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Universidade Federal de Santa Catarina

Blumenau
Engenharia de Materiais

Lentes farol de automóvel

Fernando Loersch Simm


Guilherme Dias Zarur

Blumenau
2017
Fernando Loersch Simm
Guilherme Dias Zarur

Lentes farol de automóvel

Seminário apresentada como exigência


para obtenção do grau de Tecnologia em
Engenharia de Materiais da Universidade
Federal de Santa Catarina.

Orientador: Larissa Nardini Carli

Blumenau
2017
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Restrição quanto à propriedade óptica ................................................................... 9


Figura 2- Restrição quanto à moldabilidade material ............................................................. 9
Figura 3- Restrição quanto à durabilidade em ambiente aquoso ........................................... 9
Figura 4- Restrição quanto à resistência à radiação UV ...................................................... 10
Figura 5- Resultados dos possíveis materiais ...................................................................... 10
Figura 6- Gráfico de Dureza (Vickers) x Preço (BRL/Kg) ..................................................... 11
Figura 7- Distribuição dos resultados separados por preço.................................................. 11
Figura 8- Curva tensão deformação para uma cerâmica ou vidro ........................................ 12
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Requisitos de projeto para formulação das lentes de faróis automotivos ............... 8
Tabela 2- Comparativo entre os materiais estudados (* denota estimativa) ......................... 13
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................5
2 OBJETIVO ............................................................................................................................................6
3 CONTEXTO DE APLICAÇÃO ...........................................................................................................7
4 PROPRIEDADES DE INTERESSE .....................................................................................................8
5 SELEÇÃO DO MATERIAL ................................................................................................................9
6 CONCLUSÕES...................................................................................................................................15
7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................16
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1 INTRODUÇÃO

Ao longo das ultimas décadas, os polímeros fizeram parte de um grande


avanço em diversas áreas de aplicações automotivas, e este sucesso é devido à
capacidade do material em conseguir reduzir o peso de uma estrutura e, portanto, o
custo total empenhado durante o processamento. No entanto, as propriedades
citadas acima não são as únicas que os compõem. Os polímeros apresentam
grande versatilidade, o que garante uma ampla gama de possíveis aplicações. Para
o caso em particular, em lentes automotivas, os fabricantes focam na melhoria da
iluminação de veículos como uma forma de aumentar a segurança, podendo ser
explicada esta preocupação devido à vasta quantidade de acidentes de trânsito
ocorridos em condições de visibilidade impedida ou fraca.
Neste Seminário será abordado um caso onde se identificará o melhor material,
atual, para o desemprenho de uma lente de um farol automotivo, que tem como
função proteger a lâmpada, além de permitir que a luz foque onde é necessária.
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2 OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi efetuar o estudo de caso para as lentes de faróis
automotivos. Onde se procura identificar qual a melhor classe material com as
melhores propriedades especificas para o produto final, de forma a garantir
segurança e melhor qualidade perante o custo-benefício empregado no
processamento do mesmo.
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3 CONTEXTO DE APLICAÇÃO

As estradas podem apresentar diversas adversidades que podem promover


acidentes em uma larga escala. As lentes de faróis promovem uma segurança tanto
durante a noite, quanto durante o dia, permitindo que a estrada permaneça com um
enfoque de luz, aumentando a visibilidade dos carros. Tipos de adversidades
possíveis de se ter na estrada:

 Chuva em alta e baixa escala;

 Neblina (fog);

 Má iluminação;

E para que se tenha uma maior segurança, é essencial que a visibilidade esteja
presente podendo assegurar a diminuição de acidentes causados pelas condições
citadas acima.
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4 PROPRIEDADES DE INTERESSE

A Tabela 1 resume a formulação das restrições que um material deve atender para
cumprir os requisitos do projeto. A aplicação destas restrições usando uma combinação
‘‘graph & limit stages’’ no software CES EduPack 2012 leva a resultados lógicos para o
produto final.

Função Proteger a lâmpada e o refletor e focar a luz na estrada


Boa propriedade óptica (transparente)
Habilidade de ser conformado em formas 3-D complexas
Muito boa resistência a água doce e salgada
Restrições Precisa não ser afetado por raios UV
Tem de apresentar módulo mínimo de elasticidade e uma
alta resistência à fratura
Boa resistência ao desgaste para resistir a arranhões
(apresentar boa dureza)
Objetivo Minimizar o custo
Variáveis livres Escolha material
Tabela 1- Requisitos de projeto para formulação das lentes de faróis automotivos
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5 SELEÇÃO DO MATERIAL

As seguintes figuras ilustram a seleção material usando resultados do ‘‘limit stage’’


(Fig.1-4) de acordo com as restrições necessárias; e ‘‘graph stage’’ (Fig.6). Para esta etapa
utilizou-se o CES Edu level 2: ‘‘Materials with Durability Properties’’.

Figura 1- Restrição quanto à propriedade óptica

Figura 2- Restrição quanto à moldabilidade material

Figura 3- Restrição quanto à durabilidade em ambiente aquoso


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Figura 4- Restrição quanto à resistência à radiação UV

Através das restrições utilizadas foram apresentados pelo programa a


existência de 9 resultados de materiais possíveis de acordo com as restrições
necessárias, sendo estes apresentas pela figura abaixo:

Figura 5- Resultados dos possíveis materiais


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Pode-se notar na Fig. 5, que como resultado têm-se duas classes materiais, sendo
estes os vidros e os polímeros termoplásticos. E para fins comparativos, fez-se um
gráfico de dureza (Vickers) pelo preço (BRL/Kg):

Figura 6- Gráfico de Dureza (Vickers) x Preço (BRL/Kg)

Separando os resultados por preço, temos a seguinte distribuição:

Figura 7- Distribuição dos resultados separados por preço

A partir da figura 6 e 7, é possível concluir que o material mais barato e difícil que
atende a todas as restrições é o material ‘‘soda-lime glass’’. No caso de um polímero ser
selecionado, é sugerido o polimetilmetacrilato (PMMA), que já é utilizado nas traseiras de
carros e tem aproximadamente o dobro do preço do vidro soda-lime (Fig. 7). Além disso,
notasse que o policarbonato (PC), que também é amplamente utilizado para a fabricação
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das lentes de faróis automotivos, não está incluído nos resultados devido ao fato de que a
propriedade ‘‘UV resistance property’’- resistência à radiação UV; é classificada como "Fair"-
razoável; na base de dados CES EduPack 2012.

Os polímeros com propriedades ópticas apresentam superioridade sobre os elementos


da classe dos vidros. Em aplicações, onde as propriedades ópticas estão envolvidas, a
possibilidade de uma fratura perigosa feita pelo vidro é um problema que pode ser evitado
com o uso de um polímero. Portanto, a escolha do material para as lentes de faróis
automotivos é o PMMA.
De acordo com CES Edupack, 2012 (traduzido):

Os polímeros são verdadeiramente transparentes somente se forem


completamente amorfos, isto é, não apresentar uma estrutura cristalina. A forma ‘‘irregular’’ das
moléculas de PMMA garante essa estrutura amorfa e sua estabilidade proporciona ainda uma boa
resistência à intempérie.

O PMMA é o polímero mais resistente, mais transparente e mais duro. O seu índice
de refração que varia de 1,49 - 1,56 são em termos próximos ou superiores ao do vidro com
propriedades ópticas mais utilizadas (vidro soda-lime, com índice de refração de 1,5 - 1,52).
Além de apresentar baixo encolhimento, este é muito resistente à radiação UV. A
desvantagem, no entanto se dá ao fato de que o PMMA tem uma alta absorção de umidade
e uma temperatura de serviço pequena (41.9 - 56.9 C0) comparado ao vidro soda-lime (170-
400 C0).

Segundo Ashby et al, 2007 (traduzido) as cerâmicas e os vidros são frágeis à


temperatura ambiente (Fig. 8), apesar de apresentarem uma tensão de escoamento alta, os
valores nunca são atingidos até que o material frature primeiro. Na compressão atua de
forma parecida, o material fratura antes de escoar.

Figura 8- Curva tensão deformação para uma cerâmica ou vidro


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De acordo com os dados resultantes do processo de seleção material feito no CES


EduPack 2012, o vidro soda-lime é claramente superior (439 – 484 HV) em relação ao
PMMA (16,1 – 21,9 HV). Deve notar-se que, a dureza está aproximadamente relacionada
com σy (resistência ao escoamento - limite elástico) e o uso da escala Hardness-Vickers
(Hv) foi selecionado como uma restrição com a fórmula:
𝐻 𝜎𝑌
𝐻𝑉 = ≈
10 3.3
No entanto, ao serem comparadas algumas propriedades (tabela 2) mecânicas
relevantes dos dois candidatos para o caso estudado, percebe-se que apesar do vidro soda-
lime apresentar uma elevada dureza ao comparar este com o PMMA; o seu limite de
escoamento (limite elástico) e a resistência à fratura são analogamente baixas. Uma vez
que as questões de segurança causadas pela ruptura perigosa de um material a base de
vidro são de grande preocupação para a aplicação estudada, o uso de polímeros nos faróis
também pode ajudar a evitar tais possíveis incidente.

Propriedades Mecânicas Vidro soda-lime PMMA

Limite de escoamento (MPa) *30 - 35 53.8 - 72.4


Resistência à tração (MPa) 31 – 35 48.3 - 79.6
Resistência à compressão (MPa) *360 – 420 72.4 - 131
Dureza (HV) 439 – 484 16.1 - 21.9
Resistência à fratura (MPa m^0.5) *0.55 – 0.7 0.7 - 1.6
Tabela 2- Comparativo entre os materiais estudados (* denota estimativa)

Polímeros ópticos podem ser facilmente produzidos em massa por moldagem


por injeção, sem a necessidade de polimento de superfície, os custos são
consideravelmente menores do que para os vidros com propriedades ópticas. Além
disso, os polímeros moldados por injeção podem apresentar estéticas complexas
que não podem ser obtidas por materiais tradicionais como o aço ou vidro. O uso de
lentes poliméricas para faróis automotivos proporcionou uma oportunidade para
novas estéticas estruturais complexas no carro, aumento no desempenho da
iluminação.
Para o caso em estudo, sabe-se que envolve uma aplicação que envolve a
exposição à radiação fora do espectro considerado visível, no caso a radiação UV,
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que tem um comprimento de onda inferior aos limites da radiação visível. E para tal a
classe de materiais de vidro fica de certa forma limita pelo elevado custo necessário
para a produção de um material com tal característica. De acordo com a empresa
UK Optical Plastics LTD (traduzido): ‘‘Os avanços recentes na tecnologia de
revestimento podem melhorar as propriedades da superfície polimérica. Os
revestimentos semelhantes a diamantes podem aumentar a resistência à abrasão e
os revestimentos anti-reflexivos podem melhorar a aparência e o desempenho
visuais. Revestimentos de camada múltipla podem permitir que o componente
funcione em uma faixa de comprimento de onda estreita. Revestimentos reflexivos
podem transformar o componente em um divisor de feixes ou espelho. ’’
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6 CONCLUSÕES

As lentes de farol automotivas que antes eram de vidro soda-lime passaram a


ser substituídas por polímeros recentemente em meados da década de 1990. Hoje
em dia, usualmente as lentes são feitas a base de polímeros, o mais utilizado
costuma ser o policarbonato (PC), porém estes apresentam uma resistência muito
baixa à radiação UV e mais sensível a abrasão que o PMMA, consequentemente o
consumidor teria de fazer trocas e aumentaria o gasto de produção (levando em
conta que o custo varia de 6,67 – 7.33 BRL/Kg).
A escolha do PMMA sobre o vidro soda-lime é apreciável por vários aspectos.
Considerando os fatores de segurança, o polímero se mostra mais leve, sua fratura
não tende a criar regiões cortantes e pontiagudas como o vidro, além de não ser tão
duro. Seu baixo peso facilita o transporte e melhora a eficiência. Outra diferença
notável é a capacidade de formar peças com geometria finas ou complexas. Para
fins visuais, um filme polimérico é mais transparente que o vidro soda-lime, além de
ter a grande vantagem de poder ser facilmente polido, sempre mantendo suas
propriedades iniciais.
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7 REFERÊNCIAS

Ashby, M. F., Shercliff, H. and D. Cebon (2007). Materials: Engineering, Science,


Processing and Design. Butterworth-Heinemann.

GRANTA Design. CES Edupack, versão 2012. Reino Unido: Granta Design, 2012.
Software.

T. Luce, E. Schalle, N. Ziegler: The Advent of Polymer Projector Headlamp Lenses, ISAL
2009 Proceedings.

THE PROS & COM ABOUT PLASTIC HEADLIGHTS. Disponível em:


http://www.fixmyheadlights.com/blog/post/3548528. Acesso em 20 de maio de 2017.

UK Optical Plastic Ltd. “Luminaires: Overview of Plastic Optics and Luminaires.”


http://www.ukopticalplastics.com/luminaires.html. Acesso 20 de maio de 2017.

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