dürkheim (sociologia da religião e cultura), Kant (estética/disposições),
Marx (processo económico), Foucault (Vigiar e Punir - Poder disciplinar)
ii) Do Marxsimo: nega a ideia a que denomina “ilusão racionalista”:o pensamento que não leva
em conta a situação em que se pensa, o mundo em que se está imerso, como as teorias que
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partem de uma lógica dada do social. Contudo, toma as idéias da luta pela dominação e da
“consciência de classe”, que integra no conceito de habitus.
iii) Do Estruturalismo: rejeita a redução objetivista que nega a prática dos agentes e não se
interessa senão pelas relações de coerção que eles impõem. Nega também o determinismo e a
estabilidade das estruturas, mas mantém a noção de que o sentido das ações mais pessoais e mais
transparentes não pertence ao sujeito que as perfaz.
iv) Da Fenomenologia: Bourdieu rejeita o descritivismo, que considera apenas como uma etapa
do processo de investigação. Mas, absorve o rompimento com o senso comum, com as pré-
noções, com as doutrinas, com os modos de apreender o mundo;
O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais:
campo, habitus e capital.
Assim sendo, Campo é o universo no qual estão inseridos os agentes e as instituições que
produzem, reproduzem ou difundem o capital simbólico. (mundo social). Por exemplo, campo
político, jurídico, artístico, ou científico, etc. Contudo, em cada campo, está em jogo um capital
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específico. E Habitus seria um sistema de disposições, modos de perceber, de sentir, de fazer, de
pensar, que nos levam a agir corporal e materialmente em determinada circunstância (campo).
Enquanto que capital a ver com o poder. Consiste em activos culturais, sociais, económicas,
políticas que se reproduzem e promovem a mobilidade social numa sociedade estratificada. É
que faz os outros nos reconhecerem como importantes.
Raymond Boudon é um sociólogo francês, nasceu em 1934 e faleceu em 2013. Esse sociólogo é
da mesma época que Pierre Bourdieu.
Conhecido por defender o liberalismo e o individualismo metodológico, assim como por sua
noção não utilitarista de racionalidade na explicação dos fenómenos sociais. Autor de vastos
trabalhos sobre diversos assuntos, incluindo educação, estratificação social, mobilidade social,
sociologia do conhecimento, valores e crenças .
Juntamente com Michel Crozier, Alain Touraine e Pierre Bourdieu, Boudon foi parte da segunda
geração de intelectuais franceses que ajudaram a solidificar a sociologia como uma disciplina
académica na França. Ele foi membro do Institut de France; da Academia Europaea;
6.2. Influências
Influenciado pelos Trabalhos de Descartes, Pascal, Rousseau, Kant, Popper e Rawls. Entretanto,a
influência de Lazarsfeld sobre Boudon provou ser duradoura. A preocupação com uma
linguagem precisa para as ciências sociais e o método conhecido como explication de texte
ajudaram a moldar a sua sociologia.
Karl Popper: nacionalismo social, de acordo com o qual conceitos colectivos consistem em
construtos descritivos ou analíticos que são explicáveis, ao menos em princípio, em termos de
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acções individuais; Marx Webber: individualismo metodológico, visto que para ambos a acção
humana deve ser tratada, como o resultado do sentido que ela tem para actores individuais
Boudon, numa das suas teses, conlui que o estruturalismo resulta na explicação de fenômenos
macroscópicos em termos de forças ocultas e deterministas que operam “pelas costas” dos
actores.
Considerações finais
Nesta sintese fica evidente que existem diferentes interpretações sobre o que acontece na
sociedade. E que essas visões diferentes formam as diferentes teorias ou escolas sociológicas.
Contudo, para se chegar ao entendemos dos fenómenos sociais,é imperioso que se passe pelos
principais sociólogos clássicos: Durkheim, Marx e Weber, por sem os responsáveis por
produzirem a base de várias discussões sociológicas ainda na actualidade. Marx postula que é
impossível compreender a vida fora da história. Afirmou que a libertação é um acto histórico,
não um acto de pensamento, e é ecfetivada por condições históricas. Durkheim defende que o
objeto de estudo da Sociologia deveriam ser os factos sociais. Estes factos têm as seguintes
características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Weber, além de oferecer uma
explicação para a origem do Capitalismo, é um dos principais teóricos do sistema burocrático.
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Em relacao ao contemporâneos, Bourdieu e Boudon, estes sofisticam mais a sociologia,do ponto
de vista metodológico e epistemológico.
Bibliografia
BARBEROUSSE, A.; KISTLER, M.; LUDWIG, P. A filosofia das ciências do século XX.
Lisboa: Instituto Piaget, 2000.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1989. Cap. 1, 2 e 3, pp.7-16. (coleção memória e sociedade)
Site
https://www.stoodi.com.br/materias/sociologia/max-weber/quem-e-max-weber/ acessado no
dia02/06/2019
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