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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO
DEPARTAMENTO DE ELETROTÉCNICA
ENGENHARIA ELÉTRICA ENFASE: ELETROTÉCNICA
CONFIABILIDADE
MARÇO DE 2010
Universidade Tecnológica Federal do Paraná 2
Materiais e Equipamentos Elétricos – Engenharia Elétrica
Prof. Marco Antonio Ferreira Finocchio
CONFIABILIDADE
NOTA DO PROFESSOR
Esta apostila é um material de apoio didático utilizado nas aulas de Materiais e
Equipamentos Elétricos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus
de Cornélio Procópio.
Este material não tem a pretensão de esgotar, tão pouco inovar o tratamento do
conteúdo aqui abordado, mas, simplesmente, facilitar a dinâmica de aula, com expressivo
ganho de tempo e de compreensão do assunto por parte dos alunos. A complementação da
disciplina ocorrerá através de exemplificações, notas de aula, trabalhos e discussões.
São apontamentos de aula e baseados na experiência do autor na abordagem do
assunto. Esta experiência é baseada na atuação do profissional engenheiro de manutenção
elétrica. Em se tratando de um material didático elaborado em uma Instituição Pública de
Ensino, é permitida a reprodução do texto, desde que devidamente citada a fonte.
Quaisquer contribuições e críticas construtivas a este trabalho serão bem-vindas.
ÍNDICE
1. Introdução 04
1.1 Distribuição de falhas dos componentes 04
1.2 Definições em confiabilidade 05
1.3 Métodos de confiabilidade 06
1.4 Parâmetros da medida de confiabilidade 06
1.5 Formulação matemática para a confiabilidade 08
1.6 Exercícios 11
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Materiais e Equipamentos Elétricos – Engenharia Elétrica
Prof. Marco Antonio Ferreira Finocchio
CONFIABILIDADE
1. INTRODUÇÃO
Conforme se observa, no trecho inicial OA, o item apresenta uma taxa elevada de
falhas, proveniente dos defeitos de fabricação dos componentes. Na vida útil do item (trecho
AB), o número de falhas é pequeno, e a taxa de falhas é mínima e se mantém praticamente
constante. O período após a vida útil (trecho BC) caracteriza-se pelo aumento do número de
falhas, é a fadiga do material.
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Materiais e Equipamentos Elétricos – Engenharia Elétrica
Prof. Marco Antonio Ferreira Finocchio
De preferência, os itens para utilização em eletrônica e eletricidade devem sofrer um
envelhecimento inicial, artificialmente conseguido através de sobrecargas controladas e/ou
ciclagem térmica, com a finalidade de ultrapassar-se o período de falhas iniciais por defeito ou
deficiência de fabricação. As falhas antes da vida útil do item devem sempre ser eliminadas por
controles de qualidade rígidos e apurados, realizados pelos responsáveis pela fabricação. As
falhas após a vida útil devem ser controladas e atenuadas por um judicioso plano de
manutenção que consiste na substituição planejada de peças próximas do envelhecimento, ou
com o número de horas de vida útil ultrapassada.
Vida útil. É o período de tempo durante o qual um item desempenha sua função com
uma taxa de falhas aceitável e aproximadamente constante.
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Materiais e Equipamentos Elétricos – Engenharia Elétrica
Prof. Marco Antonio Ferreira Finocchio
O exercício da confiabilidade elegeu vários métodos através dos quais são realizadas as
análises e interpretações de confiabilidade:
Coleta de dados;
Análise de defeitos;
Demonstração;
Previsão;
Extrapolação;
Provas aceleradas.
TAXA DE FALHAS
Númerodefalhasnoint ervaloT
(1)
T
A “taxa de falhas” estima uma média de falhas que será esperada na unidade de tempo.
tempo=105h; falhas=50
50
F105 2,5 falhas / 105 h (número médio de falhas por equipamentos)
20
50
5
2,5.10 5 falhas/ h
20.10
O tempo médio entre falhas, conhecido em inglês como MTBF (Mean Time Between
Failure), pode ser determinado dividindo-se o produto do número de equipamentos testados e o
tempo de duração do teste, pelo número de falhas observadas.
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Materiais e Equipamentos Elétricos – Engenharia Elétrica
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N .T
TMEF (2)
falhas
20.104
TMEF 2.104 h
10
Obs.: Evidentemente este TMEF indica uma maior confiabilidade do equipamento, para
serviço intermitente, em relação à sua utilização contínua.
1 n
TMAF ti
n i 1
(3)
Qual é o TMAF?
1
TMAF (17 200 270 15 16).103 103,6.103 h
5
FATOR DE DISPONIBILIDADE
TMEF
D (4)
TMEF TMPR
RAZÃO DE MANUTENÇÃO
tm
M (5)
to
N s (t )
C (t ) (6)
N s (t ) N f (t )
onde
N i N s (t ) N f (t )
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F (t ) 1 C (t ) (7)
N s (t ) N f (t )
F (t ) 1
N s (t ) N f (t ) N s (t ) N f (t )
N f (t )
F (t ) (8)
Ni
Nf
C (t ) 1 F (t ) 1 (9)
Ni
Deriva-se:
dC 1 dN f dN f dC
Ni (10)
dt N i dt dt dt
dN f dC d N (t ) 1 dN s dN
Ni Ni s Ni s
dt dt dt N i (t ) N i dt dt
E, desta forma, a taxa de variação dos itens falhados iguala a taxa de variação dos itens que
sobrevivem.
Relacionando-se a razão diferencial com os itens vêm falhando pelo número
correspondente de itens que sobrevivem, obtém-se a partir de (10):
1 dN f N i dC
. (11)
N s (t ) dt N s (t ) dt
N i dC 1 dC
(12)
N s (t ) dt C (t ) dt
t C
1 dC
.dt
0 1
C (t )
.
dt
ln C
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.dt
C (t ) e 0
(13)
Para o caso presente de falhas aleatórias, considera-se a taxa de falhas constante, pois
as mesmas obedecem a certas regras de comportamento coletivo que permitem esta
sistematização.
Assim a expressão da confiabilidade em função da taxa de falha é:
C (t ) e .t (14)
Solução:
5
a) 10 3 falhas/ h
5000
1
C (t ) e .t e 10 0,9048 90,48%
b) C (t ) e .t e 2 0,14 14%
Solução:
TMEF=105 horas
1
C (t ) e .t e 1 0,37 37%
e
Solução:
1
t
0,9 e TMEF
t
t
TMEF =m; 0,9 e m
ln 0,9
m
1.6 EXERCÍCIOS
1) Calcular o TMAF de um resistor fixo que apresenta uma taxa de falhas de 0,01%, em
103 horas de operação?
Resp.: 107h.
5) Em um teste de 1.000h, com 200 geladeiras, foi constatada uma taxa de falhas de 9.
Qual a confiabilidade a ser atribuída à unidade para um “prazo de garantia” de seis
meses?
Resp.:82%.