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Gestão Tributária

Prof. Carlos José Caetano Bacha


A importância da tributação no seu dia a dia
Observe os dois cupons fiscais ao lado. Da compra de R$
90,00 de etanol, foram pagos R$ 22,90 de tributos de
comercialização. De uma compra de R$ 200,00 de
marmitex, foram pagos R$ 22,40 desses tributos.

Do preço pago em cada compra, quantos porcento foram


de tributos de comercialização?

Que tributos são esses?

Como eles entram na formação dos preços?


• O objetivo geral desse módulo é
introduzir o estudante no estudo da
tributação brasileira e evidenciar como
a mesma afeta o custo de produção, a
formação de preços e o lucro das
organizações.

Objetivo geral • O conhecimento da tributação é


fundamental para que a organização
(uma empresa, uma ONG, por
exemplo) faça o seu planejamento e
gestão tributária de modo a se manter
dentro da lei e em condições de
competitividade.
Objetivos específicos

1) Analisar os princípios da política tributária brasileira e sua inserção


na política fiscal.
2) Discutir a sistemática da política tributária no Brasil e de alguns dos
principais tributos (em especial os tributos sobre o patrimônio e os
sobre os preços nas transações com bens e serviços).
3) Apresentar algumas informações sobre a importância dos tributos a
serem analisados para a economia brasileira e como se pode, dentro
da lei, fazer o planejamento tributário.
• Os tópicos dessa aula são:
1) A política fiscal,
Gestão 2) Principais tributos existentes no Brasil
tributária nas (em especial os incidentes sobre o
patrimônio e preços),
organizações
3) Planejamento tributário.
da economia
brasileira Bibliografia:
BACHA, C.J.C. Gestão Tributária das Organizações na
Economia Brasileira, Editora Alínea, Campinas, 2016.
1. A Política Fiscal

Os tópicos discutidos nesse item são:

1) definição de política fiscal

2) fontes de receitas públicas e a tributação

3) Peculiaridades do sistema tributário brasileiro

4) gastos do governo e os orçamentos públicos


• A política fiscal se refere às
decisões sobre tributação e gastos
1. A Política por cada uma das esferas de
Fiscal poder público (o Governo Federal,
os Governos Estaduais e os
Governos Municipais).
Fontes de receitas públicas
1) Emissão de moeda
2) Endividamento público
3) Rendas de patrimônio: originam-se do aluguel de imóveis e rendimentos
de ações de empresas estatais, por exemplo.
4) Royalties: são recebimentos sobre serviços que são monopólio do Estado e
são prestados por indivíduos ou empresas; recebimentos pela exploração
de recursos do subsolo por empresas.
5) Tributação: cobrança de tributos sobre renda, patrimônio e preços de bens
e serviços.
As duas primeiras não são sustentadas ao longo do tempo e entre as três
últimas citadas, a tributação é a principal.
1.1 A Tributação
• A tributação é a fonte principal de receita pública
sustentada. Têm-se três tipos básicos de tributos no
Brasil, a saber: taxa, contribuição e imposto.
• Segundo Leite (1994, p. 186):
“Taxa é a denominação que se dá ao tributo que
tem como fato gerador o exercício, pelo governo, do
poder de polícia e de fiscalização, ou o custeio de
determinado serviço público posto à disposição da
comunidade de modo geral”.
Quadro A.1 - Principais taxas vigentes no Brasil
Denominação Ato jurídico que a instituiu
Taxa individual de imigração (para autorização do trabalho
estrangeiro)
Resolução Normativa 74, de 09/02/2007
do Conselho Nacional de Imigração
Ver páginas 104 e 105 do
Taxa de avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de
Graduação
Lei 10.870/04
livro-texto
Taxa de classificação, inspeção e fiscalização de produtos animais Decreto Lei 1899/81
e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias
Taxa de coleta de lixo
Taxa de combate a incêndios
Taxa de conservação e limpeza pública
Taxa de controle e fiscalização ambiental - TCFA Lei 10.165/00
Taxa de controle e fiscalização de produtos químicos Lei 10.327/01, art. 16
Taxa de emissão de documentos
Taxa de fiscalização da aviação civil - TFAC Lei 11.292/06
Taxa de fiscalização da CVM Lei 7.940/89
Taxa de fiscalização de sorteios, brindes ou concursos Art. 50 da MP 2158-35/01
Taxa de fiscalização de vigilância sanitária Lei 9782/99, art. 23
Taxa de fiscalização dos produtos controlados pelo Exército Lei 10.834/03
brasileiro - TFPC Apesar de haver um grande
Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar -
TAFIC
Art 12 da MP 233/04 número de taxas, elas
Taxa de Licenciamento Anual de Veículos Automotores representaram 2,8% do total
Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
Taxa de Pesquisa Mineral DNPM Portaria Ministerial 503/99 arrecadado de tributos no Brasil
Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus
Taxa de Serviços Metrológicos
Lei 9960/00
Lei 9933/99, art. 11
em 2016. Mas esta importância
Taxa ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP) tem crescido nos últimos anos.
Taxa de Outorga e Fiscalização – Energia Elétrica Art. 11, inciso I e artigos 12 e 13 da Lei
9.427/96
Taxa de Outorga – rádios comunitárias Art. 24 da Lei 9612/98 e art. 7 e 42 do
Decreto 2615/98
Taxa de outorga – serviços de transportes terrestres e aquaviários Lei 10233/01
Taxa de Saúde Suplementar - ANS Lei 9961/00, art. 18
Taxa de utilização do Mercante Decreto 5324/04
Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
Taxa Processual do Conselho Administrativo de Defesa Econômica Lei 9718/98
- CADE
Fonte: http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm
“Contribuição é a denominação aplicada aos tributos destinados a custear serviços
públicos recebidos diretamente pelo contribuinte”, seja no passado ou no futuro.

A contribuição difere da taxa pelos seguintes fatos: (a) a taxa refere-se a serviços
imediatos prestados pelo setor público ao contribuinte. Já a contribuição se refere a
serviços que serão prestados no futuro ou como pagamento de serviços já prestados
no passado; (b) o serviço a que se refere a taxa não é transferível, mas o serviço a que
se refere a contribuição poderá ser transferível entre indivíduos.

Existem quatro tipos de contribuição: contribuições sociais, contribuições de melhoria,


contribuições de intervenção no domínio econômico e contribuições de interesse das
categorias profissionais.
Quadro A.2 - Principais contribuições vigentes no Brasil
Denominação sigla Ato normativo
que a instituiu
Adicional de frete para renovação da marinha mercante AFRMN Lei 10.893/04
Contribuição à Direção de Portos e Costas DPC Lei 5.461/68
Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT Lei 10.168/00
Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, também FNDE Decreto 6.003/06
chamado de Salário Educação
Contribuição ao Funrural
Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
FUNRURAL
INCRA Lei 2.613/55
Ver páginas 106 e 107 do
Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho
Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa
Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial
SAT
SEBRAE
SENAC
Lei 8.029/90
Lei 8.621/46
livro-texto
Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes SENAT Lei 8.706/93
Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial SENAI Lei 4.048/42
Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural SENAR Lei 8.315/91
Contribuição ao Serviço Social da Indústria SESI Lei 9.403/46
Contribuição ao Serviço Social do Comércio SESC Lei 9.853/46
Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo SESCOOP MP 1715-2/98,
Art. 9, inciso I
Contribuição ao Serviço Social dos Transportes SEST Lei 8.706/93
Contribuição Confederativa Laboral dos empregados
Contribuição Confederativa Laboral das empresas
Contribuição Sindical Laboral
Contribuição
Contribuição
Sindical Patronal
de Intervenção do Domínio Econômico - combustíveis CIDE -
combustíveis
Lei 10.336/01 As contribuições
Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – remessas ao exterior CIDE – Lei 10.168/00

Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública


remessas
exterior
Emenda
representaram cerca de
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional CONDECINE
Constitucional
39/2002
Lei 10.454/02
45% do total
Contribuição ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS
Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do
FGTS
Lei
complementar
110/01
arrecadado de tributos
Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional
COFINS
CSLL
OAB, CREA,
no Brasil em 2016.
CRECI, CRM,
CORECON,
etc.
Contribuições de melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de
esgoto, ...
Contribuição para o Fundo Aeroviário FAER Decreto-lei
1.305/74
Contribuição para o Fundo de Combate à Pobreza Emenda
Constitucional
31/2000
Contribuição ao Fundo de Fiscalização das Telecomunicações FISTEL Lei 5.070/66 e
Lei 9.472/97
Contribuição ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações FUST Lei 9998/00
Contribuição ao Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das FUNDAF Decreto-Lei
Atividades de Fiscalização 1.437/75
Contribuição ao Programa de Integração Social PIS
Contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PASEP
Fonte: http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm
· “Imposto é a denominação que se dá ao tributo que tem como
fato gerador um fenômeno econômico independente de
qualquer atividade estatal.”
· No que diz respeito à arrecadação pública, o principal fator de
receita é a cobrança de impostos.
O governo cobra dois tipos de impostos: os diretos e os
indiretos.
• Os impostos diretos são aqueles que incidem sobre
a renda ou sobre o patrimônio dos indivíduos ou
firmas.
• São exemplos de impostos diretos:
➢ o Imposto de Renda Sobre Pessoa Física (IRPF) e
Sobre Pessoa Jurídica (IRPJ),
➢ o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
(ITR),
➢ o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e
➢o Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA).
Os impostos indiretos são aqueles
cobrados nas transações econômicas
e que são repassados aos preços dos
bens e serviços.
Exemplos de impostos indiretos são:
✓ Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e sobre Serviços de
Transportes e Comunicações (ICMS),
✓ Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI).
✓Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISQN, também
conhecido como ISS).
Quadro A.3 - Principais impostos vigentes no Brasil
Denominação sigla competência
Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços de ICMS Estadual
transporte e comunicações
Imposto sobre a exportação IE Federal
Imposto sobre a importação II Federal
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IPVA Estadual
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU Municipal
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITR Federal
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza IRPF e IRPJ Federal
Imposto sobre Operações de Crédito IOF Federal
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ISS ou ISQN Municipal
Imposto sobre Transmissão de Bens Intervivos ITBI Municipal
Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação ITCMD Estadual
Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Federal
Fonte: http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm

Apesar de existir em menor número, os impostos


representaram quase 52% do total arrecadado de
tributos no Brasil em 2016.
A composição dos tributos
• Os impostos são o principal tipo de tributo em termos de arrecadação no
Brasil.
• De 2002 a 2007, as contribuições aumentaram sua participação no total
arrecadado de tributos, caindo em 2008 (devido ao fim da CPMF) e
voltando a subir em 2012.
• Importância dos tributos no total arrecadado:
2002 2005 2007 2008 2012 2015 2016

Impostos 52,32% 50,56% 50% 53,03% 50,94% 51,97% 52,08%

Contribuições 46,26% 48,51% 49,12% 46,09% 46,66% 45,52% 45,08%

Taxas 1,38% 0,88% 0,88% 0,88% 2,4% 2,51% 2,83%

•O Governo Federal respondeu por 69,3% do total arrecadado de tributos no Brasil em


2009; os governos estaduais por 26,1%; e os governos municipais por 4,6% (segundo o
IBPT). Relatório do Ministério da Fazenda indica que esses percentuais foram de
68,3%, 25,4% e 6,3%, respectivamente, em 2016.
Carga Tributária Bruta
Produto Interno Bruto (PIB) é a renda gerada na economia sob as formas de
salários, lucros, juros e aluguéis ao longo de um período, por exemplo, um ano.
Carga Tributária Bruta é a relação tributos/PIB.
Figura 1 - Evolução da carga tributária bruta do Brasil de 1986 a 2018
40,00

35,00 33,57 33,32 33,66 33,52 33,36 33,58


32,38 32,26 32,5 32,63 32,56
32,1
31,37 31,87 32,11 32,38 32,36
30,67
29,91 29,46
30,00 28,61 28,92 28,63
27,38

24,61
25,38 25,09 25,19 25,47
25,00
CTB (em %)

22,39 22,16
21,09
20,28 20,01
20,00

15,00

10,00

5,00

0,00
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Fonte: Amaral et. al. (2013, p. 5-6) e com atualizações da Receita Federal (devido a mudanças nos valores do PIB).

Nota: as percentagens deste gráfico não incluem os royalties.


As percentagens da CTB mostradas acima são diferentes das calculadas pelo IBPT.
Exercício 1

1.a) qual foi o aumento em pontos percentuais da


carga tributária bruta do Brasil entre 1985 e
2018?
1.b) qual foi a taxa de crescimento da carga
tributária bruta do Brasil entre 1985 e 2018?
Veja na figura que a CTB em 1985 foi de 21,09% e
em 2018 de 33,58%.
Comparação entre a CTB do Brasil e de alguns outros países em 2011

Carga Tributária Bruta de países selecionados - 2011 -


valores em % do PIB
60

48,1
50 44,5 44,2 44 43,4 43,2 42,9
42,1
40 37,1 37,1 36,8 36
34,1
31
30 25,9 25,1 25
23 21,4
20
20 18
13
10

0
Bélgica

EUA
França

Áustria

Canadá
Dinarmarca

Alemanha

Eslovênia

Chile

Índia
Coréia do Sul

Rússia

China
Suécia

Itália

Luxemburgo

Brasil
Finlândia

Noruega

Turquia
Islândia

África do Sul
Fonte: OCDE.

Em 2011, o Brasil detinha a 16a maior CTB do mundo e a maior entre os


BRICS (ver página 12 do livro-texto).
• Os tópicos discutidos nesse item
são:
• 1) definição de política fiscal
1. A Política • 2) fontes de receitas pública e a
tributação
Fiscal • 3) Peculiaridades do sistema
tributário brasileiro
• 4) gastos do governo e os
orçamentos públicos
• Seis aspectos peculiares devem ser
destacados no sistema tributário
brasileiro:
1) O registro da firma e a nota fiscal
2) “tributos por dentro” versus “tributos
Peculiaridades por fora”: caso do ICMS versus o IPI.
3) O princípio da anualidade versus o
do sistema princípio da anterioridade.
tributário 4) O caráter de imposto de algumas
contribuições (caso da COFINS e do PIS).
5) O regime tributário da empresa e a
cumulatividade ou não dos tributos.
6) Competência da arrecadação versus
apropriação da receita tributária.
• A pessoa física é identificada para fins tributários pelo
cadastro de pessoa física (CPF).
• A pessoa jurídica é identificada em até três níveis:
1) Federal, pelo CNPJ (cadastro nacional de pessoa
jurídica)
Pessoa física 2) Estadual, pela Inscrição Estadual
3) Municipal, pela Inscrição Municipal
versus pessoa • Dependendo da atividade produtiva, a pessoa jurídica
pode ter as três identificações acima, ou parte delas.
jurídica • Por exemplo, uma concessionária de automóveis e que
presta serviços (de conserto de veículos) tem as três
identificações acima. Uma empresa de consultoria de
negócios tem duas das identificações (a federal e a
municipal). Uma loja de confecções tem duas
identificações (a federal e a estadual).
Primeira peculiaridade: a Nota Fiscal
• A nota fiscal é o documento que permite a circulação legal da mercadoria ou a
prestação do serviço.
• A nota fiscal identifica o vendedor (ou prestador do serviço) e o comprador.
• A nota fiscal discrimina os produtos vendidos e os seus preços, gerando a base
para a tributação.
• Há tributos que já são inclusos no preço da mercadoria explicitada na nota fiscal
(caso do ICMS) e outros que são cobrados a parte (caso do IPI).
• Há modelos distintos de nota fiscal para o produtor rural e para as firmas
comerciais, industriais e de prestação de serviços.
É importante distinguir:
• Nota fiscal impressa versus nota fiscal eletrônica.
• Nota fiscal de venda ao consumidor versus cupom fiscal.
Fonte:
https://www.goo
gle.com.br/search
?q=nota+fiscal+ve
nda+ao+consumi
dor&espv=2&sou
rce=lnms&tbm=is
ch&sa=X&ved=0a
hUKEwjky7qT69H
SAhVIDpAKHS4W
ALMQ_AUIBigB&
biw=2048&bih=1
013#imgrc=93xg3
tPvB6VC6M:

Fonte:
https://www.google.co
m.br/search?q=cupom+
fiscal+impresso&espv=2
&source=lnms&tbm=isc
h&sa=X&ved=0ahUKEwi
h7oOm6tHSAhUJipAKHb
J3BW8Q_AUIBigB&biw=
2048&bih=1013#imgrc=l
Lg89uuDboMsTM:
Peculiaridades do sistema tributário
Seis aspectos peculiares devem
ser destacados no sistema
tributário brasileiro:

6) Competência da arrecadação
versus apropriação da receita 1) O registro da firma e a nota fiscal
tributária.

5) O regime tributário da 2) “tributos por dentro”


empresa e a cumulatividade versus “tributos por fora”:
ou não dos tributos. caso do ICMS versus o IPI.

4) O caráter de imposto de 3) O princípio da anualidade


algumas contribuições (caso da versus o princípio da
COFINS e do PIS). anterioridade.
Segunda peculiaridade: Tributos por
dentro versus tributos por fora
A sistemática de
tributação do Brasil
permite que alguns
Já outros tributos são
tributos já estejam
cobrados à parte quando
inclusos no preço de
o comprador adquire o
venda do produto quando
produto. Esses são os
o mesmo é apresentado
tributos por fora.
ao consumidor,
caracterizando-o como um
tributo por dentro.
•Considere os casos do ICMS e do IPI.
•O ICMS é um tributo cobrado por dentro, ou seja, ele já está incluso no preço da mercadoria
listada na nota fiscal.
•O IPI é um tributo cobrado por fora, ou seja, ele aparece destacado na nota fiscal.
•Essa diferença faz com que surja bitributação, ou seja, cobrança de IPI sobre o ICMS.
•Suponha que um vendedor (uma indústria, por exemplo) deseja receber um preço líquido de
tributos de comercialização (também chamado de preço ex Mill Net) de R$ 200,00. Tem-se:
preço líquido = custo variável unitário + custo fixo unitário + lucro unitário = (1 + margem
bruta)·(custo variável unitário).
•Considere que a alíquota do ICMS seja de 18% (= 0,18) e a do IPI seja de 5% (= 0,05). Tem-se os
seguintes esquemas de fixação do preço de venda ao consumidor (fórmula válida para produto
industrial):
• Tributo incidente por dentro e por fora com cumulatividade:
   1 
  (1 + alíquota do IPI) = 200    (1 + 0,05) = 256,10
1
PV = PR  
 1 − alíquota do ICMS   0,82 
• Tributo incidente por fora com cumulatividade:
PV = PR x (1 + alíquota do ICMS) x (1 + alíquota do IPI) = 200 x (1 + 0,18) x (1 + 0,05) = 247,80
Sem cumulatividade:
PV = PR  1 + (alíquota do ICMS + alíquota do IPI) = 200 (1 + 0,23) = 246,00
No caso do Brasil, vigora o sistema da equação (1), o qual gera maior preço pago
pelo consumidor. O produtor recebe líquidos R$ 200,00 (preço determinado pelo
“pricing” da empresa), paga-se R$ 43,90 de ICMS ao Estado e R$ 12,20 de IPI. O
comprador paga o preço de R$ 256,10.
Portanto, havendo apenas cobrança de ICMS e de IPI, a fórmula de determinação
do preço de venda (PV) para um produto industrial vendido a outra indústria (por
exemplo, preço de venda de açúcar para uma fábrica de doces; ou o preço de venda
de aço para uma fábrica de autopeças) é:

PR
PV =  (1 + alíquota do IPI)
(1 − alíquota do ICMS)
Considere que o preço líquido de tributos indiretos de
comercialização desejado pelo produtor (o chamado preço ex
Mill Net) pela mercadoria industrial que ele elabora (PR) seja
de R$ 150,00 e que o governo cobra alíquota de ICMS de 12%
e de IPI de 9%. Responda:

2.1) Qual é o preço de venda do produto (PV), ou seja, o preço


Exercício 2 – pago pelo consumidor, usando a sistemática de tributação em
vigor no Brasil?
p.18 2.2) Qual é o valor do ICMS incluso no preço pago pelo
comprador?

2.3) Qual é o valor do IPI incluso no preço pago pelo


comprador?

Considere a fórmula do começo da página 18, de venda de


produto industrial de indústria a indústria.
• Seis aspectos peculiares devem ser
destacados no sistema tributário
brasileiro:
1) O registro da firma e a nota fiscal
2) “tributos por dentro” versus “tributos
Peculiaridades por fora”: caso do ICMS versus IPI.
3) O princípio da anualidade versus o
do sistema princípio da anterioridade.
tributário 4) O caráter de imposto de algumas
contribuições (casos da COFINS e PIS).
5) O regime tributário da empresa e a
cumulatividade ou não dos tributos.
6) Competência da arrecadação versus
apropriação da receita tributária.
Terceira peculiaridade: anualidade versus anterioridade
O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE

Até novembro de 2003, vigorou no Brasil o princípio da


anualidade, através do qual a criação de um novo imposto
ou a alteração de alíquotas de impostos diretos tinham
que ser aprovadas pelo Poder Legislativo e só podiam ser
cobrados no ano posterior à sua aprovação.

Isto não era válido para o caso de alteração


temporária de alíquotas de impostos indiretos,
como o ICMS e IPI, ou tributos de guerra.
A Emenda Constitucional no 42, de 19/12/2003,
criou o princípio da anterioridade.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
• Segundo a Constituição Federal:
• “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
• ...
• III - cobrar tributos:
• ...
• b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
• c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b; ...”
• Na prática, alguns tributos seguem o especificado pelo artigo 150, inciso III, alínea “b” como o
imposto sobre a renda (IR) e as alterações na base de cálculo do IPVA e do IPTU, garantindo a
anualidade; e outros tributos como as contribuições para a seguridade social (como a COFINS)
seguem apenas a anterioridade nonagesimal (alínea “c”).
• As exceções aos princípios da anterioridade e da anualidade são os impostos federais de função
regulatória (como o imposto de importação, imposto de exportação, IOF e IPI), e o imposto
extraordinário de guerra (destinado a atender a despesas extraordinárias decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência).
Quarta peculiaridade: Contribuições versus
impostos
Algumas
contribuições têm
sistemática de
cobrança similar a
alguns impostos, o
que permite Esses são os casos
aumentar a da COFINS e do PIS.
arrecadação pública,
em especial se o
tributo estiver
sujeito à regra
nonagesimal.
Qual é a base de cálculo da PIS e
COFINS?
• De 2002 até meados de março de 2017, o ICMS compôs a base de cálculo da
PIS e COFINS, ou seja, esses três tributos foram considerados adicionalmente
“por dentro” no cálculo do preço de venda do bem ou serviço.
• No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento concluído em
15/03/2017 de ação impetrada pela empresa Imcopa (uma importadora e
exportadora de óleos) – RE 574706 - decidiu que é inconstitucional ter uma
mesma base de cálculo (um mesmo “preço faturamento”) para calcular
simultaneamente a incidência de PIS e COFINS versus a incidência de ICMS.
• O Acordão dessa decisão do STF foi publicado em 02/10/2017 e em seguida a
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) entrou com Embargos de
Declaração pedindo: (1) a revisão do entendimento do STF sobre o assunto;
(2) a limitação dos seus efeitos via modulação; (3) a suspensão da validade da
decisão até o julgamento dos embargos de declaração.
• Como o STF não julgou ainda esses embargos e outras petições, tem-se a
dúvida de se a decisão do STF já está valendo ou não. Algumas empresas, não
a adotaram ainda. Por que?
Fórmula de cálculo do preço ao consumidor com PIS,
COFINS e ICMS na mesma base de cálculo

A COFINS e o PIS são tributos por dentro, que se somaram ao ICMS na


determinação do preço de venda da mercadoria de 2002 até março de 2017 (no
mínimo). No caso da venda de produto industrial para uma outra indústria tinha-se:
Preço de venda =
 
  (1 + alíquota do IPI)
preço líquido ao produtor
 ( )
1 − alíquota do PIS + alíquota do COFINS + alíquota do ICMS 

Surge, agora, a cobrança do IPI sobre ICMS, sobre a COFINS e


sobre o PIS, elevando a arrecadação de ICMS.
Veja que o valor dentro dos colchetes é o preço
faturamento e o PV é o preço nota fiscal.
Exemplo – p. 20 e 21

• Suponha que o produtor queira receber Preço pago pelo consumidor R$ 268,02
R$ 200,00 líquidos por unidade de um
produto (que inclui os custos variáveis e Preço ex mill net R$ 200,00
fixos e o lucro unitário) e que a taxa do
PIS é de 0,65%; da COFINS de 3%; do PIS R$ 1,66
ICMS de 18%; e do IPI de 5%. Qual é o
preço pago pelo consumidor? Desse COFINS R$ 7,66
preço, qual é a divisão entre produtor,
ICMS R$ 45,94
PIS, COFINS, ICMS e IPI?
IPI R$ 12,76
Fórmula de cálculo do preço ao consumidor com PIS, COFINS e
ICMS incidentes sobre bases distintas
• Com a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal em 15/03/2017
de que a PIS/COFINS não podem ter a mesma base de cálculo que o
ICMS (veja andamento do processo no endereço
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndament
oProcesso.asp?incidente=2585258&numeroProcesso=574706&classeP
rocesso=RE&numeroTema=69, passam a existir duas bases de cálculos
distintas para esses tributos incidentes por dentro.
• Considerando um produto industrial vendido a outra indústria que tem
direito a crédito e débito de IPI, passa-se a ter a seguinte fórmula de
cálculo do preço de venda:
PV =
 preço líquido ao produtor 
− preço líquido ao produtor  (1 + alíquota do IPI )
preço líquido ao produtor
 +
 1 − alíquota do ICMS 1 − (alíquota do PIS + álíquota do COFINS) 

Observe na fórmula acima que surgem preços faturamentos distintos para


cálculos do ICMS, PIS/COFINS e IPI.
Refazendo o exemplo anterior, para PIS e
COFINS incidindo em base distinta do ICMS
Suponha que o produtor queira receber R$ 200,00 líquidos por unidade de um
produto (que inclui os custos variáveis, os fixos e o lucro unitário) e que a taxa
do PIS é de 0,65%, da COFINS de 3%, do ICMS de 18% e do IPI de 5%. Utilizando
a nova fórmula a valer, no mínimo a partir de 2018, calcule:
1) Qual é o preço pago pelo consumidor?
2) Desse preço, qual é a divisão entre produtor, PIS, COFINS, ICMS e IPI?

PV =
 preço líquido ao produtor 
− preço líquido ao produtor  (1 + alíquota do IPI )
preço líquido ao produtor
 +
 1 − alíquota do ICMS 1 − (alíquota do PIS + álíquota do COFINS) 

Lembre-se que cada base de cálculo dentro dos colchetes na fórmula acima precisa ser
calculada em separado e arredondado os valores para duas casas decimais. Sugirão
TRÊS preços faturamentos (para cálculos do ICMS, do PIS/COFINS e do IPI).
Efeitos de diferentes sistemáticas de cobrança de PIS e COFINS sobre
preços de venda e arrecadação de tributos considerando um preço
líquido de tributos de comercialização (PR) de R$ 200,00

Incidência apenas de Incidência de ICMS Incidência de ICMS


ICMS de 18% e IPI de 18%, IPI de 5%, de 18%, IPI de 5%,
de 5% COFINS de 3% e PIS COFINS de 3% e PIS
de 0,65% segundo o de 0,65% segundo o
que valeu até que se aprovou em
15/03/2017 15/03/2017
preço líquido recebido R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00
pelo produtor (PR)
ICMSincluso R$ 43,90 R$ 45,94 R$ 43,90
IPIincluso R$ 12,20 R$ 12,76 R$ 12,57
PISincluso R$ 1,66 R$ 1,35
COFINSincluso R$ 7,66 R$ 6,23
PV R$ 256,10 R$ 268,02 R$ 264,05
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA NOVA SISTEMÁTICA DE CÁLCULO DO ICMS e do
PIS/COFINS sobre bases distintas?

Os consumidores pagarão preços menores (no quadro anterior,


ao invés de R$ 268,02, deveriam pagar R$ 264,05).

Empresas podem solicitar devolução de valores pagos a mais por


esses tributos.

Governos Federal e estaduais arrecadarão menos. Poderão, no


entanto, aumentar as alíquotas de PIS, COFINS, ICMS e IPI.

E se o STF voltar a traz e desautorizar a nova sistemática de


cálculo do PIS/COFINS e ICMS em bases diferentes?
Exemplo de cobrança de PIS, COFINS e ICMS
na mesma base ainda em vigência

Apesar de na conta de luz acima aparecer a cobrança de ICMS, PIS e COFINS em colunas distintas e em bases
distintas (três colunas), essa cobrança é na mesma base. Considere a primeira linha. O PR é R$ 85,67. Somando as
alíquotas de ICMS, PIS e COFINS e subtraindo de 1 tem-se 0,6953. Dividindo R$ 85,67 por 0,6953, tem-se R$
123,21. Se fosse adotada a fórmula já aprovada pelo STF, na primeira linha dever-se-ia ter ICMS de R$ 28,56 e
não os R$ 30,80. A soma PIS e COFINS daria R$ 4,96 e não os R$ 6,74. O PV seria R$ 119,19 e não os R$
123,21 cobrados.
Na conta acima, a cobrança de ICMS, PIS e COFINS é na mesma base.
Peculiaridades • Seis aspectos peculiares devem ser destacados
do sistema no sistema tributário brasileiro:
tributário 1) O registro da firma e a nota fiscal
2) “tributos por dentro” versus “tributos por
fora”: caso do ICMS versus IPI.
3) O princípio da anualidade versus o princípio
da anterioridade.
4) O caráter de imposto de algumas
contribuições (casos do COFINS e PIS).
5) O regime tributário da empresa e a
cumulatividade ou não dos tributos.
6) Competência da arrecadação versus
apropriação da receita tributária.
Quinta peculiaridade - o regime tributário da empresa e a
cumulatividade ou não dos tributos
• As empresas no Brasil, inclusive a propriedade rural, podem seguir o regime de tributação pelo lucro
real ou pelo lucro presumido.
• As empresas comerciais, industriais e de serviços, mas não o fazendeiro pessoa-física, optantes do lucro
presumido podem ou não serem optantes do Simples Nacional (antes denominado de Super Simples).
Pagamento simplificado de até oito tributos.
Tributada
Empresa, pelo lucro
inclusive a real Não optante
propriedade do Simples
rural Nacional
Tributada
pelo lucro
presumido
Optante do
Simples
Nacional
Quinta peculiaridade - o regime tributário da empresa e a
cumulatividade ou não dos tributos
• A empresa optante do SIMPLES NACIONAL paga uma alíquota “única” sobre o seu
faturamento (ou seja, sobre o total que emite de notas fiscais) que cobre até 8 tributos (IRPJ,
CSLL, COFINS, PIS, INSSquota patronal, ICMS, IPI e/ou ISS). Esta alíquota varia segundo o ramo de
atividade da empresa, a faixa de receita bruta em que se insere nos últimos doze meses
anterior ao período de apuração (que varia de R$ 180 mil a R$ 4,8 milhões por ano) e pode
mudar de um mês a outro.
• A empresa optante do lucro presumido tem este valor (o lucro) calculado como sendo uma
percentagem sobre o seu faturamento. Por exemplo, o lucro presumido é 8% do
faturamento.
• A empresa optante pelo lucro real calcula este último, que pode ser positivo, nulo ou
negativo.
• A empresa pode mudar de um regime tributário a outro, preferencialmente antes de
começar o ano fiscal.
• Há ainda a empresa tributada pelo lucro arbitrado, quando a entidade fazendária arbitra um
percentual sobre a receita para fins de cobrança do tributo.
O SIMPLES NACIONAL não é mais tão simples?
Comércio em geral Indústria em geral
Alíquota (%) Valor a Alíquota Valor a descontar
descontar (%)
Até R$ 180.000,00 4,0 R$ 0,00 4,5 R$ 0,00
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 7,3 R$ 5.940,00 7,8 R$ 5.940,00
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 9,5 R$ 13.860,00 10,0 R$ 13.860,00

De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 10,7 R$ 22.500,00 11,2 R$ 22.500,00

De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 14,3 R$ 87.300,00 14,7 R$ 85.500,00

De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 19,0 R$ 378.000,00 30,0 R$ 720.000,00

A alíquota só é fixa, mês a mês, para a primeira faixa. Fora disso, a cada mês o contador precisa identificar a sua alíquota efetiva,
considerando a receita acumulada nos últimos 12 meses antes da apuração = RB12. Usa-se o PGDAS (Programa Gerador do
Documento de Arrecadação do Simples).
Alíquota efetiva = [(RB12*alíquota da tabela) – valor a descontar]/RB12.
Uma empresa do comércio com receita bruta de R$ 250.000,00 nos últimos 12 meses anterior ao período de apuração, terá alíquota
efetiva = [(R$ 250.000,00*0,073)-R$ 5.940,00]/R$ 250.000,00 = 0,0492 = 4,92%. Multiplica-se esta alíquota pelo valor do
faturamento do período de apuração e emite-se o DAS.
Quinta
peculiaridade - o • O crédito e o débito de tributos surgem quando o
regime tributário comprador de um produto (cujo preço de compra já inclui
impostos indiretos, como o ICMS e IPI, e contribuições,
da empresa e a como a COFINS e PIS) tem o direito na revenda,
cumulatividade ou processamento e reprocessamento do seu produto de
não dos tributos deduzir do tributo a ser pago o valor já incluso desses
tributos na compra de insumos. Tem-se três casos:
1) Empresa optante do Simples Nacional: sem direito de
crédito e débito de tributos.
2) Empresa tributada pelo lucro presumido, mas não optante
do Simples Nacional: tem direito de crédito e débito de IPI e
ICMS, mas não de PIS e COFINS.
3) Empresa tributada pelo lucro real: tem direito de crédito e
débito de ICMS, IPI, PIS e COFINS.
Há tributos que não dão direito a crédito e débito, como o
FUNRURAL, IRPJ, CSLL e contribuições previdenciárias.
Sexta peculiaridade – competência na arrecadação
versus apropriação da receita tributária
• A esfera pública competente na arrecadação (governo federal, estadual ou
municipal) não necessariamente fica com a totalidade do tributo recolhido.
Exemplos:
tributo Competência da Apropriação da receita tributária
arrecadação
IPVA Governo estadual 50% para governo estadual
50% para os municípios
ITR Governo federal 50% para governo estadual
50% para os municípios
ICMS Governo estadual 75% para governo estadual
25% para os municípios
IPI e IR Governo Federal 21,5% para governos estaduais (FPE)
22,5% para os governos municipais (FPM)
56% para o governo federal
•Os tópicos discutidos nesse item
são:
•1) definição de política fiscal
•2) fontes de receitas pública e a
1. A Política Fiscal tributação
•3) Peculiaridades do sistema
tributário brasileiro
•4) gastos do governo e os
orçamentos públicos
1. A Política Fiscal

A política fiscal se refere às decisões


sobre tributação e gastos por cada
uma das esferas de poder público (o
Governo Federal, os Governos
Estaduais e os Governos Municipais).
As leis orçamentárias
Nas três esferas de governo
(federal, estadual e municipal),
os gastos do governo são
planejados, orientados e
executados considerando três
etapas de orçamentos, a saber:
o Plano Plurianual (PPA), a Lei
Retirado de
de Diretrizes Orçamentárias https://www.al.ce.gov.br/index.p
(LDO) e a Lei Orçamentária hp/ultimas-noticias/item/71064-
1212saloaldoppa
Anual.
Plano Plurianual (PPA)

O PPA é um plano de longo O PPA estabelece as O PPA deve estabelecer


prazo para estabelecer as grandes linhas de quanto o governo
diretrizes, objetivos e metas
dos gastos do governo. O gastos do governo e gastará, nos próximos
PPA tem duração de 4 anos, os projetos (como quatro anos, em seus
compreendendo os três infraestrutura, grandes programas, mas
últimos anos de um educação, saúde, por não quando e qual
mandato (de presidente, exemplo) a serem parcela será gasta a
governador ou prefeito) e o
primeiro ano do mandato
contemplados. cada ano.
seguinte.
A LDO estabelece as prioridades dos gastos
estabelecidos no PPA e que serão realizados
no próximo ano.

A LDO também estabelece as despesas de


capital para o exercício financeiro
Lei de Diretrizes subsequente e a política de aplicação das
Orçamentárias agências financeiras oficiais de fomento.
A LDO preocupa-se com o equilíbrio entre
(LDO) receitas e gastos a serem realizados no
próximo ano.

A LDO é a base para se estabelecer a Lei


Orçamentária Anual (LOA).
Lei Orçamentária Anual (LOA)
• A LOA é conhecida como o Planejamento Operacional
de curto prazo. A LOA detalha as despesas dos órgãos
públicos (com pessoal, investimento e pagamento de
dívidas) e as receitas a serem utilizadas para pagar essas
despesas.
• Nenhuma despesa pública poderá ser executada no
próximo ano sem estar consignada na LOA.
• A LOA apenas estabelece como as prioridades
estabelecidas na LDO serão pagas. E a LDO estabelece as
prioridades que serão executadas da PPA.
• LOA e LDO são aprovadas em um ano e executadas no
próximo ano.
As leis orçamentárias (federal, estadual e municipal)

Plano Plurianual (PPA com duração de quatro anos) – estabelece


as diretrizes, objetivos e metas dos gastos públicos

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), define prioridades de


gastos para o próximo ano, definindo o equilíbrio entre
receitas e despesas

Lei Orçamentária Anual (LOA), detalha os gastos a serem


realizados no próximo ano e a alocação de recursos para tal
1.2 Os Gastos do Governo
Os gastos dos governos federal,
estaduais e municipais de um ano
têm que ser planejados no ano
Esses gastos são detalhados na
anterior e aprovados pelos
LDO e na LOA.
Poderes Legislativo federal,
estaduais ou municipais,
respectivamente.

Retirado de
https://www.google.com.br/search?q=lei+
de+responsabilidade+fiscal&source=lnm
s&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjt6N
GzwPLTAhVKlJAKHb6hDE0Q_AUIDS
gE&biw=1536&bih=760#imgrc=kt6q6s
GuUP-oZM:
Limites para os gastos

• Há certos limites constitucionais definidos para os gastos públicos, com respeito ao


montante a ser gasto em folha de pagamentos, em educação e saúde, por exemplo.
• Definido os gastos públicos para certo ano, o poder executivo tem pequeno espaço
para alterá-los durante o seu ano de execução. Esse é o caso da LOA. O que
estabelece a LOA de 2018, precisa ser executado em 2019.
• Atualmente, existe um teto (a valer de 2017 a 2036) para os gastos do governo em
um ano: eles são o valor dos gastos do ano anterior corrigidos, no máximo, pelo
IPCA dos últimos 12 meses encerrados em junho do ano anterior. Por exemplo, os
gastos de 2019 serão os realizados em 2018 corrigidos pelo IPCA de julho de 2017
a junho de 2018.
A prestação de contas

• Terminado o período de execução do


orçamento, os poderes executivos devem
apresentar suas contas aos Tribunais de
Contas (da União, do Estado e dos
Municípios, conforme o caso), que julgarão
se aqueles executaram corretamente os
orçamentos previamente elaborados e
aprovados.
Leis disciplinando o modo de gastar e comprar
do governo – p. 29

Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei


complementar no 101 de 04/05/2000)
estabelece normas a serem seguidas
quanto ao gasto público.

Lei de Licitações e Contratos da


Administração Pública (Lei no 8.666 de
21/06/1993 e Lei 10.520 de 17/07/2002).
A sequência trienal
• Observe que há uma sequência trienal sobreposta de atividades

Ano t (por exemplo 2013) Ano t+1 (por exemplo Ano t+2 (por exemplo
2014) 2015)

Poder executivo propõe as Poder Executivo EXECUTA as Tribunais de Contas (órgãos


LDO e LOA e Poder LDO e LOA aprovadas no do poder legislativo) julgam
Legislativo as pode ano anterior se o aprovado no ano t foi
modificar e aprovar executado no ano t+1

O impeachment da Presidente Dilma Roussef ocorreu porque ela não


executou em 2014 corretamente o aprovado em 2013. É vedado ao poder
público ficar devendo aos bancos públicos, sem estar isto explicito na LDO e
LOA. Dilma ficou no “fiado” (fez uma pedalada) em 2014 devido a alguns
programas (segundo sua defesa, do minha casa-minha vida e crédito rural,
por exemplo). Isto não estava autorizado nas LDO e LOA aprovadas em
2013 e ela cometeu crime de responsabilidade fiscal (não respeitou a LRF).
Isto foi julgado em 2015 e a Presidente Dilma sofreu impeachment em 2016.
• Os tópicos dessa aula são:
Gestão 1) A política fiscal
tributária nas 2) Principais tributos existentes
organizações no Brasil (incidentes sobre o
da economia patrimônio e preços de bens e
serviços)
brasileira
3) Planejamento tributário
• Os principais tributos incidentes
nas organizações do Brasil podem
ser agrupados segundo sua
incidência em:
1) Sobre o patrimônio (sobre a
propriedade): IPTU, ITR, ITCMD,
ITBI e TRLAV.
2) Sobre os preços de bens e
serviços: ICMS, IPI, COFINS, PIS e
ISS.
3) Sobre a renda: IR, CSLL e
encargos trabalhistas tributários
4) Sobre aplicações financeiras: IOF

2) Principais tributos incidentes Apenas os dois primeiros grupos serão


nas organizações no Brasil analisados.
2.1) Resumo dos principais tributos sobre a propriedade
IPTU ITR ITCMD ITBI IPVA TRLAV
denominação Imposto Predial e Imposto sobre a Imposto sobre a Imposto sobre a Imposto sobre a Taxa de Renovação do
Territorial Urbano Propriedade Transmissão “Causa Transmissão de Propriedade de Licenciamento Anual de
Territorial Rural Mortis” e Doação de Bens Imóveis Veículos Automotores Veículo
Quaisquer Bens ou InterVivos
Direitos
Competência na Município Governo Federal Governo Estadual Município Governo Estadual Governo Estadual
arrecadação

Apropriação do Município (100%) Estado (50%) e Governo Estadual (100%) Município (100%) Governo Estadual Governo Estadual (100%)
valor arrecadado Município (50%) ou (50%) e Município
Município (100%) (50%)

Fator gerador Valor venal fixado pela Valor da terra nua Valor de mercado ou valor Valor de mercado Valor registrado na Valor nominal fixo fixado
Prefeitura (VTN) fixado pelo Estado ou valor fixado nota fiscal (para carro por cada estado
pelo Município novo) ou tabela fixada
pelo Estado

Alíquotas Fixada pelo município, Alíquotas progressivas Varia entre os estados. Por Varia segundo a Alíquota varia entre os Valor nominal fixo. Em
mas não pode segundo o tamanho e exemplo, de 4% em São prefeitura (2% no estados 2018, para carros, o
ultrapassar 15% grau de utilização do Paulo e 5% em Minas RJ, 2,5% em BH e valor foi de R$ 87,38 em
imóvel Gerais, em 2018. 3% em SP) SP e de R$ 92,66 em
MG.

Importância no 1,32% 0,04% 0,19% 0,50% 1,65%


total de tributos
arrecadados em
2011
Os custos de produção e os tributos sobre o
patrimônio – como fazer o planejamento tributário?
• Os custos de produção se classificam em variáveis (CV) e fixos (CF).
• Os tributos sobre o patrimônio entram no custo fixo.
• Por exemplo, para uma empresa de locação de veículos, o IPVA e a TRLAV são
custos fixos. Elas procuram licenciar carros em estados que menos cobram por
esses tributos. Por que?
• Em que lugares se localizam centrais de distribuição de grandes empresas dos
comércios atacadista e varejista?
• Empresas procuram áreas rurais ou urbanas menos valorizadas para ter
depósitos, pois assim elas incorrem em menores tributos sobre o patrimônio. Por
que?
2.2) Resumo dos principais tributos sobre preços de bens e serviços
ICMS IPI COFINS PIS ISS (ou ISQN)

Imposto sobre Operações


Relativas à Circulação de
Contribuição para o Contribuição ao
Mercadorias e Sobre Imposto sobre Produtos Imposto sobre Serviços
Denominação Financiamento da Programa de Integração
Prestações de Serviços de Industrializados de Qualquer Natureza
Seguridade Social Social
Transporte Interestadual ,
Intermunicipal e Comunicações
Competência na
Governo Estadual Governo Federal Governo Federal Governo Federal Governo Municipal
arrecadação
Governo Federal (56%),
Apropriação do
Governo Estadual (75%) e Governos Estaduais Governo Municipal
valor Governo Federal (100%) Governo Federal (100%)
Governo Municipal (25%) (21,5%) e Governos (100%)
arrecadado
Municipais (22,5%)
Base de
Tributo por dentro Tributo por fora Tributo por dentro Tributo por dentro Tributo por dentro
incidência
Variam segundo o produto, sua Variam segundo o Normalmente, 3% ou Normalmente, 0,65%
Alíquotas Variam de 2 a 5%
origem e destino produto 7,6% ou 1,65%
Importância no
total de tributos
2,93% (incluindo o
arrecadados em 20,32% 2,82% 11,27% 2,63%
PASEP)
2011
Três aspectos a se destacar:
1) O ICMS é um imposto recolhido pelo
governo estadual e é repartido entre
o estado (75%) e os municípios do
mesmo estado (25%).
2) O ICMS é calculado sobre o valor
adicionado.
3) Existem diferentes alíquotas de ICMS
de acordo com o produto negociado,
sua origem e seu destino.

Imposto sobre operações relativas à circulação de


mercadorias e sobre prestações de transporte
interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS)
Repartição do ICMS
Total do ICMS
recolhido (exemplo
75% R$ 100)
(exemplo,
R$ 75) 25% (exemplo, R$
25)
75% Municípios
Estado (exemplo,
R$ 18,75) 25% (exemplo,
R$ 6,25)
Alocado segundo
o valor adicionado Alocado segundo
fiscal (VAF) por critérios de cada
município Estado
A distribuição do ICMS para os municípios

Valor adicionado fiscal (VAF) é a


A distribuição dos 25% da quota dos
participação do município no total
25% do ICMS alocados aos
arrecadado de ICMS no estado. Por
municípios também pode ser de
exemplo, se um município arrecada
acordo com o VAF ou por outros
10% do ICMS do estado, ele receberá
critérios, tais como tamanho da área
10% dos 75% dos 25% alocados aos
agrícola do município, tamanho de
municípios. Ou seja, ele receberá
sua população e/ou adoção de
1,875% do total arrecadado de todo
práticas ambientalmente corretas.
o ICMS no estado.
Repartição do ICMS
• Alguns estados têm promovido a distribuição de ICMS de modo a compensar
municípios por atitudes ambientalmente corretas.
• O ICMS Ecológico implica o Estado distribuir os 6,25% tomando em conta, entre
outros elementos, a conservação de florestas e de mananciais de águas no
município.
• No Estado do Paraná, 5% dos 6,25% do ICMS (R$ 0,31 de cada R$ 100 recolhidos
de ICMS pelo Estado) são dados aos municípios que protegem as áreas
supracitadas. No Estado de São Paulo são distribuídos 0,5% dos 6,25% do ICMS.
• Observe que o ICMS ecológico vai para o município e ele, segundo sua LDO e
LOA, aloca esses recursos.
• O ICMS permite a ocorrência de débito e crédito fiscal,
o que o faz ser incidido sobre o valor adicionado.
• Considere que uma empresa A produza um produto
pelo qual deseja receber o preço líquido de tributos de
comercialização (PR = CVMe + CFMe + lucro unitário)
de R$ 200,00. Com a alíquota de ICMS de 12%, o preço
pago pelo comprador (preço de venda do vendedor, PV)
é de R$ 227,27 = R$ 200,00/(1-0,12). Desconsidere a
presença de PIS, COFINS e IPI.
ICMS sobre o valor • Na nota fiscal aparece o preço de venda do produto
como sendo de R$ 227,27, e discrimina-se o ICMS pago
adicionado de R$ 27,27 = 0,12R$ 227,27
• Esse valor de R$ 27,27, discriminado na nota fiscal, é
um crédito de ICMS para o comprador do produto, que
paga R$ 227,27.
• Uma empresa B compra o produto da empresa A por R$
227,27, mas o vende por R$ 300,00 pagando ICMS de
12%.
ICMS sobre valor adicionado
• Empresa A • EMPRESA B
• Preço de compra = PC = R$ 227,27
• PR = R$ 200,00
• Preço de venda = PV = R$ 300,00
• ICMS = 12%
• ICMS = 12%
• PV = R$ 227,27
• ICMSdébito = R$ 36 = (0,12R$300,00)
• ICMS incluso no preço da • ICMS a pagar = ICMSdébito – ICMScrédito =
mercadoria = R$ 27,27, R$ 36,00 – R$ 27,27 = R$ 8,73
que é o crédito de ICMS
• Valor adicionado = PV – PC = R$ 300,00 –
para quem comprar a R$ 227,27 = R$ 72,73
mercadoria
• Alíquota sobre valor adicionado = (ICMS a
pagar/valor adicionado)100 = (R$ 8,73/R$
72,73) 100 = 12%
• Excedente bruto = PV – PC – ICMS a pagar =
R$ 300,00 – R$ 227,27 – R$ 8,73 = R$ 64,00
• Considere que uma empresa comercial C
vende um produto por R$ 300,00, já incluso o
ICMS de 12% no valor de R$ 36,00. Uma
empresa D compra o produto e vende-o (para
um contribuinte do ICMS que não é
consumidor final) por R$ 450,00, já incluso o
ICMS débito de 12% no valor de R$ 54,00.
Considere a empresa D.
Exemplo 1 – p. 45 • 1.1) Qual é o valor do ICMS a recolher (a
pagar) pela empresa D?
• 1.2) Qual é o valor adicionado pela empresa
D?
• 1.3) Quanto, em termos percentuais, o ICMS a
pagar pela empresa D representou em relação
ao valor adicionado pela empresa D?
• 1.4) Qual é o excedente bruto obtido pela
empresa D?
• Considere que uma empresa C vende um
produto por R$ 300,00, já incluso o ICMS de 12%
no valor de R$ 36,00. Uma empresa D compra o
produto e o vende (para um contribuinte do
ICMS que não é consumidor final) por R$ 450,00,
já incluso o ICMS débito de 18% no valor de R$
81,00. Considere a empresa D.
• 2.1) Qual é o valor do ICMS recolher (a pagar)
Exemplo 2 – p. 46 pela empresa D?
• 2.2) Qual é o valor adicionado pela empresa D?
• 2.3) Quanto, em termos percentuais, o ICMS a
pagar pela empresa D representou em relação ao
valor adicionado pela empresa D?
• 2.4) Qual é o excedente bruto obtido pela
empresa D?
• Considere que uma empresa C vende um produto
por R$ 321,95, já incluso o ICMS de 18% no valor
de R$ 57,95. Uma empresa comercial D compra o
produto e vende-o (para um contribuinte do ICMS
que não é consumidor final) por R$ 450,00, já
incluso o ICMS débito de 18% no valor de R$
81,00. Considere a empresa D.
• 3.1) Qual é o valor do ICMS a recolher (a pagar)
Exemplo 3 – p. 47 pela empresa D?
• 3.2) Qual é o valor adicionado pela empresa D?
• 3.3) Quanto, em termos percentuais, o ICMS a
pagar pela empresa D representou em relação ao
valor adicionado pela empresa D?
• 3.4) Qual é o excedente bruto obtido pela
empresa D?
Crédito do ICMS a recuperar

Caso na operação de débito e crédito surja um valor negativo de ICMS a


ser pago, isto é concebido como um crédito do ICMS a recuperar.

Por exemplo, suponha que uma empresa F compre uma mercadoria por
R$ 300,00 já incluso o ICMS de 18%, no valor de R$ 54,00. Essa empresa
F vende esse produto por R$ 360,00 já incluso o ICMS de 12% no valor
de R$ 43,20. O ICMS a ser pago é de R$ 43,20 – R$ 54,00 = – R$ 10,80

A empresa que apura crédito de ICMS a recuperar deve, primeiro,


habilitá-lo junto à Secretaria de Receita Estadual e obter um documento
que lhe permita negociá-lo junto a outras empresas que apuram valor a
pagar do ICMS.
• Considere que uma empresa C vende um
produto por R$ 321,95, já incluso o ICMS de
18% no valor de R$ 57,95. Uma empresa D
compra o produto e o vende para o mercado
externo por R$ 450,00, já incluso o ICMS
débito de 0% no valor de R$ 0,00. Considere
a empresa D.
Exemplo 4 – p. 49 • 4.1) Qual é o valor do ICMS a pagar (ICMS a
recolher) pela empresa D?
• 4.2) Qual é o valor adicionado pela empresa
D?
• 4.3) Qual é o excedente bruto obtido pela
empresa D?
Planejamento tributário das compras e vendas

Os exemplos 1 a 4 permitem ter uma sequência de opções que geram um


planejamento do local de compra de uma mercadoria e do local de venda da
mesma de modo a ter maior lucro a partir da diferença de ICMS a pagar.
Três aspectos a se destacar:
1) O ICMS é um imposto recolhido pelo
Imposto sobre operações governo estadual e é repartido entre o
relativas à circulação de estado (75%) e os municípios (25%).
mercadorias e sobre 2) O ICMS é calculado sobre o valor
prestações de transporte adicionado.
interestadual, intermunicipal
e de comunicação (ICMS) 3) Existem diferentes alíquotas de ICMS de
acordo com o produto negociado, sua
origem e seu destino.
Alíquotas modais do ICMS
Estado de origem Estado de destino Alíquota

19% (RJ)
18% (AM, AP, BA, DF, MA, MG, PB,
PE, PR, RN, RS, SE, SP e TO)
Estado A Estado A
17,5% (RO)
17% (AC, AL, CE, ES, GO, MT, MS,
PA, PI, RR e SC)

Sul ou Sudeste Sul ou Sudeste 12%


Norte, Nordeste, Centro-Oeste e
Sul ou Sudeste 7%
Espírito Santo
Norte, Nordeste, Centro-Oeste e
Sul ou Sudeste 12%
Espírito Santo
Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Norte, Nordeste, Centro-Oeste e
7%
Espírito Santo Espírito Santo
Exportação 0%
Vendas interestaduais

Observe que, nas vendas dentro Se uma empresa do estado A vender para
do Estado, as alíquotas do ICMS um cliente do outro estado B que é
(de 17% a 19%) são maiores do consumidor final (independente desse
que nas vendas entre os estados último ser ou não contribuinte do ICMS, por
(7% ou 12%), mas apenas se a exemplo, venda de um atacadista de
confecções do Estado A para um hotel do
venda for para um contribuinte do estado B), a alíquota do ICMS será a do
ICMS e que não é consumidor estado comprador, recolhendo no estado de
final (por exemplo, venda de um origem a parcela referente a sua alíquota
atacadista de confecções do interestadual e no estado de destino a
estado A para um varejista do diferença, havendo regra de transição até
Estado B). 2018 para distribuição dessa diferença.
• Na venda de um atacadista de confecções de São Paulo a um
varejista de confecções do Paraná cobra-se a alíquota de 12% e
este valor do ICMS é recolhido (após apuração de débito e
Exemplos crédito) em São Paulo.

aplicações de • Mas caso haja a venda do atacadista de confecções de São Paulo


a um hotel ou restaurante do Paraná (este último é consumidor
final e contribuinte do ICMS) cobrar-se-á a alíquota de 18% de
alíquotas do ICMS (modal no Paraná), cabendo a parcela deste ICMS
correspondente a 12 p.p. a São Paulo e a parcela correspondente
ICMS nas a 6 p.p. será plenamente do Paraná a partir de 2019 (conforme
Emenda Constitucional 87/2015).
vendas • Produto importado por um estado e revendido a outro estado ou
com conteúdo de importação superior a 40% tem alíquota
interestaduais diferenciada de ICMS (4%, para contribuinte do ICMS; ou a
alíquota do ICMS do estado importador para os demais
consumidores).
Imposto sobre produtos
industrializados (IPI)
• É de competência federal e incide sobre produto industrial
importado ou elaborado dentro do país.
• O IPI é um imposto cobrado sempre que houver venda,
consignação ou transferência do produto industrial.
• Haverá crédito do IPI se o produto industrial adquirido for
utilizado posteriormente como insumo na fabricação de novo
bem ou para revenda. Exemplo: venda de açúcar da usina para
fábricas de bebidas e doces; venda de tecidos da tecelagem à
fábrica de confecções.
• Não há crédito do IPI se o produto industrial destinar-se a ativo
imobilizado ou para consumo final. Exemplos: venda de açúcar
da usina para supermercados; vendas de autopeças da fábrica
para a loja.
Incidência do IPI

O IPI incidente sobre insumo utilizado por


empresa que vá transformá-lo ou vendê-lo é
um tributo por fora. Utiliza-se a seguinte
fórmula (desconsiderando o PIS e a COFINS:

 preço líquido ao produtor 


PV =    (1 + alíquota do IPI )
 (1 − alíquota do ICMS) 
Incidência do IPI
No caso de uma mercadoria industrial que é
adquirida pelo consumidor final (a indústria
vende o produto diretamente ao consumidor
final ou a seu intermediário) ou um ativo sem
direito a crédito do IPI, a fórmula é (considerando
apenas ICMS e IPI):

preço recebido produtor


Preço de venda =
1 − [alíquota do ICMS  (1 + alíquota do IPI)]
• Considere um produto industrial Y pelo
qual o produtor deseja receber, líquido
de tributos indiretos de comercialização,
o valor de R$ 340,00 e sabendo que a
alíquota do ICMS é de 12% e a do IPI é de
5%.
Exemplo 6 – p. 57 • 6.a) calcule o preço que esse produto sai
ao comprador que tem direito a crédito
de IPI.
• 6.b) calcule o preço que esse produto sai
para o comprador que não tem direito a
crédito de IPI (por exemplo, um
consumidor final).
Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (COFINS)

Trata-se de um tributo federal incidente, principalmente, sobre as vendas das empresas


comerciais, de serviços e industriais e também sobre as vendas do fazendeiro pessoa
jurídica. No entanto, há várias isenções ou suspensão da COFINS e PIS, como nas vendas
dos fazendeiros pessoas jurídicas; e nas exportações.

A COFINS é uma contribuição cujos recursos se destinam ao financiamento da


seguridade social e, por isso, segue a regra da anterioridade nonagesimal, ou seja, suas
alíquotas e sistemática podem ser alteradas via legislação e entrar em vigência 90 dias
após promulgada a legislação.

Os recursos da COFINS destinam-se, em parte, a cobrir os segurados especiais, como o


trabalhador rural-segurado especial (agricultor familiar) que pode se aposentar,
atualmente, por idade desde que atinja 60 anos no caso do homem e 55 anos no caso
da mulher, sem ter contribuído integralmente por 30 anos com a previdência social.
• A COFINS incide sobre o faturamento mensal, na
mesma sistemática que o ICMS. Portanto, a
COFINS é um tributo por dentro.
• A COFINS pode ser cobrada na forma cumulativa
ou não cumulativa. A forma cumulativa vale
Contribuição para para as empresas optantes do SIMPLES
o Financiamento NACIONAL (também conhecido como SUPER
SIMPLES) ou as tributadas pelo lucro presumido
da Seguridade ou lucro arbitrado. Para firmas tributadas pelo
Social (COFINS) lucro real, a COFINS não é cumulativa, ou seja,
ela permite débito e crédito.
• A alíquota da COFINS para firmas optantes do
lucro presumido é de 3% e para firmas optantes
do lucro real a alíquota é de 7,6%.
• O PIS é tributo federal que pode incidir sobre o
faturamento de empresas industriais,
comerciais e de prestação de serviços ou sobre
a folha de pagamento de entidades privadas
sem fins lucrativos.
Contribuição ao • Os recursos do PIS, bem como os do PASEP-
Programa de Formação do Patrimônio do
Programa de Servidor Público (que incide sobre a folha de
pagamentos dos funcionários públicos),
Integração Social compõem o Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT) que é alocado, em parte, na concessão de
do Trabalhador crédito favorecido à agropecuária. Os recursos
(PIS) do FAT são, também, utilizados pelo BNDES em
algumas de suas operações.
• Os recursos do PIS também pagam o abono
salarial anual a trabalhadores que recebem até
2 salários mínimos por mês e o seguro
desemprego.
Programa de Integração Social do Trabalhador (PIS)

O PIS pago por empresas industriais, comerciais e de


serviços é cobrado sobre o faturamento e tem a mesma
sistemática que o ICMS, ou seja, é um tributo por
dentro.

Até 15/03/2017 PIS, COFINS e ICMS incidiam na mesma


base, mas isto, em princípio, não é mais autorizado pelo
STF, apesar de haver indefinição sobre quando passa a
valer a decisão do STF.

O PIS pago sobre a folha de pagamento é por fora, ou


seja, é cobrado sobre o total pago de salários e é
cumulativo.
• O PIS pago sobre o faturamento
pode ser cobrado na forma
cumulativa ou não cumulativa. A
Programa de forma cumulativa vale para as
empresas optantes do SIMPLES
Integração Social do NACIONAL ou tributadas pelo
Trabalhador (PIS) lucro presumido (ou pelo lucro
arbitrado). Para firmas tributadas
pelo lucro real, o PIS não é
cumulativo.
Programa de Integração Social do Trabalhador (PIS)

A alíquota do PIS para firmas optantes do lucro presumido é de


0,65% e para firmas optantes do lucro real é de 1,65%.

Observe que na composição do preço em nível de consumidor a


COFINS e o PIS poderão ter um impacto significativo.

Para as empresas optantes do Simples Nacional, a COFINS e o PIS


estão inclusos na alíquota única a ser paga.
• De 2002 até março de 2017 ocorreu a incidência
adicional de ICMS, COFINS, PIS no preço de venda
de uma mercadoria industrial para um consumidor
industrial. Isto é:
Preço de venda =
 
 (1 + alíquota do IPI)
preço líquido ao produtor
 ( 
1 − alíquota do PIS + alíquota do COFINS + alíquota do ICMS)
Exercício 7 – p. 61
Segundo o decidido pelo STF em 15/03/2017, as
bases de incidência da PIS/COFINS e do ICMS
serão distintas, valendo a seguinte equação:
PV =
 preço líquido ao produtor 
− preço líquido ao produtor  (1 + alíquota do IPI)
preço líquido ao produtor
 +
 1 − alíquota do ICMS 1 − (alíquota do PIS + álíquota do COFINS) 
Considere que o preço líquido a receber pelo produtor seja
de R$ 200,00 por unidade do produto.

Calcule o preço de venda ao consumidor quando:

7.1) a alíquota do ICMS é de 12%, a do IPI é de 5%, a do PIS


é 0,65% e a da COFINS é 3%.
7.2) a alíquota do ICMS é 12%, a do IPI é 5%, a do PIS é
1,65% e a da COFINS é 7,6%.

Utilize as duas fórmulas mostradas no slide anterior.


Retirado de

Imposto sobre Serviços de https://www.google.com.br/se


arch?q=iss&source=lnms&tbm
=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiV2
9-o--

Qualquer Natureza (ISQN)


fTAhXFF5AKHdmODUYQ_AUICy
gC&biw=1536&bih=760#imgrc=
vADMsEs-qHOS_M:

• Também chamado de Imposto sobre Serviços (ISS) é de competência


municipal. Trata-se de tributo cumulativo, sem direito a crédito e
débito tributário.
• Para empresas tributadas pelo lucro presumido ou pelo lucro real, as
alíquotas variam de 2% a 5%, cabendo a cada município a fixar. Para
empresas do Simples Nacional, o ISS já está na alíquota “única” do
Simples.
• Para empresas tributadas pelo lucro presumido ou pelo real, o ISS é
devido sobre o valor da nota fiscal e, por isso, o prestador de serviço
deve considerá-lo como um imposto por dentro na hora de fixar o
preço de seu serviço.

PR
PV =
(1 − alíquota do ISS)
• Suponha que a empresa TecTerra, não
optante do Simples Nacional, deseja
receber o valor líquido (retirando os
tributos indiretos de comercialização)
de R$ 150,00 por cada serviço de
análise do solo. O município em que
Exercício 8 – p. 62 se localiza a empresa TecTerra cobra
ISS de 5%. Qual é o valor que a
empresa TecTerra deve informar a seu
cliente sobre o preço de cada análise
do solo já incluído o ISS?
• Desconsidere a incidência de ICMS,
PIS e COFINS em seus cálculos.
• Os tópicos dessa aula são:
1) A política fiscal
2) Principais tributos existentes no
Brasil (incidentes sobre o
patrimônio e preços de bens e
serviços)
3) Planejamento tributário

Retirado de
https://www.google.com.br/search?q=planejamento+tribut%C3%A1rio&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v
ed=0ahUKEwiKraC6_OfTAhWCEJAKHdiIAhwQ_AUIDCgD&biw=1536&bih=760#imgrc=MXEZbYS0sbUcHM:

Gestão tributária nas organizações


da economia brasileira
3) Planejamento tributário – p. 87

Planejamento tributário é o conjunto de


operações por meio do qual a
organização faz a adequação espacial
Dois conceitos precisam ser
e/ou organizacional de suas atividades
diferenciados inicialmente: evasão
para, respeitando as normas existentes,
fiscal e elisão fiscal.
poder reduzir o seu pagamento de
tributos e, com isto, ser mais
competitiva e/ou rentável.
Evasão versus Elisão Fiscal
Evasão fiscal ocorre quando
métodos ilícitos são usados para Elisão fiscal é não ter a incidência de
não recolher os tributos incidentes tributos, o que pode ocorrer por
na operação. A evasão ocorre, entre omissão da legislação a respeito de
outros meios, por falsas declarações certa incidência ou pela sua própria
e documentos falsos evitando a autorização (como o sistema de
incidência total de tributo ou pelas débito e crédito).
vendas sem o correto registro fiscal.

Evasão fiscal é crime, mas não a


elisão fiscal autorizada por débito e
crédito fiscal. Essa última pode ser
obtida através do planejamento
tributário.
• A regra básica do planejamento
tributário é pagar menos
tributos dentro da lei.
• Isto pode ser conseguido de
Regra básica do acordo com as seguintes
etapas:
planejamento • 1) definição do regime jurídico
tributário da organização;
• 2) formas de contratação da
mão de obra;
• 3) definir os locais de
instalação, compra de insumos
e venda de produtos de modo a
minimizar tributos sobre o
patrimônio e/ou obter o
máximo de crédito tributário
sobre tributos indiretos de
comercialização.
1a decisão: regime jurídico da organização
• deve-se avaliar a melhor constituição jurídica da organização. Essa pode ser uma
empresa, uma fundação, uma ONG, por exemplo. Ao se constituir organizações
imunes a tributos, elas já se iniciam com menor custo de operação. Exemplo:
fundações versus empresa (p. 88).
• Se sua organização for constituída na forma de empresa, precisa-se avaliar se sua
operação permite ou não o crédito tributário dos tributos a serem pagos. Se houver
a possibilidade de crédito tributário dos tributos, a empresa não deve ser feita na
forma de Simples Nacional. Se os tributos a serem pagos forem, basicamente, ICMS
e IPI, a empresa pode optar pelo lucro presumido. Mas se há grande volume de
crédito e débito de PIS e COFINS, a empresa deve optar por ser lucro real.
• Essas escolhas devem se fundamentar entre o custo dos serviços contábeis por cada
forma jurídica da firma e os ganhos com o crédito e o débito de tributos.
2a decisão: • Diante dos encargos trabalhistas e dos tributos incidentes sobre
uma empresa, a maior questão levantada pelas empresas é: devo
forma de contratar um empregado ou um prestador de serviços?
contratação • Pelas regras vigentes até 2016, se a atividade fosse contínua, fim
da mão de e exclusiva à empresa, esta deveria contratar um empregado. No
entanto, caso esses aspectos não se configurem por um período
obra razoável, a dúvida acima persistia. A Lei da Terceirização (Lei
13.429 de 31/05/2017) flexibilizou várias atividades a
terceirizarem suas atividades, inclusive as suas atividades fins.
• Vamos considerar um trabalhador com renda mensal bruta de R$
5.000,00 e quatro alternativas para a empresa contratante: (1) o
trabalhador é empregado registrado pela empresa; (2) ele é um
prestador de serviço autônomo; (3) ele tem uma empresa
optante do Simples Nacional (ex Super Simples); (4) ele tem uma
empresa optante do lucro presumido.
• A análise a seguir toma como referência o mês de fevereiro de
2016 e os menores custos de contador e alíquotas de ISS válidos
para o município de Piracicaba-SP.
Ver páginas 90 a 92 do livro texto.

Para o trabalhador, o melhor é ser empregado com carteira assinada.


Para o empregador, é melhor contratar o serviço como empresa (o chamado PJ),
seja optante do Simples Nacional (ex Super Simples) ou do lucro presumido.
3a decisão: locais de instalação –
minimizando tributos sobre o patrimônio

Empresas que têm alto gasto com tributos sobre o patrimônio (como
IPTU e IPVA) devem buscar a localização de suas instalações em cidades
que menos cobram por esses tributos.

A central de distribuição pode se localizar à beira de uma rodovia em


cidade que cobre menor alíquota e/ou valor venal do terreno pelo IPTU.

As empresas de locação de veículos podem registrar os seus veículos em


cidades que cobrem menor alíquota do IPVA e/ou cobrem menor valor
da Taxa de Renovação e Licenciamento Anual de Veículo (TRLAV).
• As empresas que têm bastante incidência de
ICMS, IPI, COFINS e PIS nas vendas devem,
necessariamente, se cadastrarem como
empresas tributadas pelo lucro real e
buscarem vender os seus bens e serviços
para locais com menor incidência desses
tributos e comprar os seus insumos de locais
de maior incidência desses tributos.

3a decisão: locais de instalação de distribuidores


– minimizando tributos sobre os preços
Exemplo de triangulação nas vendas

Para empresas que podem fazer a escolha de seus locais de distribuição e venda dos
produtos, é possível fazer a chamada triangulação no deslocamento da mercadoria desde
que o cliente a ser atendido esteja bem próximo da fronteira com outro Estado.

Para tanto, a empresa vende a mercadoria para fora do estado a um distribuidor e esse a
vende de volta ao estado de origem para um cliente. Isto permite à empresa situada no
Estado vender o produto mais barato ao cliente situado no próprio Estado.

Não há regra geral, tem que fazer várias simulações.


Exemplo das páginas 96 a 98 do livro-texto. Para a importadora situada em Campinas
e para venda a cliente situado em Presidente Epitácio tem-se preço de venda de R$
772,69. Mas se a importadora fizer venda a distribuidor situado em Bataguassu – MS
e este vender o produto a cliente de Presidente Epitácio, o preço cai para R$ 689,90.

R$ 772,69
Importadora Cliente
em Campinas Presidente
Epitácio

Importadora R$ 385,49 R$ 689,90 Cliente


Distribuidor
em Campinas Presidente
Bataguassu -
MS Epitácio - SP

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