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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE FILOSOFIA

ATIVIDADE I
Resumo de Escrito

JOÃO GUALBERTO DA COSTA RIBEIRO JÚNIOR

PIRACURUCA
2012
JOÃO GUALBERTO DA COSTA RIBEIRO JÚNIOR

ATIVIDADE I
Santo Agostinho

Trabalho apresentado à cadeira de


Tópicos Especiais em História da
Filosofia Medieval, do Curso de Filosofia,
da Universidade Federal do Piauí,
modalidade aberta, como pré-requisito
para obtenção de nota concernente à
atividade I.

Tutora: Talita Aralpe

PIRACURUCA
2012
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho, do tipo resumo de escrito, versa sobre um importante

volume da coleção filosófica, Os Pensadores, cuja temática recai sobre Santo

Agostinho.

O volume conta ainda com a presença de duas importantes obras deste

grande pensador: Confissões e De Magistro. O volume apresenta uma série de

características gerais que permearam a vida do bispo de Hipona.

Este trabalho objetiva resumir as características do pensamento

agostiniano, bem como parte de sua trajetória; não contendo a intenção de cair em

pormenores específicos e detalhes filosóficos, este estudo descreve sucintamente as

ideias defendidas e expostas por Santo Agostinho, na visão coleção, Os Pensadores.

Santo Agostinho foi direcionado desde a infância em direção à cultura, à

filosofia, letras e artes; apesar de seus ideais e teorias, Agostinho teve uma infância

e adolescência como a dos demais de sua idade.

Uma obra de Cícero, Hortensius, estimulou Agostinho rumo à filosofia e o

apego ao saber.

Agostinho, como seus contemporâneos, gostava de enfrentar o proibido,

ateve-se durante tempos às questões mundanas e triviais e foi um mancebo como

outro de sua época, demonstrando apenas mais tarde, as características que fariam

dele um dos maiores filósofos de todos os tempos.


2 DESENVOLVIMENTO

2.1 SANTO AGOSTINHO

Santo Agostinho não foi dos melhores alunos de sua época; detestava a

língua grega, o que acabou valendo-lhe problemas por necessitar posteriormente

dos ensinamentos da literatura grega.

A cultura de Agostinho fez-se essencialmente na língua latina.

Agostinho viveu como os de sua época, inclusive contraindo casamento onde

os padrões da época não o permitiam; Agostinho interessava-se basicamente pelos

prazeres mundanos e pela filosofia.

Demonstrou ser excelente professor, no entanto decepcionou-se com suas

experiências no magistério pela falta de retorno dos discentes. Agostinho, depois

de decidir mudar-se para Roma, intensificou seus estudos filosóficos, sendo que

dada a prolífica literatura grega, aliada à sua péssima fluência no idioma, custou-

lhe dissabores.

Por esta época, simpatizou fortemente com as doutrinas maniqueístas

sobre a existência de dois princípios absolutos, bem e mal, luz e trevas.

2.2 O CAMINHO DA SALVAÇÃO

Em Roma, Agostinho dedicou-se a duas carreiras: uma filosófica e outra,

dita ministerial, com o intuito de adquirir prestígio e dinheiro. Foi um período

prolífico para o pensador, visto que ele estava bastante envolvido em questões

filosóficas e existenciais.
Agostinho encontrou no neoplatonismo, uma melhor base para suas

respostas existenciais. Ao ouvir, certa vez, nos jardins de sua residência, uma

criança cantando uma passagem bíblica correspondente A São Paulo, o pensador

fora tomado por uma fé inabalável, onde deixaria os preceitos mundanos de uma

vez por todas.

2.3 BISPO E PENSADOR

Agostinho tomou providências, como a demissão do cargo de professor, para

dedicar-se inteiramente à filosofia. Posteriormente, submeteu-se ele ao batismo.

O filósofo não pôde permanecer por muito tempo dedicando-se

exclusivamente à filosofia e meditação da fé, visto que os acontecimentos

envolvendo a Igreja de Hipona e as consequências advindas de ter assumido cargos

pastorais e ministeriais, acabaram por deixar-lhe pouco tempo para as questões

meditativas.

Apesar de todas as atividades que o bispado lhe exigia, Santo Agostinho

deixou uma vasta obra; algumas poucas obras não versaram sobre problemas

oriundos na própria Igreja da época, a saber: Confissões, onde ele analisa

problemas filosóficos de natureza íntima e, De Trinitate, que revela o caráter

intimista e espontâneo agostiniano.

Da produção de Santo Agostinho, pode-se citar: Contra os Acadêmicos,

Solilóquios, Livre Arbítrio, De Magistro, Confissões, Espírito e Letra, A Cidade de

Deus e As Retratações.
2.4 A PATRÍSTICA

A filosofia patrística, formulada pelos padres da Igreja, não foi uma escola

filosófica propriamente dita. Mais regularmente, o que encontra-se na patrística

são maneiras de sustentar o cristianismo, de alarga-lo, de colocá-lo feito doutrina.

A patrística evidenciou-se numa época em que a filosofia servia à teologia

e Agostinho fora um dos principais representantes desta época.

2.5 FÉ E RAZÃO

A filosofia agostiniana pode ser chamada de filosofia cristã, onde na

beatitude que está situada o centro teórico, sendo que o problema da felicidade,

representa a motivação principal do pensamento filosófico.

Cabe salientar, que a beatitude não foi encontrada por Santo Agostinho em

suas meditações filosóficas, mas na fé das Escrituras Sagradas; Agostinho

deparou-se durante toda a patrística com a essência desta, isto é, a relação

existente entre a razão e a fé.

Agostinho determinou a relação da razão com a fé, de maneira a fazer crer

que a razão precede a fé, assim como é sua imediata consequência. Embora muitos

não considerem Agostinho um filósofo propriamente dito, ele manteve relações

filosóficas sólidas e importantes, tendo-a usado para a manutenção e serviço da

Igreja Católica.
2.6 O CONHECIMENTO

Fundamentar o conhecimento, foi para Santo Agostinho, o principal

problema filosófico com que se deparou, depois de sua conversão.

Agostinho estabeleceu os sentido como fonte de verdade, anunciando que

os juízos que são feitos através deles, bem como sua interpretação é que podem ser

errôneos, mas jamais, os sentidos em si.

Agostinho foi o primeiro pensador a conceber a certeza do ser e da

existência, o que seria confirmado por Descartes muito tempo depois. Agostinho

concebia o homem como ser pensante e, como tal não poderia confundir-se com as

ideias materiais emanadas do corpo.

2.7 A ALMA E O CORPO

Através das formulações agostinianas sobre a alma e o corpo, bem como das

relações existentes entre eles, criou-se um importante problema filosófico, que leva

a questionamentos sobre o homem e a perfeição de seus conhecimentos.

Agostinho tentou obter a resolução para este problema aceitando que algo

transcende a alma e legitima a verdade do conhecimento; naturalmente, isto recai

sobre a figura de Deus.

2.8 A LUZ DA VERDADE

Aqui Santo Agostinho concebe a doutrina da iluminação divina. Nesta

concepção, Agostinho aproxima-se do platonismo, considerando ser o


conhecimento, uma reminiscência; só o que os distância é o fato de Platão conceber

esta teoria no aspecto passado, enquanto Agostinho concebe-a como transferência

divina no presente.

Agostinho deixa estabelecido então, ser toda espécie de conhecimento,

consequência da iluminação emanada de Deus.

2.9 DEUS

Agostinho concebeu a ideia de unidade divina como total, cheia de

plenitude. Compreende aqui as três pessoas que, ao mesmo tempo, são iguais: Pai,

Filho e Espírito Santo. Agostinho concebe Deus como criador de todos os seres,

sendo que nada existe além dele e que tudo seria fruto de sua imensa misericórdia

e amor infinitos.

Deus, para Santo Agostinho transcende o próprio tempo, sendo imutável,

eterno e fora de qualquer quantificação temporal. Agostinho considera Deus como

a plenitude do ser, como bem absoluto, construindo assim sua doutrina metafísica

sobre o bem e o mal.

O mal, para Agostinho, consubstancia-se na privação do bem, na

aproximação do não-ser.

2.10 O HOMEM E O PECADO

Agostinho estabelece, antropologicamente, ser Deus bondade absoluta e

coloca o homem como ser miserável que depende da misericórdia divina.


Aqui Agostinho estabelece as três faculdades da alma: a memória, a

inteligência e a vontade; Agostinho coloca a vontade como faculdade mais

importante, estando ela no centro da personalidade humana e, nela reside a

possibilidade do homem afastar-se de Deus.

O pecado é, para Santo Agostinho, uma transgressão da lei divina;

estabelecendo que a alma foi criada por Deus para reger o corpo e que o homem

deturpa fazendo a alma submeter-se aos apelos corpóreos.

Agostinho coloca a ideia de salvação não dependente apenas da vontade;

não basta querer, é preciso poder; determina assim, que este poder é privilégio de

Deus.

A antropologia agostiniana repousa principalmente nas teorias da graça e

da predestinação.
3 CONCLUSÃO

Santo Agostinho representa um dos maiores expoentes do pensamento

filosófico e teológico da humanidade.

Suas ideias preponderaram por toda a Idade Média, atingindo um grau de

amplitude e profundidade de pensamento, notadamente na legitimação do

cristianismo, como nunca se havia visto antes.

Utilizou-se dos preceitos platônicos, mas não sucumbiu a estes quando os

conflitos advindos de Platão, confrontaram-se com os ideais cristãos agostinianos.

Por mais que as teorias maniqueístas o tenham influenciado, já em fase

madura, foi crítico ferrenho do maniqueísmo, embora tenha herdado destes o

aspecto dualista que permeia seu pensamento, como bem e mal, luz e trevas, graça

e pecado, salvação e perdição e, principalmente, a contraposição entre o homem e

Deus.
FONTES CONSULTADAS

OS PENSADORES. 1980. Santo Agostinho. São Paulo : Abril Cultural, 1980.

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