LEONARDO MATHEUS VANZELLA

THIAGO CALIXTO TEIXEIRA

VILMAR PEDRO DOS ANJOS

OBTENDO MOVIMENTO UNIFORME

Relatório apresentado como requisito parcial à

obtenção de nota na Disciplina de Física
Experimental, no Curso de Engenharia de
Energia, Setor Palotina, da Universidade Federal
do Paraná.

Profº.: Arthur William de Brito Bergold

PALOTINA
2018
1. INTRODUÇÃO
Movimento uniforme pode ser
ilustrado como um movimento sem
aceleração, ou seja, o objeto
mantém sua velocidade constante
durante todo o percurso.
Neste tipo de movimento, o
objeto não necessita estar se
deslocando em linha reta. O
essencial é que a velocidade
escalar média seja igual à
velocidade escalar, comprovando
que existe um movimento uniforme.
Na prática, realizar um
movimento uniforme consiste em
anular acelerações e atritos
presentes no percurso.
O atrito é uma força oposta
ao movimento. Esta força depende
da natureza da superfície onde
ocorre o deslocamento, além da
rugosidade da mesma.
1.1. Objetivos
A prática tem como objetivo
fazer com que os alunos consigam
realizar um movimento de maneira
uniforme.
2. PROCEDIMENTOS
Inicialmente foi necessário
realizar a montagem do trilho e a
instalação do equipamento para a
coleta dos dados. Após montar os
trilhos é necessário nivela-lo para
que se possa anular a aceleração
da gravidade.
Com o trilho já nivelado e os
equipamentos para a coleta de
dados já instalados é necessário,
com a ajuda de um fio e de uma
polia, adicionar massas afim de
eliminar o atrito. O software irá
auxiliar para facilitar a respeito de
quanto de massa deve ser
adicionado.
O procedimento deve ser
realizado diversas vezes a fim de
encontrar um valor de massa para
anular o atrito na situação
observada.
3. MEDIDAS E DADOS OBTIDOS
Os dados anotados do
experimento foram à posição e o
tempo, a partir dos dois, obtém-se a
velocidade (que é a variação do
espaço dividido pela variação do
tempo). Os dados que serão
analisados aqui serão o de dez
tempos e a velocidade naquele
ponto será calculada a partir da
variação que o mesmo apresenta
com um ponto anterior. Existiriam
infinitos pontos em que essa
variação poderia ser calculada, no
entanto, será utilizado o ponto mais
próximo aos tempos analisados. Os
tempos analisados serão: 0,35s,
0,4s, 0,6s, 0,65s, 0,8s, 1,45s, 3,1s,
3,6s, 2,2s e 2,7s.
No tempo 0,35s foi obtida a
posição 0,462m, calculando a
variação com o ponto anterior (0,3s
e 0,45m) tem-se que a velocidade
no ponto é de 0,24 m/s.
No tempo 0,4s foi obtida a
posição 0,475m, calculando a
variação com o ponto anterior
(0,35s e 0,462m) tem-se que a
velocidade no ponto é de 0,26 m/s.
No tempo 0,6s foi obtida a
posição 0,526m, calculando a
variação com o ponto anterior
(0,55s e 0,514m) tem-se que a
velocidade no ponto é de 0,24 m/s.
No tempo 0,65s foi obtida a
posição 0,539m, calculando a
variação com o ponto anterior (0,6s
e 0,526m) tem-se que a velocidade
no ponto é de 0,26 m/s.
No tempo 0,8s foi obtida a
posição 0,578m, calculando a
variação com o ponto anterior
(0,75s e 0,575m) tem-se que a
velocidade no ponto é de 0,26 m/s.
No tempo 1,45s foi obtida a
posição 0,743m, calculando a
variação com o ponto anterior (1,4s
e 0,731m) tem-se que a velocidade
no ponto é de 0,24 m/s.
 No tempo 3,1s foi obtida a
posição 0,511m, calculando a
variação com o ponto anterior
(3,05s e 0,520m) tem-se que a
velocidade no ponto é em módulo
de 0,18 m/s.
No tempo 3,6s foi obtida a
posição 0,423m, calculando a
variação com o ponto anterior
(3,55s e 0,431m) tem-se que a
velocidade no ponto é em módulo
de 0,16m/s.
No tempo 2,2s foi obtida a
posição 0,699m, calculando a
variação com o ponto anterior
(2,15s e 0,711m) tem-se que a
velocidade no ponto em módulo é
de 0,24 m/s.
No tempo 2,7s foi obtida a
posição 0,591m, calculando a
variação com o ponto anterior
(2,65s e 0,601m) tem-se que a
velocidade no ponto em módulo é
de 20 m/s.
4. Resultados
Para os dados obtidos foi
primeiramente presa ao carrinho
uma massa de 2g e adicionado ao
carrinho (que tinha massa de 254g)
uma massa de 250g. Analisando
primeiramente a força de atrito, com
2g puxando o carrinho para a
tentativa de movimento uniforme,
tem-se que a força motora é o peso
dessa massa (m.g), considerando a
gravidade valendo 9,81 m/s²,
obtêm-se o valor da força de atrito
igual a 0,02 N. Sabendo que a força
de atrito é igual à força Normal
multiplicada pelo coeficiente de
atrito (sendo a normal de mesmo
módulo do peso), pode igualar 0,02
com a multiplicação da força normal
do carrinho com o coeficiente de
atrito. Assim, o valor do coeficiente
de atrito é de 0,0045. O valor do
coeficiente de atrito é baixo e isso é
esperado, pois tanto o carrinho
quanto o trilho do material utilizado
são feitos para a diminuição de
perdas.
Os valores estimados para a
velocidade nos trechos analisados
apresentaram valores parecidos
mesmo com a dificuldade da prática
- o nivelamento da mesa - e
apresentou um desvio padrão de
0,035. A partir desses dados tem-se
que o valor mais provável para a
velocidade é de (0,228 ± 0,0355)
m/s, média das velocidades e
desvio padrão
5. Conclusão
A obtenção do movimento
uniforme foi parcialmente
alcançada. O movimento em certas
partes teve valores bem próximos,
porém devido à mesa, o
nivelamento do trilho foi prejudicado
e existiram pontos em que uma
pequena elevação alterou o
movimento. A massa utilizada foi
bem baixa e mesmo assim não foi
ela que apresentou problema, pois
nos pontos mais estabilizados um
movimento uniforme foi perceptível.
O desvio padrão das velocidades
mesmo assim foi bem baixo e
mostra que a variação nos pontos
estudados foi de grau não muito
elevado. Concluindo, um movimento
inteiramente uniforme é
extremamente complexo de se
realizar devido as diversas forças
que podem vir a atuar em um corpo,
porém ao fim dessa prática, é
relatado que é uma tarefa difícil, não
impossível. Com equipamento e
habilidade, cancelar forças
dissipativas pode ser uma tarefa
realizável.
6. Referências
Halliday, D. Fundamentos de
física. Volume I: mecânica. 8 ed.
Rio de Janeiro, 2008. p.15-16