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O documento descreve a história e importância do desenho técnico mecânico, desde sua origem na pré-história até os dias atuais. Explica como normas como as da ABNT e ISO padronizaram o desenho técnico para garantir a comunicação entre profissionais de engenharia. Também discute a evolução do desenho assistido por computador e sua importância para a produção atual.
O documento descreve a história e importância do desenho técnico mecânico, desde sua origem na pré-história até os dias atuais. Explica como normas como as da ABNT e ISO padronizaram o desenho técnico para garantir a comunicação entre profissionais de engenharia. Também discute a evolução do desenho assistido por computador e sua importância para a produção atual.
O documento descreve a história e importância do desenho técnico mecânico, desde sua origem na pré-história até os dias atuais. Explica como normas como as da ABNT e ISO padronizaram o desenho técnico para garantir a comunicação entre profissionais de engenharia. Também discute a evolução do desenho assistido por computador e sua importância para a produção atual.
O desenho técnico mecânico é a linguagem gráfica utilizada internacionalmente por engenheiros
e técnicos da área para representação bidimensional de elementos mecânicos tridimensionais. Assim como as palavras de um texto ajudam a transmitir a ideia do autor, os elementos gráficos de um desenho técnico: linhas, números, símbolos e indicações escritas, são responsáveis por comunicar a ideia do projetista com o intuito de orientar o responsável pela fabricação daquele elemento, registrar informações de elementos já fabricados, analisar soluções, resolver problemas de forma gráfica ou para outras aplicações. Sendo assim, é essencial para todos os profissionais que atuam na área da mecânica o domínio dos conhecimentos relacionados ao desenho técnico mecânico aliados a uma apurada visão espacial. A história da humanidade passa necessariamente pela história do desenho. Desde a pré-história, através de hieróglifos nas cavernas, o homem buscava representar através de desenhos a realidade a sua volta. Na antiguidade o desenho ganhou status sagrado, sendo utilizado para decorar tumbas e templos e para representar deuses. Também neste período tem-se registro de desenhos cartográficos primitivos utilizados em rotas comerciais terrestre e marítimas. Ao longo dos séculos o desenho passou por um processo de evolução, (influenciado pelo avanço tecnológico das ferramentas para sua execução) levando, no renascimento, a representações mais condizentes com a realidade. No século XVIII o francês Gaspar Monge desenvolveu a geometria descritiva, impactando diretamente no desenvolvimento tecnológico e servindo como base para o desenho técnico moderno. Após a revolução industrial houve uma mudança de paradigma na forma de produção, exigindo-se uma padronização de produtos que só foi possível graças a utilização de desenhos técnicos de fabricação. No século XIX a Comissão Técnica TC 10 da “International Organization for Standardization” – ISO – realizou a primeira normalização internacional visando a utilização da geometria descritiva mongeana como linguagem gráfica, chamando- a de desenho técnico. Nos dias de hoje, após a globalização observada no século XX, é possível produzir um processador de celular na China que se encaixa perfeitamente em uma carcaça polimérica produzida na India graças a estas normalizações que vêm sendo estabelecidas desde então. Existem várias normas que definem os parâmetros a serem observados na execução de um desenho técnico. No Brasil estas normas são elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As principais normas vigentes utilizadas na execução de desenhos mecânicos dizem respeito à forma de representação, ao papel a ser utilizado, à padronização de linhas e à forma de se realizar a cotagem. A norma ABNT NBR10067/95 define a forma de representação aplicada em desenho técnico. De acordo com a referida norma as representações dos desenhos devem ser feitas de acordo com a geometria descritiva definida por MONGE em projeções ortográficas no 1º ou 3º diedro. Um diedro é a junção de dois semiplanos perpendiculares entre si. As projeções da peça são denominadas vistas existindo: Vista frontal; vista superior; vista lateral esquerda; vista lateral direita; vista inferior e vista posterior. A vista principal da peça deve ser utilizada como vista frontal, normalmente na sua posição de utilização. A escolha das outras vistas a serem utilizadas deve se dar de forma a utilizar o menor número de vistas, evitar a repetição de detalhes e evitar linhas tracejadas desnecessárias. A norma trata ainda de aspectos secundários de representação como: vistas fora de posição, vistas auxiliares, elementos repetitivos, detalhes ampliados, linhas de interseção, peças simétricas, cortes e seções. Tão importante quanto definir a forma mais adequada de representar um objeto, é escolher as dimensões adequadas do papel onde será realizado ou impresso o desenho. A norma que define o leiaute e as dimensões dos papeis a serem utilizados em desenhos técnicos é a NBR 10068/87. De acordo com esta norma, o formato básico para desenhos técnicos é o A0 (a zero), um retângulo de área igual a 1 m² e proporção entre os lados guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal (𝑦 = 𝑥√2). Obtém-se, portanto, as medidas 841 mm x 1189 mm. Do formato A0 deriva-se a série "A" pela bipartição ou pela duplicação sucessiva, dando origem aos formatos A1, A2, A3, A4 e etc. Esta norma também define o leiaute a ser utilizado, indicando o comprimento da legenda a ser inserida em cada formato, as dimensões das margens, a espessura das linhas do quadro, as marcas de centro, escala métrica de referência, o sistema de referência por malhas e as marcas de corte. A norma ABNT NBR 13142/99 definia as condições de dobramento de cópias de desenhos técnicos, porém a mesma foi cancelada em 2017 e não foi substituída. De acordo com a norma NBR 8403/84 ao se executar um desenho técnico o profissional deve utilizar duas larguras de linhas, larga e estreita, sendo que a relação entre as duas deve ser maior do que dois. Deve-se utilizar as larguras de 0,13mm, 0,18mm, 0,25mm, 0,35mm, 0,50mm, 0,70mm, 1mm, 1,4mm ou 2,0mm. A norma prevê os seguintes tipos de linhas para execução dos desenhos técnicos: Contínua larga e estreita, contínua estreita a mão livre, contínua estreita em ziguezague, tracejada larga e estreita, traço e ponto estreita, Traço e ponto estreita, larga nas extremidades e nas mudanças de direção, Traço e ponto larga e Traço dois pontos estreita Ao representarmos peças mecânicas em desenhos raramente utilizamos escalas reais. Quase sempre lançamos mão de ampliações ou reduções através da aplicação de escalas. Sendo assim é importantíssimo que os desenhos técnicos indiquem as dimensões, evitando a necessidade de cálculos e medições para averiguação de medidas. A norma que apresenta os princípios de cotagem é a NBR 10126/87 (corrigida em 98). Ela estabelece que deve-se representar todas as cotas necessárias para descrever uma peça. A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento. Deve-se usar a mesma unidade para todas as cotas sem o emprego do símbolo. O símbolo da unidade deve ser incluído na legenda e em cotas cuja unidade não seja a padrão do restante do desenho. Nenhum elemento do objeto deve ser definido por mais de uma cota. As cotas devem ser representadas através dos seguintes elementos: Linha auxiliar, linha de cota, limite da linha de cota e a cota. Até meados da década de sessenta, os projetos eram executados de forma manual com o auxílio de instrumentos de desenho, como lapiseiras, compassos e réguas. Com a evolução dos computadores, programas computacionais denominados CAD (Desenho assistido por computador) foram desenvolvidos, mas ficavam limitados às grandes empresas. Com o advento dos computadores pessoais, uma revolução teve início e, em 1982, a AutoDesk Inc lançou o software AutoCAD nos EUA para elaboração de desenhos bidimensionais. Com ele obteve-se grande otimização do processo de elaboração de projetos, transferindo a parte técnica, antes manual e altamente complexa, para um modelo computacional. Apesar desta significativa evolução, a forma de projetar em sistemas CAD bidimensionais não pode ser considerada uma mudança de paradigma, visto que apenas as ferramentas de desenho foram transferidas para o computador, facilitando o trabalho, mas mantendo-se o resultado final. A aplicação das normas que foram brevemente explanadas, além de outras normas vigentes relacionadas ao tema, garante, portanto, a comunicação plena e eficaz entre os mais variados profissionais que atuam no ramo da mecânica. É importante ressaltar que o avanço tecnológico, principalmente no que diz respeito às tecnologias digitais, alterou completamente a forma de se executar desenhos mecânicos. Cabe às escolas profissionalizantes, escolas técnicas e faculdades dos cursos relacionados explorarem da melhor maneira possível a carga horária disponibilizada para as disciplinas que se incubem do ensino e aprendizagem do desenho mecânico, seja utilizando o desenho à mão com auxílio dos instrumentos, seja com as novas tecnologias computadorizadas.
Interfaces prediais: Hidráulica, gás, segurança contra incêndio, elétrica, telefonia, sanitários acessíveis, NBR 15575: edificações habitacionais – desempenho e BIM – nova forma de projetar