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Índice
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Bibliografia
Anexos
Introdução
O dicionário define:
Das leis surgiram mais leis, milhões de derivações e entre elas o Direito do
Trabalho. Este trataria por definir os direitos e deveres dos trabalhadores e empregadores.
Por certo filho da revolução industrial, o direito trabalhista instituiu além dessas
"linhas de comportamento", os direitos humanos no trabalho. Não +se pode afirmar que os
trabalhadores estão cobertos em todos os pontos de sua segurança física, financeira, etc., mas a
instituição de normas nesse sentido é um passo fundamental.
Um de seus "braços" zela pela saúde do trabalhador, e define normas que
garantam sua segurança e bem estar físico. Dentro dessa óptica está o conceito legal de
Periculosidade, que em muito difere do conceito leigo apresentado acima.
Sentimos que não cabe aqui a definição legal perfeita de periculosidade, haja
visto que para isto basta a leitura das definições legais da CLT, Normas Regulamentadoras e etc.
O trabalho que segue trará, então, uma explanação generalizada, baseada nos
princípios da lei, mas demostrando ocorrências práticas e resoluções de algumas dessas questões,
e não a cópia de leis e decretos.
Desenvolvimento
Tratamos aqui, porém, da periculosidade, esta tendo seu valor incidente sobre o
salário do empregado. Ainda sim podemos encontrar acordos que, de certa forma, atenuam o
"prejuízo" da empresa, ou mesmo garantem aos empregados direitos mais abrangentes do que
aqueles previstos em lei.
"A TELEMIG fará computar no 13º salário e nas férias a média das horas extras, dos adicionais de
periculosidade e de insalubridade."
"O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que por ventura lhe seja devido" [NR
16, item 16.2.1]
"É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem
ao Ministério do Trabalho, através das delegacias Regionais do Trabalho, a realização de perícia
em estabelecimento ou setor da empresa, com o objetivo de caracterizar e classificar ou
determinar atividade perigosa" [NR 16, item 16.3]
"(...) Ainda que seja serventuário excepcional e temporário, precisa reunir os conhecimentos
técnicos e científicos indispensáveis à elucidação dos problemas fáticos da questão, devendo ser
substituído se não reunir bagagem técnica ou científica sobre a matéria investigada(...)" - Antônio
Carlos Fonseca Vendrame - Perito em insalubridade de periculosidade.
"(...) O perito, como auxiliar qualificado do juízo, deve ser alguém que transmita as mesmas
qualidades que se espera de um juiz. Considero também a qualidade do laudo pericial. Um laudo
pericial bem feito, com conclusões bem fundamentadas tecnicamente e dados irrefutáveis dá mais
segurança na hora de proferir a sentença e uma melhor aceitação da parte que perdeu. (...)" -
Sebastião Geraldo de Oliveira - Juiz do Trabalho.
Além do perito oficial, nomeado pelo juiz, as partes tem o direito de chamar
assistentes técnicos, profissionais de confiança e credibilidade de quem os indicou, que
acompanham as perícias. Estes assistentes não precisam ser profissionais de nível universitário.
Confeccionado o laudo, este é encaminhado a apreciação do juiz, e cabe a ele
determinar a procedência ou não dos pedidos. Entram aí embates entre interpretações técnicas e
jurídicas, e mesmo de interpretação da legislação. É freqüente que casos muito parecidos
apresentem resultados distintos. Cabem aí inúmeras questões.
Direito Discutível
Juizes divergem ao interpretar legislação sobre periculosidade
"1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores que se
dedicam a essas atividades ou operações, bem como àqueles que operam na área de risco
adicional de 30% (trinta por cento) as realizadas:
Observações finais:
Conclusão
"(...)O Brasil é um dos poucos, ou talvez, o único país onde persiste a existência dos adicionais de
risco. Não acredito que tal situação se perdurará para sempre, pelo menos é esta minha
esperança, de que se levantem as bandeiras, e se diga o mesmo que foi dito na Itália: Saúde não
se vende!"
Bibliografia
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda - Mini Dicionário, 3ª edição revista e ampliada - ed. Nova
Fronteira, 1993.
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo - Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador, 2ª edição, ed LTr, 1998.
ACORDO COLETIVO - Telecomunicações das Minas Gerais S/A (Telemig) , Sindicato dos
trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais (Sinttel)
JORNAL DA SEGURANÇA
Http://www.adforce.imgis.com/portoperi.htm
http://www.solar.com.br/ ~anery.html
http://www.solar.com.br/ 01961261.html
http://www.solar.com.br/ 01961300.html
http://www.mtb.gov.br
http://www.cipanet.com.br
http://www.protecao.com.br
http://www.jseg.net
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/4045/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/2616/
http://www.sebes.com.br/pericu.htm
www.trt4.gov.br/frevista.htm
Anexos
Ata de Audiência
Aos 11 dias do mês de maio do ano de 1998, reuniu-se a Egrégia primeira Junta de Conciliação e
Julgamento de Brasília-DF, sob a presidência do Exmo. Sr. Juiz do Trabalho Alexandre Nery
Rodrigues de Oliveira e presente(s) o(s) Ilmo(s). Sr(s). Juiz(es) Classista(s) que ao final assina(m),
para a audiência de julgamento relativa ao Processo nº 1261/96, entre partes Wagner Pinheiro
Lustosa, Reclamante, e Transbrasil, Reclamada.
Às 13:51 horas, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo. Sr. Juiz Presidente, apregoadas as
partes, ausentes. Vistos, relatados e discutidos os autos, proposta a solução pelo Exmo. Sr. Juiz
Presidente, e colhido(s) o(s) voto(s) do(s) Ilmo(s) Sr(s). Juiz(es) Classista(s), a Egrégia Junta
proferiu a seguinte
sentença:
RELATÓRIO:
WAGNER PINHEIRO LUSTOSA ajuizou ação trabalhista contra TRANSBRASIL S/A LINHAS
AÉREAS pretendendo adicional de periculosidade e reflexos. Dado à causa o valor de R$
20.000,00.
Conciliação recusada.
É o relatório.
Diz o obreiro que atuava no pátio do aeroporto, na hora de abastecimento e embarque das
aeronaves, sujeitando-se a contato permanente com inflamáveis e explosivos, por risco de
incêndios e explosões, sem que, a par disto, percebesse o adicional de periculosidade que seria
devido. A empresa, por sua vez, salienta que o obreiro não estava sujeito a atividade perigosa, eis
que como tal não qualificado o (re)abastecimento de aeronaves, e que o serviço do Autor era de
ordem burocrática, longe da área pertinente.
Inicialmente, cabe acolher a prejudicial para declarar prescritas as parcelas anteriores a 17.10.91,
observado o qüinqüênio anterior à propositura da demanda, quanto às mesmas extinguindo o
processo, com julgamento de mérito, nos termos do artigo 269, IV, do CPC, aplicável à espécie.
O Juízo já apreciou casos similares (Processos 1193/95, 221/96 e 1300/96), em que acolhendo as
conclusões do laudo pericial do Perito Oficial desta Junta, Engenheiro Haroldo Mäder, ora
emprestado como prova sem oposição das partes (fls. 194/203), entendera inexistir o risco
assinalado na exordial, ante o sistema de abastecimento utilizado no aeroporto, em relação às
aeronaves, inclusive registrando que aos passageiros é permitida a sua permanência a bordo
porque se caracteriza permanência eventual e esporádica, e por inexistência de riscos de
explosão, houve por descaracterizado risco aos Reclamantes.
Neste sentido, resulta procedente o pedido de adicional e reflexos, por configurado, por todo o
período imprescrito do pacto laboral, ante as atividades descritas e os detalhamentos obtidos a
partir da prova oral, aliadas às conclusões do laudo do Perito deste Juízo em relação ao
denominado círculo de fogo. Os laudos, por emprestados como prova, não acarretam condenação
em honorários.
Resultado:
Por todo o exposto, resolve a Egrégia Primeira Junta de Conciliação e Julgamento de Brasília/DF, à
unanimidade, aprovar o relatório e, nos termos do voto do Exmo. Sr. Juiz Presidente: EXTINGUIR
O PROCESSO, COM JULGAMENTO DE MÉRITO, quanto às parcelas atingidas pela prescrição
declarada, nos termos do artigo 269, IV, do CPC, e, no mais, JULGAR PROCEDENTES os pedidos
contidos na exordial, consoante os fundamentos que ficam integrando este dispositivo.
Nada mais havendo a ser registrado, encerrou-se a audiência (às 13:52 horas).
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Ata de Audiência
Aos 23 dias do mês de abril do ano de 1997, reuniu-se a Egrégia 1ª Junta de Conciliação e
Julgamento de Brasília-DF, sob a presidência do Exmo. Sr. Juiz do Trabalho ALEXANDRE NERY
RODRIGUES DE OLIVEIRA e presente(s) o(s) Ilmo(s). Sr(s). Juiz(es) Classista(s) que ao final
assina(m), para a audiência de
julgamento relativa ao Processo nº 1300/96, entre partes Sebastião José Marques Leal,
Reclamante, e Argus, Reclamada.
Às 13:54 horas, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo. Sr. Juiz Presidente, apregoadas as
partes, ausentes.
Vistos, relatados e discutidos os autos, proposta a solução pelo Exmo. Sr. Juiz Presidente, e
colhido(s) o(s) voto(s) do(s) Ilmo(s) Sr(s). Juiz(es) Classista(s), a Egrégia Junta proferiu a seguinte
sentença:
RELATÓRIO:
SEBASTIÃO JOSÉ MARQUES LEAL ajuizou ação trabalhista contra ARGUS SERVIÇOS
AUXILIARES DE TRANSPORTE AÉREO LTDA. pretendendo adicional de periculosidade e
reflexos. Dado à causa o valor de R$ 2.500,00. Emendada a exordial (fls. 24/25) ante comando
judicial (fl. 22).
Juntaram-se documentos, inclusive laudos periciais como prova emprestada, por ambas as partes,
sem oposição (fls. 81/89 e 92/108), tendo este Juízo também determinado a juntada, ainda, de
laudo pericial produzido em caso similar apreciado pela Junta (fls. 134/148), com manifestação das
partes (fls. 151/153).
Conciliação recusada.
É o relatório.
Diz o obreiro que atuava no pátio do aeroporto, na hora de abastecimento e embarque das
aeronaves, sujeitando-se a contato permanente com inflamáveis e explosivos, por risco de
incêndios e explosões, sem que, a par disto, percebesse o adicional de periculosidade que seria
devido. A empresa, por sua vez, salienta que o obreiro não estava sujeito a atividade perigosa, eis
que como tal não qualificado o (re)abastecimento de aeronaves, inclusive não realizado em pátios
distantes ou especiais do setor de embarque e desembarque, e que o sistema de combustível
enclausurado nunca ocasionou qualquer incidente, por plenamente segura.
O Juízo já apreciou casos similares (Processos 1193/95 e 221/96 — fls. 146/148), em que
acolhendo as conclusões do laudo pericial do Perito Oficial desta Junta, Engenheiro Haroldo
Mäder, ora emprestado como prova sem oposição das partes (fls. 134/145), entendendo inexistir o
risco assinalado na exordial, ante o sistema de abastecimento utilizado no aeroporto, em relação
às aeronaves, inclusive registrando que aos passageiros é permitida a sua permanência a bordo
porque se caracteriza permanência eventual e esporádica, e por inexistência de riscos de
explosão, não se configurando a periculosidade ao Autor, também por não se poder admitir que
aos passageiros permanecidos na aeronave seja inexistente risco enquanto para o funcionário não
envolvido no (re)abastecimento, laborando seja dentro da aeronave ou junto à mesma, em apoio,
além do raio de 7,5 (sete e meio) metros além do bocal de abastecimento, haja qualquer
periculosidade. Decerto, se houvesse riscos a explosões, as aeronaves haveriam de ser
(re)abastecidas vazias e em pátio especial, distante das áreas de embarque e desembarque de
passageiros, o que incorre, ante a segurança e rapidez do sistema de bombeamento de
combustível enclausurado, realizado em regra em não mais e dez minutos. O Autor, inclusive, resta
impedido de laborar perto dos caminhões-tanque e máquinas de bombeamento por exigência das
autoridades aeroportuárias, que exige para tal apenas o pessoal restrito qualificado, este sim,
sujeito ao risco de incêndio, e ainda assim
apenas na eventualidade de jato de combustível entre as câmaras de vácuo da mangueira e do
bocal da aeronave espirrar após o fechamento de segurança, jato este que não atingirá mais do
que a área de segurança (raio de 7,5 metros a partir do bocal de combustível).
No caso concreto, o Autor confessa no depoimento pessoal que laborava junto a aeronaves Boeing
737 e DC-10 (Jumbos) (estes aviões de grande porte similares aos Boeings 747 e 767), e a
exordial salienta que o mesmo atuava na boca dos porões dianteiro e traseiro e no interior da
aeronave. Ocorre que o laudo do digno Perito Oficial demonstra que os porões dos aviões 737 e
767 (equivalente ao DC-10) se encontram bastante distantes dos respectivos bocais de
abastecimento e fora do raio de 7,5 metro respectivo (fls.142/143), não havendo, assim, como
situar o obreiro na admitida área de risco de mero incêndio por jorramento de combustível.
Neste sentido, resulta improcedente o pedido de adicional, por não configurado, por todo o período
do pacto laboral, ante as atividades descritas na exordial e as conclusões do laudo do Perito deste
Juízo, em caso similar e abrangente para as diversas aeronaves em atuação no aeroporto de
Brasília, ou similar), qualquer atividade de risco a incêndio ou a explosão por parte do Autor. Os
laudos, por emprestados como prova, não acarretam condenação em honorários.
Resultado:
Por todo o exposto, resolve a Egrégia Primeira Junta de Conciliação e Julgamento de Brasília/DF, à
unanimidade, aprovar o relatório e, nos termos do voto do Exmo. Sr. Juiz Presidente: JULGAR
IMPROCEDENTEs os pedidos contidos na exordial, deles absolvendo a Reclamada, consoante os
fundamentos que ficam integrando este dispositivo.
Custas, pela parte Autora, de R$ 50,00, calculadas sobre R$ 2.500,00, valor dado à causa e
acolhido para os devidos fins.
Nada mais havendo a ser registrado, encerrou-se a audiência (às 13:55 horas).