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HENRIQUE
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MARÍTIMA
São inúmeros os
aspectos a considerar
na concepção de um
projecto de construção
de um navio, o que
pressupõe o
envolvimento de muitos
especialistas cuja
intervenção é repartida
pelas diferentes
vertentes, como sejam
a estrutura, sistemas
de propulsão, Fig. 1 – Plano geométrico
auxiliares, sistemas de
produção e distribuição de energia, climatização, isolamentos térmicos, equipamentos
e sistemas de segurança e prevenção da poluição, decoração, acústica, luminotecnia,
etc.
Determinados pelo tipo de navio e pelo fim a que se destina, são definidos pelo
armador e integrados no projecto pelo projectista. Consideram-se como requisitos
operacionais mais importantes:
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• Dimensões do navio;
• Velocidades (máxima e de cruzeiro ou serviço);
• Autonomia;
• Natureza e capacidade de carga;
• Lotação de passageiros;
• Equipamentos especiais (de operação das cargas, segurança, etc.);
1.4. CONSUMOS
1.5. TRIPULAÇÃO
2. ENCOMENDA DE UM NAVIO
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A encomenda de um novo navio significa sempre para o armador a concretização de
um projecto importante, não só pelo investimento que representa mas também, e
principalmente, pelo seu significado em termos de desenvolvimento e expansão da
actividade e modernização da frota.
1ª FASE
Determinação do
tipo do navio
2ª FASE
Elaboração do projecto /
/ proposta do navio
3ª FASE
Elaboração do contrato de
construção do navio
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Para todo este processo e de forma geral, os grandes armadores possuem gabinetes
técnicos capazes de desenvolverem e cordenarem as acções integrantes das fases
descritas. Porém, os médios e pequenos armadores carecem de apoio e assessoria
técnica para a concretização do projecto de construção de um navio e, também, para
acompanhamento da construção.
Para esta última fase (construção), que não é considerada na âmbito deste trabalho,
convém referir que alguns armadores recorrem à Sociedade Classificadora para a
fiscalização da construção do seu futuro navio. Esta decisão, por vezes rodeada de
alguma polémica, só será justificada por razões de ordem económica, já que a
presença constante no estaleiro de um representante do armador possibilita a rápida
• Provas do construtor
• Provas do estaleiro (provas ao cais)
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As provas do construtor são, como é óbvio, desenvolvidas em bancos de ensaios
(bancos de provas) dos fabricantes dos equipamentos, de modo a verificar-se que
todas as máquinas apresentem condições de trabalho concordantes com as
especificações divulgadas, permitindo ainda a colheita de dados técnicos (potências,
pressões, temperaturas, rotações, capacidades, consumos específicos e totais e
outros) que objectivem as condições e normas de condução futura.
Para que as provas certificadas por uma sociedade classificadora possam ser,
sempre, reconhecidas por qualquer das outras entidades congéneres, as regras de
aprovação têm de ser, na essência, comuns ou normalizadas. Um dos objectivos que
estiveram na base da criação da I.A.C.S.- International Association of Classification
Societies foi garantir a homogeneidade das Regras das várias sociedades
classificadoras.
As provas do estaleiro (provas ao cais) são efectuadas com o fim de verificar se todo o
processo de montagem foi correctamente desenvolvido; que os circuitos estão
operacionais e os equipamentos apresentam e garantem boas condições de
segurança e funcionamento, de modo a se poderem realizar as "provas de verdade":
as provas de mar.
• Prova de estabilidade;
• Funcionamento da instalação propulsora e respectivos dispositivos de
comando, controlo, alarme e segurança, considerando as caldeiras principais e
as máquinas propulsoras;
• Funcionamento dos grupos electrogéneos, incluindo os de emergência, e
respectivos dispositivos de comando, controlo, alarme e segurança;
• Prova dos dispositivos de protecção do quadro principal;
4. PROVAS DE MAR
As provas de mar relativas aos navios novos têm como objectivo principal verificar se
o navio corresponde, no que diz respeito à instalação propulsora, máquinas auxiliares,
aparelho de governo, aparelho de fundear e comportamento global do casco, às
exigências e compromissos expressos na "Especificação de Construção" e assumidos
pelo estaleiro construtor, e se todos os requisitos inerentes à classe pretendida para o
navio estão satisfeitos, de acordo com as Regras e Regulamentos das autoridades e
Sociedade Classificadora.
O "Caderno de Provas" deve ser presente para aprovação das autoridades, Sociedade
Classificadora e outras entidades intervenientes, nomeadamente o futuro armador.
Este Caderno deve, após as provas, ser completado com todos os registos
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efectuados, valores e resultados obtidos e termos de aceitação.
Para a realização das provas de mar há que ter em conta a satisfação prévia de
determinados requisitos que, em síntese, são os seguintes:
ii. Realização de todos os seguros necessários, tanto do navio como das pessoas
a embarcar.
iii. Contratação da tripulação necessária para operar com o navio, bem como dos
técnicos aconselhados para as diversas experiências dos vários equipamentos
e colheita de dados e resultados das provas e experiências.
Existe um lote alargado de testes que devem ou podem ser efectuados durante as
provas de mar, dependendo a execução de algumas do tipo de navio e, sobretudo, se
st: tratar de um navio isolado ou de uma série de navios com as mesmas
características.
A condição ideal para a realização das provas de mar seria o navio completamente
carregado e abastecido com o máximo da sua capacidade de combustível e aguada, o
que equivale a dizer nas condições mais severas de exploração.
Como se disse, os calados do navio durante as provas de mar devem estar conformes
com o definido na especificação ou contrato de construção, e as provas devem ser
efectuadas com boas condições de tempo, de modo a poder-se operar com as
instalações e equipamentos sem restrições técnicas.
Como prática corrente, a profundidade mínima desejável da água na zona das provas
é determinada em função da secção mestra e da velocidade máxima do navio.
Por outro lado, também as condições de vento são determinantes para a verdade das
provas, não devendo a sua velocidade ser superior a 10 metros por segundo (19,5 nós
ou força Beaufort 5).
O tempo de duração das provas de mar consta, por vezes, do contrato de construção
do navio. De forma geral, a sua duração não é inferior a 12 ou 24 horas, conforme se
trate de um navio de pequeno ou de médio porte. Para navios de grande porte, e se
tudo correr normalmente, a duração das provas de mar raramente excede os três dias.
Como termo médio, pode-se consitierar a duração destas provas de um dia e meio a
dois dias, desde que, evidentemente, as provas à muralha tenham sido convincentes e
com resultados globais satisfatórios.
Após as provas de mar e depois de ter sido produzida toda a documentação a elas
referida, deverá ser promovida uma reunião final com o estaleiro, armador,
autoridades, Sociedade Classificadora e outras entidades que tenham estado
envolvidas nas provas, com o objectivo de se fazer uma análise global das provas e
dos resultados obtidos, e elaboração do protocolo de entrega/recepção do navio.
Como também foi ressalvado, a complexidade das provas depende do tipo de navio e
respectivas dimensões e, ainda, se se trata de um navio isolado ou de uma série de
navios iguais, caso em que algumas das provas só se efectuam para o primeiro navio
da série.
Estas provas, característica mais conhecida das provas de mar, tem como objectivo
verificar se o navio, na vertente velocidade/consumo de combustível, satisfaz o
estabelecido na especificação de construção para uma determinada condição de
carregamento (carga de referência).
e a média de rotações:
𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 3 9
; 𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 ; 𝑉𝑉 ; 𝑉𝑉
2 4 2 𝑚𝑚á𝑥𝑥 𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 2 4 9
; 𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 ; 𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 ; 𝑉𝑉 ; 𝑉𝑉
2 3 5 10 𝑚𝑚á𝑥𝑥 𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 3 7 8 9
; 𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 ; 𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 ; 𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 ; 𝑉𝑉 ; 𝑉𝑉
2 5 10 10 10 𝑚𝑚á𝑥𝑥 𝑚𝑚á𝑥𝑥
A corrida de aproximação ao ponto de início da prova deve ter uma extensão
suficiente para que ao iniciar-se a cronometragem a aceleração do navio seja nula e, Página | 18
portanto, a velocidade e o rumo estejam estabilizados.
Sendo as medições feitas com aparelhos de medida aferidos, não serão de esperar
diferenças significativas entre os valores das diversas leituras. Contudo, pequenas
diferenças podem vir a ser observadas devidas à natureza dos aparelhos , erros de
simpatia ou de observação dos operadores, condições de temperatura ou de
circulação de correntes de ar de ventilação e outras susceptíveis de se verificarem.
Porém, para uma mesma verificação, as diferenças observadas em leituras
simultâneas, embora feitas por observadores diversos, não devem ser consideradas
se apresentarem entre si diferenciais superiores às seguintes percentagens:
Taquímetros - 1,5 a 2 %
Durante as provas são colhidas amostras de combustivel (por vezes uma amostra em
cada corrida) na compressão das bombas elevatórias (booster pumps), as quais
deverão ser seladas e enviadas para análise laboratorial, acompanhadas dos
elementos de condução (temperaturas, pressões) verificadas no momento da colheita.
Também, por vezes, se processam colheitas antes e depois das depuradoras ou dos
filtros para se aquilatar da eficiência destes equipamentos.
• Local da prova
• Data, hora e duração da prova
• Profundidade média da zona da prova
• Condições de mar e vento
• Calados a vante e ré (A V e AR)
• Condições de correntes
• Deslocamento do navio
• Rumos da corrida
• Potência indicada referida às r.p.m. da corrida
• Potência efectiva (ao veio) se observada
• Velocidade (r.p.m.) dos hélices
• Velocidade do navio na corrida (nós)
• Recúo em função do caminho teórico percorrido pelo hélice
• Estado do casco
• Temperatura e densidade da água do mar
• Temperaturas das casas de máquinas e caldeiras
• Temperatura do combustível à entrada do motor
• Leitura dos totalizadores de rotações no início e fim das corridas
• Consumos de combustível na corrida
• Leituras dos elementos de condução das máquinas propulsoras (e caldeiras se
for o caso).
A Fig.S mostra um painel de curvas traçadas a partir dos resultados e valores obtido
nas provas de velocidade e consumo de um navio onde exercemos a função de chefe
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de máquinas.
Para tanto, devem ser definidas para esta marcha os valores de potência máxima no
veio, rotações por minuto das máquinas ou dos veios propulsores e tempo de prova.
As provas de governo, também designadas por provas de leme, têm por finalidade
comprovar as qualidades de manobrabilidade do navio e o seu comportamento, bem
como das instalações de propulsão e de governo, sob cerradas condições de leme.
De forma geral, as provas de governo são as seguintes: Página | 21
• Prova de governo a vante (AV)
• Prova de governo a ré (AR)
• Prova de governo em zigue-zague (manobra em Z)
• Prova de giração
• Prova de paragem
• Prova de abatimento
• Prova de paragem de emergência
• Prova de governo de emergência
As condições de carregamento e outras definidas para a realização das provas devem
estar explícitas na especificação ou contrato de construção e serem mencionadas nos
registos dos resultados das provas.
Com o navio nas condições definidas para as provas e com a instalação propulsora a
desenvolver a máxima potência na marcha a ré, ou com a correspondente velocidade
de r.p.m. dos hélices, efectuar o mesmo ciclo de manobras indicado para a prova de
governo a vante, com a diferença de que o ângulo máximo do leme deve ser de 25°
em vez dos 35° indicados para a referida prova. Página | 22
Tal como para as referidas provas a vante, também há que ter em atenção as
condições possíveis de serem atingidas com as máquinas propulsoras ou com os
hélices de passo variável.
Normalmente e sempre que possível, procura-se fazer estas provas juntamente com
as "Provas de marcha a ré" referidas no "item" 1.3.13
Esta manobra tem por objectivo verificar se o navio apresenta estabilidade direccional
em relação à constância de tempo de reacção às variações de leme.
Para o desenvolvimento desta prova há que ter em atenção que as condições de mar
e vento, bem como a velocidade do navio, têm grande influência nos resultados
obtidos. Assim, só é recomendada a sua efectivação em mar calmo e com vento de
velocidade não superior a dez nós.
Também quanto à velocidade, é desejável que a prova seja processada com o navio à
velocidade estimada menos favorável para a sua estabilidade direccional, sendo, por
via de regra, escolhida a velocidade definida para a situação de "toda a força" em
manobras ou de navegação em passagens estreitas, onde a hipótese de ter de
manobrar é real.
Como indicação é, por vezes, sugerido que a velocidade para esta prova seja
determinada pela seguinte fórmula:
I Vp = CT· Vsl
sendo: Vp = Velocidade do navio na prova
CT = Coeficiente de finura do navio
Vs = Velocidade máxima de serviço do navio.
O coeficiente de finura considerado é o definido como coeficiente de finura longitudinal
ou prismático, e que representa a relação entre o volume da carena e o volume de um
prisma de secção rectangular circunscrito, cujas bases sejam o rectangulo referente à
área molhada da secção mestra e a altura o comprimento máximo do navio medido na
carena.
Por esta expressão pode verificar-se que para navios com formas muito compactas,
normalmente lentos, em que o coeficiente de finura se aproxima da unidade, a
velocidade para esta prova é muito próxima da velocidade de serviço.
Com o navio nas condições definidas para as provas de mar e a navegar a vante à
velocidade apropriada e com o rumo estabilizado, o leme é matido 20° para um dos
bordos e mantido até a proa se ter desviado do rumo inicial de igual ângulo para o
bordo em questão, sendo registado o tempo decorrido desde a manobra do leme até
ao momento em que a proa alcançou o desvio referido. Imediatamente o leme é
aliviado para 15° e registado o tempo que a proa levou a deslocar-se de 20° para 15°
em relação ao rumo inicial.
Sucessivamente, e em etapas de 5° de leme, é feita a medição do tempo que o navio
Esta prova tem a finalidade de determinar o diâmetro do círculo descrito pelo navio,
designado por círculo táctico, quando, à potência máxima de utilização da instalação
propulsora, o leme é metido 30° a um bordo.
Esta prova é feita para ambos os bordos, já que o comportamento do navio raro é
• Rotação a 90° do rumo inicial (rumo AB). Três a cinco vezes o comprimento do
navio.
• Rotação a 180° do rumo inicial (rumo CD). Seis a dez vezes o comprimento do
navio.
• Avanço F A (desde o inicio da manobra do leme até ao través do ponto B).
Quatro a oito vezes o comprimento do navio
Também nesta prova é importante ter em atenção os cuidados já referidos para as
anteriores provas de governo, no que diz respeito ao controlo de combustível das
máquinas propulsoras, afim de evitar situações perigosas de sobrecarga ou
sobrevelocidade.
Sendo determinado que o navio possua meios auxiliares de governo que garantam,
em condições de emergência, o controlo do navio, é fundamental que estes
dispositivos sejam experimentados e a sua eficiência comprovada nas provas de mar.
Logo que se inicia a prova, com a velocidade do navio estabilizada, é dada ordem de
PÁRA às máquinas principais e, a partir deste momento, são feitas observações
sistemáticas da posição do navio até que a velocidade de seguimento caia para o
valor de 2 nós.
Afim de minimizar a influência do vento e das correntes, esta prova deve ser efectuada
com tempo e mar calmos e, se possível, repetida a rumos opostos para a definição de
resultados médios.
Contudo, considerando duas pás opostas no sentido vertical, a pressão exercida pela
coluna de água no dorso da pá inferior será superior à exercida na pá mais elevada,
devido à diferença da altura de imersão. Deste modo, o navio será influenciada por
esta diferença de pressões (pressão lateral), e consequentemente de forças, que
incidindo transversalmente na popa provoca a tendência de desvio do rumo se não
existir compensação do leme ou da propulsão.
Esta tendência, mais notória nos navios de um só hélice já que nos navios de dois
hélices os passos dos propulsores são contrários, faz com que o navio guine para o
bordo contrário ao sentido do movimento do hélice.
Esta prova permite avaliar o comportamento do navio, no que diz respeito a reacções
e estabilidade de rumo, quando sujeito a ventos significativos. Para isso, é
recomendado que a prova se reafrze, sempre que possível, com ventos de velocidade
igualou superior a vinte e cinco metros por segundo (25 m/s).
Esta prova deve ser efectuada com o navio em quatro situações:
• Navio aproado ao vento.
• Navio com vento pelo través de BR
• Navio com vento pela popa.
• Navio com vento pelo través de ER
Para cada situação o navio deve estar parado e ser mantido em observação durante
quinze minutos.
Devido ao facto de o navio se encontrar em situação de "à deriva", são exigidos
reforçados cuidados de segurança no que se refere à proximidade de terra, fundos
baixos ou outros navios.
Para a colheita e registo de elementos que reflitam o comportamento do navio nas
condições de referência, devem ser, para cada situação, feitas observações a
intervalos regulares ( de minuto a minuto por exemplo).
Por norma, realizam-se dois tipos de provas reportadas à baixa velocidade do navio.
Uma delas permite determinar a manobrabilidade do navio navegando a baixa
velocidade; a outra somente se destina a registar qual a mais baixa velocidade
possível de se obter em regime contínuo, e que corresponderá ao mais baixo regime
de r.p.m. capaz de manter o funcionamento das máquinas principais,
independentemente da garantia de manter as condições de governo.
Destas duas provas, a mais importante será a primeira já que, em qualquer condição,
a capacidade de controlo do governo do navio deve ser mantida.
Para a execução desta prova e com o navio nas condições de lastro definidas na
"Especificação de Construção" (carga de referência) e a navegar a vante a baixa
velocidade, normalmente seis nós, procede-se às seguintes manobras:
• Meter dez graus de leme a um bordo e manter durante trinta (30) segundos.
Registar o desvio da proa em relação ao rumo inicial.
• Deslocar o leme dez graus para o outro bordo e manter durante outros trinta
segundos (30). Registar o desvio em relação ao rumo inicial.
• Levar o leme a meio (zero graus) e manter assim trinta (30) segundos. Registar
o desvio em relação ao rumo inicial.
• Levar o navio ao rumo inicial e esperar que a velocidade atl111a novamente o
valor do início da prova, já que a velocidade do navio baixa com as sucessivas
variações de leme.
• Repetir todas as manobras indicadas mas agora com trinta e cinco (35) graus
de leme e registar, sucessivamente, os correspondentes desvios da proa em
relação ao rumo inicial.
• Baixar sucessivamente a velocidade do navio em patamares de um (I) nó e
proceder para cada velocidade às mesmas monobras de leme, registando os
desvios da proa observados, sempre em relação ao rumo do início da prova.
• Como conclusão das provas e observações feitas, verificar qual a velocidade a
que o navio deixa de obedecer eficazmente ao efeito do leme, isto é, quando o
leme deixa de ser eficiente. A velocidade relativa ao patamar anterior,
velocidade imediatamente acima, será a velocidade mínima que ainda garante
a manobrabilidade controlada do navio, embora com os desvios de rumo
verificados durante as provas.
É de notar que o elevado nível de vibrações tem sido uma das mais frequentes causas
de rejeição de navios novos.
• A prova seja desenvolvida em águas profundas com, pelo menos, uma altura
de água igual a cinco vezes o calado médio do navio.
• A imersão mínima dos hélices seja, pelo menos, de 0,6 metros.
• Durante a prova não sejam feitas manobras de leme superiores a cinco graus
para cada um dos bordos.
• As condições de lastro e caímento do navio sejam as determinadas na
"Especificação de Construção", devendo evitar-se, tanto quanto possível, a
existência de superficies livres nos tanques.
• As condições de tempo (mar e vento) sejam calmas, não excedendo as
definidas pelo grau 3 da escala Beaufort.
• O equipamento de medição de vibrações e os taquímetros usados (um
taquímetro para cada linha de veios) estejam devidamente aferidos e
certificados.
As vibrações devem ser medidas a vários regimes de rotações (r.p.m.) dos veios
propulsores e em situação de aceleração e desaceleração, sendo os diversos
patamares de rotações fixados a "n" r.p.m., sendo:
𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑚𝑚á𝑥𝑥 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑛𝑛 =
20
De forma genérica, os locais que merecem especial atenção para medição das
vibrações são os seguintes:
Para medição das vibrações durante esta última prova (queda livre dos ferros), os
ferros devem ser largados a correr a amarra livre, um de cada vez, até uma
profundidade igual a duas vezes e meia o calado médio do navio, altura em que a
amarra será travada bruscamente, salvaguardando-se evidentemente as
recomendações relativas aos molinetes e referidas à frenagem brusca. As vibrações
relativas a esta prova devem ser medidas na ponte de navegação.
Bibliografia:
NUNES, Carlos Eduardo de Oliveira. Provas de Mar e Recepção de Navios. ENIDH, 1993
GONÇALVES, L. F. Graça. Guia Prático para a Execução de Provas de Mar, ENIDH, 1994
THE SOCIETY OF NAVAL ARCHITECTS AND MARINE ENGINEERS. Guides for Sea Trials, 1989