Вы находитесь на странице: 1из 1

ECONOMIA

g1 globoesporte gshow vídeos BUSCAR E-MAIL


MINHA CONTA ACESSE NO›
ENTRAR

PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Com reforma, 4 milhões de


brasileiros devem aderir à
previdência privada em cinco
anos
Segundo analistas, modalidade terá crescimento de 25%, subindo de 16 milhões
de pessoas para 20 milhões

Rennan Setti e João Sorima Neto


11/08/2019 - 04:30 / Atualizado em 11/08/2019 - 07:52

Ed Carlos Almeida, 36 anos, separou parte do que ganha em comissões para complementar a aposentadoria. Foto:
Edilson Dantas / Agência O Globo

0:00 Audima Traduzir Português - BR Fechar Ouça este conteúdo PUBLICIDADE

RIO E SÃO PAULO - A reforma da

SÃO PAULO
Previdência, que foi aprovada na
Câmara na última semana e deve
ter o aval do Senado nos próximos
a partir de
meses, despertará nos brasileiros a
necessidade de poupar para o
VER MAIS R$ 290
Taxas e impostos inclusos. Mais informações em nosso site.
futuro por conta própria.

Estimativas da consultoria especializada Mercer indicam que a mudança


nas regras de aposentadoria levará, em cinco anos, a um aumento de 25%
no número de pessoas que investem em previdência complementar,
saltando de 16 milhões para 20 milhões, contabilizando planos abertos e
fechados, como os de fundos de pensão de estatais e do setor público.

O volume de recursos investidos nos planos abertos deve saltar 17% entre
2019 e 2020, batendo R$ 1 trilhão, segundo projeção do Santander.

Quer saber quanto tempo falta para você se aposentar? Simule aqui na
calculadora da Previdência

Calcule sua aposentadoria

SETOR PÚBLICO SETOR PRIVADO

A reforma fixou a idade mínima de 65 anos (homem) e 62 (mulher) para


se aposentar e exigirá tempo maior de contribuição para que não haja
redução no valor da aposentadoria, além de criar novas regras para o
cálculo do benefício pelo INSS.

Saiba mais: Ainda vale a pena contribuir para o INSS? Para especialistas,
ele ainda é o melhor seguro

Outros fatores favorecem o crescimento do mercado de previdência


privada: a queda dos juros básicos da economia e a crescente competição
entre gestores, fintechs, bancos e seguradoras. Com a mudança de
cenário, as instituições reduzem taxas, oferecem fundos mais agressivos e
investem em tecnologia para capturar um novo público.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Leia: Governo lançará medidas com foco em equilíbrio fiscal,


competitividade e melhora de serviços

Concorrência acirrada

A tendência é que o movimento diminua a distância do Brasil em relação


ao mercado internacional. A previdência complementar representa 25%
do PIB brasileiro, considerando planos abertos e fundos de pensão.

Nos EUA, são 76%, e no Chile, 70%, de acordo com números da


Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
compilados pela Mercer. Em países como Reino Unido, Holanda e Suíça,
o percentual ultrapassa 100%.

— Há muito espaço para crescer, e a reforma vai ser um vetor importante


porque traz o assunto para a vida das pessoas — explica Felipe Bruno,
líder de Previdência da Mercer.

Reforma tributária : estimativa é de que sejam apresentadas ao menos 30


emendas

A consultoria espera que a reforma acelere o crescimento anual do


número de pessoas com previdência complementar (aberta e fechada) de
1,7% para 5% ao ano, chegando a 20 milhões em cinco anos.

— O brasileiro, que nunca teve cultura de previdência, vai ficar mais


atento à necessidade de poupança de longo prazo quando constatar que a
remuneração do INSS será menor que a atual — resume Gilvan Cândido,
do MBA em previdência complementar da FGV.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Salário mínimo: piso será de R$ 1.040 em 2020

Já há sinais de aceleração. No Santander, o volume médio mensal captado


para planos de previdência dobrou desde o ano passado, para R$ 900
milhões. Na BrasilPrev, do Banco do Brasil, o número de simulações de
planos em seu aplicativo triplicou de janeiro a julho, em reação à
tramitação da reforma, conta o presidente Walter Malieni.

No ano passado, o BrasilPrev lançou produto com valor de entrada de R$


100, para atrair investidores de renda mais baixa, e busca no aplicativo
clientes mais jovens, de até 36 anos.

— Temos produtos com tíquete de entrada de R$ 30. Em 20 anos, não vai


gerar uma fortuna, mas é um convite para a pessoa iniciar a poupança de
longo prazo — diz Victor Bernardes, do Santander.

Tabela do IR: Governo estuda reajustar pela inflação e acabar com


deduções

Os grandes bancos, que concentram 87% do patrimônio investido em


previdência privada no Brasil, são o alvo principal de novos concorrentes.
Gestoras independentes têm lançado fundos que prometem resultados
mais agressivos a taxas menores, enquanto o fenômeno de plataformas
digitais com dezenas de fundos permite comparação direta entre os
planos.

Desde 2007, o número de fundos saltou de 392 para 1.786, segundo a


Economática, enquanto o total de gestoras passou de 45 para 124.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Veja: Governo irá apresentar nas próximas semanas PEC da capitalização,


diz Onyx

A gestora digital Vitreo é uma das novas entrantes. Seu primeiro fundo
estreou em outubro e fechou para captação em oito meses, atingindo
patrimônio de R$ 1,1 bilhão. A fintech acaba de lançar um segundo
produto e investiu em tecnologia para turbinar a portabilidade — a
legislação permite mudar de fundo a qualquer momento, sem pagar taxa
ou imposto.

Um aplicativo permite que o investidor fotografe o contrato com a


seguradora de origem, e um software de reconhecimento de caracteres
preenche o formulário de portabilidade, diz o diretor executivo Patrick
O'Grady.

— Há muito dinheiro nas mãos dos bancos rendendo pouco — diz Tito
Gusmão, da fintech Warren, que passou a oferecer fundos de previdência
em sua plataforma há dois meses, e lançará um fundo próprio no mês que
vem.

Previdência: Entenda o sistema de capitalização que o governo quer


implementar

Hoje, 91% do patrimônio do segmento estão aplicados em fundos de


renda fixa. Com a queda dos juros — que podem ficar abaixo de 5% em
2020, segundo projeções —, a tendência é que a renda fixa tenha
rendimento cada vez menor.

As gestoras apostam que haverá demanda crescente por fundos de maior


risco e potencial de ganho, como os de multimercado. A Verde Asset,
butique de fundos mais arrojados, viu o patrimônio do seu produto de
previdência multimercado aumentar em R$ 3,8 bilhões em 12 meses.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

— Esperamos ser mais bem-sucedidos em fazer os clientes correrem mais


risco. Uma fatia tão grande do mercado na renda fixa é um desperdício —
afirma Marcelo Flora, do BTG Pactual Vida e Previdência, que está
ampliando de 15 para 24 seu rol de fundos.

Leonardo Lourenço, da Mongeral Aegon, observa que a competição levará


a uma homogeneização desse mercado, em que o diferencial será
justamente a rentabilidade maior. A seguradora investiu na criação de
uma gestora própria para definir a estratégia de investimento de seus
fundos.

— A reforma foi um dos motivos que nos levaram a criar a seguradora, há


três meses, já que o mercado tem imenso potencial de crescimento e está
mal servido — diz Roberto Teixeira, da XP Seguros.

MERCADO EM EXPANSÃO
O número de brasileiros com planos de ... assim como o total de recursos
previdência privada vem crescendo no investidos em fundos para
país... aposentadorias...

Contratações em dezembro, em milhões Em R$ bilhões*


de pessoas* 857,3
835,4
13,0 13,3 13,1 757,6
12,5
11,1 11,3 642,4
10,1 10,3
518,4
8,4
7,5 7,8 422,8
357,1
5,8 318,5

2007 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 2018 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019**

...no entanto, o segmento ainda é O mercado espera crescimento de 25% no


pequeno no país se comparado com número de participantes em 5 anos por
outros países vários fatores além da reforma:

Em % JUROS
do PIB Holanda 171% Os juros básicos no patamar mais baixo da
história obrigam a busca de investimentos
mais rentáveis para complementar
Suiça 127% aposentadoria

RENDIMENTOS
Reino Unido 104% Mudanças na regulação permitiram que
fundos de previdência privada invistam
mais em renda variável e fiquem mais
EUA 76% atraentes

CONCORRÊNCIA
Chile 70% A entrada de fintechs, gestoras e
seguradoras aumenta a concorrência com
os bancos e reduz taxas de administração
Brasil 25%

Fonte: Fenaprevi
*Sem considerar planos de previdência fechados, como os de
fundos de pensão de estatais **Até março

Planos para a família

Existe também a expectativa de crescimento na quantidade de


participantes nos fundos de pensão. Até pouco tempo, essas entidades
estavam ligadas praticamente a categorias profissionais e funcionários de
determinadas empresas.

Mas a Abrapp, que reúne as fundações, tem estimulado a criação dos


chamados “planos família”, que permitem a adesão de cônjuges e filhos.
Já há no país 13 planos do tipo em funcionamento e outros três já
autorizados, segundo a Previc, que regula fundos de pensão.

— Para o trabalhador, a vantagem é capitalizar para o futuro em um plano


que não tem fins lucrativos, voltado para o resultado ao trabalhador. Para
a fundação, ela está renovando sua massa de contribuições — sustenta
Rodrigo Pereira, presidente da gaúcha Fundação CEEE, que foi pioneira
nos “planos família” há oito anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Hoje, 80% das novas adesões aos seus planos vêm de familiares de
participantes.

Se a reforma ajuda, sozinha, ela não fará o segmento crescer diante da


lentidão econômica, pondera Lourenço, da Mongeral. Durante a crise, o
segmento mais impactado foi o de planos privados oferecidos por
empresas, já que muitas revisaram seus produtos ou reduziram suas
contribuições, observa Luciano Snel, da Federação Nacional de
Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

— O brasileiro poupa no longo prazo quando tem sobra. A volta a um


nível de expansão de 15%, 20% ao ano só se dará quando a economia
voltar a crescer — diz Claudio Sanches, do Itaú Unibanco.

Diogo Santos ainda tem dúvidas sobre planos. Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo

Questões sobre o futuro

Logo no início do debate da reforma da Previdência, Ed Carlos Almeida,


de 37 anos, resolveu separar parte do que ganha em comissões numa
financiadora de veículos para complementar a aposentadoria. Pensando
na família, deposita entre R$ 100 e R$ 200 num plano de perfil
conservador:

— Mais jovem, fui adiando decidir sobre isso. Com a reforma em pauta,
achei que era hora de buscar um complemento ao INSS.

Formado em Relações Públicas, Diogo Santos, de 36 anos, sabe que se


aposentar pelo teto do INSS ficará mais difícil e que vai precisar de um
complemento. Gestor da universidade UniCarioca, ele tem economias,
mas ainda não sabe se aplica em um plano de previdência ou em imóveis
para garantir renda extra:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

— Já recebi propostas de planos de dois bancos, mas não fica claro se,
mesmo com as taxas que cobram, valem a pena.

O que considerar na escolha do plano

1 - Condições compatíveis com plano pessoal

Idade, apetite por risco e objetivos financeiros influenciam a escolha de


um plano de previdência privada. Quem adquire um plano mais cedo e
vai contribuir por 20 ou 30 anos pode escolher produtos mais agressivos,
como um fundo multimercado, que investe em ações, juros e moedas.

Se há alguma perda no caminho, a chance de recuperação do prejuízo é


maior no longo prazo. Conforme o tempo passa, a recomendação é migrar
para um fundo conservador, em que o risco de perda de patrimônio é
menor.

2 - Taxas cobradas pelos gestores

Taxas de administração altas corroem o rendimento do fundo. Em geral,


planos em que os recursos ficam alocados em renda fixa (com
predominância de títulos do governo) devem cobrar taxas menores. Nos
fundos multimercados ou de ações, as taxas são mais altas porque o
gestor cobra pelo trabalho de escolher os melhores investimentos.

Esses produtos também podem ter taxas de performance, em que o gestor


cobra mais se tiver bom desempenho. Fuja dos planos que ainda cobram
taxa de carregamento (para despesas de gestão).

3 - Estratégia para a declaração do IR

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Existem dois tipos de planos de previdência privada: o Vida Garantidor


de Benefício Livre (VGBL) e o PGBL (Plano Garantidor de Benefício
Livre). O VGBL não permite dedução fiscal dos aportes e é mais indicado
para quem faz declaração de Imposto de Renda simplificada.

Nessa modalidade, o IR no resgate incide apenas sobre a rentabilidade. Já


o PGBL permite deduzir da base de cálculo do IR até o limite de 12% da
renda bruta tributável na declaração completa. No resgate, o IR incide
sobre o principal e o rendimento.

4 - Reputação da instituição escolhida

Bancos e seguradoras aparecem com mais solidez nessa avaliação porque


os recursos aplicados em fundos de previdência farão parte dos ativos da
instituição. Esses fundos não têm cobertura do Fundo Garantidor de
Crédito (FGC), proteção oferecida a outros tipos de aplicação que
permitem recuperar até R$ 250 mil caso a instituição quebre.

Em geral, os investidores escolhem a previdência privada nos bancos em


que têm conta, mas novas instituições podem ter taxas e rendimentos
mais atraentes.

SAIBA MAIS

Bolsonaro diz que 'Já falei que não PEC paralela da


vai insistir na ideia existe CPMF', diz Previdência deve
de isentar de Bolsonaro sobre incluir mudanças
Imposto de Renda reforma tributária para PMs e
quem ganha até R$ 5 bombeiros
mil

Obrigado por apoiar o jornalismo pro ssional


A missão do GLOBO é a mesma desde 1925: levar informação confiável e
relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o Brasil e o mundo. Os
assinantes têm acesso ilimitado a mais de 400 reportagens, artigos, fotos, vídeos e
áudios publicados diariamente e produzidos de forma independente pela maior redação
de jornal da América Latina. Muito obrigado por ter escolhido O GLOBO.

RECEBA NOSSAS NEWSLETTERS

Digite seu e-mail

Veja todas as newsletters

MAIS LIDAS NO GLOBO

1. Fiéis impedem ataque a mesquita na Noruega


Reuters

2. Governo irá apresentar nas próximas semanas PEC da


capitalização, diz Onyx
Jussara Soares

3. Guedes deve apresentar na próxima semana agenda pós-


reforma da Previdência
Manoel Ventura e Cassia Almeida

4. O uso do poder para fins pessoais, anátema na República


Editorial

5. Bolsonaro brinca com autógrafo de Moro: 'Lula livre?'


Jussara Soares e Daniel Gullino

MAIS DE ECONOMIA

VER MAIS

Para comentar é necessário ser assinante


Os comentários são de responsabilidade excluisiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se
achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio
ou ilegal

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES • TERMOS DE USO

LOGIN

COMENTÁRIOS

CARREGAR MAIS COMENTÁRIOS

Shopping - Veja nossas sugestões

Por ta l do Assinante • Agência O Globo • Fa le conosco • Expediente • Anuncie conosco • Trab a lhe conosco • Política de privacidade • Termos de uso

© 1996 - 2019. Todos direitos reservados a Editora Globo S/A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Вам также может понравиться