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11/05/2018 Diário | O 3 de maio e outras 67 datas para entender o Maio de 68

HISTÓRIA

O 3 de maio e outras 67 datas para entender o


Maio de 68

FOTO GETTY

Faz esta quinta-feira 50 anos que um comício na universidade francesa de


Sorbonne, de solidariedade com os estudantes da de Nanterre, foi reprimido pela
polícia, movimento de que resultaria a detenção de cinco centenas de alunos e a
criação, a partir do fim do dia, das primeiras barricadas que durante um mês iriam
multiplicar-se nas ruas da capital francesa. Começava em força a revolta do Maio
de 68

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TEXTO RUI CARDOSO

8 janeiro – Ministro da Juventude François Missoffe é interpelado por um


grupo de estudantes durante uma visita às obras na Universidade de Nanterre
nos arredores de Paris. Perante as críticas, promete mandar construir um
pavilhão gimnodesportivo. Um dos elementos presentes responde-lhe que
“construir um centro desportivo é um método hitleriano que visa canalizar as
energias estudantis para o desporto. O que é preciso garantir é o equilíbrio
sexual do estudante”. O ministro diz-lhe que vá tomar banho de água fria. O
aluno chamava-se Daniel Cohn-Bendit e tornar-se-á uma das estrelas dos
acontecimentos de Maio.

9 de fevereiro – Ministro da Cultura André Malraux afasta Henri Langlois da


direção da Cinemateca, o que desencadeia uma onda de protestos no meio
cinematográfico.

13 fevereiro – Manifestações estudantis a nível nacional contra o projeto de


reforma dos regulamentos internos das cidades universitárias com incidência
no acesso aos dormitórios (separados) de rapazes e raparigas.

14 de fevereiro – Manifestação, sobretudo estudantil, frente à Cinemateca


reprimida pela polícia. Em causa a demissão do director Henri Langlois por
decisão do ministro da Cultura André Malraux.

11 de março – Manifestação de metalúrgicos em Redon que será o prelúdio da


agitação laboral vivida durante os meses de Maio e Junho em toda a França.

22 de março – Após uma manifestação contra a Guerra do Vietname, há


incidentes na Universidade de Nanterre nos arredores de Paris que é mandada
encerrar e onde desponta um novo líder estudantil Daniel Cohn-Bendit. Forma-
se o Movimento do 22 de Março que será decisivo no deflagrar do Maio de 68
poucas semanas depois.

27 de março – Prisão para interrogatório policial e posterior libertação de


Cohn-Bendit e outros elementos do Movimento 22 de Março.

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2 de abril – Suspensas as aulas na universidade de Nanterre por decisão do


decano Pierre Grapin.

4 de abril – Suspensas também as aulas na Sorbonne.

11 de abril – Rudi Dutscke líder da liga dos estudantes socialistas de Berlim é


gravemente ferido a tiro num atentado.

22 de abril – Manifestações de solidariedade com Rudi Dutscke no Quartier


Latin. Henri Langlois regressa à direcção da Cinemateca.

25 de abril – Nota redigida por Arlette de La Loyére do gabinete do ministro


da Educação dá conta ao titular da pasta Alain Peyrefitte da agitação reinante
em Nanterre. No memorando, conservado nos Arquivos Nacionais diz-se que
os revoltados “usam extintores para bater nos moderados”, que as paredes estão
“cobertas de pinturas e de exemplares de “L’Humanité” (diário do PCF) e que
dois catedráticos foram insultados enquanto um terceiro contemporiza.

1 de maio – Pela primeira vez desde 1954 a manifestação do Dia do


Trabalhador é autorizada, sendo convocada pelo PCF, CGT e PSU (socialistas de
esquerda). Serviço de ordem dos sindicatos pró-comunistas da CGT é alertado
para evitar a junção de estudantes aos operários durante o trajecto entre as
praças das República e da Bastilha.

2 de maio – Fecho da universidade de Nanterre e partida do primeiro-ministro


Georges Pompidou para uma vista oficial de dez dias ao Afeganistão.

3 maio – Meeting na Sorbonne de solidariedade com os estudantes de


Nanterre. Há um esboço de contra-manifestação do grupo de extrema-direita
“Ocidente” mo Boulevatd Saint Michel e dentro da Sorbonne os estudantes
partem cadeiras e meses para se armarem. Os militantes da ultra-direita
dispersam e a polícia, chamada pelo reitor Jean Roche, cerca a universidade e
prende cinco centenas de alunos, levados para diversas esquadras para
identificação, nuns casos sem violência, noutros à bastonada. Os que estão cá
fora erguem as primeiras barricadas em Saint Michel e há confrontos com a
polícia.
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4 de maio – O movimento alastra aos liceus e às universidades de outras


cidades francesas

5 de maio – Sete estudantes presos durante os incidentes são levados a


tribunal e quatro condenados a penas de prisão efectiva por perturbação da
ordem pública

6 de maio – Oito elementos do Movimento 22 de Março, incluindo Cohn-


Bendit, mandados comparecer perante o Conselho de Disciplina da
Universidade de Paris. Apresentam-se perante as câmaras da televisão cantado
“A Internacional”. União Nacional dos Estudantes (UNEF) promove
manifestação no Quartier Latin pela reabertura das faculdades e pela libertação
dos estudantes presos. Novos choques com a polícia.

7 de maio – Novas manifestações estudantis em Paris. Começa a publicar-se o


jornal “Action” com desenhos de Wolinski, Reiser e outros. O presidente De
Gaulle avisa que não serão toleradas alterações da ordem pública.

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9 de maio – Manifestações e protestos em Estrasburgo, Nantes, Rennes ou


Toulouse. “Sit-in” no Boulevard de Saint Michel frente à polícia sem incidentes.
O poeta Louis Aragon, afecto ao PCF, aparece aos estudantes numa acção de
solidariedade e é vaiado.

10 de maio – Reunião entre o reitor Jean Roche e os três líderes da


contestação: Daniel Cohn-Bendit (Movimento 22 de Março), Alain Geismar
(sindicato dos docentes universitários) e Jacques Sauvageot (UNEF). As
negociações que giravam à volta da reabertura das faculdades, da retirada da
polícia e da libertação dos estudantes presos falham. Primeiros apelos à greve
geral.

Noite de 10 de maio – A madrugada de 10 para 11 ficou para a história como


a primeira noite das barricadas em Paris. A primeira surge na rua Gay-Lussac e
depressa se multiplicam por todo o Quartier Latin. Confrontos com a polícia em
toda a margem esquerda do Sena que duram até às cinco da manhã: mil feridos
e dezenas de carros incendiados.

11 de maio – Sindicatos apelam à greve geral dia 13 de maio. Pompidou,


regressado do Afeganistão, promete a reabertura das universidades dia 13 e a
libertação dos estudantes presos.

13 de maio – Greve geral e manifestações por toda a França. Em Paris


centenas de milhares de pessoas pedem a demissão de De Gaulle. A Sorbonne,
reaberta, é ocupada pelos estudantes.

14 de maio – Início das ocupações. Operários ocupam a fábrica da Sud


Aviation em Nantes e sequestram o diretor. Um dos administradores desta
empresa era Maurice Papon antigo prefeito de Paris durante cujo mandato se
verificara o massacre do Metro de Charonne durante uma manifestação contra
a Guerra da Argélia em 1962. Presidente De Gaulle decide não adiar visita de
estado à Roménia, onde permanecerá quatro dias.

15 de maio – Ocupação do famoso Teatro de L’Odéon, entre o Jardim do


Luxemburgo e Saint Germain des Prés por contestatários que incluíam gente do
mundo do espectáculo como Michel Picoli. Furioso, De Gaulle pede uma
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intervenção policial musculada, adiada pelo prefeito da polícia de Paris Maurice


Grimaud para evitar um banho de sangue. A manchete do diário conservador
“Le Figaro” é “O poder está na rua”.

16 de maio – Vaga de greves com ocupação de instalações em Paris e nas


grandes cidades, incluindo as instalações da Renault em Cléon e diversas
grandes fábricas em Billancourt (sul de Paris).

17 de maio – Os sindicatos anunciam que há 600 mil trabalhadores em greve e


a SNCF (caminhos-de-ferro) paralisa. O PCF declara-se pela primeira vez
publicamente ao lado dos estudantes.

18 de maio – O número de grevistas sobe para dois milhões. Tentativas de


negociação entre a esquerda não comunista e os contestatários, protagonizadas
por Pierre Mendés-France e François Mitterrand. De Gaulle antecipa regresso a
Paris. Bernard Ducamin, conselheiro presidencial redige um parecer onde
desaconselha a invocação do artº 16 da Constituição que daria poderes de
excepção ao general, invocando razões tanto jurídicas como políticas.

19 de maio – Jean-Luc Godard, Louis Malle, François Truffaut, Claude


Lelouch e Roman Polanski pedem a interrupção do festival de cinema de
Cannes, o que conseguem depois de Milos Forman, Alain Resnais e Carlos
Saura retirarem os seus filmes.

20 de maio – Calcula-se que haja mais de oito milhões de grevistas em


França. Transportes públicos parados e grandes restrições à distribuição de
gasolina enquanto a circulação de correspondência é garantida pelos militares.
A televisão pública ORTF deixa de transmitir a programação habitual.

21 de maio – Greve chega ao Banco de França e a cotação do franco cai


verticalmente. O filósofo Jean-Paul Sartre é recebido com alguma desconfiança
na Sorbonne onde declara que o movimento grevista foi impulsionado pelos
protestos estudantis.

22 de maio – Na Assembleia Nacional uma moção de censura apresentada


pela oposição é rejeitada por 11 votos. Cohn Bendit é proibido de regressar da
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Alemanha e da Holanda onde fora falar do movimento em curso em França. Há


manifestações perto do parlamento e no Quartier Latin.

23 de maio – Primeira reação dos sindicatos da polícia que admitem invocar a


objeção de consciência se as operações contra os manifestantes continuarem.
Manifestações de protesto contra a expulsão de Cohn-Bendit.

24 de maio – De Gaulle anuncia um referendo, rejeitado pelos partidos da


oposição. Novas manifestações de apoio a Cohn-Bendit. Manifestações de
camponeses e agricultores por toda a França em consonância com o movimento
geral de protesto que agrega dez milhões de grevistas, correspondentes a quase
dois terços da força de trabalho nacional.

Noite de 24 de maio – De 24 para 25 viver-se-á em Paris a segunda Noite das


Barricadas. Além de grandes confrontos no Quartier Latin, durante a noite as
correrias degeneram em ataques a montras, viaturas e ao edifício da Bolsa onde
é ateado um incêndio. Um polícia é morto em Lyon por um camião destravado
pelos manifestantes e de madrugada é descoberto um estudante morto na
barricada da Rue des Écoles no Quartier Latin, atingido pela explosão de uma
granada de gás.

25 de maio – Iniciam-se nas instalações do Ministério do Trabalho na Rua de


Grenelle, em Paris, reuniões do Governo com os parceiros sociais (patronato e
sindicatos) para desbloquear as greves e ocupações de fábricas. A delegação
oficial é chefiada pelo jovem secretário de Estado do Emprego Jacques Chirac,
35 anos, décadas mais tarde primeiro-ministro e presidente da República.

26 de maio – Embora seja domingo prosseguem as negociações de


concertação social na rua de Grenelle entre patrões e sindicatos com mediação
governamental. Entretanto nas manifestações que continuam por toda a França
os trabalhadores exigem aumentos salariais de 25%.

27 de maio – Após dois dias de negociações, patrões e sindicatos negoceiam


novos e amplos direitos laborais, incluindo salário mínimo, quarta semana de
férias pagas, etc. São os Acordos de Grenelle que representam os maiores
avanços sociais desde a Frente Popular em 1936 mas que são rejeitados pelas
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bases. O documento também não é referendado pelo Governo, o que faz com
que na prática os acordos só venham a ser aplicados a conta-gotas.

28 de maio – Com o cabelo ruivo tingido de escuro Cohn-Bendit consegue


regressar a Paris. Demite-se o ministro da Educação Alain Peyrefitte. François
Mitterrand anuncia que se candidatará à presidência da República “em caso de
vazio político”.

29 de maio – Convocados pelos sindicatos e partidos de esquerda 800 mil


pedem às portas do Palácio do Eliseu um governo popular. De Gaulle está em
paradeiro desconhecido, na verdade na Alemanha, reunindo-se com o comando
das forças francesas na NATO. Não existe registo desta deslocação nos arquivos
oficiais franceses porque tudo foi tratado pelo telefone. Correm boatos em Paris
de iminente intervenção do exército para repor a ordem nas ruas. Maurice
Grimaud, prefeito da polícia de Paris, escreve uma carta, entregue a todos os
agentes, exortando-os ao cumprimento dos seus deveres profissionais mas sem
excessos de qualquer natureza: “bater num manifestante caído é agredirmo-nos
a nós próprios, dada a imagem que isso transmitiria da nossa função enquanto
polícias”.

30 de maio – De Gaulle, de regresso a Paris, anuncia na rádio, num discurso


de apenas quatro minutos, a dissolução do parlamento e eleições antecipadas,
trazendo à rua uma manifestação de apoio com quase um milhão de pessoas.

31 de maio – De Gaulle anuncia que não se demite e marca as eleições


legislativas antecipadas para 23 e 30 de Junho (o sistema francês é a duas
voltas). Remodelação governamental com substituição do ministro do Interior
Christian Fouchet por Raymond Marcelin.

1 de junho – Numa manifestação convocada pela UNEF os estudantes gritam,


“eleição, traição!” A posição maioritária entre os líderes estudantis é de boicote
ao ato eleitoral. Num livro publicado por ocasião do 40º aniversário do Maio de
68 (“Mai 68”, ed. Michel Lafon) que inclui testemunhos de diversos artistas e é
prefaciado por Cohn-Bendit, o desenhador Cabu admitiu: “se tivéssemos sido
nós a pedir eleições, teríamos levado a melhor. A França estava num tal caos
que não teria sido possível evitar o exercício da expressão mais pura da
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democracia: o voto. Havia alternativa e devíamos ter aproveitado a


oportunidade”.

2 de junho – Assinatura dos Acordos Oudinot que equivalem para a função


pública francesa ao Pacto de Grenelle, assinado dias antes entre patronato e
sindicatos com mediação do Governo.

5 de junho – Recuo do movimento grevista, regresso progressivo ao trabalho


e reposição em funcionamento dos serviços públicos e abastecimentos
essenciais. Voltam a laborar a EDF, as minas, as siderurgias e há retomada do
trabalho na função pública.

6 de junho – Em Paris voltam a funcionar os transportes públicos:


autocarros, metropolitano e caminhos-de-ferro.

7 de junho – Violenta intervenção da polícia de choque (CRS) na desocupação


da fábrica da Renault de Flins nos arredores de Paris. Nos Correios o trabalho
começa a ser retomado.

10 de junho – Novos confrontos com a polícia no subúrbio parisiense de


Flins. Um estudante liceal afoga-se no Sena ao tentar fugir da polícia.

11 de junho – A UNEF convoca manifestação contra a repressão e há nova


noite de barricadas no Quartier Latin. Confrontos à porta da fábrica da Peugeot
em Sochaux, perto da fronteira suíça. Dois operários morrem, um deles atingido
a tiro. A fábrica da Renault em Flins é reocupada pelos trabalhadores.
Incidentes violentos na Gare de l’Est, Paris, à partida de um comboio.

12 de junho – Proibidas todas as manifestações durante a campanha eleitoral.


São ilegalizadas diversas organizações políticas maoístas ou trotskistas bem
como o Movimento 22 de Março. São retomadas as aulas no ensino secundário.

13 de junho – Questionado sobre a não dissolução do grupo de extrema-


direita Ocidente o ministro da Justiça argumenta que “embora os elementos de
grupo tenham demonstrado durante os acontecimentos de Maio um
comportamento violento, daí não se pode depreender que se trate forçosamente
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de elementos subversivos”.

14 de junho – Polícia negoceia saída dos últimos ocupantes do Teatro de


L’Odéon que são mandados em paz, com exceção dos que tinham cadastro
criminal. À porta da fábrica de pilhas Wonder em Saint-Ouen os trabalhadores
votam de braço no ar o regresso ao trabalho, cena imortalizada no
documentário “Reprise!” de Hervé Le Roux.

16 de junho – Polícia põe termo à ocupação estudantil da Sorbonne.

17 de junho – Terminam as greves em diversas fábricas da Renault, bem


como em empresas do sector metalúrgico.

18 de junho – Aconselhado pelo secretário para os Assuntos Africanos,


Jacques Frocart, o general De Gaulle indulta o general Salam promotor em 1961
da tentativa de golpe de estado de Argel. Faz o mesmo a dez elementos da OAS,
organização clandestina de extrema-direita oposta ao abandono da Argélia e
responsável por numerosos atentados, inclusivamente contra De Gaulle. O
objetivo era federar toda a direita na perspetiva das eleições que se
aproximavam.

23 de junho – Na primeira volta das legislativas antecipadas o bloco


conservador liderado pelos gaullistas reforça-se.

24 a 27 de junho – Retoma do trabalho nas fábricas da Citroen e na ORTF, a


televisão estatal. Polícia entra no Atelier Popular e põe termo à ocupação da
faculdade de Belas-Artes onde era produzida a maior parte do material de
propaganda, nomeadamente cartazes, dos contestatários.

29 de junho – Colador de cartazes do PCF morto por elementos dos CDR


(comités de Defesa da República, pró-gaullistas) em Arras.

30 de junho – Segunda volta das legislativas. Confirma-se a maioria absoluta


do bloco conservador com 43,6% de votos. O PCF tem 20%, a esquerda
democrática socialista (FGDS) 16,5% e os socialistas de esquerda (PSU) 3,9%.
Em termos de lugares a direita tem 358 dos 465 lugares do hemiciclo.
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31 de junho – Saneamentos na ORTF. Sob diversos pretextos 102 jornalistas


são transferidos ou despedidos na televisão pública.

5 de julho – Polícia desocupa a Faculdade de Medicina em Paris.

10 de julho – Edgar Faure sucede a Alain Peyrefitte como ministro da


Educação. Vaga de prisões de militantes da extrema-esquerda que durará até
Novembro. Um dos primeiros detidos é o trotskista Alain Krivine.  
QUINTA - 3/5/18
13 de julho – Maurice Couve de Mruville substitui George Pompidou no cargo
de primeiro-ministro

19 de julho – Incidentes no festival de teatro de Avignon e contestação ao seu


director Jean Vilar.

31 de julho – A recém-eleita Assembleia Nacional aprova uma lei de amnistia


para crimes cometidos durante a Guerra da Argélia.

31 de outubro – Ministério da Justiça ilegaliza o grupo de extrema-direita


Ocidente, após elementos deste terem atacado e incendiado o Sindicato dos
Professores do Ensino Superior.

12 de novembro – Aprovação da reforma universitária de Edgar Faure que


consagrará a divisão entre universidades e “Grandes Écoles” e instituirá novas
universidades como as de Vincennes e Dauphine.

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