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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-FAVENI

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES


DENTRO DA ALFABETIZAÇÃO

CLAUDIA REGINA DE SOUZA CABRAL

SÃO PAULO/SP
2019
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-FAVENI

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES


DENTRO DA ALFABETIZAÇÃO

CLAUDIA REGINA DE SOUZA CABRAL

Artigo científico apresentado ao Núcleo de


pós-graduação e extensão da FAVENI como
requisito parcial para obtenção do título de
especialista em Educação Especial e Eja.

SÃO PAULO/SP
2019
1

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES


DENTRO DA ALFABETIZAÇÃO
1
Claudia Regina de Souza Cabral

RESUMO

A educação no Brasil nunca foi tratada como prioridade pelos governantes, nem mesmo o ensino
regular recebeu a atenção necessária que a educação como transformadora de realidades merece.
Em relação a educação de jovens e adultos a história nos mostra que o abandono foi ainda pior, na
maior parte das vezes ela apenas acontecia através de projetos alfabetizadores milagrosos, que
tinham objetivo de promover a alfabetização em questão de meses. Diante do exposto anterior esse
trabalho tem o objetivo de investigar a alfabetização de jovens e adultos, pesquisando sua história,
para entender o momento atual e apontando possíveis possibilidades para o futuro da educação de
jovens e adultos. Para atingir os objetivos dessa pesquisa foi usado uma revisão bibliográfica em
livros, artigos científicos e textos que já trataram do tema proposto.

PALAVRAS-CHAVE:Alfabetização; educação; jovens e adultos.

1 INTRODUÇÃO

A educação no Brasil nunca foi tratada como prioridade pelos governantes,


nem mesmo o ensino regular recebeu a atenção necessária que a educação como
transformadora de realidades merece. Em relação a educação de jovens e adultos a
história nos mostra que o abandono foi ainda pior, na maior parte das vezes ela
apenas acontecia através de projetos alfabetizadores milagrosos, que tinham
objetivo de promover a alfabetização em questão de meses.
Nas últimas décadas tivemos uma estabilidade na forma que acontece a
educação de jovens e adultos, através da Constituição Federal de 1988 que garante
a educação como sendo um direito de todos os cidadãos. Assim ficou garantido
mesmo que de forma abrangente que todos os indivíduos brasileiros têm direito ao
acesso e permanência a escola.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 também norteia a
educação de jovens e adultos, e chama atenção para o fato que a educação nessa
modalidade de ensino deve ser promovida de maneira diferenciada da educação
regular. A grade curricular, as metodologias de ensino, os processos de avaliação
devem ser adaptados para aqueles que não tiveram acesso à educação na idade
própria.
1Aluna do curso de Pós-Graduação em Educação Especial e Eja. E-mail da
aluna:crscabral@gmail.com
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Apesar da legislação ser clara, e o Ministério da Educação ter feito esforços


para promover a alfabetização de jovens e adultos, ainda estamos longe de atingir
um nível considerado satisfatória em relação a porcentagem de pessoas
alfabetizadas no Brasil. Hoje o país possui mais de 60 milhões de pessoas que não
concluíram a educação básica, e as perguntas porque isso acontece são muitas.
(NOGUEIRA 2012).
Diante do exposto acima esse trabalho de pesquisa se justifica, com o
objetivo de investigar e refletir sobre essa modalidade de ensino, formando
conhecimento geral e específico. Sobre a legislação brasileira, a formação de
professores, as possibilidades em sala de aula, e as diferenças entre a alfabetização
na rede regular e nos cursos para jovens e adultos.
Para atingir os objetivos desse estudo, o trabalho conta com uma pesquisa
bibliográfica que segundo Fonseca (2002 p. 32) “ é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos,
como livros, artigos científicos, páginas de web sites. ” Porém Gil (2010) lembra que
a pesquisa bibliográfica não é apenas a transcrição de ideias de outros autores, mas
sim uma análise aprofundada, e um confrontamento de teorias para o entendimento
de um tema.

2. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

2.1 História da educação de jovens e adultos no Brasil

A educação sempre foi um problema no Brasil, desde o seu descobrimento o


país tem passado por muitas crises no sistema educativo. Os discursos políticos são
sempre pautados no tema de investimento na educação, mas o que podemos
observar que mudanças só ocorreram com muita pressão de algumas pessoas,
educadores ou indivíduos apoiadores que lutaram muito por uma melhoria na
educação.
Segundo Beserra (2014) os primeiros vestígios de educação para adultos no
Brasil tiveram início com a chegada da Companhia de Jesus em 1549, os jesuítas
promoviam a instrução de crianças, jovens e adultos. Porém essa instrução era
muito voltada para a catequização, onde os jesuítas promoviam a chamada
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culturalização dos povos indígenas, com aulas de latim, e o ensino da leitura era
voltado apenas para obras religiosas
A educação brasileira na época colonial fica sob responsabilidade dos jesuítas
até o ano de 1759, quando o Marques de Pombal ordenou a expulsão de todos os
jesuítas do Brasil. Pretendendo fazer mudanças na educação, porém esse foi um
evento catastrófico, pois a maioria das escolas eram fundadas e mantidas pelos
jesuítas, causando um enfraquecimento na educação brasileira. (STRELHOW,
2010).
Outro fato que é marcante desde o início, que tínhamos uma educação
dirigida e diferente, dependendo da classe social que a pessoa pertencia e qual era
sua posição na sociedade brasileira, ela era direcionada a um tipo de ensino. “A
identidade da educação brasileira foi sendo marcada então, pelo o elitismo que
restringia a educação às classes mais abastadas”. (STRELHOW 2010, p. 51).
Com a chegada da Família Real ao Brasil em 1808 houve investimentos na
área da educação, pois se viu a necessidade da formação de profissionais para
trabalhar no desenvolvimento do país. Porém a educação de jovens e adultos não
recebia grandes investimentos, não existia sequer uma contagem, segundo
Carvalho (2009 p. 15) “até ingressar no período republicano, o país não dispunha de
dados relativos à população analfabeta. ”
Pereira (2013, p 13) cita que:

Verifica-se, ao longo da história, a grande dificuldade de os


programas destinados à educação de adultos cumprirem seus
objetivos. De modo geral, estudos e documentos, nos quais me
baseei para esboçar um histórico dessa modalidade de ensino,
mostram que essa educação não constitui foco de prioridade no
âmbito das políticas governamentais.

Como podemos observar ao longo da história do Brasil pouco se valorizou a


educação, foi somente com a entrada do século XX que aconteceu uma grande
mobilização para acabar com o analfabetismo no Brasil. Segundo Strelhow (2010 p.
52) “em 1915 foi criada a Liga Brasileira contra o Analfabetismo que pretendia lutar
contra a ignorância para estabilizar a grandeza das instituições republicanas. ”
Mas a Educação de Jovens e Adultos foi apenas oficializada em 1945, com a
aprovação do Decreto nº19.513, em 25 de agosto de 1945. “Daí por diante novos
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projetos e campanhas foram lançados com o intuito de alfabetizar jovens e adultos


que não tiveram acesso à educação em período regular”. (BESERRA 2014 p. 167).
Porém tais mobilizações sempre foram seguidas de projetos ambiciosos, que
pretendiam fazer quase que um milagre na alfabetização de jovens e adultos.
Atitudes desesperadas pretendiam realizar mudanças, corrigindo muitos anos de
abandono em poucos meses, claro que esses projetos sempre acabaram
fracassando como podemos observar a seguir.

Essas constatações, relativas à América Latina, também estão


presentes no caso brasileiro. Na história recente de nosso país, a
educação de adultos define a sua identidade a partir de 1947,
constituindo-se como uma campanha nacional para as massas. Foi,
então, lançada a Campanha de Educação de Adultos, que buscava
alfabetizar em três meses, sendo o curso primário organizado em
dois períodos de sete meses. Uma outra etapa prevista pretendia
trabalhar a capacitação profissional e o desenvolvimento comunitário.
A campanha possibilitou a criação de várias escolas supletivas,
aglutinando esforços tanto de profissionais quanto de voluntários.
Embora influenciada por novas administrações, pela euforia
nacionalista e pela intensa industrialização vivida no país, a
campanha não obteve sucesso, inclusive em zonas rurais, sendo
extinta antes do final da década de 50. Sobreviveu apenas a rede de
ensino supletivo assumido pelos estados e municípios. (PEREIRA
2013 p. 14).

Strelhow (2010) destaca que a criação de leis e projetos para atender a


educação de jovens e adultos apenas aconteceu devido uma forte pressão da ONU
(Organização das Nações Unidas) e da UNESCO (Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura). Segundo essas organizações a única maneira
de desenvolvimento dos países atrasados era através de uma educação de
qualidade e de atendimento universal a todas as pessoas.
Um fato que podemos constatar é que esses projetos ambiciosos e milagroso
criados pelos governos sempre foram feitos com intensões de mostrar números para
a população ou mesmo como citado acima para atender pressões externas. Essa é
ainda uma prática realizada por governantes, que gostam apenas de apresentar um
número positivo na formação escolar dos indivíduos, mas pouco valorizando a
qualidade dessa educação na escola.
Isso fica evidenciado nas palavras de Carvalho (2009 p. 21):

Do ponto de vista de política interna, Furter considerou que as


campanhas de alfabetização nasceram da necessidade de
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centralizar o poder e difundi-lo sobre o território, aliada ao desejo de


congregar grupos marginais da população no espirito de unidade
nacional. Do ponto de vista externo, o maior benefício das
campanhas de alfabetização em massa num país subdesenvolvido,
seria fornecer dados agregados favoráveis à sua imagem perante as
demais nações.

Segundo Pereira (2013) com o Golpe Militar em 1964 a educação popular foi
vista como uma ameaça à ordem no país, então em 1967 foi implantado o sistema
Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) que durou por quase 20 anos. O
Mobral tinha o objetivo de formação de mão de obra para a indústria, “o governo
pretendia formar cidadãos integrados ao novo modelo brasileiro de nação,
trabalhadores produtivos e aptos para obter melhores rendimentos”. (CARVALHO
2009 p. 43).
“O Mobral procura restabelecer a ideia de que as pessoas que não eram
alfabetizadas eram responsáveis por sua situação de analfabetismo e pela situação
de subdesenvolvimento do Brasil” (STRELHOW 2010 p. 55). Então o governo fazia
uma transferência de culpa, forçando as pessoas a alfabetização, através de
métodos variados, alertando que a capacidade de aprendizagem estava no aluno e
não no método de ensino.
Carvalho (2009 p. 44) cita que “no início da década de 1980, o Mobral havia
perdido força e prestígio. A própria recessão econômica tornava impossível a
continuidade da campanha, que sempre exigiu recursos elevados. ” Além disso as
pressões populares em relação a opressão da ditadura ganharam força, e o Mobral
foi extinto em 1985.

Com o fim do Mobral em 1985, surgiram outros programas de alfabetização


em seu lugar como a Fundação Educar, que estava vinculada
especificamente ao Ministério da Educação. O seu papel era de
supervisionar e acompanhar, junto às constituições e secretarias, o
investimento dos recursos transferidos para a execução de seus programas.
No entanto, em 1990, com o Governo Collor, a Fundação Educar foi extinta
sem ser criado nenhum outro projeto em seu lugar. (STRELHOW 2010 p.
55).

Segundo Beserra (2010) ao longo da década de 90 tivemos alguns programas


de alfabetização de jovens e adultos, como é o caso do MOVA (Movimento de
Alfabetização). O Programa Alfabetização Solidária (PAS) que era um programa
muito parecido como os outros que tivemos no passado, que não atendia as
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necessidades pois não contava com profissionais preparados para realizar a


alfabetização de jovens e adultos.

Em 1998, surge o Pronera (Programa Nacional de Educação na


Reforma Agrária), com o objetivo de atender às populações situadas
nas áreas de assentamento. Este programa estava vinculado
essencialmente ao Incra, universidades e movimentos sociais.
STRELHOW 2010 p. 56).

Beserra (2010) cita que 2003, o governo federal lançou o Programa Brasil
Alfabetizado, que tinha metas audaciosa de alfabetizar 20 milhões de pessoas em 4
anos. Porém esse foi mais um programa que tinha pretensões milagrosas e não deu
certo, chegando assim nos dias atuais com cerca de 20 milhões de analfabetos no
Brasil.
Em resumo ao longo da história da alfabetização de jovens e adultos Pereira
(2013 p. 19), destaca que:

A história da educação de jovens e adultos, no Brasil, se identifica,


fundamentalmente, com a história da alfabetização de jovens e
adultos que foram excluídos da escola. Assim, educar jovens e
adultos tem significado, basicamente, alfabetizar. Essa alfabetização,
entretanto, constitui-se a partir de uma infinidade de experiências, na
maioria das vezes traduzidas em campanhas e programas que se
revelaram pouco adequados e com resultados extremamente
limitados.

Portanto para finalizar esse breve estudo da história da alfabetização de


jovens e adultos no Brasil percebemos que nunca essa modalidade de ensino
recebeu um incentivo voltado para a aprendizagem e formação do cidadão
preparado para viver em sociedade e exercer uma profissão. O ensino dos jovens e
adultos na maioria das vezes foi vista pelos governantes como uma maneira de
mostrar para o mundo ou mesmo para a sociedade brasileira que aquele
determinado governo estava preocupado com o analfabetismo.

2.2 Relação professor e aluno

A muitas diferenças entre o ensino regular e a educação de jovens e adultos,


o aluno do EJA é jovem ou adulto e um trabalhador, que estuda no período noturno,
indo para escola com objetivos particulares. É um indivíduo com idade semelhante
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ao professor, e já entra na escola com personalidade formada, costumes e crenças


definidas.
O professor precisa entender todos esses aspectos que envolvem o aluno da
EJA, valorizando assim a educação como um todo. Hirye (2013, p. 15) cita que:

A educação consiste em um dos fatores mais importantes na vida


das pessoas. O acesso dos indivíduos à educação promove uma
sociedade mais justa, tendo em vista que a educação possibilita
melhores oportunidades no mercado de trabalho. Isso posto,
ressaltamos a importância de se compreender as origens e a
evolução da educação ao longo da história, bem como entender o
processo de adversidade educacional, que abrange as dificuldades
de acesso à educação de qualidade na visão de docentes e
discentes.

Assim o professor para trabalhar na educação de jovens e adultos precisa


estar atendo as necessidades dos alunos, refletir sobre sua vida fora da escola,
ficando mais fácil montar estratégias educativas. O aluno da EJA socialmente sofre
uma marginalização, o que já pode mexer com seu emocional, então quando ele
chega a escola, essa precisa acolher os seus medos e anseios.
Moram (2013, p.73) lembra que:

O importante, como educadores, é acreditarmos no potencial de


aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de integrar sempre
novas experiências e dimensões do cotidiano, ao mesmo tempo que
compreendermos e aceitamos nossos limites, nosso jeito de ser,
nossa história pessoal.

Portanto nessa relação professor e aluno, especialmente na educação de


jovens e adultos o educador precisa construir essa relação de afetividade e
acolhimento. Atuando como um guia da aprendizagem, um motivador para que o
aluno sinta uma valorização da aprendizagem, e consequentemente o sucesso no
processo de ensino aprendizagem.

2.3 Alfabetizar letrando na EJA

As novas formas de fazer educação vêm acompanhado por diferentes


concepções e nomenclaturas, nos dias atuais muito tem se falado na escola em
alfabetizar letrando. Que para Andrade (2011, p. 32) significa:
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O grande desafio da escola na busca de uma nova concepção de


alfabetização é possibilitar o processo de letramento junto à
aquisição da escrita, para que se possa assumir um papel mais
significativo e ir além das palavras e frases. É buscar um processo
que possa produzir sentido e significação na formação do sujeito
crítico e com poder de participação social.

Segundo Soares (2014) alfabetizar letrando é um processo que ensina os


alunos a ler e escrever, mas aos mesmo tempo faz isso de maneira significativa para
os alunos. Através de textos, assuntos, que tenham ligação com a vida do
educando, e não usa o texto ou palavras como meras ferramentas para a
aprendizagem da leitura e escrita.
Como podemos observar alfabetizar letrando é um processo que aproxima a
teoria dos conteúdos com a vida cotidiana do aluno, passa a dar significação a
aprendizagem. Então segundos os autores podemos definir alfabetizar letrando
como um processo onde o aluno aprenda a ler e escrever através de textos,
sentenças, palavras que tenham ligação com sua vida cotidiana.
Nesse contexto de alfabetização e letramento é destacado que:

Diante dessa realidade letrada onde as habilidades sociais da


linguagem escrita são cada vez mais exigidas, não é mais admissível
uma prática pedagógica mecanizada, baseada em pseudo textos que
não priorizam os conhecimentos adquiridos pelos sujeitos sobre a
língua, nem tampouco a compreensão dos usos e funções dessa
língua, É necessário romper esses paradigmas e buscar uma nova
postura que possibilite a apropriação do código linguístico no
contexto das práticas sociais de leitura e escrita, onde o aprendiz
seja visto como sujeito do processo de construção. (ANDRADE 2011
p. 33).

O autor destaca que os educadores devem abandonar as práticas educativas


com fórmulas prontas, onde as aulas acontecem sempre da mesma maneira, com
explicações e passagem de conceitos previamente definidos. Esse processo torna o
aluno passivo frente ao processo de ensino aprendizagem, desmotivando sua
participação em sala de aula, é preciso então que o professor saiba trabalhar com
metodologias que envolvem o aluno na aprendizagem, na busca do saber, para que
assim o educando se sinta prestigiado na escola.
Quando é analisado os alunos a EJA, Leal (2013 p. 15) cita que:
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A alfabetização consiste na ação de alfabetizar, de ensinar crianças,


jovens ou adultos a ler e escrever. Vista pela ótica do aprendiz, ela
consiste no processo de ser alfabetizado, de ser ensinado a ler e s
escrever. Até hoje, é o desejo de aprender a ler e escrever palavras e
textos que circulam em nossa sociedade que leva jovens e adultos
analfabetos a irem/ retornarem à escola, às salas de aulas de
alfabetização.

Portanto alfabetizar letrando na EJA é uma necessidade, pois como já visto


anteriormente os alunos jovens e adultos entram na escola com uma perspectiva
voltada para a realidade. Então o alfabetizar letrando faz essa ligação esperada
pelos alunos, contextualizando conteúdos, e transformando o ensino em
aprendizagem significativa.

3CONCLUSÃO

Após a realização desse trabalho de pesquisa voltado para a educação de


jovens e adultos, foi possível entender que o Brasil precisa de políticas públicas mais
efetivas em relação ao acesso e permanência dos alunos ao EJA. Pois ao longo da
história o analfabetismo sempre foi um problema nesse país, com taxas altas de
pessoas que não sabem ler ou tem pouco domínio sobre a leitura e cálculos
matemáticos.
É preciso uma formação específica para educadores trabalhar na EJA, além
de material didático voltado para essa modalidade de ensino, pois não é possível
uma adaptação nos conteúdos. Porém o que se observa que para o Estado é uma
questão apenas de números, basta criar programas que promovam a alfabetização
em alguns meses, mesmo que não contemplem a aprendizagem, o que é necessário
que essas pessoas tenham o diploma da educação básica.
O trabalho do docente também é diferente na EJA, pois os alunos entram na
escola com vivências e experiências diferentes dos alunos do ensino regular,
portanto é algo que precisa ser usado pelos educadores no processo de ensino
aprendizagem. Além disso, os alunos da EJA, já possuem responsabilidades
familiares, costumes e uma personalidade formada, com uma idade compatível com
a do educador.
Outro fato que é percebido quando analisado os números estatísticos é que a
EJA, está recebendo alunos vindos da educação regular, ou que desistiram da
escola e em um curto espaço de tempo estão voltando a escola para conseguir seus
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diplomas. Essa característica apresentada, nos remete a outra análise, sobre a


educação básica no Brasil que não está atendendo seus objetivos de formação
permitindo uma evasão escolar.
Portanto é preciso que o atendimento na EJA, seja fortalecido, com
professores bem preparados para trabalhar com esse nível de ensino, e que tenham
a sua disposição uma grade curricular com materiais didáticos voltados para a
educação de jovens e adultos. Assim como também a educação regular seja
melhorada, com bases curriculares que abordem conteúdos significativos para os
alunos, e que a evasão escolar seja contida, além de melhorias em relação a
formação final do aluno.

4REFERÊNCIAS

BESERRA, Valesca. Trajetória da educação de jovens e adultos: histórico no


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