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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG

Curso de História

Natália Elias

AVALIAÇÃO

Divinópolis
Maio de 2017
Natália Elias

AVALIAÇÃO

Trabalho apresentado à disciplina Historiografia


Contemporânea, do curso de História, da
Universidade do Estado de Minas Gerais, unidade
Divinópolis.

Professor: Izaac Erder

Divinópolis
Maio de 2017
Avaliação de Historiografia Contemporânea
Professor Izaac Erder

01 – O que significa dizer que a história é uma forma de representação?

O trabalho do historiador consiste em uma construção de uma narrativa do passado através da


analises de suas fontes. Dessa forma, podemos afirmar que a construção historiográfica se dá
à partir da analise de representações de um passado, dando formas e significados àquela
realidade estudada. Considerando representações como um conjunto de símbolos que cada
cultura cria com a intenção de significar a sua realidade, podemos destacar que através delas o
historiador tem a possibilidade de pensar como tais culturas elaboraram suas formas de
pensar, sendo assim ponto essencial na construção histórica. Ao ter acesso a uma fonte
(documento), o historiador procura perceber neste, como se davam os significados de mundo
de seu objeto, e pode-se dizer que os documentos por si só já são representações, por
demonstrarem o acontecido. É importante destacar que a referência de uma representação é
sempre a realidade, ou seja, as representações do acontecido colaboram efetivamente para a
construção de uma realidade elaborada pelo historiador. Nesse sentido, o historiador precisa
observar que os saberes representados ao longo do tempo, são deixados como marcas vivas
destes povos, que precisam ser analisados e materializados no discurso historiográfico,
construindo assim um conhecimento histórico. É importante ressaltar, que nesse processo os
sujeitos devem ser observados como construtores de significados, em um exercício coletivo e
singular ao mesmo tempo. Com isso, a história e feita por um conjunto de representações, que
ao longo do tempo, oferecem ao pesquisador rupturas e continuidades repletas de significados
e novas representações.

02 – Explicite a ideia de Michael De Certeau acerca da “operação historiográfica”.

Segundo Michel De Certeau, “operação historiográfica” é o conjunto de práticas feitas


pelo historiador em seu processo de “fazer a história”. Para tanto, o autor define que a
construção histórica é alcançada pela relação entre um lugar social, pelas práticas e pela
escrita. Por lugar social, o autor entende como a relação do pesquisador com seu objeto de
pesquisa, neste caso tomando como lugares os domínios e pensamentos sociais, culturais,
políticos e econômicos de suas analises. Sendo assim, as analises históricas seriam o produto
de linguagens, representações e discursos de um lugar social. Certeau ainda destaca que fazer
história é uma prática cientifica, desde a reunião e organização das fontes até o produto final,
a escrita. Para ele, a combinação entre as fontes e o olhar do pesquisador são essenciais para
se fazer história. Na prática cientifica, devemos destacar a multiplicidade de analises que a
historiografia atual oferece. Através dos avanços da História Social e Cultural, objetivando
uma orientação interpretativa de história, envolvendo várias ciências e áreas do conhecimento,
a construção histórica torna-se a cada dia mais interdisciplinar e sistematizada. E por fim,
Certeau destaca o produto/resultado da operação historiográfica, a escrita. Após todo o
levantamento documental, problematização e questionamento deste, a escrita é a responsável
por legitimar o estudo, conferindo-o seu caráter representativo e indicando um fim àquela
discussão. Em linhas gerais, a escrita vem como legitimadora da pesquisa, dando a esta à
credibilidade que ela precisa enquanto verdade, mesmo que para isto, a aceitação entre seus
pares seja fator importante. Enfim, a operação historiográfica é um processo indissociável
entre lugar, prática e escrita.

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